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PRESCRIÇÃO, DECADENCIA ETC

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PRESCRIÇÃO (ART. 189 – 200) E DECADÊNCIA (ART. 207 -211).
- Surge na violação de um direito.
- Quando se fala destes temas, se refere a prazos para exigir um direito.
- Ação do tempo e a influência dessa ação no Direito.
PRESCRIÇÃO
Câmara Leal foi um autor importante, tem obra clássica e aponta que a prescrição tem três bases:
 - Interesse público (fonte da prescrição).
 - Estabilidade jurídico social (finalidade da prescrição).
- Sanção aplicada ao titular a pretensão inerte, ou seja, a perda da prescrição. 
EX: X perde o controle do carro, bate no de Y causando dano material. Y tem um prazo para ingressar com ação. Prazo de 3 anos a contar da data do acidente (art. 206). Caso ultrapasse o prazo, perde o direito.
-EM PERDA DE PRESCRIÇÃO O PROCESSO É NULO.
DEFINIÇÃO DE PRESCRIÇÃO.
 É a perda de uma pretensão possível de ser exigida numa ação, a partir de um direito violado em razão da inércia do titular no prazo legal, desde que inexistem causas que impeçam, suspenda ou interrompa a prescrição. 
REQUISITOS DA PRESCRIÇÃO.
- Perda de uma pretensão possível de ser exigida com ação a partir do direito violado.
Pretensão é o pedido da ação, pedido possível de entrar com uma ação.
- Inércia do titular de uma pretensão. O titular não movimenta a ação para requerer seu direito. Com isso perde o direito.
- Decurso do tempo. O prazo legal em que não é exercida a pretensão. Esse prazo varia entre 10 anos (art. 205), este é um prazo geral, e outros inferiores no art. 206, estes são prazos especiais.
- Ausência de causas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. Causas que impedem ou suspendem (art. 197 a 200) e as que interrompem (art. 201 a 204).
- Existem pretensões que são imprescritíveis, podem ser citadas a qualquer momento, apesar de por via de regra serem prescritos os prazos. Isso quer dizer que a qualquer momento pode o titular entrar com a ação. As ações são:
Quando diz respeito a direitos da personalidade.
Quando envolve o Estado da pessoa, qualidades (cor, pele, nacionalidade etc.) Questões que envolvem o direito da família.
Ações que envolvem o direito de propriedade como a ação reivindicatória (art. 1228 caput). Como também a ação de usucapião.
- Autor Agnelo Amorim apresenta método técnico cientifico para definir se a pretensão é prescritível ou imprescritível. 
- Diz que se a ação for condenatória, a pretensão é prescritiva. Toda vez que conter uma condenação ela tem um prazo prescrito. Porém se a ação e a sentença forem declaratórias a pretensão é imprescritível, a qualquer momento pode ser exigida.
- Se a ação é constitutiva assim como a sentença a prescrição é imprescritível porém há prazos decadenciais. Toda vez que falta nesta ação estamos vendo um direito potestativo. Direito potestativo é o que tem um titular possível de intervenção em direito alheio.
EX: X firma com Y um negócio jurídico mas que tem um defeito, dolo, induzindo U a erro. Y tem um prazo para requerer a anulabilidade. Prazo decadencial de quatro anos.
DIFERENÇA ENTRE PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA, PREPUSÃO E PEREPSÃO.
PRESCRIÇÃO
Perda de uma pretensão a partir de um direito violado. Perde um direito indiretamente e diretamente a pretensão.
HIPOTESES LEGAIS QUE ENVOLVEM A PRESCRIÇÃO (ART. 190 A 196). 
O art. 190 do CC determina que a exceção prescreve no mesmo prazo da pretensão.
Há algumas questões que envolvem o direito civil que podem ser alegadas em defesa, como forma de exceção. 
Uma dessas formas é a compensação. Uma forma indireta de pagamento que extingue a obrigação.
EX: X deve para Y 100 mil reais porque assinou u ma nota promissória e deve este valor. Porem Y bate no imóvel de X e causa um dano que fica estimado em 100 mil reais. Um deve a outro 100 mil, são credores e devedores simultaneamente. 
Compensação então basicamente é quando um crédito compensa o outro e extingue as obrigações.
EX: X bate no veiculo de Y e causa um dano material no valor de 20 mil reais. Digamos que Y tenha três anos para ingressar com a pretensão. Y não ingressa com ação e sua pretensão fica prescrita. Ocorre que Y por esta circunstancia emite uma nota promissória para X no valor de 20 mil reais e X ingressa com ação de execução dessa nota dentro do prazo prescricional. Y vai tentar alegar que realmente deve 20 mil reais, porém que X também deve o valor de 20 mil reais. Porém ele não pode fazer isso porque a sua exceção já foi prescrita, passou o prazo de três anos.
Prazo prescricional que corre contra o interesse da parte e prazo prescricional que corre a favor do interesse da parte. 
EX: X bate no carro de Y causando um dano material para Y. Digamos que Y tenha três anos para propor a pretensão, exigir a reparação do dano. O prazo prescricional corre contra o interesse de Y, porque cada dia que passa é um dia a menos que Y tem para exigir a pretensão, tanto que se chagar ao final do prazo e não exigir, está prescrito o direito. Agora olhando sobre o ângulo de X, o prazo prescricional corre a favor de X, porque cada dia que passa é um dia a menos para Y ingressar com a pretensão e caso chega no fim do prazo, é prescrito o direito de Y e X não precisa pagar nada. 
No art. 191 possui três pontos que deve ser resaltados.
- A prescrição pode ser expressa ou tácita.
É expressa quando for escrita ou verbal. É tácita quando resultar de fatos que façam presumir que houve renuncia a prescrição.
EX: A prescrição já esta consumada, o devedor não PE obrigado a pagar a divida porem espontaneamente faz o pagamento, isso quer dizer que ele renunciou tacitamente a prescrição.
EX: X bateu no carro de Y e causou um dano material, Y tem o prazo de três anos para ingressar com a pretensão. Já correram dois anos, ai X e Y fazem um acordo e nesse acordo X diz que renuncia aos benefícios a prescrição. Essa renuncia não é valida porque a prescrição ainda não consumou, porque só fluíram dois anos do prazo, não chegou ao final do prazo de três anos. Após o prazo, X pode renunciar a prescrição, fazendo o pagamento devido.
Só pode isso se X for possivelmente capaz e esta renuncia não prejudicar terceiros.
EX: Corrido os três anos, o Y não cobrou a reparação do dano no valor de 20 mil reais. Porém há um credor de X, o W. X deve a W o valor de 20 mil reais. E passado os três anos, X renuncia a prescrição, paga a Y 20 mil reais. Neste caso ele estará prejudicando W, porque ao pagar Y, ele terá 20 mil reais a menos para pagar.
Não é valida a renuncia da prescrição enquanto ela não for consumada.
É valida e renuncia da prescrição quando ela já foi consumada, desde que feita por pessoa capaz e desde que a renuncia não prejudique interesses de terceiros.
O art. 192 diz que os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo entre as partes. Se o prazo for de três anos as partes não podem reduzi-lo a dois ou aumentar para quatro. Porque a prescrição envolve interesse público.
O art. 193 diz que a prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição pela parte interessada. Não tendo alegado em primeira instância, pode ser alegado em segunda instância. Porém há uma “terceira instância”, em Brasília, que se refere ao Supremo Tribunal Federal em que se propõem o recurso extraordinário quando há violação da Constituição, dispositivo constitucional. E ao Superior Tribunal de Justiça em que é possível a propositura do recurso especial quando há violação de lei Federal. Para estes órgãos, só é possível solicitar a prescrição se foi pré-questionado em instância anterior. Pré questionar é citar o fenômeno de prescrição em grau anterior.
O art. 194 foi revogado pela lei 11.280/06. Possibilitando o juiz a decretar de oficio a prescrição ouvindo a parte interessada. Se o juiz no andamento do processo entender que o processo está prescrito, ele pode de oficio alegar a prescrição do processo sem comparecimento das partes.
O art. 195 diz que os relativamente capazes e as pessoas jurídicas podem ingressar com ação em face de seu assistente ou representante respectivamente que deu causa a prescriçãoou que não a alegou oportunamente.
EX: X tem 17 anos de idade e vende um relógio a Y que efetua o pagamento por meio de um cheque, ocorre que o cheque não tem provimento de fundos. Pela lei do cheque, o assistente de X, seu pai W, deveria ingressar com ação de execução deste cheque no prazo de 6 meses e ele fica inerte durante estes 6 meses, não ingressa com a ação. Prescrevendo o direito de X, nesta hipótese o X pode ingressar com uma ação contra W pedindo uma reparação de danos, mesmo não completando 18 anos, sendo relativamente incapaz.
EX: X dirigindo seu veiculo perde a direção e acaba derrubando o muro da pessoa jurídica Y, causando um dano material. O representante da pessoa jurídica Y é W, inclusive é representante definido no contrato social, ele que deve representar a empresa judicialmente e extrajudicialmente. W deveria representando a empresa Y, exigir a reparação de danos no prazo de 3 anos, ele fica inerte e prescreve o direito de Y. Nesta hipótese Y pessoa jurídica poderá promover uma ação em face de W exigindo a reparação de danos. Neste caso um outro sócio representa a pessoa jurídica. 
O art. 196 determina que o prazo prescricional que corre contra uma pessoa continua a correr contra os seus sucessores. 
EX: X bateu no carro de Y causando dano. Y tem o prazo de três anos para exigir a reparação , já se passaram dois anos e Y não propôs a ação, em tese possui mais um ano para propor. Porém o Y morre e os seus sucessores Y’ e Y’’ terá este mesmo ano para propor a ação, caso não faça estará prescrito o direito.
CAUSAS QUE IMPEDEM E SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO (ART. 197 a 200 CC)
Depende do momento em que se alega para definir se a causa é impeditiva ou suspensiva.
Impeditiva é quando impossibilita a prescrição.
A primeira causa impeditiva ou suspensiva está no art. 197 e se refere a sociedade conjugal, estabelecimento do sociedade conjugal, essa sociedade pode resultar de casamento ou da união estável. 
EX: X e Y são casados a mais de 10 anos sob o regime da separação absoluta de bens. O que cada um possui lhes pertence com exclusividade. Cada um é proprietário de um carro importado, e X ao fazer uma manobra na garagem bate no carro de Y causando dano material, não corre o prazo prescricional de três anos para Y entrar com a ação porque aqui o casamento é uma causa impeditiva. Porém em caso de separação, começa a contar o prazo de três anos a partir da data de divórcio.
EX: X e Y são solteiros. X bate no carro de Y causando um dano material. Começa a fluir o prazo prescricional para Y exigir a ação a partir da data do acidente, porem depois de um ano do ocorrido, X e Y se casam, neste caso o casamento não impede o prazo prescricional, ele suspende o prazo. Ficam casados por três anos e se divorciam, corre novamente o prazo de onde parou de contar antes de se casarem.
A prescrição quando a clausula é suspensiva pode suspender mais de uma vez o prazo prescricional e o tempo que já passou é contabilizado na somatória geral da prescrição.
Porém quando a clausula é interruptiva (art. 202), interrompe a prescrição. O prazo que já fluiu não é contabilizado voltando a ser contado o prazo do zero a partir da causa que interrompeu a prescrição. E a prescrição só pode ser interrompida uma vez, seja qual for a causa.
A primeira causa que interrompe a prescrição é a que resulta do despacho do juiz ou da distribuição da ação do juízo que houver mais de uma vara, ainda que a citação não seja valida. 
EX: X bateu no carro de Y, isso aconteceu em Março de 2014. Em Março de 2015 Y entrou com ação de reparação de dano sendo distribuída a ação em uma das varas do fórum cíveis. Em junho de 2015 X é citado para apresentar sua defesa. Porém retroage para Março, quando foi interrompida a prescrição e então o juiz em Julho determina a extinção do processo sem julgamento de mérito. 
- CAUSAS SUSPENSIVAS QUE TAMBÉM SÃO IMPEDITIVAS. (ART. 197 A 200).
No art. 197 suspende também a prescrição a relação existente entre o ascendente e o descendente vigente o poder familiar. O pode familiar é muito mais um dever dos pais do que propriamente o modelo, o art. 1634 encontra-se o poder familiar que os pais tem em relação aos filhos. Este poder vigora entre o descendente e o ascendente até que o ascendente complete a maioridade civil. Durante este tempo fica suspenso o prazo prescricional 
Outra hipótese de causa suspensiva da prescrição esta no item três do art. 197 e se refere que vigente a curatela ou a tutela, fica suspenso a prescrição entre o curador e o curatelado e também o tutor e o pupilo ou tutelado. Fica suspenso pela questão da curatela e da tutela. 
Tutela é quando os pais morrem ou se retira o poder dos pais sob o menor.
O art. 198 aponta três causas que suspendem a prescrição. 
A primeira causa diz que não corre a prescrição contra o absolutamente incapaz. Só ocorre a favor.
EX: X tem 12 anos de idade e X é proprietário de um veiculo. O seu pai W está dirigindo um carro e causa um dano batendo no carro de Y. Y pode acionar o W. A prescrição vai correr favoravelmente a X, então neste caso mesmo sendo absolutamente incapaz a prescrição não é suspensa.
EX: X tem 12 anos de idade e é proprietário de um imóvel. Y dirigindo seu carro perde a direção e bate no imóvel causando danos materiais. O prazo prescricional vai correr contra o X, porque cada dia que não entrar com a ação é um dia a menos para exigir seu direito. Só vai começar a correr quando X completar 16 anos, neste período de 12 a 16 anos este prazo fica suspenso. 
A segunda hipótese do art. 198 refere-se ao trabalho, serviço publico prestado no exterior. Pode ser o serviço nas embaixadas, nos consulados, militares que estão em missão no exterior. Neste prazo em que ele fica fora o prazo prescricional fica suspenso. Caso passe um ano quando ele sair, o prazo volta a contar quando ele retorna do serviço já contabilizando o prazo que passou antes de ele ir exercer o trabalho.
A terceira hipótese que suspende a prescrição é a que servindo a pessoa as forças armadas e está participando de uma guerra, enquanto participar da guerra, o prazo prescricional fica suspenso.
- O art. 199 também aponta três hipóteses em que a prescrição fica suspensa. 
Primeira causa. Se pendente posição suspensiva. Condição é a ocorrência de um acontecimento futuro e incerto. Não se adquire direito nem em seu exercício se pendente condição.
Segunda causa. Se não ocorrer o prazo, a data para cumprimento da obrigação. Se existe um prazo, uma data que ainda não venceu para se cumprir uma obrigação, enquanto esta data não vencer, não flui o prazo prescricional.
Terceira causa. Se pendente ação de evicção. A evicção se encontra regulamentada nos art. 447 a 457 e também no CPC no art. 70 in. §3.
EX: X vende um imóvel para Y por meio de uma escritura publica de compra e venda devidamente registrada. Após 30 dias da transferência, W propõem uma ação reivindicatória em face de Y (art. 1228 caput). Arguindo que W é proprietário é proprietário do imóvel e não X que o alienou a Y, alegando inclusive que X na transferência feita a Y fez uso de uma falsa escritura de propriedade. Ou seja, X é o alienante, Y é o adquirente evicuo, e W é o terceiro evictor. Na ação proposta W é o autor, Y é o réu e X é o lides denunciado. Aqui acontece que Y quando é citado vai denunciar a lide com X, chamar X ao processo para X apresentar argumentos na defesa que favoreça Y, ou na hipótese de Y ser vencido, para que ele possa ingressar com os mesmos autos no processo uma ação regressiva contra X, requerendo perdas e danos. Enquanto a ação de W estiver vigorando, fica suspenso o prazo prescricional o prazo entre X e Y.
- O art. 200 apresenta a ultima hipótese de causa suspensiva da prescrição. Determina o prazo prescricional do juízo cível quando existir o fato que deva ser apurado em um juízo criminal ficando a prescrição suspensa até a sentença transitada em julgado do juízo criminal.
Quando há um fato no processo que deva ser apurado pelo juízo criminal, o prazo prescricional ficasuspenso na ação cível.
EX: X furta um veiculo e ao dirigi-lo bate no carro de Y causando danos matérias. Então a rigor o Y terá três anos para ingressar com ação reparatória, porém este prazo começa a fluir quando houver sentença do juízo criminal julgando X, estando ela transitada em julgado. 
- Art. 201 diz que quando a obrigação é solidária e divisível a prescrição que favorece o credor, não favorece os de mais. Porque a prescrição é pessoal. Outra conclusão é que quando a obrigação é solidária e indivisível, a prescrição que favorece a um credor alcança a todos os credores.
EX: X, Y e Z, emprestam 100 mil reais para W por meio de um contrato de mutuo, devendo W restituir a quantia emprestada no prazo de um ano, há no contrato uma clausula que determina que X e Y e Z, são credores solidários. SOLIDARIEDADE RESULTA DA VONTADE DAS PARTES DO CONTRATO. A rigor W poderia pagar o valor para um só, ou para dois para que eles se acertem. Porem passa um ano e W não paga ninguém, e do não pagamento começa a fluir o prazo prescricional de 10 anos, passado um ano deste prazo o X casa com W ficando suspensa a prescrição em relação a X mas não ficando suspensa em relação a Y e em relação a Z, porque aqui a obrigação é divisível, é o dinheiro. 
Mas se caso tivesse de devolver um toro, o que um objeto indivisível e o X depois de um ano casasse com W, ficaria suspenso o prazo prescricional para todos os credores.
A obrigação é solidaria ativa quando a pluralidade de credores ou quando é de pluralidade de devedores a solidariedade é passiva. A solidariedade existe por duas razões.
A solidariedade existe pode determinação legal e uma das razoes que determina a solidariedade é a lei. Ou a segunda razão que determina a solidariedade é a vontade das partes envolvidas em razão por exemplo do contrato. Não pode ser presumida, existe por um dos dois casos acima.
Obrigação divisível e indivisível. Divisível é o que pode ser fracionado em unidades menores, sendo que a unidade daí resultante mantém a essência do todo. Obrigação divisível é a que tem como objeto um bem divisível.
Já o bem indivisível é aquele que não pode ser fracionado em unidades menores em razão da sua própria natureza, em razão da vontade das partes ou em razão de uma determinação legal. 
EX: 100 mil reais, pode fracionar em mil notas de cem reais, as partes divididas continuam mantendo a essência do todo. Isto é um bem divisível.
Um bem indivisível é bens que não tem como ser dividido, como um cavalo, um boi, um relógio.
- CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO. (ART. 202). 
Lembrando que quando há uma causa que interrompe a prescrição, o prazo que já fluiu não é computado, ela é contada do zero, o prazo que passou é desprezado. 
Só pode ser interrompida uma vez.
- A primeira causa que interrompe a prescrição ocorre por meio de um despacho do juiz ou da distribuição da ação onde houver mais de uma vara, ainda que determinada, ainda que a citação não seja valida, determinado o juiz incompetente. 
- Outra causa é o protesto judicial. Protesto judicial é uma medida cautelar, que se protesta um titulo de crédito, uma interprelação de alguém.
- Terceira causa que interrompe a prescrição é o protesto cambial. Este protesto acontece dentro do cartório, é extrajudicial. 
EX: Emite o cheque e tem 6 meses para apresentar o cheque, se em 30 dias faz esta ação, o prazo prescricional é interrompido. 
- Quarta causa é a habilitação de um crédito pelo credor no processo de inventário ou num processo de falência, ou num processo de insolvência civil.
EX: Um comerciante não paga as dividas, vai lá o credor e pede a falência. Se decretada o juiz manda arrecadar os bens para constituir a massa falida, desta massa se retira os valores para pagar os credores. Assim que habilita o crédito, interrompe a prescrição.
- Quinta causa que interrompe é a pratica de um ato judicial, pratica de qualquer ato judicial, tem o condão de interromper a prescrição. 
- Sexta causa diz que interrompe também a prescrição o reconhecimento do direito por parte do devedor, por ato inequívoco ainda que extrajudicial. Ato inequívoco é o ato presumido que o devedor reconhece o direito.
- Art. 203 diz que a prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. 
Podem ser interessados o próprio titular do direito violado, o representante do titular do direito violado, terceiros interessados (o credor do titular do direito violado, etc.). Baste ter interesse jurídico para que possa interromper.
- Art. 204 tem quatro hipóteses que interrompem a prescrição. No caput tem um, no primeiro parágrafo outro, no segundo outro e no terceiro outro.
- No caput deste art. diz que a prescrição operada a favor de um credor não favorece os demais credores assim como a prescrição ocorrida contra um codevedor não prejudica o seu herdeiro e os demais codevedores.
EX: Aos credores. X, Y e Z são credores de W devedor. W deve para X 100 mil reais, deve para Y 60 mil reais e deve para Z 30 mil reais e W não pagou ninguém. Já faz um ano que esta correndo a prescrição. Então Z protesta um titulo de credito emitido por W, uma nota promissória emitida no valor de 30 mil reais. Em relação a Z vai iniciar uma nova contagem no prazo prescricional, porém X e Y continua a correr de onde estava correndo.
EX: Aos codevedores. X é credor de três codevedores,W, Y e Z. X protesta um titulo de crédito contra Y, para quem é credor no valor de 30 mil reais. X protesta um titulo em relação a Y. Então em relação a Y vai resultar o prazo prescricional. Porém em relação a W e Z, não vai alterar o prazo de prescrição, continua contando de onde está.
- O parágrafo primeiro diz que quando a obrigação é solidaria, a prescrição correr a favor de um credor, a todos os credores alcança, favorecendo a todos os credores, assim como a prescrição corrida a favor de um codevedor solidário, a todos os codevores alcança, favorecendo a todos os codevores. 
EX: X, Y e Z são credores solidários de uma divida que tem como devedor W. Empréstimo de 200 mil reais que não foi pago por W na data indicada sendo que já correu um ano de prescrição. Então X faz um protesto judicial da divida e interrompe a prescrição com o protesto (art. 202), esta interrupção que favorece a X, como é um credito solidário, favorece também a Y e a Z.
EX”: X é credor de uma divida de 200 mil reais que tem como devedores solidários Y, W e Z, a divida não foi paga faz um ano e X protesta judicialmente esta divida e este protesto é feito contra W, vai interromper a prescrição em relação a W, começa a contar o prazo de novo. Esta prescrição que favorece W, interrompe também em relação a Y e a Z.
- Parágrafo segundo diz que quando a obrigação é solidaria, solidariedade passiva e divisível a prescrição operada contra o herdeiro do codevedor não prejudica os demais herdeiros, e codevedores. Mas se a obrigação for solidaria e indivisível, a prescrição operada contra um herdeiro do codevedor alcança os demais herdeiros e codevedores.
EX X empresta para Y, W e Z a importância de 300 mil reais por meio de um contrato de mutuo, existindo um clausula no contrato que determina a solidariedade passiva entre os codevedores, o contrato tem como data inicial 15 de marco de 2014 e termo final a data 21 de dezembro de 2014. Primeiro de janeiro corre a prescrição, em maio de 2015 Y falece, deixando dois herdeiros Y’ e Y’’. Mesmo sendo divisível o bem ela não atinge a todos os herdeiros, apenas a quem for indicado a petição inicial. Porém se o bem for indivisível, a prescrição para todos os devedores.
- O parágrafo terceiro diz que a prescrição interrompida contra o devedor principal também é interrompida em relação ao fiador.
EX: Aqui se aplica o vocábulo romano “o acessório segue a sorte do principal”. X locador e Y locatário. Locação de imóvel urbano, a locação é o contrato principal. Para garantir esta locação, X credor firma com W fiador um contrato de fiança que tem Y como devedor afiançável. O contrato de fiança é um contrato acessório. Porque a locação existe independentedo contrato de fiança, enquanto o contrato de fiança só existe pro causa da locação. Se Y não pagar os alugueis para X, o W será responsabilizado. X cobra primeiro de Y, caso ele não pegue poderá cobrar de W. Digamos que Y não pague os aluguéis e X não cobrar os pagamentos destes alugueis, prescrevendo o seu direito. Se prescrever o direito de cobrar os alugueis de Y que é o contrato principal, prescrito também estará de cobrar de W, que é o fiador do contrato acessório.
Agora digamos que falta três meses para prescrever contra Y, o X entra com ação, que é distribuía em 3 meses, interrompendo a prescrição contra Y também interrompendo contra W que é o fiador do contrato acessório. 
OBS: PARA AS TRES HIPOTESES A PRESCRICAO SERA EM CAUSAS INTERRUPTIVAS.
DECADÊNCIA OU CADUCIDADE (ART. 207 A 211 CC)
É a perda de um direito pelo não exercício por parte do seu titular dentro de um prazo legal. Perde diretamente um direito por não exercício e indiretamente a perda da ação por não exigi-lo.
EX: X vende um imóvel a Y por R$ 500 mil a vista, sendo lavrado para tanto em escritura pública de compra e venda. Consta nesta escritura uma clausula de retrovendo (art. 505 a 508). A clausula diz que se X no prazo de um ano a contar do registro de transferência restituir a Y o preço recebido mais os custos de transferência, o imóvel retorna para X. Neste caso o prazo é decadencial. Seu direito não foi violado, pelo contrário, criou o direito de pagar o valor e deter o imóvel de volta. 
- Se o prazo encontra definido pelos art. 205 e 206 é prescricional. Mas se encontrar em outro dispositivo é decadencial.
- A prescrição sempre resulta de uma determinação normativa, sempre legal, da lei. A decadência pode resultar da lei, testamento ou de uma convenção, normalmente um contrato.
- O art. 211 do CC possibilita que a parte alegue a decadência convencional, resultante de uma convenção, um contrato, em qualquer grau de jurisdição, não podendo o juiz supri-la.
- O art. 210 permite que o juiz alegue a decadência de oficio desde que ela seja legal, a decadência legal pode ser declarada de oficio pelo juiz. 
- O art. 207 salvo disposição em sentido contrário a decadência não pode ser interrompida, suspensa ou impedida como pode ser a prescrição.
- Porém o art. 26 do CDC que foi instituído pela lei 8078/90. Este artigo trata da suspensão e interrupção da decadência. É uma exceção. 
- O art. 208 determina ou manda aplicar a decadência as regras aplicadas a prescrição contidas nos art. 195 e 198 §1. Estas duas regras aplicas a prescrição também são aplicáveis a decadência. 
- O art. 195 diz que o relativamente incapaz ou a pessoa jurídica pode propor uma ação contra o seu assistente ou represente que der causa a prescrição ou não evita-la. Der causa a decadência ou não evita-la.
- O art. 198 §1 diz que a prescrição não corre contra o absolutamente capaz.
- O art. 209 diz que é vedada a renuncia a decadência legal, é proibida a renuncia a decadência legal. Ao contrário pode se dizer que é possível a renuncia da decadência convencional.
CARACTERISTICAS DA DECADÊNCIA
- Perda do direito.
- Inércia do titular do direito, por tanto seu não exercício.
- Não exercício do direito em determinado prazo legal.
PRECLUSÃO
É a perda de uma faculdade processual em razão do titular não ter exercido dentro de um prazo ou de forma incompatível com os atos procedimentais.
EX: X bate no carro de Y. Y ingressa com ação de reparação. Juiz cita X e então abre um prazo para X contestar. 15 dias para defender. Porém defende no 16. Esta precluso seu direito.
PEREPSÃO (art. 268 CPC).
Perda da ação porque o autor da demanda deixa de dar andamento ao processo por 30 dias por 3 vezes.

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