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_Aula sobre divorcio 10.05.13 (1)

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Prof. Fábio Viana Oliveira
Apontamentos sobre Divórcio
estes apontamentos não dispensam o acadêmico da leitura de uma obra complementar.
DO DIVÓRCIO:
Histórico: 
Código Civil/1916. 
Previa hipóteses taxativas em que era cabível o desquite. 
O fundamento do pedido estava vinculado ao “princípio da culpa”, ou seja, na violação do dever conjugal. 
Não havia a possibilidade de por fim à sociedade conjugal com fundamento no “princípio da ruptura”, ou em causa objetiva, como o decurso do tempo da separação fática do casal.
A exceção era o desquite amigável, tendo como condição a existência de casamento há mais de 2 anos.
Não era previsto o divórcio. 
EC nº 9/77.
Indissolubilidade do vínculo foi afastada.
Em Dezembro do mesmo anoa Lei nº 6.515 regulamentou o dispositivo constitucional, permanecendo o desquite como separação judicial.
Introduziu-se o “princípio da ruptura” como causa de pedir e adotou-se a técnica das cláusulas gerais para a caracterização da culpa: conduta desonrosa e grave violação dos deveres do casamento, devendo resultarem na insuportabilidade da vida em comum.
As causas da separação judicial eram facultativas, devendo o intérprete verificar se ocorria ou não no caso concreto alguma dessas previsões.
Carta Constitucional de 1988.
Previu o Divórcio, nada versando acerca da separação judicial, inalterando o tratamento dado a essa pela Lei nº 6515/77.
É mantido o divórcio direto e o por conversão da separação judicial, sendo reduzido para 1 ano prazo deste.
Para o divórcio direto, não mais se exige a separação fática por mais de 5 anos, com início anterior a 28/06/77 (data da EC), passando o prazo para 2 anos, sem previsão do dies a quo.
Ademais, não era possível haver mais a discussão da culpa no divórcio.
Novo Código Civil de 2002.
Nenhum avanço significativo ocorreu, visto que se incorporaram princípios e regras já consagradas pela doutrina e jurisprudência.
Lei nº 11.441, de 04 de janeiro de 2007.
Divórcio Administrativo/Extrajudicial/Notarial/Por Escritura Púbica.
EC nº 66/10.
Extingue o instituto da separação.
Espécies de divórcio:
Divórcio Direto: 
Divórcio Direto Consensual:
Judicial.
Extrajudicial/Administrativo/Notarial. (requisitos: consenso, que não tenha filhos menores ou incapazes do casal).
Divórcio Direto Litigioso:
Judicial: calcado no princípio da ruptura.
Sanção: calcado no princípio da culpa.
Remédio: ocorre quando a doença mental grave é manifestada após o casamento, tornando insuportável a vida em comum.
Características do divórcio:
A ação de divórcio possui caráter pessoal. 
É extinta a ação se ocorrer a morte dos divorciandos.
Não é necessária a assistência do genitor se os divorciandos forem menor de idade, eis que o casamento é forma de emancipação.
O incapaz pode ser representado por seu curador, ascendente ou irmão em qualquer modalidade de separação ou divórcio. Se figurar no polo passivo da ação, somente por seu curador pode ser representado o cônjuge incapaz.
Efeitos do divórcio:
Há extinção definitiva do vínculo matrimonial, pondo fim aos deveres conjugais, exceto quanto aos filhos. 
Extingue também o regime matrimonial de bens.
Cessa o direito sucessório.
Não admite reconciliação do casal, salvo por novo casamento. 
Possibilita novo casamento aos divorciados, bem como a manutenção do nome de casados, salvo se decidido em contrário no divórcio.
Não rompe vínculos de afinidade em linha reta.
Só dissolve o casamento válido.
A cautelar de separação de corpos:
Não é obrigatória, mas gera efeitos: não comunicabilidade dos bens adquiridos após;
A separação de fato anterior não obsta o pedido;
Na separação de corpos não se questiona a causa da separação, apenas a insuportabilidade da vida em comum;
Pode ser pedida a qualquer momento; 
Não há manutenção do dever de fidelidade - para o entendimento majoritário.
Alimentos nas ações de divórcio:
Renuncia.
Indisponibilidade do NCC.
Partilha:
Não é obrigatória em qualquer das modalidades de divórcio, porém, enquanto não realizada, configura causa suspensiva do novo casamento. 
Isso pode ser superado, desde que autorizado judicialmente, provada a ausência de prejuízo.
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