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Transferência de energia no corpo humano 
 
O corpo humano precisa receber um suprimento contínuo de energia para poder realizar suas 
funções. A energia derivada da oxidação do alimento não é liberada subitamente ao ser 
alcançada uma determinada temperatura, pois as células do organismo, diferentemente de um 
motor de combustão, não conseguem utilizar a energia térmica. 
Esse processo de extração lenta reduz a perda de energia na forma de 
calor e proporciona uma eficiência muito maior nas transformações energéticas. 
Essas transformações permitem ao corpo utilizar diretamente a energia química 
para a realização do trabalho biológico. Em um certo sentido, a energia é 
fornecida às células à medida que torna necessária. 
 
1. ATP – Adenosina trifosfato 
 
A energia presente nos alimentos não é transferida diretamente às 
células para realização de trabalho biológico. Em vez disso, essa energia dos 
nutrientes liberada através da oxidação é recolhida e conduzida como uma forma 
acessível de energia química através do composto rico em energia ATP 
(adenosina trifosfato). A energia potencial dentro da molécula de ATP é utilizada 
para todos os processos da célula que necessitam de energia. 
As duas principais atividades transformadoras de energia na célula são: 
9 Formação do ATP rico em energia a partir da energia potencial existente 
no alimento; 
9 Uso da energia química presente no ATP para trabalho biológico. 
A energia liberada durante o fracionamento de ATP é transferida diretamente para 
outras moléculas que necessitam de energia. Poe exemplo, no músculo, essa energia 
química ativa locais específicos ao longo dos elementos contráteis, acarretando o 
encurtamento da fibra muscular. Como a energia aproveitada do ATP aciona todas as 
formas de trabalho biológico, o ATP foi considerado uma “moeda corrente da 
energia” da célula. 
 
2. Fosfato de creatina: reservatório de energia 
 
Como uma pequena quantidade de ATP é armazenada na célula e não pode 
ser fornecida através do sangue ou através de outros tecidos, essa substância 
deverá ser ressintetizada continuamente no mesmo ritmo que é utilizada. 
Como o ATP é mantido apenas em pequenas quantidades, sua concentração 
relativa é alterada rapidamente com qualquer aumento do metabolismo 
energético. Esta mudança estimula imediatamente a decomposição dos nutrientes 
armazenados para fornecer energia para a ressíntese de ATP. 
Apesar de as principais fontes de energia química para a ressíntese do 
ATP serem as gorduras e os carboidratos, parte da energia da ressíntese do ATP 
é gerado rapidamente e sem oxigênio a partir de outro composto fosfato rico em 
 
 
 
energia denominado fosfato de creatina, ou CP. A transferência de energia de 
CP é essencial durante as transições de uma baixa para uma alta demanda de 
energia, como ocorre no início de um exercício, quando as necessidades de 
energia ultrapassam a quantidade armazenada pelos macronutrientes. A 
concentração de CP na célula é cerca de quatro a seis vezes maior que aquela de 
ATP. Assim sendo, CP é considerado o “reservatório” de fosfato de alta energia. 
Ilustração simplificada da estrutura do ATP, que é moeda corrente energética que aciona todas as 
formas de trabalho biológico. O símbolo ~ significa ligações de alta energia. 
 
3. Oxidação celular 
 
Átomos de hidrogênio são arrancados continuamente dos substratos de glicídios, 
lipídios e proteínas durante o metabolismo energético. Moléculas carregadoras dentro das 
mitocôndrias, que representam as “usinas químicas” da célula, removem os elétrons desses 
átomos de hidrogênio e os transferem para oxigênio molecular. Para completar o processo, o 
oxigênio aceita também hidrogênio para formar água. Grande parte da energia gerada na 
oxidação celular é aprisionada ou conservada como energia química na forma de ATP. 
A energia é extraída do alimento em uma série de pequenas etapas envolvendo a 
transferência de elétrons de moléculas doadoras para moléculas aceitadoras. Esse processo, 
conhecido como oxidação-redução, é fundamental para a dinâmica energética celular. Durante 
a oxidação celular, os átomos de hidrogênio não são simplesmente despejados no líquido 
celular, pelo contrário, a liberação de hidrogênio pelo substrato nutriente é catalisada ao longo 
da superfície interna da mitocôndria por enzimas desidrogenases altamente específicas. 
Durante o metabolismo energético, o oxigênio funciona como o aceitador de elétrons 
na cadeia respiratória e combina-se com o hidrogênio para formar água. 
 
 
 
 
4. Liberação de energia pelos carboidratos 
A função primária dos carboidratos consiste em fornecer energia para o trabalho 
celular. Os carboidratos são os únicos macronutrientes cuja energia armazenada pode ser 
usada para gerar ATP. 
Essa capacidade é importante durante o exercício vigoroso e requer a liberação rápida 
de energia acima dos níveis que podem ser atendidos pelas reações metabólicas. Nesse caso, o 
glicogênio acumulado e a glicose sanguínea terão que fornecer a maior parte da energia para a 
ressíntese de ATP. 
 
5. A glicólise gera energia a partir da glicose 
Quando a molécula de glicose penetra na célula para ser utilizada como energia, sofre 
uma série de reações químicas denominadas glicólise. Essas reações ocorrem no meio aquoso 
da célula fora da mitocôndria. Em termos de seqüência evolucionária, a glicólise representa 
uma forma mais primitiva de transferência de energia que se encontra bem desenvolvida nos 
anfíbio, répteis e mamíferos que mergulham. 
Na primeira reação ATP age como doador de fosfato para fosforilar a glicose e 
transformá-la e glicose 6-fosfato. Essa reação “aprisiona” a molécula de glicose na maioria 
das células, que são as hepáticas, pois contêm a enzima fosfatase, que retira o fosfato de 
 
 
 
glicose 6-fosfato, fazendo com que a glicose possa deixar a célula para ser transportada por 
todo o corpo, assim se polimeriza com outras moléculas de glicose formando o glicogênio que 
é uma fonte de glicose para a obtenção de energia. 
6. Liberação de energia pela gordura 
A gordura armazenada representa a mais abundante fonte corporal de energia 
potencial. Em relação aos outros nutrientes, a quantidade de gordura disponível para produção 
de energia é quase ilimitada. 
O fornecedor mais ativo de moléculas de ácidos graxos é o tecido adiposo, apesar de 
existir alguma gordura armazenada em todas as células. Os adipócitos, ou células gordurosas 
são especializadas para sintetizar e armazenar os triglicerídios, cujas gotículas ocupam até 
95% do volume da célula. Depois que os ácidos graxos se difundem do adipócito para a 
corrente sangüínea, fixam-se na albumina plasmática como ácidos graxos livres, AGLs. Estes 
são levados a seguir para tecidos ativos e são metabolizados para a obtenção de energia. A 
utilização de gordura como substância energética varia intimamente com o fluxo sangüíneo 
no tecido ativo. Com o aumento do fluxo sangüíneo, mais AGLs são levados do tecido 
adiposo para o músculo ativo; conseqüentemente, maiores quantidades desses nutrientes são 
usados para obtenção de energia. 
 
 
 
 
 
	Transferência de energia no corpo humano
	ATP – Adenosina trifosfato

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