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* * A Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres reconhece os seguintes tipos de violência: Violência Doméstica Física Psicológica Sexual Patrimonial Moral Tráfico de mulheres; Violência sexual; Exploração sexual comercial de mulheres adolescentes/jovens; Violência institucional. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER * * Violência Doméstica: Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause à mulher morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial no âmbito da unidade doméstica, no âmbito da família ou em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação (Lei 11.340/2006) VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER * * Violência física: qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; - Violência psicológica: qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Violência Doméstica * * - Violência sexual: qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Violência Doméstica * * - Violência patrimonial: qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. - Violência moral: entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Violência Doméstica * * Tráfico de Mulheres: Tráfico de Mulheres tem por base o conceito de tráfico de pessoas, que deve ser entendido como o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação; A exploração incluirá, no mínimo, a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER * * Violência Sexual: É a ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule o limite da vontade pessoal; Expressões verbais ou corporais que não são do agrado da pessoa; toques e carícias não desejados, prostituição forçada; participação forçada em pornografia; relações sexuais forçadas. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER * * Exploração sexual comercial de mulheres adolescentes/jovens: É considerada como uma questão social e prática criminosa, uma violação do direito humano fundamental, especialmente do direito ao desenvolvimento de uma sexualidade saudável, e uma ameaça à integridade física e psicossocial. Existem três formas primárias de exploração sexual comercial e que possuem uma relação entre si: a prostituição, a pornografia e o tráfico com fins sexuais, incluindo o turismo sexual. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER * * Violência Institucional: É aquela praticada, por ação e/ou omissão, nas instituições prestadoras de serviços públicos. Uma forma comum de violência institucional ocorre em função de práticas discriminatórias, sendo as questões de gênero, raça, etnia, orientação sexual e religião um terreno fértil para a ocorrência de tal violência. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER * * A lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003 estabelece a notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos ou privados; Notificar é dar conhecimento, e compulsório é obrigar a dar conhecimento de alguma coisa, para alguém. Esta lei torna obrigatório os serviços de saúde darem conhecimento do atendimento que fizerem às vitimas deste tipo de violência. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Notificação Compulsória * * VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Notificação A notificação compulsória faz parte de um conjunto de atividades, pactuado entre a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), Secretarias Estaduais de Saúde – SES e Secretarias Municipais de Saúde – SMS, relativos a área de epidemiologia e controle de doenças e agravos. Desta forma, qualquer violência cometida contra a mulher deve ser notificada e registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), obedecendo às normas e rotinas estabelecidas pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS-MS). * * VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Para que Notificar? A notificação vai servir para que o Estado planeje políticas públicas para eliminar a violência contra a mulher, a partir da realidade brasileira: onde acontece, que tipo de violência ocorre com mais freqüência, quem comete a violência, quem é esta mulher que sofre a violência (sua raça, idade, classe social etc.). * * VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Quem deve notificar? Pessoas físicas e entidades, públicas ou privadas; Qualquer profissional de saúde! * * VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Dificuldades Muitas mulheres escondem a natureza das agressões por medo do agressor. Pesquisa de 2009, realizada pelo DataSenado, concluiu que dentre as principais razões que impedem a mulher de recorrer à lei é o medo do agressor, segundo 78% das entrevistadas. Os outros motivos apontados foram “vergonha”, “o fato de não garantirem o próprio sustento sozinhas”, ou seja, dependência econômica do parceiro, e “punição branda”. * * VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Dificuldades Dar ciência aos profissionais de saúde de que o maltrato físico ou situação de dor/sofrimento intenso veio de uma violência doméstica permite que a unidade de saúde faça a notificação. * * * * VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER LEI MARIA DA PENHA A Lei que protege as mulheres contra a violência recebeu o nome de Maria da Penha em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes. a Lei nº 11.340 foi sancionada pelo Presidente da República em 07 de agosto de 2006. * * VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual Acolhimento Entrevista Registro da história Exame clínico e ginecológico Exames complementares Acompanhamento psicológico Encaminhamento para intervenções de emergência* Internação hospitalar* * * Chamamos de Acolhimento o conjunto de medidas, posturas e atitudes dos profissionais de saúde que garantam credibilidade e consideração à pessoa que está sendo atendida. Pressupõe receber e escutar a pessoa, com respeito e solidariedade. As pessoas em situação de violência devem ser informadas, sempre que possível, sobre tudo que será realizado, e deve ser repeitado sua autonomia. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual * * Violência Doméstica: Queixas crônicas, sem causas óbvias; Ferimentos que não condizem com a explicação de como ocorreram; Parceiros que observam excessivamente ou controlam os movimentos da mulher; Ferimentos físicos durante a gravidez; Demora a iniciar o atendimento pré-natal; Síndrome do intestino irritável; Demora em buscar tratamento para ferimentos Dor pélvica crônica. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual SINAIS DE ALERTA * * Violência sexual: Gravidez de mulheres solteiras com menos de 14 anos; DSTs em crianças; Prurido ou sangramento vaginal; Evacuação dolorosa ou dor ao urinar; Dor pélvica ou abdominal; Problemas sexuais e perda de prazer na relação; Vaginismo (espasmos musculares); Ansiedade, depressão, problemas do sono Dificuldade ou recusa de fazer exames ginecológicos. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual – SINAIS DE ALERTA * * Registrar em prontuário: Local, dia e hora aproximada da ocorrência. Tipo de violência sofrida. Forma de constrangimento utilizada. Tipificação e número de agressores. Órgão que realizou o encaminhamento (caso a vítima tenha procurado a unidade depois) VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual – REGISTROS * * Atendimento de emergência em outro serviço de saúde e medidas de proteção realizadas. Realização do BO. Realização do exame pericial de Corpo de Delito e Conjunção Carnal. Comunicação ao Conselho tutelar ou à Vara da Infância e da juventude. Outras medidas legais cabíveis. (abrigos de proteção) VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual – VERIFICAR * * São naturais as dificuldades no manejo de um problema tão complexo quanto os casos de violência doméstica e sexual. É importante ressaltar que a equipe de saúde deve buscar se integrar com outros profissionais e setores. INTERSETORIALIDADE!!!!!!!!! VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual * * TRAUMATISMOS FÍSICOS: Lesões vulvoperineais superficiais e sem sangramento ativo, ou com sangramento ativo, hematomas... Assepsia local, encaminhamentos, aplicação precoce de bolsa de gelo; Investigar situação vacinal e considerar profilaxia para o tétano; Registros em prontuário. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual – ORIENTAÇÕES * * DSTs NÃO VIRAIS VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual – ORIENTAÇÕES * * A possibilidade de infecção está entre 0,8 e 2,7%; O risco da infecção depende de muitas condições (tipo da exposição sexual, nº de agressores, imunidade da vítima, carga viral do agressor, exposição de secreções) Vítima é referenciada para DST/AIDS A profilaxia do HIV quando indicada, deve ser iniciada o mais rápido possível VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual – ORIENTAÇÕES HIV * * Não existem alternativas de imunoprofilaxia para Hepatite C; Para a Hepatite B: Avaliar estado vacinal; Iniciar a profilaxia com Imunoglobulina Humana Anti-Hepatite B (IGHAHB), 0,06ml/KG em dose única Solicitar abordagem da condição sorológica.* VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual – ORIENTAÇÕES Hepatites Virais * * Taxa de gravidez de 1 a 5% Uso do anticoncepcional de emergência; Exame físico; Registrar a DUM (data da última menstruação) Solicitar TIG (teste imunológico da gravidez) ESQUEMAS: Levonorgestrel 0,75mg ou 1,5mg. Iniciar o quanto antes, até 5 dias após a relação 1 cp de 0,75 imediato e outro após 12 hs; ou dose única de 1,5mg. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atenção à vítima de Violência Doméstica e Sexual – ORIENTAÇÕES GRAVIDEZ * * REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações programáticas estratégicas. Área técnica de saúde da mulher. Prevenção e Tratamento dos Agravos resultantes da Violência Sexual contra mulheres e adolescentes: Norma técnica. Brasília: Ministério da saúde, 1999. Brasil. Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Diário Oficial da União, Brasília, p.xxx, x de agosto de 2006. Seção x. Brasil. Ministério da saúde.Secretaria de Atenção a saúde. Departamento de atenção Básica. Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva. Brasília. 2010
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