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RELATÓRIO EXPERIMENTAL Movimento Harmônico Amortecido e Experiência de Cavendish Aluno: Jonathan Georg Rieff (cartão: 00231418) Professor: Jonder Morais Resumo: O presente relatório trata de dois experimentos: Movimento harmônico amortecido e a experiência de Cavendish. Os objetivos principais são: entender o movimento harmônico amortecido na forma de gráfico e obter β e descobrir experimentalmente o valor da Constante de Gravitação Universal 𝐺. Utilizando-se modelos matemáticos preestabelecidos para as devidas experiências, pudemos obter que 𝛽 = 1,12 ± 0,02𝑠−1 , 𝑡1 2⁄ = 0,573 ± 0,00015𝑠 e 𝐺 = 6,64. 10−11 ± 0,2. 10−11 𝑚3𝑘𝑔−1𝑠−2. Introdução Neste relatório, vamos explorar duas experiências realizadas em sala de aula. Uma delas é chamada de Movimento harmônico simples a outra de Experiência de Cavendish. Nossa primeira experiência consiste em utilizar um pêndulo formado por uma haste, um fio pouco extensível com uma bola de pingue-pongue em sua ponta e um sensor de movimento para que, ao pôr o pêndulo a oscilar horizontalmente possamos capturar o período de nossa oscilação e também a velocidade máxima do movimento. O objetivo deste experimento é entender o movimento harmônico amortecido na forma de gráfico e obter β. Para isso, será utilizado um modelo matemático já preestabelecido onde a amplitude é dada por 𝐴(𝑡) = 𝐴0. е −𝛽𝑡. Na segunda experiência temos como objetivo obter a Constante de Gravitação Universal 𝐺, através de uma experiência que foi realizada pela primeira vez por Henri Cavendish, entre 1797 e 1798, utilizando-se de uma balança de torção idealizada por Coulomb em 1784, para medir forças eletrostáticas. Neste experimento foi usada uma balança similar, onde duas esferas pequenas são presas em um suporte e suspensas por um fio metálico muito fino. Ao se aproximar dois pesos às esferas, pode-se perceber uma pequena perturbação no equilíbrio, causada pela gravidade, fazendo com que ocorra uma oscilação na balança. É possível determinar o valor da constante medindo o período desta oscilação e algumas distâncias, especificadas mais adiante. Materiais Utilizados Movimento harmônico amortecido: Haste metálica; Bola de pingue-pongue; Fio pouco extensível; Um cronômetro (precisão ms) ligado a um sensor de movimento; Régua (mm). Paquímetro, com precisão de 0,05 𝑚𝑚 Experiência de Cavenish: Balança de torção; Laser comum; Espelhos; Cronômetro manual (precisão 0,01 𝑠) Sistema de Montagem e Coleta de Dados Movimento harmônico amortecido: Para realizar as medidas, foi posicionado o sensor do cronômetro abaixo do pêndulo no nível do centro de massa da bola. Para medir a amplitude inicial, a régua foi deixada na horizontal com o zero coincidindo com o ponto de equilíbrio do pêndulo. Um esquema do material montado pode ser visto ao lado (Figura 1). Os dados coletados para experiência foram: Diâmetro da bola de pingue-pongue (utilizando-se do parquímetro); Período (utilizando-se do cronômetro com sensor de movimento no modo “pend”); Amplitudes (utilizando-se de uma fórmula Figura 1: montagem movimento harmônico amortecido dada por 𝐴(𝑡) = 𝑣𝑚𝑎𝑥𝑇 2𝜋 , sendo que 𝑣𝑚𝑎𝑥 = 𝑑 ∆𝑡 ). Obs: a Régua somente serviu para ter uma base de que altura estávamos soltando o pêndulo. A amplitude utilizada nos cálculos foi obtida através das formulas apresentadas anteriormente. Experiência de Cavendish: Para realizar as medidas necessárias, a balança foi posicionada a uma distância 𝐿 de um anteparo, munido de uma régua. Para determinar a amplitude, foi projetado o laser à um espelho, fixado à balança, e este, por sua vez, fez refletir a luz até outro espelho e ao anteparo. Esta projeção da luz possibilitou uma melhor visualização da perturbação causada pelos pesos ao se aproximarem. Para um melhor entendimento, segue abaixo uma representação gráfica da balança utilizada: Figura 2: Balança de torção Onde o suporte das esferas grandes pode girar de modo a se aproximarem de uma ou outra esfera pequena. Isso permite que, após partir de uma posição de equilíbrio, onde as esferas estão mais próximas, para uma posição oposta, a balança de torção começa a oscilar devido à mudança no diagrama de forças. Em outra representação, e especificando algumas distâncias, pode-se verificar a mesma balança vista de cima (Figura 3) e é possível ver a projeção do laser através dos espelhos até o anteparo na Figura 4 Figura 3: Balança vista de cima Figura 4: Projeção do laser As medidas efetuadas foram: A diferença entre a posição do laser no anteparo antes e depois da oscilação, 𝑆; O período de oscilação da balança, 𝑇. Outras medidas, também necessárias para estimar a constante, foram fornecidas pelo professor na proposta do experimento. As medidas são: A distância percorrida pelo feixe de luz da balança ao anteparo, 𝐿; A distância mínima entre as esferas de diferentes tamanhos, 𝑟; A metade da distância entre as esferas menores, 𝑑; A massa de uma esfera grande, 𝑀. Para o período, foram registradas as medidas do feixe de luz no anteparo de dez em dez segundos. Desta forma, foi possível estruturar um gráfico dessa medida em função do tempo. A distância entre os máximos ou mínimos absolutos da linha formada no gráfico nos forneceu o período. O valor de 𝑥 foi obtido através do Teorema de Pitágoras, onde: 𝑥 = √(2𝑑)2 + 𝑟2. Dados Experimentais e Análise de Dados: Movimento Harmônico Amortecido: Diâmetro da bola de pingue-pongue, 𝑑 = 0,0380 ± 0,0005𝑚 Período de oscilação, 𝑇 = 3,1530 ± 0,00005𝑠 Nesse experimento foi posto o pêndulo a oscilar e com o cronômetro e o sensor pudemos obter o tempo em que a bolinha passava no sensor, ou seja, quando ela entrava no laser do sensor até a saída do laser. Assim obtemos o ∆𝑡 para cada velocidade máxima e então a Amplitude da oscilação. Também conseguimos, desta forma, o tempo total de 10 medidas, 𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1,762 ± 0,0005𝑠. . Segue a tabela 1: 𝑣 max( 𝑚 𝑠 )±(0,001) ∆𝑡(𝑠) ± 0,0005 𝐴(𝑚) ± 0,0015 𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙(𝑠) ± 0,0005 1,027 0,0370 0,5153 0,0370 0,826 0,0460 0,4145 0,1250 0,666 0,0570 0,3342 0,2340 0,559 0,0680 0,2805 0,3660 0,469 0,0810 0,2354 0,5230 0,404 0,0940 0,2027 0,7070 0,345 0,1000 0,1731 0,9210 0,301 0,1260 0,1510 1,1660 0,271 0,1400 0,1350 1,4420 0,234 0,1620 0,1174 1,7620 Tabela 1: velocidade máxima, tempo de passagem, amplitude e tempo total Podemos verificar, através da análise do Gráfico 1(anexado na última página) ou da equação 𝐴(𝑡) = 𝐴0𝑒−𝛽𝑡, que o decaimento tem caráter logarítmico. A fim de se obter o parâmetro 𝛽, pode-se linearizar a equação da amplitude transformando-a em uma reta. Para isso, basta calcular o logaritmo natural nos dois lados da equação. Desta forma: ln(𝐴(𝑡)) = 𝑙𝑛𝐴0е −𝛽𝑡 ln(𝐴(𝑡)) = 𝑙𝑛𝐴0 + [−𝛽𝑡𝑙𝑛(е)] ln(𝐴(𝑡)) = 𝑙𝑛𝐴0 − 𝛽𝑡 Para criar um gráfico da reta com os dados experimentais, foi necessário calcular o logaritmo natural das amplitudes obtidas na Tabela 1. Pode-se conferir os dados abaixo: 𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙(𝑠) ± 0,0005 ln (𝐴) ± 0,001 𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙(𝑠) ± 0,0005 ln (𝐴) ± 0,001 0,0370 -0,663 0,7070 -1,596 0,0790 -0,789 0,8110 -1,754 0,0250 -0,880 0,9210 -1,754 0,1770 -1,004 1,0400 -1,832 0,2340 -1,096 1,1660 -1,890 0,2980 -1,210 1,3020 -1966 0,3660 -1,272 1,4420 -2,002 0,4420 -1,386 1,6000 -2,117 0,5230 -1,446 1,7620 -2,142 0,6130 -1,552 1,9290 -2,168 Tabela 2: tempo total e ln(A) Utilizando a ferramenta de gráficos do programa Microsoft Word, foi obtida a equação linear da reta dos pontos experimentais: 𝑦 = −1,21𝑥 − 1,0727 (ver Gráfico 2). Esta retapode ser interpretada como ln(𝐴(𝑡)) = 𝑙𝑛𝐴0 − 𝛽𝑡, onde, ln (𝐴0) = −1,073 ± 0,0015) e 𝛽 = 1,12 ± 0,02𝑠 −1. Com o parâmetro 𝛽 já definido, foi calculado o tempo de meia vida 𝑡1 2⁄ , que nos mostra o tempo que leva para a amplitude diminuir à metade. Para isso, foi usado a equação do logaritmo da amplitude, onde a amplitude escolhida foi a metade da inicial. Desta forma, obtemos: 𝑡1 2⁄ = ln (2) 𝛽 , assim : 𝑡1 2⁄ = 0,573 ± 0,00015𝑠. Gráfico 2: ln da amplitude x Tempo (s) y = -1,21x - 1,0727 -3 -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0 0,5 1 1,5 2 2,5 Ln d a A m p lit u d e Tempo (s) Experiência de Cavendish: 𝐿 = 12,155𝑚 𝑆 = 0,0501 ± 0,0024𝑚 𝑚 = 0,020𝑘𝑔 𝑀 = 1,5𝑘𝑔 𝑟 = 0,0468𝑚 𝑑 = 0,05𝑚 𝑥 = 0,11𝑚 Os dados da Posição do laser em função do tempo são visualizados através do gráfico 3. Gráfico 3: decaimento da amplitude Aplicando média aritmética nos pontos de máximos e mínimos relativos obtemos que o período 𝑇 = 220,00 ± 0,01 𝑠. Utilizando de um modelo já preestabelecido dada por: 𝐺 = 2𝜋2 𝐿 𝑇2 ( 𝑆 𝑅 ) 𝑟2 𝑀(1− 𝑟3 𝑥3 ) , e tendo todos os valores necessário obtemos que 𝐺 = 6,64. 10−11 ± 0,2. 10−11 𝑚3𝑘𝑔−1𝑠−2. O valor encontrado de 𝐺 é apenas uma aproximação do valor verdadeiro. Pode-se estimar inúmeras fontes de erros relacionados ao experimento que fazem com que este erro aumente. Entre eles temos o fato de que os valores que formam o Gráfico 1 foram medidos usando-se duas pessoas, onde uma marcava o tempo em um cronômetro e outra a amplitude do laser. Este processo, por ser manual, acarreta um certo grau de imprecisão. Outra fonte de erro que pode alterar o valor final foi descrita anteriormente em uma observação, onde foi constatado que o valor inicial não pôde ser verificado com precisão devido à balança estar com uma leve oscilação. Conclusão: Através de toda essa análise pudemos entender como funciona o movimento harmônico simples, obter que 𝛽 = 1,12 ± 0,02𝑠−1 e ainda determinar quanto seria a meia vida 𝑡1 2⁄ = 0,573 ± 0,00015𝑠. Descobrimos experimentalmente quanto vale a Constante Gravitacional Universal 𝐺 = 6,64. 10−11 ± 0,2. 10−11 𝑚3𝑘𝑔−1𝑠−2 chegando em um valor muito próximo do valor teórico 𝐺𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = 6,67428. 10−11𝑚3𝑘𝑔−1𝑠−2. Referências: http://pt.wikipedia.org/wiki/Constante_gravitacional_universal, 20 de abril 2015 http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscilador_harm%C3%B4nico, 22 de abril 2015 17 19 21 23 25 27 29 31 33 0 100 200 300 400 500 600 700 P o si çã o x ( cm ) Tempo (s)
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