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INSTITUTO 	UNIVITÓRIA
MARIA DA GLÓRIA ALVES DOS SANTOS
O TRABALHO DO AGENTE COMUNITÁRIO JUNTO COM A VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
SALVADOR\BAHIA
2025
INSTITUTO 	UNIVITÓRIA
MARIA DA GLÓRIA ALVES DOS SANTOS
O TRABALHO DO AGENTE COMUNITÁRIO JUNTO COM A VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
Trabalho de conclusão de curso apresentada à UniVitória como parte das exigências para obtenção do título de Pós-graduação em Vigilância Sanitária.
 
SALVADOR\BAHIA
2025
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO....................................................................................4
2. REVISÃO DA LITERATURA.............................................................5
2.1 Vigilância Sanitária...........................................................................5
2.2 Segurança alimentar.........................................................................6
2.3 Doenças transmitidas por alimentos contaminados..........................6
2.4 O trabalho do agente comunitário junto com a vigilância..................7
3. METODOLOGIA..................................................................................8
4.RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................9
CONCLUSÃO..........................................................................................13
REFERÊNCIASI BIBLIOGRÁFICAS......................................................13
RESUMO
O presente artigo tem o objetivo de investigar o papel da vigilância sanitária junto com o agente comunitário. Salienta-se trabalho do agente sanitário e da vigilância sanitária é de extrema importância para garantir a saúde e o bem-estar da população. Os agentes sanitários atuam na prevenção de doenças, inspecionando estabelecimentos comerciais, verificando a qualidade da água, orientando a população sobre boas práticas de higiene e controlando vetores de doenças, como mosquitos transmissores de dengue e zika. Como metodologia de pesquisa, utilizou-se o levantamento bibliográfico exploratório com análise qualitativa. Neste sentido, infere-se que o papel da vigilância sanitária junto com o agente comunitário é a prevenção de surtos de doenças, na promoção da saúde e na garantia de que a população tenha acesso a produtos e serviços seguros.
Palavras-Chaves: Vigilância Sanitária. Agente Comunitário. População.
 
 
Epígrafe
"Cuidar da saúde é um ato de amor-próprio e responsabilidade com o outro." 
INTRODUÇÃO
A vigilância sanitária desempenha um papel crucial na garantia da segurança alimentar e na prevenção de doenças transmitidas por alimentos. Segundo a teoria de Louis Pasteur, a contaminação dos alimentos pode levar à proliferação de micro-organismos patogênicos, colocando em risco a saúde pública. Portanto, é fundamental que os estabelecimentos que lidam com alimentos estejam em conformidade com as normas e regulamentos estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária.
Nesse contexto, de acordo com Wendisch (2010), é importante que se tenha uma manipulação apropriada dos alimentos, visando prevenir eventos de doenças transmitidas por alimentos (DTA), originadas pelo consumo de alimentos ou bebidas contendo agentes patogênicos; pela presença de produtos químicos nocivos ou outras substâncias prejudiciais em quantidades que comprometam a saúde do consumidor. Os profissionais envolvidos no processo de trabalho dos estabelecimentos precisam ter especializações concernentes ao cargo que exercem dentro dos mesmos. Do mesmo modo, são essenciais: área física, equipamentos e utensílios adequados. Configura-se, portanto, como um emprego complexo, que envolve riscos à saúde dos clientes e que demanda, entre outros parâmetros, rotinas e padronização para minimizá-los.
Dentre as ferramentas disponíveis para a garantia da segurança de alimentos, podem ser citadas as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), ambos amplamente recomendados por órgãos de fiscalização e utilizados em toda a cadeia de produção de alimentos, por ter como filosofia a prevenção, a racionalidade e a especificidade para controle dos riscos que o alimento possa oferecer, principalmente, no que diz respeito à qualidade sanitária (ALMEIDA et al., 2012).
Nessa senda, higiene pessoal dos manipuladores de alimentos é um posto-chave destacado por teóricos como Ignaz Semmelweis, que ressaltou a importância da lavagem das mãos na prevenção da transmissão de doenças. Além disso, a correta manipulação, armazenamento e conservação dos alimentos são aspectos abordados por teóricos como Rudolf Virchow, que alertava para os riscos da contaminação bacteriana nos alimentos.
Destaca-se o papel e a importância dos agentes sanitários e a vigilância sanitária trabalham em conjunto para garantir a segurança e a saúde da população. Os agentes sanitários atuam mais diretamente com a prevenção de doenças, realizando visitas domiciliares, orientando a população sobre medidas de higiene e inspecionando ambientes para identificar possíveis focos de doenças.
Para a realização deste trabalho, optou-se pelo levantamento bibliográfico e também teórico a partir da revisão de artigos das principais bases de dados, com prioridade para as produções científicas publicadas no período de 2010 a 2020. Dessa forma, foram utilizadas como principais fontes de informação: LILACS - Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, PUBMED e Scielo – Scientific Electronic Library Online. O levantamento envolveu a busca em registros eletrônicos de cunho científico, boletim, sítios virtuais de órgãos oficiais, institutos de ensino superior de vigilância pública e privada. Os termos descritores foram: vigilância sanitária, manipulação de alimentos, segurança alimentar. A partir o levantamento teórico foi possível realizar uma análise qualitativa dos dados.
2.REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Vigilância Sanitária
Inspeção Sanitária é o procedimento da fiscalização pela autoridade que avalia em toda a cadeia alimentar as Boas Práticas de Produção e/ou as Boas Práticas de Prestação de Serviços (BRASIL, 1993). A definição de VISA está contida no artigo 6° paragrafo 1° da Lei Federal 8.080 de 19/09/1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e da outras providencias (BRASIL, 1990). A circulação de bens produtos relacionados à saúde, entre eles os alimentos, está entre as competências da VISA (GERMANO, 2011).
Nesse aspecto, a atuação dos órgãos de vigilância sanitária é fundamental para fiscalizar e orientar os estabelecimentos alimentícios quanto às boas práticas higiênico-sanitárias. Teóricos como Carlos Chagas contribuíram para o desenvolvimento das legislações sanitárias e padrões de qualidade que regem a manipulação de alimentos em todo o mundo. A vigilância sanitária para manipulação de alimentos é um pilar essencial para garantir a segurança alimentar da população. 
A aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos no dia a dia dos estabelecimentos alimentícios contribui não apenas para a prevenção de doenças transmitidas por alimentos, mas também para a promoção da saúde pública e bem-estar da sociedade como um todo. O objetivo da Vigilância Sanitária com relação aos alimentos é fiscalizar estabelecimentos que produzem, comercializem, distribuem e/ou armazenam os alimentos, licenciar e cadastrar estabelecimentos que produzem ou comercializam alimentos. As equipes de fiscalização têm a finalidade primordial de avaliar as condições higiênicos sanitários dos estabelecimentos e produtos alimentícios por eles comercializados (GERMANO, 2011).
Portanto, infere-se Vigilância Sanitária desempenha um papel fundamental na promoção e proteção da saúde da população. Sua principal 
função é fiscalizar e regulamentar produtos, serviços e ambientes que possam representar riscos à saúde, garantindo que alimentos, medicamentos, cosméticos, saneantes, hospitaise indústrias sigam normas de qualidade e segurança.
Entre suas atribuições, destaca-se o controle de surtos epidemiológicos, a inspeção de estabelecimentos de saúde, o monitoramento da qualidade da água e o combate à comercialização de produtos inadequados ao consumo. Dessa forma, a Vigilância Sanitária atua de forma preventiva, reduzindo a incidência de doenças e garantindo melhores condições de vida para a população.
2.2 Segurança alimentar
A segurança alimentar é um tema de extrema relevância para a promoção da saúde e bem-estar da população, garantindo que os alimentos consumidos sejam seguros, nutritivos e livres de riscos à saúde. Nesse contexto, a vigilância sanitária desempenha um papel fundamental na fiscalização e controle dos alimentos disponibilizados à sociedade, assegurando que estejam em conformidade com as normas e padrões estabelecidos para garantir a segurança alimentar
A segurança alimentar é um desafio atual e visa à oferta de alimentos que não acarretem riscos à saúde do consumidor. A fiscalização da qualidade dos alimentos deve ser feita desde a matéria prima, incluindo as etapas de produção a distribuição final ao consumidor (VALENTE et al., 2004). Segundo Germano e Germano, (2003), é importante dizer que o homem, como manipulador de alimentos, é o principal causador de contaminação e é responsável pela transmissão de doenças de origem alimentar. Essa transmissão pode ocorrer por práticas de higiene incorretas, que decorrem da falta de conhecimentos básicos de práticas de higiene e segurança alimentar, ou ainda por descuido do manipulador.
Todo processo de contaminação pode ser evitado se os manipuladores seguirem os procedimentos de BPF, que inclui a higienização das mãos, a boa higienização dos equipamentos, observando a higiene do local, segregando os 
materiais corretamente, separando corretamente os locais de armazenamento dos locais produtivos e seguindo os critérios de higiene pessoal citados anteriormente, são algumas medidas que quando adotadas diminuem a possibilidade da contaminação cruzada (ANVISA, 2007).
A vigilância sanitária atua em conjunto com os profissionais de nutrição para garantir que os alimentos disponibilizados à população atendam aos padrões de segurança estabelecidos. A fiscalização dos estabelecimentos alimentícios, a verificação das condições de higiene e o controle da qualidade dos alimentos são algumas das atribuições da vigilância sanitária que visam assegurar a segurança alimentar da população.
Logo, a segurança alimentar é um direito fundamental de todos os cidadãos e envolve uma série de medidas preventivas que visam garantir a qualidade e segurança dos alimentos consumidos. A atuação conjunta da vigilância sanitária e dos profissionais de nutrição é essencial para promover hábitos alimentares saudáveis, prevenir doenças relacionadas à alimentação e assegurar a qualidade nutricional dos alimentos disponibilizados à população.
2.3 Doenças transmitidas por alimentos contaminados
As doenças transmitidas por alimentos contaminados representam um sério problema de saúde pública, podendo causar desde sintomas leves até complicações graves e até mesmo óbito em casos mais severos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os órgãos de vigilância sanitária desempenham um papel fundamental na prevenção e controle dessas doenças, atuando na fiscalização e regulamentação dos estabelecimentos que manipulam alimentos.
A contaminação dos alimentos pode ocorrer em diversas etapas do processo de manipulação, desde a produção até o consumo final, e é responsável por surtos de doenças transmitidas por alimentos. A atuação da Anvisa e da vigilância sanitária é essencial para garantir que os alimentos disponibilizados à população estejam em conformidade com as normas de higiene e segurança alimentar estabelecidas.
As doenças transmitidas por alimentos são conhecidas como DTA, são causadas pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminados por bactérias e 
suas toxinas, vírus, parasitas e fungos (ANVISA, 2007). Segundo a ANVISA (2007) alguns cuidados podem ajudar a minimizar a contaminação do alimento e assim ajudando a diminuir a incidência das DTAs. No recebimento da matéria prima, é importante observar se as embalagens não estão rasgadas, amassadas, sujas, molhadas, enferrujadas e não apresentam nenhuma característica que possa contaminar os produtos. Verificar também se as carnes, peixes e frangos estão acondicionados em sacos transparentes entre outros.
Nessa senda, a falta de higiene na manipulação dos alimentos, a contaminação cruzada entre alimentos crus e cozidos, o armazenamento inadequado e a utilização de ingredientes vencidos são fatores que contribuem para a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos contaminados. A atuação preventiva da Anvisa e da vigilância sanitária visa identificar e corrigir essas práticas inadequadas, reduzindo assim o risco de contaminação alimentar.
Além disso, a capacitação dos profissionais que manipulam alimentos é uma medida essencial para garantir a segurança alimentar. A Anvisa estabelece diretrizes e normas para a formação e treinamento desses profissionais, visando promover boas práticas de manipulação e prevenir a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos contaminados.
A notificação e investigação de surtos de doenças transmitidas por alimentos são atribuições da vigilância sanitária, que atua em conjunto com a Anvisa para identificar as causas da contaminação, interromper a transmissão da doença e adotar medidas corretivas nos estabelecimentos envolvidos. Essa ação conjunta é fundamental para proteger a saúde da população e evitar a propagação de doenças decorrentes da ingestão de alimentos contaminados.
Portanto, as doenças transmitidas por alimentos (DTA) são um grave problema de saúde pública e ocorrem quando consumimos alimentos ou bebidas contaminados por microrganismos patogénicos, toxinas ou substâncias químicas. Bactérias como Salmonella, Escherichia coli e Listeria monocytogenes, além de vírus e parasitas, estão entre os principais 
causadores dessas doenças, que podem provocar sintomas como diarreia, vómitos, febre e, em casos mais graves, levar à hospitalização e até ao óbito.
Diante desse cenário, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desempenha um papel essencial na prevenção e no controle dessas doenças. A ANVISA é responsável por regulamentar, fiscalizar e garantir que os alimentos comercializados no Brasil atendam a padrões rigorosos de higiene e segurança.
2.4 O trabalho do agente comunitário junto com a vigilância
O movimento em favor de uma Reforma Sanitária brasileira introduziu mudanças substantivas no modo de operação do sistema de saúde, através da criação do Sistema Único Saúde (SUS). Um dos aspectos centrais deste sistema é o princípio da universalidade para as ações de saúde, a descentralização na qual o município ganha lugar de destaque na gestão do sistema e um novo formato organizativo para os serviços, sob a lógica da integralidade, da regionalização e da hierarquização, com definição de porta de entrada (VIANA; POZ, 2005).
Em 1991, o Ministério da Saúde (MS), em parceria com as secretarias estaduais e municipais, institucionalizou o Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde (PNACS), posteriormente Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) (BARROS, 2010). Este programa foi criado pelo Ministério da Saúde a partir da experiência realizada no estado do Ceará, iniciada em 1987, onde o objetivo era melhorar, através dos Agentes Comunitários de Saúde, a capacidade da população de cuidar da sua saúde, transmitindo-lhe informações e conhecimentos e contribuir para a construção e consolidação dos sistemas locais de saúde fortalecendo a ligação entre serviços de saúde e comunidade e ampliando o acesso à informação sobre a saúde (NASCIMENTO, 2005).
Dessa forma, a vigilância sanitária atua mais na fiscalização e controle de produtos, serviços e estabelecimentos comerciais. Eles verificam se os alimentos estão sendo produzidos ecomercializados de forma segura, se os 
medicamentos estão dentro dos padrões exigidos, e se os estabelecimentos estão em conformidade com as normas de higiene e segurança. Ambos os grupos compartilham informações relevantes sobre possíveis riscos à saúde pública, trabalhando em conjunto para identificar problemas, implementar medidas corretivas e promover a conscientização da população. Dessa forma, sua atuação conjunta contribui para a prevenção de doenças e a promoção da saúde pública.
O agente comunitário de saúde desempenha um papel fundamental na sociedade, atuando como elo entre a comunidade e os serviços de saúde. Suas funções incluem visitas domiciliares para identificar problemas de saúde, orientar a população sobre medidas preventivas, acompanhar pacientes em tratamento, promover campanhas de vacinação e atuar na promoção da saúde e bem-estar da comunidade.
Além disso, o agente comunitário é responsável por mapear as condições de vida da população em sua área de atuação, identificando situações de risco e contribuindo para a formulação de políticas públicas mais eficazes. Sua presença próxima à comunidade permite uma abordagem mais humanizada e personalizada no cuidado com a saúde, fortalecendo os vínculos entre os moradores e os serviços de saúde. Portanto, o agente comunitário de saúde desempenha um papel crucial na promoção da saúde preventiva, na identificação precoce de problemas de saúde e na articulação entre a comunidade e os serviços de saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
3. METODOLOGIA
Este estudo adota uma abordagem bibliográfica, visando compreender o trabalho do Agente Comunitário de Saúde (ACS) em conjunto com a Vigilância Sanitária. A pesquisa bibliográfica consiste na análise de materiais já publicados, como livros, artigos científicos e documentos institucionais, permitindo uma reflexão fundamentada sobre a temática.
Segundo Gil (2008, p. 50), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos 
científicos”, sendo essencial para a construção do conhecimento, pois possibilita ao pesquisador compreender diferentes perspectivas sobre um tema e embasar teoricamente suas análises.
A seleção das fontes será feita a partir de critérios de relevância, atualidade e confiabilidade, priorizando publicações de órgãos oficiais, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Ministério da Saúde, além de artigos indexados em bases científicas. A pesquisa também incluirá documentos normativos e diretrizes que orientam a atuação dos ACS na promoção da saúde e na fiscalização sanitária.
O objetivo desta metodologia é explorar a interseção entre a atuação do ACS e a Vigilância Sanitária, analisando como esse trabalho conjunto contribui para a prevenção de doenças, o controle de riscos sanitários e a promoção da saúde comunitária. Dessa forma, a pesquisa busca fornecer um panorama teórico que auxilie na compreensão da importância dessa colaboração para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
4.RESULTADOS E DISCUSSÕES
A análise das legislações vigentes sobre o tema é de extrema importância para garantir a segurança alimentar e a proteção da saúde da população. No Brasil, existem normas e regulamentações específicas que estabelecem diretrizes para a manipulação, armazenamento, transporte e comercialização de alimentos, visando prevenir a contaminação e garantir a qualidade dos produtos consumidos.
Todas as transformações sugeridas pelo novo modelo de atenção, contudo não conseguiram alterar suficientemente a qualidade das ações de saúde, sendo preciso buscar novos saberes e práticas voltados para viabilização do SUS e para aumentar sua efetividade. Nesse sentido, a construção de novas estratégias assistenciais veio a assumir cada vez maior relevância (CARDOSO; NASCIMENTO, 2007).
O ACS surgiu como um dos atores principais desta nova estratégia, é um profissional que surgiu das classes populares e possuía características 
próprias (BRAND;ANTUNES; FONTANA 2010; SEABRA, CARVALHO, FOSTER, 2008; GOMES et al, 2009; JARDIN, LANCMAN 2009; LIMA, SILVA, BOUSSO 2010). Em 1999, o Decreto nº 3.189/1999 16 fixou as diretrizes para o exercício da atividade de Agente Comunitário de Saúde, em 2002 após 11 anos de atuação foi oficialmente criada a profissão de ACS através da Lei nº 10.507/2002 e, somente 2006 foi criada a LEI Nº 11.350, DE 5 DE OUTUBRO, onde foi editada uma medida provisória que regulamenta as atividades do ACS (BRASIL ,2006).
Segundo Morosini, Corbo, Guimarães (2009) o agente comunitário de saúde acumula em sua trajetória, desde a criação da função, uma história marcada pela precarização de vínculos e pelo aligeiramento de sua formação. Tomando-se como ponto de referência inicial a criação do Programa de Agentes de Saúde do Estado do Ceará, em 1987, somam-se mais de vinte anos de história. Morosini (2009, p.32) 
Partindo-se da criação em nível nacional do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em 1991 e, considerando-se os anos de participação na estratégia saúde da família, uma política nacional, temse 17 anos de atuação desses agentes, 12 dos quais como um dos elementos centrais da principal política de reorganização da atenção à saúde no Brasil. Destaca-se, entretanto, que onze desses anos foram marcados pela inexistência da profissão, criada somente em 2002. Nesse período, foram critérios de seleção dos agentes comunitários de saúde: saber ler e escrever, ter espírito de liderança e solidariedade, idade mínima de 18 anos e disponibilidade de trabalho em tempo integral.
Dessa maneira, as legislações só ajudam no trabalho conjunto entre o agente comunitário e a vigilância sanitária, contribuindo por uma sociedade mais saúde e conscientização. Dessa maneira, é tomado por base, durante a fiscalização pela Vigilância Sanitária do Município de Pombal - PB, a RDC 216 de 15 de Setembro de 2004. Esta RDC trata de uma regulamentação de Boas Práticas para Serviços de Alimentação e aplica-se aos serviços de manipulação que realizam algumas das seguintes atividades: 10 manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte, exposição, venda e entrega de alimentos preparados ao consumo, tais como: supermercados, 
cantinas, lanchonetes, padarias, pastelarias, restaurantes e congêneres (SILVA, 2005).
 O ponto crítico para a aplicação da RDC nº. 216/2004 desde a sua publicação é o cumprimento do item referente à documentação, registro e a responsabilidade das atividades de manipulação. Os serviços de alimentação devem dispor de Manual de Boas Práticas e de Procedimentos Operacionais Padronizados e esses documentos devem estar acessíveis aos funcionários envolvidos e disponíveis à autoridade sanitária, quando requerido (ANVISA, 2007). A ANVISA (2007) também utiliza a Lei número 5991 de 17/12/1973 para proibição da comercialização de remédios em locais onde o cadastro é exclusivo para comercialização de alimentos.
A higienização de todas as máquinas, equipamentos e ambientes é condição indispensável para a manipulação segura dos alimentos, evitando todos os diversos tipos de contaminação. As atividades de higienização devem seguir o mesmo ritmo das atividades de preparação ou manipulação de alimentos, incluindo desde a recepção, até a expedição (GERMANO, 2008). 
Segundo a ANVISA (2007), as etapas para uma boa higienização do ambiente e equipamentos são: 
Primeiramente deve ser feita à lavagem das bancadas e pias com água e sabão neutro, enxaguadas com água corrente; 
Telas e vidros devem ser lavados com água e sabão semanalmente ou quando necessário; 
Utensílios como copos, pratos e talheres devem ser lavados utilizando produto específico como, por exemplo, detergente neutro, sempre, após o uso, após a lavagem deve ser aplicada uma solução de álcool 70%. 
Panelas, assadeiras, tampas e outros devem ser lavados com água e sabão e enxaguados em água corrente; 
Após o término do trabalho, todas as bancadas devem ser sanitizadas com o intuitode evitar pragas. As áreas de produção devem ser lavadas. ANVISA (2007)
Os banheiros, vestiários e armários, devem ser mantidos limpos e organizados. No caso de tomar banho é necessária a secagem do chão e sempre que fizer uso do sanitário, dar a descarga. Os banheiros devem ser lavados diariamente.
Diante das recomendações as instruções devem fazer parte de um comportamento operacional dos manipuladores de uma maneira sistêmica e ordenada, só possível de se conseguir com treinamento e capacitação dos manipuladores, tornando-os verdadeiros proprietários de seus conhecimentos e 
responsáveis pelas suas ações e atos. É a chamada autogestão operacional dos processos e de conhecimentos (MACEDO, 2008). 
Segundo Tondo e Bartz (2012), mesmo que o Brasil tenha legislações bastante rígidas em termos de regras e critérios, ainda são poucos os estabelecimentos que adotam as BPF como uma prática diária na produção de alimentos. 
As dificuldades vão desde as financeiras, devido às exigências mínimas de estrutura física para produção segura de alimentos, até a falta de profissionais conscientes e comprometidos. Além disso, o restaurante que proporciona aos seus clientes a certeza de fornecimento de alimento seguro (de qualidade) tem maiores chances de permanecer e crescer no mercado e assim buscar novos desafios (ALMEIDA, COSTA, GASPAR, 2012).
As legislações vigentes sobre a manipulação de alimentos abordam aspectos como higiene pessoal dos manipuladores, condições estruturais dos estabelecimentos, controle de pragas, armazenamento adequado dos alimentos, controle de temperatura e validade dos produtos. Essas normas visam garantir a qualidade e segurança dos alimentos desde a sua produção até o consumo final.
É fundamental que os responsáveis pelos estabelecimentos que manipulam alimentos estejam cientes e cumpram integralmente as legislações sanitárias vigentes. A não conformidade com essas normas pode acarretar desde penalidades administrativas até interdição do estabelecimento, visando proteger a saúde dos consumidores e evitar a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos contaminados.
CONCLUSÃO
A notificação e investigação de surtos de doenças transmitidas por alimentos são atribuições da vigilância sanitária, que atua em conjunto com a Anvisa para identificar as causas da contaminação, interromper a transmissão da doença e adotar medidas corretivas nos estabelecimentos envolvidos. Essa ação conjunta é fundamental para proteger a saúde da população e evitar a propagação de doenças decorrentes da ingestão de alimentos contaminados.
A vigilância sanitária é responsável por fiscalizar e controlar produtos, serviços e ambientes que possam oferecer riscos à saúde pública. Eles atuam desde a produção até a comercialização, garantindo que os alimentos estejam em condições adequadas, que os medicamentos sejam seguros e que os estabelecimentos estejam em conformidade com as normas de higiene e segurança.
Os agentes sanitários e a vigilância sanitária trabalham em conjunto para garantir a segurança e a saúde da população. Os agentes sanitários atuam mais diretamente com a prevenção de doenças, realizando visitas domiciliares, orientando a população sobre medidas de higiene e inspecionando ambientes para identificar possíveis focos de doenças.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, G. L., COSTA, S. R. R., GASPAR, A. A Gestão da Segurança dos Alimentos em Empresa de Serviço de Alimentação e os Pontos Críticos de Controle dos Seus Processos. Boletim CEPPA, v.30, n.1, 135-146, 2012.
ANVISA - Cartilha sobre Boas Práticas para Serviço de Alimentação, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha sobre boas práticas para serviços de alimentação. Brasília, v. 1, n. 10, p. 47, 2006.
GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos. 4. ed. São Paulo: Varela, 2011.
RUMOR, Jeancarlo. PROGRAMA DE ALIMENTOS SEGUROS. 2007. 92 f. Monografia (Especialização) - Curso de Curso Medicina Veterinária, Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2007. 
SILVA, A. E. Manual de controle higiênico-sanitário em serviço de alimentação. 6. ed. São Paulo: Varela, 2005. 
VALENTE, D.; PASSOS, A. D. Avaliação higiênico-sanitária e físico-estrutural dos supermercados de uma cidade do Sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, vol. 7, n. 1, junho de 2004. VIGILANCIA SANITARIA: guia didático. São Paulo: Idec, 2007.
WENDISCH, C. Avaliação da qualidade de Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) hospitalares: construção de um instrumento. (Dissertação de Mestrado). Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca: Rio de Janeiro, 2010.
NASCIMENTO NETO, F. Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) em Restaurantes. São Paulo, Senac, 2005.
TONDO, E. C., BARTZ, S. Microbiologia e Sistemas de Gestão da Segurança de Alimentos. Porto Alegre: Sulina, 2012.
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