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Aula 1 Dimensões históricas do futebol Olá, estudante! O futebol, mesmo com origens na Inglaterra, tornou-se uma paixão nacional, transcendendo as linhas do campo e inserindo-se na nossa cultura. introdução Olá, estudante! O futebol, mesmo com origens na Inglaterra, tornou-se uma paixão nacional, transcendendo as linhas do campo e inserindo-se na nossa cultura. Com influência global, o futebol é uma prática esportiva e faz parte de tradições, valores e economia de uma sociedade. Considerando, assim, a importância do futebol na sociedade brasileira, torna-se importante que o futuro profissional de Educação Física conheça as regras e técnicas do jogo assim como sua história e seu contexto atual. Nesta aula, exploraremos a história fascinante da origem do futebol e sua vinda ao Brasil, tal como suas complexas regras, descobrindo como esses elementos se integram na rotina do profissional de Educação Física. Vamos explorar o universo rico dessa modalidade esportiva, que vai além do campo de jogo. Futebol: da Inglaterra ao Brasil Os primeiros relatos do surgimento do futebol na história se estendem por séculos passando por diversas culturas. Os chineses praticavam um jogo chamado cuju, e antes disso os gregos jogavam o episkuros e os romanos o jogo harpastum. O futebol moderno teve sua estrutura no século XIX na Inglaterra, onde era praticado nas escolas, com regras variadas. Contudo, foi nas universidades como Cambridge e Oxford, que o jogo se tornou organizado e com delimitações de um campo retangular. O famoso "Código Cambridge", criado em 1848, auxiliou na regularização das regras da modalidade (ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA, 1987; WITTER, 1990). Com a popularidade, o futebol começou a ser praticado pelas classes trabalhadoras em clubes de diversas cidades. A fundação da Football Association, em 1863, foi um marco para o futebol, pois passou a unificar e oficializar as regras. A primeira partida oficial de futebol foi entre a Inglaterra e Escócia, em 1872, solidificando o status do esporte. Logo, o jogo dissseminou-se pelo mundo (ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA, 1987; REIS; ESCHER, 2005). Em 1904, foi fundada, na França, a primeira federação internacional de futebol, popularmente chamada FIFA, com a participação das federações da Bélgica, Suíça, Suécia, Espanha, Holanda e Dinamarca. A primeira partida a nível internacional foi entre Bélgica e França (TOMLINSON, 2000). No Brasil, os registros da chegada do futebol datam do final do século XIX, quando um jovem brasileiro de ascendência inglesa chamado Charles Miller trouxe uma bola e as regras da modalidade ao retornar de seus estudos na Inglaterra em 1894. Sua paixão pelo esporte se espalhou entre a elite local de São Paulo, difundindo a prática da modalidade. Em 1895, Charles organizou o primeiro jogo de futebol em terras brasileiras, entre os funcionários da Companhia de Gás São Paulo Railway e a sua própria equipe. O evento sinalizou o início do futebol organizado no Brasil, estimulando o surgimento de clubes de futebol como o São Paulo Athletic Club (SPAC), fundado em 1902. Ademais, a formação da Liga Paulista de Fotball, em 1901, provocou a criação de associações esportivas, aumentando a popularidade do futebol no Brasil (MILLS, 2014; WITTER, 1990). Atualmente, a literatura reconhece Charles Miller como o pioneiro do futebol no Brasil, e seus eventos são considerados transformadores no cenário esportivo, tornando-se parte da identidade e cultura do país, desencadeando a paixão pelo esporte que perdura até hoje. O futebol, de maneira geral, consiste em um jogo de invasão, praticado entre dois times com regras essenciais para garantir sua dinâmica. O jogo é dividido em dois tempos de 45 minutos, com intervalo, e com a possibilidade de tempo adicional. Cada equipe é composta por 11 jogadores, incluindo o goleiro, com objetivo de marcar gols na linha de gol do adversário. A regra fundamental proíbe que os jogadores toquem a bola com as mãos ou os braços, com exceção do goleiro. As regras são empregadas pelo árbitro responsável, com seus assistentes. Faltas são sancionadas de acordo com a gravidade interpretada pelo árbitro, com tiros livres, pênaltis, adversão ou expulsão por conduta antidesportiva. E a complexa regra tática de impedimento, quando um jogador se localiza em posição irregular em relação a linha do gol adversário no momento que a bola é passada para este (BARBIERI et al., 2009; DUARTE,1994). Essas regras tornam o futebol um esporte altamente competitivo e fascinante. O crescimento do futebol e a tecnologia Atualmente, o futebol continua popular na Inglaterra e contém uma das maiores competições no cenário esportivo mundial, a Premier League. A liga é composta por 20 clubes de elite, atraindo alguns dos melhores jogadores e treinadores do mundo, sendo seus jogos transmitidos para grandes audiências, tornando-se uma das competições mais assistidas internacionalmente. No contexto Europeu, a Liga dos Campeões da UEFA e a Liga Europa da UEFA, são competições que agregam os melhores times da Europa, elevando o nível e proporcionando emocionantes jogos para os amantes do esporte (TheFA, 2023; UEFA, 2023). Entretanto, é no Brasil que o futebol apresenta seu maior impacto, considerado por muitos o país do futebol e o celeiro de talentos. A sua popularidade é refletida pelos incontáveis torneios oficiais e amadores espalhados por todo o país, desde campeonatos estaduais aos regionais. O Campeonato Brasileiro de Futebol (Brasileirão) é o mais proeminente, reunindo clubes de elite de várias divisões, de acordo com a Tabela de Campeonatos (GLOBO, 2023). O Brasil igualmente valoriza a formação de jovens talentos através de escolinhas de futebol e por meio de organizações não governamentais (ONGs), como a “Fundação Gol de Letra”, que proporciona oportunidades a crianças carentes, identificando futuros "craques". Adicionalmente, o país possui Lei de Incentivo ao Esporte, uma política governamental que proporciona incentivos fiscais a empresas que apoiam projetos esportivos, incluindo a formação de jovens talentos (BRASIL, 2023). Destaca-se que o futebol está passando por uma transformação notável em relação à promoção da participação meninas e mulheres, incluindo o aumento do investimento em campeonatos, desenvolvimento de talentos e iniciativas de base para jovens jogadoras (TheFA, 2023). A Copa do Mundo Feminina (Figura 1), promovida pela FIFA vem ganhando destaque global, inspirando atletas e aumentando a audiência nas transmissões dos jogos (FIFA, 2023). Figura 1 | Copa do Mundo Feminina Fonte: Máquina do esporte. Como vimos, o futebol está em constante crescimento e desenvolvimento, impactando também nas regras de jogo. A tecnologia desempenha um papel fundamental nessa transformação. Um exemplo é a adoção do VAR (Video Assistant Referee) nas decisões tomadas em campo, permitindo ao árbitro uma maior precisão na tomada de decisão em lances como faltas e impedimentos. A introdução da regra da "bola na mão" foi criada para evitar penalidades injustas e para manter o ritmo acelerado do jogo (TheIFAB, 2023). As mudanças nas regras combinadas com a aplicação de tecnologia, estão moldando o futuro do futebol, com o objetivo de tornar o jogo mais atraente e empolgante para jogadores e espectadores. Por fim, destacamos que a tecnologia está transformando igualmente a maneira como os atletas são treinados, visando otimizar cada vez mais o seu desempenho. O uso de dispositivos como GPS (Global Positioning System) e aplicativos de rastreamento permite que os treinadores coletem dados precisos sobre a condição física e o movimento dos seus atletas, possibilitando a individualização dos treinamentos, com foco na melhoria e prevenção de lesões (EHRMANN et al., 2016; ALMULLA et al., 2020). Essa abordagem orientada pela tecnologia está redefinindo os limites do desempenho esportivo e garantindo que o futebol continue evoluindo.Em síntese, o profundo entendimento dos fundamentos, posições e sistemas do basquete possui aplicações práticas de suma importância no aprimoramento do desempenho dos jogadores e na qualidade do ensino esportivo. O profissional de Educação Física que incorpora essa sabedoria em suas práticas contribui de forma substancial para o crescimento e o êxito da equipe, capacitando os jogadores a atingir todo o seu potencial. O basquete transcende o simples ato de arremessar uma bola em uma cesta, tornando-se um verdadeiro campo de batalha estratégica onde o conhecimento é o verdadeiro alicerce do sucesso. Vídeo Resumo Olá, estudante! Neste vídeo resumo, veremos os fundamentos do basquete até os sistemas táticos de jogo. Iremos rever como podemos posicionar os jogadores de acordo com sua função na quadra de basquete e como podemos estruturar os sistemas de jogo. Saiba mais Para os estudantes e entusiastas do basquete, uma excelente maneira de aprofundar o conhecimento sobre a modalidade é visitar o site da Liga Nacional de Basquete (LNB). Nesse portal, você terá acesso a informações detalhadas sobre as melhores equipes de basquete brasileiro, os jogadores mais destacados e estatísticas atualizadas. Além disso, vale a pena conferir o podcast disponível, que oferece discussões envolventes sobre diversos aspectos do basquete, desde análises de partidas até as estratégias táticas. Esse recurso é uma fonte valiosa de informações para os apaixonados por basquete que desejam se manter atualizados e engajados com o cenário esportivo brasileiro. Aula 3 Dimensões históricas do handebol Olá, estudante! Originado na Alemanha no século XIX, o handebol conquistou o mundo e é praticado globalmente. introdução Olá, estudante! Originado na Alemanha no século XIX, o handebol conquistou o mundo e é praticado globalmente. Desde sua criação, o handebol passou por diversas adaptações, evoluindo da grama para as quadras. Nesta Aula, veremos a jornada do handebol, desde suas raízes https://lnb.com.br/ https://lnb.com.br/ até sua chegada ao Brasil. Além disso, vamos desvendar as complexas regras que regem esse jogo dinâmico e emocionante. Teremos oportunidade de entender como esses elementos se entrelaçam na rotina do profissional de Educação Física, contribuindo para a formação de atletas e entusiastas. Vamos lá? Handebol: origem, desenvolvimento no Brasil e regras fundamentais O handebol é um esporte coletivo de invasão, amplamente praticado e admirado em todo o mundo devido a sua dinâmica e estratégia, mas a sua evolução histórica e normas fundamentais frequentemente passam despercebidas em comparação a esportes mais populares. Os primórdios do handebol, em sua forma rudimentar, remontam à antiguidade, com práticas semelhantes identificadas em civilizações como a Grécia Antiga, onde uma bola era lançada em direção a um alvo. Durante a Idade Média, os jogos de bola com a mão continuaram a ser praticados principalmente nas cortes, e foram batizados pelos trovadores como “os primeiros Jogos de Verão” (FPA, 2023). Versões semelhantes ao jogo do handebol eram praticados na Europa, em países como a antiga Checoslováquia, Bélgica e em Portugal. No entanto, a versão moderna do handebol que conhecemos hoje tem suas raízes na Alemanha e Suécia no século XIX. A história oficial do handebol apresenta variadas versões. No final do século 19 na Alemanha, jogava-se o handebol de campo, uma versão com 11 jogadores em campo ao ar livre. O esporte era uma adaptação do futebol, porém jogado com as mãos, na época com o nome de "torball". Em 1910, na Suécia, G. Wallström levou o jogo para o salão (quadra), por conta do inverno rigoroso (OLYMPICS, 2023). Em 1919, na Alemanha, durante a Primeira Guerra Mundial, o professor Educação Física Karl Schelenz reformulou o "torball" para "handball", escrevendo as primeiras regras publicadas pela Federação Alemã de Ginástica, para o jogo com 11 jogadores (FPA, 2023; FPH, 2023). Com o tempo, o handebol foi espalhado a nível mundial, com diversas variações. Na Suécia e Dinamarca, a prática ao ar livre foi substituída por salas fechadas, passando de 11 para sete jogadores, a fim de criar uma melhor dinâmica de jogo. Devido a popularidade, a modalidade do handebol foi apresentada como esporte de exibição nas Olimpíadas de Berlim em 1936. Em 1946, a Federação Internacional de Handebol (IHF) foi fundada, consolidando o esporte em escala global (FPA, 2023; FPH, 2023, NUNES et al., 2017). No Brasil, o handebol teve uma introdução discreta, possivelmente no final da década de 1930 por imigrantes alemães e dinamarqueses, embora sua popularidade só tenha se consolidado nas décadas de 1940 e 1950. Em 1940 foi fundada a Federação Paulista, realizando competições oficiais da modalidade. Um marco para o handebol, em 1952, foi o Curso Internacional de Formação e Aperfeiçoamento de professores de Educação Física, ministrado pelo professor francês Auguste Listello, que resultou na prática do handebol para as escolas (CPH, 2023; NUNES et al., 2017). A fundação da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) ocorreu em junho de 1979 (COB, 2023). Com o avançar do tempo e com a prática sistemática da modalidade, as equipes brasileiras de handebol, tanto masculinas quanto femininas começaram a competir em nível internacional, alcançando importantes conquistas e projetando o país no cenário mundial. Atualmente, o handebol é um esporte de equipe praticado em uma quadra retangular dividida em duas metades, no qual o objetivo é marcar gols na meta adversária. Cada equipe é composta por sete jogadores de linha e um goleiro, com o jogo dividido em dois tempos de 30 minutos, separados por um intervalo de 10 minutos. O mundo do Handebol: crescimento e evolução O handebol vem ganhando destaque no cenário esportivo mundial devido a sua combinação de velocidade, habilidade e trabalho em equipe, tornando-o uma opção atraente para os amantes do esporte em todo o mundo. O handebol moderno se consolidou como um esporte de alta intensidade e emocionante para os espectadores. Os jogos são marcados por velocidade, agilidade e precisão, criando um espetáculo envolvente. O crescimento da popularidade do handebol é evidenciado pela crescente base de fãs em todo o mundo, atraindo multidões para os estádios e cativando espectadores. Os eventos de prestígio da modalidade são o Campeonato Mundial de Handebol, o Campeonato Europeu e os Jogos Olímpicos. Uma evolução do handebol tradicional é o handebol de praia (Beach Handball). Essa variação se desenvolveu como uma adaptação para locais com praias e se tornou popular em muitos países costeiros. As regras do handebol de praia são semelhantes às do handebol tradicional, mas o jogo é jogado em uma quadra de areia com equipes variando entre seis a dez jogadores. Em 2000, o handebol de praia se tornou uma modalidade oficial pela Federação Europeia de Handebol (EHF), e o primeiro Campeonato Europeu foi sediado naquele mesmo ano em Gaeta, Itália. Em 2004, o primeiro Campeonato Mundial de Handebol de Praia foi disputado no Egito, e o primeiro Campeonato Mundial Sub-17 da IHF foi jogado nas Ilhas Maurício em 2017, com a Espanha vencendo o evento masculino e a Hungria o campeonato feminino (OLYMPICS, 2023). O handebol de praia é conhecido por seu caráter descontraído, sendo jogados em quadras artificiais de areia ou em sua grande maioria em ambientes de praia. O Campeonato Mundial de Handebol de Praia atrai equipes de todo o mundo e celebram a combinação única de esporte e lazer. Figura 1 | Handebal de praia Fonte: Inside the games (2022). O handebol ganhou espaço no Brasil ao longo dos anos. Um dos marcos mais significativos para o handebol no Brasil foi a conquista da medalha de ouro no handebol feminino nos Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, México, quando a seleção brasileira demonstrou talento e determinação, conquistando a primeiramedalha de ouro do país na modalidade (COB, 2011). O handebol de praia também apresenta grande popularidade no Brasil, com eventos como o Campeonato Brasileiro de Handebol de Areia, atraindo atletas e fãs de todo o país, consolidando a popularidade dessa variante. Um ponto que merece destaque é a mulher no handebol. O Comitê Brasileiro de handebol com o objetivo de incentivar a participação feminina na modalidade criou em 2021 um Comitê de Políticas para as Mulheres (CPMHb). O objetivo fundamental do comitê é oferecer uma perspectiva única sobre o valor da presença da mulher no mundo esportivo, enquanto também desempenha um papel significativo no avanço do handebol feminino em nossa nação. Isto envolve o empoderamento das atletas femininas e a promoção da sua participação em funções de coordenação e gestão (CBHb, 2023). O profissional de educação física e o conhecimento do handebol Para compreender a importância do profissional de Educação Física no handebol, é fundamental reconhecer a necessidade do conhecimento das regras e dinâmica deste esporte. O entendimento das principais diretrizes da modalidade e sua evolução histórica é importante para o ensino do esporte e o crescimento da modalidade no Brasil. O handebol de quadra, como esporte de equipe, envolve uma série de regras essenciais que os profissionais de Educação Física devem dominar. O objetivo do jogo é simples: marcar gols lançando a bola com as mãos na baliza adversária, enquanto a equipe adversária tentará impedir. Cada equipe é composta por um goleiro e seis jogadores de quadra em campo. Sobre estas regras: A quadra de jogo: tem dimensões precisas, com 40 metros de comprimento e 20 metros de largura. Ela abriga duas áreas de gol e uma área de jogo. A área do gol, situada entre a linha de fundo e a linha de 6 metros é de acesso restrito, permitindo apenas a presença do goleiro. Invadir essa área resulta em penalizações, como um tiro livre para a equipe adversária. Importante notar que a invasão após o lançamento da bola é permitida, mas sob controle. O jogo: é geralmente dividido em dois tempos de 30 minutos, com um intervalo de 10 a 15 minutos entre eles. Durante o jogo, os jogadores têm limitações quanto aos passes e arremessos, com a regra dos três passos antes do arremesso, ou a alternativa de quicar a bola no chão enquanto se movimentam. A equipe com a posse de bola tem um tempo limitado de 30 segundos para realizar um ataque e tentar marcar um gol. O contato físico é uma parte intrínseca do handebol, mas deve ser executado de forma controlada e não pode causar lesões. Portanto, é vital que os profissionais de Educação Física ensinem aos praticantes ou atletas a importância de manter o jogo seguro e respeitar as regras. (FPH, 2016). Figura 2 | Dimensões da quadra oficial de handebol. Fonte: Fphand. A estratégia desempenha um papel crucial no handebol. As equipes desenvolvem táticas de ataque e defesa bem elaboradas, e a comunicação entre os jogadores é fundamental. A capacidade de movimentação rápida e de leitura do jogo são habilidades essenciais para um jogador. O handebol requer grande resistência física e habilidade. Os jogadores devem ser rápidos, ágeis e ter excelente coordenação mão-olho, além do trabalho em equipe. A arbitragem é conduzida por uma equipe composta geralmente por dois árbitros em quadra, cuja missão é garantir que as regras sejam seguidas. Um árbitro atua na linha de gol, enquanto o outro supervisiona o jogo. Esses árbitros desempenham um papel vital na aplicação das regras e na justiça do jogo. Assim, o handebol é um esporte dinâmico que combina velocidade, habilidade e estratégia. Com regras claras e simples, é acessível a jogadores de todas as idades e níveis de habilidade. O conhecimento dos profissionais de Educação Física sobre esta modalidade esportiva contribui no ensino e na difusão do esporte de maneira segura e eficaz Video Resumo Olá, estudante.Neste vídeo resumo, iremos rever a história do handebol, passando pela vinda da modalidade ao Brasil e suas principais regras. Saiba mais Se você quer saber mais sobre o que tratamos aqui, dê dar uma olhada no website da Federação Paulista de Handebol. No site você encontrará informações relevantes sobre a origem desse esporte e as regras a serem seguidas. Além disso, você vai encontrar notícias sobre campeonatos, equipes e eventos, o que pode ser super útil se você está pensando em entrar de cabeça nesse esporte. Aula 4 Práticas do handebol Olá, estudante! Nesta aula, embarcaremos em uma jornada no universo do handebol, explorando desde seus fundamentos até os sistemas táticos que o transformam em uma modalidade esportiva verdadeiramente cativante. https://fphand.com.br/home introdução Olá, estudante! Nesta aula, embarcaremos em uma jornada no universo do handebol, explorando desde seus fundamentos até os sistemas táticos que o transformam em uma modalidade esportiva verdadeiramente cativante. O handebol é um esporte dinâmico repleto de ação, com decisões rápidas e arremessos espetaculares que acontecem em frações de segundos. Durante nossa aula, desvendaremos os conceitos essenciais do handebol, abordando as diversas posições dos jogadores em quadra e suas funções específicas. Compreenderemos como essas peças se encaixam harmoniosamente no complexo quebra-cabeça tático do handebol, resultando em estratégias de jogo vencedoras. Além disso, exploraremos as nuances e particularidades do handebol, incluindo regras específicas, técnicas de arremesso, estratégias defensivas e ofensivas. Vamos lá? Handebol: fundamentos, posições e sistemas O handebol, enquanto esporte coletivo de alta intensidade, demanda uma compreensão meticulosa dos seus fundamentos e elementos táticos por parte dos profissionais de Educação Física. Neste cenário, torna-se importante que esses profissionais não apenas dominem as regras básicas, mas também os conceitos fundamentais relacionados às posições dos jogadores, suas funções específicas e os sistemas táticos aplicados. Fundamentos Conforme Oliveira (2013) e Reis (2006), as principais ações de ataque e defesa que o atleta precisa dominar para o jogo do handebol são: Empunhadura: ato de segurar a bola de handebol de maneira correta, utilizando uma aderência firme para facilitar o controle e a precisão nos passes e arremessos. Drible: conduzir a bola com o objetivo de locomover-se dentro da quadra. Quicar a bola no chão, sem perder o domínio dela. Tipos de drible: alto com deslocamento em alta velocidade e o drible baixo utilizado para a proteção da bola. Recepção: receber, amortecer e reter a bola recebida, podendo ser com uma ou as duas mãos e de diferentes maneiras (exemplo: alta, média, baixa, em deslocamento em suspensão e no chão). Passe: lançar a bola para um companheiro de equipe, evitando a interceptação do adversário. O passe pode ser de ombro, por trás do quadril, por trás da cabeça, em pronação, pendular e variações. Arremesso: ação executada em direção do gol adversário. Os arremessos incluem os básicos, com salto e com queda. Passada trifásica (ritmo trifásico): corresponde ao número de passos permitidos pelo jogador antes de quicar ou arremessar a bola. Conhecido como 3 passadas, é o fundamento no qual o jogador executa três passos à frente e em direção ao gol adversário com a posse da bola (Figura 1). Pode ser executada em sequência direita, esquerda, direita, ou repetindo um dos pés como direita, direita e esquerda. Figura 1 | Passada trifásica no handebol Fonte: elaborada pela autora. Marcação: realizadas para evitar as ações do adversário. São ações como bloquear os braços de arremesso do adversário com uma das mãos e com a outra mão bloquear o quadril. Bloqueio defensivo: posição em que o jogador utiliza para interceptar a bola lançada ao gol. Executado no handebol pelo defensor de linha. A equipe de handebol é composta por sete jogadores,com posições específicas em quadra (Figura 2). As posições são: Armador (central): articulador das jogadas. Líder do ataque, comanda o ritmo do jogo. Adapta-se às mudanças defensivas. Meia (direita e esquerda): apresentam um dinamismo do ataque, arremessos poderosos. Jogadores que fazem a progressão das jogadas e atuam também na defesa. Pivô: encarregado de abrir espaço na defesa, posiciona-se estrategicamente entre as linhas dos 6 e 9 metros, marcando gols com repertório variado. Lateral/ponta (esquerda e direita): especialistas em arremessos precisos em ângulos fechados, realizados nas extremidades laterais da quadra. Amplia lateralmente a defesa adversária, proporcionando espaços para os pivôs e meias. Goleiro: protege a baliza da sua equipe. Jogador com reflexos rápidos, antecipação e comunicação para orientar tanto a defesa quanto o ataque. Figura 2 | Posições dos jogadores de handebol Fonte: elaborada pela autora. Sistemas táticos São as estratégias articuladas que distinguem as equipes de elite. Compreender sistemas defensivos, como 6:0 e 5:1, e ofensivos, como 3:2:1 e 4:2, não apenas exige um conhecimento, mas a habilidade de adaptar esses sistemas dinamicamente durante o jogo. Detalharemos cada um dos sistemas. Sistemas táticos no handebol: estratégias de sucesso Os sistemas táticos no handebol representam estratégias organizadas que visam potencializar as habilidades individuais dos jogadores em busca de um desempenho coletivo mais eficiente. Dentro desse contexto, os sistemas de ataque e defesa surgem como elementos fundamentais na construção de uma estratégia de jogo coesa. Sistemas de defesa Os sistemas defensivos desempenham um papel importante ao limitar as oportunidades de pontuação do adversário. No handebol, destacam-se diferentes abordagens defensivas: Individual: utilizadas em categorias iniciantes, no qual cada defensor e responsável pelo seu oponente direto, esteja ele com ou sem a posse de bola. A defesa homem a homem exige alta intensidade física, habilidades individuais sólidas e comunicação eficaz entre os jogadores. Zona (posicional): marcação é feita na formação em linhas na zona defensiva (ver na Figura 3), em que os jogadores são dispostos em uma, duas ou mais linhas em frente a linha do goleiro. São exemplos de marcação 6:0 (seis jogadores dispostos em uma linha); 5:1 (cinco jogadores dispostos na linha 1 e um jogador disposto na linha 2), 3:3, 3:2:1, 4:2 (Figura 3). Combinada (mista): são organizações que visam à marcação por zona e individual ao mesmo tempo. A tática mais conhecida dessa categoria é a 5+1 (cinco jogadores posicionados e um jogador na marcação individual) e a 4+2 (quatro jogadores posicionados e dois jogadores na marcação individual) (MENEZES, 2010; SILVA JUNIOR, 2022). Figura 3 | Sistemas de defesa do handebol Fonte: Adaptado de Silva Junior (2022).Figura 4 | Sistemas de defesa do handebol Fonte: Adaptado de Silva Junior (2022).Figura 5 | Sistemas de defesa do handebol Fonte: Adaptado de Silva Junior (2022). Sistemas de ataque O jogo de handebol ocorre na maior parte do tempo na metade da quadra, com uma equipe próxima à linha de seu goleiro posicionados na defesa, e outra equipe no ataque com objetivo de fazer o gol. O sistema de ataque do handebol consiste em contra-ataque e contra-ataque sustentado (ataque posicionado), cada um com suas estratégias específicas. Transição ofensiva: movimentação da quadra de defesa para a quadra de ataque no momento que a equipe recupera a posse de bola. Contra-ataque: acontece de maneira rápida, a partir de uma roubada de bola ou de um erro técnico de um adversário. Ação acontece com velocidade a fim de construir uma superioridade numérica. Contra-ataque sustentado (ataque posicionado): quando a equipe recupera a posse de bola e se movimenta de maneira lenta afim de se organizar e posicionar a partir de movimentações táticas já definidas. Exemplos de sistemas táticos ofensivos são 3:3, 4:2 e 2:4. No sistema 3:3 três jogadores se posicionam à frente linha de 9 metros (armador e dois meias) e os outros três jogadores na linha de 6 metros (dois pontas e um pivô). Em suma, os sistemas táticos no handebol desempenham um papel crucial, moldando a dinâmica do jogo e maximizando o desempenho da equipe. A disposição estratégica dos jogadores, seja na defesa ou no ataque, não apenas reflete suas habilidades individuais, mas também determina a eficácia da equipe como um todo. A posição específica de cada jogador em sistemas táticos, como armadores, pontas e pivôs, otimiza a defesa contra as investidas adversárias, e potencializa as oportunidades de ataque, destacando a importância vital dessas configurações no cenário do handebol. A importância do profissional de educação física no conhecimento da prática do handebol A importância do profissional de Educação Física que possua um conhecimento sólido acerca dos fundamentos do handebol, das posições dos jogadores e dos sistemas de jogo vai além da mera transmissão de informações aos praticantes deste esporte. Ele representa um elemento essencial para o desenvolvimento técnico e tático dos atletas, proporcionando um desempenho mais eficiente e seguro durante as partidas. Entender as posições dos jogadores e suas funções específicas se torna essencial para a organização de estratégias eficazes. O profundo conhecimento das regras do handebol, como a proibição de dar mais de três passos sem driblar, permite ao profissional orientar os atletas de forma a evitar penalidades que possam comprometer o desempenho da equipe. A regra do "andar" destaca a importância do domínio do drible como habilidade fundamental, evidenciando a necessidade de os jogadores serem proficientes nessa técnica para garantir a continuidade da posse de bola. Uma curiosidade interessante sobre as regras do handebol é o conceito do goleiro-linha. Nos momentos finais de uma partida, uma equipe pode optar por retirar o goleiro convencional e adicionar um jogador de linha extra, tornando-se assim a equipe com superioridade numérica no ataque. A utilização do goleiro linha geralmente faz que o goleiro atue, na maioria das vezes, como armador central. O match-status (estado do jogo) apresenta uma tendência para a utilização do goleiro linha quando a equipe se encontra em momentos de derrota por 4 ou mais gol (MUSA et al., 2017). Essa estratégia arrojada aumenta as chances de marcar gols, mas também expõe a equipe ao risco de contra-ataques do time adversário. A compreensão dos sistemas de jogo é outra peça-chave para o profissional de Educação Física. Saber organizar a defesa, posicionar os jogadores em quadra e criar jogadas ofensivas estratégicas são aspectos fundamentais para o sucesso da equipe. Além disso, a capacidade de adaptar os sistemas de jogo de acordo com as características da equipe e as situações de jogo é uma habilidade valiosa que só pode ser alcançada com um conhecimento aprofundado do esporte. Dentre os fundamentos técnicos, o arremesso no handebol destaca-se como uma das ações mais cruciais, sujeita a diversas regras que podem impactar diretamente no resultado da partida. A limitação de passos, o tempo máximo de posse de bola e o respeito à distância da barreira defensiva são aspectos que demandam atenção especial do profissional de Educação Física ao ensinar e treinar os atletas. A compreensão das regras específicas relacionadas ao arremesso, como a concessão de um arremesso de sete metros em caso de falta grave, é vital para orientar os jogadores em situações críticas. A execução correta do arremesso de sete metros pode representar a diferença entre a vitória e a derrota em uma partida equilibrada. Desse modo, o profissional de Educação Física desempenha um papel fundamental no desenvolvimento técnico e tático dos praticantes de handebol. O conhecimento profundo dos fundamentos do esporte, as posições dos jogadores, os sistemasde jogo e as regras específicas, como as relacionadas ao arremesso, contribui não apenas para o aprimoramento das habilidades individuais, mas também para a formação de equipes competitivas e bem-sucedidas. Ao compartilhar esse conhecimento de forma eficaz, o profissional de Educação Física assume um papel central na construção de atletas completos e no fortalecimento do esporte como um todo. Aula 1 Dimensões históricas do voleibol Olá, estudante! Nesta aula, veremos panorama sobre a história e evolução do voleibol, sua criação, evolução cronológica das regras e dos fundamentos, e seu desenvolvimento no Brasil. introdução Olá, estudante! Nesta aula, veremos panorama sobre a história e evolução do voleibol, sua criação, evolução cronológica das regras e dos fundamentos, e seu desenvolvimento no Brasil. O conhecimento adquirido será ferramenta teórica para atuar profissionalmente nessa modalidade, seja na área educacional ou de formação esportiva/treinamento. O voleibol é a segunda modalidade coletiva mais praticada no Brasil, atingindo vários públicos, como crianças, adultos, idosos e deficientes. Além disso, é um verdadeiro fenômeno midiático, já que suas regras foram adaptadas de acordo com as necessidades do formato televisivo de transmissão. Vamos lá!? História e Evolução Voleibol A história do voleibol está ligada ao desenvolvimento e evolução das suas regras, dos fundamentos técnicos e táticos, assim como a passagem de uma prática restrita ao lazer, em locais específicos, a um fenômeno competitivo e midiático difundido por vários países e com organização burocrática em nível mundial. Porém, o principal fator do jogo não muda ao longo da história: são duas equipes divididas por uma rede. Em sua versão moderna, o voleibol foi criado nos Estados Unidos, no ano de 1895. A modalidade foi desenvolvida pelo professor William G. Morgan, na unidade de Massachusetts da YMCA – sigla em inglês para a Associação Cristã de Moços – entidade historicamente dedicada a divulgar os princípios do cristianismo, e que foi também o local onde se desenvolveram outras modalidades esportivas. O surgimento do voleibol é atribuído a uma grande demanda dos associados da YMCA por um jogo que não fosse tão violento quanto o basquete ou futebol americano, e que não tivesse contato físico entre os participantes. Uma das possibilidades de Morgan seria adaptar o jogo de tênis para um ginásio, o que não se mostrou viável. Inicialmente, tinha o nome de “Mintonette” e sua prática era uma atividade exclusivamente de lazer, composta por duas equipes separadas por uma rede. O objetivo principal do jogo era – e sempre será – passar a bola para o outro lado, por cima da rede, sem deixá-la cair no chão. No princípio era uma prática muito rudimentar, já que contava apenas com dez regras bastante genéricas e não tinha um número certo de participantes. A bola inicialmente era feita com a câmara de ar de uma bola de basquetebol. A partir do ano 1900, já com o nome de Volley Ball, passou a ser desenvolvido oficialmente no programa de Educação Física da YMCA e, posteriormente, passou a ser praticado nas universidades americanas. A partir daí a modalidade se disseminou para outros lugares do mundo, como países da Ásia, Europa e América do Sul. Na década de 1930, o voleibol vai se tornando menos uma atividade de lazer, e cada vez mais uma prática competitiva e organizada. No Brasil, existem duas versões diferentes sobre a chegada do voleibol: a primeira versão conta que foi no colégio Marista de Pernambuco, no ano de 1915. A outra é de que a modalidade foi trazida pela YMCA para a cidade de São Paulo, entre os anos de 1916 e 1917, sendo praticado nas quadras e nas praias. Rapidamente a modalidade ganhou o gosto da população, se difundindo em clubes e escolas. O Brasil é uma potência do voleibol no cenário competitivo mundial, figurando entre as melhores equipes nos principais campeonatos internacionais, tanto nas quadras quanto na areia, contando também com uma das ligas nacionais mais competitivas do mundo. Mas a história do voleibol também é contada a partir da evolução das regras do jogo e dos fundamentos técnicos. Podemos perceber nitidamente que com o passar do tempo, o jogo foi ficando cada vez mais rápido. Os fundamentos técnicos evoluíram, o gesto técnico passou a ser mais refinado, sendo fator preponderante para o desenvolvimento da modalidade, deixando o jogo esteticamente mais vistoso e dinâmico. Conforme algumas situações imprevisíveis ocorriam durante os jogos, expondo as limitações da regra, surgiam novas possibilidades de aprimoramento técnico, sempre visando deixar o jogo mais dinâmico e buscando tornar a competição mais justa para ambas as equipes. Outro fator preponderante para adaptações nas regras foi a adequação do jogo de acordo com as necessidades do formato de transmissão das partidas pela televisão, que precisava principalmente de espaços para a publicidade dos patrocinadores. Principais regras e sua evolução técnica Para melhor compreensão da modalidade voleibol, veremos suas principais características. A quadra de voleibol é um retângulo de 18x9 metros, dividido ao meio por uma linha central que a separa em duas quadras iguais, cada uma delas é um quadrado de 9x9 metros. Cada uma das quadras de voleibol é divida em duas partes, por uma linha paralela à linha central, distante dela 3 metros. Essa linha separa a zona de ataque – mais próxima da rede – e a zona de defesa – mais próxima do fundo da quadra. O jogador que se encontra posicionado na zona de defesa, não pode invadir a zona de ataque para atacar uma bola acima da linha da rede. Cada equipe é composta por 6 jogadores que alternam suas posições na quadra em formato de rodízio. As equipes são separadas por uma rede colocada acima da linha central. A altura da rede é de 2,43 metros no masculino e 2,24 metros no feminino. Duas antenas ficam dispostas na rede, perpendiculares às linhas laterais, estendendo-se por 80 cm acima do bordo superior da rede, delimitando a área de jogo. A cada equipe são permitidos três toques na bola antes de passá-la ao outro lado, não sendo permitido ao jogador tocar duas vezes consecutivas na bola. Uma partida de voleibol é disputada em melhor de 3 sets. Cada set é disputado até 25 pontos, sendo necessária uma diferença de 2 pontos no placar para a equipe vencer um set. Em caso de empate em 2 a 2 sets, é disputado o 5o set, chamado tie break e que termina em 15 pontos, sendo necessária também a diferença mínima de 2 pontos no placar. Entretanto, os fundamentos técnicos do jogo mudaram. A introdução do bloqueio é um exemplo dessa mudança: um novo elemento técnico é criado e posteriormente e passa a ser proibido bloquear um saque. Conforme situações de jogos foram ocorrendo, as regras foram modificando os elementos técnicos do jogo. Esse desenvolvimento se deu ao longo dos anos, a partir de instituições como clubes, associações, federações e confederações, que passaram a organizar e gerir profissionalmente todos os aspectos da modalidade, desde pequenas cidades e regiões, estados, países, até a criação da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) no ano de 1948. Essa entidade regulamenta a modalidade em nível mundial, sendo responsável pela criação e atualização das regras oficiais, assim como pela organização dos principais campeonatos. No Brasil, o voleibol é organizado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) criada em 1954. Vejamos uma breve cronologia da introdução de regras que determinaram mudanças nos fundamentos técnicos do jogo ao longo da história: 1912 – Introdução do rodízio entre os jogadores. 1916 – Cada set passa a ter 15 pontos / Proibido o jogador tocar a bola 2 vezes consecutivas. 1918 – Número de jogadores fixado em 6 por equipe. 1925 – Passa a ser obrigatória a vantagem de 2 pontos para terminar cada set. 1938 – Surgimento do bloqueio – o contato do bloqueiopassa a contar 1 toque. 1942 – A bola pode ser tocada com qualquer parte do corpo acima dos joelhos. 1947 – Permitido aos jogadores da zona de ataque trocarem de posição para atacar e bloquear. 1949 – Permitido ao levantador infiltrar e realizar levantamento a partir da zona de ataque. 1964 – Bloqueador pode invadir a quadra adversária, bloqueio ofensivo. 1970 – Surgimento das antenas, facilitando a atuação dos árbitros. 1984 – Passa a ser proibido bloquear um saque. 1995 – A bola pode ser tocada com qualquer parte do corpo, inclusive com os pés. 1998 – Criação da função de Líbero. Fundamentos técnicos e ações do voleibol O bom conhecimento da modalidade vai proporcionar a capacidade de atuar profissionalmente com o voleibol, seja no ambiente escolar, em práticas de lazer, de formação esportiva ou no esporte de alto rendimento. Para tanto, a compreensão dos principais fundamentos técnicos e seu desenvolvimento na história é fundamental. No início da prática, os principais movimentos corporais eram bastante rudimentares. Não havia muitas regras específicas. Com o passar dos anos e com o aprimoramento da modalidade, a parte técnica passa a ser cada vez mais refinada. Tradicionalmente, os jogadores utilizam 3 tipos de movimento para tocar a bola: Manchete – realizada com os joelhos flexionados, os dois braços estendidos à frente do corpo, rebatendo a bola com os antebraços; Toque – realizado com as duas mãos abertas acima da cabeça, que devem rebater a bola simultaneamente com as pontas dos dedos; e Ataque – também conhecido como “cortada”, é realizado após saltar, rebatendo a bola com a palma da mão aberta, sendo também o movimento realizado no saque. Porém, a regra permite ao jogador tocar a bola com qualquer parte do corpo, desde que seja sempre rebatida, ou seja, a bola nunca pode ser retida e/ou lançada. Quando a modalidade surgiu, seja nos Estados Unidos, no Brasil ou em outros países, não havia um número exato de jogadores, não havia rodízio, nem grande rigor técnico por parte da arbitragem. Com o desenvolvimento histórico da lógica da máxima performance e da busca pela vitória, as novas exigências técnicas do jogo foram sendo incorporadas às regras. Um exemplo icônico desse aprimoramento técnico contemplado por uma nova regra, é o surgimento da função do líbero, jogador especializado em recepção e defesa, que você verá na próxima aula. Vejamos as principais ações técnicas do jogo de voleibol: O saque – realizado atrás da linha de fundo, o saque é a ação inicial de cada ponto. O sacador lança a bola e a rebate por cima da rede, por dentro da área de jogo delimitada pelas antenas. Existem vários tipos de saque: parado, viagem, flutuado, jornada nas estrelas etc. A recepção – também conhecida como “passe”, essa ação é responsável receber o saque adversário, passando a bola para o levantador em posição favorável, próximo à rede. O levantamento – é uma ação realizada normalmente pelo levantador, que é o jogador mais habilidoso da equipe, que prepara a jogada para o atacante finalizar. O ataque – realizado com um salto, rebatendo a bola com a palma da mão, acima da rede, buscando derrubar a bola na quadra adversária. Um ataque é realizado pelas pontas da rede, próximo às antenas, pelo meio da rede ou saltando a partir da zona de defesa (fundo). O bloqueio – é uma ação defensiva, serve para bloquear o ataque da equipe adversária. O bloqueador pode invadir a área da equipe adversária. É uma ação que só pode ser realizada pelos jogadores que estão na zona de ataque. Pode ser simples, duplo ou triplo. A defesa – ação defensiva para impedir a bola de cair na quadra após o ataque adversário. Pode recuperar um ataque forte ou uma largada do adversário. Normalmente recupera a bola mais próxima ao chão. Video Resumo Olá, estudante! Neste vídeo resumo, fixaremos os conteúdos como as principais características do voleibol, a da história da modalidade, a evolução das regras, seus principais fundamentos, as medidas da quadra e da rede, além das ações de jogo. Saiba mais As regras oficiais do voleibol são elaboradas e atualizadas pela Federação Internacional de Voleibol - FIVB. Esse documento serve de base para todos os campeonatos que são organizados por entidades filiadas à FIVB, como no caso Confederação Brasileira de Voleibol – CBV – entidade que organiza a Superliga, principal campeonato de clubes do Brasil. Aula 2 A prática do voleibol Olá, estudante! Nesta Aula, veremos como funcionam na prática as posições dos jogadores e suas funções no jogo de voleibol. introdução Olá, estudante! Nesta Aula, veremos como funcionam na prática as posições dos jogadores e suas funções no jogo de voleibol. Também, como funciona o rodízio e os principais sistemas táticos utilizados, conhecimento fundamental para compreender o funcionamento da modalidade. A especialização das funções dos jogadores marca o desenvolvimento do https://institucional.cbv.com.br/ voleibol, já que dentro da lógica do esporte de alto nível, essa especialização é fundamental para a conquista da vitória. Outra mudança histórica foi o desenvolvimento de sistemas táticos, ou seja, estratégias de equipe para as ações ofensivas e defensivas, realizadas para maximizar as possibilidades de vitória no jogo de voleibol. Vamos lá? Posições e rodízio no voleibol A compreensão das posições na quadra e do rodízio dos jogadores de voleibol vai facilitar o processo de ensino e a prática, seja na escola, na formação esportiva ou no lazer. Antes do início do jogo, cada equipe deve informar para a arbitragem quais serão os 6 jogadores que iniciarão a partida, e suas respectivas posições. Ao início de cada ponto, antes da bola entrar em jogo com um saque, cada um dos jogadores deve estar colocado na posição correta. Cada posição é marcada por um número – de 1 a 6. Na zona de ataque ficam as posições 2, 3 e 4, enquanto na zona de defesa estão as posições 1, 5 e 6. Cada posição da zona de ataque tem a sua posição correspondente na zona de defesa: 1 com 4; 2 com 5; 3 com 6. Dessa maneira, a arbitragem vai avaliar se a posição de cada jogador está correta, usando como referencial a posição do jogador correspondente. Vejamos um exemplo das posições correspondentes: antes do início do ponto, caso o jogador da posição 2 (zona de ataque) esteja na mesma linha ou atrás do seu correspondente, no caso o da posição 5 (zona de defesa), será considerada falta e somado 1 ponto para a equipe adversária. Depois que a bola já está em jogo, os jogadores podem trocar suas posições de acordo com o esquema tático da equipe. Porém, quando o próximo ponto for iniciado, os jogadores têm que voltar para a posição correta. Observe na Figura 1: Figura 1 | Posições e rodízio Fonte: Bojikian (2005, p. 25). O jogador que está na posição 1 é aquele que vai realizar o saque. A posição 6 é chamada de fundo meio e a posição 5 é fundo esquerda. A posição 4 é a entrada de rede, 3 é o meio de rede, e a posição 2 é a saída de rede. Quando uma equipe faz um ponto a partir de um saque da equipe adversária, ela recupera a posse da bola e os jogadores “rodam”, ou seja, eles trocam de posição dentro de um sistema de rodízio que ocorre no sentido horário. Depois de entender as posições e o rodízio, você vai aprender as funções no voleibol. Cada jogador é especializado para realizar uma das cinco funções: levantador, ponteiro, central, oposto e líbero. Normalmente, cada função é ocupada pelo jogador que tem as melhores condições técnicas para realizar essa função. No próximo bloco você verá as principais características de cada função. Nos esquemas táticos do jogo, é sempre mais interessante que o levantador esteja na zona de defesa. Dessa maneira o técnico da equipe pode garantir que na zona de ataque estarão 3 jogadores atacantes. Por esse motivo, vemos que normalmente o levantador é o primeiro a realizar o saque, na posição 1 da zona de defesa.Porém, alguns atacantes que estão na zona de defesa, também podem realizar um ataque, desde que saltem atrás da linha de 3 metros. Principais características das funções do voleibol Conheceremos mais a fundo as funções dos jogares: O levantador é normalmente o jogador mais habilidoso da equipe. Esse jogador vai receber um passe e levantar a bola para um atacante. Por isso dizemos que a segunda bola é sempre do levantador, pois ele é o mais capacitado para realizar um bom levantamento. Por esse motivo o levantador nunca participa da recepção. O local ideal para o levantador tocar a bola fica entre as posições 2 e 3, e o passe sempre será direcionado para esse local, mas nem sempre com sucesso. Apesar de muito habilidoso, o levantador normalmente é mais baixo que o restante do time, característica que se torna uma desvantagem quando ele precisa bloquear. Ele é responsável por fazer a “leitura” do bloqueio adversário, distribuindo de maneira estratégica os levantamentos para o ponteiro, central e oposto. Quando ele está na zona de defesa, ele infiltra para a zona de ataque para realizar o levantamento. O ponteiro é um jogador que, quando se encontra na zona de ataque, ataca a partir da entrada de rede – posição 4. Mesmo que ele não esteja nessa posição, assim que a bola entra em jogo, ele se direciona para a entrada de rede. São dois ponteiros na equipe, sempre situados em posições correspondentes. Isso garante que sempre haverá um ponteiro na zona de ataque e outro na zona de defesa. O ponteiro que está na zona de defesa, pode atacar a bola saltando atrás da linha, normalmente pelo meio fundo, em uma jogada chamada pipe. Os dois ponteiros também participam da linha de recepção. O central é normalmente um jogador muito alto. Assim como os ponteiros, são 2 centrais na equipe de voleibol, situados em posições correspondentes, garantindo que sempre haverá um na zona de ataque e outro na zona de defesa. O central que está na zona de ataque fica sempre no meio da rede – posição 3. Ele ataca a bola a partir dessa posição, normalmente a partir de um levantamento curto e rápido. Outra função do central na zona de ataque é o bloqueio. Por se tratar de um jogador alto, consegue se deslocar rapidamente do centro para as pontas da rede, compondo um bloqueio com seu colega de time. Já o central que está na zona de defesa, é substituído pelo líbero, pois geralmente não tem muita agilidade para realizar uma defesa. O oposto ataca a bola a partir da saída de rede – posição 2. Quando ele está na zona de ataque, se desloca sempre para a posição 2. Porém quando está na zona de defesa, o oposto se desloca para a posição 1, pois também ataca atrás da linha de 3 metros. Ele não participa da linha de recepção, já que normalmente é o principal atacante do time, ficando livre para atacar, sempre pela saída da rede. Geralmente os opostos canhotos têm maior destaque, pois conseguem um ângulo melhor em seus ataques. O jogador correspondente do oposto no rodízio será sempre o levantador. O líbero é especializado em defesa, e não pode atacar a bola acima do bordo superior da rede. Ele substitui os centrais, sempre na zona de defesa, ou seja, ele passa somente pelas posições 1, 6 e 5. Porém essa mudança não conta como uma substituição. Por se tratar de um jogador mais baixo, o líbero é bastante ágil para defender e tem grande habilidade na recepção. É um jogador que tem a camiseta do uniforme de cor diferente do restante do time, para facilitar sua visualização. Principais sistemas táticos do voleibol Vamos relembrar alguns conceitos, estudante? Você se lembra quais são os elementos técnicos do voleibol? O conjunto de regras desse esporte é o principal elemento técnico, regulamentando os equipamentos do jogo, as medidas da quadra, a interação entre os atletas, entre outros. Os elementos técnicos pouco mudam. Porém, os sistemas táticos não estão no livro de regras. A tática de jogo nada mais é que a estratégia utilizada pela equipe, levando em consideração os limites e as possibilidades que o conjunto de regras permite. Em um exemplo mais prático, o levantador pode utilizar a seguinte estratégia: no 1o set, ele vai distribuir os levantamentos para o atacante central com mais frequência. Porém, a partir do 2o set, ele vai distribuir mais bolas para os atacantes da entrada e da saída de rede – ponteiro e oposto – buscando confundir os bloqueadores da equipe adversária, que estarão mais atentos ao atacante central, e chegarão “atrasados” nas pontas. Mas a tática não se restringe apenas a um jogador, realizando uma estratégia individualmente. Pode haver a tática de grupo, em forma de movimentos sincronizados, realizados por duplas ou por trios. Por exemplo, podemos pensar num bloqueio triplo, que é uma tática utilizada quando o adversário realiza um levantamento muito alto. Nesse caso, os três bloqueadores terão tempo suficiente para saltar de maneira sincronizada. Outro exemplo é a combinação entre o levantador e o central, que realizam diferentes jogadas de acordo com um sinal do levantador. Bola de tempo, chute meio, tempo esquerda, tempo atrás são alguns exemplos dessa interação estratégica entre dois jogadores. Podemos pensar também na tática da equipe. Essa é maneira como a equipe se comporta na quadra, por completo, é uma estratégia de jogo realizada por todos os jogadores em conjunto. É conhecido como “padrão de jogo”, onde cada jogador se posiciona de maneira síncrona, buscando jogadas mais eficientes. Existem alguns sistemas que são bastante utilizados. Nas atividades de lazer e nas categorias de base, é utilizado o sistema 6X0, onde a função do levantador não é de um jogador fixo. Aquele que estiver na posição 3 – meio da rede – será o levantador. Os jogadores não precisam trocar de posição, eles ficam em sua posição original, até o próximo rodízio. As turmas de formação esportiva mais avançadas utilizam com frequência o sistema 4X2 – 4 atacantes e 2 levantadores em posição correspondente – no qual o levantador não precisa infiltrar, já que sempre haverá um deles na zona de ataque. As equipes de alto nível, utilizam o sistema 5X1 – 5 atacantes e 1 levantador. Esse é o sistema tático ofensivo mais funcional, já que possibilita grande variação de jogadas e tem cada jogador com uma função predeterminada. A grande vantagem é ter mais atacantes disponíveis. Nesse sistema, quando o levantador está na zona de defesa, é necessário infiltrar para realizar o levantamento. É de grande importância para o profissional de Educação Física ter os conhecimentos sobre as posições da quadra de voleibol, do sistema de rodízio e das principais funções desempenhadas pelos jogadores, além de estratégias pedagógicas como a utilização de diferentes materiais, brincadeiras e jogos, que contemplem o conteúdo dessa aula. Vídeo Resumo Olá, estudante! Aprendemos as posições dos jogadores na quadra de voleibol. Também, que cada jogador tem uma função específica na equipe, como o levantador ou o líbero, por exemplo. Vimos que existe um sistema de rodízio entre as posições, que acontece no sentido horário. Conhecemos, também, os principais sistemas táticos utilizados no jogo de voleibol. Agora vamos relembrar o conteúdo da aula com o vídeo resumo. Saiba mais Para ensinar o voleibol para iniciantes, você, futuro professor de Educação Física, deve saber que não se pode seguir o modelo e a lógica do esporte de alto rendimento. Especialmente no ensino para crianças, devemos ter uma prática lúdica, com brincadeiras, utilizando diferentes materiais, diferentes espaços e jogos adaptados à realidade de cada local. Uma boa estratégia é o mini-voleibol, que é praticado em espaços menores que uma quadra inteira, de maneira adaptada e com menos jogadores. Veja mais no artigo “Voleibol escolar: uma proposta de ensino nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal do conteúdo”. Aula 3 Tênis de mesa Olá, estudante! NestaAula, veremos como surgiu o tênis de mesa, sua criação e posterior difusão pelo mundo. introdução Olá, estudante! Nesta Aula, veremos como surgiu o tênis de mesa, sua criação e posterior difusão pelo mundo. Também, como essa modalidade chegou da Inglaterra ao Brasil e seu desenvolvimento histórico, seja nas práticas de lazer com o ping pong, seja no tênis de mesa competitivo. Vai conhecer também a evolução técnica dos materiais e equipamentos do jogo, a especialização nos fundamentos técnicos, além das principais regras oficiais que regem essa modalidade esportiva, inicialmente ligada às elites europeias, e que se tornou tão popular mundo afora. Vamos lá? História e evolução do tênis de mesa O tênis de mesa é uma modalidade que foi inventada na Inglaterra, na segunda metade do século XIX. A ideia era imitar um jogo de tênis de campo num ambiente fechado, já que com o inverno rigoroso ficava difícil praticar tênis de campo a céu aberto. Inicialmente a modalidade era realizada com materiais adaptados: uma barreira de livros ou um simples fio utilizados como rede, rolhas de garrafa como bola, lâminas de madeira e caixas de charutos como raquete. O tênis de mesa foi criado para ser um passatempo social, uma atividade de lazer. Seus primeiros registros históricos mostram que era um jogo rudimentar, praticado por estudantes universitários e por militares ingleses na África do Sul e Índia, que eram colônias britânicas até então. As mesas utilizadas e a altura da rede não tinham uma medida correta, não havia um número determinado de pontos numa partida. Perceba, estudante, que as principais regras desse jogo ainda eram muito rudimentares e genéricas e sua prática era restrita a ambientes privados, universidades e clubes. Porém, as principais regras da modalidade não mudaram muito, trata-se de rebater a bola com a raquete, por cima da rede, para o campo adversário. Praticado como atividade exclusivamente de lazer no seu início, a partir do ano 1901 a popularidade dessa prática esportiva teve grande crescimento na Europa, já que campeonatos e torneios passavam a ser cada vez mais frequentes na Alemanha, Áustria e Inglaterra. Nos primeiros anos do século XX foram escritos alguns livros de normas e identificamos o início da organização burocrática da modalidade, na Inglaterra, onde foi criada a “Ping Pong association”. Essa mudança é importante pois evidencia a transformação de uma prática estritamente de lazer e entretenimento numa prática competitiva organizada. Informações históricas do site da CBTM – Confederação Brasileira de Tênis de mesa mostram que no ano de 1926 foi criada a ITTF, sigla em inglês da Federação Internacional de Tênis de Mesa, organização que passou a administrar e organizar burocraticamente a modalidade em nível mundial, buscando a padronização das regras e promovendo as competições oficiais. O primeiro campeonato mundial ocorreu em Londres, no ano de 1927, porém, foi somente em 1988 que o tênis de mesa se tornou modalidade olímpica. Segundo Almeida e Yokota (2023), o tênis de mesa chega ao Brasil inicialmente em São Paulo, com o nome “Ping Pong”, trazido por turistas ingleses em 1905. Naquela época já era uma modalidade bastante popular na Inglaterra. Passou a ser praticada de forma mais organizada no Brasil, tendo o primeiro campeonato em 1912. Já em 1924 a modalidade chega ao Rio de Janeiro, inicialmente no Clube de Regatas Vasco da Gama. Em 1940 as regras internacionais do tênis de mesa passam a ser adotadas no Brasil e, um ano depois, surgiu a Federação Paulista de Tênis de Mesa. Em 1979 foi fundada a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa – CBTM. Outra característica marcante na modalidade é a evolução dos materiais utilizados e dos fundamentos técnicos. Na década de 1950 surge uma mudança que revolucionou o esporte: a utilização de um novo material feito de borracha, colado nas duas faces das raquetes de madeira. Essa modificação do implemento esportivo possibilitou um material mais leve e maior controle da bola, facilitando a performance dos jogadores. Outra mudança importante no material ocorreu no ano 2000, quando a bola que até então tinha 38mm, passou a ter 40mm. Principais regras e seu desenvolvimento Agora, veremos as principais regras dessa modalidade, a fim de compreender sua dinâmica, os materiais utilizados, suas medidas, além das duas formas de apropriação desse jogo pelos praticantes – lazer e esporte de alto rendimento. A mesa deve ter 2,74 metros de comprimento, 1,52 metro de largura e 76 centímetros de altura. Deve ser feita em material de cor escura, de textura lisa que permita a bola bater de maneira uniforme em sua superfície. As extremidades da mesa devem ter uma linha de 2 centímetros de largura, na cor branca. Deve haver também uma linha branca de 3 centímetros que divide a mesa ao meio, no sentido do comprimento, utilizada para o jogo de duplas. A rede deve estar a 15,25 centímetros de altura e ter a borda superior na cor branca. Além disso, ela deve se estender 15,25 centímetros além das bordas laterais da mesa. A bola deve ser nas cores branca ou laranja e fosca, feita de um material chamado celulóide ou algum plástico similar, com peso de 2,7 gramas e 40 milímetros de diâmetro. A raquete pode ser de qualquer tamanho, formato ou peso. Deve ser feita de madeira natural em 85% do material. Ela deve ter uma borracha na área que fará contato com a bola, sendo proibido jogar com o lado de madeira. A raquete deve ter duas cores diferentes – sempre vermelho vivo ou preto. Um fundamento técnico importante é a empunhadura realizada, ou seja, a maneira que o jogador segura a raquete. Existem três empunhaduras ou modos de segurar a raquete: Clássico – empunhadura básica, é similar à do tênis, onde a mão fica disposta na raquete como se segurasse um controle remoto. Caneteiro – muito utilizada por jogadores asiáticos, empunha a raquete como se fosse uma caneta, é uma posição muito boa para colocar efeito na bola. Classineta – é o meio termo entre as duas empunhaduras citadas, apresenta maior maleabilidade quanto ao lado da raquete utilizado. Naquilo que tange às diferentes apropriações do fenômeno esportivo Tênis de Mesa, podemos afirmar que sua prática está historicamente ligada às atividades de lazer e tempo livre das elites. A história do jogo mostra, por exemplo, que sua chegada ao Brasil está ligada a socialização e ao divertimento das elites de São Paulo e Rio de Janeiro, já que custava caro importar as mesas e raquetes. É importante, saber quando utilizar o termo “pingue-pongue” ou o termo “tênis de mesa”. Justamente quando sua prática é voltada ao lazer, de perfil lúdico, podemos utilizar o termo “pingue-pongue”, apesar de “tênis de mesa” também ser correto. Mas quando a apropriação for do campo esportivo competitivo, ou seja, em campeonatos organizados por entidades oficiais, por exemplo, devemos sempre utilizar o termo “tênis de mesa”. Uma partida de tênis de mesa (ou pingue-pongue) pode ser jogada com número de sets ímpares – 1, 3, 5, 7…cada set é disputado em 11 pontos. Em caso de empate em 10 a 10, será vencedor aquele que conseguir fazer 2 pontos consecutivos primeiro. Cada jogador, de acordo com suas características individuais, desenvolverá um fundamento técnico diferente. Um dos fundamentos são a dominância da mão que segura a raquete, ou seja, se o jogador é destro ou canhoto, assim como o tipo de empunhadura utilizada para segurar a raquete. Fundamentos técnicos do tênis de mesa O futuro profissional de Educação Física deve conhecer as principais características da modalidade, pois se trata de uma atividade relativamente acessível em termos de custos e de grande valor pedagógico, podendo ser utilizada em ambiente escolar, assim como em escolinhas de formação esportiva ou clubes de lazer. Agora que vimos o processo histórico de desenvolvimento do jogo, os materiais e as principais medidas, os tipos deempunhadura na raquete, veremos como funciona um jogo de tênis de mesa – ou pingue pongue – na prática. O jogo começa com o saque. A bola deve ser lançada na vertical, a partir da palma da mão aberta, devendo ser batida com a raquete no momento da descida. É obrigatório que a bola toque uma vez no campo do sacador antes de passar sobre a rede para o campo adversário, sem tocar a rede. A batida do saque deve sempre ser realizada atrás da linda de fundo, ou seja, o sacador não pode invadir a área do seu campo para sacar. Cada atleta saca duas vezes, passando o saque ao adversário. Outra regra diz que o sacador não pode atrapalhar a visão do adversário durante o saque, sendo obrigatório recolher a mão que lança a bola (mão livre). Todas as vezes que um atleta errar o saque, errar a devolução de um saque, tocar na bola duas vezes consecutivas, ele perderá um ponto. Essa perda de ponto ocorrerá também se o atleta movimentar a mesa de jogo de alguma maneira, bater na bola com o lado de madeira da raquete ou mesmo se a bola tocar duas vezes consecutivas em seu campo. Também será punido caso sua mão livre tocar a superfície da mesa enquanto a bola estiver em jogo. O mesa-tenista realiza diferentes movimentos durante uma partida. Esses movimentos podem ser compreendidos como os fundamentos do tênis de mesa. O primeiro movimento que você vai conhecer se chama forehand, (a parte da frente da mão) e é realizado com a palma da mão que segura a raquete voltada para a frente. Já o backhand (a parte de trás da mão, ou “as costas da mão”) é realizado com as costas da mão que segura a raquete voltadas para a frente. Vamos tomar como exemplo um jogador destro: se a bola vier do lado direito, ele vai utilizar o forehand, mas se a bola vier do lado esquerdo, ou seja, do lado oposto à mão da raquete, ele vai utilizar o backhand. Outro fundamento técnico bastante utilizado é o “efeito” na bola, ou seja, a batida na bola é realizada com a raquete inclinada, de modo a adicionar um giro na bola (spin no inglês), com o objetivo de fazer uma curva ou modificar sua trajetória após tocar a mesa, dificultando a resposta do adversário. Um tipo de efeito bastante utilizado é o topspin, que tem o sentido do giro da bola de cima para baixo. O efeito é um recurso bastante utilizado por jogadores de alto nível, pode ser realizado de forehand ou de backhand, seja no saque, na devolução ou nos ataques. Video Resumo Olá, estudante! Nesse vídeo resumo, conheceremos o tênis de mesa, um jogo bastante praticado nas escolas e clubes, que pode se tornar uma possibilidade profissional na área da Educação Física. Aprenderemos sobre as origens do jogo, sua difusão da Inglaterra para o mundo, sua chegada ao Brasil e posterior desenvolvimento. Veremos, também as principais regras e fundamentos técnicos desse esporte. Saiba mais Você sabe de onde vem o nome “ping pong”? No século XIX, um inglês voltou de viagem aos Estudos Unidos trazendo consigo uma bola de brinquedo, feita de celulóide, imaginando que poderia ser útil para esse jogo que já existia em seu país. Ouvindo essa nova bola ser golpeada por uma raquete oca, feita de pele de carneiro, associou esse som ao nome “ping pong” que desde então passou a ser adotado em todo o mundo. Para saber mais informações sobre a história, regras e fundamentos do jogo, acesse os sites da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. Aula 4 Tênis de campo Olá, estudante! Nesta aula, aprenderemos como surgiu o tênis de campo, ou simplesmente tênis. introdução Olá, estudante! Nesta aula, aprenderemos como surgiu o tênis de campo, ou simplesmente tênis. Veremos como surgiu essa modalidade, que foi adaptada de jogos muito antigos, até sua retomada na Inglaterra e posterior difusão pelo mundo e profissionalização. Conheceremos, também, como essa modalidade chegou ao Brasil e se desenvolveu, analisando o processo histórico de aprimoramento, seja nas práticas de lazer ou no campo competitivo. Saberemos sobre a evolução técnica dos materiais e equipamentos do jogo, a especialização nos fundamentos técnicos, além das principais regras oficiais que regem o tênis. Vamos lá? História e evolução do tênis de campo O tênis de campo é uma modalidade que foi adaptada de jogos muito antigos, que remontam ao século XII, onde monges franceses realizavam uma brincadeira chamada jeu de paume (jogo da palma). Segundo informações da Confederação Brasileira de Tênis, nesse jogo não eram empregadas as raquetes ainda, os praticavam usavam inicialmente as mãos nuas para rebater uma bola contra um muro e, posteriormente, passaram a utilizar uma espécie de luva. Com o passar do tempo, esse jogo foi sendo adaptado, passando a ser praticado em um retângulo desenhado no chão, dividido em dois por uma corda. Registros históricos mostram uma variação desse jogo que podia ser jogado por até seis pessoas de cada lado. No Brasil, esse jogo chegou por meio de jovens engenheiros britânicos que trabalhavam na construção de ferrovias e obras para melhorias nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo Treter Gonçalves et. al. (2018) o jogo das raquetes desembarcou no Brasil no final da década de 1880, época em que nosso país se encontrava em fase de transição política da monarquia para a República, e que sofria grande influência cultural dos europeus. A primeira quadra de tênis do Brasil foi construída na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro em 1889, sendo observada também a sua prática posteriormente em clubes como o Clube de Regatas Icaraí e Canto do Rio Futebol Clube, que naquela época fomentavam a prática do remo, futebol, críquete, e que pouco a pouco foram introduzindo o tênis como modalidade. No início, o jogo era praticado somente como atividade de lazer, sempre ligado à nobreza e às elites sociais. Não havia muitas regras específicas, que eram convencionadas pelos praticantes, ou seja, entrava-se em acordo verbal sobre os combinados iniciais. Porém, a dinâmica do jogo pouco mudou, ou seja, deve-se rebater a bola para o outro lado da quadra, por cima da rede. O jogo tornou-se tão praticado nas cortes que o Rei Luis XI da França decretou que a bola usada no jogo de tênis deveria ser fabricada com materiais específicos – couro especialmente escolhido com enchimento de lã, sendo vedada a utilização de areia, cal, terra ou qualquer musgo como enchimento da bola. Já sob o reinado de Luís XII, foram codificadas as primeiras regras, além de serem construídas pelo menos 40 quadras em Órleans, na França. O desenvolvimento de novos materiais e novas regras foram acontecendo com o passar dos anos, e os fundamentos técnicos também acompanharam essa evolução. No início, os golpes eram realizados de modo rudimentar, sem grande refinamento técnico. A movimentação dos jogadores durante o jogo também não seguia um padrão específico. Com o passar dos anos, surgiram novas necessidades de adaptar os golpes à lógica competitiva, buscando sempre a eficiência com o objetivo da vitória. Com esse desenvolvimento, podemos dizer que os principais fundamentos técnicos do tênis são o forehand, o backhand, o saque, slice, smash, largada e voleio, os quais você conhecerá com mais detalhes a seguir. Principais regras e seu desenvolvimento Veremos, agora, as principais regras, a dinâmica, as medidas da quadra e alguns fundamentos técnicos do jogo. A quadra de tênis deve ter sua superfície de terra batida (saibro), ou um piso sintético (concreto) ou de grama natural. As quadras de saibro são consideradas lentas, enquanto as de grama são consideradas rápidas. Suas medidas são: 23,77 metros de comprimento por 8,23 metros de largura. Quando o jogo é de duplas, o comprimento é o mesmo, porém a largura deve ser de 10,97 metros. A rede divide a quadra ao meio, sendo mais alta nas extremidades (1,07 metro de altura) e mais baixa ao centro (0,914 metro de altura). As linhas fazem parte do campo de jogo, ou seja, quandoa bola vai em cima da linha, é considerada bola dentro. Um jogo de tênis é disputado em melhor de 3 ou 5 sets, dependendo do torneio. O set é vencido pelo jogador que vencer 6 games primeiro, com pelo menos 2 games de diferença. Caso o game fique empatado, é jogado o tie break – game de desempate. A contagem de pontos no tênis é totalmente diferente de qualquer outro esporte. Os pontos em um game são somados da seguinte maneira: primeiro ponto – 15. Segundo ponto – 30. Terceiro ponto – 40. Quarto ponto – Game. Caso o game fique empatado em 40 a 40 (iguais) vence aquele que abrir 2 pontos de vantagem primeiro. No tênis de campo, o jogador não pode tocar a bola duas vezes seguidas com a raquete, e a bola pode tocar seu campo somente uma vez antes de ser rebatida para o campo do adversário. Cada ponto é iniciado com um saque realizado atrás da linha de fundo. Em cada game, somente um jogador vai realizar o saque (serviço). O saque deve ser direcionado para uma área de 6,40 metros de comprimento e 4,11 metros de largura, no campo adversário, sempre de maneira cruzada, alternando os lados a cada ponto. Em uma partida de tênis existem quatro torneios principais a cada ano, são chamados de Grand Slam: o Australian Open na Austrália, Roland Garros na França, US Open nos EUA, e Wimbledon na Inglaterra. O torneio de Wimbledon é o mais tradicional de todos, pois o jogo de tênis tal qual o conhecemos, teve seu primeiro torneio nas gramas de Wimbledon, em 1877. Foi também nessas quadras de grama que o tênis ressurgiu na história. Depois de ficar desaparecido na era medieval, foi retomado a partir da reestruturação de jogos anteriores, como o Jeu de Palme, no fim do século XIX. (TRETER GONÇALVES et al., 2018). O fato de o tênis ser um jogo elitizado está ligado às classes mais ricas da sociedade desde sua criação. Segundo Andrade et al. (2018) o perfil socioeconômico de tenistas da categoria infantojuvenil é predominantemente de jovens das regiões Sudeste e Sul, e de classe socioeconômica A. No Brasil, em geral, não existem muitas quadras de tênis e sua prática não é economicamente viável para a maioria da população, porém algumas escolas disponibilizam raquetes e bolinhas, sendo viável sua prática de maneira adaptada na educação formal em alguns casos. Agora vamos ver na prática, quais são os principais fundamentos técnicos. Fundamentos técnicos do tênis de campo O professor de Educação Física deve conhecer as principais características do tênis, já que eventualmente pode ser conteúdo pedagógico na escola, assim como em escolinhas de formação esportiva ou clubes. Agora que vimos o desenvolvimento histórico do jogo, as principais regras e medidas da quadra, verá agora como funcionam na prática os fundamentos técnicos de um tenista. Vamos tomar como exemplo um jogador destro, que segura a raquete com a mão direita. Quando a bola vem do seu lado direito, ele rebate com um golpe chamado forehand (frente da mão), ou seja, o movimento é feito com a palma da mão voltada para a frente. Já quando a bola vem do lado esquerdo desse jogador, ele rebate a bola com um golpe chamado backhand (costas da mão), movimento feito com as costas da mão voltada para a frete e do lado oposto ao da mão que segura a raquete. O backhand pode ser realizado com uma ou com as duas mãos, dependendo das características individuais de cada jogador. Outro fundamento importante é o saque. O saque é realizado atrás da linha de fundo, sendo que os pés do jogador não podem tocar a linha nesse momento. O primeiro saque é realizado do lado direito, e vai alternando o lado a cada ponto. O movimento é realizado com o lançamento da bola pelo próprio sacador, que a rebate acima e a frente de sua cabeça, em direção à área de saque do campo adversário. Quando o adversário não consegue devolver um saque, dizemos que o sacador fez um ace (saque indefensável). Outro movimento bastante parecido com o saque é o smash, que é realizado de dentro da quadra, acima da cabeça, utilizado quando o adversário devolve uma bola muito alta. Quando o jogador se aproxima da rede durante um ponto, ele utilizará um golpe chamado voleio que é quando rebate a bola antes que ela toque no seu campo. Normalmente é uma jogada vencedora, podendo ser realizado de forehand ou backhand. Outro recurso utilizado com frequência é a largada, quando o jogador rebate uma bola curta, próxima à rede, para o outro campo, surpreendendo o adversário quando ele está no fundo da quadra, esperando por um golpe mais forte e longo. Podemos ver que constantemente os jogadores de tênis utilizam um artifício para dificultar a devolução do adversário: o efeito. Esse fundamento faz bola girar rápido durante sua trajetória, provocando um toque irregular no campo, modificando sua trajetória. O efeito pode ser utilizado no saque, na largada, no voleio ou num golpe normal de forehand ou backhand. Um dos principais tipos de efeito utilizado é chamado de topspin (giro no topo da bola). Outra jogada que utiliza o efeito é chamada slice (fatia), que coloca na bola um efeito no sentido contrário ao do topspin, com o contato da raquete ocorrendo na parte de baixo da bola. Profissionalmente, o tênis de campo é bastante praticado pelo mundo, tendo suas regras oficiais unificadas pela Federação Internacional de Tênis (ITF). Video Resumo Aula 1 Atletismo Olá, estudante! nesta Aula, falaremos não apenas da história do atletismo, mas também mergulharemos nas instituições que moldam seu presente e futuro. introdução Olá, estudante! nesta Aula, falaremos não apenas da história do atletismo, mas também mergulharemos nas instituições que moldam seu presente e futuro. Desde os primórdios do Atletismo na Grécia Antiga até os padrões globais estabelecidos pelas instituições reguladoras contemporâneas, nossa jornada será repleta de descobertas e insights sobre como o Atletismo se tornou a base para diversas outras modalidades esportivas. Além disso, vamos desvendar as características singulares das provas de Atletismo, destacando as nuances entre as competições indoor e outdoor. Aprenderemos como as diferentes condições, seja em ambientes fechados ou ao ar livre, influenciam o desempenho dos atletas e moldam as estratégias adotadas nas pistas e campos. Vamos começar? Caracterizando e definindo o Atletismo O atletismo é popularmente conhecido como um esporte fundamental, pois utiliza movimentos básicos que o ser humano utiliza desde a pré-história: correr, saltar, arremessar e lançar. E essas mesmas ações servem de base para outros esportes: o arremesso no handebol e no basquete; as corridas nos esportes de invasão, os saltos no voleibol, entre outros. Historicamente, essa é uma modalidade que vem sendo disputada pelos homens desde os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga e, pelas mulheres, desde os Jogos Olímpicos Modernos em 1928, realizados em Amsterdã. Os brasileiros começaram a participar do atletismo em 1924, enquanto as brasileiras iniciaram em 1948, nos Jogos Olímpicos de Paris e Londres, respectivamente. As provas do atletismo são as seguintes: corridas rasas – 100m; 200m; 400m; 800m; 1500m; 5000m; 10000m; maratona (42.195 metros). As Corridas com barreiras: 110m (masculino); 100m(feminino); corrida com obstáculos: 3000m (ambos). Corridas de revezamento: 4x100m e 4x400m. Os saltos: em altura, com vara, em distância e triplo. O arremesso de peso e os lançamentos: de disco, dardo e martelo. Existem, também, as provas combinadas, ou seja, prova na qual o atleta participa em mais de uma modalidade e suas colocações e resultados somam pontos. O decatlo é a prova combinada masculina que conta as seguintes provas: 100 metros rasos, salto em distância, lançamento de peso, salto em altura, 400 metros rasos, 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo, 1.500 metros rasos. Já o heptatlo é disputado pelas mulheres e é composto pelas provas de 100metros com barreiras, salto em altura, arremesso de peso, 200 metros rasos, salto em distância, lançamento de dardo, 800 metros rasos. As provas tradicionais são realizadas em espaços abertos (outdoor), tanto as provas de pista quanto as de campo. No entanto, existe também a modalidade indoor. De acordo com Sant (2005), a primeira competição de atletismo indoor aconteceu em 1861 no Young Men's Gymnastic Club de Cincinnati (EUA). Mas somente em 1966 acontece em Dortmund (Alemanha) os Primeiros jogos Europeus de Pista Coberta. O primeiro mundial de atletismo indoor aconteceu em 1987 em Indianapólis. Por conta da área de competição e da cobertura, as provas indoor não contam com as disputas de lançamentos (dardo, martelo e disco). Ao abordar as instituições que definem as regras e competições oficiais do atletismo, começamos pela International Association of Athletics Federations (IAAF), fundada em 1912, a qual desempenha um papel central na regulamentação do Atletismo em escala global. Seu principal objetivo é promover e organizar competições internacionais, estabelecer regras e padrões técnicos, além de zelar pela integridade e ética no esporte. Ao longo dos anos, a IAAF evoluiu para se adaptar às mudanças no cenário esportivo, introduzindo novas categorias, eventos e regulamentações para manter o Atletismo como uma modalidade dinâmica e inclusiva. Além da IAAF, as federações continentais, como a Confederação Africana de Atletismo, a Associação Asiática de Atletismo, a Associação Europeia de Atletismo, a Associação de Atletismo da América do Norte, Central e Caribe e a Confederação Sul-Americana de Atletismo desempenham papéis cruciais na regulamentação e promoção do Atletismo em suas respectivas regiões. História e variedade de provas no atletismo Entre os principais nomes brasileiros de destaque no esporte, podemos citar recordistas mundiais que deixaram suas marcas: Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio, João Carlos de Oliveira (João ‘do Pulo’) e Ronaldo da Costa, totalizando oito recordes mundiais, que, hoje, já foram superados. Além disso, os brasileiros conquistaram dezenas de medalhas olímpicas, incluindo a Medalha Barão Pierre de Coubertin, concedida a Vanderlei Cordeiro de Lima, maratonista que, em 2004, durante os Jogos Olímpicos de Atenas, foi intercedido por um espectador enquanto liderava a corrida e concluiu-a na terceira colocação. No âmbito feminino, destacam-se Maurren Higa Maggi que conquistou o ouro no salto em distância nas olímpiadas de Pequim, em 2008 e a Vitória Rosa, velocista e medalhistas nos jogos Panamericanos de 2019. De acordo com Matthiesen (2007), esse breve histórico reforça o atletismo como uma modalidade tradicional na Educação Física, embora enfrentando desafios como a falta de prática entre crianças e jovens, atribuída muitas vezes à limitação de espaço e acesso a materiais específicos ou desinteresse por parte de alunos e professores. Em relação as capacidades físicas exigidas pelos atletas, pode-se afirmar que as provas de pista e de curtas distância (de 100m a 400m) exigem muita força e velocidade, já as de longa distância (800m até a maratona) tem seu foco principal na resistência. As provas de campo (os saltos, lançamentos e arremesso) exigem muito mais de força, flexibilidade e agilidade dos atletas. Os treinos direcionados aos atletas da modalidade costumam relacionar exercícios “educativos” (para assimilar e aprender movimentos), musculação, exercícios de mobilidade e os exercícios técnicos e práticos, realizados nas pistas/campos. Em relação as competições indoor, lembramos que estas são realizadas em instalações fechadas, como ginásios e arenas esportivas, e são conhecidas por algumas características específicas. As provas indoor geralmente são mais curtas e mais rápidas do que as provas ao ar livre, devido ao tamanho limitado da pista. Outra característica notável é a proteção contra condições climáticas adversas, que permite a realização de competições de alto nível em qualquer estação do ano. De acordo com Sant (2005), as instalações indoor garantem um ambiente controlado, isento de ventos contrários e chuva, criando condições ideais para marcas e recordes pessoais. Entre as instituições importantes para o esporte, deve ser destacada a Confederação Sul-Americana de Atletismo (CONSUDATLE), fundada em 1918, sendo uma entidade crucial na promoção e regulamentação do Atletismo na América do Sul. Composta por 13 países membros, a confederação atua como uma plataforma unificadora, estabelecendo diretrizes desde competições de base até eventos de elite, visando padronizar práticas esportivas e garantir equidade. Além de organizar competições emblemáticas, como o Campeonato Sul-Americano de Atletismo, a CONSUDATLE desempenha um papel essencial na representação dos interesses sul-americanos em instâncias internacionais, colaborando estreitamente com a World Athletics para alinhar as práticas esportivas globais com as características específicas da região. Explorando o universo do atletismo: provas, história e instituições reguladoras O Atletismo, muitas vezes referido como a "modalidade mãe" de todos os esportes, desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das habilidades motoras essenciais para seus praticantes. De acordo com Soares et al. (2014), o Atletismo serve como uma base sólida para o desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais, como coordenação, equilíbrio, destreza, força, velocidade e resistência. Essas habilidades são cruciais não apenas para o desempenho atlético, mas também para a promoção de uma vida saudável e ativa. Segundo Verkhoshansky (2001), a prática regular do Atletismo contribui significativamente para o aprimoramento da coordenação motora, que é a capacidade de realizar movimentos precisos e controlados. Além disso, o equilíbrio, outro elemento-chave, é aprimorado através de atividades como saltos, corridas e arremessos, fortalecendo a estabilidade do praticante. A destreza, entendida como a habilidade de realizar tarefas com precisão e eficiência, é cultivada nas diversas modalidades do Atletismo. O lançamento de dardo, por exemplo, requer uma combinação única de força e destreza para atingir distâncias significativas. Já a velocidade, vital em muitos esportes, é aprimorada nas corridas de curta e longa distância, enquanto a resistência é desenvolvida em provas de fundo, como a maratona. A relevância do Atletismo não se limita apenas ao desenvolvimento físico, mas também à formação de valores e habilidades socioemocionais. Quando se fala em iniciação ao esporte, a participação em atividades atléticas pode contribuir para o desenvolvimento de habilidades sociais, como trabalho em equipe, liderança e respeito mútuo, e por ser um esporte disputado individualmente, leva a melhoria e desenvolvimento da responsabilidade, autonomia e tomada de decisões. O atleta também deve aprender a lidar com pressões e emoções, desafios pessoais, superar derrotas e encarar os erros como oportunidade de aprendizado. Em relação ao atletismo indoor, devemos citar que as principais características incluem a limitação de espaço, que demanda curvas mais fechadas e distâncias reduzidas nas corridas. Isso intensifica a necessidade de aceleração e mudanças rápidas de direção, colocando uma ênfase significativa na agilidade e na técnica dos atletas. Em termos de exigências físicas, o Atletismo indoor demanda uma combinação aprimorada de velocidade, explosividade e resistência. Os saltos em altura e distância demandam uma abordagem mais precisa devido ao espaço limitado. A modalidade também exige uma adaptabilidade a diferentes superfícies de pista, como as de tartan (pista sintética para qualquer clima, feita de poliuretano usada para competições de atletismo), frequentemente utilizadas em ambientes fechados. No Brasil, a instituição que regula o esporte é a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt),O futebol e o profissional de Educação Física Como vimos até este momento, o futebol é inquestionavelmente uma das modalidades esportivas mais populares em todo o mundo, e em especial no Brasil. Nota-se o crescimento progressivo desde o seu surgimento até os dias de hoje, com o aumento de ligas e competições tanto a nível profissional quanto amador, assim como o incentivo a prática da modalidade entre as mulheres. Diante disso, a demanda por profissionais de Educação Física qualificados está também em constante crescimento. Há, também, um olhar especial que deve ser lançado a detecção de talentos, sendo um aspecto crucial no cenário do futebol, pois futuros "craques" começam a mostrar seu potencial ainda jovens (WILLIAMS et al., 2020). Cabe, portanto, ao profissional de Educação Física promover um treinamento e ambiente adequado para os jovens que iniciam na prática esportiva da modalidade. A versatilidade da atuação do profissional de Educação Física no futebol é eminente, desempenhando funções essenciais dentro de uma equipe e/ou um clube. As mais conhecidas são a função de treinador e preparador físico. O treinador (head coach), é o líder responsável pelo desenvolvendo da sua equipe, implementando programas visando o aumento da performance, por meio do treino técnico e tático e em algumas equipes, também se torna responsável pelos treinos de condicionamento físico. O preparador físico (strenght and conditioning coach) da equipe de futebol concentra-se no planejamento de programas de condicionamento físico, resistência e recuperação dos jogadores. Assim, o profissional pode atuar como fisiologista, auxiliar técnico, preparador de goleiro entre outros (SIQUEIRA; SILVA, 2020). Para que o profissional de Educação Física possa ganhar seu espaço e confiança no meio do futebol, uma profunda compreensão das regras do jogo torna-se essencial, uma vez que essa expertise desempenha um papel crucial em sua capacidade de instruir e treinar atletas. A familiaridade com as regras permite uma abordagem mais completa para o desenvolvimento das habilidades dos jogadores, e garante a capacidade de tomada de decisões justas em situações de jogo. A compreensão das regras de futebol também possibilita estender-se à atuação como árbitro, uma dimensão muitas vezes subestimada da profissão. O árbitro de futebol desempenha um papel crucial no jogo, responsável por garantir o cumprimento das regras, manter a ordem e garantir a segurança dos jogadores. Sua imparcialidade e conhecimento profundo das regras são fundamentais para tomar decisões justas em momentos cruciais. Além de aplicar as regras, os árbitros também desempenham um papel na promoção do fair play (jogo justo) e na integridade do esporte. Para terminar, destacamos que o crescimento do futebol anda em conjunto com o avanço da tecnologia, desse modo o profissional de Educação Física deve estar atento para saber como atuar nessa integração tecnologia e esporte. Equipes profissionais vêm investindo em profissionais que atuam além do campo, nos bastidores como analistas de dados ou analista de desempenho, que trabalharam com os dados de treino, traduzindo as descobertas em programas de treinamento altamente personalizados, visando otimizar a performance dos atletas (CORREIA et al., 2021). Os profissionais de Educação Física, assim, tornaram-se peças-chave na busca pela excelência no futebol moderno. Video Resumo Olá, estudante. Neste vídeo resumo, veremos a história do futebol, passando pela vinda do futebol no Brasil e seu avanço no país, o futebol aliado a tecnologia e finalizando pelas possibilidades de atuação do profissional de Educação Física dentro da modalidade. Saiba mais A história do futebol é contada não só nos livros, mas em museus e documentários. Em São Paulo está localizado o Museu do Futebol, sendo uma excelente fonte de informações sobre a história do futebol, com exposições interativas e uma ampla coleção de peças relacionadas ao esporte. Os documentários com maior riqueza de detalhes sobre as origens e efeitos do futebol são: ”A História do Futebol” da BBC e “Pelé: O Nascimento de uma Lenda”. Outra opção é o site da Federação Internacional de Futebol (FIFA), no qual você encontrará as principais notícias sobre as competições masculina e feminina, envolvendo as principais nações assim como as regras de jogo. Aula 2 A prática do futebol https://museudofutebol.org.br/ https://www.fifa.com/ Olá, estudante! Nesta Aula, vamos aprofundar os alicerces do futebol, desde os fundamentos da modalidade até os sistemas táticos de jogo. introdução Olá, estudante! Nesta Aula, vamos aprofundar os alicerces do futebol, desde os fundamentos da modalidade até os sistemas táticos de jogo. O futebol é muito mais do que realizar gol na equipe adversária, assim, exploraremos os conceitos fundamentais que tornam o jogo tão cativante. Vamos descrever as diferentes posições em campo e entender as funções específicas de cada jogador. Além disso, entraremos no mundo dos sistemas táticos, as estratégias que moldam o jogo como 4-3-3, 3-4-2-1, 4-2-3-1. Entenderemos essas combinações numéricas e descobriremos como o profissional de Educação Física precisa dessas informações na atuação desde escolinhas até a equipes profissionais. Vamos nessa! Os pilares do jogo de futebol: fundamentos, posições e sistemas O futebol, também conhecido como soccer em algumas partes do mundo, transcende barreiras culturais e linguísticas. Para compreender o seu jogo e ensinar a modalidade, torna-se necessário que o profissional de Educação Física tenha conhecimento sobre seus fundamentos, posições e funções dos jogadores e além dos sistemas táticos que moldam o desempenho das equipes. Fundamentos do futebol: Os fundamentos do futebol são as habilidades básicas da modalidade que todo o jogador precisa dominar para ter sucesso em campo. Entre eles incluem ações de ataque e de defesa. As ações de ataque são aquelas executas com a posse da bola. As mais comuns são: Drible: capacidade de controlar a bola com os pés, tocar a bola com precisão, mudar de direção rapidamente e proteger a bola dos adversários. Passe: representa a forma como os jogadores da mesma equipe se comunicam em campo. Pode ser um passe curto para manter a posse da bola ou um passe longo para encontrar um companheiro de equipe em uma posição avançada. Chute: golpear a bola com o pé de forma controlada e precisa com o objetivo de movê-la em direção ao gol adversário. Controle de bola: capacidade de manipular a bola de acordo com as intenções do jogador. Isso inclui o domínio de passes, cruzamentos e lançamentos. As ações de defesa são aquelas executadas com o intuito de recuperar a posse de bola da equipe adversária, que incluem: Marcação: acompanhar de perto um adversário, impedindo-o de receber a bola com espaço para jogar. Envolve pressão constante sobre o jogador adversário, dificultando suas ações e reduzindo as opções disponíveis. Desarme: ato de tirar a posse de bola do adversário de maneira legal e controlada. Isso pode ser feito ao interceptar um passe, roubar a bola dos pés do oponente ou desviar um chute (FREIRE, 2021; GARGANTA et al., 2013). Posições e funções dos jogadores: Em uma equipe de futebol, cada jogador desempenha um papel específico em campo, de acordo com sua zona (defesa, meio de campo e ataque), de acordo com a Figura 1. As posições e funções são: Goleiro: o guardião do gol, responsável por evitar os gols da equipe adversária. O único jogador que pode utilizar as mãos para bloquear um chute do jogador adversário. Defensores: encarregados de proteger o gol, sem a utilização das mãos. Também chamados de zagueiros, eles devem marcar os atacantes adversários, interceptar passes e ajudar a criar jogadas defensivas sólidas. Meio-Campistas: responsáveis por distribuir os passes, controlar o ritmo do jogo e ajudarem tanto na defesa quanto no ataque.que foi estabelecida oficialmente em 2 de dezembro de 1977, começando suas operações em 1979, marcando um momento significativo para o Atletismo no país. A partir da metade da década de 1980, a CBAt passou a enviar atletas qualificados para competições internacionais, expandindo o calendário nacional para abranger todas as modalidades atléticas, como pista e campo, rua, cross country (corrida disputada em terrenos abertos e acidentados) e marcha, abrangendo diversas categorias de idade. Durante esse período, o Brasil não apenas organizou eventos de destaque, como os Campeonatos Ibero-Americanos e Sul-Americanos, mas também sediou importantes competições da IAAF, incluindo o Mundial Feminino de 15 km (Rio 1989), o Mundial de Ekiden – maratona em revezamento (Manaus 1998) e o Mundial de Meia Maratona (Rio 2008). A CBAt implementou programas de apoio a atletas e treinadores, dando voz a atletas, técnicos, árbitros e clubes na Assembleia Geral, o órgão máximo da entidade. Nos anos 2000, a CAIXA tornou-se o patrocinador oficial do esporte-base nacional, proporcionando suporte às seleções brasileiras para competições internacionais, incluindo o Campeonato Mundial de Atletismo e os Jogos Olímpicos. Video Resumo Olá, estudante! Neste vídeo resumo, abordaremos um breve histórico da modalidade, as provas que compõe esse esporte, as diferenças entre as provas indoor e outdoor e as principais instituições reguladoras dessa modalidade conhecida e praticada em todo o mundo. Vamos lá? Saiba mais Dica de Site – CBAt – Confederação Brasileira de AtletismoNeste site pode ser encontrada a história da CBAt, lista das modalidades praticadas, informações sobre as competições organizadas pela entidade, recordes brasileiros desde a categoria pré-mirim até os adultos, além de notícias das disputas que estão acontecendo no Brasil e no Mundo. Na página, também podem ser encontrados os calendários das competições do ano e o ranking dos atletas. Vale a pena conferir para conhecer um pouco mais sobre o assunto. Acesse em: Dica de Filme – Race "Race" é um filme biográfico lançado em 2016, dirigido por Stephen Hopkins, que narra a notável história de Jesse Owens, um lendário atleta afro-americano que desafiou as barreiras raciais durante os Jogos Olímpicos de Berlim em 1936. O filme segue a jornada de Owens (interpretado por Stephan James), desde seus dias na Universidade Estadual de Ohio até sua participação nos Jogos Olímpicos, onde enfrentou a pressão política e social da Alemanha nazista de Adolf Hitler. Ao longo da trama, "Race" explora não apenas os triunfos atléticos de Owens, que conquistou quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas, mas https://www.cbat.org.br/novo/ também aborda as complexidades de sua posição como um ícone afro-americano em um período de segregação racial nos Estados Unidos. O filme destaca os desafios pessoais e as decisões difíceis que Owens enfrentou enquanto equilibrava sua carreira esportiva com as questões sociais e políticas de seu tempo. "Race" oferece uma perspectiva inspiradora sobre a resiliência e a coragem de um atleta que transcendeu as fronteiras raciais para se tornar uma lenda do esporte e um símbolo de resistência. Aula 2 Ginástica Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre a ginástica, cuja prática remonta a tempos antigos e que foi se moldando de acordo com as necessidades e valores das sociedades que a adotaram. introdução Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre a ginástica, cuja prática remonta a tempos antigos e que foi se moldando de acordo com as necessidades e valores das sociedades que a adotaram. Abordaremos, também as Instituições Reguladoras da Ginástica, organizações que desempenham um papel crucial na padronização, segurança e disseminação de conhecimentos sobre essa atividade. Por fim, discutiremos a Caracterização da Ginástica, analisando suas diversas formas e modalidades, desde a ginástica artística até as práticas contemporâneas voltadas para o bem-estar, como aeróbica e a geral, também conhecida como ginástica para todos. Vamos começar? As seis faces da ginástica: modalidades e características O termo “ginástica” vem do grego gymnos que quer dizer “NU”, ou seja, o modo que os antigos gregos treinavam e praticavam os esportes. A criação da primeira federação do esporte aconteceu em 1832 na Suíça. A Ginástica Artística inicia-se como modalidade desportiva nos primórdios do século XIX, sendo que a primeira participação em Jogos Olímpicos ocorreu em 1896, com participação somente de países europeus e de ginastas masculinos. Nos Jogos Olímpicos (JO), a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) destaca-se como a nação de maior tradição na Ginástica Artística Feminina (GAF), só não sendo campeã em 1984, pois não participaram devido ao boicote aos Estados Unidos. A hegemonia da URSS foi retomada nos Jogos Olímpicos de 1988, e mesmo com o fim da URSS, as ginastas soviéticas triunfaram em 1992, competindo sob a bandeira da Comunidade dos Estados Independentes. Após a dissolução da URSS, a Rússia continuou a se destacar nas competições de ginástica, embora sem a mesma aura "invencível" do passado. No período de 1952 a 2000, um total de 72 ginastas russos, entre masculino e feminino, participaram dos Jogos Olímpicos, com 49 deles conquistando o título de campeão, alguns em mais de uma ocasião. Nesse intervalo, a ginástica russa acumulou impressionantes 89 medalhas de ouro olímpicas (45 no masculino e 44 no feminino), somando-se às medalhas de prata e bronze para um total de 208 medalhas olímpicas. De acordo com Schiavon (2009), a primeira Federação Internacional de Ginástica (FIG) foi fundada em 1881. A criação da FIG foi influenciada por iniciativas desenvolvidas na Europa para padronizar as regras e regulamentos da ginástica, facilitando a realização de competições internacionais. O objetivo era promover a ginástica como uma atividade esportiva reconhecida em nível mundial. A FIG foi estabelecida durante o Congresso Internacional de Ginástica realizado em Liège, na Bélgica, em 1881. Desde então, a federação tem desempenhado um papel crucial na promoção e organização de eventos de ginástica em todo o mundo, incluindo os Jogos Olímpicos, nos quais a ginástica é uma das modalidades mais destacadas. Ao longo dos anos, a FIG tem evoluído para incorporar diferentes disciplinas da ginástica, como a ginástica artística, rítmica, acrobática e trampolim. Em relação as características, devemos destacar que existem 6 modalidades principais de ginásticas que são cobertas pelas federações e confederações, sendo elas: Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica de Trampolim, Ginástica Acrobática, Ginástica Aeróbica Esportiva e a Ginástica para todos (Ginástica Geral). A Ginástica Artística é praticada tanto por mulheres quanto por homens, sendo reconhecida por suas rotinas envolventes e desafiadoras que incorporam elementos acrobáticos de força e flexibilidade. As ginastas femininas, elegantes em sua execução, apresentam movimentos graciosos, enquanto os ginastas masculinos impressionam com sua força e habilidades atléticas. Os aparelhos utilizados, como barras paralelas, argolas, trave de equilíbrio e solo, proporcionam uma plataforma para a exibição de habilidades técnicas precisas e artisticamente expressivas. Por sua vez, a Ginástica Rítmica é uma modalidade exclusiva feminina (apesar de já haver praticantes homens e algumas apresentações masculinas sendo realizadas como exibição), e esse esporte combina elementos de dança, ginástica e o uso de aparelhos como fitas, bolas, arcos e maças. As ginastas demonstram graça e coordenação em suas rotinas, enquanto manipulam habilmente os aparelhos, sincronizando movimentos corporais e coreografia. A expressão artística é fundamental, e as apresentações refletem uma fusão única de habilidade técnica e estética visual. Explorando as modalidades: da ginásticaartística à ginástica geral No Brasil, a Ginástica Artística teve seu início no Rio Grande do Sul, trazida pelos imigrantes alemães. Em 1942, marcou-se um marco significativo com a fundação da primeira federação estadual, a Federação Riograndense de Ginástica (RS). Posteriormente, a expansão desse movimento ocorreu com o surgimento da Federação Paulista de Ginástica, estabelecida em 1948, seguida pela criação da Federação Metropolitana de Ginástica do Estado do Rio de Janeiro em 1950. Estas três entidades federativas, por sua vez, filiaram-se à Confederação Brasileira de Desportos, a qual, por sua vez, tornou-se afiliada à Federação Internacional de Ginástica (FIG) em 1951. Esse período também testemunhou a organização do primeiro Campeonato Brasileiro de Ginástica, que contou com a participação das seleções de Ginástica Artística masculina dos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Em um passo adiante, no ano de 1952, o II Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística foi realizado em Porto Alegre-RS, marcando um momento histórico ao incluir pela primeira vez a participação feminina. Nos últimos 10 anos, a Ginástica Artística (GA) experimentou uma notável ascensão nos resultados internacionais, adquirindo considerável destaque no Brasil. Esse avanço refletiu diretamente em uma ampla visibilidade na mídia, estabelecendo uma conexão mais próxima com o público leigo, alcançando uma dimensão sem precedentes. A consequência natural desse fenômeno é a elevação da GA ao status de tema relevante e atual de discussão no "senso comum" entre muitos espectadores. No entanto, é notável que essa crescente popularidade não tenha sido acompanhada proporcionalmente por pesquisas e estudos acadêmicos voltados para o alto rendimento desportivo da modalidade. Este déficit de investigação específica deixa uma lacuna no entendimento acadêmico do desenvolvimento da GA no cenário nacional, revelando a necessidade de uma abordagem mais aprofundada nesse âmbito. Para Vigarello (2003), as ginásticas, em suas diversas modalidades, compartilham características gerais que enfatizam a expressão corporal, a precisão técnica e a harmonia entre força, flexibilidade e coordenação motora. Independentemente da especialidade, a ginástica promove o desenvolvimento global do corpo, visando aprimorar não apenas aspectos físicos, mas também habilidades artísticas e cognitivas. A plasticidade dos movimentos, a busca pela perfeição técnica e a criatividade na execução das rotinas são elementos intrínsecos a todas as formas de ginástica, tornando-as verdadeiras expressões de arte atlética. Para se destacar nas ginásticas, é importante desenvolver uma série de capacidades físicas. A força desempenha um papel fundamental, permitindo a execução de movimentos acrobáticos e sustentação em posições desafiadoras. A flexibilidade é essencial para amplitudes máximas de movimento e para a realização de posturas graciosas. Falando mais especificamente sobre a Ginástica de Trampolim, essa modalidade se destaca por suas acrobacias de alta altitude e sequências dinâmicas realizadas em trampolins. Os atletas utilizam a propulsão do trampolim para executar saltos, giros e flips de maneira impressionante. A combinação de força, coordenação e precisão é fundamental, resultando em apresentações que mesclam emoção e técnica. A Ginástica Acrobática é caracterizada por performances de duplas ou grupos que realizam acrobacias e equilíbrios sincronizados. A modalidade destaca-se pela colaboração entre os participantes, que devem demonstrar confiança e coordenação para executar movimentos complexos. Elementos de força, flexibilidade e sincronização são fundamentais para criar apresentações dinâmicas e visualmente impactantes. Explorando o universo da ginástica: história, características e instituições reguladoras A ginástica rítmica (GR) surgiu com o Movimento Ginástico Europeu, mais especificamente do Movimento do Centro Alemão, tendo como influenciadores e construtores grandes personagens ligados à arte do início do século XX. De acordo com Porpino (2004), essa modalidade tinha como objetivo inicial a educação das mulheres para o desenvolvimento da graça, da harmonia de formas, da sensibilidade e da delicadeza, a GR transformou-se, ao longo do século XX, numa modalidade esportiva cuja execução dos movi mentos pode ser caracterizada por um complexo nível de dificuldade. Os detalhes técnicos de grande exigência física e expressiva, sistematizados nas regras oficiais desse esporte na atualidade, mostra-nos a distância que hoje podemos perceber entre os objetivos atuais e os objetivos iniciais predominantemente formativos. A GR é um esporte que reconhecidamente marcou sua história por compartilhar saberes estéticos advindos da arte (música e dança) e no contexto brasileiro, essa modalidade foi iniciada por Ilona Peuker, uma professora e técnica húngara. Através da criação de sua própria escola de movimento, ela desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da modalidade no país. O marco histórico ocorreu em 1956, quando Dona Ilona (como ficou conhecida) fundou o Grupo Unido de Ginastas (GUG), a primeira equipe brasileira de Ginástica Rítmica. Os primeiros campeonatos da modalidade no Brasil foram realizados no Rio de Janeiro, consolidando o início de uma jornada vibrante e competitiva para a ginástica rítmica no país. Na ginástica rítmica, existem apenas duas modalidades competitivas: o individual geral e o conjunto geral, este último envolvendo a atuação coordenada de cinco ginastas. No individual geral, as atletas se apresentam em quatro aparelhos distintos, como arco, bola, fita e maça. Já no conjunto, as ginastas realizam suas performances com dois aparelhos, os quais são alterados a cada ciclo olímpico. Cada apresentação na ginástica rítmica tem uma duração que varia entre 75 e 90 segundos para cada aparelho. A Confederação Brasileira de Ginástica foi criada em 1978, com a função de regulamentar o esporte, bem como promover (e autorizar) a realização de Campeonatos, Festivais, Cursos, Pesquisa, Intercâmbio e qualquer ato que objetive o desenvolvimento e fomento da Ginástica Brasileira. A entidade tem como valores a ética, a transparência, o respeito, a excelência, o equilíbrio e a paixão. Além da ginástica rítmica, temos também a artística (que possui apresentações no solo e em aparelhos e que temos em Dayane dos Santos e Rebeca Andrade como atletas de referência), a de trampolim (que conta com saltos e giros em grande altitude) e acrobática (realizada em duplas e equipes, com movimentos e posições que desafiam a gravidade), mas também devemos mencionar a ginástica geral e a aeróbica esportiva: A Ginástica para Todos, também conhecida como Ginástica Geral, busca promover a participação inclusiva de todas as idades e habilidades. Diferenciando-se das competições tradicionais, essa modalidade enfatiza o aspecto recreativo e social da ginástica. As atividades variam desde performances coreografadas até exercícios coletivos, incentivando a expressão individual e o bem-estar físico. Por sua vez, a Ginástica Aeróbica Esportiva concentra-se em rotinas dinâmicas que combinam movimentos aeróbicos, ginásticos e de dança. Os atletas executam sequências coreografadas, enfatizando resistência cardiovascular, força e flexibilidade. A música desempenha um papel fundamental, elevando a energia das performances e contribuindo para o componente artístico da modalidade. Vídeo Resumo Olá, estudante! Neste vídeo resumo, veremos sobre a ginástica, vamos conhecer um pouco da história desse esporte e as diversas modalidades: a acrobática, rítmica, aeróbica, artística, de trampolim e a ginástica geral. Veremos as principais características, regras e aparelhos desse esporte e aprenderemos um pouco mais sobre as instituições que o regulamentam. Vamos lá? Saiba mais Dica de Site – CBG – Confederação Brasileira de GinásticaNeste site pode ser encontrada a história da CBG, lista das modalidades praticadas, histórico das principais conquistas do esporte (tanto na Ginástica Rítmica como na Artística) informações sobre as competições organizadas pela entidade, além de notícias das disputas que estão acontecendo no Brasil e no Mundo. Na página também podem ser encontrados os calendários das competições do ano e os regulamentos técnicos que regem o esporte. Vale a pena conferir para conhecer um pouco mais sobre o assunto. Dica de Série – Physical Existem filmes e documentários muito importantes relacionados a Ginástica que devem ser apreciados como a obra Nádia (1984) que conta a história da Nadia Comăneci uma das maiores da história na modalidade, bem como o documentário "Atleta A" (2020) que fala sobre o caso das ginastas que sofreram abusos de Larry Nassar, médico da equipe de ginástica dos EUA, e os repórteres que denunciaram os casos. Também, não deve ficar de fora a série Physical (Físico ou Corporal, mas o título da série não foi traduzido no Brasil) que aborda a ginástica aeróbica e narra a trajetória de uma mulher que transcende sua posição inicial como dona de casa negligenciada para se tornar influente e autoconfiante. Sheila passa por uma transformação que, nos dias atuais, poderia ser subestimada, mas na época (década de 80) era considerada revolucionária, emergindo como uma verdadeira guru do estilo de vida. Aula 3 Esportes alternativos I Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre esportes alternativos. https://www.cbginastica.com.br/ introdução Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre esportes alternativos. Veremos um breve histórico e noções fundamentais tanto do Basebol (lembrando que também se aceitam as grafias Beisebol ou Baseball) quanto do Futebol Americano. Falaremos sobre as regras, formas de jogar e peculiaridades de cada um destes esportes. Em relação ao futebol americano, enfatizaremos as noções básicas do jogo, incluindo a estrutura do tempo de jogo, as tentativas de avanço de 10 jardas em quatro downs (descidas), e a dinâmica de ataque e defesa, em que as equipes se alternam na busca por touchdowns e field goals (gols). Também, falaremos de um esporte novo (criado em 2007) e brasileiro: O Tapembol, jogo no qual os atletas utilizam tapas para direcionar a bola e fazer gols, vamos conhecer a sua história, as regras e como está modalidade está crescendo no país e chegando a outros lugares do mundo. Vamos começar? Breve histórico do futebol americano, beisebol e tapembol Em relação às perspectivas históricas, começamos pelo Futebol Americano. Este esporte tem suas origens no Futebol (chamado pelos americanos de "soccer" que é o esporte mais tradicional do Brasil) e no Rugby (esporte também de origem inglesa na qual se utiliza uma bola oval e é jogado principalmente com as mãos). Criado no século XIX por treinadores de universidades de renome dos Estados Unidos, o esporte passou a ganhar notabilidade em 1920, ano no qual foi fundada a NFL - National Football League (Liga Nacional de Futebol), unindo várias equipes profissionais. De acordo com Mancha (2015), ao longo das décadas, a NFL se tornou a liga de futebol americano mais proeminente e popular do mundo e um dos seus destaques é o Super Bowl, a grande final da NFL, que teve início em 1967 e rapidamente se tornou um dos eventos esportivos mais assistidos nos Estados Unidos, atraindo uma audiência global significativa. No Brasil, o esporte começou a ganhar popularidade no final da década de 1990, graças às transmissões televisivas do campeonato organizado pela NFL. Através das práticas de Beach football (versão do Futebol Americano praticada na praia), a partir de 1986 e da modalidade flag (versão do esporte na qual não existe contato entre os jogadores, ficando ao mesmo tempo menos lesiva e mais barato – uma vez que não são necessários os equipamentos de proteção), iniciada em 2002, o esporte ganhou cada vez mais adeptos no país. Por sua vez, o Beisebol, ou Baseball (também é aceita a grafia basebol), é um esporte coletivo com uma longa história, jogado com taco de madeira ou alumínio e uma bola específica. Há controvérsias sobre sua origem, com algumas teorias indicando uma possível origem inglesa, enquanto outros afirmam que foi criado por Abner Doubleday em Nova York em 1839. Mas de fato, já existia um jogo semelhante, chamado "rounders" que era praticado na Inglaterra no século XVIII. De acordo com Nascimento (2022), o Beisebol é amplamente praticado em países da América do Norte, Venezuela, Cuba, República Dominicana, Japão e diversas outras nações, conquistando uma legião de fãs ao redor do mundo. A liga mais conhecida do mundo é a Major League Baseball (MLB) dos Estados Unidos. No Brasil, o Beisebol ganhou destaque no início do século XX, originando-se de competições entre funcionários de duas fábricas americanas. A presença do esporte também foi impulsionada pelas comunidades japonesas, uma vez que o Beisebol é altamente popular no Japão e o nosso país recebeu um número grande de imigrantes. Por fim, passamos ao histórico do Tapembol: de acordo com Rocha; Prudente (2010), o Tapembol foi criado em 2007, na cidade de Caeté, Minas Gerais, na Escola CEW (Centro Educacional Washington de Paula e Silva) pelo Professor de Educação Física Marco Aurélio Cândido Rocha. Rocha; Prudente(2010), relata que a palavra "Tapembol" derivou da expressão "tapa na bola" e surgiu como uma alternativa viável para as aulas de Educação Física escolar. No ano de sua criação, em 2007, a modalidade foi introduzida em um curso de extensão na Universidade FUMEC, localizada no Estado de Minas Gerais. Os acadêmicos tiveram acesso a esse conhecimento e começaram a incorporá-lo nas escolas por meio das experiências práticas durante o estágio. Ao longo dos anos, o Tapembol expandiu-se para outros estados do Brasil e para outros países, gerando reflexões e discussões sobre esse novo esporte. O intuito é ampliar as possibilidades de vivência para além do ambiente escolar e universitário de origem, tornando-se uma opção adicional para as aulas de Educação Física Escolar. Noções e regras gerais dos esportes alternativos Em relação às regras e noções do Futebol Americano, devemos apontar que o jogo é disputado em um campo, com 91,44 metros de comprimento por 48,76 metros de largura. A bola de jogo tem formato oval e é feita do mesmo tipo de couro utilizado na bola de basquetebol. Seu peso varia de 200 a 400 gramas e mede 30 centímetros de comprimento por 18 de largura. Uma partida da NFL é composta por quatro quartos de 15 minutos cada, com intervalos de 2 minutos (entre o 1º e 2º quarto e entre o 3º e 4º quarto) e um intervalo de 12 minutos (entre o 2º. e 3º quarto). O futebol americano é um jogo que se baseia na conquista de território. Inicialmente, a equipe parte da sua zona defensiva, buscando atravessar o campo até alcançar a endzone (“Zona fina”, a zona de pontuação do jogo) e pontuar com um touchdown (ao pé da letra seria “toque embaixo, ou no chão” que é o ato de chegar com a bola na zona de pontuação e jogá-la no chão), ou chegar o mais próximo possível para tentar um field goal (chutar a bola entre as traves que tem formato de Y, marcando um gol). Esse avanço é realizado por meio de descidas, conhecidas como "downs". A equipe tem quatro tentativas para avançar no mínimo 10 jardas e manter a posse da bola. Durante essas jogadas, o quarterback (armador), responsável por armar as estratégias e lançar a bola, pode optar por passes para os recebedores ou o running back (corredor ou receptor) pode tentar atravessar a linha de defesa adversária em uma corrida. Em relação às noções de jogo do beisebol, devemos apontar que este é praticado ao ar livre em um campo que possui 4 bases, e cada jogo é composto por 9 entradas, sem um tempo definido. Durante o jogo, as equipes alternam entre atacar e defender.Inicialmente a equipe visitante assume a posição de ataque, onde cada jogador tenta rebater a bola com um bastão e correr para as bases. Enquanto isso, a equipe da casa inicia na defesa, com um jogador, conhecido como arremessador lançando a bola, e os outros 8 jogadores posicionando-se para pegar a bola, caso o jogador adversário consiga rebatê-la. Após os 9 jogadores da equipe visitante realizarem suas tentativas de ataque, as funções se invertem. Agora, é a vez da equipe da casa atacar, enquanto a equipe visitante assume a defesa. Durante o jogo, a bola de beisebol é lançada pelo arremessador, e o rebatedor do time adversário tenta acertá-la com o bastão. Logo atrás do rebatedor, há um receptor que pertence ao time do arremessador. Se o rebatedor acerta a bola, ele deve correr pelas quatro bases do campo. Ao completar todas as bases, a equipe ganha um ponto. O objetivo do jogo é acumular pontos marcados pela trajetória percorrida pelos jogadores. Assim, a equipe que tiver mais corridas completas ao longo da partida é declarada vencedora. De acordo com Glater (2013), o Tapembol é praticado em quadra com seis jogadores de cada lado, sendo: um goleiro, dois na defesa, um central, um apoio direito e um apoio esquerdo. Utiliza-se as mãos abertas para tocar a bola, com um ou dois toques alternados, visando marcar gols. O goleiro protege a área e facilita a conexão das jogadas. A quadra segue as dimensões do Futsal e Handebol, 40m por 20m. Criado para explorar habilidades físicas sem exigir habilidades específicas, o Tapembol, enfatiza regras simples, promovendo desenvolvimento de reação, equilíbrio, movimento, orientação e ritmo. Aprofundando o assunto: jogos alternativos O Futebol Americano é disputado com 11 jogadores de cada lado e, além da força bruta, que vem do rugby, também exige do jogador qualidades como: velocidade; capacidade técnica e tática; agilidade e pensamento rápido. Por último, vale a pena lembrar que a pontuação não é única. Isto significa dizer que existem cinco chances diferentes de um time pontuar, e o modo pelo qual ele consegue atingir o seu objetivo influencia na quantidade de pontos que o time acumula. Pontuação no Futebol Americano envolve diferentes maneiras de marcar pontos durante o jogo: Touchdown (6 pontos): Registrado quando um time atravessa a endzone adversária, seja correndo com a bola ou recebendo um passe do quarterback. Ponto Extra (1 ou 2 pontos): Após um Touchdown, a equipe tem a opção de chutar a bola entre os postes para ganhar um ponto ou realizar uma jogada adicional, tentando novamente atravessar a endzone para ganhar dois pontos. Field Goal (3 pontos): Realizado pelo kicker (jogador responsável por chutar a bola), cuja função é chutar a bola entre os postes em formato de "Y". Safety (jogada “segura”) (2 pontos): Única pontuação originada da defesa, ocorre quando os defensores derrubam o adversário que possui a bola em sua própria endzone, ou quando o quarterback é forçado a lançar a bola antes de ser derrubado também em sua endzone. Vale dois pontos e concede posse de bola ao time defensor. O beisebol é praticado entre duas equipes que se alternam em nove rodadas de ataque e defesa. Em caso de empate, novas entradas são adicionadas para determinar um vencedor. Essencialmente, dois instrumentos são cruciais para o jogo: o taco e a bola. A bola deve ter uma circunferência de 23 a 25 centímetros e pesar exatamente 142 gramas, com uma estrutura interna de cortiça, corda ou lã revestida por couro costurado à mão. O taco, por sua vez, tem formato cilíndrico e pode ser feito de madeira ou alumínio, variando em massa entre 850 gramas e um quilo, com um tamanho médio de 81 centímetros. Um termo específico no beisebol é o "home run" (traduzido como “corrida da casa”, afinal o rebatedor vai poder percorrer com segurança todas as bases, mas não é utilizada uma tradução), que ocorre quando a bola é rebatida para fora do estádio e dessa forma a equipe defensora fica impossibilitada de realizar a defesa. Por fim, de acordo com Barboza (2017), o tapembol proporciona aos alunos/atletas a prática dentro de seus limites, dispensando a necessidade de habilidades específicas exigidas em esportes tradicionais. Suas regras permitem jogar sem cobrança de desempenho ou gestos específicos para atingir o objetivo do gol, sendo totalmente inclusivo. Essa abordagem se alinha aos princípios dos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Básica e aos objetivos da Educação Física adaptada, jogos de inclusão e práticas esportivas, aplicando teoria à vivência prática em atividades de extensão. Recentemente, o tapembol foi apresentado ao Ministério dos Esportes, buscando o reconhecimento como federação. Por curiosidade, o critério de desempate de uma partida de tapembol são as faltas: o time com menos faltas ganha. As faltas são divididas em três formas, sendo elas técnicas - pelo manuseio da bola; físicas - quando acontecem contatos e atitudes envolvendo o corpo e as verbais - que podem ser contra companheiro, árbitros e plateia. As faltas técnicas levam a benefícios para o outro time, pois o mesmo recebe vantagem de área quando chega à cota individual ou coletiva. Video Resumo Olá, estudante! Neste vídeo resumo, veremos sobre os esportes alternativos, vamos falar sobre a história e as noções do Futebol Americano com suas estratégias diversificadas e seu jogo emocionante, Beisebol com seus arremessos e rebatidas e do jogo brasileiro Tapembol, com suas jogadas diferentes utilizando tapas na bola para fazer os gols. Vamos lá? Saiba mais Dica de Filme: Um Sonho Possível "Um Sonho Possível" (The Blind Side), lançado em 2009. O filme é baseado em uma história real e destaca a influência do futebol americano na vida de um jovem jogador chamado Michael Oher. O enredo gira em torno da história de Oher, um adolescente sem-teto com habilidades incríveis para o futebol americano. Ele é acolhido por uma família amorosa que o apoia em seu caminho para se tornar um jogador de destaque. "Um Sonho Possível" não apenas aborda aspectos do esporte, mas também explora temas como superação, resiliência e a importância do apoio e oportunidades na vida de um indivíduo. Com o filme é possível aprender algumas regras e ter algumas noções de jogadas e táticas do futebol americano. Dica de Site - Tapembol Este esporte, criado por um professor de Educação Física brasileiro em 2007, ganha adeptos a cada dia pela sua versatilidade e por utilizar materiais presentes na maioria das escolas brasileiras. Neste site podem ser encontradas a história, as regras, informações de competições (escolares e de adultos) e até mesmo notícias sobre locais do mundo onde o esporte já está sendo divulgado/praticado (Peru, Colômbia, Índia, Indonésia, entre outros). Vale a pena conferir para conhecer ainda mais esta modalidade. https://tapembol.com.br/ Aula 4 Esportes alternativos II Olá, estudante! Nesta Aula vamos abordar esportes que não são vistos comumente. introdução Olá, estudante! Nesta Aula vamos abordar esportes que não são vistos comumente. Primeiramente, exploraremos o emocionante universo do Dodgeball, um esporte dinâmico e repleto de estratégias, onde a destreza e a agilidade são essenciais. Este esporte também é conhecido como “queimada” no Brasil e é muito popular nas aulas de Educação Física Escolar. Em seguida, adentraremos o mundo do Corfebol, uma prática única que se destaca pelo seu caráter misto, exigindo cooperação entre homens e mulheres. Por fim, vamos desbravar o Quimbol, reconhecido como o primeiro esporte coletivo de raquetes no mundo, onde habilidades com raquetes e jogadas estratégicas são fundamentais. Vamos começar? Breve histórico do corfebol, dodgeball e quimbol O corfebol foi criado em 1902 pela fusão do Handebol com o Basquete, tendo sido desenvolvido pelo Professor de Educação Física Nico Broekhuvesen. O seu diferencial é o de serum dos raros esportes coletivos mistos, onde cada time é composto por 4 homens e 4 mulheres, ocupando a quarta posição em popularidade na Holanda, seu berço. Esse esporte é praticado em mais de 40 países, com notáveis potências, incluindo Bélgica, Portugal, Alemanha, República Tcheca, China e Austrália. Nas escolas em que é adotado, o esporte desempenha uma função significativa, cultivando o apreço pela estratégia, cooperação e integração entre todos os participantes. Vale destacar que o Corfebol teve a honra de ser apresentado como uma modalidade de demonstração nas Olimpíadas de 1920 e 1928 (CONFEF, 2007). O Dodgeball tem suas origens remontando a cerca de 4000 anos antes de Cristo, sendo atribuído aos chineses. Inicialmente, em vez de usar uma bola de borracha, os praticantes lançavam cabeças decapitadas uns nos outros. Felizmente, ao longo da história, o conceito evoluiu significativamente. De acordo com Mazzoni (2016), em 1833, através das modificações introduzidas por Hagerson Augustus, o dodgeball foi modernizado, transformando-se no jogo que conhecemos atualmente. No Brasil, o dodgeball é mais conhecido como "queimada", "baleado", "caçador", "mata-soldado" ou "carimba". É um jogo popular, praticado durante as atividades físicas nas escolas, nos parques ou nas ruas. Por não se tratar de um esporte oficial, as regras e nomenclaturas costumam variar de acordo com a cultura local, mas de maneira geral o objetivo é atingir o adversário com a bola eliminando-o. Apesar de não haver um torneio oficial no Brasil, o esporte costuma estar presente em olimpíadas escolares. O Quimball ou Quimbol é um jogo inovador que se originou das ideias do professor de Educação Física Joaquim Bueno de Camargo, carinhosamente conhecido como "Quim". O nome do esporte foi inspirado no apelido dado pelos amigos à nova prática quando surgiu em 1947, chamando-a de "Jogo do Quim". O professor iniciou o desenvolvimento do esporte nos anos 40, no Pontal do Paranapanema, e ao se mudar para Piracicaba, interior de São Paulo, aprimorou as regras. Em 2000, Quim criou o Quimball como uma modalidade esportiva tipicamente brasileira. De acordo com Karal (2017), nos últimos anos, o Quimbol ressurgiu e cresceu em popularidade, sendo praticado em diversas cidades e estados. O Quimbol é disputado em uma quadra de vôlei, com cada equipe composta por quatro jogadores que utilizam raquetes de madeira para rebater uma bolinha de borracha macia, tentando colocá-la fora do alcance da equipe adversária. O jogo, dividido em quatro quartos de dez minutos, é dinâmico e permite o uso de partes do corpo para executar jogadas, remetendo aos fundamentos do futebol. Essa prática esportiva continua a evoluir, conquistando adeptos em diversas comunidades ao redor do país. Noções e regras gerais dos esportes alternativos Amplamente praticado nos Estados Unidos, o dodgeball é regulamentado por competições oficiais, todas elas supervisionadas pela National Amateur Dodgeball Association (Associação Nacional de Dodgeball - NADA). O esporte, que segue regras oficiais, é disputado em uma quadra dividida em dois lados centrais, formando a zona neutra e a zona de ataque. Cada equipe de Dodgeball consiste em 6 a 10 jogadores, sendo que seis deles estão em campo e os outros quatro atuam como reservas. Para dar início à partida, cada equipe deve ter pelo menos quatro jogadores em campo, sendo que os reservas podem entrar apenas durante o tempo determinado ou em casos de lesões. É crucial destacar que cada equipe deve ter um número equivalente de homens e mulheres em cada jogo. No jogo oficial são utilizadas seis bolas. A partida começa com os jogadores posicionados na linha de fundo e as bolas alinhadas na linha do meio da quadra. Ao soar do apito, os jogadores correm para pegar as bolas e as lançam para um companheiro mais bem posicionado em seu campo de ataque. A partir desse momento, é permitido eliminar os adversários. Cada jogador só pode pegar uma bola no início do jogo e não pode realizar um arremesso imediatamente. É necessário retornar ao campo de ataque antes de efetuar os lançamentos. Conforme as regras oficiais da NADA, o objetivo do Dodgeball é eliminar todos os jogadores adversários da quadra, o que pode ocorrer por: Acertar a bola no adversário abaixo da linha dos ombros ou; pegar a bola sem deixá-la cair no chão, eliminando assim o arremessador ou mesmo ao ser atingido na cabeça pelo arremessador, resultando na eliminação. Um jogador é considerado queimado apenas quando a bola atinge qualquer parte do seu corpo (com exceção da cabeça). Se isso acontecer, ele é eliminado temporariamente. Na prática do Corfebol, a equipe que alcança maior pontuação ao colocar a bola na cesta é declarada vencedora. Cada equipe é composta por quatro homens e quatro mulheres, organizados em pares. A bola utilizada no jogo é do modelo número 5, proveniente do futebol. A dinâmica do jogo impõe restrições, com cada homem permitido a marcar apenas outro homem, e cada mulher, exclusivamente outra mulher. Não são permitidas marcações de dois contra um, nem confrontos entre integrantes de sexos opostos. Além disso, o contato físico não é tolerado. Para garantir a participação equitativa de todos os jogadores em diferentes papéis, a cada duas cestas os defensores transformam-se em atacantes, e vice-versa. Uma peculiaridade do Corfebol é que o jogador que recebe a bola deve parar e passá-la ao colega de equipe, sendo proibido quicar (bater a bola no chão) ou correr com a bola na mão. Essa restrição desencoraja o jogo individualista, incentivando os jogadores a desenvolverem habilidades de deslocamento no espaço, uma vez que não podem se movimentar com a bola. O objetivo do jogo é que cada equipe envie a bola regularmente por cima da rede para a quadra adversária. O jogo é iniciado com um saque de fundo e prossegue até que a bola saia para fora, não seja devolvida corretamente para o adversário ou ocorra alguma irregularidade nas regras estabelecidas. O Quimbol ostenta a distinção de ser o primeiro esporte coletivo de raquetes do mundo, onde duas equipes, cada uma composta por 4 jogadores, confrontam-se em uma quadra dividida por uma rede. As jogadas desenrolam-se mediante passes efetuados com raquetes específicas do Quimbol. Embora o uso da raquete seja crucial na maioria das circunstâncias, é permitido recorrer ao solo até quatro vezes e utilizar partes do corpo (exceto mãos e braços) para auxiliar na recepção da bola. Jogos Alternativos na prática Em relação ao Dodgeball, devemos observar que, ao conseguir agarrar a bola sem deixá-la tocar o solo, não apenas o jogador elimina o arremessador, mas também tem a oportunidade de reintegrar um companheiro de equipe que esteja fora de jogo. Durante o jogo, é obrigatório que todos os jogadores permaneçam em suas áreas designadas. Os que se encontram mais ao fundo da quadra só podem deixar esse espaço para recuperar uma bola perdida. É estritamente proibido que qualquer jogador pise sobre a linha central. O arremesso só é permitido antes da linha de ataque. A equipe que eliminar todos os jogadores adversários primeiro será proclamada vencedora. Durante a partida, estabelece-se um limite de tempo de 5 minutos. Se, ao final desse período, nenhuma das equipes for totalmente eliminada, o time com maior número de jogadores em quadra é declarado o vencedor. Relembrando um pouco do histórico do Corfebol, durante sua criação no Séc. XX, a Associação de Educação Física de Amsterdã buscava um jogo que fosse acessível a crianças, jovens e adultos, ao mesmo tempo em que promovesse a integração de ambos os sexos na mesma equipe. Naquele período, a prática esportiva por mulheres era incomum, ainda mais quando compartilhada com homens. Foi nesse contexto que em 1902, Nico Broekhuyesen concebeu a ideia de um esporte de fácil aprendizado (CONFEF, 2007) O Corfebol também se destaca por estar ao alcance de todos.Obesos, deficientes físicos ou pessoas com pouca coordenação motora podem participar ativamente, uma vez que os deslocamentos não exigem grande velocidade e não há disputa de força. De acordo com Karal (2017), o Quimbol é regido por um conjunto preciso de regras que dão forma à dinâmica do jogo. Após o sinal do árbitro de bancada, o jogador inicia a partida com um saque de fundo. É importante que esse saque seja efetuado no prazo estipulado de 3 segundos, caso contrário a punição é imposta, concedendo ao adversário a oportunidade de iniciar a jogada. Em caso de erro no primeiro saque, o jogador tem direito a uma segunda tentativa. A entrega da bola à quadra adversária deve ser realizada exclusivamente com o uso da raquete, sendo que qualquer outra forma resulta na perda de ponto. Após o saque, a equipe receptora da bola deve conduzir a jogada com 2 (mínimo) a 3 (máximo) passes. Os jogadores em campo têm a liberdade de escolher entre diferentes tipos de passes, nos quais recursos como toques no solo (limitados a 4 por período), pernas, pés, cabeça e tronco são considerados válidos. Pode-se ajeitar a bola com essas partes do corpo e, em seguida, enviá-la com a raquete, sendo isso considerado um "recurso". A utilização das mesmas partes do corpo para realizar o passe sem o auxílio da raquete é permitida, mas ao direcionar a bola para a quadra adversária, o último contato deve obrigatoriamente ocorrer com a raquete. Essas regras e formas de jogo fazem do Quimbol um jogo diferente e que aos poucos está ganhando o gosto do público. Aula 1 introdução Futebol: da Inglaterra ao Brasil O crescimento do futebol e a tecnologia O futebol e o profissional de Educação Física Video Resumo Saiba mais Aula 2 introdução Os pilares do jogo de futebol: fundamentos, posições e sistemas Posicionando os jogadores e aprendendo os sistemas de jogo O papel do profissional de Educação Física no ensino do futebol Vídeo Resumo Saiba mais Aula 3 introdução Futsal: da América do Sul para o mundo Evolução do futsal O futsal no Brasil Principais regras do futsal O crescimento do futsal O futsal e o profissional de Educação Física Video Resumo Saiba mais Aula 4 introdução Os pilares do jogo de futsal: fundamentos, posições e sistemas Fundamentos do futsal Posições e funções dos jogadores Sistemas táticos Aprendendo o complexo sistema do jogo de futsal O papel do profissional de Educação Física no ensino do futsal Video Resumo Aula 1 introdução A origem do basquete e sua evolução O crescimento do basquete no mundo: das ruas as ligas profissionais O profissional de educação física e o ensino do basquete Video Resumo Saiba mais Aula 2 introdução Basquete: fundamentos, posições e sistemas Fundamentos do basquete Posições e funções dos jogadores no basquete Sistemas táticos Sistemas táticos no basquete: estratégias de sucesso Sistemas de defesa Sistemas de ataque A importância do profissional de educação física no conhecimento da prática do basquete Fundamentos do Basquete Posições e Funções dos Jogadores Sistemas do Basquete Desenvolvimento dos jogadores Qualidade do ensino esportivo Vídeo Resumo Saiba mais Aula 3 introdução Handebol: origem, desenvolvimento no Brasil e regras fundamentais O mundo do Handebol: crescimento e evolução O profissional de educação física e o conhecimento do handebol Video Resumo Saiba mais Aula 4 introdução Handebol: fundamentos, posições e sistemas Fundamentos Sistemas táticos Sistemas táticos no handebol: estratégias de sucesso Sistemas de defesa Sistemas de ataque A importância do profissional de educação física no conhecimento da prática do handebol Aula 1 introdução História e Evolução Voleibol Principais regras e sua evolução técnica Fundamentos técnicos e ações do voleibol Video Resumo Saiba mais Aula 2 introdução Posições e rodízio no voleibol Principais características das funções do voleibol Principais sistemas táticos do voleibol Vídeo Resumo Saiba mais Aula 3 introdução História e evolução do tênis de mesa Principais regras e seu desenvolvimento Fundamentos técnicos do tênis de mesa Video Resumo Saiba mais Aula 4 introdução História e evolução do tênis de campo Principais regras e seu desenvolvimento Fundamentos técnicos do tênis de campo Video Resumo Aula 1 introdução Caracterizando e definindo o Atletismo História e variedade de provas no atletismo Explorando o universo do atletismo: provas, história e instituições reguladoras Video Resumo Saiba mais Aula 2 introdução As seis faces da ginástica: modalidades e características Explorando as modalidades: da ginástica artística à ginástica geral Explorando o universo da ginástica: história, características e instituições reguladoras Vídeo Resumo Saiba mais Aula 3 introdução Breve histórico do futebol americano, beisebol e tapembol Noções e regras gerais dos esportes alternativos Aprofundando o assunto: jogos alternativos Video Resumo Saiba mais Aula 4 introdução Breve histórico do corfebol, dodgeball e quimbol Noções e regras gerais dos esportes alternativos Jogos Alternativos na práticaAlas/laterais: atuam nas laterais do campo e têm a tarefa de cruzar a bola para os atacantes. Ajudam na defesa quando necessário. Atacantes: a principal função é marcar gols. Eles devem ser rápidos, ágeis e capazes de finalizar o chute a gol com precisão (FREIRE, 2021; GARGANTA et al., 2013). Figura 1 | Campo de futebol, zonas e posições dos jogadores (sistema 4-3-3) Fonte: elaborada pela autora. Sistemas táticos: Os sistemas táticos de jogo no futebol referem-se às estratégias organizacionais que as equipes utilizam para alcançar seus objetivos durante um jogo. Esses sistemas envolvem a disposição dos jogadores em campo e suas funções específicas, com o objetivo de potencializar o desempenho da equipe tanto defensiva quanto ofensivamente (COSTA et al., 2010). Existem várias formações táticas que as equipes podem adotar, e cada uma delas possui características distintas, que veremos com mais detalhes a seguir. Posicionando os jogadores e aprendendo os sistemas de jogo O campo de futebol é um tabuleiro em que cada peça representada pelos jogadores desempenha um papel específico. Tradicionalmente, o campo é dividido em defesa, meio-campo e ataque, como ilustrado anteriormente, na Figura 1. O posicionamento dos jogadores é uma das principais decisões tomadas pelo treinador, visando otimizar a eficácia da equipe tanto no ataque quanto na defesa. Os sistemas táticos, por sua vez, referem-se à organização específica dessas linhas e dos jogadores dentro delas. Assim como o futebol evoluiu em suas regras, os sistemas de jogo também evoluíram. Existem relatos que o primeiro posicionamento dos jogadores em campo priorizava o ataque, sendo composto por um goleiro, um defensor, um meio-campista e oito atacantes, sintetizado pelos números 1-1-8. Com o passar do tempo, os sistemas começaram a ser modificados com a finalidade de promover um maior equilíbrio entre os setores, compactando os jogadores e diminuindo o número de gols sofridos, surgindo o sistema 1-2-7, conforme a Figura 2 (BARBIERI; BENITES, SOUZA NETO, 2009). Atualmente, um dos sistemas táticos mais comuns é o 4-4-2, que inclui o goleiro, quatro jogadores defensores, quatro meio-campistas e dois atacantes. Esse sistema é conhecido por sua organização defensiva sólida e distribuição equilibrada dos jogadores em campo. Por outro lado, o sistema 4-3-3 também amplamente conhecido, se caracteriza como uma formação mais ofensiva, sendo o goleiro com três atacantes, três meio-campistas e quatro defensores, projetado para priorizar a pressão no campo adversário. O 4-2-3-1 é um sistema que prioriza o controle do meio-campo, com dois alas, três meio-campistas ofensivos e um atacante. Essa formação permite que a equipe domine a posse de bola e dite o ritmo do jogo. Em contraste, o sistema 3-5-2 é uma formação que utiliza três zagueiros, cinco meio-campistas e dois atacantes, equilibrando defesa e ataque (GRANDO; MARCELINO, 2014; FRANCISCO et al., 2020). Figura 2 | Sistemas de jogo do futebol Fonte: elaborada pela autora. A disposição dos jogadores de futebol dentro desses sistemas de jogo é de suma importância. Os defensores devem ocupar posições sólidas para bloquear os avanços adversários, enquanto os meio-campistas precisam coordenar seus movimentos para controlar o jogo. Os atacantes devem ser ágeis na busca por espaços e na criação de oportunidades de gol. Além disso, a adaptabilidade dos jogadores torna-se uma chave essencial durante os jogos. Os técnicos frequentemente fazem ajustes durante a partida para se adequar à evolução do jogo de acordo com as fraquezas do adversário. Isso pode envolver a realocação de jogadores entre as zonas e funções para maximizar o impacto tático. Os sistemas de jogo também incluem estratégias específicas para situações como escanteios, faltas e contra-ataques. Essas estratégias requerem treinamento específico e execução precisa por parte dos jogadores. Adicionalmente, os jogadores devem estar constantemente se comunicando uns com os outros para coordenar seus movimentos e decisões. A comunicação eficaz ajuda a evitar a desorganização defensiva e a criar oportunidades ofensivas. Assim, o posicionamento dos jogadores e os sistemas táticos no futebol são elementos cruciais para o desempenho de uma equipe. O treinador desempenha um papel central na definição desses aspectos, mas a execução adequada requer compreensão, flexibilidade e comunicação por parte dos jogadores. O futebol moderno exige uma adaptação constante, e as equipes que dominam o posicionamento e os sistemas táticos têm maior probabilidade de alcançar o sucesso no campo. O papel do profissional de Educação Física no ensino do futebol A formação de profissionais de Educação Física qualificados na preparação dos atletas de futebol se torna essencial na compreensão e aprimoramento das habilidades desses atletas. Um aspecto particularmente importante dessa formação é o entendimento e a aplicação dos fundamentos e das posições dos jogadores de futebol, bem como o ensino dos sistemas táticos relacionados a esses. Cabe ao profissional de Educação Física capacitar o seu atleta, desde o jovem ao adulto, a respeito da tríade do saber, saber fazer e saber estar (GARGANTA et al., 2013). O profissional de Educação Física deve não apenas dominar essas habilidades, mas também ser capaz de comunicá-las de forma clara e eficaz aos seus jogadores. O ensino dos fundamentos requer uma abordagem progressiva, começando pelas habilidades mais básicas e avançando gradualmente para as mais complexas. O feedback (devolutiva) construtivo desempenha um papel crucial na correção de erros e no desenvolvimento contínuo das habilidades dos alunos (TANI; CORREA, 2016). Para além dos fundamentos, a compreensão das posições dos jogadores é imprescindível para o desempenho coletivo, assim, o profissional deverá ensinar não apenas as posições, mas também as táticas de jogo, incluindo posicionamento defensivo, ofensivo e a dinâmica coletiva. O ensino dos sistemas táticos no futebol constitui a base da formação esportiva. Esses sistemas abrangem estratégias de ataque, defesa, transição e jogadas ensaiadas. O profissional de Educação Física deve apresentar esses sistemas de maneira sistemática, começando por conceitos básicos e evoluindo para táticas mais avançadas. De maneira prática, Garganta et al. (2013) sintetizam os princípios fundamentais e específicos de ataque e defesa (Figura 3). Na Figura 3 os autores descrevem as ações que o profissional de Educação Física deve considerar no ensino-aprendizagem da modalidade. Figura 3 | Princípios fundamentais e específicos do jogo de futebol Fonte: Garganta et al. (2013, p. 24). Em relação a aprendizagem dos sistemas táticos, não existe um sistema melhor ou mais eficaz, dessa maneira cabe ao profissional escolher o sistema que julgar ser o mais adequado para a sua equipe. Atualmente, com o avanço da tecnologia dentro e fora dos campos, o surgimento de programas de análise de desempenho tem sido utilizados na rotina de equipes de alto nível com o objetivo de estudar tanto seus atletas quanto seus adversários, a fim de explorar os pontos fortes e as fraquezas dos seus jogadores assim como dos jogadores da equipe adversária. Desse modo, através de estatísticas preditivas, o técnico é capaz de construir um sistema de jogo que melhor beneficiará a sua equipe. A tecnologia tem avançado tanto que mesmo durante os jogos, os analistas de desempenho já possuem dados para analisar o jogador, através de dispositivos como o GPS (Global Positioning System), cabendo à comissão técnica identificar possíveis erros e fraquezas dentro de campo (FRANCISCO et al., 2020). Portanto, notamos que o profissional de Educação Física deve considerar que para jogar o futebol, os jogadores devem ser capazes de entender os princípios do jogo e aplicá-los durante o jogo. Assim, a formação acadêmica e prática desses profissionaisdeve enfatizar a importância dessa integração para melhorar a qualidade do ensino esportivo. Vídeo Resumo Olá, estudante! Neste vídeo resumo, iremos rever como podemos posicionar os jogadores de acordo com sua função no campo de futebol e como podemos estruturar os sistemas de jogo. Saiba mais Para saber mais, dê uma olhada nos livros que estão disponíveis na nossa biblioteca virtual, como Esportes de invasão: ensino, aprendizagem, treinamento. Vamos mergulhar no mundo do futebol? Aula 3 Dimensões históricas do futsal Olá, estudante! Ao contrário do futebol que tem suas origens na Inglaterra, o futsal é uma modalidade esportiva com sua origem na América do Sul, mais especificamente no Uruguai e no Brasil, https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/185755/pdf/0?code=edU8RkbZPM1QalgLXZz57vSpYP+qJNIZWNraWKcEw9Ssq4DIHgl8pyH2RtJPMDUwGrTTDpG8Y8aK0lU3tP87nw== https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/185755/pdf/0?code=edU8RkbZPM1QalgLXZz57vSpYP+qJNIZWNraWKcEw9Ssq4DIHgl8pyH2RtJPMDUwGrTTDpG8Y8aK0lU3tP87nw== com início no século XX, quando passou a ser praticado informalmente em pátios de escolas e clubes como uma alternativa ao futebol tradicional. introdução Olá, estudante! Ao contrário do futebol que tem suas origens na Inglaterra, o futsal é uma modalidade esportiva com sua origem na América do Sul, mais especificamente no Uruguai e no Brasil, com início no século XX, quando passou a ser praticado informalmente em pátios de escolas e clubes como uma alternativa ao futebol tradicional. No Brasil, o futsal se expandiu rapidamente nas graças às dimensões das quadras indoor (internas) e à paixão pelo futebol, se tornando uma potência mundial no futsal, com uma seleção de sucesso e produção de talentosos jogadores desde o nível amador até o profissional. Nesta Aula, exploraremos o surgimento do futsal e sua popularidade no Brasil, tal como suas regras, descobrindo como esses elementos se integram na rotina do profissional de Educação Física. Vamos descobrir o universo rico dessa modalidade esportiva, que vai além das quadras. Futsal: da América do Sul para o mundo O futsal, uma forma compacta e emocionante do futebol, tem suas raízes profundamente entrelaçadas na América do Sul, com destaque para o Uruguai e o Brasil. Seu surgimento é creditado ao professor de Educação Física Juan Carlos Ceriani, da Associação Cristão de Moços no Uruguai em 1930. Juan desenvolveu o futsal como uma maneira de permitir que seus alunos praticassem futebol durante o inverno, quando as condições climáticas tornavam difícil jogar ao ar livre, desenvolvendo as primeiras regras formalizadas do que viria a ser conhecido como futebol de salão. O nome "futsal" é uma fusão das palavras "futebol" e "salão", em referência às quadras cobertas onde o esporte era praticado (SOUZA JUNIOR, 2013; TENROLLER, 2004). No entanto, foi no Brasil que o futsal cresceu de forma excepcional. As dimensões menores das quadras em escolas e clubes provaram ser um ajuste perfeito para o jogo de futsal. O esporte se popularizou rapidamente nas décadas de 1940 e 1950, e o Brasil se tornou uma potência mundial no futsal. As quadras reduzidas e indoor (interna) em conjunto com a paixão do brasileiro pelo futebol contribuíram para a rápida disseminação do futsal em todo o território nacional. Evolução do futsal O futsal passou por diversas transformações desde sua criação. As regras iniciais eram simples, e ao longo dos anos foram aprimoradas e adaptadas a fim de tornar o esporte mais dinâmico e competitivo. A FIFA (Fédération Internationale de Football Association) reconheceu oficialmente o futsal como uma modalidade do futebol em 1989, o que ajudou a padronizar as regras em nível global. Uma das maiores mudanças na história do futsal foi a introdução do goleiro linha que permite que um jogador de linha atue como goleiro em determinados momentos do jogo. Isso adicionou uma dimensão tática ao esporte e aumentou a velocidade e a intensidade das partidas. O futsal no Brasil O Brasil é uma das nações mais influentes no mundo do futsal. A seleção brasileira de futsal é uma das mais bem-sucedidas do planeta, tendo conquistado inúmeras Copas do Mundo e títulos continentais. O futsal é amplamente praticado em todo o Brasil, desde o nível amador até o profissional. Os clubes brasileiros têm uma forte presença nas competições internacionais de clubes de futsal, como a Copa Libertadores de Futsal, competindo frequentemente entre as equipes favoritas. Principais regras do futsal O futsal possui regras específicas que o diferenciam do futebol tradicional. Alguns dos postos-chaves das regras do futsal incluem: Número de jogadores: cada equipe é composta por cinco jogadores em quadra, incluindo um goleiro. Duração do jogo: as partidas de futsal normalmente têm dois tempos de 20 minutos cada, com um intervalo de 10 minutos entre eles. Faltas: são contadas a partir da sexta falta acumulada por uma equipe em cada tempo de jogo. A partir da sétima falta, a equipe adversária tem direito a um tiro livre direto. Goleiro linha: as equipes podem optar por usar um goleiro linha, mas isso requer uma substituição formal do goleiro tradicional. O crescimento do futsal Ao longo dos anos, o futsal evoluiu que maneira rápida, sendo praticada e assistida por milhões em todo o planeta. As mudanças contínuas nas regras de jogo contribuíram significativamente para a melhor dinâmica, tornando o jogo mais interessante para os jogadores e espectadores. As principais mudanças estão relacionadas a substituições de jogadores, que agora acontecem com a bola em jogo, sem limite de troca e sem a autorização contínua do juiz; gols dentro da área passaram a ser permitidos; o goleiro passou a lançar a bola além do meio da quadra sendo autorizado jogar com pés também fora da área, tonando-se uma peça fundamental no ataque da equipe; após a quinta falta, a cobrança sem barreira, na marca de tiro livre foi autorizada, sendo quase um pênalti. O Brasil tem uma história de sucesso no futsal, produzindo lendas como o jogador Falcão e Manoel Tobias, que levaram a modalidade a um novo patamar, tanto técnica quanto taticamente, sendo premiados constantemente como melhores jogadores de Futsal do mundo (FERNANDES; SALES, 2020). A seleção brasileira de futsal continua a ser uma das seleções mais temidas e bem-sucedidas do mundo, tendo em seu currículo cinco títulos entre as 9 edições da Copa do Mundo da FIFA (FIFA Futsal, 2023; FERNANDES; SALES, 2020). Um aspecto notável do crescimento do futsal é a participação cada vez maior das mulheres. O futsal feminino ganhou destaque nas últimas décadas em todo o mundo, atingindo um alto nível técnico e tático com jogadoras talentosas (FPF, 2019). Os campeonatos femininos estão crescendo em número e participações da torcida, e as jogadoras brasileiras também vem sendo reconhecidas internacionalmente, recebendo importantes prêmios como o Futsal Award (Premiação do Futsal). A jogadora brasileira Amanda Lyssa de Oliveira Crisostomo (Amandinha) já foi premiada na categoria de melhor jogadora do mundo em oito edições (FUTSAL AWARD, 2023). Da mesma maneira, entre a comunidade científica brasileira, nota-se um aumento da investigação acadêmica relacionada ao futebol e futsal feminino, principalmente nos tópicos relacionados aos aspectos socioculturais, a parte de treinamento técnico e tático, assim como a fisiologia do futebol e futsal feminino (MONTENEGRO, 2022). No cenário internacional, a Copa do Mundo de Futsal da FIFA é um dos eventos mais esperados e assistidos (FIFA, 2023). As seleções nacionais competem pelo título mundial, e os jogos emocionantes e cheios de habilidade chamam a atenção dos públicos de todo o mundo. Além disso, a UEFA (União das Associações Europeias de Futebol) realiza o Campeonato Europeu de Futsal, no qual as equipes europeias participam de competições acirradas (UEFA FUTSAL,2023). No Brasil, a Liga Nacional de Futsal (LNF) é o auge da competição a nível de clubes. As equipes de todo o país se confrontam pelo título da LNF, e os torcedores lotam os ginásios para apoiar suas equipes favoritas. Essa competição proporciona um alto nível de futsal e atrai patrocinadores, garantindo a sustentabilidade do esporte (LNF, 2023). O crescimento do futsal no Brasil e no mundo é um testemunho do amor pelo esporte e do comprometimento de atletas, treinadores e entusiastas. Com o aumento da participação feminina, avanços tecnológicos e competições emocionantes, o futsal está pronto para um futuro ainda mais brilhante, mantendo sua posição como um dos esportes mais amados e respeitados em todo o mundo. O futsal e o profissional de Educação Física No futsal, o profissional de Educação Física desempenha várias funções fundamentais. Ele é responsável pelo planejamento e execução de programas de treinamento que visam desenvolver e potencializar as capacidades físicas relacionadas a modalidade como resistência, força, agilidade e velocidade dos jogadores. Como o futsal é uma modalidade caracterizada como intermitente e com troca de passe e tomada de decisão rápidas, a preparação física é essencial para que os atletas possam suportar as demandas do esporte e se destacar em quadra (RODRIGUES; NAKAMURA; RABELO, 2019). No aspecto emocional, o profissional de Educação Física desempenha um papel crucial na motivação dos atletas e no fortalecimento do espírito de equipe (DURÃES JUNIOR et al., 2023). Ele pode ajudar os jogadores a lidar com a pressão, ansiedade e a manter o foco durante as competições. Isso é especialmente importante em momentos decisivos, como campeonatos e torneios. Para os profissionais atuantes nas Educação Física escolar ou escolinhas esportivas, o futsal é uma das modalidades mais praticadas, sendo buscada pelos jovens com a motivação de aprender um novo esporte. Como destacado por Fernandes e Sales (2023), existe um grande interesse entre os alunos em praticar esportes na escola, assim o professor de Educação Física escolar precisa entender e otimizar este interesse e desenvolver aulas voltadas à motivação e ao desenvolvimento das habilidades esportivas de seus alunos. No contexto do futsal feminino, a atuação do profissional de Educação Física é ainda mais relevante. As diferenças fisiológicas e psicológicas entre homens e mulheres requerem abordagens específicas no treinamento. O profissional deve adaptar os programas de treinamento de acordo com as necessidades das jogadoras, levando em consideração aspectos como força muscular, flexibilidade e aspectos emocionais, como autoconfiança. No cenário internacional, os profissionais envolvidos com o futsal têm conquistado espaço em clubes estrangeiros. Sua expertise é valorizada em equipes de diversos países, no qual contribuem para o desenvolvimento do esporte a nível global. Podemos observar um aumento no número de jogadores brasileiros de futsal (ambos os sexos) que estão sendo naturalizados em outros países para poderem atuar nas competições internacionais como membros de delegações como a Itália, Espanha, Rússia, Paraguai, Japão, Estados Unidos e Portugal (FERNANDES; SALES, 2020). Assim, o profissional de Educação Física que se especializar na modalidade, também encontrará uma vaga para atuação no mercado internacional, levando consigo a experiência e o conhecimento adquiridos no Brasil, ajudando a elevar o nível técnico e tático das equipes estrangeiras. Por fim, um outro aspecto importante na atuação do profissional de Educação Física é a compreensão das regras do jogo, uma vez que essa expertise desempenha um papel crucial em sua capacidade de treinar atletas. O entendimento das regras permite uma abordagem mais completa para o desenvolvimento das habilidades dos jogadores e possibilita a atuação do profissional como árbitro, uma dimensão muitas vezes subestimada da profissão. O árbitro de futsal é responsável por garantir o cumprimento das regras, manter a ordem e garantir a segurança dos jogadores Portanto, o profissional de Educação Física desempenha um papel fundamental no futsal, tanto no âmbito nacional quanto internacional. Ele atua na preparação física, técnica e emocional dos atletas, desde o futsal escolar até o alto nível, promovendo o desenvolvimento do esporte e contribuindo para o sucesso das equipes. No futsal feminino, sua atuação é ainda mais relevante, promovendo a igualdade de gênero no esporte. Sua presença em clubes estrangeiros também demonstra o reconhecimento de sua competência e expertise, fortalecendo a presença do futsal brasileiro no cenário mundial. Video Resumo Olá, estudante. Agora que sabemos sobre o surgimento do futsal, seu crescimento e a atuação do profissional de Educação Física no futsal moderno, vamos assistir o resumo desse tópico através de uma vídeo aula. Iremos rever a história do futsal, passando pela vinda do futsal no Brasil, suas regras, o avanço da modalidade no país, o futsal no contexto escolar e como uma ferramenta inclusiva e finalizando pelas possibilidades de atuação do profissional de Educação Física dentro da modalidade. Saiba mais O Brasil é um celeiro de atletas de futsal e uma referência na parte de produção científica relacionada a modalidade. Uma dica legal é a Revista Brasileira de Futsal e Futebol. Nela você encontrará artigos importantes nos diferentes temas da modalidade, sendo a maioria dos estudos aplicáveis no dia a dia do profissional de Educação Física. Além disso, no site da Liga Nacional de Futsal você ficará por dentro das principais competições da modalidade. Aula 4 A prática do futsal Olá, estudante! Nesta Aula, vamos aprofundar os alicerces do futsal, desde os fundamentos da modalidade até os sistemas táticos de jogo. http://www.rbff.com.br/index.php/rbff http://www.rbff.com.br/index.php/rbff introdução Olá, estudante! Nesta Aula, vamos aprofundar os alicerces do futsal, desde os fundamentos da modalidade até os sistemas táticos de jogo. O futsal é uma modalidade esportiva dinâmica, com rápida tomada de decisão e com gols acontecendo em curtos períodos. Assim, exploraremos os conceitos fundamentais que tornam o jogo de futsal tão cativante. Vamos descrever as diferentes posições em quadra e entender as funções específicas de cada jogador. Descobriremos como essas peças se encaixam no quebra-cabeça tático do futsal. Também, entenderemos as combinações táticas ao longo da aula e descobrirá como o profissional de Educação Física precisa dessas informações na atuação desde escolinhas até a equipes profissionais. Vamos nessa! Os pilares do jogo de futsal: fundamentos, posições e sistemas Para compreender o jogo de futsal, torna-se necessário o conhecimento sobre os fundamentos, posições e funções dos jogadores, além dos sistemas táticos que moldam o desempenho das equipes. Fundamentos do futsal Corresponde as habilidades básicas da modalidade que todo o jogador precisa dominar para ter sucesso em quadra. Os fundamentos do futsal incluem ações de ataque e de defesa. As ações de ataque são aquelas executas com a posse da bola sendo essas: Passe: forma como os jogadores da mesma equipe se comunicam em quadra. Pode ser um passe curto para manter a posse da bola ou um passe longo para encontrar um companheiro de equipe em uma posição avançada. Drible: capacidade de controlar a bola com os pés, tocar a bola com precisão, mudar de direção rapidamente e proteger a bola dos adversários. Chute/finalização: golpear a bola com o pé de forma controlada e precisa com o objetivo de movê-la em direção ao gol adversário. Controle de bola/condução: capacidade de manipular a bola de acordo com as intenções do jogador. Isso inclui o domínio de passes, cruzamentos e lançamentos. As ações de defesa são aquelas executadas com o intuito de recuperar a posse de bola da equipe adversária, sendo essas: Marcação:acompanhar de perto um adversário, impedindo-o de receber a bola com espaço para jogar. Envolve pressão constante sobre o jogador adversário, dificultando suas ações e reduzindo as opções disponíveis. Desarme: ato de tirar a posse de bola do adversário de maneira legal e controlada. Isso pode ser feito ao interceptar um passe, roubar a bola dos pés do oponente ou desviar um chute (FREIRE, 2021; GARGANTA et al., 2013). Posições e funções dos jogadores A equipe de futsal é composta por cinco jogadores, cada um desempenhando um papel específico em quadra (Figura 1). As posições e funções são: Goleiro: o guardião do gol, responsável por evitar os gols da equipe adversária. O único jogador que pode utilizar as mãos para bloquear um chute do jogador adversário. Goleiro linha: utilizado em situações específicas de jogo, onde o goleiro assume a função de jogador de linha quando sua equipe está com a posse de bola. Pode ser o próprio goleiro que passa a jogar como um jogador de linha ou um jogador de linha que substitui o goleiro. Fixo: jogador com força e firmeza nas tomadas de bola. Jogador comunicativo, que organiza a marcação e a saída de bola de sua equipe. Alas: jogadores com alta resistência e precisão no passe, pois deslocam-se entre a área de defesa e ataque. Os alas ocupam as laterais da quadra, sendo o ala direito e o ala esquerdo. Pivô: jogador de extrema velocidade, agilidade e força, no qual está envolvido em jogadas de explosão e divididas de bola. Jogador mais adiantado ou ofensivo da equipe, está em constante movimentação, procurando espaços na defesa adversária para receber a bola. (BICALHO et al., 2007; BELLO, 1998). Figura 1 | Quadra de futsal e as posições dos jogadores Fonte: elaborada pela autora. Sistemas táticos A disposição dos jogadores em quadra e suas ações estão ligados aos sistemas táticos de jogo, ou seja, estratégias específicas para potencializar o desempenho da equipe tanto na parte da defensa quanto no ataque. Cada sistema apresenta características distintas, na qual veremos detalhadamente a seguir. Aprendendo o complexo sistema do jogo de futsal As movimentações do futsal possuem um formato organizado e seguem um ou mais sistema de jogo durante a partida, de acordo com o comando do técnico, a fim de dificultar o desarme da equipe adversária (AMARAL; GARGANTA, 2005). Os sistemas de jogo mais comuns encontrados no futsal são: Sistema 2x2: o mais simples dos sistemas, no qual dois jogadores estão posicionados na defesa e dois jogadores no ataque. Utilizado nas categorias de iniciantes e por equipes com os fundamentos técnicos limitados. Sistema 2x1x1: simples e de fácil aprendizagem, dois jogadores se posicionam na defesa (ala), um jogador no meio da quadra e um jogador (pivô) perto da área adversária. Esse sistema é bastante utilizado pelas equipes em situações de saídas de bola no tiro de meta. Sistema 3x1: característica mais defensiva, no qual um jogador se posiciona na frente da área defensiva, dois jogadores abertos na defesa (alas) que auxiliam tanto na defesa quanto no ataque, e um jogador mais adiantado para o ataque (pivô). Sistema 1x3: característica mais ofensiva, em que um jogador se posiciona fixo na defesa e três jogadores se posicionam no ataque. Mesmo sendo considerado perigoso, esse sistema pode ser uma boa opção para equipes com alto nível técnico. Sistema 4x0: quatro jogadores posicionados na área de defesa da quadra de jogo. Formação considerada moderna, com constante movimentação alternando o posicionamento dos jogadores, dificultando a marcação adversária. Utilizado por equipes de alto nível técnico. Sistema 0x4: quatro jogadores posicionados na área de ataque da quadra. Utilizado como opção nos momentos finais do jogo, quando uma equipe se encontrar em desvantagem no placar (FREITAS et al., 2008; BALZANO et al., 2012) (Figura 2). De acordo com estudo prévio, os sistemas de jogo mais utilizados por equipes com alto nível técnico, são os sistemas 3x1 e 4x0. Esses sistemas proporcionam grandes movimentações entre os jogadores permitindo que estes não tenham um posicionamento fixo, confundindo a equipe adversária (KUMAHARA et al., 2009). Figura 2 | Sistemas de jogo do futsal. Fonte: elaborada pela autora. Na condição defensiva, quando a equipe se encontra sem a posse da bola, a marcação por zona se torna uma opção. Essa marcação é utilizada por equipes com menor condicionamento físico, e com menor qualidade técnica, pois cada jogador protege sua uma zona na quadra. A vantagem é o rápido contra-ataque. A desvantagem é quando os jogadores da equipe adversária apresentam bom nível técnico na finalização. Os tipos de marcação por zona mais comum são a formação em losango, quadrado e funil (BALZANO et al., 2012), como apresentado na Figura 3. Figura 3 | Marcação por zona Fonte: elaborada pela autora. Assim, o posicionamento dos jogadores e os sistemas táticos no futsal são elementos cruciais para o desempenho de uma equipe. O treinador desempenha um papel central na definição desses aspectos, mas a execução adequada requer compreensão, flexibilidade e comunicação por parte dos jogadores. Desse modo, o futsal moderno exige uma adaptação constante, e as equipes que dominam o posicionamento e os sistemas táticos têm maior probabilidade de alcançar o sucesso em quadra. O papel do profissional de Educação Física no ensino do futsal A capacitação de profissionais de Educação Física especializados na preparação dos jogadores de futsal é crucial para a compreensão e aperfeiçoamento das habilidades desses atletas. Um elemento de fundamental importância nesse processo formativo envolve o domínio e a aplicação dos conceitos fundamentais e das posições dos jogadores de futsal, além do ensino dos sistemas táticos associados a eles. O papel do profissional de Educação Física é capacitar seus atletas, desde jovens até adultos, a dominar a tríade do saber, saber fazer e saber estar (GARGANTA et al., 2013). O profissional de Educação Física não apenas deve possuir um domínio sólido dessas habilidades, mas também deve ser capaz de transmiti-las de maneira clara e eficiente aos jogadores. A retroalimentação construtiva (feedback construtivo) desempenha um papel essencial na correção de erros e no aprimoramento contínuo das habilidades dos jogadores em formação (TANI; CORREA, 2016). Além de ensinar as posições, o profissional deve instruir sobre as estratégias de jogo, abrangendo aspectos defensivos, ofensivos e a dinâmica do trabalho em equipe. Isso inclui o ensino de sistemas táticos que envolvem estratégias de ataque, defesa, transição e jogadas ensaiadas no futsal. O profissional deve abordar esses sistemas de forma gradual, começando pelos conceitos básicos e progredindo para táticas mais avançadas. Para tornar o processo mais didático, Silva et al. (2013) condensou o comportamento técnico-tático dos jogadores durante o jogo em condições com a bola, sem a bola (equipe com a posse) e sem a bola quando equipe está sem a posse (Figura 4). Figura 4 | Princípios de ataque e defesa no futsal Fonte: Silva et al. (2013, p. 80). O técnico, que na maioria das vezes apresenta formação em Educação Física, é uma peça-chave nesse processo, pois não apenas deve compreender as diferentes opções táticas disponíveis, mas também treinar sua equipe para executá-las de forma eficaz. Além disso, a capacidade do treinador de aplicar os sistemas táticos no momento certo durante o jogo é igualmente vital. Isso requer uma leitura precisa da situação em quadra, adaptando-se às circunstâncias em constante mudança. Um sistema tático bem escolhido e aplicado no momento certo pode ser a diferença entre a vitória e a derrota. Atualmente, com o avanço da tecnologia, o surgimento de programas de análise de desempenho tem sido utilizados na rotina de equipes de alto nível com o objetivo de estudar tanto seus atletas quanto seus adversários,afim de explorar os pontos fortes e as fraquezas da equipe adversária. Através de estatísticas preditivas, o técnico é capaz de construir um sistema de jogo que melhor beneficiará a sua equipe (KUMAHARA et al., 2009; ALVES et al.,2021). Assim, destacamos o surgimento de mais uma profissão dentro da comissão técnica do futsal, aumentando dessa maneira a possibilidade de atuação do profissional de Educação Física no mercado de trabalho. Video Resumo Aula 1 Dimensões históricas do basquete Olá, estudante! Nesta Aula, veremos sobre a origem do basquete, sua chegada ao Brasil e as regras fundamentais desse esporte empolgante. introdução Olá, estudante! Nesta Aula, veremos sobre a origem do basquete, sua chegada ao Brasil e as regras fundamentais desse esporte empolgante. O basquete é uma parte importante da história do esporte, desse modo, compreender suas raízes nos ajudará a apreciar ainda mais os jogos emocionantes que assistimos hoje. Nesta Aula exploraremos como o basquete foi concebido nos Estados Unidos por James Naismith, como se espalhou pelo mundo e, mais especificamente, como chegou ao Brasil. Além disso, descobriremos as regras do jogo, desde a altura da cesta até as técnicas de driblagem e passes. A Aula promete ser informativa, trazendo elementos que se integram na rotina do profissional de Educação Física. Prepare-se para mergulhar no mundo do basquete! A origem do basquete e sua evolução O basquetebol, ou basquete, é um dos esportes mais populares e emocionantes do mundo, cativando corações de pessoas em todos os cantos do globo. A sua história remonta ao final do século XIX, nos Estados Unidos, quando o James Naismith, um professor de educação física canadense, teve uma ideia revolucionária durante um inverno rigoroso em 1891. Na YMCA (Associação Cristã de Moços) de Springfield, Massachusetts, ele decidiu criar um jogo para manter seus alunos ativos. O professor Naismith pendurou uma cesta de pêssegos a uma altura de 3,05 metros e dividiu seus alunos em duas equipes, cada uma composta por nove jogadores. O objetivo do jogo era desafiador, porém simples: arremessar uma bola em direção à cesta da equipe adversária (NAISMITH, 1996; CBB, 2023). O sucesso imediato do basquetebol na YMCA de Springfield não passou despercebido. Logo, o esporte começou a se espalhar rapidamente por outras instituições de ensino nos Estados Unidos. Em 1893, as primeiras regras oficiais foram estabelecidas, incluindo uma redução no número de jogadores por equipe para cinco, o que tornou o jogo mais dinâmico e emocionante. As primeiras partidas intercolegiais ocorreram em 1896, marcando o início do reconhecimento nacional do basquetebol como um esporte popular (NAISMITH, 1996; CBB, 2023). A história do basquetebol no Brasil tem profundas raízes nas primeiras décadas do século XX, e dois nomes merecem destaque por seu papel importante na introdução do esporte no país: Augusto Shaw e Bertram Louis. O primeiro jogo registrado de basquete no Brasil teve lugar em 1896 na cidade de São Paulo, no Ginásio Internacional, quando alunos do tradicional Colégio Makenzie enfrentaram estudantes americanos. Esse embate histórico marcou o início da trajetória do basquete em terras brasileiras. O entusiasmo pelo esporte cresceu lentamente, mas, com o tempo, o basquetebol se consolidou como uma parte significativa da cultura esportiva brasileira, conquistando um número crescente de adeptos e se estabelecendo como uma das modalidades mais praticadas no país (OLIVEIRA, 2012; CBB, 2023). As regras do basquete evoluíram consideravelmente ao longo dos anos. O jogo original criado pelo professor Naismith contava com nove jogadores em cada equipe e não permitia o drible, o que o tornava menos dinâmico em comparação com o basquete moderno. À medida que o esporte ganhava popularidade, as regras foram continuamente ajustadas para refletir a essência do jogo. Em 1936, o basquetebol conquistou uma posição de destaque ao ser incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim, consolidando ainda mais a sua posição como um esporte globalmente reconhecido (ROSE JUNIOR, 2005). Hoje, o basquete é apreciado por milhões de pessoas em todo o mundo, mantendo-se fiel às suas raízes históricas e às regras fundamentais que o tornaram tão popular. Sua história é uma narrativa cativante de inovação, adaptação e paixão pelo esporte, e a sua popularidade continua a crescer, encantando e inspirando pessoas de todas as idades. É uma manifestação viva da capacidade do esporte de transcender barreiras culturais e geográficas, unindo pessoas em torno de uma paixão compartilhada. O crescimento do basquete no mundo: das ruas as ligas profissionais Depois da popularidade do jogo de basquete, as primeiras ligas profissionais surgiram no início do século XX, com destaque para a NBA (National Basketball Association – Associacao Nacional de Basquete), fundada em 1946 (NBA, 2023). A NBA se tornou a liga de basquete mais prestigiada do mundo, contando com estrelas como Michael Jordan, LeBron James e Kobe Bryant, atraindo fãs de todo o planeta. O sucesso do basquete não se restringe apenas aos Estados Unidos. Ligas profissionais em todo o mundo ganharam destaque, como a Liga ACB na Espanha, a EuroLeague na Europa e a Liga Nacional de Basquete (LNB) no Brasil (LBN, 2023). A EuroLeague, em particular, é conhecida por atrair talentos internacionais, proporcionando um alto nível de competição (EUROLEAGUE, 2023). Entretanto, a essência do basquete ainda está nas ruas, onde o basquete de rua, ou streetball se desenvolve. Esse jogo informal, jogado em quadras ao ar livre, promovem o aumento de habilidades esportivas em jovens. Além disso, o streetball deu origem ao basquete 3x3, um formato mais rápido da modalidade, reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional e incluído nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2010. O basquete 3x3 é popular por oferecer uma experiência de jogo dinâmica e emocionante (FIBA, 2023). Figura 1 | Basquete 3x3 Fonte: Olympics (2021). No Brasil, o basquete ganhou um lugar especial, apesar do domínio da modalidade de futebol e futsal. O país possui uma história rica no esporte, com conquistas notáveis, incluindo dois títulos mundiais (1959 e 1963) e uma medalha de ouro olímpica em 1963 (CBB, 2023). O surgimento do Novo Basquete Brasil (NBB) em 2008 impulsionou o esporte, atraindo talentos nacionais e internacionais (LBN,2023). Além disso, o Brasil conta com o evento anual “Jogo das Estrelas” que reúne os melhores jogadores da Liga Nacional de Basquete (NBB) em um espetáculo esportivo de alto nível. Realizado desde 2010, o jogo atrai fãs de todo o país e apresenta habilidades excepcionais, como enterradas espetaculares e tiros de longa distância, proporcionando uma experiência emocionante para os amantes do basquete brasileiro (LBN, 2023). O basquete feminino no Brasil possui uma história rica, destacando-se por diversas conquistas. Nas Olimpíadas de Atlanta em 1996, a equipe brasileira, liderada por jogadoras como Hortência e Paula, conquistou a medalha de prata, marcando um momento histórico para o esporte no país. Além disso, a seleção brasileira de basquete feminino também se destacou ao conquistar o Campeonato Mundial em 1994. Esses marcos representam o impacto e o prestígio do basquete feminino no Brasil, inspirando gerações de jovens atletas e celebrando a notável história do esporte no país (CBB, 2023). As regras do basquete evoluíram ao longo do tempo, mas a essência do jogo permanece a mesma: marcar cestas enquanto se defende o aro adversário. A tecnologia desempenha um papel crescente, com câmeras de alta velocidade e análise estatística aprimorando o desempenho dos jogadores e a tática do jogo. A revisão de lances com auxílio de replay (repetição) se tornou comum para garantir decisões justas em momentos cruciais. Desse modo, o basquete experimentou um crescimento notável das ruas às ligas profissionais,consolidando-se como um dos esportes mais populares globalmente. Com o formato do basquete 3x3, a expansão das ligas profissionais e a influência da tecnologia, o basquete é uma modalidade promissora pois continua cativando fãs de todas as idades e origens ao redor do mundo. O profissional de educação física e o ensino do basquete Compreender a origem do basquete é fundamental para o profissional de Educação Física que deseja atuar nessa modalidade, seja como professor ou treinador. Para ensinar e treinar alunos e atletas no basquete, torna-se essencial conhecer a história do esporte e compreender essa origem, assim como vimos até agora. Ensinar aos alunos essa base histórica não apenas aumenta sua apreciação pelo esporte, mas também reforça os valores de fair play (jogo justo) e trabalho em equipe. No Brasil, o profissional de Educação Física desempenha um papel crucial na promoção e desenvolvimento do basquete. Pode atuar em diversas áreas como escolas, clubes, academias e projetos sociais, ensinando fundamentos do jogo, como dribles, passes, arremessos e defesa. Também trabalhando nas habilidades individuais e na compreensão tática do jogo. Adicionalmente, compreender as nuances das regras é imperativo para ensinar de maneira eficaz e, até mesmo, para assumir a função de árbitro. Algumas das regras essenciais incluem: Dimensões da quadra: a quadra é retangular, com dimensões precisas que são rigorosamente regulamentadas. A medida da quadra é de 28 metros de comprimento e 15 metros de largura. O aro está situado a 3,05 metros de altura acima do chão. Posse de bola: as equipes competem para ganhar a posse da bola por meio de arremessos ou roubos de bola, com a posse alternando entre as equipes após cestas ou violações. Violações de drible: driblar com ambas as mãos ao mesmo tempo é uma violação conhecida como "carregar". Após parar de driblar e segurar a bola, o jogador deve começar a driblar novamente ou passar a bola dentro de um período determinado (geralmente cinco segundos). Caso contrário, é considerada uma violação de "andar". Arremessos: os jogadores têm a opção de escolher entre três tipos principais de arremessos: o arremesso de dois pontos, feito de perto da cesta e valendo dois pontos; o arremesso de três pontos, executado de fora da linha de três pontos e valendo três pontos; e o arremesso de um ponto, que ocorre na linha de lance livre após uma falta e vale um ponto. A escolha do tipo de arremesso depende da situação de jogo, da distância em relação à cesta e da estratégia da equipe. Faltas: são penalidades aplicadas a jogadores que infringem as regras, resultando em lances livres ou posse de bola alternada. Tempo de jogo: cada partida é composta por quatro quartos, com duração de 10 minutos cada, marcados pelo relógio que só avança quando a bola está em jogo. O árbitro pausa o tempo imediatamente quando interrompe o jogo. Após o primeiro e o terceiro quarto, há intervalos de 2 minutos, enquanto o intervalo de 15 minutos ocorre no final do segundo quarto, que encerra a primeira metade do jogo. Em caso de empate no final da partida, prorrogações de 5 minutos são realizadas até que um desempate seja determinado. Assim, o papel do profissional de Educação Física no basquete é de extrema importância no Brasil. Conhecendo a origem do esporte, promovendo sua prática e desenvolvendo jogadores, esses profissionais contribuem significativamente para a expansão e o aprimoramento do basquete no país. Além disso, o domínio das regras do jogo é essencial para o ensino e arbitragem, garantindo partidas justas e preparando os atletas para o sucesso. Video Resumo Olá, estudante! Neste vídeo resumo, veremos um pouco mais sobre a origem do basquete e a atuação do profissional de Educação Física nessa modalidade. Iremos rever a história do basquete, passando pela vinda da modalidade ao Brasil e suas principais regras. Saiba mais A história do basquete é contada não só nos livros, mas em museus e documentários. Você pode explorar a história e museus interativos no website da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Veja o e-museu, um arquivo interativo sobre a história e os principais eventos do basquete brasileiro. Aula 2 Práticas do basquete Olá, estudante! Nesta Aula, mergulharemos de cabeça no fascinante mundo do basquete, explorando desde seus alicerces mais sólidos até os complexos sistemas táticos de jogo que o tornam uma modalidade esportiva verdadeiramente cativante. introdução Olá, estudante! Nesta Aula, mergulharemos de cabeça no fascinante mundo do basquete, explorando desde seus alicerces mais sólidos até os https://www.cbb.com.br/emuseu complexos sistemas táticos de jogo que o tornam uma modalidade esportiva verdadeiramente cativante. Desvendaremos os segredos por trás do basquete – um esporte dinâmico e repleto de ação, com decisões rápidas e cestas espetaculares acontecendo em questão de segundos. Veremos os conceitos fundamentais do basquete, as diferentes posições dos jogadores em quadra e as funções específicas de cada um. Ao final, compreenderemos como todas essas peças se encaixam no intrincado quebra-cabeça tático do basquete, formando uma estratégia de jogo vencedora. Exploraremos, também, as combinações táticas que tornam o basquete ainda mais empolgante, de modo a saber como um profissional de Educação Física utiliza essas informações, desde treinando os mais jovens nas escolinhas até preparando equipes para competições profissionais. Vamos lá? Basquete: fundamentos, posições e sistemas O basquete é jogado numa quadra com dimensões específicas, medindo 28 x 15 metros. Além disso, a cesta está localizada a uma altura de 3,05 metros acima do chão. O jogo é dividido em quatro períodos, geralmente com duração de 10 minutos cada. Entre o primeiro e o segundo período, e entre o terceiro e o quarto há um intervalo de 2 minutos. No meio do jogo, no entanto, ocorre um intervalo mais longo, geralmente de 15 minutos, que é um momento importante para o descanso e a estratégia (CBB, 2023). Fundamentos do basquete Os fundamentos são os pilares sobre os quais o jogo de basquete é construído. Estes incluem: Drible: habilidade de controlar a bola enquanto se movimenta pelo campo. Driblar adequadamente exige destreza e coordenação para evitar perder a bola para a equipe adversária. Passe: ato de passar a bola entre os colegas de equipe, permitindo a fluidez do jogo. Existem vários tipos de passes, incluindo o passe de peito, o passe de ombro e o passe picado, que devem ser usados de acordo com a situação. Arremesso: capacidade de marcar cestas na equipe adversaria. Isso envolve uma variedade de técnicas, incluindo o arremesso em suspensão, o arremesso de gancho e o arremesso de três pontos. Rebotes: recuperar a bola que volta da cesta durante o arremesso. Tanto os rebotes ofensivos quanto os defensivos são importantes para o sucesso da equipe. Defesa: inclui ações de marcação apertada, o bloqueio de arremessos e a interceptação de passes. A comunicação entre os jogadores é vital para uma defesa coesa (CBB, 2023; MAES at al., 2004). Posições e funções dos jogadores no basquete A equipe de basquete é composta por cinco jogadores, cada um desempenhando um papel específico em quadra (Figura 1). As posições e funções são: Armador: é o condutor da equipe, responsável por distribuir passes, criar jogadas e tomar decisões táticas. Frequentemente são os jogadores mais baixos em altura, mas com excelente habilidade de driblar. Laterais ou alas: jogadores com boa técnica de arremesso de meia distância. Deve ter boa noção de rebote para auxiliar os pivôs. Pode ser separado em: ala-armador, ala e ala-pivô: Ala-armador: geralmente um dos principais arremessadores da equipe e deve ser ágil para pontuar de média e longa distância. Ala: jogador versátil, contribuindo tanto na defesa quanto no ataque. Frequentemente jogadores de média estaturaque podem marcar cestas e defender eficazmente. Ala-pivô: combinação de força física e habilidades técnicas. Geralmente jogam perto do aro, contribuindo com rebotes e pontos no garrafão. Pivô: tipicamente o jogador mais alto da equipe e é responsável por bloquear arremessos, pegar rebotes e marcar pontos próximos à cesta (CBB, 2023; ROSE JUNIOR et al., 2004; NBA, 2023). Figura 1 | Posições dos jogadores de basquete Fonte: elaborada pela autora. Sistemas táticos Os sistemas de jogo são estratégias táticas que as equipes utilizam para maximizar seu desempenho. Eles incluem o Fast Break (parada rápida) focando na velocidade na transição da defesa para o ataque; o Half-court Offense, (ataque meia-quadra) que prioriza jogadas estruturadas; a Pressão Defensiva, buscando forçar erros na equipe adversária; o Pick and Roll (bloqueio e continuação) jogada comum com dois jogadores, e a Defesa em Zona, que marca áreas específicas em vez de adversários individuais, visando criar vantagens táticas. Cada sistema apresenta características distintas, na qual veremos detalhadamente a seguir. Sistemas táticos no basquete: estratégias de sucesso As posições e fundamentos são as ferramentas que os jogadores utilizam para executar as estratégias táticas de jogo de maneira eficaz. A estratégia tática diz respeito ao uso de recursos para resolver situações específicas dentro da equipe. Isso abrange sistemas de jogo tanto voltados para a defesa quanto para o ataque, bem como ações coletivas e individuais (OLIVEIRA, 2012; PENHA et al., 2014). Sistemas de defesa Os sistemas defensivos ajudam as equipes a limitar as oportunidades de pontuação do adversário. Do simples ao complexo, os sistemas podem ser descritos como: marcação individual, defesa p, e r zona, pressão, mista e combinada. Individual: cada jogador defensivo é responsável por marcar um jogador adversário específico, mantendo-o sob controle e bloqueando seus arremessos. Zona: marcação por áreas, bem como os deslocamentos dos defensores nas mesmas, seguindo a movimentação da bola. São exemplos de marcação 3x2 quando a equipe defensiva é “eficiente nos rebotes”, com bons e altos pivôs; 2x1x2 utilizada quando a equipe ofensora possui deficiências nos arremessos de média e longa distâncias e outras como 1x3x1, 2x2x1 (Figura 2). Pressão: agressividade e superioridade numérica em relação ao ataque adversário. Geralmente aplicada nos momentos finais do jogo, a fim de aumentar a diferença de pontos. Pode ser pressão individual ou por zona. A pressão em toda a quadra é um exemplo. Nesse sistema, a defesa pressiona o time adversário em todo o campo, dificultando a progressão da bola. Mista: utilização de dois sistemas simultaneamente, numa mesma ação ofensiva da equipe adversária. Um defensor pode marcar individualmente um adversário enquanto os outros executam uma defesa por zona. Defesa diamante, defesa Box-one (formação em caixa-um), Box-two (formação em caixa-dois) ou triângulo são exemplos de defesa mista (Figura 2). Combinada: apresenta dois ou mais sistemas defensivos em situações diferentes. Utilizado por equipes avançadas e com grande entrosamento entre os jogadores. Figura 2 | Sistema por zona e sistema misto Fonte: Adaptado de Penha et al. (2014). Sistemas de ataque Podem ser divididos em duas categorias distintas: ataque posicionado e contra-ataque, cada um com suas estratégias específicas Posicionado: ocorre quando a defesa está estabelecida na sua quadra defensiva requisitando dos atacantes um posicionamento definido. Por exemplo, a famosa jogada "Pick and Roll" envolvendo dois jogadores: um define o bloqueio (pick) para o jogador com a bola continuar (roll) em direção à cesta. Isso frequentemente cria desequilíbrios na defesa e oportunidades de arremessos de curta distância. Existem muitas jogadas, chamadas de sistemas, que se referem a variantes de jogadas bem ensaiadas no qual cada atacante tem um certo caminho. Elas são bastante complexas e têm que ser ensaiadas e praticadas com bastante antecedência. Contra-ataque: é uma ação de velocidade que oportuniza a criação de situações de superioridade numérica do ataque. A transição rápida é um sistema acelerado, no qual a equipe busca marcar pontos rapidamente, antes que a defesa adversária tenha tempo de se reorganizar. Nesse cenário, a velocidade e a eficiência são essenciais, enquanto os jogadores exploram brechas na defesa em situações de vantagem numérica. A escolha do sistema de ataque depende da equipe, do elenco de jogadores e da situação de jogo, e a habilidade de executar com precisão as jogadas é crucial para o sucesso ofensivo no basquete (CARVALHO, 2001; PENHA et al., 2014). A importância do profissional de educação física no conhecimento da prática do basquete O basquete é um esporte globalmente disseminado, apreciado por sua incrível dinâmica, destrezas técnicas apuradas e complexas estratégias. O treinamento eficaz e a prática bem-sucedida desse esporte dependem, em grande parte, do profundo entendimento dos seus pilares fundamentais, das distintas posições em quadra e dos sistemas táticos que o regem. Fundamentos do Basquete Possuir um domínio abrangente dos fundamentos do basquete é de importância crítica para qualquer profissional de Educação Física que deseje se destacar como treinador. Esse conhecimento se traduz na habilidade de ensinar aos jogadores a execução precisa do drible, passes milimetricamente acertados, arremessos que resultam em pontos e técnicas defensivas sólidas. Por exemplo, um treinador que compreende a mecânica do arremesso está apto a identificar minúcias que escapam a olhares inexperientes e, assim, aperfeiçoar a eficácia do jogador. Posições e Funções dos Jogadores Compreender a natureza das distintas posições e as funções desempenhadas por cada jogador é essencial para que um treinador possa criar estratégias de equipe eficazes. As posições tradicionais no basquete são o armador, a ala e o pivô. Ao entender as responsabilidades específicas de um armador, por exemplo, um treinador pode instruí-lo a liderar o ataque e a distribuir a bola com eficácia. Sistemas do Basquete Os sistemas de jogo representam a espinha dorsal das táticas empregadas no basquete, e um treinador que assimila a fundo esses sistemas têm uma vantagem estratégica indiscutível. Os sistemas de defesa e de ataque devem ser conhecidos pelo profissional. Considere o sistema bloqueio (pick) continuação (roll), por exemplo. Um treinador bem-informado sobre esse sistema pode conceber jogadas que exploram essa tática, aumentando consideravelmente as probabilidades de conquistar pontos. Ademais, durante o decorrer de uma partida, o conhecimento dos sistemas possibilita que o treinador realize ajustes táticos em tempo real, como transições fluidas entre jogadas ofensivas e defensivas, maximizando o potencial da equipe. Desenvolvimento dos jogadores O entendimento profundo dos fundamentos, posições e sistemas do basquete é vital para o desenvolvimento individual dos jogadores. Um treinador pode desenvolver planos de treinamento altamente personalizados que atendam às necessidades específicas de cada atleta. Por exemplo, se um jogador enfrenta dificuldades com o drible, o treinador pode implementar exercícios meticulosamente direcionados para aprimorar essa habilidade. Qualidade do ensino esportivo Um treinador dotado de um vasto conhecimento sobre todos os aspectos do basquete é capaz de oferecer orientações claras e detalhadas aos jogadores. Esse tipo de instrução promove um ambiente de aprendizado altamente eficaz, onde os atletas compreendem o porquê de cada exercício e estratégia. Como resultado, eles se envolvem ativamente nos treinamentos e absorvem plenamente o conhecimento transmitido pelo treinador. Isso cria uma atmosfera esportiva positiva e produtiva, na qual os jogadores se sentem motivados a aperfeiçoar constantemente suas habilidades.