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Trabalho Suzy 2º Semestre

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O livro Pinóquio as Avessas, aborda questões muito interessantes para que pais e educadores possam analisar e refletir por alguns momentos as diferentes metodologias de ensino de forma mais crítica e menos condicionada. 
Rubem Alves começa seu conto trazendo a tona à famosa história do boneco Pinóquio, que no enredo principal acredita-se que somente por meio da escola a criança se tornará “uma pessoa de verdade” conceito errôneo, que se espalha, pela sociedade, há anos, como podemos relacionar com a abordagem da escola tradicional. 
A história, portanto, se inicia com Felipe, personagem principal, que era muito alegre e curioso por vezes não se contentava em perguntar, mesmo porque na maioria das vezes, os adultos não tinham respostas para suas perguntas, e seu pai dizia que na escola Felipe aprenderia o que almejava.
Felipe começa a cultivar expectativas sobre a escola, crendo que lá ele aprenderia tudo sobre os pássaros e quem sabe futuramente poderia ser um cuidador de pássaros, a noite dormia feliz pensando: “ A escola deve ser um lugar maravilhoso! Lá os professores responderão minhas perguntas...”
Um dia o pai de Felipe lhe perguntou o que este queria ser quando crescer, e informou a ele que em breve o menino teria que frequentar a escola para adquirir os conhecimentos necessários para este ser alguém futuramente, porque na visão do pai de Felipe e de várias pessoas da sociedade nós somos a profissão que exercemos. Portanto o pai de Felipe explicou-lhe como funcionava a escola, tudo referente as notas que o filho precisaria tirar, que notas menores do que 5 o fariam repetir de ano, e que essas notas eram fornecidas á partir de conhecimentos adquiridos em aula e que estes eram constatados através das provas constituídas de perguntas sobre aquilo que lhe foi ensinado pelos professores. 
Felipe questionou, fazendo perguntas ao pai, “Quer dizer o que aprendi fora da escola não vale nada lá dentro? ”, “ Quer dizer que, se eu tiver nota 4, tenho que repetir o ano inteiro, mas se eu tirar 5 passo de ano.... Que diferença faz só um! ”, “ Mas papai, isso está certo? ”, o menino ficou pensativo e voltou a pensar sobre sua profissão, em seguida falou para o pai, “ Acho, que quando crescer, quero cuidar de pássaros, como são Francisco, cuidadores de pássaros ganham muito dinheiro? ” O pai sorriu e não disse mais nada, compreendeu que ele ainda era criança, ainda não havia aprendido as regras do mundo adulto, afinal não havia entrado na escola...
O livro dá destaque à forma como os pais dialogam com seus filhos a respeito da escola. Geralmente, os alunos, antes de a frenquentá-la, perguntam, para a mãe, ou para o pai, a finalidade de ir até lá, o que eles farão ali, quem será o responsável por eles, entre outras coisas. 
O autor aguça a atenção do leitor para o fato de muitos pais falarem para seus filhos, que na escola estes aprenderão tudo sobre a vida e sobre o que mais desejarem saber. Por tanto, a ilusão de que as professoras responderão todas as suas dúvidas, permanece, durante um longo período na cabeça das crianças. Na verdade, como demonstra Rubem no decorrer do livro, a escola leciona, somente, os conteúdos estabelecidos pelo ministério da educação. Assim, muitos alunos, que vivem em uma realidade social diversa ficam prejudicados. Além disso, muitos conceitos e dúvidas, que não se referem, diretamente, aos conteúdos pré-estabelecidos, não são trabalhados ou aproveitados pelos educadores.
Para exemplificar que algumas informações podem deteriorar o processo educativo, é mostrada a cena em que Felipe no seu segundo dia de aula pergunta à professora: "Por que temos que estudar dígrafos?". E a professora responde: “Isso vai cair no vestibular”. O menino, assim interpreta que todo conhecimento adquirido na escola serve, apenas, para passar no vestibular.
Dessa maneira todo ânimo de Felipe findou-se quando percebera que a escola não era para aprender curiosidades sobre a vida, e que quando almejava saber sobre determinados assuntos, não pertencentes ao contexto da aula era repreendidos pelos professores que comunicavam que aquele não era o momento para pensar sobre isso.
No começo, foi difícil sua adaptação aos sistemas educacionais, mas aos poucos ele foi minimizando suas curiosidades e passou a dar prioridade para as “regras” impostas pela sociedade, ou seja, estudou o que lhe disseram que era preciso, se formou, cursou uma universidade e adquiriu uma profissão�.
Em uma noite Felipe teve dois sonhos: um sonho feliz e um pesadelo. O sonho feliz foi quase uma repetição de uma história que seu pai havia lido para ele no livro Alice no País das Maravilhas. Era assim: Alice estava conversando com muitos bichos , haveria uma corrida da qual todos participariam, tendo como regra, marca o caminho da corrida, num tipo de círculo, não havendo importância para a forma exata, todos participantes eram colocados em lugares diferentes, ao longo do caminho, não tendo nada de “1,2,3 e já”, eles começam a correr quando têm vontade e param quando querem, assim então a corrida começou e depois que haviam corrido um certo tempo, um participante gritou dizendo que a corrida havia terminado, e disse que todos participantes ganharam e todos devem ganhar prêmios... Esse sonho de Felipe se parece muito com uma abordagem de ensino que é a Abordagem Humanista, na qual são visadas condições para que os alunos possam ser pessoas de iniciativa, com responsabilidade, autodeterminação e discernimento onde aprenderão em sala práticas que vão lhe servir para a lidar com a sociedade, solucionar seus problemas e a adaptar-sem mundo. 
Ao se tornar um frangologista rico e renomado, Felipe se dá conta de que tudo que lhe foi ensinado não o fez feliz de fato, e que havia perdido a direção de seus reais sonhos em meio aos preceitos impostos pela sociedade, que ao invés de fazer o que anseava foi cumprindo o que o mundo requeria. Já mais velho e com seu sonhos não realizados Felipe busca ajuda psicológica, para lembrar do nome do passáro que havia esquecido, depois de lembrar que este –felicidade- era o nome do passáro Felipe descansa feliz e deixa quem lê entender que este parte de sua vida, enfim feliz com o passarinho verde que come mamão.
Neste mesmo contexto o autor decide mostrar que o fato de pessoas estudarem em boas escolas, tirarem excelentes notas, e se tornarem profissionais bem sucedidos não significa que irão atingir a tão sonhada satisfação ou realização pessoal. Ou seja, somente o fato de frequentar a escola não é o suficiente para garantir um futuro feliz às crianças, conceito este que fica claro após as discussões abordadas em sala Pinóquio ás avessas serve para orientar o leitor do perigo de seguir um sistema engessado e regido por normas que não visam desenvolver o potencial do aluno unicamente e sim faze-lo aprender coisas que a sociedade requer e a seguir os valores que esta cultiva. Desta maneira desfocando o aluno do que ele realmente almeja seguir, assim formando uma sociedade padronizada onde pessoas muitas vezes são infelizes com sua vida e deixam de fazer o que querem para conseguir status e transparecerem ao mundo que são felizes mesmo não sendo.
�Mudei a ordem desses dois parágrafos pq o contexto e o entendimento ficam melhores assim

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