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2025 Ronaldo Ramos Caiado Governador do Estado de Goiás Daniel Elias Carvalho Vilela Vice-Governador Aparecida de Fátima Gavioli Secretária de Estado da Educação Helena da Costa Bezerra Secretária-Adjunta de Educação Andros Roberto Barbosa Diretor Administrativo e Financeiro - Seduc-GO Alessandra Oliveira de Almeida Diretora Pedagógica - Seduc-GO Elaine Machado Silveira Superintendência de Desporto Educacional, Arte e Educação - Seduc-GO Luz Marina de Alcantara Gerência de Arte e Educação Seduc-GO Euzamary Pimenta G. de Melo Diretora Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte Renato Ribeiro Rodrigues Coordenação Pedagógica do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte Fotografias Ralyanara Freire Bernardo P. Aguiar Thaysminy Coelho IPEARTES Estrutura Digital e Webdesign Fidelino Lacerda Projeto Gráfico e Diagramação José F. Machado Alecrim FICHA TÉCNICA Lucca Silva Perdigão Chefe de Gabinete da Secretaria de Educação Oberdan Humberto Rodrigues Valle - Procurador Setorial - Seduc-GO Fátima Rossi Superintendente de Educação Infantil e Ensino Fundamental - Seduc- GO Osvany da Costa Gundim Cardoso Superintendente de Ensino Médio - Seduc-GO Revisão e colaboração Cintia Carla de Queiroz Rafael Alves Rupert Nickerson Sobrinho Superintendente de Atenção Especializada - SEDUC-GO Cel. Mauro Ferreira Vilela Superintendente de Segurança Escolar e Colégio Militar - Seduc-GO Su m ár io SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................9 MARCOS LEGAIS..................................................................................................................11 COMO A SEDUC COMPREENDE A EDUCAÇÃO DAS ARTES ................................................................. 121. Abordagem Metodológica do Ensino de Arte ...................................................................................................12 Arte/Educação e suas especificidades .............................................................................................................13 Formas de Avaliação ..................................................................................................................................................15 Ensino de Arte no Ensino Fundamental .............................................................................................................16 Ensino de Arte no Ensino Médio ......................................................................................................................... 17 Ensino de Arte e a Modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) ...............................................................17 Ensino de Arte por uma Educação Antirracista .........................................................................................................18 2. O ENSINO DE ARTE E A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR .....................................................................21 Parte Diversificada das Unidades Escolares de Tempo Parcial .......................................................................21 Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) ..................................................................................................24 Parte Diversificada (Núcleo de Integração Curricular) .....................................................................................25 Ementa das Eletivas....................................................................................................................................................26 Ensino Mediado por Tecnologia - Goiás Tec .............................................................................................................27 Organização Curricular da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e suas diferentes formas ..........................27 Organização Curricular da Educação Especial ..........................................................................................................27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................60 4. AÇÕES ESPECÍFICAS DO CIRANDA DA ARTE .....................................................................44 Formação de Professores - Cursos Ciranda da Arte .................................................................................................44 Arte Educação no Currículo ...............................................................................................................................46 Suporte Pedagógico .............................................................................................................................................49 Habilidades Artísticas Juvenis (FIC e Cursos Livres ) ......................................................................................50 Cursos..........................................................................................................................................................................51 Formação Inicial Continuada (FICs) e Cursos Livres ................................................................................................52 Seminário Estadual do Ensino de Arte.......................................................................................................................54 Aquisição de Instrumentos Musicais e Material Didático de Arte.............................................................................54 3. PROGRAMA ARTE/EDUCAÇÃO GOIÁS CIRANDA DA ARTE ...................................................28 Trabalho integrado da Gerência de Arte e Educação e do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte...........................................................................................................28 Arte Educa ............................................................................................................................................................29 Dos espaços e materiais necessários para o Arte Educa ...................................................................................31 Sobre a Rotina do Arte Educa ....................................................................................................................................32 Das aulas/atividades ..................................................................................................................................................35 Da organização da Jornada de Trabalho do professor/instrutor Arte Educa .................................................36 Organização dos tempos pedagógicos, de acordo com a especificidade do projeto ..............................................37 Do quantitativo de estudantes ............................................................................................................................38 Festival Arte Educativo de Goiás - FAEGO .......................................................................................................39 Concurso Cênico-Literário Reconhecendo Nossas Goianidades .....................................................................40 Concurso Literário de Redação Bariani Ortêncio .............................................................................................42 Escrevendo a história dos municípios goianos .........................................................................................................43 5. IPEARTES ............................................................................................................................55 Ipeartes Itinerante ...............................................................................................................................................55 Olimpíada de Humanidades .......................................................................................................................................56 A p re se nt aç ão Na década de 1970, o ensinoo ensino de Arte Concurso Cênico-Literário Reconhecendo Nossas Goianidades Assim, possibilita aos/às estudantes participantes experiências para (re)desco- brir a forma de desenvolver a linguagem oral, escrita, gestual e cênica com sensi- bilidade e senso crítico, trazendo à realidade emoções profundas e significativas a partir da utilização de experiências pessoais para a construção de textos literários e/ou de cenas teatrais, interligados à pesquisa e ao estudo de biografias e autobio- grafias de artistas e autores/as, bem como de obras artísticas e obras literárias que valorizam a diversidade cultural goiana da comunidade local e regional. O projeto que configura este concurso é interdisciplinar, envolvendo os compo- nentes curriculares de Língua Portuguesa e de Arte. Ao estabelecer pontos de contato entre Literatura, Teatro e Artes Visuais, inter-relacionando-os neste projeto, propõe-se aos estudantes participantes atividades de criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão conforme as habilidades e objetos de conhecimento que compõem o DCGO-Ampliado com o foco na valorização, no reconhecimento, na promoção e na preservação das identidades culturais de Goiás. Figura 12: Troféu Concurso Cênico-Literário 2024. Estudante Kumalu Kamayura. Foto: Ralyanara Moreira Freire 41 Caderno de orientação para o ensino de Arte O concurso visa premiar estudantes do Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual de Goiás em reconhecimento à qualidade de suas produções cênicas, visuais e textuais inéditas. Todo material de apoio ao CCL, sugestões de aulas e edital você pode encontrar no link https://cirandadaarte.com.br/ccl- reconhecendo-nossas-goianidades/ Figura 14: Espetáculo Concurso Cênico-Literário 2024. Foto: Ralyanara Moreira Freire Figura 13: Premiação dos estudantes do Concurso Cênico-Literário 2024. Foto: Ralyanara Moreira Freire O concurso é uma homenagem ao escritor e folclorista Waldomiro Bariani Ortencio, aprovado pela Lei 18.733/2014. O concurso tem como finalidade incentivar e despertar nos estudantes do Ensino Médio o interesse e o gosto pela leitura, pela escrita de textos de diversos gêneros literários, pela visualidade e representação cênica das histórias barianianas. Os estudantes finalistas são premiados em cerimônia que acontece no dia 22 de agosto de cada ano, em comemoração ao Dia do Folclore. O concurso é realizado em ação conjunta com a Secretaria de Estado da Cultura e parceria com o Instituto Cultural e Educacional Bariani Ortencio. As despesas da premiação correm por conta do Fundo Estadual de Arte e Cultura do Estado de Goiás, Fundo Cultural da Secretaria de Cultura. Além de valorizar o patrimônio cultural goiano, o certame promove o desenvolvimento de habilidades essenciais à educação contemporânea, como a escrita crítica, a expressão artística e a reflexão interdisciplinar. Dividido em três modalidades principais – Textual, Cênica e Visual – o concurso oferece uma rica diversidade de experiências que contribuem para a formação integral dos estudantes. Na modalidade Textual, o gênero dissertativo-argumentativo ocupa um lugar de destaque, com forte inclinação ao formato exigido no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A produção de textos é enriquecida pela exploração de temas contemporâneos e relevantes, permitindo aos jovens dialogar com questões sociais, culturais e históricas de forma crítica e reflexiva. O resultado dessas produções culmina na elaboração de um E-book, que compila os textos de destaque, ampliando o alcance das vozes dos estudantes e valorizando suas contribuições. A modalidade Cênica se destaca pela mediação através da Contação de Histórias, explorada como performance teatral. Inspirados nas "escrevivências" de Bariani Ortencio, os estudantes têm a oportunidade de montar espetáculos que problematizam a temática proposta em cada edição. A narrativa oral e a experimentação cênica permitem aos participantes desenvolverem competências criativas, críticas e expressivas. Além disso, a culminância do espetáculo oferece um espaço inclusivo, com a participação ativa de estudantes com deficiência (PcD’s), reforçando o compromisso com a diversidade e a acessibilidade. 42Caderno de orientação para o ensino de Arte Concurso Literário de Redação Bariani Ortêncio Na modalidade Visual, o concurso promove o diálogo entre as Artes Integradas e elementos interdisciplinares, como pintura, desenho, charge, caricatura, colagem e composição. Essa abordagem estimula os estudantes a explorarem diferentes linguagens artísticas para expressar suas visões sobre os temas do certame. A inclusão da audiodescrição nas exposições de artes visuais garante que as obras sejam acessíveis a públicos com deficiência visual, ampliando o impacto e a democratização da experiência artística. Outra inovação significativa do concurso é o PequiPOD, um projeto de videocast em que os estudantes expõem de forma contundente suas visões críticas, baseadas nos textos produzidos. Disponível na plataforma WebZine do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte, o PequiPOD amplia as fronteiras da escrita ao incorporar elementos multimídia, permitindo aos estudantes experimentarem novas formas de mediação de conteúdo e de expressão criativa. Para poder participar do Concurso Literário Bariani Ortencio o estudante deve estar vinculado às Eletivas de Produção Visual, Produção Textual ou Produção Cênica, e o professor vinculado aos Cursos do Ciranda da Arte. Escrevendo a história dos municípios goianos Trata-se da Resolução nº 10, de 28 de fevereiro de 2023, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), que objetiva a publicação de livro físico e digital que conte a história de cada município goiano. Fruto de pesquisas e coletâneas obtidas, por meio do Regulamento do concurso, incluindo redações, entrevistas e pesquisas sobre a história dos municípios goianos. De caráter interdisciplinar, o concurso envolve os componentes curriculares das áreas de Linguagens e de Ciências Humanas (e suas tecnologias) e é destinado a estudantes do Ensino Médio. No segundo semestre, a Gerência de Arte e Educação encaminhará as ementas das Eletivas vinculadas a este concurso, que terá início no mês de agosto. A escolha da temática Escrevendo a história dos municípios goianos é o ponto de partida para pesquisar, conhecer e reconhecer as diversidades históricas, sociais, políticas, econômicas e culturais peculiares aos nossos municípios, especialmente aquelas que constituem as identidades culturais da nossa goianidade. Todas as despesas referentes à publicação do livro físico e e-book serão da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. 43 Caderno de orientação para o ensino de Arte Caderno de orientação para o ensino de Arte 4. AÇÕES ESPECÍFICAS DO CIRANDA DA ARTE Historicamente o Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte é centrado na tríade: formação (professores e docentes); produção artística; pesquisa em arte/educação. Por meio desses eixos todas as ações do Ciranda da Arte são desenvolvidas. Formação de Professores - Cursos Ciranda da Arte Dentre as diversas propostas formativas elaboradas pelo Ciranda da Arte, os cursos de longa duração têm como objetivo oferecer capacitação nas áreas artísticas para os(as) professores(as), técnicos administrativos(as) da rede pública de educação e pesquisadores(as). Os estudos ocorrem nas modalidades presencial, semipresencial e à distância com o intuito de ampliar os conhecimentos pertinentes à arte/educação. Os cursos proporcionam o estudo e a reflexão em torno de concepções e práticas pedagógicas em arte orientadas pela matriz curricular de Goiás. Isso é feito por meio do subsídio teórico-metodológico das ações educativas, fomentando a elaboração e execução de projetos e/ou planos de ensino nas unidades escolares; relacionando a teoria com a prática investigativa; incentivandoo acesso a espaços culturais, tais como museus, exposições, espetáculos de dança e teatro, concertos musicais e outros. 44 45 Caderno de orientação para o ensino de Arte Orientação Curricular Para o Ensino de Arte/Artes Visuais; Orientação Curricular Para o Ensino de Arte/Dança; Orientação Curricular Para o Ensino de Arte/Música; Orientação Curricular Para o Ensino de Arte/Teatro. Curso: Produção literária: etapa Ensino Fundamental (Anos Finais) Produção Visual: fotocomposição etapa Ensino Fundamental (Anos Finais); Curso: Produção Cênica: etapa do Ensino Fundamental (Anos Finais) Produção Literária: Etapa do Ensino Médio; Curso: Produção Visual: Fotografia e Territórios Femininos (Etapa do Ensino Médio); Produção Visual: Fotografia e Territórios Femininos (Etapa do Ensino Médio). OBS.: As inscrições para os cursos 2025/1 de formação docente serão realizadas meio do link: https://forms.gle/tVmTftFU9RCsW8mt7 Os cursos ofertados pelo Ciranda da Arte possuem a aprovação do Conselho Estadual de Educação e possuem certificação de 40h. O Ambiente Virtual de Aprendizagem dos cursos é por meio da plataforma Moodle do Ciranda da Arte, que você encontra no link: https://moodleciranda. educacao.go.gov.br/ O catálogo completo dos Cursos do Ciranda da Arte, ano de 2025, e o link para as inscrições estarão disponíveis no site https://cirandadaarte.com.br/cursos/ Mais informações disponíveis em https://cirandadaarte.com.br/cursos/ Previsão de oferta de cursos 2025/1, para o 1º semestre, na modalidade de ensino à distância: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeBOXZcV13pVvGC_FWlJLJs50VJoybPYRLL7nkqJ9QyvjKIFA/viewform https://forms.gle/tVmTftFU9RCsW8mt7 https://forms.gle/tVmTftFU9RCsW8mt7 https://moodleciranda.educacao.go.gov.br/ https://moodleciranda.educacao.go.gov.br/ https://moodleciranda.educacao.go.gov.br/ https://moodleciranda.educacao.go.gov.br/ https://moodleciranda.educacao.go.gov.br/ https://moodleciranda.educacao.go.gov.br/ https://cirandadaarte.com.br/cursos/ https://cirandadaarte.com.br/cursos/ 46Caderno de orientação para o ensino de Arte Arte Educação no Currículo O projeto Arte Educação no Currículo é voltado para a formação de profes- sores e estudantes da Rede Estadual de Educação. Tem como proposta realizar ações pedagógicas, didáticas e artísticas dentro do contexto escolar oferecen- do cursos, oficinas, materiais didáticos e realizando apresentações, exposições, performances artísticas/didáticas a fim de aprimorar e complementar o ensino/ aprendizagem de Arte no currículo da educação básica. O Projeto Arte Educação no Currículo possui um perfil itinerante, onde a equi- pe de professores/artistas do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte vai até a escola no momento presencial de formação, procurando atender todas as CREs (Coordenadoria Regional de Educação), uma por vez, em cada circulação de formação. Além da formação de jovens e professores, o CEP Ciranda da Arte deixa material de suporte pedagógico para que os conteúdos possam ser apro- fundados na escola. A cada ano, novos conjuntos de espetáculos e cursos são formados e, em 2025, cinco diferentes apresentações/exposições artísticas irão circular nas es- colas da rede pública de educação de Goiás. São elas: Goiano de Todo Canto Grupo Musical: Os Menestréis Figura 15: Grupo Musical Os Menestréis, 2024. Foto: Acervo Educomunicação Ciranda da Arte 47 Caderno de orientação para o ensino de Arte Pretura Grupo Experimental de Teatro: Trupe de Cirandeiros Vou te Contar... Tudo é Divino Maravilhoso Grupo Musical: Ciranda da Gente Figura 16: Grupo Musical Ciranda da Gente, 2024. Foto: Acervo Educomunicação Ciranda da Arte Figura 17: Núcleo de Experimentação Teatral Trupe dos cirandeiros, 2024. Foto: Acervo Educomunicação Ciranda da Arte 48 Caderno de orientação para o ensino de Arte Afrofuturar Exposição de Artes Visuais - Profa. Ma. Aissi Kárita Perfis Originários: Retratos a Lápis de um Brasil Ancestral Exposição de Artes Visuais - Prof. Indígena José Alecrim OBS.: O cronograma do Projeto Arte Educação no Currículo estará disponível a partir de fevereiro/2025, com acesso no link: https://seducgogov- my.sharepoint.com/:f:/g/personal/arteeducacao_nocurriculo_seduc_go_go v_br/EgweyN0N1mNEgzgKJgYqmkwBK6yLutt8RIQ_DQhSt2X1oQ?e=cXZyQP 49 Caderno de orientação para o ensino de Arte Suporte Pedagógico As sugestões de aulas produzidas pelo Ciranda da Arte destinadas ao com- ponente Arte estão disponibilizadas em diversas plataformas, de livre acesso para download. São mais de 3.000 aulas nas diversas linguagens artísticas, que estão disponibilizadas no NetEscola e no site www.webzinecirandaarte.com.br Os materiais estão sendo utilizados há quatro anos e temos recebido relatos de ações exitosas. As aulas estão produzidas de forma a garantir a diversidade de propostas de direitos e objetivos de aprendizagem, propiciando o desenvolvi- mento de competências e habilidades da área, tal como proposto pela BNCC e DCGO-ampliado. Ebooks disponíveis para download na Webzine Ciranda da Arte https://cirandadaarte.com.br/web zine/ https://portalnetescola.educacao.go.gov.br/login https://cirandadaarte.com.br/webzine/ https://portalnetescola.educacao.go.gov.br/login https://cirandadaarte.com.br/webzine/ https://cirandadaarte.com.br/webzine/ https://cirandadaarte.com.br/webzine/ https://cirandadaarte.com.br/webzine/ https://cirandadaarte.com.br/webzine/ 50Caderno de orientação para o ensino de Arte HABILIDADES ARTÍSTICAS JUVENIS (FICS E CURSOS LIVRES) O projeto oferece cursos para estudantes da Rede Estadual de Educação de Goiás interessados(as) em ampliar seus conhecimentos e interesses nas diversas linguagens artísticas por meio dos Cursos Livres, como atividade complementar e por meio dos FICs, no Componente Curricular como Qualificação Profissional. Com a constante preocupação em ampliar a educação artística no espaço escolar, o Ciranda da Arte desenvolve o Projeto Habilidades Artísticas Juvenis. Este projeto é formado por uma equipe multiprofissional que busca oportunizar o desenvolvimento dos(as) estudantes da rede nas áreas de Dança, Música, Teatro e Artes Visuais. O objetivo geral é contribuir, por meio da arte/educação, com estratégias que estimulem a construção da autonomia de pensamento e do posicionamento crítico diante do mundo, assim como o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. Figura 18:Certificação dos Estudantes dos Cursos Livres, Projeto Habilidades Artísticas Juvenis, 2024. Foto: Acervo do Projeto Habilidades Artísticas Juvenis. 51 Caderno de orientação para o ensino de Arte Cursos Livres/ Ciranda da Arte - 2025 - MODALIDADE PRESENCIAL Curso Livre: Atividade complementar Característica: Atividade Complementar Público-Alvo: Estudantes da Rede de Goiânia e Metropolitana (Ens. Fund. Anos Finais e Ens. Médio) Duração: 1 ano (dividido em 2 módulos semestrais) Local das inscrições: secretaria do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte Inscrições: 01/02/2025 a 15/02/2025 ou enquanto houver vaga. Início das aulas: 15/02/2025 Certificação: Emitido pelo Ciranda da Arte ao final da conclusão dos 2 módulos Informações: cirandadaarte@seduc.go.gov.br Cursos ofertados Arte/Artes Visuais: Habilidades em Desenho Artístico; Arte/ Dança: Dança - História e Coreografia; Arte/Música: Flauta Doce; Arte/Música: Coral Cênico Juvenil; Arte/Teatro: Expressão Cênica. Cursos Livres/ Ciranda da Arte - 2025 - MODALIDADE EAD Curso Livre: Atividade complementar Característica: Atividade Complementar Público-Alvo: Estudantes da Rede (Ens. Fund. Anos Finais e Ens. Médio) Inscrições online: https://forms.gle/4XZcbt7TcZ7qsu1u7 Inscrições - Período: 01/02/2025 a 15/02/2025 Início das aulas: 20/02/2025 Certificação: Emitido pelo Ciranda da Arte ao final da conclusão dos 2 módulos Informações: cirandadaarte@seduc.go.gov.br Cursos ofertados Arte/Artes Visuais: Habilidades em Desenho Artístico;Arte/Música: Flauta Doce; Arte/Música: Canto OBS: O Catálogo dos horários dos Cursos estará disponível no instagran@cirandadaarte a partir do dia 20/01/2025 Cursos Livres Os Cursos Livres são componentes curriculares ofertados na modalidade presencial ou EaD, com o objetivo de ampliar as aprendizagens em Arte, como atividade complementar. Os estudantes matriculados receberão certificação emitidos pelo Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte. https://forms.gle/4XZcbt7TcZ7qsu1u7 Formação Inicial Continuada - FICs Os Cursos de Formação Inicial Continuada (FICs) compõem os Itinerários Formativos da matriz, como Qualificação Profissional, oferecendo aos estudantes a oportunidade de obter uma qualificação profissional, integrando-se ao segmento de Formação Técnica e Profissional do Ensino Médio (Diretrizes Pedagógicas, pg 59). Assim, no início de cada ano letivo, o estudante escolhe uma opção de curso para realizar durante a série em curso, sendo que fará uma escolha a cada série do Ensino Médio. Para orientar os estudantes nesse percurso formativo, temos a Eletiva FIC, que está diretamente condicionada à escolha desses cursos Os cursos são disponibilizados aos estudantes em um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), por meio da plataforma Moodle. Nesse espaço, o cursista tem acesso aos materiais instrucionais, atividades e avaliações de cada módulo do curso. Segue o quadro com os Itinerários Formativos ofertados no Catálogo das Eletivas FICs. Cada curso/componente possui quatro módulos, correspondente aos quatro bimestres do ano letivo. Assim, como nos componentes da FGB (Formação Geral Básica) os cursos possuem verificação de aproveitamento e frequência e, ao final do ano letivo, é computada uma média geral como resultado final do componente, que deve ser igual ou superior à média definida pela unidade escolar. Além disso, os estudantes que concluírem o curso/componente com o devido aproveitamento e frequência recebem um certificado de qualificação profissional correspondente à temática de formação realizada. A avaliação do módulo/bimestre compreende o cômputo da realização das atividades e avaliação final. O Ciranda da Arte irá disponibilizar as Eletivas FICs para o Ensino Médio, sendo que o professor desta eletiva na escola poderá acompanhar o material disponibilizado na plataforma Moodle. EIXO TECNOLÓGICO Produção Cultural de Design Artes Visuais / Desenho Dança / Coreografia Música / Flauta Doce Música / Canto Teatro / Expressão Cênica CURSO FIC Caderno de orientação para o ensino de Arte 52 Sendo assim, sobre os cursos FICs: FIC: Componente Curricular como Qualificação Profissional Público-alvo: Estudantes do Ensino Médio Composição 141 turmas de Ensino Médio e e 539 turmas do programa Goiás Tec Modalidade: Semipresencial. Os alunos do Ensino Médio podem realizar os cursos FIC presencialmente, com aulas na escola uma vez por semana, ou remotamente, acessando os conteúdos de casa diariamente. Duração: 1 ano (organizados em quatro bimestres, com uma carga horária de 50 horas por bimestre, totalizando 200 horas-aula ao final do curso). Matrícula online: Portal NetEscola Certificação: Oferecido pela SEDUC, ao fim do curso com uma carga horária total de 167 horas. 53 Caderno de orientação para o ensino de Arte O Seminário Estadual do Ensino de Arte é um evento que congrega professores da rede estadual de educação para aprofundar questões acerca do ensino/aprendizagem em Arte. Este é um evento que busca refletir sobre os conhecimentos vividos pelos professores e o currículo da Rede Estadual de Goiás. É um momento de troca de saberes, promoção de ideias inovadoras na educação e compartilhamento de práticas exitosas. Busca-se reunir professores de diversas regiões do estado para compreender como o currículo de arte pode ter diferentes abordagens, de acordo com a cultura local. As palestras, oficinas e debates serão filmados e transmitidos em tempo real para professores que desejarem acompanhar o evento no formato on-line. SEMINÁRIO ESTADUAL DO ENSINO DA ARTE 54 Caderno de orientação para o ensino de Arte AQUISIÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS E MATERIAL DIDÁTICO DE ARTE A Gerência de Arte Educação é respon-sável por elaborar e acompanhar os processos de aquisição de materiais para apoio pedagógico do componente curricular arte e os processos de aquisição de materiais de apoio pedagógico para todas as áreas artísticas, instrumentos musicais, equipamentos, uniformes do projeto Arte Educa e licitação para a realização de eventos como o Festival Arte Educativo de Goiás, Concursos Literários, Olimpíada de Humanidades. 55Caderno de orientação para o ensino de Arte IPEARTES Desenvolvido por meio da atuação do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte, o IPEARTES foi criado com base no conjunto de metas estipuladas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), em especial o ODS 4. O Ipeartes busca implementar políticas públicas em arte/educação e tecnologias sustentáveis a partir de programas, projetos e ações focados na aprendizagem significativa, na pesquisa/inovação e na extensão. Nesse sentido, ser referência em educação integral, de maneira a ampliar a potência dos sujeitos, considerando as dimensões cognitiva, física, afetiva e seus processos socioculturais, está na meta do Ipeartes. O Ipeartes/Ciranda da Arte atua no aperfeiçoamento profissional e na formação de professores(as). Para isso, realiza encontros para abordagem de temas transversais do processo de ensino/aprendizagem, desde o autocultivo do(a) educador(a) até a criação de vínculo com a comunidade, por meio da manutenção de Redes Educativas. As principais ações do Ipeartes são: Ipeartes Itinerante e a Olimpíada de Humanidades. Ipeartes Itinerante É uma proposta de apoio educacional para alfabetização humanizada, que acontece por meio de metodologia intertransdisciplinar nas áreas da Arte Educação, práticas corporais (Educação Física), educação socioemocional, educação socioambiental em suas várias dimensões do conhecimento. De forma interdisciplinar, lúdica e artística, os conteúdos são vivenciados no sentido de fortalecer a autonomia, a totalidade do ser, a consciência socioambiental e a integração social. Olimpíada de Humanidades A ação consiste no desenvolvimento de projetos arte/educativos para o ensino médio das escolas da rede estadual de educação de Goiás, na microrregião da Chapada dos Veadeiros, nos municípios que compõem a Área de Proteção Ambiental (APA) de Pouso Alto: Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Nova Roma, São João D’Aliança e Teresina de Goiás. Participa, também, o município de Monte Alegre de Goiás. O objetivo geral é desenvolver Projetos de Aprendizagem Significativa (PAS) nas áreas de Arte e Ciências Humanas, que se articulem de forma inter e transdisciplinar com o currículo escolar e com outras áreas de conhecimento, a partir de um tema geral. A Olimpíada é organizada em 4 (quatro) etapas: • 1ª Etapa: Sensibilização ao tema por meio de oficinas de formação dos professores e estudantes inscritos desenvolvidas pelo Ipeartes nas unidades escolares participantes; elaboração do pré-projeto de pesquisa-ação (fevereiro e março); 56 Caderno de orientação para o ensino de Arte Figura 19: Sensibilização, estudantes de Colina do Sul. Foto: Acervo Ipeartes 2024 • 2ª Etapa: Desenvolvimento da pesquisa-ação. Esta etapa é onde os estudantes colocam em movimento todo o estudo, pesquisa e planejamento desenvolvido anteriormente. É o momento de atuar ativamente na comunidade, buscando solucionar os problemas levantados. É nesta etapa que buscam atuar em âmbitos políticos, sociais, transformadores da realidade local. Desenvolvem projetos de revitalização, de conscientização, de demandas por leis e outras questões necessárias. Após essa grande transformação, fazem a culminânciado projeto em sua escola e compartilham o saber com toda a comunidade, em uma grande celebração e partilha dos saberes/ações fomentadas ao longo do ano. • 3º Etapa: Trilha Científica no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. É o momento em que os estudantes podem conhecer e reconhecer a grande biodiversidade e riqueza do local onde vivem. Muitos estudantes daquela região vão ao PNCV, pela primeira vez, nesta etapa da Olimpíada, apesar de residirem na região desde que nasceram. É o momento quando aprendem sobre si, sobre o local onde habitam, sobre a responsabilidade social que possuem com o ambiente. Tudo isso envolto com estudos e pesquisadores que apresentam a natureza ao redor com olhar científico, crítico, analítico e muito dialógico. É, para muitos estudantes, o primeiro estudo de campo sobre a região em que habitam. É também um momento pleno de significação pela presença, troca de saberes, onde a escola se amplia para além dos muros e passa a agir no mundo. Caderno de orientação para o ensino de Arte 57 Figura 20: Pesquisa-ação. Estudantes de Terezina de Goiás. Foto: Acervo Ipeartes 2024 Figura 21: Trilha Científica. Estudantes de Nova Roma. Foto: Acervo Ipeartes 2024 Caderno de orientação para o ensino de Arte 59 • 4ª Etapa: O Turismo Educacional propicia viagens educativas para lugares de referência cultural. O objetivo é construir laços afetivos com nosso jeito de ser goiano(a). Durante o trajeto, os(as) estudantes são levados a conhecer e a reconhecer parte significativa da História, da Geografia, da Socioantropologia, da Filosofia, das Artes e da variedade cultural das linguagens e da linguística em Goiás. Ainda na 4º etapa acontece o Festival de Humanidades com a participação de todos os estudantes e professores da Olimpíada para a apresentação das produções resultantes da pesquisa-ação: produção científica e produção artístico-cultural. Figura 22: Turismo Educacional. Foto: Acervo Ipeartes 2024 • 5ª Etapa: Festival de Humanidades que acontece com a participação de todos os estudantes e professores da Olimpíada para a apresentação das produções resultantes da pesquisa-ação: produção científica e produção artístico-cultural. Figura 23: Festival de Humanidadesl. Foto: Acervo Ipeartes 2024 CENTRO DE ESTUDO E PESQUISA CIRANDA DA ARTE. Educação Antirracista: coletânea de Amostra de Atividades. 2024. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Congresso Nacional, 1996. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 19 jan. 2024. BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2024]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 19 jan. 2024. Currículo em Debate - Recorte do Caderno 5, p. 29-64 de 2009, que trata das orientações para o ensino de Arte, e-Book hospedado no site https://drive.google.com/ file/d/1APJcZipijCvbDUU79Sv5IEd8lDvRZCZ2/view; BRASIL. Lei nº 13.278, de 2 de maio de 2016. Altera o § 6º do art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional, referente ao ensino da arte. Brasília: Congresso Nacional, 2016. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2016/ lei/l13278.htm. Acesso em: 19 jan. 2024. GOIÁS. Currículo em debate: reorientação curricular do 1º ao 9º ano: matrizes curriculares. Goiânia: Secretaria da Educação – Equipe COEF, 2009. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1APJcZipijCvbDUU79Sv5IEd8lDvRZCZ2/view. Acesso em: 19 jan. 2024. BRASIL. Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. Brasília, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum. mec.gov.br/images/historico/RESOLUCAOCNE_CP222DEDEZEMBRODE2017.pdf . Acesso em: 19 de dezembro de 2023. BRASIL. Resolução nº 2, de 10 de maio de 2016. Define Diretrizes Nacionais para a operacionalização do ensino de Música na Educação Básica. Brasília: Câmara de Educação Básica, 2016. Disponível em: https://normativasconselhos.mec.gov.br/ normativa/pdf/CNE_RES_CNECEBN22016.pdf. Acesso em: 19 jan. 2024. Caderno de orientação para o ensino de Arte 60 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GOIÁS. Documento Curriculares. Goiânia: Secretaria de Estado da Educação (SEDUC/Consed), 2023. Disponível em: https://site.educacao.go.gov.br/cultura/2- institucional/5075-documentos-curriculares.html. Acesso em: 19 jan. 2023. GOIÁS. Lei nº 18.969, de 22 de julho de 2015. Aprova o Plano Estadual de Educação, para o decênio 2015/2025 e dá outras providências. Goiânia: Palácio do Governo do Estado de Goiás, 2015. Disponível em: https://legisla.casacivil.go.gov.br/ api/v2/pesquisa/legislacoes/93357/pdf. Acesso em: 19 jan. 2023. GOIÁS. Portaria nº 2037, de 04 de abril de 2022. Institui e estabelece diretrizes para a operacionalização do Projeto Arte Educa nas unidades educacionais da Rede Estadual de Ensino de Goiás. Goiás, 2022. Caderno de orientação para o ensino de Arte 61de Arte no Brasil foi legitimado com o nome Educação Artística. Nessa época, redirecionava-se para uma prática artística polivalente em que o/a mesmo/a professor/a, por exemplo, lecionava artes da cena, artes visuais e música. No entanto, constituía-se num trabalho educativo que trazia certa superficialidade no fazer artístico, menosprezando, por vezes, os conhecimentos de cada linguagem artística na sua especificidade. Mais adiante, surgiram as mais recentes reformas de orientação educacional e o ensino de Arte não deixou de acompanhar todo esse processo histórico social. Por exemplo, no ano de 2017 um novo entendimento sobre as relações entre conhecimentos e saberes, ensinos e aprendizagens, espaços e tempos foram modificadas na materialidade da estrutura, organização e funcionamento da Educação Básica – dada a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que por sua vez se desdobrou na tradução de referenciais curriculares estaduais/distrital. Em Goiás, isso não foi diferente. É possível dizer que as manifestações artísticas das artes visuais, dança, música e teatro foram reconhecidas como formas específicas para o ensino de Arte. Nesse mesmo lugar, a Secretaria de Estado da Educação tem conjugado esforços e se articulado para oportunizar aos estudantes da rede estadual de ensino um conjunto de práticas educativas significativas. Por meio do ensino de Arte, bem como de suas hibridações nos diferentes grupos sociais, meios e/ou contextos que lhe conferem significados, a possibilidade da formação humana concebida dentro do conceito de educação integral permite a compreensão dos/as escolares como sujeitos atuantes, cidadãos/ãs sensíveis, indivíduos criativos/as e estudantes investigativos/as pelo ensino de Arte. Acredita-se, portanto, na Arte Educação como um lugar proponente de aprendizagens que possam dialogar com a potencialidade de materiais, suportes e ferramentas necessárias para o fazer artístico. E que, ao mesmo tempo, vai considerar o movimento de pensamentos e sentimentos interligados ao longo de um processo em que educação e estética se entrecruzam. Promover diferentes configurações expressivas nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro constitui a materialidade desse trabalho. Caderno de orientação para o ensino de Arte 9 APRESENTAÇÃO Luz Marina de Alcantara Gerente de Arte e Educação Aparecida de Fátima Gavioli Secretária de Estado da Educação de Goiás M ar co s Le g ai s Caderno de orientação para o ensino de Arte 11 MARCOS LEGAIS Constituem-se marcos legais necessários para a compreensão do Ensino de Arte na Rede Estadual de Ensino em Goiás: • A Constituição de 1988, em seu Artigo 205, que reconhece a educação como direito fundamental visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, o preparo para o exercício da cidadania e a qualificação para o mundo do trabalho; e no Artigo 210, que reconhece a necessidade de fixação de conteúdos mínimos para assegurar uma formação básica comum de valores culturais e artísticos, nacionais e regionais; • A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) de 1996 estabelece competências e diretrizes para a Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), norteando currículos e conteúdos mínimos, de modo a assegurar uma formação básica comum e que possa ser complementada por uma parte diversificada; • Currículo em Debate - Recorte do Caderno 5, p. 29-64 de 2009, que trata das orientações para o ensino de Arte, e-Book hospedado no site https://drive.google.com/file/d/1APJcZipijCvbDUU79Sv5IEd8lDvRZCZ2/view; • A Lei nº 18.969, de 22 de julho de 2015, que aprova o Plano Estadual de Educação (PEE) para o decênio 2015/2025 e dá outras providências; • A Lei nº 13.278, de 2 de maio de 2016, que fixa diretrizes e bases da educação nacional referente ao ensino da arte, alterando o Art. 26, § 6º da LDB 9394/96; • A Resolução CNE/CP Nº 2/2017, que institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica; • A Resolução nº 2/2016, do Conselho Nacional de Educação, que define Diretrizes Nacionais para a operacionalização do ensino de Música na Educação Básica; • O Parecer CNE/CEB n° 5/2017, que apresenta as diretrizes para a elaboração e implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), define os objetivos, princípios, características e etapas da BNCC, bem como critérios para sua revisão periódica; • O conjunto de dispositivos que compõem o Documento Curricular Para Goiás construído a partir do ano de 2018, para as Etapas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que apresenta as orientações necessárias para o ensino de Arte, entendidos como referenciais curriculares para as unidades escolares; • A Portaria 2037/2022 que estabelece os procedimentos para a implementação do projeto Arte Educa em unidades escolares da rede estadual de ensino e dá outras providências. 12 Caderno de orientação para o ensino de Arte COMO A SEDUC COMPREENDE A EDUCAÇÃO DAS ARTES1. A arte é uma forma de presença do ser humano no mundo. Seu conteúdo apresenta sentidos e significados sócio-histórico-culturais bastante específicos, relacionados ao exercício da percepção e da sensibilidade dos indivíduos. A materialização do conhecimento artístico pode ser observada, por exemplo, em diversas manifestações como as artes visuais, a dança, a música e o teatro. O conhecimento artístico pode vir a se tornar em conhecimento escolar na interdependência do trabalho educativo, compreendendo a produção das práticas de ensino e dos processos de escolarização. Em uma perspectiva dialógica, para o território goiano, pressupõe a utilização de um referencial curricular voltado para a diversidade cultural e formação de identidades. É a partir dele que se torna possível conceituar o/a estudante como sujeito histórico-social, pertencente a uma condição de espaço-tempo e protagonista de sua própria construção identitária. Assim, como elemento curricular obrigatório, a Arte passa a integrar a área do conhecimento de Linguagens (e Suas Tecnologias). As práticas artísticas, ao serem ministradas no contexto escolar, contribuem para a formação humana na medida em que potencializam o desenvolvimento de competências e reafirmam o compromisso com a educação integral das infâncias e juventudes. E, na rede estadual de ensino, existe uma conjugação de esforços voltados para a aprendizagem criativa que valoriza as diversas estéticas e poéticas artísticas presentes na sociedade. Abordagem Metodológica do Ensino de Arte A construção do conhecimento escolar é orientada pela abordagem da Arte Educação. Espera-se que a estrutura, organização e funcionamento do ensino de Arte, nas unidades escolares, aconteça nos momentos de compreensão crítica, contextualização e produção artística. Desse modo, os saberes artísticos passam da condição abstrata para a concreta, articulando-se à vida dos/as estudantes. Figura 1 Abordagem metodológica para o ensino de Arte Caderno de orientação para o ensino de Arte 13 A compreensão crítica busca analisar as representações dos sujeitos sobre o conhecimento artístico, seus sentidos e significados, ampliando a percepção do mundo. Trata-se de uma apreciação reflexiva, que leva em conta diferentes relações e questões sobre as artes, incentivando os estudantes a refletirem sobre os significados das representações e da produção de sentidos. Quais relações são estabelecidas? Quais memórias são acionadas? A contextualização situa a arte no espaço e no tempo, considerando aspectos sócio-históricos, culturais e econômico-políticos. Envolve também a relação entre formas, funções, materiais e tipos de produção, de acordo com os contextos em que são gerados, apresentados e/ou consumidos. A atuação do professor vai além de delimitar a época em que as representações foram produzidas, quem as fez e em qualcontexto. O papel do professor é contrastar obras, contextualizar temas em diferentes períodos, culturas e materiais. A produção artística é um processo de experimentação, de fazer, de representar ideias e sentimentos por meio das várias expressões artísticas, de forma dialógica e crítica. Ela exige o uso de materiais, suportes e recursos expressivos, além de investigar esses recursos, relacionando-os com a identidade e o contexto sociocultural dos estudantes, com o objetivo de construir posicionamentos e projetos de vida. O conceito de Arte/Educação vai além do desenvolvimento das capacidades afetivas, cognitivas, psicomotoras e socioemocionais. Embora contribua para essas dimensões, destaca a preservação da cultura como patrimônio coletivo. Ao se reconhecerem como parte desse patrimônio, os estudantes compreendem a importância de adquirir habilidades artísticas para se autorepresentar e se comunicar. Além disso, a Arte/Educação fomenta a consciência crítica, o pensamento criativo e a transformação da realidade. Arte é conhecimento, fruto de um processo dinâmico, subjetivo e relacional que se estabelece na experiência da reciprocidade. Ela envolve expectativas, interesses e necessidades sobre o que é ensinado. Nesse sentido, a escola pode contribuir para o "letramento artístico", promovendo a aprendizagem cultural e estética por meio do ensino escolar. Assim, destaca-se a importância do trabalho educativo, incorporando a compreensão do mundo da arte na construção do projeto de vida dos estudantes (GOIÁS, 2009, pp. 30-35). A Arte/Educação e suas especificidades O ensino de Arte reforça a ideia de que a apropriação dos saberes culturais amplia a possibilidade de pertencimento dos sujeitos no mundo por meio das expressões artísticas. Porém, reafirma-se a condição do ensino escolar mais especializado, em que o professor ou professora responsável pelo componente curricular Arte assuma a sua ministração de acordo com a especificidade da formação acadêmica, superando, sobretudo, a ideia da polivalência, em que um professor tenta ensinar todas as expressões artísticas sem aprofundar conhecimentos em nenhuma delas, característica da educação artística dos anos de 1970. 14 Caderno de orientação para o ensino de Arte O direcionamento para a especialização do ensino escolar das práticas artísticas é baseado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) - Lei nº 9.394/96. E, mais recentemente, nas orientações normativas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para as etapas da Educação Básica. Sob eventual exceção, considerada a realidade da rede estadual de ensino, para a área do conhecimento de Linguagens (e Suas Tecnologias), na hipótese de admitir professores ou professoras com outra formação acadêmica, esse profissional deverá definir apenas uma expressão artística, aquela que tenha maior habilidade e, assim, vincular-se ao Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte e manter-se em contínuo aprimoramento profissional em cursos de formação continuada. A orientação para o ensino de Arte, na perspectiva da Arte/Educação, compreende que o componente curricular Arte pode ser especificado, em forma e conteúdo, no desenvolvimento de Arte/Artes Visuais, Arte/Dança, Arte/Música e Arte/Teatro. O referencial curricular da rede estadual de ensino contempla essa possibilidade, proporcionando um processo de ensino-aprendizagem sobre as práticas artísticas com qualidade e profundidade. Figura 02: Conceitos essenciais para o ensino de Arte/Artes Visuais Figura 03: Conceitos essenciais para o ensino de Arte/Dança Figura 04: Conceitos essenciais para o ensino de Arte/Música Figura 05: Conceitos essenciais para o ensino de Arte/Teatro Caderno de orientação para o ensino de Arte 15 Reforça-se aqui a necessidade de o professor ou professora compreender que a experiência com a arte na escola precisa ser atravessada por intencionalidades pedagógicas, respeitando as singularidades de cada uma dessas expressões artísticas e dos estudantes, não praticando a superficialidade de um ensino polivalente. Preza-se pela verticalização de uma expressão artística orientada por profissionais especializados na área. O ensino de Arte, nessa perspectiva, problematiza a hegemonia de um currículo escolar tradicionalmente hierárquico, eurocêntrico e monocultural. O referencial curricular goiano avança ao conceber a multiculturalidade, com distintas representações simbólicas, no qual há reflexão da relação entre saberes e poderes em movimento. Por isso, o trabalho educativo em Arte passa a ser desenvolvido de modo espiralado, compreendendo que à educação, ao ensino e à escola se articula a ideia de uma sociedade democrática. Assim, desenvolve o pensamento artístico dos estudantes e contribui para a promoção do pensamento científico e filosófico como um todo. O estudo sistemático de artistas e obras artísticas (locais, nacionais e/ou internacionais) fortalece o reconhecimento identitário sobre a cultura goiana. Ao se perceberem enquanto sujeitos, no lugar simultâneo da semelhança e diferença, se estabelece uma identificação de influências e outras relações. A qualidade das práticas artísticas é dependente da consistência e profundidade dos conceitos desenvolvidos pelos/as professores/as. O trabalho educativo é dependente da potencialidade da formação acadêmica especializada e do aprimoramento profissional sobre as manifestações artísticas. O referencial curricular goiano indica questões epistemológicas, teórico- metodológicas e didático- pedagógicas a serem enfrentadas. Considerar as condições do espaço físico, a infraestrutura das unidades escolares e os recursos materiais também é importante. Avaliação A avaliação escolar no ensino de Arte precisa ser considerada. De modo sistêmico, pode compreender momentos distintos (diagnóstico, formativo, somativo e comparativo), de maneira processual e contínua. Por exemplo, o/a professor/ a pode observar interesse, participação, envolvimento e capacidade de reflexão teórico-prática dos/as estudantes. Além disso, levantar outros atributos relacionados à percepção da própria experiência sobre os aspectos técnicos e os conceitos que foram trabalhados. São exemplos de instrumentos avaliativos para o ensino de Arte: Avaliação escrita, para verificar a apreensão teórico-conceitual do conhecimento em Arte; Avaliação prática, para observar aspectos técnicos incorporados ao fazer artístico; Autoavaliação, para refletir sobre as próprias atitudes nos momentos de ensino; 16 Caderno de orientação para o ensino de Arte Ensino de Arte no Ensino Fundamental O contato com as manifestações artísticas acontece desde a Educação Infantil, nos “campos da experiência”. No Ensino Fundamental, a Arte como componente curricular passa a compor a área do conhecimento de Linguagens. Nos anos iniciais, se desenvolve predominantemente no processo de escolarização do/a professor/a generalista. Já nos anos finais, o/a professor/a especialista assume essa ministração, colocando os/as estudantes em contato com o aprofundamento de conceitos sobre o conhecimento em arte, o que amplia suas capacidades de identificação, análise e produção artística. No Ensino Fundamental, o ensino de Arte acontece na experiência artística do ambiente escolar. É possível expressar afetos, emoções e sentimentos, bem como ideias e pensamentos sobre o mundo. Os discursos são produzidos pelas representações simbólicas, utilizando-se da imaginação. Aprender sobre arte abarca a experiência da provocação dos sentidos, por meio de processos criativos Diário de bordo, para registrar as impressões sobre as práticas artísticas experienciadas; Portfólio, para sistematizar tanto o processo quanto o produto artístico desenvolvido; Ensaios, para entender o lugar da expressão representativa e de opiniões da criação artística; Eventos, para expor o que fora produzidoe dialogar posteriormente sobre a relação entre artista e público. que permitem o exercício da percepção nos momentos em que os/as estudantes podem se colocar ao longo dos momentos de sua aprendizagem. É preciso intencionalidade pedagógica por parte do/a professor/a. Pautado no referencial curricular goiano, é possível promover o conhecimento sobre a generalidade da arte e, ao mesmo tempo, sobre a particularidade de qualquer manifestação artística experienciada. Ao desdobrar a mobilização de conceitos e procedimentos, deve-se buscar articulá-la com as habilidades que promovam atitudes e valores direcionados à solução de questões cada vez mais complexas. Em outras palavras, poder fruir e saber valorizar as manifestações artísticas e participar de suas práticas, compreendendo-as como resultado de uma produção cultural, seja talvez o maior desafio para o Ensino Fundamental. O Caderno Orientador: Avaliação Educacional na Rede Estadual de Ensino, no ano de 2025, passa a incluir: Avaliação Livre, Bloco de Avaliação e Intensificação das Aprendizagens. As avaliações contemplam as habilidades previstas no DCGO-AMPLIADO, DC-GOEM e/ou DC-GOEJA. Considerada a Formação Geral Básica, o/a professor/a de Arte deverá escolher SOMENTE uma linguagem artística para trabalhar durante todo o ano letivo (artes visuais, dança, música OU teatro). Essa escolha depende da formação específica que o/a professor/a possua (caso tenha licenciatura no campo das artes) e/ou da habilidade adquirida (caso tenha licenciatura em outra área do conhecimento/componente curricular). Logo, a aplicabilidade do Bloco de Questões, bimestralmente, depende do direcionamento da linguagem artística que foi escolhida pelo/a professor/a para ser trabalhada. Caderno de orientação para o ensino de Arte 17 Ensino de Arte no Ensino Médio A Educação Básica é uma conquista histórica do direito à educação, da emancipação do indivíduo e da promoção da equidade social. E para que aconteça, depende da universalização do acesso à escola, da democratização do ensino, da valorização profissional e do comprometimento da sociedade. Sua organização curricular pressupõe a aprendizagem essencial de conhecimentos escolares e a construção de atitudes, habilidades e valores que potencializam o desenvolvimento pleno dos/as estudantes. Para a etapa do Ensino Médio, reforça-se a objetividade de uma educação escolar comprometida com a promoção da formação humana, o exercício da cidadania e a preparação para o mundo do trabalho. Por meio do ensino de Arte, propõem-se aprendizagens que dialogam com materiais, pensamentos e sentimentos interligados, permitindo que educação e estética se entrecruzem, promovendo diferentes configurações expressivas materializadas e refletidas. Desse modo, é importante garantir a sua presença em todos os anos escolares do Novo Ensino Médio goiano, seja na formação geral básica e/ou na parte flexível do currículo, não se esquecendo do trabalho educativo na área do conhecimento de Linguagens e Suas Tecnologias, na qual os componentes de uma mesma área do conhecimento precisam desenvolver-se de modo integrado. Se os objetos de conhecimento das manifestações artísticas sintetizam conceitos, processos e conteúdos, torna-se necessário a realização de um trabalho educativo autoral e consciente sobre as matrizes estéticas e culturais, os sistemas de linguagem, os elementos da linguagem, os contextos e práticas, os processos de criação e as materialidades. Assim, reforça-se novamente a presença do/a professor/a especialista para a Arte/Artes Visuais, Arte/Dança, Arte/Música e Arte/Teatro como alguém que consegue lidar pedagogicamente com a especificidade daquilo que foi escolhido. E também, pela condição do tratamento com as dimensões do conhecimento artístico que se estabelece ao longo da experiência artística, a saber: criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão. O ensino de Arte nas unidades escolares de Ensino Fundamental precisa ser potencializado pela Arte Educação. O desenvolvimento do conhecimento artístico deve se realizar a partir de um trabalho educativo colaborativo, como comunidade escolar. Aqui, o conceito de interdisciplinaridade é uma premissa fundamental para a área do conhecimento na qual o componente curricular passa a se integrar. O/a professor/a precisa estar sensível às possibilidades de diálogo que podem ser estabelecidas durante o seu processo de mediação. Ao desdobrar a mobilização de conceitos e procedimentos, deve-se buscar articulá-la com as habilidades que promovam atitudes e valores direcionados à solução de questões cada vez mais complexas. Em outras palavras, poder fruir e saber valorizar as manifestações artísticas e participar de suas práticas, compreendendo-as como resultado de uma produção cultural, seja talvez o maior desafio para o Ensino Fundamental. 18 Caderno de orientação para o ensino de Arte O ensino de Arte considera os/as estudantes da EJA como sujeitos histórico-sociais que possuem seus próprios saberes, construídos ao longo de experiências culturais. A transitoriedade dos desejos, escolhas e necessidades foram decorrentes da sua relação com o mundo, devendo ser respeitadas. Essa pluralidade pressupõe a sensibilidade do/a professor/a em se deixar fazer conhecer as origens, os valores e as experiências de cada pessoa, considerando o princípio da diversidade. O conhecimento artístico vai depender também dessa percepção, pois existe uma maturidade de vivências em relação ao mundo que podem considerar o contato com as manifestações artísticas. Por exemplo, o/a jovem pode trazer a condição de exclusão do sistema regular de ensino (por evasão ou retenção) e buscar uma formação geral básica articulada a melhores oportunidades de trabalho. Já o/a adulto/a pode estar buscando o seu direito tardio à educação para além da instrumentalização para o trabalho (como compensação ou reparação), por possuir uma experiência de vida que abarca certa discussão do mundo contemporâneo a partir de sua particularidade geracional. O ensino de Arte precisa estar articulado às possibilidades de educação, ensino e escola que lhes serão apresentadas, considerando esse mapeamento uno e diverso, na aplicabilidade do referencial goiano. O Ensino de Arte por uma Educação Antirracista Como já citado anteriormente, um dos pontos importantes do ensino de arte na Rede Estadual de Ensino é tratar da multiculturalidade, das distintas formas de produzir e refletir sobre arte. Propomos um ensino que problematiza a hegemonia de um currículo escolar tradicionalmente hierárquico, eurocêntrico e monocultural. Neste sentido, faz-se necessário colocar em prática as Leis 10.639 e 11.645/2008 que versam sobre a obrigatoriedade do estudo da História e Cultura da África, Afro- Brasileira e Indígena na Educação Básica. Ensino de Arte e a Modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que se destina às pessoas que não tiveram acesso e/ou oportunidade de concluírem seus estudos na idade considerada para as etapas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Ela vai apresentar a tríplice função: reparadora, de reconhecimento do acesso humano aos direitos civis - pela restauração do direito à educação; equalizadora, de objetivação da igualdade de oportunidade, acesso e permanência do/a estudante na instituição escolar; e qualificadora, de viabilizar uma atualização permanente do conhecimento e de promoção de aprendizagens contínuas. Caderno de orientação para o ensino de Arte Clique ou copie o link em seu navegador Educação Antirracista: Coletânea de amostra de atividade https://drive.google.com/ file/d/1iRILZORO2Q9f- g9s__2p93MKXEfTkxLS-/view 19 Nas palavras da autora: EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA Coletânea de amostra de atividades Centro de Estudo e Pesquisa Secretaria de Estado da Educação Ilustração: Aissi KáritaO material que você tem em mãos trata-se de uma seleção de atividades escritas para a Rede Estadual de Ensino de Goiás, por meio do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte/Seduc GO, primeiramente para a revista digital WebZine Ciranda da Arte e que posteriormente, também compôs as sugestões de atividade elencadas pelo Net Escola. Ambas as plataformas têm como principal objetivo fornecer referências e sugestões de atividade para que professoras e professores da rede pública de Goiás possam trabalhar com estudantes em sala de aula. Escrevi essas atividades visando colocar em prática as Leis 10.639 e No 11.645/2008 que versam sobre a obrigato- riedade do estudo da História e Cultura da África, Afro-Brasileira e Indígena na Educação Básica. Vale ressaltar que ambas as leis advêm do contexto de pressões dos movimentos negros e dos povos indígenas ou povos originá- rios, e que tratam não só de uma reparação histórica, mas de uma conquista desses movimentos para toda a sociedade. Assim como atender às diretivas no Estado de Goiás que, com o Documento Curricular para Goiás Ampliado (DCGO Ampliado), remetem às Leis ao elencar como objeto do conhecimento nas Artes Visuais, Matrizes Estéticas e Culturais, Contextos e Práticas, Mate- rialidades e Imaterialidades, Patrimônio Cultural Material e Imaterial (CIRANDA DA ARTE, 2024, p. 3 ). No sentido de promover o contato com obras de arte e com artistas, o Cen- tro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte circula nas escolas com duas galerias itinerantes com temática antirracista, a saber: Afrofuturar: Caminho Ancestral Exposição de Artes Visuais da Profª. Ms. Aissi Kárita; Perfis Originários: Retrato Lápis de um Brasil Ancestral Exposição de Artes Visuais do Prof. Indígena José Alecrim. No sentido de exemplificar possibilidades de ensino de arte, em uma educação antirracista, a educadora Aissi Kárita (professora do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte) fez um compilado de algumas atividades educativas, demonstrando formas possíveis de correlacionar tais temas ao ensino das artes na educação básica: No currículo de Arte de Goiás, são diversas as habilidades que elencam o fazer, a compreensão crítica e a contextualização de Matrizes Estéticas e Culturais Africanas, Afro Brasileiras e Indígenas. É, portanto, uma obrigatoriedade do ensino de arte trabalhar com tais questões de forma a ampliar a compreensão do mundo, o respeito à diversidade cultural, às diferentes práticas artísticas e experimentações estéticas. https://drive.google.com/file/d/1iRILZORO2Q9fg9s__2p93MKXEfTkxLS-/view https://drive.google.com/file/d/1iRILZORO2Q9fg9s__2p93MKXEfTkxLS-/view https://drive.google.com/file/d/1iRILZORO2Q9fg9s__2p93MKXEfTkxLS-/view 20 Caderno de orientação para o ensino de Arte Ambas as exposições possuem agenda de viagens, oficinas e materiais pla- nejados. As escolas e professoras/es podem solicitar as visitações e momentos formativos por meio do e-mail: cirandadaarte@seduc.go.gov.br. Figura 6: Exposição educativa AFROFUTURAR Figura 7: Exposição Perfis Originários. Professor indígena José Alecrim com estudantes indígenas Boe Bororo durante a Tenda Multiétinica 2023 Caderno de orientação para o ensino de Arte 21 2. O ENSINO DE ARTE E A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR A Seduc-GO apresenta, em suas Diretrizes Pedagógicas 2025, orientações específicas para a Organização Curricular de toda a rede educacional goiana, com características peculiares para cada modalidade, etapa e forma de ensino: Unidade Escolar de Tempo Parcial; Centro de Ensino em Período Integral (CEPI); Educação de Jovens e Adultos (EJA); Ensino Mediado por Tecnologia (EJATEC); Educação Técnica Profissional, dentre outras. Em todas as configurações apresentadas, a Arte se faz presente como Componente Curricular da Área de Linguagens e suas Tecnologias, no núcleo de Formação Geral Básica. Na Parte Diversificada está estruturada como Eletiva na Área Integrada ou como Formação Inicial Continuada (FIC) no Núcleo de Qualificação Profissional. As Eletivas de Produção Cênica, Produção Literária e Produção Visual, estão vinculadas ao Concurso-Cênico Literário e serão orientadas pela Gerência de Arte e Educação/SDEAE, em ação conjunta com a Superintendência do Ensino Fundamental e o Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte. Catálogo de Eletivas para o Ensino Fundamental – Anos Finais, sendo: • Estéticas das artes (ministrada por professor de Arte); • Produção Cênica (ministrada por professor de Arte); • Produção Literária (ministrada por professor de Língua Portuguesa); • Produção Visual (ministrada por professor de Arte). 6.15.1. Estéticas das artes visuais: processos criativos e visualidades 6.15.2. Estéticas da dança: artes do corpo 6.15.3. Estéticas da música: canto coral 6.15.4. Estéticas da música: escuta musical e sons do cotidiano 6.15.5. Estéticas da música: violão 6.15.6. Estéticas do teatro: artes da cena 6.15.7. Estéticas do teatro: a arte da contação de histórias 6.15.8. Estéticas ancestrais: expressões artísticas afro-brasileiras e dos povos originários do Brasil 6.15.9. Produção cênica: etapa do Ensino Fundamental (Anos Finais) 6.15.10. Produção literária: etapa do Ensino Fundamental (Anos Finais) 6.15.11. Produção visual: fotocomposição Parte Diversificada das Unidades Escolares de Tempo Parcial No Ensino Fundamental - Anos Finais, nas unidades escolares de Tempo Parcial, conforme o Modelo 1, a Arte está contemplada na Área Integrada como Eletiva, sendo: 22 Caderno de orientação para o ensino de Arte MODELO 1 Ensino Fundamental Anos Finais - 25 h/a - Composição 199 Figura 8 - Modelo 1 - 25h/a. Fonte: Diretrizes Pedagógicas 2025 - Seduc Goiás No Ensino Médio em Tempo Parcial, a Arte está contemplada em dois modelos de Matriz Curricular. No Modelo 2, a Arte compõe o Núcleo de Qualificação Profissional com os Cursos de Formação Inicial Continuada - Eletiva FIC. Os Cursos FICs vinculados ao Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte, são: : Artes Visuais/Desenho; Dança/Coreografia; Música/Flauta Doce; Música/Canto; Teatro/Expressão Cênica Esses Cursos FICs serão orientadas pela Gerência de Arte e Educação/SDEAE, em ação conjunta com a Superintendência do Ensino Fundamental e o Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte. Na Matriz Modelo 3, a Arte compõe a Área Integrada como Eletiva de: • Poéticas das artes (ministrada por professor de Arte); • Produção Cênica (ministrada por professor de Arte); • Produção Literária (ministrada por professor de Língua Portuguesa); • Produção Visual (ministrada por professor de Arte). 6.32.1. Poéticas das artes visuais: visualidades, história e sociedade 6.32.2. Poéticas da dança: artes do corpo 6.32.3. Poéticas da música: canto coral 6.32.4. Poéticas da música: violão 6.32.5. Poéticas da música: trilha sonora 6.32.6. Poéticas do teatro: artes da cena 6.32.7. Produção cênica: etapa do Ensino Médio 6.32.8. Produção literária: etapa do Ensino Médio 6.32.9. Produção visual: fotografia e territórios femininos Caderno de orientação para o ensino de Arte 23 MODELO 2 Ensino Médio - 30h/a (25h/a presenciais + 5h/a EaD) - Composição 141 Figura 9 - Modelo 2 - 25 + 5h/a. Fonte: Diretrizes Pedagógicas 2025 - Seduc Goiás As Eletivas Produção Cênica e Produção Literária e Produção Visual, Etapa do Ensino Médio estão vinculadas ao Concurso Literário de Redação Bariani Ortencio e são orientadas pela Gerência de Arte e Educação/SDEAE em parceria com a Superintendência do Ensino Médio e Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte. 24 Caderno de orientação para o ensino de Arte MODELO 3 Ensino Médio Parcial - 30h/a presenciais - Composição 141 Figura 10 - Modelo 3 - 30h/a. Fonte: Diretrizes Pedagógicas 2025 - Seduc Goiás Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) Parte Diversificada (Núcleo de Integração Curricular) Na Parte Diversificada da Matriz do Centro de Ensino em Período Integral(CEPI), a Arte está contemplada como Eletivas: • Estéticas das Artes (ministrada por professores de Arte); • Produção Cênica (ministrada professores de Arte); • Produção Literária (ministrada por professores de Língua Portuguesa); • Produção Visual (ministrada por professores de Arte). As Eletivas Produção Cênica, Produção Literária e Produção Visual estão vinculadas a dois importantes concursos literários da Seduc: • Concurso Cênico-Literário (Ensino Fundamental Anos Finais). • Concurso Literário de Redação Bariani Ortencio (Ensino Médio). Ambos são orientados pela Gerência de Arte e Educação/SDEAE, em parceria com a Superintendência do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e com o Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte. 25 As Eletivas relacionadas as Estéticas das Artes (E.F) ou Poéticas das Artes (E.M) são indicadas para os demais estudantes do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio, com orientação do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte da SEDUC-GO. As Eletivas da área de Arte, como dança, violão, coral, dentre outras modalidades artísticas, devem ser ministradas por professores com formação em Arte ou com experiências comprovadas. Essas Eletivas serão acompanhadas pelo Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte e poderão participar do Festival Arte Educativo de Goiás - FAEGO. Sobre a Eletiva de Banda/Fanfarra, no CEPI de 9 horas, as aulas devem ser organizadas no horário das Eletivas, do Protagonismo Juvenil, Pós-Aula e aos sábados. Já no CEPI de 7 horas, as aulas devem acontecer após o turno e aos sábados. Todas as eletivas vinculadas à Gerência de Arte e Educação terão material de apoio pedagógico produzido pelo Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte, hospedados no site WEBZINE, composto por aulas completas relacionadas ao currículo de Goiás e aos projetos vinculados à Gerência de Arte e Educação. ESCOLA DE TEMPO PARCIAL CENTRO DE ENSINO EM PERÍODO INTEGRAL (CEPI) Produção Cênica Produção Literária Produção Visual Produção Literária Produção Visual Produção Literária Produção Visual Produção Literária Produção Visual Produção Cênica Produção Cênica Produção Cênica ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS) ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS) ENSINO MÉDIOENSINO MÉDIO Estéticas das artes Estéticas das artes visuais; Estéticas da dança; Estéticas da música; Estéticas do teatro; Estéticas ancestrais. Poéticas das Artes Poéticas das artes visuais: Poéticas da dança; Poéticas da música; Poéticas do teatro Estéticas das artes Estéticas das artes visuais; Estéticas da dança; Estéticas da música; Estéticas do teatro; Estéticas ancestrais. Poéticas das Artes Poéticas das artes visuais: Poéticas da dança; Poéticas da música; Poéticas do teatro Caderno de orientação para o ensino de Arte 26 Caderno de orientação para o ensino de Arte O Ciranda da Arte elaborou um conjunto de ementas para orientação do trabalho arte/educativo das Eletivas. Ou seja, recomenda-se que o/a professor/a da unidade escolar utilize esse material para construir tanto a sua proposta de ensino quanto o seu sequenciamento de atividades, em consonância com as possibilidades da sua realidade escolar. As ementas das Eletiva podem ser encontrada nos links disponibilizados abaixo: EMENTAS DAS ELETIVAS Etapa do Ensino Médio Etapa do Ensino Fundamental • Estéticas das artes Disponível em https://drive.google.com/drive/folders/1dQjlfvlqnke9i- jEsGbhTN25fYwBJJ2Y?usp=sharing • Produção Cênica Disponível em https://drive.google.com/drive/folders/1pZ6x29wwMTZewilJrTlUVJ3NJ6mPwZFY? usp=sharing • Produção Literária Disponível em https://drive.google.com/drive/folders/127PH2YRELU5jJL3yLp1p6Lz383A0cmhJ? usp=sharing • Produção Visual Disponível em https://drive.google.com/drive/folders/1eUXdS68wydjPnWxInCOmHQxQc9_WrIIr? usp=sharing • Poéticas das artes Disponível em https://drive.google.com/drive/folders/1hQCM14Q-SCAqm47cY2xy- XOus1WnrCZf?usp=sharing • Produção Cênica Disponível em https://drive.google.com/drive/folders/1UTPcCOH9jd- 7OMKrrSr6aTx4YwhTKGYy?usp=sharing • Produção Literária Disponível em https://drive.google.com/drive/folders/18D8q9jjxCuuIkuEw_JAmNo1Y6uUzNvST?usp=sharing • Produção Visual Disponível em https://drive.google.com/drive/folders/1rk2zf8NtWzP83NsD2ChW5_P_xI1y6wy_? usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1dQjlfvlqnke9i-jEsGbhTN25fYwBJJ2Y?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1dQjlfvlqnke9i-jEsGbhTN25fYwBJJ2Y?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1dQjlfvlqnke9i-jEsGbhTN25fYwBJJ2Y?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1pZ6x29wwMTZewilJrTlUVJ3NJ6mPwZFY?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1pZ6x29wwMTZewilJrTlUVJ3NJ6mPwZFY?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1pZ6x29wwMTZewilJrTlUVJ3NJ6mPwZFY?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/127PH2YRELU5jJL3yLp1p6Lz383A0cmhJ?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/127PH2YRELU5jJL3yLp1p6Lz383A0cmhJ?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/127PH2YRELU5jJL3yLp1p6Lz383A0cmhJ?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1eUXdS68wydjPnWxInCOmHQxQc9_WrIIr?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1eUXdS68wydjPnWxInCOmHQxQc9_WrIIr?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1hQCM14Q-SCAqm47cY2xy-XOus1WnrCZf?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1hQCM14Q-SCAqm47cY2xy-XOus1WnrCZf?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1hQCM14Q-SCAqm47cY2xy-XOus1WnrCZf?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1UTPcCOH9jd-7OMKrrSr6aTx4YwhTKGYy?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1UTPcCOH9jd-7OMKrrSr6aTx4YwhTKGYy?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/18D8q9jjxCuuIkuEw_JAmNo1Y6uUzNvST?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1rk2zf8NtWzP83NsD2ChW5_P_xI1y6wy_?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1rk2zf8NtWzP83NsD2ChW5_P_xI1y6wy_?usp=sharing 27Caderno de orientação para o ensino de Arte Do Ensino Mediado por Tecnologia - Goiás Tec Na parte diversificada do Ensino Fundamental mediado por tecnologia, a Arte pode ser contemplada como Eletiva de Produção Cênica. No Ensino Médio, é contemplada por meio dos cursos FIC. Organização Curricular da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e suas diferentes formas Na Educação de Jovens e Adultos, segunda etapa - composição 529 e terceira etapa - composição 530, a Arte pode ser contemplada como Eletiva. Na Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional, composição 573, a Arte pode ser contemplada nos cursos FIC na modalidade EaD. Organização Curricular da Educação Especial Na organização curricular da Educação Especial a Arte é contemplada como componente curricular do Núcleo Comum e como Eletiva da Área Integrada, da parte Diversificada. 28 Caderno de orientação para o ensino de Arte 3. PROGRAMA ARTE/EDUCAÇÃO GOIÁS CIRANDA DA ARTE O Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte, instituído por meio da Lei 15.255/2005, é uma unidade educacional que tem como finalidade a formação continuada dos professores que atuam na área de Arte, também subsidiando pedagogicamente os projetos artísticos desenvolvidos nas unidades escolares. Como espaço de aprendizagens onde professores/as da rede estadual refletem, discutem e sistematizam possibilidades para o ensino de Arte (artes visuais, dança, música e teatro) tem, desde a sua criação, sido referência de elaboração curricular, construindo projetos de ensino, materiais pedagógicos e auxiliando na materialização de propostas arte/educativas. Trabalho integrado da Gerência de Arte e Educação e do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte Seminário de Arte Educação IPEARTES Ipeartes Educa Ipeartes Itinerante Olimpíada de Humanidades CONCURSOS LITERÁRIOS Cênico Literário Bariani Ortêncio Escrevendo a História dos Municípios Goianos Aquisição de Instrumentos Musicais, equipamentos e materiais Didáticosde Arte FAEGO ARTE EDUCA Formação de professores Cursos Ciranda da Arte Arte Educação no Currículo Suporte Pedagógico Habilidades Artísticas Juvenis (FIC/ Curso Livre) Gerência de Arte e Educação Ciranda da Arte PROGRAMA ARTE/EDUCAÇÃO GOIÁS CIRANDA DA ARTE 29 O projeto Arte Educa é instituído por meio da Portaria nº 2037/2022, que apresenta no bojo de suas ações a promoção da cultura, da formação artística e estética dos estudantes, na perspectiva de inclusão e transformação social, em busca de melhorar a qualidade da educação e de manter o estado de Goiás como referência nacional na Arte Educação e, ainda, elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. O Arte Educa vem para democratizar o acesso aos bens culturais, ampliar saberes artísticos e estéticos, prover oportunidades para o aprofundamento de conhecimentos específicos e de interesse dos/das estudantes, além de prepará-los/las para futuras profissões que emergem no contexto dessa contemporaneidade em importantes campos que surgem no Brasil e internacionalmente, por exemplo, na economia criativa. O Arte Educa se configura como política pública para a jornada ampliada dos estudantes, por meio de atividades educacionais complementares na área de Arte, em consonância com os ideais formativos presentes na Base Nacional Comum Curricular e nos Documentos Curriculares de Goiás – DCGO Ampliado e do Ensino Médio. Tem como objetivo de prover oportunidades de acesso à formação artística e estética dos/das estudantes nas diversas expressões: artes visuais, dança, música e teatro com o intento de verticalizar aprendizagens na área de maior interesse do/a estudante, consumando experiências que possam desenvolver suas múltiplas inteligências. Todas as expressões artísticas são essenciais na formação de indivíduos criativos, reflexivos e colaborativos, principalmente, pelo caráter de coletividade instituído no projeto Arte Educa. A Arte, quando vivida e aprendida por meio de processos arte/educativos, além do conjunto das aprendizagens cognitivas, ela alcança as dimensões emocionais, relacionais e atitudinais, favorecendo o desenvolvimento da consciência crítica e posicionamento ético, motivação, resiliência, solidariedade, compromisso, autoconhecimento, engajamento, empatia, respeito às diferenças, interesse pelo conhecimento, portanto, conatus aumentado. O Arte Educa/Artes Visuais abrange diversas formas de expressão artística, como pintura, escultura, desenho, arquitetura, artesanato, fotografia, cinema e design, integrando o mundo real ao imaginário. As Artes Visuais, centradas em cores e formas, desempenham papéis importantes como fontes de informação, entretenimento, questionamento, registro histórico e, quando amparadas pelos processos arte/educativos promovem a formação artística e estética dos estudantes. Caderno de orientação para o ensino de Arte Arte Educa 30 Caderno de orientação para o ensino de Arte Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e Documentos Curriculares para Goiás (DCGO Ampliado e DCGO-EM), as dimensões do conhecimento se entrelaçam consumando experiências artísticas de criação, crítica, estética, expressão, apreciação e reflexão. Essas experiências são essenciais para aprofundar o processo de ensino-aprendizagem, promovendo também o desenvolvimento sustentável e a preservação da identidade cultural. O Arte Educa/Dança deve ser elaborado, tendo como base os Documentos DCGO Ampliado e DCGO-EM, não havendo necessidade de considerar os cortes temporais, uma vez que o planejamento deve ser elaborado a partir das habilidades desejadas para o projeto, considerando o nível dos estudantes no mesmo. Para a organização das aulas, deve ser considerado o espaço escolar e as dimensões do conhecimento em dança no referido espaço, sem negligenciar técnicas específicas da modalidade a ser trabalhada, tendo como referência as modalidades descritas no Caderno 5 - Currículo em debate (página 52). No processo educativo deve-se propor a investigação e a reflexão do movimento, do corpo e das ações deste movimento na vida do/a estudante e na comunidade. Ainda, as aulas devem proporcionar uma produção artística para ser apresentada no Festival Arte Educativo de Goiás - FAEGO. O Arte Educa/Música tem um importante papel no desenvolvimento integral dos estudantes, contribuindo para o aprimoramento cognitivo, emocional e social. Por meio do contato com a música, os estudantes expandem sua percepção sonora, desenvolvem habilidades motoras e refinam a expressão emocional. Além disso, a educação musical promove a apreciação estética, permitindo que os estudantes explorem diferentes gêneros e culturas, enriquecendo sua bagagem cultural. Ao aprender a tocar um instrumento ou participar de corais e grupos musicais, os estu- dantes também cultivam a disciplina, a colaboração e a concentração. A música, como linguagem universal, proporciona uma forma única de comunicação, conectando pessoas e transcendendo barreiras culturais. A educação musical nas escolas não apenas nutre potenciais talentos, mas também democratiza o acesso à arte, promovendo a inclusão e a diversidade. Além disso, estudos mostram que a exposição à música desde a infância está associada a melhorias na capacidade de aprendizado, memória e resolução de problemas. Portanto, investir na educação musical não apenas enriquece a experiência educacional, mas também contribui para formar indivíduos mais sensíveis, criativos e conectados com o mundo ao seu redor. O Arte Educa/Teatro se compromete a oferecer aos estudantes vivências sensoriais que os conduzam à consciência de si mesmos e dos outros, explorando expressões cênicas. Essas experiências revelam narrativas, conhecimentos e práticas presentes nos espaços presentes nos processos de aprendizagem, abordando o entendimento do mundo e da vida. Convidados a uma imersão significativa, os participantes compreendem a complexidade das ações humanas e os afetos que as impulsionam. Alinhado aos eixos temáticos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do Documento Curricular de Goiás (DCGO), o Arte Educa no Teatro considera contextos, práticas, elementos linguísticos, processos criativos, matrizes estéticas culturais e materialidades. Essa abordagem visa capacitar os estudantes a se tornarem críticos, protagonistas e agentes transformadores em sua realidade e sociedade. Caderno de orientação para o ensino de Arte 31 Dos espaços e materiais necessários para o Arte Educa Para a implementação e continuidade do Arte Educa de artes visuais, dança, teatro e música, em suas diferentes modalidades (banda, violão, prática de conjunto, coral) é necessário espaço adequado para o desenvolvimento das aulas no contraturno escolar. Quanto aos materiais do Arte Educa de artes visuais, dança, música e teatro, é responsabilidade da unidade escolar proponente do projeto a viabilização dos recursos necessários para o seu desenvolvimento. Já para as bandas e fanfarras, a Seduc desenvolve política de aquisição de instrumentos (processo em andamento) em processo de finalização das entregas às unidades escolares. No entanto, houve um processo de aquisição de materiais para subsidiar área de Arte, que ser utilizados como recurso pedagógico. A nomenclatura destinada aos grupos musicais, como Banda de Percussão, Fanfarra, Banda Marcial e Banda Musical, adotada pela Gerência de Arte e Educação, segue a convenção das entidades brasileiras de Bandas e Fanfarras (CNBF e LBF) que divide cada grupo musical de acordo com o instrumental utilizado, como descrito abaixo: • Banda de Percussão: constituída de instrumentos da família da percussão bombos, surdos, pratos, caixas, tenores e instrumentos de percussão sem altura definida (meia lua, agogô, chocalho, triângulo, pandeiro entre outros); pode-se acrescentar percussão sinfônica (tímpanos, marimbas, xilofones, vibrafones, glockenspiel, etc.). Existea possibilidade também de instrumentos melódicos como escaleta, lira e flauta doce. Caso haja instrumentos melódicos, a banda deverá ser equilibrada com 50% de instrumentos percussivos sem altura definida e 50% de instrumentos melódicos. • Fanfarra: formada por instrumentos melódicos de sopro da família dos metais (cornetas lisas, com gatilho ou com 1 pisto, cornetões, com gatilho ou com 1 pisto de qualquer tonalidade) e percussão bombo, caixa, prato, tenor, etc. Pode-se acrescentar percussão sinfônica (tímpanos, marimbas, xilofones, vibrafones, glockenspiel, etc.) sendo obrigatória a utilização de pelo menos 02 (dois) instrumentos diferentes de cada família (sopro e percussão). Ex.: corneta + cornetão + instrumentos de percussão (bombo, caixa, prato, tenor). • Banda Marcial: composta por instrumentos melódicos de sopro da família dos metais, (sousafone, tuba, bombardino/eufônio, melofone, trombone de vara, trombone de pisto, trombonito, trompa, trompete, etc.) e percussão bombo, caixa, prato, tenor, etc. Pode-se acrescentar percussão sinfônica (tímpanos, marimbas, xilofones, vibrafones, glockenspiel, etc.) sendo obrigatória a utilização de pelo menos 04 (quatro) instrumentos diferentes de cada família (sopro e percussão). Ex.: tuba (sousafone) + bombardino + trombone de vara + trompete + percussão. • Banda Musical: constituída por instrumentos de sopro da família das madeiras (flauta transversal, clarinete, requinta, saxofones, etc.) e instrumentos de sopro da família dos metais (trompete, trombone, trompa, 32 Caderno de orientação para o ensino de Arte Sobre a Rotina do Arte Educa Em relação ao acompanhamento do Projeto Arte Educa, a Gerência de Arte Educação trabalha em conjunto com as CREs, contando com a colaboração de suas assessorias pedagógicas, em especial, do articulador do Desporto Educacional, Arte e Educação, o responsável pelo monitoramento do Arte Educa em cada CRE. Sobre os materiais didáticos do Arte Educa/Banda, a Seduc-GO adota como referencial o Método Tocar Junto, de autoria de Marcelo Eterno Alves; porém, incentiva o uso de outros métodos que possam ampliar a atuação técnica dos discentes. A coleção contém 7 volumes, de acordo os naipes: trompete, trombone, trompa, eufônio, tuba e percussão destinados aos estudantes e o livro do maestro contendo toda a grade dos exercícios técnicos e repertório. O uso correto deste material e de qualquer outro método contribui para o desenvolvimento consciente e consistente, possibilitando o aprendizado musical gradativo. No Método Tocar Junto constam elementos importantes da organização de um grupo musical, tais como: cuidados e manutenção dos instrumentos; um pouco da história de cada instrumento musical; princípios básicos da respiração; princípios básicos de pulso e andamento, ritmo, som e silêncio; princípios básicos de teoria musical; sugestões de metodologia de uso dos exercícios, dentre outras orientações. O importante é que todos os estudantes das bandas/fanfarras precisam ter esse material para seus estudos, sendo de uso pessoal, o qual se encontra disponibilizado pela Seduc e poderá ser retirado no Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte. A unidade escolar desprovida desse material deve solicitar ao Articulador do Desporto Educacional, Arte e Educação. bombardino/eufônio, tuba, etc.) e percussão bombo, caixa, prato, tenor, etc. Pode-se acrescentar percussão sinfônica (tímpanos, marimbas, xilofones, vibrafones, glockenspiel, etc.); além dos instrumentos de percussão é obrigatória a utilização de pelo menos 2 (dois) instrumentos diferentes de cada família (metais, madeiras e percussão). Ex.: tuba + trombone + trompete + clarinete + saxofone + percussão. • Prática de conjunto: constituída por variados instrumentos de forma livre. • Ensino Coletivo de Instrumentos: é constituído por grupos de violão, teclado ou cordas; • Canto Coral: é constituído por vozes, sendo livre a sua formação em relação à quantidade de divisão de vozes. Figura 11: Método Tocar Junto: Ensino Coletivo de Banda Orientações para o Professor/Instrutor Arte Educa/Música Para a autorização de um novo projeto (a iniciar em 2025) e modulação do professor, a unidade escolar deve encaminhar para a Gerência de Arte e Educação, via SEI 18295, o seguinte documento contendo, o Projeto, Parecer do Conselho Escolar, Termo de Compromisso e Responsabilidade da unidade Escolar, Quadro de Horários e Declaração da Coordenação Regional de Educação em um único arquivo em PDF, que consta no link a seguir: Clique, copie o link em seu navegador para acessar os documentos https://cirandadaarte.com.br/arte-educa Após aprovação do projeto e modulação do professor/instrutor Arte Educa, inicia-se o monitoramento na unidade escolar. Para os projetos que já se encontram em andamento, será necessário encaminhar um novo projeto atualizado de acordo com as orientações descritas acima . A escola deverá encaminhar ao articulador, no primeiro dia de cada mês, assinado pelo gestor escolar, os documentos do Arte Educa, com exceção do Portfólio Digital que deve ser encaminhado semestralmente. Documentos para aprovação do Projeto Caderno de orientação para o ensino de Arte 33 Orientações sobre a elaboração do projeto para o Professor/Instrutor Arte Educa/Música: Na Introdução, descrever a proposta, evidenciando os benefícios artísticos e sociais a serem desenvolvidos com os estudantes. A Justificativa deve fundamentar a importância do projeto artístico como resposta a um problema ou necessidade identificados no ambiente escolar. O Objetivo geral é igual para todos e deve ser o de promover a cultura da formação artística e estética dos estudantes numa perspectiva de inclusão e transformação social, buscando a formação integral dos estudantes, nos aspectos cognitivos, afetivos, físicos, sociais e culturais. Os Objetivos específicos devem ser descritos levando em consideração a progressão dos conhecimentos necessários para a habilidade proposta. A Metodologia deve evidenciar como as atividades serão realizadas, especificando com detalhes o desenvolvimento da proposta. Sobre a avaliação, deve-se apresentar os critérios de forma clara e compreensível, como por exemplo: a avaliação será de modo sistêmico e contínuo, compreendendo momentos de diagnóstico, formativo, somativo e/ou comparativo, de modo a analisar o interesse, a participação, o envolvimento e a capacidade de reflexão teórico-prática, bem como aspectos relacionados à percepção e à sensibilidade na experiência dos conteúdos trabalhados. Após aprovação do projeto e modulação dos professores/instrutores, inicia-se o monitoramento do Arte Educa nessas unidades escolares. Neste sentido, a escola deverá encaminhar ao articulador, no primeiro dia de cada mês, assinado pelo gestor escolar, os documentos do monitoramento do Arte Educa, com exceção do Portfólio Digital que deve ser encaminhado semestralmente. PASTA DE DOCUMENTOS ARTE-EDUCA 2025 Clique, copie o link em seu navegador https://cirandadaarte.com.br/arte-educa Modelo do Projeto para Professor/Instrutor Arte Educa Caderno de orientação para o ensino de Arte34 PASTA DE DOCUMENTOS ARTE-EDUCA 2025 Clique, copie o link em seu navegador https://cirandadaarte.com.br/arte-educa Plano Anual; Diário de Bordo Mensal (planejamento mensal, diário das aulas/atividades e Relatório Analítico); Lista de Chamada dos Estudantes (referente ao mês trabalhado); Portfólio Digital, para apresentar tanto o processo quanto o produto ar- tístico desenvolvido durante o ano letivo (Entregar em junho e novembro). Documentos Para Monitoramento Arte Educa Os Documentos Para o Monitoramento Arte Educa consistem em: Das aulas/atividades As aulas/atividades do Projeto Arte Educa de Artes Visuais, Dança, Teatro, Ensino Coletivo de Instrumentos e Canto Coral das unidades escolares de tempo parcial, devem acontecer no contraturno do estudante,após aula e/ou aos sábados para o ensaio geral, como parte da jornada ampliada. No Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) admitem apenas o Arte Educa de música. No CEPI de 9 horas, as aulas podem ser organizadas no horário das Eletivas, do Protagonismo Juvenil, aos sábados e após a aula. Já no CEPI de 7 horas, as aulas das bandas/fanfarras devem acontecer no tempo destinada à jornada ampliada e/ou aos sábados. O horário limite para o término das aulas é: 19 horas para estudantes do Ensino Fundamental e 20 horas para estudantes do Ensino Médio. Todas essas informações deverão ser apresentadas no corpo do projeto, com a devida anuência da gestão escolar. É aceitável a participação de até 10% de estudantes egressos nas corporações musicais, desde que participem do projeto em seu cotidiano, com o Termo de Compromisso firmado pelo estudante egresso e com frequência às aulas comprovadas pelo gestor da escola. Somente será permitida a participação de estudante em projeto de outra unidade escolar quando sua escola não oferecer Arte Educa. Para isso, os gestores das duas unidades escolares devem formalizar o Acordo e informar à Gerência de Arte e Educação para que autorize a inserção do/a estudante em questão em banda de outra escola. Caderno de orientação para o ensino de Arte 35 20 horas 30 horas 40 horas 20 (vinte) horas-relógio semanais, o que inclui 13 (treze) horas-relógio, equivalentes a 16 (dezesseis) horas-aula semanais no Projeto Arte Educa, com o intervalo dirigido, e 7 (sete) horas-relógio destinadas às horas-atividade, correspondentes a 2 (duas) horas-relógio de planejamento na unidade escolar ou 103 atendimento aos estudantes e 5 (cinco) horas-relógio destinadas à formação continuada no Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte e/ou atividades independentes. 30 (trinta) horas-relógio semanais, o que inclui 20 (vinte) horas-relógio equivalentes a 24 (vinte e quatro) horas- aula semanais no Projeto Arte Educa, com o intervalo dirigido, e 10 (dez) horas-relógio destinadas às horas- atividades, correspondentes a 3 (três) horas-relógio de planejamento na unidade escolar ou atendimento aos estudantes e 7 (sete) horas destinadas à formação continuada no Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte e/ou atividades independentes. 40 (quarenta) horas-relógio semanais, o que inclui 26 (vinte e seis) horas relógio equivalentes a 32 (trinta e duas) horas-aula semanais no Arte Educa, com o intervalo dirigido, e 14 (quatorze) horas-relógio destinadas às horas-atividades, correspondentes a 5 (cinco) horas- relógio de planejamento na unidade escolar ou atendimento aos estudantes e 9 (nove) horas-relógio destinadas à formação continuada no Centro de Estudo e Pesquisa e/ou atividades independentes. Organização da Jornada de Trabalho do professor/instrutor Arte Educa ATENÇÃO As horas/relógio, destinadas ao aprimoramento profissional em cursos de formação continuada, não devem constar no quadro de horário a ser elaborado por cada professor/instrutor. Elas são destinadas à formação continuada ofertada pela Secretaria de Educação/Gerência de Arte Educação/Ciranda da Arte, com certificado válido para a comprovação do Bônus Aprimoramento Profissional, ou atividades afins. - Os horários de aprimoramento são: 5 horas/relógio para carga horária de 20 horas; 7 horas/relógio para 30 horas e 9 horas/relógio para 40 horas. Essas horas poderão, também, subsidiar ações específicas da Gerência de Arte e Educação. Caderno de orientação para o ensino de Arte36 37 Caderno de orientação para o ensino de Arte ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS PEDAGÓGICOS, DE ACORDO COM A ESPECIFICIDADE DO PROJETO Os horários da atividades do Projeto Arte Educa devem ser organizados em agrupamentos de estudantes de acordo com a especificidade do projeto, as diferentes modalidades e níveis como iniciante, intermediário, avançado. Ao elaborar o projeto, inserir o quadro de horário a partir desta orientação. PASTA DE DOCUMENTOS ARTE-EDUCA 2025 Clique, copie o link em seu navegador https://cirandadaarte.com.br/arte-educa Modelos do Quadro de Horários de Bandas, Fanfarras e Prática de Conjunto PASTA DE DOCUMENTOS ARTE-EDUCA 2025 Clique, copie o link em seu navegador https://cirandadaarte.com.br/arte-educa Modelos do Quadro de Horários de Ensino Coletivo de Instrumentos (violão, teclado e cordas) PASTA DE DOCUMENTOS ARTE-EDUCA 2025 Clique, copie o link em seu navegador https://cirandadaarte.com.br/arte-educa Modelos do Quadro de Horários de Artes Visuais, Teatro e Dança 38 VESPERTINO MATUTINO Caderno de orientação para o ensino de Arte Sobre o quantitativo de estudantes em cada projeto No Arte Educa Banda, Fanfarra, Prática do Conjunto, o quantitativo de estudantes deve corresponder ao total de instrumentos disponíveis para o projeto, sendo que o mínimo é de 25 estudantes no Corpo Musical. No Arte Educa Ensino Coletivo de Instrumento - Violão, deve-se levar em conta o quantitativo de instrumentos para a formação das turmas, sendo a quantidade mínima de 10 (dez) violões em cada turma. Isso significa que um professor com carga horária de 20 horas poderá ter 40 estudantes, para unidades escolares com 10 violões, e de 60 estudantes para unidades escolares com 15 violões. Cada turma deverá ter 4 aulas semanais (podendo ser aulas duplas, em 2 dias), totalizando, assim, a carga horária de 16 horas/aula semanal em efetivo exercício com estudantes. Para o Ensino Coletivo de Instrumento - Teclado, a quantidade estipulada para cada turma é de 8 a 10 teclados. Nesse caso, o professor com 20 horas semanais deverá organizar as turmas com aulas duplas de 1h40min, em 2 dias, perfazendo um total de 4 aulas por turma. Consequentemente, o professor atenderá o total de 32 estudantes (para 8 teclados) a 40 estudantes (para 10 teclados). No Arte Educa Dança, cada turma deve ter no mínimo 10 e no máximo 15 estudantes, considerando o espaço de uma sala de aula de 50 metros quadrados com carteiras. Se houver na escola uma sala exclusiva para dança nesta mesma metragem, a turma pode comportar até 20 estudantes. VESPERTINO MATUTINO O Festival Arte Educativo de Goiás (FAEGO) foi instituído por meio da lei nº 23.046/2024. É uma ação formativa, artística e cultural destinada à promoção de ambientes de interação e divulgação do Projeto Arte Educa de Bandas/Fanfarras, Prática de Conjunto, Ensino coletivo de Instrumentos Musicais, Canto Coral, Festival da Canção e Mostra Artística de Artes Visuais, Dança e Teatro. O FAEGO é um festival arte/educativo que compartilha as produções artísticas desenvolvidas no Projeto Arte Educa da rede estadual de educação de Goiás, como parte de políticas públicas voltadas para a jornada ampliada dos estudantes por meio de atividades educacionais complementares na área de Arte, em consonância com os ideais formativos presentes na Base Nacional Comum Curricular e nos Documentos Curriculares de Goiás – DCGO Ampliado e do Ensino Médio. Tem como objetivo estimular e valorizar a produção artística escolar em suas vertentes criativas, reflexivas e críticas. Além disso contribui para difundir as linguagens artísticas como essencial para a formação integral dos estudantes nos aspectos cognitivo, afetivo, social, físico e cultural, contribuindo para a proficiência nas demais áreas do conhecimento, fortalecendo, portanto, valores essenciais para a formação cidadã e a projeção da cultura arte/educativa desenvolvida nas escolas goianas. FESTIVAL ARTE EDUCATIVO DE GOIÁS - FAEGO O FAEGO é constituído das seguintes fases: intermunicipal, municipal, regional e estadual. Todo o edital, processo de inscrição e orientações do FAEGO você encontra no link: https://cirandadaarte.com.br/faego/ Caderno de orientação para o ensino de Arte39 https://cirandadaarte.com.br/faego/ https://cirandadaarte.com.br/faego/ https://cirandadaarte.com.br/faego/ 40Caderno de orientação para