Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Unidade 1 – Primeiras
aproximações: concepções de
Currículo
Franciane Heiden Rios
Iniciar
Introdução
A palavra “currículo” remete a muitos significados e produtos no imaginário daqueles
que atuam com a Educação ou a têm enquanto campo de estudo: aulas, planos,
sistematizações, enfim, uma enorme conjuntura de objetos, recursos, práticas e
documentos que permeiam a escola e as práticas pedagógicas.
Diante desse cenário, cabe a primeira reflexão sobre o tema dessa primeira unidade:
essas materializações são, de fato, a definição de Currículo como campo de estudo?
O que queremos apontar com a questão proposta é que, para entender o produto
inicial, intermediário ou final do currículo que se manifesta, é preciso compreender
efetivamente o que é Currículo.
Tanto em suas concepções, como em conceito, não é possível tê-lo como sinônimo
exclusivo de plano de aula ou como recorte de conteúdos ou objetivos de
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd=… 1/27
1. A
complexidade do
termo Currículo
Para compreender a relação Currículo X Escola é
preciso, inicialmente, responder à pergunta: O que
aprendizagem. Para Silva (1996), “o currículo corporifica relações sociais” (p. 23),
assim sendo, está inseparável da cultura, da política, da realidade histórica, da
organização social e de ideologias. Ou seja, constitui-se em um campo complexo de
estudo, que se altera e modifica a linguagem do mundo social, em um movimento de
retroalimentação.
Assim, teremos como objetivo principal nesta primeira unidade ampliar as reflexões
sobre o termo Currículo, conceituando-o, para, a partir dessa definição, atingir
objetivos específicos:
1) Ampliar a discussão de currículo como processo social;
2) Compreender a relação entre complexidade e valoração na viabilização do
processo de ensino-aprendizagem, tendo como referência os níveis de Currículo
(formal, real e oculto);
3) Identificar, de forma inicial, as nuances entre concepções de currículo e práticas
pedagógicas.
Nesse percurso de novos conhecimentos, algumas perguntas serão fundamentais
ter-se em vista: Para quem? Para quê? Como? Afinal, conforme será discutido no
decorrer do texto, enquanto território de constante transformação, são essas três
questões que, de fato, nos permitirão avançar e legitimar o que aqui se propõe como
objetivos de aprendizagem.
Desejo a todos bons estudos!
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd=… 2/27
é Currículo?
Etimologia:
Currículo deriva do latim curriculus , de currere e
significa “o ato de correr, percurso”.
A definição etimológica já aponta para alguns
elementos essenciais para a compreensão de
currículo. Ao relacioná-lo às palavras “ato” e
“percurso”, já é possível observar que Currículo
prevê obrigatoriamente uma ação e um processo
(percurso). Nesse sentido, a primeira característica
indissociável de currículo é a de que sua concepção
se dá com objetivo de agir sobre/com/junto a
algo/alguém na intenção de transmitir alguma
coisa.
Portanto, Currículo representa tudo o que se
estabelece antes da ação: intenção, concepção,
entre outras; durante a ação: métodos,
metodologias, escolhas, assuntos, entre outros; e,
por fim, como resultado da ação: o que se
aprendeu, com o que se teve contato, o que se
privilegiou em decorrência de escolhas teóricas,
etc.
Assim, ampliando a concepção, podemos entender
Currículo como:
[...] um dos locais privilegiados onde se entrecruzam
saber e poder, representação e domínio, discurso e
regulação. É também no currículo que se condensam
relações de poder que são cruciais para o processo de
formação de subjetividades sociais. Em suma,
currículo, poder e identidades sociais estão
mutuamente implicados. [...] ( SILVA, 1996, p. 23 )
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd=… 3/27
Enquanto local privilegiado, o currículo estabelece-
se como campo permeado de ideologia, cultura e
relações de poder, sendo esses os três principais
elementos a serem compreendidos na
manifestação curricular. Para Moreira e Silva
(1997), ideologia consiste na veiculação de ideias
que transmitem determinadas visões do mundo
social. Cada grupo social possui determinada visão
e, portanto, opera socialmente de acordo com sua
visão.
Já em relação à cultura, podemos entendê-la,
brevemente, como uma “teia de significados”
(GEERTZ, 2007), que orienta a existência humana.
Trata-se de um conjunto de valores, hábitos,
costumes e símbolos que interagem com os
sistemas individuais dos sujeitos em uma troca
recíproca. Benedict (2000) esclarece: “a cultura é
como uma lente através da qual o homem vê o
mundo”. Entre ideologia e cultura estabelecem-se
as relações de poder.
Por vezes, para melhor compreender conceitos
complexos, precisamos exercitar a criatividade e,
também, aproximá-los de “situações corriqueiras”.
É fato que essa aproximação não deve ser a única
reflexão proposta, porém, ela é subsidiária para
que seja possível avançar no entendimento de um
conceito profundo e que entrelaça campos tão
mais complexos, como no caso do Currículo. Dito
isso, o convidamos para que, juntos, analisemos a
situação hipotética a seguir.
Observe a imagem:
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd=… 4/27
Figura 1 - Dobradura aberta Fonte: Shutterstock, 2019
Nessa imagem, está representada a planificação de
uma pirâmide de base quadrada. Caso todas suas
“beiradas” estivessem coladas, a imagem
tridimensional visível aproximada seria essa:
Figura 2 - Pirâmide, objeto da dobradura Fonte: Shutterstock,
2019
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd=… 5/27
Nessa imagem, está representada a planificação de
uma pirâmide de base quadrada. Caso todas suas
“beiradas” estivessem coladas, a imagem
tridimensional visível aproximada seria
essa:Porém, retornando à frase de Benedict (2000):
“a cultura é como uma lente através da qual o
homem vê o mundo”, é possível afirmar que,
dependendo do local de observação, cada pessoa
identificaria uma figura geométrica plana diferente.
Vejamos:
Figura 3 -  Representação gráfica da dobradura Fonte: Elaborado
pela autora, 2019.
Dessa observação, seriam possíveis afirmações: -
Vejo um quadrado! – Vejo um triângulo! E, no caso,
nenhuma delas estaria errada, pois, apresentam o
“recorte do observador”, seu papel parcial,
permeado por ideologia e cultura.
As relações de poder se estabelecem nesse cenário
quando o observador da base, por exemplo, é
aquele que “tem o poder” e, portanto, define o que
é verdade e o que será, a partir de agora, adotado
como padrão. Ou seja, independente do
observador e do que ele vê, o quadrado deverá ser
assumido como correto e aceito.
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd=… 6/27
Assim, nessa tríade, o currículo acabaria por
praticar “os valores, os hábitos e costumes, os
comportamentos da classe dominante” (SILVA,
1996, p. 47), na manifestação das relações de
poder, oriundas do modelo social vigente.
Entretanto, é preciso destaque para o fato de que
nenhum dos observadores são passivos. Por isso, a
afirmação do currículo enquanto campo filosófico,
dinâmico e que “assinala uma mudança em direção
a um conjunto de condições sociais que estão
reconstituídas no mapa social, cultural e geográfico
do mundo e produzindo, ao mesmo tempo, novas
formas de crítica cultural.” (GIROUX, 1993, p.15).
Saiba mais
A UNESCO-IBE, em um trabalho conjunto,
colaborativo e intermitente disponibiliza
para acesso o Glossário de Terminologia
Curricular. Esse documento não tem como
objetivo estabelecer definições padrão
universalmente aplicáveis sobre o termo
“Currículo”. Em vez disso, intenciona
apresentar conceitos e práticas diversas,
contribuindo para a reflexão no âmbito de
sistemas educacionais sobre o papel da
terminologia curricular na promoção de
melhorias significativas. Portanto, essa
leitura pode enriquecer seus
conhecimentos acerca das concepções
curriculares, bem como, ser interessante,
seja por sua proposta, seja pelo formato em
que se apresenta.
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd=… 7/27
1.1. Currículo escolar
Na transposição para a escola, o currículo é
assumido como o elemento central do projeto
pedagógico. Complexo e relativo como todo
processo social, ampara lado a lado os fatores
lógicos, epistemológicos, intelectuais e
determinantes sociais (poder, interesses, conflitos
simbólicos e culturais). É ele que organiza e
viabiliza o processo de aprendizagem: “[...]é a
ligação entre a cultura e a sociedade exterior à
escola e à educação; entre o conhecimento e
cultura herdados e a aprendizagem dos alunos;
entre a teoria [...] e a prática possível, dadas
determinadas condições.” (SACRISTÀN, 1999, p. 61).
Young et al (2014) inclusive destacam que, em sua
visão, “[...] currículo é o conceito mais importante
que emergiu do campo dos estudos educacionais”
(p. 197), afinal, tem como propósito a
aprendizagem, a “mais básica atividade humana”,
permitindo a produção de conhecimentos.
Como campo de conhecimento e objeto de estudo,
as perspectivas de análise do currículo avançam
para várias correntes de pensamento,
principalmente, a partir do século XX, sendo
possível destacar duas abordagens distintas e
antagônicas: o eficientismo e o progressivismo .
Disponível em:
http://movimentopelabase.org.br/wp-
content/uploads/2016/10/glossario_unesco.pdf
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd=… 8/27
http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2016/10/glossario_unesco.pdf
http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2016/10/glossario_unesco.pdf
O eficientismo é marcado por uma perspectiva de
resultado, como o próprio termo já transparece. É
a transposição do modelo industrial e fabril,
resultado da Revolução Industrial, para a escola. A
eficiência, etapas e sequência linear de uma linha
de produção é tida como ideário ao processo
educacional e, diante do resultado dessa
organização no campo econômico, surge como
promessa no campo da Educação. É desse
pensamento estrutural fortemente ancorado na
administração científica que derivam as
abordagens tradicionais do currículo, tema que
será desenvolvido na unidade dois.
A progressivismo contrapõe-se à ideia do
eficientismo. Como já discutimos, sendo a
experiência humana ampla, diversa e complexa e o
currículo espaço cultural, ideológico e político, o
eficientismo buscava uma “neutralidade”
impossível, bem mais que isso, desconsiderava em
grande medida a ação e a intervenção ativa dos
sujeitos no processo educacional. Portanto, o
progressivismo questiona, principalmente, o fato
do eficientismo desconsiderar as questões
humanas, tendo a escolarização apenas como
evento para formação instrumental de métodos e
a organização do currículo apenas sob a
perspectiva técnica. É dessa perspectiva que se
consolidam as teorias críticas e pós-críticas, temas
da próxima unidade.
Compreender nesse momento a existência da
dualidade (eficientismo x progressivismo) teórica
acerca do currículo nos permite, principalmente,
nesse momento, compreender que, assim como
todo conhecimento e como já evidenciamos até o
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd=… 9/27
momento, é possível entender o currículo sob
diferentes perspectivas. O que não é possível
enquanto profissionais da educação é
compreender essas perspectivas de forma
descontextualizada de todas as demais relações
que fundamentam, incorrendo no risco de
assumirmos como “verdade” ou “qualidade”
modelos e propostas já comprovadamente
inefetivas.
É necessário conhecer a totalidade da construção
teórica e do pensamento enquanto profissionais
para, assim, perceber e poder exercer com êxito a
profissão a que nos propomos, nesse caso, a de
educadores. Uma reflexão simples, mas, muito
pertinente a respeito da teoria da Origem da Vida.
Durante muito tempo, a perspectiva da
Abiogênese ou geração espontânea foi tida como
verdade científica aceita. Nessa hipótese, os seres
vivos poderiam surgir da matéria sem vida, a partir
de substâncias que possuíam a chamada “força
vital”. Uma comprovação empírica dessa premissa
era o surgimento de moscas sobre a carne e de
ratos em trapos sujos. Entretanto, no século XVII, o
cientista Francesco Redi realizou o experimento
representado na figura 3 e, essa teoria, até aquele
momento aceita, entrou em descrédito e,
posteriormente, em desuso.
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 10/27
Figura 4: Experimento de Francesco Redi sobre geração
espontânea de vida Fonte: blog do Enem, 2019
Na atualidade, outros cientistas avançaram em
pesquisas e, com isso, as discussões e teorias
foram remodeladas e novos conhecimentos
passaram a integrar o conhecimento humano.
Mas, a questão pertinente é: qual a relação desse
experimento com a perspectiva da teoria curricular
e, consequentemente, com o conceito de
currículo?
Apesar de limitador e questionável em muitos
aspectos, se não conhecemos a proposta
eficientista, não podemos avançar para a
progressista e, também, se não exercitarmos
nosso senso crítico, pouca será nossa contribuição
para a melhoria dos currículos em qualquer que
seja a perspectiva.
Cabe lembrar que a distinção entre as abordagens
até aqui trabalhadas ficarão mais evidentes
quando avançarmos nas Teorias Curriculares,
conteúdo da unidade 2, sendo primordial, nesse
momento, retornamos à concepção e conceito
geral de currículo. Assim, com as discussões até
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 11/27
aqui propostas podemos considerar currículo
como:
- um espaço de relações sociais e de poder com uma
história específica; isso está relacionado com a ideia
de que o currículo pode ser entendido como
“conhecimento dos poderosos”;
- um corpo complexo de conhecimentos
especializados e está ligado a saber se e, em que
medida, um currículo representa “conhecimento
poderoso” – em outras palavras, é capaz de prover
aos alunos recursos para explicações e pensar
alternativas, qualquer que seja a área de
conhecimento e a etapa da escolarização. ( YOUNG
et al, 2014, p. 201 )
Para efeito de análise, diante de um resumo tão
complexo de relações, alguns estudos a partir das
décadas de 1960 e 1970 indicaram a classificação
em três distintos graus de aprofundamento do
currículo: formal, real e oculto. Em cada nível é
possível a identificação de posicionamentos de
valores e, consequentemente, a distinção do
aprendido ou não pelo estudante.
Para a melhor compreensão desses níveis, e de
como eles efetivamente se estabelecem como
práticas pedagógicas, as análises de suas
estruturas serão orientadas pelas três questões
indicadas no início da unidade: Para quem? Para
que? Como? permitindo, assim, refletir sobre a
complexidade desse campo nas macro e micro
estruturas da escola.
Você querler?
Livro: Indagações sobre Currículo: Currículo e
Avaliação, organizado por: Jeanete Beauchamp,
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 12/27
Sandra Denise e Pagel Aricélia Ribeiro do
Nascimento, para Ministério da Educação/MEC
– Secretaria da Educação Básica.
Nesse livro, os textos organizados se propõem a
trabalhar concepções educacionais e a
responder às questões propostas pelos coletivos
das escolas e das Redes, a refletir sobre elas, a
buscar seus significados na perspectiva da
reorientação do currículo e das práticas
educativas.
Link:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag5.pdf
2. Currículo
formal
Currículo formal também é chamado de currículo
prescrito. Refere-se às intenções educativas
estabelecidas às redes e sistemas de ensino. Sua
materialização se dá em diretrizes curriculares,
matrizes e, também, em referenciais, tendo como
princípio organizar objetivos e conteúdos das áreas
e disciplinas de estudo.
Assim, sistematizando a primeira resposta às
questões propostas - Para quem? - é possível
afirmar que o currículo formal é genérico e global,
se estabelece enquanto regra e normativa a todos
os sistemas e redes de ensino
2.1. Currículo normativo
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 13/27
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag5.pdf
Uma das questões primordiais para entender as
necessidades de considerar a importância do
currículo prescrito é entender a natureza do
processo educativo. Young (2014) afirma que
existem duas questões relacionadas e cruciais
sobre o aspecto normativo das abordagens
curriculares. São elas:
1) A educação é uma atividade prática. Para ele,
[...] Não é como a física, filosofia ou história - campos
de investigação que buscam a verdade sobre nós e
sobre o mundo e o universo que habitamos. A
educação trata de fazer coisas com e para os outros;
a pedagogia é sempre uma relação de autoridade
[...] e devemos aceitar essa responsabilidade. A
educação preocupa-se, antes de mais nada, em
capacitar as pessoas a adquirir conhecimentos que as
leve para além da experiência pessoal, e que elas
provavelmente não poderiam adquirir se não fossem
à escola ou à universidade. ( YOUNG, 2014, p. 196 )
2) A educação é uma atividade especializada,
consequentemente, o currículo também o é.
Sendo, portanto, imprescindível “[...] desenvolver
currículos melhores e ampliar oportunidades de
aprendizado.” ( YOUNG, 2014, p. 197 ).
Diante desses dois itens, a segunda questão se
elucida - Para que? O currículo prescrito teria,
então, como desafio e meta organizar os
conhecimentos de relevância histórica, social e
cultural a todos que fazem parte do sistema de
ensino. Por fim, a última questão - Como? - seria
expressa na materialização em normativas da duas
questões anteriores. Portanto, de acordo com o
efetivo documento que agrupa informações ao
campo educacional: “[...] o que ensinar, o para que
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 14/27
ensinar, o como ensinar e as formas de avaliação,
em estreita colaboração com a didática” ( 2008, p.
168 ).
Cabe lembrar que a “prescrição” fragmenta-se em
recortes curriculares conforme aproxima-se da
sala de aula e do estudante. Assim, na figura 4
podemos identificar que o currículo, nesse caso, se
ramifica da lei maior da Educação Brasileira - LDB
9394/96 -  para o Plano Nacional da Educação e,
por fim, para a Base Nacional Comum Curricular e
seus desdobramentos nos currículos específicos
das redes, que, a partir do documento orientativo,
reestruturam seus currículos locais. Veja:
Figura 5. Currículo prescrito. Fonte: Elaborado pelo autor, 2019
Você quer ler?
Artigo: BNCC - Desafios e oportunidades na
Educação Básica - por Maria Helena Guimarães
Andrade.
Neste artigo, a BNCC é apresentada,
historicizada e, mais à frente, são discutidas as
possibilidades, desafios e oportunidades dos
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 15/27
municípios no processo de reestruturação de
seus currículos frente à nova proposta nacional.
Link: https://blog.conexia.com.br/bncc/
3. Currículo real
Currículo real também é encontrado como
currículo “em ação” na literatura acadêmica. Em
uma breve explicação, diz respeito às práticas
efetivas na escola, em sala de aula. Veja:
Figura 6. Identificação do Currículo real. Fonte: Elaborado pelo
autor, 2019.
Retornando às questões orientadoras: “Para
quem? Para quê? Como?”, a primeira característica
está no público desse currículo: professores e
alunos. Trata-se da efetividade no dia a dia da sala
de aula dos conhecimentos prescritos,
considerando as particularidades das vivências
locais e individuais, bem como da identidade e das
maneiras de pensar sobre esses conhecimentos
organizados em normativas.
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 16/27
https://blog.conexia.com.br/bncc/
A resposta da questão “Para quê?” Em se tratando
do currículo Real, ainda é objetiva no sentido de
“promover a aprendizagem”, bem como a da
questão  “Como?” que seria possibilitar que os
conhecimentos sejam, como aponta Young (2014)
“ensináveis” e “aprendíveis” “[...] por alunos de
diferentes etapas e idades.” (YOUNG, 2014, p. 199).
Mas, como a aproximação humana e
contextualizada torna-se mais efetiva, apenas
essas afirmações cartesianas são insuficientes para
entender a materialização do currículo em ação.
3.1. Currículo em ação
O currículo real consiste nas adaptações feitas no
cotidiano pelos professores ao notarem o interesse
de seus alunos por determinado assunto, por
exemplo.
“A questão da identidade cultural, de que fazem parte
a dimensão individual e a de classe dos educandos,
cujo respeito é absolutamente fundamental na prática
educativa progressista, é problema que não pode ser
desprezado. Tem que ver diretamente com a assunção
de nós por nós mesmos ( FREIRE, 2002, p. 34 ).”
Assim, ao conceituar currículo real é preciso
considerar as interações e, mais que nunca, o
processo de recontextualização que, para Young
(2014), consiste em “[...] uma palavra relativamente
simples para um processo extremamente
complexo.” (2004, p. 199).
Para compreender um pouco melhor o currículo
em ação convidamos a todos a refletir sobre a
seguinte proposta de trabalho:
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 17/27
Tema: Andiroba
Conteúdo: Gêneros textuais (texto informativo) e
Usos do Solo (cultivo x extração da semente da
Andiroba)
Disciplina: Ciências e Língua Portuguesa
Turma: 3º ano - Fundamental I
Em recorte, a professora tem como objetivo
apresentar a Andiroba por meio de textos
informativos, propor a produção autoral de um
texto coletivo com características informativas e, a
partir dele, discutir como se dá a extração e/ou o
cultivo dessa planta e o processamento da
semente para os produtos usados no cotidiano. A
professora inicia mostrando a imagem da semente
de Andiroba e, a partir dela, verifica os
conhecimentos prévios sobre o assunto
Figura 6: Semente de Andiroba. Fonte: Tua saúde, 2019
Esse exemplo permite que façamos algumas
perguntas iniciais:
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 18/27
- Sendo um recurso natural da Floresta Amazônica,
estudantes de todas as regiõesdo Brasil teriam a
mesma relação com o conteúdo?
- Sendo previstas relações diversas com o mesmo
conteúdo, as propostas metodológicas da
professora deveriam ser as mesmas
indiferentemente do contexto?
- Havendo especificidades regionais de flora,
deveria esse conteúdo ser retirado do currículo de
determinadas regiões?
Não temos como objetivo neste tópico responder
essas questões, apenas propor essas reflexões,
para que seja possível perceber que, independente
das ações tomadas pela professora, o fato é que
haverá recontextualização do currículo,
instaurando o que Young (2014) afirma ser a
“inevitável tensão entre os papéis do governo e das
comunidades educacionais na elaboração do
currículo.” (p. 199).
Portanto, como entendimento inicial das
discussões sobre currículo em ação, o fundamental
para avançarmos no tema “Currículo” é entender
que da prescrição do currículo formal, o currículo
real avança para, efetivamente, o processo ensino-
aprendizagem, no qual “transmitir” ou “transferir”
conteúdos não são práticas possíveis para a
construção do conhecimento.
Você quer ler?
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 19/27
Assim, das diretrizes, normativas e legislação,
escolas e professores selecionam e ressignificam
conteúdos para seus estudantes, considerando os
aspectos culturais, históricos e sociais em uma
perspectiva mais próxima da realidade desses
estudantes. Entretanto, os objetivos de
aprendizagem são propostos pelo professor, que
considera assim, apesar das relações humanas, o
processo educacional a partir de seus planos e
sistemas. Porém, existem influências, que já são
percebidas no currículo em ação, mas que se
evidenciam no Currículo Oculto, tema discutido a
seguir.
4. Currículo
oculto
Artigo: Ponto de chegada: a definição do
currículo, por: Daniela Almeida, para Nova
Escola. Nesse texto, são discutidas as
características inerentes a um “bom
currículo” no que se refere aos objetivos de
aprendizagem dos estudantes. Assim, trata-
se da análise fundamental do Currículo
Real e da relação deste com a prática
pedagógica.
Link:
https://novaescola.org.br/conteudo/1531/ponto-
de-chegada-a-definicao-do-curriculo
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 20/27
https://novaescola.org.br/conteudo/1531/ponto-de-chegada-a-definicao-do-curriculo
https://novaescola.org.br/conteudo/1531/ponto-de-chegada-a-definicao-do-curriculo
Na proposta analítica de níveis de currículo, o
último a ser apresentado e discutido é o Currículo
oculto ou implícito. Esse termo é utilizado para
denominar as influências que afetam as
aprendizagens dos estudantes e a prática dos
professores mas que, de certa forma, são
implícitas e, por vezes, não percebidas de forma
consciente pelos interlocutores do processo.
Em uma sistematização básica, podemos entender
o currículo oculto da seguinte forma:
Ou seja, o currículo oculto não aparece no
planejamento do professor, não é avaliado nas
provas semestrais, não é tido como objetivo das
famílias, tampouco é ponderado nas avaliações de
desempenho. Para os estudantes, por vezes, é o
definidor do comportamento aprendido, é o que,
de forma precisa e ágil, colabora para a construção
identitária dos sujeitos.
Você quer ler?
Artigo: Estigma e Currículo Oculto, por: Rita de
Cássia Barbosa Paiva Magalhães e Erasmo
Miessa Ruiz. Nesse artigo, é proposta uma
discussão profunda sobre estigma e suas
Para quem?
Como?
Para quê?
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 21/27
formas de manifestação no currículo da escola,
a partir do conceito de currículo oculto.
Link:
http://www.scielo.br/pdf/rbee/v17nspe1/10.pdf
4.1. Currículo como
construtor de identidade
Efetivamente, é possível compreender currículo
oculto como normas e valores implícitos,
transmitidos nos ambientes escolares. Apple
(1982) e Santomé (1995) evidenciam algumas
características peculiares à escola como ambiente
gerador de comportamentos:
1. Local em que hábitos são ensinados de forma
subliminar por intermédio da organização e
sua prática pedagógica. Por exemplo: alunos
exitosos nas avaliações são recompensados,
reforçando a lógica de recompensas e
punições.
2. Constante vigilância de comportamento e
disciplina. Por exemplo: sinal com marcações
de horários, fila para entrar na sala de aula e
outras práticas que fracionam “trabalho” e
“lazer”.
3. Fração entre “desejos pessoais” e
“intencionalidades institucionais”. Por
exemplo: escolha dos grupos de trabalho,
local para sentar na sala, entre outros.
4. Categorização dos estudantes via avaliações e,
também, predileções (elogios ou censuras).
Por exemplo: veja fulano como é bem
comportado!
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 22/27
http://www.scielo.br/pdf/rbee/v17nspe1/10.pdf
Diante dessas constatações, podemos identificar
que, mais que ensinar matemática, língua
portuguesa e ciências, a escola e seus atores em
suas escolhas “não objetivas”, acabam por ensinar
pertencimento, ambiguidades, preconceitos e,
intencionalmente ou não, reproduzir aquilo que,
por vezes, o currículo formal e real propõe
transformar.
Observe a imagem a seguir:
Figura 6: Placas de identificação de banheiros na Educação Infantil
Fonte: Pinterest, 2019
Esses recursos visuais de identificação são muito
comuns e recorrentes no espaço da escola e,
dificilmente, analisamos sob a perspectiva crítica
que nos instrumentaliza o currículo oculto.
Sabendo que um dos elementos previstos, tanto
no currículo formal como no real é a diversidade,
garantindo as matrizes africanas e indígenas, ao
retornarmos a imagem, veremos crianças de um
único grupo identitário. Sabendo que:
[...] o conhecimento não é exterior ao poder, o
conhecimento não se opõe ao poder. O conhecimento
não é aquilo que põe em xeque o poder: o
conhecimento é parte inerente do poder [...], o mapa
do poder é ampliado para incluir os processos de
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 23/27
dominação centrados na raça, na etnia, no gênero e
na sexualidade. ( SILVA, 1999, p. 84 )
Poderíamos dizer, assim, que optar pela
representação da Figura 6 e não por, talvez, a
representação a seguir (figura 7), implicitamente,
haveria a predileção de determinado
conhecimento em relação a outro?
Figura 7: Representação de menino. Fonte: Shutterstock, 2019
Novamente, como unidade introdutória às
questões complexas ao que se relaciona ao tema
currículo, não objetivamos responder tal questão,
apenas ilustrar situações reais e cotidianas da
escola e como elas se relacionam com o campo
teórico da disciplina de Teorias do Currículo. Tais
reflexões são fundamentais para compreender as
correntes de pensamento e, também, à construção
dos documentos que orientam os currículos no
seio da educação brasileira.
Compreendendo a perspectiva dos três níveis de
currículo, é possível vê-lo tomar forma na escola, a
partir das práticas que o constituem em diversas
dimensões, mas que se inserem intencionalmente
ou implicitamente nas ações dos professores e nas
aprendizagens dos estudantes.
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 24/27
O currículo deve estabelecer, portanto, uma
relação dinâmica dentro do ambiente no qual se
insere, alterando perspectivas e, com isso,
ressignificando-se e redesenhando práticas e
propostas.
Você quer ver?
Emocionandoo currículo oculto | Diego Díaz
Martínez | TEDxRúaSanFroilán
Nesse vídeo, Professor Diego discute e reflete
como o Currículo Oculto se faz à base do dia a
dia da sala de aula e sobre sua importância na
aprendizagem. Professor de Educação Primária
e Licenciado em Jornalismo, seu trabalho junto
aos estudantes vem se destacado ao aliar
ensino e comunicação.
Link: https://www.youtube.com/watch?
v=M1Tn0vFGwEo
Síntese
Nessa unidade, discutimos as concepções de “currículo”, ampliando seus significados
para, a partir de reflexões e exposições teóricas, esboçar o conceito pertinente que
irá orientar a trajetória de aprendizagem sobre o tema. Assim, definimos Currículo
como: um sistema de relações sociais permeado por ideologia, cultura e relações de
poder.No que diz respeito ao currículo escolar, analisamos sua materialização em
três níveis conforme Figura 8.
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 25/27
https://www.youtube.com/watch?v=M1Tn0vFGwEo
https://www.youtube.com/watch?v=M1Tn0vFGwEo
Figura 8. Níveis do Currículo nos espaços escolaresFonte: Elaborado pela autora, 2019.
Assim, podemos evidenciar como principais conteúdos abordados nesta unidade:
Conceito de currículo enquanto campo teórico;
Conceito de currículo escolar e seus níveis para análise;
Materialização e breve análise do currículo formal nas práticas pedagógicas;
Materialização e breve análise do currículo real nas práticas pedagógicas e, por fim;
Discussão e análise do currículo oculto em sua perspectiva educativa.
Download do PDF da unidade
Bibliografia
BENEDICT, Ruth. Padrões de Cultura. Tradução: Alberto Candeias. Lisboa: livros do
Brasil, 2000.
FREIRE. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 27. ed. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 26/27
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. New York: Basic Books, 2007.
GIROUX, Henry. O pós-modernismo e o discurso da crítica educacional. In: SILVA,
Tomaz Tadeu (Org.). Teoria educacional crítica em tempos pós-modernos. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1993.
MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu. (Org.). Currículo, cultura e
sociedade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
SACRISTÁN, J. G. O Currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre:
Artmed, 1998.
____________, J. Gimeno. Poderes instáveis em educação. Tradução de Beatriz Affonso
Neves. Porto Alegre: Artmed, 1999.
SANTOMÉ, J. T. O curriculum oculto. 3. ed. Porto: Porto Editora, 1995.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidades terminais: as transformações na política da
pedagogia e na pedagogia da política. Petrópolis: Vozes, 1996.
YOUNG, Michael. Teoria do currículo: o que é e por que é importante. Cadernos de
Pesquisa, São Paulo, v. 44, n. 151, p. 190-202, jan./mar. 2014. Disponível em: . Acesso em 15 jun. 2019.
04/03/2025, 09:20 EDU_CURRIC_19_E_1
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=wsHi4fNk4AVi0NxS%2bnXy5w%3d%3d&l=2VmW0Q8%2b7v0IzPrUiN%2bi5A%3d%3d&cd… 27/27
http://dx.doi.org/10.1590/198053142851
http://dx.doi.org/10.1590/198053142851

Mais conteúdos dessa disciplina