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DPenal III.5ª aula (2).

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Dos crimes contra a 
pessoa - III
Dos crimes contra a integridade física ou à saúde de outrem
Direito Penal I
Curso de Direito
2015.1
Professor EDSON TADASHI SUMIDA
Das lesões corporais
� O crime de lesões corporais subdivide em duas categorias: 
a das lesões dolosas e a das lesões culposas. 
� A modalidade dolosa apresenta quatro figuras, que 
dependem do resultado provocado na vítima (Leve, Grave, 
Gravíssima e seguida de morte).
Lesões corporais
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de
trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o
agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-
los:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de
relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a
pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois
contos de réis:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas.
§ 6° Se a lesão é culposa:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
§ 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer
das hipóteses dos §§ 4º e 6º do art. 121 deste Código.
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente,
irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou
tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das
relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as
circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-
se a pena em 1/3 (um terço).
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada
de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora
de deficiência.
Lesões Corporais Leves
� Lesões Leves
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Objetividade Jurídica
� A manutenção da integridade física e de saúde das pessoas.
Tipo Objetivo
� O texto não define quando uma lesão corporal é leve. Descreve quando a
lesão deve ser considerada de natureza grave (§ 1º) ou gravíssima (§ 2º).
� Por exclusão conclui-se que é leve, a lesão que não é grave nem gravíssima.
� No formulário próprio, os legistas apresentam o lauda do exame de corpo de
delito, contém quesitos em torno de todas as modalidades consideradas
graves ou gravíssima de lesão corporal. Quando o legista responde
negativamente a todas elas, será possível afirmar que a lesão é leve.
Ofensa à integridade corporal
� É o dano anatômico decorrente de uma agressão. É a alteração na
anatomia prejudicial ao corpo humano. Supõe que o ato agressivo
rompa ou dilacere algum tecido do corpo da vítima, externa ou
internamente.
� Os casos mais comuns de lesão corporal são: escoriações, equimoses,
cortes, fraturas, fissuras, hematomas, luxações, rompimentos de
tendões ou ligamentos, queimaduras etc.
Ofensa à saúde
� Abrange a provocação de perturbações fisiológicas ou mentais na vítima.
� Perturbação fisiológica é o desajuste no funcionamento de algum órgão ou
sistema que compõe o corpo humano (transmissão intencional de doença
que afete o sistema respiratório, ministração de alimento ou medicamento
na bebida da vítima que provoquem diarreia, vômito ou náuseas,
ministração de diurético que a faça urinar repetidamente, uso de gases ou
aparelhos de choque que provoquem paralisia muscular etc). É de duração
transitória, o organismo trata de recompor o funcionamento do órgão afetado
� Perturbação mental trata de qualquer desarranjo no funcionamento cerebral
(provocar convulsão, choque nervoso, doenças mentais etc).
- É possível que uma só agressão provoque concomitantemente ofensa à integridade
corporal e à saúde. Ex.: um chute no tórax que fratura uma costela e, ao mesmo tempo,
faz com que a vítima tenha crises de vômito.
� A doutrina e a jurisprudência têm aceito a aplicação do princípio da
insignificância para reconhecer a atipicidade da conduta quando a lesão ao
bem jurídico tutelado é de tal forma irrisória que não justifica a
movimentação da máquina judiciária, com os custos a elas inerentes.
Exemplo: alguém dá uma alfinetada em outra, causando a perda de uma gota de
sangue.
Tipo Subjetivo
� É o DOLO, DIRETO ou EVENTUAL.
� A intenção de lesionar, caracterizadora do dolo direto, é muito comumente 
referida como animus vulnerandi ou animus laedendi.
Sujeito Ativo
� Pode ser qualquer pessoa. Trata-se de crime comum.
- Se o agressor for policial em serviço, responde também por abuso de autoridade
(STF, HC, Rel. Cordeiro Guerra, RTJ 101/595).
Sujeito Passivo
� Pode ser qualquer pessoa. Exige-se dano à integridade corpórea ou à saúde de 
outrem, a autolesão nunca se enquadra ao conceito de lesão corporal.
- O agente que simule uma agressão e, com isso, recebe valor do seguro que 
tinha feito em relação à sua integridade corpórea, incorre no crime de fraude 
para recebimento de seguro (CP, art. 171, § 2º, V).
Meios de execução
� Pode ser praticado por ação ou por omissão. Trata-se de crime de
ação livre.
� A provocação de várias lesões na vítima no mesmo contexto fático
constitui delito único. Esse fator é levado em conta pelo juiz na
aplicação da pena-base.
Consumação
� No momento em que ocorre a ofensa à integridade corporal ou à
saúde da vítima. Trata-se de crime material.
- A comprovação da materialidade que deixa vestígios é feita pelo exame
pericial (exame de corpo de delito – direto ou indireto), em que se deve
atestar a ocorrência da lesão, sua extensão e causas prováveis. Para
oferecimento de denúncia, basta a juntada de qualquer boletim médico
ou prova equivalente (art. 77, § 1º, da lei n. 9.099/95) e posteriormente,
anexa o laudo definitivo de corpo de delito.
- Na ausência de exame pericial decorrente do desaparecimento das
lesões, a prova testemunhal, desde que possível, poderá suprir a falta.
Tentativa
� É possível desde que se prove que o agente queria lesionar a vítima e 
não o conseguiu.
Distinção da tentativa de lesões corporais com a
contravenção de vias de fato (LCP, art. 21) e o crime de
periclitação da vida e da saúde (CP, art. 132).
� Na tentativa – o agente quer lesionar a vítima e não consegue por
circunstâncias alheias à sua vontade.
� Na contravenção – o agente, desde o início, não tinha a intenção de machucar 
a vítima. Ex.: empurrão, tapa, beliscão etc.
- Se o agente que cometer apenas a contravenção e, de forma não intencional, provoca
lesões na vítima, responde por lesões corporais culposas. Ex.: empurrar levemente a
vítima e esta cai, fraturando o braço.
� Na periclitação – a intenção é apenas de assustá-la, provocando-lhe situação 
de risco.
Ação Penal e competência
� Ação penal pública condicionada à representação do ofendido ou, se incapaz, 
de seu representante legal (art. 88 da Lei n. 9.099/95). 
� Nas outras formas de lesão corporal dolosa (grave, gravíssima e seguida de
morte, a ação é pública incondicionada.
� Nos casos de lesão corporal culposa decorrentes de violência doméstica
ou
familiar contra a mulher é ação pública incondicionada (STF, ADI n. 4.424,
fevereiro de 2012). Ex.: marido empurra a esposa, sem a intenção de
machucá-la, mas que, acidentalmente, provoca a queda e, por consequência,
lesões culposas.
� Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Lesões Corporais Graves
I – se resulta incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias.
Ocupações habituais – consiste em qualquer ocupação rotineira, do dia a dia da 
vítima, como andar, praticar esportes, alimentar-se, estudar, trabalhar etc.
- A vítima deve estar efetivamente incapacitada para que se reconheça a lesão grave. A
incapacitação pode ser física ou mental.
- Enquadra-se no conceito de crime a prazo, porque sua configuração depende do
transcorrer de determinado prazo: mais de trinta dias. CPP, art. 168, § 2º - exige a
realização de exame complementar, após o trigésimo dia, para constatar a incapacidade da
vítima.
- Se a lesão incapacita para ocupações ilícitas, não há que falar em lesão grave (o ladrão
impedido de empunhar sua arma em roubos que usualmente comete).
II – se resulta perigo de vida
Perigo de vida é a possibilidade grave e imediata de morte. Deve ser um perigo
efetivo, concreto, comprovado por perícia médica (o legista deve especificar
exatamente o que consistiu o perigo sofrido). Ex.: grande perda de sangue que
provocou choque hemorrágico, ferimento em órgão vital, necessidade de cirurgia
de emergência etc.
- A falta de descrição pode ensejar desclassificações para crime de lesão leve.
- A modalidade é exclusivamente preterdolosa, pois exige dolo de lesionar e
culpa em relação ao perigo de vida.
III – se resulta debilidade permanente de membro, sentido ou função.
- Debilidade permanente – redução ou enfraquecimento na capacidade de
utilização do membro, sentido ou função com prognóstico médico de que é
irreversível.
- Membros - braços e pernas.
- Sentidos – são mecanismos sensoriais por meio dos quais percebemos o mundo
exterior (tato, olfato, paladar, visão e audição).
- Funções – funcionamento de um sistema ou aparelho do corpo humano. Ex.:
função reprodutora, mastigatória, excretora, circulatória, respiratória etc.
IV – Se resulta aceleração do parto.
- A agressão perpetrada provoque um nascimento prematuro, uma antecipação
do parto. A premissa é que o feto seja expulso com vida e sobreviva, pois a
agressão que causa aborto constitui lesão gravíssima (§ 2º, V).
- Pressupõe que o agente sabia da gravidez. Modalidade estritamente
preterdolosa, dolo no lesionar e culpa no nascimento prematuro.
� Lesões Corporais Gravíssimas
§ 2° Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
I – se resulta incapacidade permanente para o trabalho.
- A incapacitação que torna gravíssima a lesão corporal é
aquela que impede a vítima de exercer o trabalho em geral.
- A impossibilidade duradoura para o desempenho de
atividades laborais.
- ≠ da incapacidade temporária ou transitória para as
ocupações habituais (§ 1º, I), porque se protrai
indefinidamente no tempo, obstando o exercício de qualquer
atividade profissional remunerada.
II – Se resulta enfermidade incurável
- Alteração permanente da saúde da vítima por processo
patológico, a transmissão ou provocação intencional de uma
moléstia para a qual não existe cura no estágio atual da
medicina. Exige-se afirmação pericial nesse sentido.
Enfermidade – é o processo patológico – físico ou
psíquico – em desenvolvimento que afeta a saúde geral.
- A vítima não é obrigada a buscar a cura através de
procedimento cirúrgico arriscado ou de tratamentos
experimentais ou dolorosos.
III – Se resulta perda ou inutilização de membro, sentido ou função
- A perda pode se dar por mutilação (ocorre no momento da conduta
delituosa) ou amputação (realizada por intervenção cirúrgica
subsequente, com o propósito de preservar a vida da vítima).
- A inutilização pressupõe que ainda permaneça, ainda que parcialmente
ligado ao corpo da vítima, mas incapacitado de realizar suas atividades
próprias.
Se o ofendido perde um dos dedos de suas mãos, caracteriza a
debilidade permanente (§ 1º, III), mas se é extraído o braço (ou a mão),
ou embora presente, está inteiramente privado de sua função, há a
perda ou a inutilização de membro.
IV – Se resulta deformidade permanente
- A configuração pressupõe: a) que se trate de dano estético; b) que o
dano seja de certa monta; c) que seja permanente; d) que seja visível;
e) que seja capaz de provocar impressão vexatória.
- Deve ser atestada por meio de exame pericial. Recomenda-se que
fotografias da lesão ilustrem o laudo pericial.
- Se a vítima realiza cirurgia plástica ou reparadora e houver
desaparecimento da lesão, descaracteriza a lesão corporal gravíssima.
V – Se resulta aborto
- Deve ser consequência culposa do ato agressivo. É exclusivamente
preterdolosa, pressupõe dolo na lesão e culpa no aborto.
- Se a vontade se dirige à realização do resultado (morte do produto da
concepção) como consequência direta de sua ação (dolo), ou considera como
possível ou provável o seu advento, assumindo o risco de sua produção (dolo
eventual), responderá pelo delito de aborto (art. 125 – 3 a 10 anos), em concurso
formal com a lesão à incolumidade da mulher grávida (2 a 8 anos).
Concurso formal - aplica-se ao agente a pena do crime mais grave,
aumentada de um sexto até metade
� Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não
quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
- Modalidade exclusivamente preterdolosa, o agente quer apenas
lesionar a vítima, mas acaba, culposamente, causando sua morte. Ex.:
esfaqueia a perna da vítima e atinge a artéria femural na região da coxa
e, em face do sangramento, ela morre de hemorragia.
� Lesão Corporal Privilegiada - Causa de diminuição de pena
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor
social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a
injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a
um terço.
- Idêntico ao art. 121, § 1º, direito subjetivo do réu, aplica-se a todas as
formas de lesão corporal dolosa.
Motivo de relevante valor social
� Motivação do agente, no sentido de imaginar que, com a prática de
lesão corporal contra a vítima, beneficiará a coletividade.
� Fora as hipóteses em que o sujeito age acobertado por excludente de
ilicitude, a lesão corporal é considerada contrário aos interesses
sociais. Portanto, a lesão corporal dolosa é considerado crime.
� A lei permite que condene o réu, se considerar o ato criminoso, mas
permite a redução de sua pena, se reconhecer que ele, ao lesionar,
imaginou estar beneficiando o corpo social.
Motivo de relevante valor moral
� Motivação do agente, sentimentos pessoais aprovados pela moral
média, como piedade, compaixão etc.
� Heleno Claudio Fragoso: são os motivos considerados nobres ou
altruístas.
Domínio de violenta emoção logo em seguida à 
injusta provocação da vítima
� Domínio da violenta emoção: não basta a violenta emoção, é necessário
que o agente fique sob o domínio desta. Exige-se uma fortíssima
alteração no ânimo do agente, que fique irado, revoltado, perturbado em
decorrência do ato provocativo. Daí a razão da diminuição da pena,
tendo em vista que tal estado
emocional foi causado por provocação da
vítima.
- para aplicação do benefício é necessário que haja reação imediata, que o ato de lesão ocorra
logo em seguida à provocação (ocorra no mesmo contexto fático da provocação ou minutos
depois).
≠ privilégio da violenta emoção e a atenuante genérica: no privilégio exige-se que o agente
esteja sob o domínio de violenta emoção porque o ato se dá logo em seguida à injusta
provocação. Na atenuante (art. 65, III, c), basta que ele esteja sob influência de violenta
emoção, decorrente de ato injusto.
- Se os jurados reconheçam o privilégio, que tem requisitos maiores, não poderá ser aplicada a
atenuante. Caso recusem o privilégio, o juiz poderá aplicar a atenuante, se presentes seus
requisitos.
� Injusta provocação: a provocação poderá ocorrer por 
meio de xingamentos, de brincadeiras de mau gosto, 
riscando o carro, jogando lixo ou pichando sua casa etc.
≠ da legítima defesa, a injusta agressão, e no privilégio, a
injusta provocação.
Legítima defesa: exige o uso moderado dos meios
necessários para repelir a injusta agressão, que esta
agressão seja atual e eminente.
� Substituição da pena da lesão leve
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir 
a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a 
dois contos de réis:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas.
- Quando se trata de lesão leve privilegiada ou se houver lesões
recíprocas, o juiz poderá substituir a pena de detenção por multa.
� Lesão corporal culposa
§ 6° Se a lesão é culposa
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
- CTB - art. 303 - Lesão corporal culposa cometida na direção de
veículo automotor.
Pena: de detenção de seis meses a dois anos e suspensão ou
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor.
� Causas de aumento de pena
§ 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer
qualquer das hipóteses dos §§ 4º e 6º do art. 121 deste
Código.
- Haverá acréscimo na pena do autor de uma lesão corporal culposa, se o
crime resultar da inobservância de regra técnica de arte, ofício ou
profissão, se o agente deixar de prestar imediato socorro à vítima, não
procurar diminuir as consequências de seu ato ou fugir para evitar a
prisão de flagrante.
� Perdão judicial
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.(Redação
dada pela Lei nº 8.069, de 1990)
- se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma
tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
� Lesão corporal dolosa leve qualificada pela violência 
doméstica (incluído pela Lei n. 10.886, de 2004)
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, 
irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha 
convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada 
pela Lei nº 11.340, de 2006)
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
- Acrescenta circunstâncias com o intuito de agravar o crime de 
lesões corporais.
� Causas de aumento de pena
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as
circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo,
aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº
10.886, de 2004)
- Lesão corporal grave, gravíssima e seguida de morte.
� Causa de acréscimo à pena
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será
aumentada de um terço se o crime for cometido contra
pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº
11.340, de 2006)
- No crime de lesão corporal dolosa leve qualificada pela violência
doméstica a pena sofrerá acréscimo de um terço se for praticada
contra pessoa portadora de deficiência.

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