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Aula 1
Em outubro de 2012 uma mulher brasileira de 61 anos, casada com um homem de 55 anos, deu a luz a um casal de gêmeos em Santos (SP). A mulher desde 1992 era acompanhada pelo médico Orlando de Castro Neto e tentava engravidar sem sucesso. Inicialmente tentou engravidar pelos métodos naturais, mas não conseguiu. Após, foi submetida a duas tentativas de reprodução assistida que também restaram frustradas. Chateada, resolveu candidatar-se à adoção, mas foi rejeitada em razão da idade. Então, ainda em busca do sonho de ser mãe, passados dez anos, submeteu-se novamente a uma das técnicas de fertilização “in vitro” (utilizando embriões excedentes da primeira tentativa) que, desta vez, foi realizada com sucesso. 
Diante desta notícia e de tantas outras semelhantes no mundo, o Conselho Federal de Medicina decidiu rever a Resolução que tratava das técnicas de reprodução humana assistida em maio de 2013 publicou nova Resolução para tratar do assunto (nº. 2013/2013). Nesta resolução o CFM proíbe expressamente que médicos utilizem as técnicas de reprodução humana assistida em pacientes mulheres com mais de cinquenta anos. 
Pergunta-se: à luz dos princípios constitucionais, essa vedação é constitucional? 
A vedação do CFM é inconstitucional, de acordo com os Princípios da Dignidade da Pessoa Humana e da Paternidade Responsável, o planejamento Familiar é de livre decisão do casal, podendo decidir quando e quantos filhos pretendem ter conforme previsão do artigo 226 § 7º CFRB/88, além do princípio da não intervenção e da liberdade, conforme art 1.513, CC. A resolução do CFM não pode impedir em função da idade que médicos utilizem as técnicas de reprodução assistida em pacientes mulheres de mais de cinqüenta anos. Pelo Princípio da Isonomia conforme disposto no art 5º caput, I, homens e mulheres tem igualdade de direitos, se uma mulher de 20 anos pode ter filhos utilizando técnicas de reprodução assistida, a mulher de 61 anos do caso em tele também pode, não cabendo qualquer forma coerção desses direitos.
Aula 2
Camila quando completou 18 anos de idade, descobriu ser irmã de Gabriel, 16 anos, filho de um relacionamento extraconjugal de seu pai com Eleonor. Gabriel por diversas vezes tentou se aproximar de Camila, que se nega a manter qualquer contato com ele afirmando não ser ele seu parente, pois não possuem qualquer grau de parentesco entre si. Camila tem razão? Explique sua resposta.
Camila não tem razão.
De acordo com o código Civil está atitude é considerada discriminatória já que a legislação não prevê diferença nos direitos de filhos concebidos dentro ou fora do casamento. Pois há relação de parentesco entre Camila e Gabriel com consaguínidade na linha colateral em 2º grau (irmãos unilaterais, um aúnico ancestral em comum).
Aula 3
Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõe ao casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as obrigações matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitação para o casamento foram informados pelo oficial que seria necessário o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para os nubentes quais são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização.
O pressuposto para o casamento terá que preencher algumas exigências; alem do inserido no Art. 1517 CC, terá que ter aptidão física e intelectual c/c 1.550,I que acarretará a nulabilidade do casamento.
O argumento para permitir o casamento de menor de 16 anos conforme art 226, CFRB que visa proteger a unidade da família com o reconhecimento da sua existência. Também poderia ser suprido se Luana estivesse grávida.
Aula 4
Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por dois anos foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu tinha um relacionamento muito bom com João e, após superarmos a morte prematura da minha mãe acabamos descobrindo que tínhamos muita coisa em comum. Resultado, começamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação de anulação do casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo João e depois de tantos anos juntos não posso acreditar que nosso casamento esteja sendo questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Depois de tanto tempo já casados este pedido não estaria prescrito? Nunca tive nenhum um vínculo de parentesco com João, como esse fato pode estar sendo alegado? 
O MP tem legitimidade para propor essa ação conforme art. 1.549,CC.
Art. 1595 § 2º c/c 1.521 c/c 1.548, II, todos do CC. O caso de João, que é padrasto e ela enteada poisem linha reta sucessória é infinita e os laços de enteado não se rompem nem com divórcio e nem com a morte.
Nulidade não se submete a prazo.
Aula 5
Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns meses de namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela própria moça). Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando que o marido lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste mês que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com toda essa situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a moça tinha casado com ele única e exclusivamente por interesse econômico, tinha ela interesse (declarado) não só no dinheiro do marido, como principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor que era conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento, pode o agricultor pedir sua anulação? Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas e na resposta indique o prazo para a propositura da ação.
Sim, poderá o agricultor pedir anulação do casamento uma vez que ficou comprovado a má fé da esposa que só tinha interesses exclusivamente econômicos no casamento contraído levando-o ao erro em relação ao caráter dela e de suas verdadeiras intenções, tornando impossível o convívio depois que sua honra e boa fama foram fortemente violados com a conduta da sua esposa conforme disposto nos artigos 1,550, III, 1.556 e 1.557, I ambos do CC.
Erro essencial quanto a pessoa; não decaiu o prazo
Aula 6
Thiago e Deise se casaram em maio deste ano, mas no processo de habilitação esqueceram de informar que Thiago adotaria o sobrenome de Deise. Realizado e registrado o casamento Thiago ainda pode pedir a inclusão do sobrenome da esposa? Em caso afirmativo, como deveria ele proceder? 
Não obstante a regra prevista no art. 1.526, CC, ser clara, há exceções. Neste caso, poderá o interessado valer-se de ação judicial para retificação do nome, com a modificação ou acréscimo do patronímico do outro, não adotado anteriormente conforme disposto no art 109 da Lei 6.015/73 c/c 1.565 § 1º, CC.
Aula 7
Estou em processo de divórcio cumulado com partilha de bens e ao longo da ação descobri que meu marido vem utilizando a empresa do qual é sócio majoritário para ocultar bens que deveriam compor a meação. Fomos casados por dez anos no regime legal de bens (comunhão parcial) e já no primeiro ano de casamento ele constituiu a empresa e desde então todos os seus bens individuais foramconstantemente utilizados para, supostamente, integralizar o patrimônio da empresa. O que posso fazer para garantir a minha meação? 
Os bens individuais não integram a meação. No entanto, aqueles bens adquiridos por ambos o cônjuges colocados em nome da empresa que o marido é sócio majoritário contará como investimento feito por ambos os cônjuges, o que dará o direito à esposa da meação de quota parte do marido na proporção do investimento ou indenizaçãorelativa aos seus bens. 
Como foi violado o direito à meação, deverá ser feito a desconsideraçãoinversa da pessoa jurídica em função da fraude realizada pelo cônjuge, conforme disposto no art 50, CC.
Aula 8
Álvaro e Lia se casaram no dia 10.05.2011, sob o regime de comunhão parcial de bens. Após dois anos de união e sem filhos em comum, resolveram se divorciar. Na constância do casamento, o casal adquiriu um apartamento avaliado em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) onde residem. 
Considerando o caso narrado e as normas de direito, responda aos itens a seguir. 
a) Quais os requisitos legais para que Álvaro e Lia possam se divorciar administrativamente? Fundamente.
Os requisitos para a realização do divórcio administrativo são, conforme disposto no art 1.124-A e 1.124-A § 1º:
- consenso sobre todas as questões que envolvem o divórcio; 
- inexistência de filhos menores ou incapazes; 
- disposição na escritura pública sobre a partilha dos bens comuns, a pensão alimentícia, bem como a retomada do nome usado anteriormente ao advento do casamento; 
- lavratura da escritura pública por tabelião de notas; e
- assistência de advogado ou defensor público, nos termos do Art. 1124-A, caput e § 2º, ambos do Código de Processo Civil.
b) Considerando que Álvaro tenha adquirido um tapete persa TabrizMahi de lã e seda sobre algodão, avaliado em R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), mas não reste demonstrada a data em que Álvaro efetuou a referida compra, será presumido como adquirido na constância do casamento? Fundamente. 
Como Álvaro e Lia se casaram sob o regime de comunhão parcial de bens e não houve comprovação da data da aquisição do tapete persa (bem móvel), haverá presunção de que o bem foi adquirido na constância do casamento, nos termos do Art. 1.662, do CC.
Aula 9
Lucas e Juliana casaram-se no Brasil em 2010 e, logo após o casamento, Lucas recebeu irrecusável oferta de emprego que levou o casal a ir morar na Espanha. Passados três anos, o casal percebeu que entre eles não há mais amor e decidiram se divorciar. O casal não possui filhos e lhe pergunta: para se divorciarem precisam vir ao Brasil ou podem fazer o pedido na Espanha mesmo? Uma vez que o casal ainda não está separado de fato e que existem bens a partilhar, podem eles pedir o divórcio extrajudicialmente? 
Sim, o pedido será feito no Consulado Brasileiro. Em razão da EC 66 não é mais necessária a exigência de prazo, c\c 226, §6º da CF\88.
Uma vez que o casal ainda não está separado de fato e que existem bens a partilhar, podem eles pedir o divórcio extrajudicialmente? .
Como eles não tem filhos menores ou incapazes, mesmo que tenham bens a ser partilhados, eles poderão pedir o divórcio extrajudicialmente (art. 1124-A do CPC) no Consulado.
Aula 10
Lourdes foi casada com Vitor por dez anos, casamento que foi dissolvido em 2006 e do qual não resultou nenhum filho. Após o divórcio Lourdes descobriu-se apaixonada por Ricardo, seu ex-sogro. Após alguns meses de namoro foram morar juntos e nesse ‘status’ se mantiveram até 2013 quando Ricardo faleceu em um acidente de carro. Lourdes, superada a dor da perda, deu entrada no instituto previdenciário pleiteando a pensão deixada por Ricardo uma vez que viviam em união estável inclusive reconhecida por instrumento particular por eles firmado em 2009. No instituto previdenciário Ricardo já havia incluído Lourdes como sua única beneficiária. O instituto previdenciário negou o pagamento do benefício sustentando que entre eles havia concubinato e não união estável. A negativa do instituto está correta? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas.
Sim. art. 1521,II: relação de parentesco, art. 1595, §. 2º > união estável nula > art. 1727 (concubinato impuro), c/c 1723, §1º.; 1548,II
Aula 11
Dra. Ana Carolina, Jorge é meu enteado desde que tinha mais ou menos dois anos de idade. Sua mãe faleceu no parto e desde pequeno sempre cuidei dele como se fosse meu filho. Temos um relacionamento muito próximo e agora que ele já possui 19 anos gostaríamos de documentar nosso parentesco. Consultei outro advogado que disse-me que a única opção para reconhecê-lo como filho seria realizar a adoção, o que implicaria, automaticamente na retirada do nome da mãe biológica dele da certidão de nascimento. Mas não é isso que queremos. Quero ser reconhecida como a mãe afetiva de Jorge, sem que isso implique necessariamente a exclusão da mãe biológica em respeito à sua memória. Não há nenhuma outra alternativa para a nossa situação? O que você aconselharia à sua cliente? 
Alguns tribunais estão aceitando a coexistência da maternidade sócioafetiva com a maternidade biológica em situações como a narrada. De fato, a lei não prevê a possibilidade do vínculo pluri- ou multiparental, no entanto, o reconhecimento dos novos modelos familiares e a valorização dos vínculos afetivos permite sustentar a coexistência da maternidade biológica e sócioafetiva (art. 226, caput da CF/88). Princípio da desbiologização da filiação.
Aula 12
Leonardo e Paula tiveram um relacionamento amoroso passageiro. Em 2004 Paula, enquanto ainda mantinham encontros esporádicos, Paula descobriu estar grávida e comunicou Leonardo. Diante da fragilidade emocional de Paula, Leonardo resolveu ir morar com ela. Após o nascimento, convencido por Paula de que a criança era sua filha Leonardo realizou o registro declarando a paternidade. No entanto, passado um ano após o nascimento, Leonardo não aguentando os ataques de ciúmes de Paula, resolve sair de casa. Comunicada a decisão Paula afirma que a criança não era sua filha, mas sim, de outro homem com quem ela havia tido um único encontro. Leonardo, então, propôs em 2008 anulatória de declaração de paternidade produzindo como provas: a) a confissão da mãe; b) o fato de não ter nenhum vínculo afetivo com a criança desde 2005, quando saiu de casa; c) que foi emocionalmente coagido pela mãe da criança a reconhecer a paternidade. Requerido o exame de DNA confirmou-se que a criança não é filha de Leonardo. Pergunta-se: diante das provas produzidas a paternidade deve ser desconstituída? 
Apelação Cível 70041923061 do TJ-RS - O reconhecimento voluntário dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável (art. 1609, caput & 1610). A irrevogabilidade não decorre da vontade das partes, pois trata-se de um dos efeitos do reconhecimento de filhos oriundos da lei. Também não procede a alegação da confissão materna para excluir a paternidade (art. 1602). Prevalece a verdade sócioafetiva sobre a verdade biológica.
Aula 13
Luzia sempre desconfiou que seu neto Ricardo, fruto do casamento do seu filho Antônio com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as características físicas por ele exibidas. Vindo Antonio a falecer, Luzia pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato apresentado, responda aos seguintes itens.
a) Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação? 
Somente o pai tem legitimidade para ajuizar ação negatória de paternidade (art. 1601, caput e § único)
b) Caso Antonio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do processo, poderia Luzia prosseguir com a demanda? Qual o instituto processual aplicável ao caso? 
Sim, conforme § único do art. 1601, pois Luiza figura como herdeira legítima (art. 1829). Instituto processual: substituição processual.
Aula 14
Moema, brasileira, solteira, natural e residente em Fortaleza, no Ceará, maior e capaz, conheceu Tomás, brasileiro, solteiro, natural do Rio de Janeiro, também maior e capaz. Tomás era um próspero empresário que visitava o Cearásemanalmente para tratar de negócios, durante o ano de 2010. Desde então passaram a namorar e Moema passou a frequentar todos os lugares com Tomás que sempre a apresentou como sua namorada. Após algum tempo, Moema engravidou de Tomás. Este, ao receber a notícia, se recusou a reconhecer o filho, dizendo que o relacionamento estava acabado, que não queria ser pai naquele momento, razão pela qual não reconheceria a paternidade da criança e tampouco iria contribuir economicamente para o bom curso da gestação e subsistência da criança, que deveria ser criada por Moema sozinha. 
Moema ficou desesperada com a reação de Tomás, pois quando da descoberta da gravidez estava desempregada e sem condições de custear seu plano de saúde e todas as despesas da gestação que, conforme atestado por seu médico, era de risco. 
Como sua condição financeira também não permitia custear as despesas necessárias para a sobrevivência da futura criança, Moema decidiu procurar orientação jurídica. É certo que as fotografias, declarações de amigos e alguns documentos fornecidos por Moema conferiam indícios suficientes da paternidade de Tomás. 
Diante desses fatos, e cabendo a você pleitear em juízo a tutela dos interesses de Moema como poderia ela garantir condições financeiras de levar a termo sua gravidez e de assegurar que a futura criança, ao nascer, tenha condições de sobrevida? Justifique (em no máximo dez linhas) sua resposta e nela destaque o que aconteceria com eventuais alimentos pagos se após o nascimento, feito o exame de DNA, restasse consta que Tomás não é o pai da criança.
São devidos alimentos gravídicos (Lei 11.804\08), cuja ação deve ser proposta por Moema que é a gestante. Pode pleitear alimentos provisionais, porque não há prova pré-constituída da paternidade. Tomás não poderá pleitear os alimentos anteriormente pagos, se negativo o DNA, haja vista o princípio da irrepetibilidade, exceto em caso de má-fé (tema controvertido, há divergência em caso de ação de danos morais).
Aula 15
Dr. André, tenho um débito com um banco resultante de utilização do limite da conta corrente. Não consegui saldar essas dívidas e agora no processo de execução fui informado que o Banco requereu a penhora do imóvel em que residem minha ex-esposa com meus filhos de 12 e 14 anos. O imóvel é de minha propriedade exclusiva, mas há mais de cinco anos é utilizado para residência de meus filhos. Vivo em outro imóvel, também de minha propriedade, no qual mantenho minha nova família.
Em se tratando de bem de família voluntário poderá ser escolhido mais de um imóvel residencial, definido como bem de família voluntário (art. 1711), desde que não ultrapasse o equivalente a 1/3 do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição. Na hipótese de se tratar de bem de família legal, a impenhorabilidade incidiria sobre o imóvel de menor valor (art. 5º, caput & § único da Lei 8009/90); porém, pelo fato de ambos serem utilizados por pessoas distintas da família do devedor, incide a impenhorabilidade sobre ambos

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