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Aula 1 
Dimensões históricas do futebol 
Olá, estudante! O futebol, mesmo com origens na Inglaterra, 
tornou-se uma paixão nacional, transcendendo as linhas do 
campo e inserindo-se na nossa cultura. 
 
introdução 
Olá, estudante! 
O futebol, mesmo com origens na Inglaterra, tornou-se uma paixão 
nacional, transcendendo as linhas do campo e inserindo-se na nossa 
cultura. Com influência global, o futebol é uma prática esportiva e faz parte 
de tradições, valores e economia de uma sociedade. 
Considerando, assim, a importância do futebol na sociedade brasileira, 
torna-se importante que o futuro profissional de Educação Física conheça 
as regras e técnicas do jogo assim como sua história e seu contexto atual. 
Nesta aula, exploraremos a história fascinante da origem do futebol e sua 
vinda ao Brasil, tal como suas complexas regras, descobrindo como esses 
elementos se integram na rotina do profissional de Educação Física. 
Vamos explorar o universo rico dessa modalidade esportiva, que vai além 
do campo de jogo. 
Futebol: da Inglaterra ao Brasil 
Os primeiros relatos do surgimento do futebol na história se estendem por 
séculos passando por diversas culturas. Os chineses praticavam um jogo 
chamado cuju, e antes disso os gregos jogavam o episkuros e os romanos 
o jogo harpastum. 
O futebol moderno teve sua estrutura no século XIX na Inglaterra, onde era 
praticado nas escolas, com regras variadas. Contudo, foi nas 
universidades como Cambridge e Oxford, que o jogo se tornou organizado 
e com delimitações de um campo retangular. O famoso "Código 
Cambridge", criado em 1848, auxiliou na regularização das regras da 
modalidade (ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA, 1987; WITTER, 1990). 
Com a popularidade, o futebol começou a ser praticado pelas classes 
trabalhadoras em clubes de diversas cidades. A fundação da Football 
Association, em 1863, foi um marco para o futebol, pois passou a unificar e 
oficializar as regras. 
A primeira partida oficial de futebol foi entre a Inglaterra e Escócia, em 
1872, solidificando o status do esporte. Logo, o jogo dissseminou-se pelo 
mundo (ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA, 1987; REIS; ESCHER, 2005). 
Em 1904, foi fundada, na França, a primeira federação internacional de 
futebol, popularmente chamada FIFA, com a participação das federações 
da Bélgica, Suíça, Suécia, Espanha, Holanda e Dinamarca. A primeira 
partida a nível internacional foi entre Bélgica e França (TOMLINSON, 
2000). 
No Brasil, os registros da chegada do futebol datam do final do século XIX, 
quando um jovem brasileiro de ascendência inglesa chamado Charles 
Miller trouxe uma bola e as regras da modalidade ao retornar de seus 
estudos na Inglaterra em 1894. Sua paixão pelo esporte se espalhou entre 
a elite local de São Paulo, difundindo a prática da modalidade. 
Em 1895, Charles organizou o primeiro jogo de futebol em terras 
brasileiras, entre os funcionários da Companhia de Gás São Paulo Railway 
e a sua própria equipe. O evento sinalizou o início do futebol organizado 
no Brasil, estimulando o surgimento de clubes de futebol como o São 
Paulo Athletic Club (SPAC), fundado em 1902. 
Ademais, a formação da Liga Paulista de Fotball, em 1901, provocou a 
criação de associações esportivas, aumentando a popularidade do futebol 
no Brasil (MILLS, 2014; WITTER, 1990). 
Atualmente, a literatura reconhece Charles Miller como o pioneiro do 
futebol no Brasil, e seus eventos são considerados transformadores no 
cenário esportivo, tornando-se parte da identidade e cultura do país, 
desencadeando a paixão pelo esporte que perdura até hoje. 
O futebol, de maneira geral, consiste em um jogo de invasão, praticado 
entre dois times com regras essenciais para garantir sua dinâmica. 
O jogo é dividido em dois tempos de 45 minutos, com intervalo, e com a 
possibilidade de tempo adicional. Cada equipe é composta por 11 
jogadores, incluindo o goleiro, com objetivo de marcar gols na linha de gol 
do adversário. 
A regra fundamental proíbe que os jogadores toquem a bola com as mãos 
ou os braços, com exceção do goleiro. As regras são empregadas pelo 
árbitro responsável, com seus assistentes. Faltas são sancionadas de 
acordo com a gravidade interpretada pelo árbitro, com tiros livres, pênaltis, 
adversão ou expulsão por conduta antidesportiva. 
E a complexa regra tática de impedimento, quando um jogador se localiza 
em posição irregular em relação a linha do gol adversário no momento que 
a bola é passada para este (BARBIERI et al., 2009; DUARTE,1994). Essas 
regras tornam o futebol um esporte altamente competitivo e fascinante. 
O crescimento do futebol e a tecnologia 
Atualmente, o futebol continua popular na Inglaterra e contém uma das 
maiores competições no cenário esportivo mundial, a Premier League. 
A liga é composta por 20 clubes de elite, atraindo alguns dos melhores 
jogadores e treinadores do mundo, sendo seus jogos transmitidos para 
grandes audiências, tornando-se uma das competições mais assistidas 
internacionalmente. 
No contexto Europeu, a Liga dos Campeões da UEFA e a Liga Europa da 
UEFA, são competições que agregam os melhores times da Europa, 
elevando o nível e proporcionando emocionantes jogos para os amantes 
do esporte (TheFA, 2023; UEFA, 2023). 
Entretanto, é no Brasil que o futebol apresenta seu maior impacto, 
considerado por muitos o país do futebol e o celeiro de talentos. A sua 
popularidade é refletida pelos incontáveis torneios oficiais e amadores 
espalhados por todo o país, desde campeonatos estaduais aos regionais. 
O Campeonato Brasileiro de Futebol (Brasileirão) é o mais proeminente, 
reunindo clubes de elite de várias divisões, de acordo com a Tabela de 
Campeonatos (GLOBO, 2023). 
O Brasil igualmente valoriza a formação de jovens talentos através de 
escolinhas de futebol e por meio de organizações não governamentais 
(ONGs), como a “Fundação Gol de Letra”, que proporciona oportunidades 
a crianças carentes, identificando futuros "craques". 
Adicionalmente, o país possui Lei de Incentivo ao Esporte, uma política 
governamental que proporciona incentivos fiscais a empresas que apoiam 
projetos esportivos, incluindo a formação de jovens talentos (BRASIL, 
2023). 
Destaca-se que o futebol está passando por uma transformação notável 
em relação à promoção da participação meninas e mulheres, incluindo o 
aumento do investimento em campeonatos, desenvolvimento de talentos e 
iniciativas de base para jovens jogadoras (TheFA, 2023). 
A Copa do Mundo Feminina (Figura 1), promovida pela FIFA vem 
ganhando destaque global, inspirando atletas e aumentando a audiência 
nas transmissões dos jogos (FIFA, 2023). 
Figura 1 | Copa do Mundo Feminina 
 
Fonte: Máquina do esporte. 
Como vimos, o futebol está em constante crescimento e desenvolvimento, 
impactando também nas regras de jogo. 
A tecnologia desempenha um papel fundamental nessa transformação. 
Um exemplo é a adoção do VAR (Video Assistant Referee) nas decisões 
tomadas em campo, permitindo ao árbitro uma maior precisão na tomada 
de decisão em lances como faltas e impedimentos. A introdução da regra 
da "bola na mão" foi criada para evitar penalidades injustas e para manter 
o ritmo acelerado do jogo (TheIFAB, 2023). 
As mudanças nas regras combinadas com a aplicação de tecnologia, 
estão moldando o futuro do futebol, com o objetivo de tornar o jogo mais 
atraente e empolgante para jogadores e espectadores. 
Por fim, destacamos que a tecnologia está transformando igualmente a 
maneira como os atletas são treinados, visando otimizar cada vez mais o 
seu desempenho. O uso de dispositivos como GPS (Global Positioning 
System) e aplicativos de rastreamento permite que os treinadores coletem 
dados precisos sobre a condição física e o movimento dos seus atletas, 
possibilitando a individualização dos treinamentos, com foco na melhoria e 
prevenção de lesões (EHRMANN et al., 2016; ALMULLA et al., 2020). 
Essa abordagem orientada pela tecnologia está redefinindo os limites do 
desempenho esportivo e garantindo que o futebol continue evoluindo.Em síntese, o profundo entendimento dos fundamentos, posições e 
sistemas do basquete possui aplicações práticas de suma importância no 
aprimoramento do desempenho dos jogadores e na qualidade do ensino 
esportivo. 
O profissional de Educação Física que incorpora essa sabedoria em suas 
práticas contribui de forma substancial para o crescimento e o êxito da 
equipe, capacitando os jogadores a atingir todo o seu potencial. 
O basquete transcende o simples ato de arremessar uma bola em uma 
cesta, tornando-se um verdadeiro campo de batalha estratégica onde o 
conhecimento é o verdadeiro alicerce do sucesso. 
Vídeo Resumo 
Olá, estudante! Neste vídeo resumo, veremos os fundamentos do 
basquete até os sistemas táticos de jogo. Iremos rever como podemos 
posicionar os jogadores de acordo com sua função na quadra de basquete 
e como podemos estruturar os sistemas de jogo. 
 
Saiba mais 
 Para os estudantes e entusiastas do basquete, uma excelente maneira de 
aprofundar o conhecimento sobre a modalidade é visitar o site da Liga 
Nacional de Basquete (LNB). 
Nesse portal, você terá acesso a informações detalhadas sobre as 
melhores equipes de basquete brasileiro, os jogadores mais destacados e 
estatísticas atualizadas. Além disso, vale a pena conferir o podcast 
disponível, que oferece discussões envolventes sobre diversos aspectos 
do basquete, desde análises de partidas até as estratégias táticas. Esse 
recurso é uma fonte valiosa de informações para os apaixonados por 
basquete que desejam se manter atualizados e engajados com o cenário 
esportivo brasileiro. 
Aula 3 
Dimensões históricas do handebol 
Olá, estudante! Originado na Alemanha no século XIX, o 
handebol conquistou o mundo e é praticado globalmente. 
 
introdução 
Olá, estudante! Originado na Alemanha no século XIX, o handebol 
conquistou o mundo e é praticado globalmente. Desde sua criação, o 
handebol passou por diversas adaptações, evoluindo da grama para as 
quadras. Nesta Aula, veremos a jornada do handebol, desde suas raízes 
https://lnb.com.br/
https://lnb.com.br/
até sua chegada ao Brasil. 
Além disso, vamos desvendar as complexas regras que regem esse jogo 
dinâmico e emocionante. Teremos oportunidade de entender como esses 
elementos se entrelaçam na rotina do profissional de Educação Física, 
contribuindo para a formação de atletas e entusiastas. 
Vamos lá? 
Handebol: origem, desenvolvimento no Brasil e regras 
fundamentais 
O handebol é um esporte coletivo de invasão, amplamente praticado e 
admirado em todo o mundo devido a sua dinâmica e estratégia, mas a sua 
evolução histórica e normas fundamentais frequentemente passam 
despercebidas em comparação a esportes mais populares. 
Os primórdios do handebol, em sua forma rudimentar, remontam à 
antiguidade, com práticas semelhantes identificadas em civilizações como 
a Grécia Antiga, onde uma bola era lançada em direção a um alvo. 
Durante a Idade Média, os jogos de bola com a mão continuaram a ser 
praticados principalmente nas cortes, e foram batizados pelos trovadores 
como “os primeiros Jogos de Verão” (FPA, 2023). Versões semelhantes ao 
jogo do handebol eram praticados na Europa, em países como a antiga 
Checoslováquia, Bélgica e em Portugal. No entanto, a versão moderna do 
handebol que conhecemos hoje tem suas raízes na Alemanha e Suécia no 
século XIX. 
A história oficial do handebol apresenta variadas versões. No final do 
século 19 na Alemanha, jogava-se o handebol de campo, uma versão com 
11 jogadores em campo ao ar livre. O esporte era uma adaptação do 
futebol, porém jogado com as mãos, na época com o nome de "torball". 
Em 1910, na Suécia, G. Wallström levou o jogo para o salão (quadra), por 
conta do inverno rigoroso (OLYMPICS, 2023). 
Em 1919, na Alemanha, durante a Primeira Guerra Mundial, o professor 
Educação Física Karl Schelenz reformulou o "torball" para "handball", 
escrevendo as primeiras regras publicadas pela Federação Alemã de 
Ginástica, para o jogo com 11 jogadores (FPA, 2023; FPH, 2023). 
Com o tempo, o handebol foi espalhado a nível mundial, com diversas 
variações. Na Suécia e Dinamarca, a prática ao ar livre foi substituída por 
salas fechadas, passando de 11 para sete jogadores, a fim de criar uma 
melhor dinâmica de jogo. 
Devido a popularidade, a modalidade do handebol foi apresentada como 
esporte de exibição nas Olimpíadas de Berlim em 1936. Em 1946, a 
Federação Internacional de Handebol (IHF) foi fundada, consolidando o 
esporte em escala global (FPA, 2023; FPH, 2023, NUNES et al., 2017). 
No Brasil, o handebol teve uma introdução discreta, possivelmente no final 
da década de 1930 por imigrantes alemães e dinamarqueses, embora sua 
popularidade só tenha se consolidado nas décadas de 1940 e 1950. 
Em 1940 foi fundada a Federação Paulista, realizando competições oficiais 
da modalidade. Um marco para o handebol, em 1952, foi o Curso 
Internacional de Formação e Aperfeiçoamento de professores de 
Educação Física, ministrado pelo professor francês Auguste Listello, que 
resultou na prática do handebol para as escolas (CPH, 2023; NUNES et 
al., 2017). 
A fundação da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) ocorreu em 
junho de 1979 (COB, 2023). Com o avançar do tempo e com a prática 
sistemática da modalidade, as equipes brasileiras de handebol, tanto 
masculinas quanto femininas começaram a competir em nível 
internacional, alcançando importantes conquistas e projetando o país no 
cenário mundial. 
Atualmente, o handebol é um esporte de equipe praticado em uma quadra 
retangular dividida em duas metades, no qual o objetivo é marcar gols na 
meta adversária. Cada equipe é composta por sete jogadores de linha e 
um goleiro, com o jogo dividido em dois tempos de 30 minutos, separados 
por um intervalo de 10 minutos. 
O mundo do Handebol: crescimento e evolução 
O handebol vem ganhando destaque no cenário esportivo mundial devido 
a sua combinação de velocidade, habilidade e trabalho em equipe, 
tornando-o uma opção atraente para os amantes do esporte em todo o 
mundo. 
O handebol moderno se consolidou como um esporte de alta intensidade e 
emocionante para os espectadores. Os jogos são marcados por 
velocidade, agilidade e precisão, criando um espetáculo envolvente. 
O crescimento da popularidade do handebol é evidenciado pela crescente 
base de fãs em todo o mundo, atraindo multidões para os estádios e 
cativando espectadores. Os eventos de prestígio da modalidade são o 
Campeonato Mundial de Handebol, o Campeonato Europeu e os Jogos 
Olímpicos. 
Uma evolução do handebol tradicional é o handebol de praia (Beach 
Handball). Essa variação se desenvolveu como uma adaptação para locais 
com praias e se tornou popular em muitos países costeiros. 
As regras do handebol de praia são semelhantes às do handebol 
tradicional, mas o jogo é jogado em uma quadra de areia com equipes 
variando entre seis a dez jogadores. 
Em 2000, o handebol de praia se tornou uma modalidade oficial pela 
Federação Europeia de Handebol (EHF), e o primeiro Campeonato 
Europeu foi sediado naquele mesmo ano em Gaeta, Itália. 
Em 2004, o primeiro Campeonato Mundial de Handebol de Praia foi 
disputado no Egito, e o primeiro Campeonato Mundial Sub-17 da IHF foi 
jogado nas Ilhas Maurício em 2017, com a Espanha vencendo o evento 
masculino e a Hungria o campeonato feminino (OLYMPICS, 2023). 
O handebol de praia é conhecido por seu caráter descontraído, sendo 
jogados em quadras artificiais de areia ou em sua grande maioria em 
ambientes de praia. O Campeonato Mundial de Handebol de Praia atrai 
equipes de todo o mundo e celebram a combinação única de esporte e 
lazer. 
Figura 1 | Handebal de praia 
 
Fonte: Inside the games (2022). 
O handebol ganhou espaço no Brasil ao longo dos anos. Um dos marcos 
mais significativos para o handebol no Brasil foi a conquista da medalha de 
ouro no handebol feminino nos Jogos Pan-Americanos de 2011, em 
Guadalajara, México, quando a seleção brasileira demonstrou talento e 
determinação, conquistando a primeiramedalha de ouro do país na 
modalidade (COB, 2011). 
O handebol de praia também apresenta grande popularidade no Brasil, 
com eventos como o Campeonato Brasileiro de Handebol de Areia, 
atraindo atletas e fãs de todo o país, consolidando a popularidade dessa 
variante. 
Um ponto que merece destaque é a mulher no handebol. O Comitê 
Brasileiro de handebol com o objetivo de incentivar a participação feminina 
na modalidade criou em 2021 um Comitê de Políticas para as Mulheres 
(CPMHb). 
O objetivo fundamental do comitê é oferecer uma perspectiva única sobre 
o valor da presença da mulher no mundo esportivo, enquanto também 
desempenha um papel significativo no avanço do handebol feminino em 
nossa nação. Isto envolve o empoderamento das atletas femininas e a 
promoção da sua participação em funções de coordenação e gestão 
(CBHb, 2023). 
O profissional de educação física e o conhecimento do handebol 
Para compreender a importância do profissional de Educação Física no 
handebol, é fundamental reconhecer a necessidade do conhecimento das 
regras e dinâmica deste esporte. O entendimento das principais diretrizes 
da modalidade e sua evolução histórica é importante para o ensino do 
esporte e o crescimento da modalidade no Brasil. 
O handebol de quadra, como esporte de equipe, envolve uma série de 
regras essenciais que os profissionais de Educação Física devem dominar. 
O objetivo do jogo é simples: marcar gols lançando a bola com as mãos na 
baliza adversária, enquanto a equipe adversária tentará impedir. Cada 
equipe é composta por um goleiro e seis jogadores de quadra em campo. 
Sobre estas regras: 
A quadra de jogo: tem dimensões precisas, com 40 metros de 
comprimento e 20 metros de largura. Ela abriga duas áreas de gol e uma 
área de jogo. 
A área do gol, situada entre a linha de fundo e a linha de 6 metros é de 
acesso restrito, permitindo apenas a presença do goleiro. Invadir essa área 
resulta em penalizações, como um tiro livre para a equipe adversária. 
Importante notar que a invasão após o lançamento da bola é permitida, 
mas sob controle. 
O jogo: é geralmente dividido em dois tempos de 30 minutos, com um 
intervalo de 10 a 15 minutos entre eles. 
Durante o jogo, os jogadores têm limitações quanto aos passes e 
arremessos, com a regra dos três passos antes do arremesso, ou a 
alternativa de quicar a bola no chão enquanto se movimentam. A equipe 
com a posse de bola tem um tempo limitado de 30 segundos para realizar 
um ataque e tentar marcar um gol. 
O contato físico é uma parte intrínseca do handebol, mas deve ser 
executado de forma controlada e não pode causar lesões. Portanto, é vital 
que os profissionais de Educação Física ensinem aos praticantes ou 
atletas a importância de manter o jogo seguro e respeitar as regras. (FPH, 
2016). 
Figura 2 | Dimensões da quadra oficial de handebol. 
 
Fonte: Fphand. 
A estratégia desempenha um papel crucial no handebol. As equipes 
desenvolvem táticas de ataque e defesa bem elaboradas, e a 
comunicação entre os jogadores é fundamental. A capacidade de 
movimentação rápida e de leitura do jogo são habilidades essenciais para 
um jogador. O handebol requer grande resistência física e habilidade. Os 
jogadores devem ser rápidos, ágeis e ter excelente coordenação 
mão-olho, além do trabalho em equipe. 
A arbitragem é conduzida por uma equipe composta geralmente por dois 
árbitros em quadra, cuja missão é garantir que as regras sejam seguidas. 
Um árbitro atua na linha de gol, enquanto o outro supervisiona o jogo. 
Esses árbitros desempenham um papel vital na aplicação das regras e na 
justiça do jogo. 
Assim, o handebol é um esporte dinâmico que combina velocidade, 
habilidade e estratégia. Com regras claras e simples, é acessível a 
jogadores de todas as idades e níveis de habilidade. O conhecimento dos 
profissionais de Educação Física sobre esta modalidade esportiva contribui 
no ensino e na difusão do esporte de maneira segura e eficaz 
Video Resumo 
Olá, estudante.Neste vídeo resumo, iremos rever a história do handebol, 
passando pela vinda da modalidade ao Brasil e suas principais regras. 
 
Saiba mais 
Se você quer saber mais sobre o que tratamos aqui, dê dar uma olhada no 
website da Federação Paulista de Handebol. 
No site você encontrará informações relevantes sobre a origem desse 
esporte e as regras a serem seguidas. Além disso, você vai encontrar 
notícias sobre campeonatos, equipes e eventos, o que pode ser super útil 
se você está pensando em entrar de cabeça nesse esporte. 
Aula 4 
Práticas do handebol 
Olá, estudante! Nesta aula, embarcaremos em uma jornada no 
universo do handebol, explorando desde seus fundamentos até 
os sistemas táticos que o transformam em uma modalidade 
esportiva verdadeiramente cativante. 
https://fphand.com.br/home
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta aula, embarcaremos em uma jornada no universo do 
handebol, explorando desde seus fundamentos até os sistemas táticos que 
o transformam em uma modalidade esportiva verdadeiramente cativante. 
O handebol é um esporte dinâmico repleto de ação, com decisões rápidas 
e arremessos espetaculares que acontecem em frações de segundos. 
Durante nossa aula, desvendaremos os conceitos essenciais do handebol, 
abordando as diversas posições dos jogadores em quadra e suas funções 
específicas. 
Compreenderemos como essas peças se encaixam harmoniosamente no 
complexo quebra-cabeça tático do handebol, resultando em estratégias de 
jogo vencedoras. 
Além disso, exploraremos as nuances e particularidades do handebol, 
incluindo regras específicas, técnicas de arremesso, estratégias 
defensivas e ofensivas. 
Vamos lá? 
Handebol: fundamentos, posições e sistemas 
O handebol, enquanto esporte coletivo de alta intensidade, demanda uma 
compreensão meticulosa dos seus fundamentos e elementos táticos por 
parte dos profissionais de Educação Física. 
Neste cenário, torna-se importante que esses profissionais não apenas 
dominem as regras básicas, mas também os conceitos fundamentais 
relacionados às posições dos jogadores, suas funções específicas e os 
sistemas táticos aplicados. 
Fundamentos 
Conforme Oliveira (2013) e Reis (2006), as principais ações de ataque e 
defesa que o atleta precisa dominar para o jogo do handebol são: 
Empunhadura: ato de segurar a bola de handebol de maneira correta, 
utilizando uma aderência firme para facilitar o controle e a precisão nos 
passes e arremessos. 
Drible: conduzir a bola com o objetivo de locomover-se dentro da quadra. 
Quicar a bola no chão, sem perder o domínio dela. Tipos de drible: alto 
com deslocamento em alta velocidade e o drible baixo utilizado para a 
proteção da bola. 
Recepção: receber, amortecer e reter a bola recebida, podendo ser com 
uma ou as duas mãos e de diferentes maneiras (exemplo: alta, média, 
baixa, em deslocamento em suspensão e no chão). 
Passe: lançar a bola para um companheiro de equipe, evitando a 
interceptação do adversário. O passe pode ser de ombro, por trás do 
quadril, por trás da cabeça, em pronação, pendular e variações. 
Arremesso: ação executada em direção do gol adversário. Os arremessos 
incluem os básicos, com salto e com queda. 
Passada trifásica (ritmo trifásico): corresponde ao número de passos 
permitidos pelo jogador antes de quicar ou arremessar a bola. Conhecido 
como 3 passadas, é o fundamento no qual o jogador executa três passos à 
frente e em direção ao gol adversário com a posse da bola (Figura 1). 
Pode ser executada em sequência direita, esquerda, direita, ou repetindo 
um dos pés como direita, direita e esquerda. 
Figura 1 | Passada trifásica no handebol 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
Marcação: realizadas para evitar as ações do adversário. São ações como 
bloquear os braços de arremesso do adversário com uma das mãos e com 
a outra mão bloquear o quadril. 
Bloqueio defensivo: posição em que o jogador utiliza para interceptar a 
bola lançada ao gol. Executado no handebol pelo defensor de linha. 
A equipe de handebol é composta por sete jogadores,com posições 
específicas em quadra (Figura 2). As posições são: 
Armador (central): articulador das jogadas. Líder do ataque, comanda o 
ritmo do jogo. Adapta-se às mudanças defensivas. 
Meia (direita e esquerda): apresentam um dinamismo do ataque, 
arremessos poderosos. Jogadores que fazem a progressão das jogadas e 
atuam também na defesa. 
Pivô: encarregado de abrir espaço na defesa, posiciona-se 
estrategicamente entre as linhas dos 6 e 9 metros, marcando gols com 
repertório variado. 
Lateral/ponta (esquerda e direita): especialistas em arremessos precisos 
em ângulos fechados, realizados nas extremidades laterais da quadra. 
Amplia lateralmente a defesa adversária, proporcionando espaços para os 
pivôs e meias. 
Goleiro: protege a baliza da sua equipe. Jogador com reflexos rápidos, 
antecipação e comunicação para orientar tanto a defesa quanto o ataque. 
Figura 2 | Posições dos jogadores de handebol 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
Sistemas táticos 
São as estratégias articuladas que distinguem as equipes de elite. 
Compreender sistemas defensivos, como 6:0 e 5:1, e ofensivos, como 
3:2:1 e 4:2, não apenas exige um conhecimento, mas a habilidade de 
adaptar esses sistemas dinamicamente durante o jogo. Detalharemos 
cada um dos sistemas. 
Sistemas táticos no handebol: estratégias de sucesso 
Os sistemas táticos no handebol representam estratégias organizadas que 
visam potencializar as habilidades individuais dos jogadores em busca de 
um desempenho coletivo mais eficiente. Dentro desse contexto, os 
sistemas de ataque e defesa surgem como elementos fundamentais na 
construção de uma estratégia de jogo coesa. 
Sistemas de defesa 
Os sistemas defensivos desempenham um papel importante ao limitar as 
oportunidades de pontuação do adversário. No handebol, destacam-se 
diferentes abordagens defensivas: 
Individual: utilizadas em categorias iniciantes, no qual cada defensor e 
responsável pelo seu oponente direto, esteja ele com ou sem a posse de 
bola. A defesa homem a homem exige alta intensidade física, habilidades 
individuais sólidas e comunicação eficaz entre os jogadores. 
Zona (posicional): marcação é feita na formação em linhas na zona 
defensiva (ver na Figura 3), em que os jogadores são dispostos em uma, 
duas ou mais linhas em frente a linha do goleiro. São exemplos de 
marcação 6:0 (seis jogadores dispostos em uma linha); 5:1 (cinco 
jogadores dispostos na linha 1 e um jogador disposto na linha 2), 3:3, 
3:2:1, 4:2 (Figura 3). 
Combinada (mista): são organizações que visam à marcação por zona e 
individual ao mesmo tempo. A tática mais conhecida dessa categoria é a 
5+1 (cinco jogadores posicionados e um jogador na marcação individual) e 
a 4+2 (quatro jogadores posicionados e dois jogadores na marcação 
individual) (MENEZES, 2010; SILVA JUNIOR, 2022). 
Figura 3 | Sistemas de defesa do handebol 
 
Fonte: Adaptado de Silva Junior (2022).Figura 4 | Sistemas de defesa do handebol 
 
Fonte: Adaptado de Silva Junior (2022).Figura 5 | Sistemas de defesa do handebol 
 
Fonte: Adaptado de Silva Junior (2022). 
Sistemas de ataque 
O jogo de handebol ocorre na maior parte do tempo na metade da quadra, 
com uma equipe próxima à linha de seu goleiro posicionados na defesa, e 
outra equipe no ataque com objetivo de fazer o gol. O sistema de ataque 
do handebol consiste em contra-ataque e contra-ataque sustentado 
(ataque posicionado), cada um com suas estratégias específicas. 
Transição ofensiva: movimentação da quadra de defesa para a quadra de 
ataque no momento que a equipe recupera a posse de bola. 
Contra-ataque: acontece de maneira rápida, a partir de uma roubada de 
bola ou de um erro técnico de um adversário. Ação acontece com 
velocidade a fim de construir uma superioridade numérica. 
Contra-ataque sustentado (ataque posicionado): quando a equipe 
recupera a posse de bola e se movimenta de maneira lenta afim de se 
organizar e posicionar a partir de movimentações táticas já definidas. 
Exemplos de sistemas táticos ofensivos são 3:3, 4:2 e 2:4. No sistema 3:3 
três jogadores se posicionam à frente linha de 9 metros (armador e dois 
meias) e os outros três jogadores na linha de 6 metros (dois pontas e um 
pivô). 
Em suma, os sistemas táticos no handebol desempenham um papel 
crucial, moldando a dinâmica do jogo e maximizando o desempenho da 
equipe. A disposição estratégica dos jogadores, seja na defesa ou no 
ataque, não apenas reflete suas habilidades individuais, mas também 
determina a eficácia da equipe como um todo. 
A posição específica de cada jogador em sistemas táticos, como 
armadores, pontas e pivôs, otimiza a defesa contra as investidas 
adversárias, e potencializa as oportunidades de ataque, destacando a 
importância vital dessas configurações no cenário do handebol. 
A importância do profissional de educação física no 
conhecimento da prática do handebol 
A importância do profissional de Educação Física que possua um 
conhecimento sólido acerca dos fundamentos do handebol, das posições 
dos jogadores e dos sistemas de jogo vai além da mera transmissão de 
informações aos praticantes deste esporte. Ele representa um elemento 
essencial para o desenvolvimento técnico e tático dos atletas, 
proporcionando um desempenho mais eficiente e seguro durante as 
partidas. 
Entender as posições dos jogadores e suas funções específicas se torna 
essencial para a organização de estratégias eficazes. O profundo 
conhecimento das regras do handebol, como a proibição de dar mais de 
três passos sem driblar, permite ao profissional orientar os atletas de forma 
a evitar penalidades que possam comprometer o desempenho da equipe. 
A regra do "andar" destaca a importância do domínio do drible como 
habilidade fundamental, evidenciando a necessidade de os jogadores 
serem proficientes nessa técnica para garantir a continuidade da posse de 
bola. 
Uma curiosidade interessante sobre as regras do handebol é o conceito do 
goleiro-linha. Nos momentos finais de uma partida, uma equipe pode optar 
por retirar o goleiro convencional e adicionar um jogador de linha extra, 
tornando-se assim a equipe com superioridade numérica no ataque. 
A utilização do goleiro linha geralmente faz que o goleiro atue, na maioria 
das vezes, como armador central. O match-status (estado do jogo) 
apresenta uma tendência para a utilização do goleiro linha quando a 
equipe se encontra em momentos de derrota por 4 ou mais gol (MUSA et 
al., 2017). Essa estratégia arrojada aumenta as chances de marcar gols, 
mas também expõe a equipe ao risco de contra-ataques do time 
adversário. 
A compreensão dos sistemas de jogo é outra peça-chave para o 
profissional de Educação Física. Saber organizar a defesa, posicionar os 
jogadores em quadra e criar jogadas ofensivas estratégicas são aspectos 
fundamentais para o sucesso da equipe. 
Além disso, a capacidade de adaptar os sistemas de jogo de acordo com 
as características da equipe e as situações de jogo é uma habilidade 
valiosa que só pode ser alcançada com um conhecimento aprofundado do 
esporte. 
Dentre os fundamentos técnicos, o arremesso no handebol destaca-se 
como uma das ações mais cruciais, sujeita a diversas regras que podem 
impactar diretamente no resultado da partida. A limitação de passos, o 
tempo máximo de posse de bola e o respeito à distância da barreira 
defensiva são aspectos que demandam atenção especial do profissional 
de Educação Física ao ensinar e treinar os atletas. 
A compreensão das regras específicas relacionadas ao arremesso, como 
a concessão de um arremesso de sete metros em caso de falta grave, é 
vital para orientar os jogadores em situações críticas. A execução correta 
do arremesso de sete metros pode representar a diferença entre a vitória e 
a derrota em uma partida equilibrada. 
Desse modo, o profissional de Educação Física desempenha um papel 
fundamental no desenvolvimento técnico e tático dos praticantes de 
handebol. O conhecimento profundo dos fundamentos do esporte, as 
posições dos jogadores, os sistemasde jogo e as regras específicas, 
como as relacionadas ao arremesso, contribui não apenas para o 
aprimoramento das habilidades individuais, mas também para a formação 
de equipes competitivas e bem-sucedidas. 
Ao compartilhar esse conhecimento de forma eficaz, o profissional de 
Educação Física assume um papel central na construção de atletas 
completos e no fortalecimento do esporte como um todo. 
Aula 1 
Dimensões históricas do voleibol 
Olá, estudante! Nesta aula, veremos panorama sobre a história e 
evolução do voleibol, sua criação, evolução cronológica das 
regras e dos fundamentos, e seu desenvolvimento no Brasil. 
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta aula, veremos panorama sobre a história e evolução 
do voleibol, sua criação, evolução cronológica das regras e dos 
fundamentos, e seu desenvolvimento no Brasil. O conhecimento adquirido 
será ferramenta teórica para atuar profissionalmente nessa modalidade, 
seja na área educacional ou de formação esportiva/treinamento. 
O voleibol é a segunda modalidade coletiva mais praticada no Brasil, 
atingindo vários públicos, como crianças, adultos, idosos e deficientes. 
Além disso, é um verdadeiro fenômeno midiático, já que suas regras foram 
adaptadas de acordo com as necessidades do formato televisivo de 
transmissão. 
Vamos lá!? 
História e Evolução Voleibol 
A história do voleibol está ligada ao desenvolvimento e evolução das suas 
regras, dos fundamentos técnicos e táticos, assim como a passagem de 
uma prática restrita ao lazer, em locais específicos, a um fenômeno 
competitivo e midiático difundido por vários países e com organização 
burocrática em nível mundial. Porém, o principal fator do jogo não muda ao 
longo da história: são duas equipes divididas por uma rede. 
Em sua versão moderna, o voleibol foi criado nos Estados Unidos, no ano 
de 1895. A modalidade foi desenvolvida pelo professor William G. Morgan, 
na unidade de Massachusetts da YMCA – sigla em inglês para a 
Associação Cristã de Moços – entidade historicamente dedicada a divulgar 
os princípios do cristianismo, e que foi também o local onde se 
desenvolveram outras modalidades esportivas. 
O surgimento do voleibol é atribuído a uma grande demanda dos 
associados da YMCA por um jogo que não fosse tão violento quanto o 
basquete ou futebol americano, e que não tivesse contato físico entre os 
participantes. 
Uma das possibilidades de Morgan seria adaptar o jogo de tênis para um 
ginásio, o que não se mostrou viável. Inicialmente, tinha o nome de 
“Mintonette” e sua prática era uma atividade exclusivamente de lazer, 
composta por duas equipes separadas por uma rede. O objetivo principal 
do jogo era – e sempre será – passar a bola para o outro lado, por cima da 
rede, sem deixá-la cair no chão. 
No princípio era uma prática muito rudimentar, já que contava apenas com 
dez regras bastante genéricas e não tinha um número certo de 
participantes. A bola inicialmente era feita com a câmara de ar de uma 
bola de basquetebol. 
A partir do ano 1900, já com o nome de Volley Ball, passou a ser 
desenvolvido oficialmente no programa de Educação Física da YMCA e, 
posteriormente, passou a ser praticado nas universidades americanas. A 
partir daí a modalidade se disseminou para outros lugares do mundo, 
como países da Ásia, Europa e América do Sul. 
Na década de 1930, o voleibol vai se tornando menos uma atividade de 
lazer, e cada vez mais uma prática competitiva e organizada. 
No Brasil, existem duas versões diferentes sobre a chegada do voleibol: a 
primeira versão conta que foi no colégio Marista de Pernambuco, no ano 
de 1915. A outra é de que a modalidade foi trazida pela YMCA para a 
cidade de São Paulo, entre os anos de 1916 e 1917, sendo praticado nas 
quadras e nas praias. Rapidamente a modalidade ganhou o gosto da 
população, se difundindo em clubes e escolas. 
O Brasil é uma potência do voleibol no cenário competitivo mundial, 
figurando entre as melhores equipes nos principais campeonatos 
internacionais, tanto nas quadras quanto na areia, contando também com 
uma das ligas nacionais mais competitivas do mundo. 
Mas a história do voleibol também é contada a partir da evolução das 
regras do jogo e dos fundamentos técnicos. Podemos perceber 
nitidamente que com o passar do tempo, o jogo foi ficando cada vez mais 
rápido. 
Os fundamentos técnicos evoluíram, o gesto técnico passou a ser mais 
refinado, sendo fator preponderante para o desenvolvimento da 
modalidade, deixando o jogo esteticamente mais vistoso e dinâmico. 
Conforme algumas situações imprevisíveis ocorriam durante os jogos, 
expondo as limitações da regra, surgiam novas possibilidades de 
aprimoramento técnico, sempre visando deixar o jogo mais dinâmico e 
buscando tornar a competição mais justa para ambas as equipes. 
Outro fator preponderante para adaptações nas regras foi a adequação do 
jogo de acordo com as necessidades do formato de transmissão das 
partidas pela televisão, que precisava principalmente de espaços para a 
publicidade dos patrocinadores. 
Principais regras e sua evolução técnica 
Para melhor compreensão da modalidade voleibol, veremos suas 
principais características. 
A quadra de voleibol é um retângulo de 18x9 metros, dividido ao meio por 
uma linha central que a separa em duas quadras iguais, cada uma delas é 
um quadrado de 9x9 metros. 
Cada uma das quadras de voleibol é divida em duas partes, por uma linha 
paralela à linha central, distante dela 3 metros. Essa linha separa a zona 
de ataque – mais próxima da rede – e a zona de defesa – mais próxima do 
fundo da quadra. O jogador que se encontra posicionado na zona de 
defesa, não pode invadir a zona de ataque para atacar uma bola acima da 
linha da rede. 
Cada equipe é composta por 6 jogadores que alternam suas posições na 
quadra em formato de rodízio. As equipes são separadas por uma rede 
colocada acima da linha central. A altura da rede é de 2,43 metros no 
masculino e 2,24 metros no feminino. Duas antenas ficam dispostas na 
rede, perpendiculares às linhas laterais, estendendo-se por 80 cm acima 
do bordo superior da rede, delimitando a área de jogo. A cada equipe são 
permitidos três toques na bola antes de passá-la ao outro lado, não sendo 
permitido ao jogador tocar duas vezes consecutivas na bola. 
Uma partida de voleibol é disputada em melhor de 3 sets. Cada set é 
disputado até 25 pontos, sendo necessária uma diferença de 2 pontos no 
placar para a equipe vencer um set. Em caso de empate em 2 a 2 sets, é 
disputado o 5o set, chamado tie break e que termina em 15 pontos, sendo 
necessária também a diferença mínima de 2 pontos no placar. 
Entretanto, os fundamentos técnicos do jogo mudaram. A introdução do 
bloqueio é um exemplo dessa mudança: um novo elemento técnico é 
criado e posteriormente e passa a ser proibido bloquear um saque. 
Conforme situações de jogos foram ocorrendo, as regras foram 
modificando os elementos técnicos do jogo. Esse desenvolvimento se deu 
ao longo dos anos, a partir de instituições como clubes, associações, 
federações e confederações, que passaram a organizar e gerir 
profissionalmente todos os aspectos da modalidade, desde pequenas 
cidades e regiões, estados, países, até a criação da Federação 
Internacional de Voleibol (FIVB) no ano de 1948. 
Essa entidade regulamenta a modalidade em nível mundial, sendo 
responsável pela criação e atualização das regras oficiais, assim como 
pela organização dos principais campeonatos. No Brasil, o voleibol é 
organizado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) criada em 
1954. 
Vejamos uma breve cronologia da introdução de regras que determinaram 
mudanças nos fundamentos técnicos do jogo ao longo da história: 
1912 – Introdução do rodízio entre os jogadores. 
1916 – Cada set passa a ter 15 pontos / Proibido o jogador tocar a bola 2 
vezes consecutivas. 
1918 – Número de jogadores fixado em 6 por equipe. 
1925 – Passa a ser obrigatória a vantagem de 2 pontos para terminar cada 
set. 
1938 – Surgimento do bloqueio – o contato do bloqueiopassa a contar 1 
toque. 
1942 – A bola pode ser tocada com qualquer parte do corpo acima dos 
joelhos. 
1947 – Permitido aos jogadores da zona de ataque trocarem de posição 
para atacar e bloquear. 
1949 – Permitido ao levantador infiltrar e realizar levantamento a partir da 
zona de ataque. 
1964 – Bloqueador pode invadir a quadra adversária, bloqueio ofensivo. 
1970 – Surgimento das antenas, facilitando a atuação dos árbitros. 
1984 – Passa a ser proibido bloquear um saque. 
1995 – A bola pode ser tocada com qualquer parte do corpo, inclusive com 
os pés. 
1998 – Criação da função de Líbero. 
Fundamentos técnicos e ações do voleibol 
O bom conhecimento da modalidade vai proporcionar a capacidade de 
atuar profissionalmente com o voleibol, seja no ambiente escolar, em 
práticas de lazer, de formação esportiva ou no esporte de alto rendimento. 
Para tanto, a compreensão dos principais fundamentos técnicos e seu 
desenvolvimento na história é fundamental. 
No início da prática, os principais movimentos corporais eram bastante 
rudimentares. Não havia muitas regras específicas. Com o passar dos 
anos e com o aprimoramento da modalidade, a parte técnica passa a ser 
cada vez mais refinada. 
Tradicionalmente, os jogadores utilizam 3 tipos de movimento para tocar a 
bola: Manchete – realizada com os joelhos flexionados, os dois braços 
estendidos à frente do corpo, rebatendo a bola com os antebraços; Toque 
– realizado com as duas mãos abertas acima da cabeça, que devem 
rebater a bola simultaneamente com as pontas dos dedos; e Ataque – 
também conhecido como “cortada”, é realizado após saltar, rebatendo a 
bola com a palma da mão aberta, sendo também o movimento realizado 
no saque. 
Porém, a regra permite ao jogador tocar a bola com qualquer parte do 
corpo, desde que seja sempre rebatida, ou seja, a bola nunca pode ser 
retida e/ou lançada. 
Quando a modalidade surgiu, seja nos Estados Unidos, no Brasil ou em 
outros países, não havia um número exato de jogadores, não havia 
rodízio, nem grande rigor técnico por parte da arbitragem. 
Com o desenvolvimento histórico da lógica da máxima performance e da 
busca pela vitória, as novas exigências técnicas do jogo foram sendo 
incorporadas às regras. Um exemplo icônico desse aprimoramento técnico 
contemplado por uma nova regra, é o surgimento da função do líbero, 
jogador especializado em recepção e defesa, que você verá na próxima 
aula. 
 Vejamos as principais ações técnicas do jogo de voleibol: 
O saque – realizado atrás da linha de fundo, o saque é a ação inicial de 
cada ponto. O sacador lança a bola e a rebate por cima da rede, por 
dentro da área de jogo delimitada pelas antenas. Existem vários tipos de 
saque: parado, viagem, flutuado, jornada nas estrelas etc. 
A recepção – também conhecida como “passe”, essa ação é responsável 
receber o saque adversário, passando a bola para o levantador em 
posição favorável, próximo à rede. 
O levantamento – é uma ação realizada normalmente pelo levantador, que 
é o jogador mais habilidoso da equipe, que prepara a jogada para o 
atacante finalizar. 
O ataque – realizado com um salto, rebatendo a bola com a palma da 
mão, acima da rede, buscando derrubar a bola na quadra adversária. Um 
ataque é realizado pelas pontas da rede, próximo às antenas, pelo meio da 
rede ou saltando a partir da zona de defesa (fundo). 
O bloqueio – é uma ação defensiva, serve para bloquear o ataque da 
equipe adversária. O bloqueador pode invadir a área da equipe adversária. 
É uma ação que só pode ser realizada pelos jogadores que estão na zona 
de ataque. Pode ser simples, duplo ou triplo. 
A defesa – ação defensiva para impedir a bola de cair na quadra após o 
ataque adversário. Pode recuperar um ataque forte ou uma largada do 
adversário. Normalmente recupera a bola mais próxima ao chão. 
Video Resumo 
Olá, estudante! Neste vídeo resumo, fixaremos os conteúdos como as 
principais características do voleibol, a da história da modalidade, a 
evolução das regras, seus principais fundamentos, as medidas da quadra 
e da rede, além das ações de jogo. 
 
Saiba mais 
As regras oficiais do voleibol são elaboradas e atualizadas pela Federação 
Internacional de Voleibol - FIVB. Esse documento serve de base para 
todos os campeonatos que são organizados por entidades filiadas à FIVB, 
como no caso Confederação Brasileira de Voleibol – CBV – entidade que 
organiza a Superliga, principal campeonato de clubes do Brasil. 
Aula 2 
A prática do voleibol 
Olá, estudante! Nesta Aula, veremos como funcionam na prática 
as posições dos jogadores e suas funções no jogo de voleibol. 
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta Aula, veremos como funcionam na prática as 
posições dos jogadores e suas funções no jogo de voleibol. Também, 
como funciona o rodízio e os principais sistemas táticos utilizados, 
conhecimento fundamental para compreender o funcionamento da 
modalidade. 
A especialização das funções dos jogadores marca o desenvolvimento do 
https://institucional.cbv.com.br/
voleibol, já que dentro da lógica do esporte de alto nível, essa 
especialização é fundamental para a conquista da vitória. 
Outra mudança histórica foi o desenvolvimento de sistemas táticos, ou 
seja, estratégias de equipe para as ações ofensivas e defensivas, 
realizadas para maximizar as possibilidades de vitória no jogo de voleibol. 
Vamos lá? 
Posições e rodízio no voleibol 
A compreensão das posições na quadra e do rodízio dos jogadores de 
voleibol vai facilitar o processo de ensino e a prática, seja na escola, na 
formação esportiva ou no lazer. Antes do início do jogo, cada equipe deve 
informar para a arbitragem quais serão os 6 jogadores que iniciarão a 
partida, e suas respectivas posições. 
Ao início de cada ponto, antes da bola entrar em jogo com um saque, cada 
um dos jogadores deve estar colocado na posição correta. Cada posição é 
marcada por um número – de 1 a 6. Na zona de ataque ficam as posições 
2, 3 e 4, enquanto na zona de defesa estão as posições 1, 5 e 6. 
Cada posição da zona de ataque tem a sua posição correspondente na 
zona de defesa: 1 com 4; 2 com 5; 3 com 6. Dessa maneira, a arbitragem 
vai avaliar se a posição de cada jogador está correta, usando como 
referencial a posição do jogador correspondente. 
Vejamos um exemplo das posições correspondentes: antes do início do 
ponto, caso o jogador da posição 2 (zona de ataque) esteja na mesma 
linha ou atrás do seu correspondente, no caso o da posição 5 (zona de 
defesa), será considerada falta e somado 1 ponto para a equipe 
adversária. 
Depois que a bola já está em jogo, os jogadores podem trocar suas 
posições de acordo com o esquema tático da equipe. Porém, quando o 
próximo ponto for iniciado, os jogadores têm que voltar para a posição 
correta. Observe na Figura 1: 
Figura 1 | Posições e rodízio 
 
Fonte: Bojikian (2005, p. 25). 
O jogador que está na posição 1 é aquele que vai realizar o saque. A 
posição 6 é chamada de fundo meio e a posição 5 é fundo esquerda. A 
posição 4 é a entrada de rede, 3 é o meio de rede, e a posição 2 é a saída 
de rede. 
Quando uma equipe faz um ponto a partir de um saque da equipe 
adversária, ela recupera a posse da bola e os jogadores “rodam”, ou seja, 
eles trocam de posição dentro de um sistema de rodízio que ocorre no 
sentido horário. 
Depois de entender as posições e o rodízio, você vai aprender as funções 
no voleibol. Cada jogador é especializado para realizar uma das cinco 
funções: levantador, ponteiro, central, oposto e líbero. 
Normalmente, cada função é ocupada pelo jogador que tem as melhores 
condições técnicas para realizar essa função. No próximo bloco você verá 
as principais características de cada função. 
Nos esquemas táticos do jogo, é sempre mais interessante que o 
levantador esteja na zona de defesa. Dessa maneira o técnico da equipe 
pode garantir que na zona de ataque estarão 3 jogadores atacantes. 
Por esse motivo, vemos que normalmente o levantador é o primeiro a 
realizar o saque, na posição 1 da zona de defesa.Porém, alguns 
atacantes que estão na zona de defesa, também podem realizar um 
ataque, desde que saltem atrás da linha de 3 metros. 
Principais características das funções do voleibol 
Conheceremos mais a fundo as funções dos jogares: 
O levantador é normalmente o jogador mais habilidoso da equipe. Esse 
jogador vai receber um passe e levantar a bola para um atacante. Por isso 
dizemos que a segunda bola é sempre do levantador, pois ele é o mais 
capacitado para realizar um bom levantamento. Por esse motivo o 
levantador nunca participa da recepção. 
O local ideal para o levantador tocar a bola fica entre as posições 2 e 3, e 
o passe sempre será direcionado para esse local, mas nem sempre com 
sucesso. Apesar de muito habilidoso, o levantador normalmente é mais 
baixo que o restante do time, característica que se torna uma 
desvantagem quando ele precisa bloquear. 
Ele é responsável por fazer a “leitura” do bloqueio adversário, distribuindo 
de maneira estratégica os levantamentos para o ponteiro, central e oposto. 
Quando ele está na zona de defesa, ele infiltra para a zona de ataque para 
realizar o levantamento. 
O ponteiro é um jogador que, quando se encontra na zona de ataque, 
ataca a partir da entrada de rede – posição 4. Mesmo que ele não esteja 
nessa posição, assim que a bola entra em jogo, ele se direciona para a 
entrada de rede. São dois ponteiros na equipe, sempre situados em 
posições correspondentes. Isso garante que sempre haverá um ponteiro 
na zona de ataque e outro na zona de defesa. 
O ponteiro que está na zona de defesa, pode atacar a bola saltando atrás 
da linha, normalmente pelo meio fundo, em uma jogada chamada pipe. Os 
dois ponteiros também participam da linha de recepção. 
O central é normalmente um jogador muito alto. Assim como os ponteiros, 
são 2 centrais na equipe de voleibol, situados em posições 
correspondentes, garantindo que sempre haverá um na zona de ataque e 
outro na zona de defesa. 
O central que está na zona de ataque fica sempre no meio da rede – 
posição 3. Ele ataca a bola a partir dessa posição, normalmente a partir de 
um levantamento curto e rápido. Outra função do central na zona de 
ataque é o bloqueio. Por se tratar de um jogador alto, consegue se 
deslocar rapidamente do centro para as pontas da rede, compondo um 
bloqueio com seu colega de time. 
Já o central que está na zona de defesa, é substituído pelo líbero, pois 
geralmente não tem muita agilidade para realizar uma defesa. 
O oposto ataca a bola a partir da saída de rede – posição 2. Quando ele 
está na zona de ataque, se desloca sempre para a posição 2. Porém 
quando está na zona de defesa, o oposto se desloca para a posição 1, 
pois também ataca atrás da linha de 3 metros. Ele não participa da linha 
de recepção, já que normalmente é o principal atacante do time, ficando 
livre para atacar, sempre pela saída da rede. 
Geralmente os opostos canhotos têm maior destaque, pois conseguem um 
ângulo melhor em seus ataques. O jogador correspondente do oposto no 
rodízio será sempre o levantador. 
O líbero é especializado em defesa, e não pode atacar a bola acima do 
bordo superior da rede. Ele substitui os centrais, sempre na zona de 
defesa, ou seja, ele passa somente pelas posições 1, 6 e 5. Porém essa 
mudança não conta como uma substituição. Por se tratar de um jogador 
mais baixo, o líbero é bastante ágil para defender e tem grande habilidade 
na recepção. É um jogador que tem a camiseta do uniforme de cor 
diferente do restante do time, para facilitar sua visualização. 
Principais sistemas táticos do voleibol 
Vamos relembrar alguns conceitos, estudante? Você se lembra quais são 
os elementos técnicos do voleibol? O conjunto de regras desse esporte é o 
principal elemento técnico, regulamentando os equipamentos do jogo, as 
medidas da quadra, a interação entre os atletas, entre outros. Os 
elementos técnicos pouco mudam. Porém, os sistemas táticos não estão 
no livro de regras. 
A tática de jogo nada mais é que a estratégia utilizada pela equipe, 
levando em consideração os limites e as possibilidades que o conjunto de 
regras permite. 
Em um exemplo mais prático, o levantador pode utilizar a seguinte 
estratégia: no 1o set, ele vai distribuir os levantamentos para o atacante 
central com mais frequência. Porém, a partir do 2o set, ele vai distribuir 
mais bolas para os atacantes da entrada e da saída de rede – ponteiro e 
oposto – buscando confundir os bloqueadores da equipe adversária, que 
estarão mais atentos ao atacante central, e chegarão “atrasados” nas 
pontas. 
Mas a tática não se restringe apenas a um jogador, realizando uma 
estratégia individualmente. Pode haver a tática de grupo, em forma de 
movimentos sincronizados, realizados por duplas ou por trios. Por 
exemplo, podemos pensar num bloqueio triplo, que é uma tática utilizada 
quando o adversário realiza um levantamento muito alto. Nesse caso, os 
três bloqueadores terão tempo suficiente para saltar de maneira 
sincronizada. 
Outro exemplo é a combinação entre o levantador e o central, que 
realizam diferentes jogadas de acordo com um sinal do levantador. Bola de 
tempo, chute meio, tempo esquerda, tempo atrás são alguns exemplos 
dessa interação estratégica entre dois jogadores. 
Podemos pensar também na tática da equipe. Essa é maneira como a 
equipe se comporta na quadra, por completo, é uma estratégia de jogo 
realizada por todos os jogadores em conjunto. É conhecido como “padrão 
de jogo”, onde cada jogador se posiciona de maneira síncrona, buscando 
jogadas mais eficientes. 
Existem alguns sistemas que são bastante utilizados. Nas atividades de 
lazer e nas categorias de base, é utilizado o sistema 6X0, onde a função 
do levantador não é de um jogador fixo. Aquele que estiver na posição 3 – 
meio da rede – será o levantador. 
Os jogadores não precisam trocar de posição, eles ficam em sua posição 
original, até o próximo rodízio. As turmas de formação esportiva mais 
avançadas utilizam com frequência o sistema 4X2 – 4 atacantes e 2 
levantadores em posição correspondente – no qual o levantador não 
precisa infiltrar, já que sempre haverá um deles na zona de ataque. 
As equipes de alto nível, utilizam o sistema 5X1 – 5 atacantes e 1 
levantador. Esse é o sistema tático ofensivo mais funcional, já que 
possibilita grande variação de jogadas e tem cada jogador com uma 
função predeterminada. A grande vantagem é ter mais atacantes 
disponíveis. Nesse sistema, quando o levantador está na zona de defesa, 
é necessário infiltrar para realizar o levantamento. 
É de grande importância para o profissional de Educação Física ter os 
conhecimentos sobre as posições da quadra de voleibol, do sistema de 
rodízio e das principais funções desempenhadas pelos jogadores, além de 
estratégias pedagógicas como a utilização de diferentes materiais, 
brincadeiras e jogos, que contemplem o conteúdo dessa aula. 
Vídeo Resumo 
Olá, estudante! Aprendemos as posições dos jogadores na quadra de 
voleibol. Também, que cada jogador tem uma função específica na equipe, 
como o levantador ou o líbero, por exemplo. Vimos que existe um sistema 
de rodízio entre as posições, que acontece no sentido horário. 
Conhecemos, também, os principais sistemas táticos utilizados no jogo de 
voleibol. Agora vamos relembrar o conteúdo da aula com o vídeo resumo. 
 
Saiba mais 
Para ensinar o voleibol para iniciantes, você, futuro professor de Educação 
Física, deve saber que não se pode seguir o modelo e a lógica do esporte 
de alto rendimento. Especialmente no ensino para crianças, devemos ter 
uma prática lúdica, com brincadeiras, utilizando diferentes materiais, 
diferentes espaços e jogos adaptados à realidade de cada local. 
Uma boa estratégia é o mini-voleibol, que é praticado em espaços 
menores que uma quadra inteira, de maneira adaptada e com menos 
jogadores. Veja mais no artigo “Voleibol escolar: uma proposta de ensino 
nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal do conteúdo”. 
Aula 3 
Tênis de mesa 
Olá, estudante! NestaAula, veremos como surgiu o tênis de 
mesa, sua criação e posterior difusão pelo mundo. 
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta Aula, veremos como surgiu o tênis de mesa, sua 
criação e posterior difusão pelo mundo. Também, como essa modalidade 
chegou da Inglaterra ao Brasil e seu desenvolvimento histórico, seja nas 
práticas de lazer com o ping pong, seja no tênis de mesa competitivo. 
Vai conhecer também a evolução técnica dos materiais e equipamentos do 
jogo, a especialização nos fundamentos técnicos, além das principais 
regras oficiais que regem essa modalidade esportiva, inicialmente ligada 
às elites europeias, e que se tornou tão popular mundo afora. 
Vamos lá? 
História e evolução do tênis de mesa 
O tênis de mesa é uma modalidade que foi inventada na Inglaterra, na 
segunda metade do século XIX. A ideia era imitar um jogo de tênis de 
campo num ambiente fechado, já que com o inverno rigoroso ficava difícil 
praticar tênis de campo a céu aberto. 
Inicialmente a modalidade era realizada com materiais adaptados: uma 
barreira de livros ou um simples fio utilizados como rede, rolhas de garrafa 
como bola, lâminas de madeira e caixas de charutos como raquete. 
O tênis de mesa foi criado para ser um passatempo social, uma atividade 
de lazer. Seus primeiros registros históricos mostram que era um jogo 
rudimentar, praticado por estudantes universitários e por militares ingleses 
na África do Sul e Índia, que eram colônias britânicas até então. 
As mesas utilizadas e a altura da rede não tinham uma medida correta, 
não havia um número determinado de pontos numa partida. Perceba, 
estudante, que as principais regras desse jogo ainda eram muito 
rudimentares e genéricas e sua prática era restrita a ambientes privados, 
universidades e clubes. Porém, as principais regras da modalidade não 
mudaram muito, trata-se de rebater a bola com a raquete, por cima da 
rede, para o campo adversário. 
Praticado como atividade exclusivamente de lazer no seu início, a partir do 
ano 1901 a popularidade dessa prática esportiva teve grande crescimento 
na Europa, já que campeonatos e torneios passavam a ser cada vez mais 
frequentes na Alemanha, Áustria e Inglaterra. 
Nos primeiros anos do século XX foram escritos alguns livros de normas e 
identificamos o início da organização burocrática da modalidade, na 
Inglaterra, onde foi criada a “Ping Pong association”. Essa mudança é 
importante pois evidencia a transformação de uma prática estritamente de 
lazer e entretenimento numa prática competitiva organizada. 
Informações históricas do site da CBTM – Confederação Brasileira de 
Tênis de mesa mostram que no ano de 1926 foi criada a ITTF, sigla em 
inglês da Federação Internacional de Tênis de Mesa, organização que 
passou a administrar e organizar burocraticamente a modalidade em nível 
mundial, buscando a padronização das regras e promovendo as 
competições oficiais. 
O primeiro campeonato mundial ocorreu em Londres, no ano de 1927, 
porém, foi somente em 1988 que o tênis de mesa se tornou modalidade 
olímpica. 
Segundo Almeida e Yokota (2023), o tênis de mesa chega ao Brasil 
inicialmente em São Paulo, com o nome “Ping Pong”, trazido por turistas 
ingleses em 1905. Naquela época já era uma modalidade bastante popular 
na Inglaterra. Passou a ser praticada de forma mais organizada no Brasil, 
tendo o primeiro campeonato em 1912. 
Já em 1924 a modalidade chega ao Rio de Janeiro, inicialmente no Clube 
de Regatas Vasco da Gama. Em 1940 as regras internacionais do tênis de 
mesa passam a ser adotadas no Brasil e, um ano depois, surgiu a 
Federação Paulista de Tênis de Mesa. Em 1979 foi fundada a 
Confederação Brasileira de Tênis de Mesa – CBTM. 
Outra característica marcante na modalidade é a evolução dos materiais 
utilizados e dos fundamentos técnicos. Na década de 1950 surge uma 
mudança que revolucionou o esporte: a utilização de um novo material 
feito de borracha, colado nas duas faces das raquetes de madeira. 
Essa modificação do implemento esportivo possibilitou um material mais 
leve e maior controle da bola, facilitando a performance dos jogadores. 
Outra mudança importante no material ocorreu no ano 2000, quando a 
bola que até então tinha 38mm, passou a ter 40mm. 
Principais regras e seu desenvolvimento 
Agora, veremos as principais regras dessa modalidade, a fim de 
compreender sua dinâmica, os materiais utilizados, suas medidas, além 
das duas formas de apropriação desse jogo pelos praticantes – lazer e 
esporte de alto rendimento. 
A mesa deve ter 2,74 metros de comprimento, 1,52 metro de largura e 76 
centímetros de altura. Deve ser feita em material de cor escura, de textura 
lisa que permita a bola bater de maneira uniforme em sua superfície. 
As extremidades da mesa devem ter uma linha de 2 centímetros de 
largura, na cor branca. Deve haver também uma linha branca de 3 
centímetros que divide a mesa ao meio, no sentido do comprimento, 
utilizada para o jogo de duplas. 
A rede deve estar a 15,25 centímetros de altura e ter a borda superior na 
cor branca. Além disso, ela deve se estender 15,25 centímetros além das 
bordas laterais da mesa. A bola deve ser nas cores branca ou laranja e 
fosca, feita de um material chamado celulóide ou algum plástico similar, 
com peso de 2,7 gramas e 40 milímetros de diâmetro. 
A raquete pode ser de qualquer tamanho, formato ou peso. Deve ser feita 
de madeira natural em 85% do material. Ela deve ter uma borracha na 
área que fará contato com a bola, sendo proibido jogar com o lado de 
madeira. A raquete deve ter duas cores diferentes – sempre vermelho vivo 
ou preto. 
Um fundamento técnico importante é a empunhadura realizada, ou seja, a 
maneira que o jogador segura a raquete. Existem três empunhaduras ou 
modos de segurar a raquete: Clássico – empunhadura básica, é similar à 
do tênis, onde a mão fica disposta na raquete como se segurasse um 
controle remoto. Caneteiro – muito utilizada por jogadores asiáticos, 
empunha a raquete como se fosse uma caneta, é uma posição muito boa 
para colocar efeito na bola. Classineta – é o meio termo entre as duas 
empunhaduras citadas, apresenta maior maleabilidade quanto ao lado da 
raquete utilizado. 
Naquilo que tange às diferentes apropriações do fenômeno esportivo Tênis 
de Mesa, podemos afirmar que sua prática está historicamente ligada às 
atividades de lazer e tempo livre das elites. 
A história do jogo mostra, por exemplo, que sua chegada ao Brasil está 
ligada a socialização e ao divertimento das elites de São Paulo e Rio de 
Janeiro, já que custava caro importar as mesas e raquetes. 
É importante, saber quando utilizar o termo “pingue-pongue” ou o termo 
“tênis de mesa”. Justamente quando sua prática é voltada ao lazer, de 
perfil lúdico, podemos utilizar o termo “pingue-pongue”, apesar de “tênis de 
mesa” também ser correto. Mas quando a apropriação for do campo 
esportivo competitivo, ou seja, em campeonatos organizados por 
entidades oficiais, por exemplo, devemos sempre utilizar o termo “tênis de 
mesa”. 
Uma partida de tênis de mesa (ou pingue-pongue) pode ser jogada com 
número de sets ímpares – 1, 3, 5, 7…cada set é disputado em 11 pontos. 
Em caso de empate em 10 a 10, será vencedor aquele que conseguir fazer 
2 pontos consecutivos primeiro. 
Cada jogador, de acordo com suas características individuais, 
desenvolverá um fundamento técnico diferente. Um dos fundamentos são 
a dominância da mão que segura a raquete, ou seja, se o jogador é destro 
ou canhoto, assim como o tipo de empunhadura utilizada para segurar a 
raquete. 
Fundamentos técnicos do tênis de mesa 
O futuro profissional de Educação Física deve conhecer as principais 
características da modalidade, pois se trata de uma atividade 
relativamente acessível em termos de custos e de grande valor 
pedagógico, podendo ser utilizada em ambiente escolar, assim como em 
escolinhas de formação esportiva ou clubes de lazer. 
Agora que vimos o processo histórico de desenvolvimento do jogo, os 
materiais e as principais medidas, os tipos deempunhadura na raquete, 
veremos como funciona um jogo de tênis de mesa – ou pingue pongue – 
na prática. 
O jogo começa com o saque. A bola deve ser lançada na vertical, a partir 
da palma da mão aberta, devendo ser batida com a raquete no momento 
da descida. É obrigatório que a bola toque uma vez no campo do sacador 
antes de passar sobre a rede para o campo adversário, sem tocar a rede. 
A batida do saque deve sempre ser realizada atrás da linda de fundo, ou 
seja, o sacador não pode invadir a área do seu campo para sacar. Cada 
atleta saca duas vezes, passando o saque ao adversário. Outra regra diz 
que o sacador não pode atrapalhar a visão do adversário durante o saque, 
sendo obrigatório recolher a mão que lança a bola (mão livre). 
Todas as vezes que um atleta errar o saque, errar a devolução de um 
saque, tocar na bola duas vezes consecutivas, ele perderá um ponto. Essa 
perda de ponto ocorrerá também se o atleta movimentar a mesa de jogo 
de alguma maneira, bater na bola com o lado de madeira da raquete ou 
mesmo se a bola tocar duas vezes consecutivas em seu campo. Também 
será punido caso sua mão livre tocar a superfície da mesa enquanto a bola 
estiver em jogo. 
O mesa-tenista realiza diferentes movimentos durante uma partida. Esses 
movimentos podem ser compreendidos como os fundamentos do tênis de 
mesa. O primeiro movimento que você vai conhecer se chama forehand, (a 
parte da frente da mão) e é realizado com a palma da mão que segura a 
raquete voltada para a frente. 
Já o backhand (a parte de trás da mão, ou “as costas da mão”) é realizado 
com as costas da mão que segura a raquete voltadas para a frente. Vamos 
tomar como exemplo um jogador destro: se a bola vier do lado direito, ele 
vai utilizar o forehand, mas se a bola vier do lado esquerdo, ou seja, do 
lado oposto à mão da raquete, ele vai utilizar o backhand. 
Outro fundamento técnico bastante utilizado é o “efeito” na bola, ou seja, a 
batida na bola é realizada com a raquete inclinada, de modo a adicionar 
um giro na bola (spin no inglês), com o objetivo de fazer uma curva ou 
modificar sua trajetória após tocar a mesa, dificultando a resposta do 
adversário. 
Um tipo de efeito bastante utilizado é o topspin, que tem o sentido do giro 
da bola de cima para baixo. O efeito é um recurso bastante utilizado por 
jogadores de alto nível, pode ser realizado de forehand ou de backhand, 
seja no saque, na devolução ou nos ataques. 
Video Resumo 
Olá, estudante! Nesse vídeo resumo, conheceremos o tênis de mesa, um 
jogo bastante praticado nas escolas e clubes, que pode se tornar uma 
possibilidade profissional na área da Educação Física. Aprenderemos 
sobre as origens do jogo, sua difusão da Inglaterra para o mundo, sua 
chegada ao Brasil e posterior desenvolvimento. Veremos, também as 
principais regras e fundamentos técnicos desse esporte. 
 
Saiba mais 
Você sabe de onde vem o nome “ping pong”? No século XIX, um inglês 
voltou de viagem aos Estudos Unidos trazendo consigo uma bola de 
brinquedo, feita de celulóide, imaginando que poderia ser útil para esse 
jogo que já existia em seu país. 
Ouvindo essa nova bola ser golpeada por uma raquete oca, feita de pele 
de carneiro, associou esse som ao nome “ping pong” que desde então 
passou a ser adotado em todo o mundo. 
Para saber mais informações sobre a história, regras e fundamentos do 
jogo, acesse os sites da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. 
Aula 4 
Tênis de campo 
Olá, estudante! Nesta aula, aprenderemos como surgiu o tênis 
de campo, ou simplesmente tênis. 
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta aula, aprenderemos como surgiu o tênis de campo, 
ou simplesmente tênis. Veremos como surgiu essa modalidade, que foi 
adaptada de jogos muito antigos, até sua retomada na Inglaterra e 
posterior difusão pelo mundo e profissionalização. 
Conheceremos, também, como essa modalidade chegou ao Brasil e se 
desenvolveu, analisando o processo histórico de aprimoramento, seja nas 
práticas de lazer ou no campo competitivo. 
Saberemos sobre a evolução técnica dos materiais e equipamentos do 
jogo, a especialização nos fundamentos técnicos, além das principais 
regras oficiais que regem o tênis. 
Vamos lá? 
História e evolução do tênis de campo 
O tênis de campo é uma modalidade que foi adaptada de jogos muito 
antigos, que remontam ao século XII, onde monges franceses realizavam 
uma brincadeira chamada jeu de paume (jogo da palma). 
Segundo informações da Confederação Brasileira de Tênis, nesse jogo 
não eram empregadas as raquetes ainda, os praticavam usavam 
inicialmente as mãos nuas para rebater uma bola contra um muro e, 
posteriormente, passaram a utilizar uma espécie de luva. 
Com o passar do tempo, esse jogo foi sendo adaptado, passando a ser 
praticado em um retângulo desenhado no chão, dividido em dois por uma 
corda. Registros históricos mostram uma variação desse jogo que podia 
ser jogado por até seis pessoas de cada lado. 
No Brasil, esse jogo chegou por meio de jovens engenheiros britânicos 
que trabalhavam na construção de ferrovias e obras para melhorias nas 
cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo Treter Gonçalves et. al. 
(2018) o jogo das raquetes desembarcou no Brasil no final da década de 
1880, época em que nosso país se encontrava em fase de transição 
política da monarquia para a República, e que sofria grande influência 
cultural dos europeus. 
A primeira quadra de tênis do Brasil foi construída na cidade de Niterói, no 
estado do Rio de Janeiro em 1889, sendo observada também a sua prática 
posteriormente em clubes como o Clube de Regatas Icaraí e Canto do Rio 
Futebol Clube, que naquela época fomentavam a prática do remo, futebol, 
críquete, e que pouco a pouco foram introduzindo o tênis como 
modalidade. 
No início, o jogo era praticado somente como atividade de lazer, sempre 
ligado à nobreza e às elites sociais. Não havia muitas regras específicas, 
que eram convencionadas pelos praticantes, ou seja, entrava-se em 
acordo verbal sobre os combinados iniciais. Porém, a dinâmica do jogo 
pouco mudou, ou seja, deve-se rebater a bola para o outro lado da quadra, 
por cima da rede. 
O jogo tornou-se tão praticado nas cortes que o Rei Luis XI da França 
decretou que a bola usada no jogo de tênis deveria ser fabricada com 
materiais específicos – couro especialmente escolhido com enchimento de 
lã, sendo vedada a utilização de areia, cal, terra ou qualquer musgo como 
enchimento da bola. Já sob o reinado de Luís XII, foram codificadas as 
primeiras regras, além de serem construídas pelo menos 40 quadras em 
Órleans, na França. 
O desenvolvimento de novos materiais e novas regras foram acontecendo 
com o passar dos anos, e os fundamentos técnicos também 
acompanharam essa evolução. No início, os golpes eram realizados de 
modo rudimentar, sem grande refinamento técnico. 
A movimentação dos jogadores durante o jogo também não seguia um 
padrão específico. Com o passar dos anos, surgiram novas necessidades 
de adaptar os golpes à lógica competitiva, buscando sempre a eficiência 
com o objetivo da vitória. 
Com esse desenvolvimento, podemos dizer que os principais fundamentos 
técnicos do tênis são o forehand, o backhand, o saque, slice, smash, 
largada e voleio, os quais você conhecerá com mais detalhes a seguir. 
Principais regras e seu desenvolvimento 
Veremos, agora, as principais regras, a dinâmica, as medidas da quadra e 
alguns fundamentos técnicos do jogo. 
A quadra de tênis deve ter sua superfície de terra batida (saibro), ou um 
piso sintético (concreto) ou de grama natural. As quadras de saibro são 
consideradas lentas, enquanto as de grama são consideradas rápidas. 
Suas medidas são: 23,77 metros de comprimento por 8,23 metros de 
largura. 
Quando o jogo é de duplas, o comprimento é o mesmo, porém a largura 
deve ser de 10,97 metros. A rede divide a quadra ao meio, sendo mais alta 
nas extremidades (1,07 metro de altura) e mais baixa ao centro (0,914 
metro de altura). As linhas fazem parte do campo de jogo, ou seja, quandoa bola vai em cima da linha, é considerada bola dentro. 
Um jogo de tênis é disputado em melhor de 3 ou 5 sets, dependendo do 
torneio. O set é vencido pelo jogador que vencer 6 games primeiro, com 
pelo menos 2 games de diferença. Caso o game fique empatado, é jogado 
o tie break – game de desempate. A contagem de pontos no tênis é 
totalmente diferente de qualquer outro esporte. 
Os pontos em um game são somados da seguinte maneira: primeiro ponto 
– 15. Segundo ponto – 30. Terceiro ponto – 40. Quarto ponto – Game. 
Caso o game fique empatado em 40 a 40 (iguais) vence aquele que abrir 2 
pontos de vantagem primeiro. 
No tênis de campo, o jogador não pode tocar a bola duas vezes seguidas 
com a raquete, e a bola pode tocar seu campo somente uma vez antes de 
ser rebatida para o campo do adversário. Cada ponto é iniciado com um 
saque realizado atrás da linha de fundo. Em cada game, somente um 
jogador vai realizar o saque (serviço). 
O saque deve ser direcionado para uma área de 6,40 metros de 
comprimento e 4,11 metros de largura, no campo adversário, sempre de 
maneira cruzada, alternando os lados a cada ponto. 
Em uma partida de tênis existem quatro torneios principais a cada ano, são 
chamados de Grand Slam: o Australian Open na Austrália, Roland Garros 
na França, US Open nos EUA, e Wimbledon na Inglaterra. O torneio de 
Wimbledon é o mais tradicional de todos, pois o jogo de tênis tal qual o 
conhecemos, teve seu primeiro torneio nas gramas de Wimbledon, em 
1877. 
Foi também nessas quadras de grama que o tênis ressurgiu na história. 
Depois de ficar desaparecido na era medieval, foi retomado a partir da 
reestruturação de jogos anteriores, como o Jeu de Palme, no fim do século 
XIX. (TRETER GONÇALVES et al., 2018). 
O fato de o tênis ser um jogo elitizado está ligado às classes mais ricas da 
sociedade desde sua criação. Segundo Andrade et al. (2018) o perfil 
socioeconômico de tenistas da categoria infantojuvenil é 
predominantemente de jovens das regiões Sudeste e Sul, e de classe 
socioeconômica A. 
No Brasil, em geral, não existem muitas quadras de tênis e sua prática não 
é economicamente viável para a maioria da população, porém algumas 
escolas disponibilizam raquetes e bolinhas, sendo viável sua prática de 
maneira adaptada na educação formal em alguns casos. 
Agora vamos ver na prática, quais são os principais fundamentos técnicos. 
Fundamentos técnicos do tênis de campo 
O professor de Educação Física deve conhecer as principais 
características do tênis, já que eventualmente pode ser conteúdo 
pedagógico na escola, assim como em escolinhas de formação esportiva 
ou clubes. Agora que vimos o desenvolvimento histórico do jogo, as 
principais regras e medidas da quadra, verá agora como funcionam na 
prática os fundamentos técnicos de um tenista. 
Vamos tomar como exemplo um jogador destro, que segura a raquete com 
a mão direita. Quando a bola vem do seu lado direito, ele rebate com um 
golpe chamado forehand (frente da mão), ou seja, o movimento é feito com 
a palma da mão voltada para a frente. 
Já quando a bola vem do lado esquerdo desse jogador, ele rebate a bola 
com um golpe chamado backhand (costas da mão), movimento feito com 
as costas da mão voltada para a frete e do lado oposto ao da mão que 
segura a raquete. O backhand pode ser realizado com uma ou com as 
duas mãos, dependendo das características individuais de cada jogador. 
Outro fundamento importante é o saque. O saque é realizado atrás da 
linha de fundo, sendo que os pés do jogador não podem tocar a linha 
nesse momento. O primeiro saque é realizado do lado direito, e vai 
alternando o lado a cada ponto. 
O movimento é realizado com o lançamento da bola pelo próprio sacador, 
que a rebate acima e a frente de sua cabeça, em direção à área de saque 
do campo adversário. Quando o adversário não consegue devolver um 
saque, dizemos que o sacador fez um ace (saque indefensável). 
Outro movimento bastante parecido com o saque é o smash, que é 
realizado de dentro da quadra, acima da cabeça, utilizado quando o 
adversário devolve uma bola muito alta. 
Quando o jogador se aproxima da rede durante um ponto, ele utilizará um 
golpe chamado voleio que é quando rebate a bola antes que ela toque no 
seu campo. Normalmente é uma jogada vencedora, podendo ser realizado 
de forehand ou backhand. 
Outro recurso utilizado com frequência é a largada, quando o jogador 
rebate uma bola curta, próxima à rede, para o outro campo, 
surpreendendo o adversário quando ele está no fundo da quadra, 
esperando por um golpe mais forte e longo. 
Podemos ver que constantemente os jogadores de tênis utilizam um 
artifício para dificultar a devolução do adversário: o efeito. Esse 
fundamento faz bola girar rápido durante sua trajetória, provocando um 
toque irregular no campo, modificando sua trajetória. 
O efeito pode ser utilizado no saque, na largada, no voleio ou num golpe 
normal de forehand ou backhand. Um dos principais tipos de efeito 
utilizado é chamado de topspin (giro no topo da bola). Outra jogada que 
utiliza o efeito é chamada slice (fatia), que coloca na bola um efeito no 
sentido contrário ao do topspin, com o contato da raquete ocorrendo na 
parte de baixo da bola. 
Profissionalmente, o tênis de campo é bastante praticado pelo mundo, 
tendo suas regras oficiais unificadas pela Federação Internacional de 
Tênis (ITF). 
Video Resumo 
Aula 1 
Atletismo 
Olá, estudante! nesta Aula, falaremos não apenas da história do 
atletismo, mas também mergulharemos nas instituições que 
moldam seu presente e futuro. 
 
introdução 
Olá, estudante! nesta Aula, falaremos não apenas da história do atletismo, 
mas também mergulharemos nas instituições que moldam seu presente e 
futuro. 
Desde os primórdios do Atletismo na Grécia Antiga até os padrões globais 
estabelecidos pelas instituições reguladoras contemporâneas, nossa 
jornada será repleta de descobertas e insights sobre como o Atletismo se 
tornou a base para diversas outras modalidades esportivas. 
Além disso, vamos desvendar as características singulares das provas de 
Atletismo, destacando as nuances entre as competições indoor e outdoor. 
Aprenderemos como as diferentes condições, seja em ambientes fechados 
ou ao ar livre, influenciam o desempenho dos atletas e moldam as 
estratégias adotadas nas pistas e campos. 
Vamos começar? 
Caracterizando e definindo o Atletismo 
O atletismo é popularmente conhecido como um esporte fundamental, pois 
utiliza movimentos básicos que o ser humano utiliza desde a pré-história: 
correr, saltar, arremessar e lançar. E essas mesmas ações servem de base 
para outros esportes: o arremesso no handebol e no basquete; as corridas 
nos esportes de invasão, os saltos no voleibol, entre outros. 
Historicamente, essa é uma modalidade que vem sendo disputada pelos 
homens desde os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga e, pelas mulheres, 
desde os Jogos Olímpicos Modernos em 1928, realizados em Amsterdã. 
Os brasileiros começaram a participar do atletismo em 1924, enquanto as 
brasileiras iniciaram em 1948, nos Jogos Olímpicos de Paris e Londres, 
respectivamente. 
As provas do atletismo são as seguintes: corridas rasas – 100m; 200m; 
400m; 800m; 1500m; 5000m; 10000m; maratona (42.195 metros). As 
Corridas com barreiras: 110m (masculino); 100m(feminino); corrida com 
obstáculos: 3000m (ambos). Corridas de revezamento: 4x100m e 4x400m. 
Os saltos: em altura, com vara, em distância e triplo. O arremesso de peso 
e os lançamentos: de disco, dardo e martelo. 
Existem, também, as provas combinadas, ou seja, prova na qual o atleta 
participa em mais de uma modalidade e suas colocações e resultados 
somam pontos. 
O decatlo é a prova combinada masculina que conta as seguintes provas: 
100 metros rasos, salto em distância, lançamento de peso, salto em altura, 
400 metros rasos, 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto 
com vara, lançamento de dardo, 1.500 metros rasos. 
Já o heptatlo é disputado pelas mulheres e é composto pelas provas de 
100metros com barreiras, salto em altura, arremesso de peso, 200 metros 
rasos, salto em distância, lançamento de dardo, 800 metros rasos. 
As provas tradicionais são realizadas em espaços abertos (outdoor), tanto 
as provas de pista quanto as de campo. No entanto, existe também a 
modalidade indoor. De acordo com Sant (2005), a primeira competição de 
atletismo indoor aconteceu em 1861 no Young Men's Gymnastic Club de 
Cincinnati (EUA). Mas somente em 1966 acontece em Dortmund 
(Alemanha) os Primeiros jogos Europeus de Pista Coberta. 
O primeiro mundial de atletismo indoor aconteceu em 1987 em 
Indianapólis. Por conta da área de competição e da cobertura, as provas 
indoor não contam com as disputas de lançamentos (dardo, martelo e 
disco). 
Ao abordar as instituições que definem as regras e competições oficiais do 
atletismo, começamos pela International Association of Athletics 
Federations (IAAF), fundada em 1912, a qual desempenha um papel 
central na regulamentação do Atletismo em escala global. Seu principal 
objetivo é promover e organizar competições internacionais, estabelecer 
regras e padrões técnicos, além de zelar pela integridade e ética no 
esporte. 
Ao longo dos anos, a IAAF evoluiu para se adaptar às mudanças no 
cenário esportivo, introduzindo novas categorias, eventos e 
regulamentações para manter o Atletismo como uma modalidade dinâmica 
e inclusiva. 
Além da IAAF, as federações continentais, como a Confederação Africana 
de Atletismo, a Associação Asiática de Atletismo, a Associação Europeia 
de Atletismo, a Associação de Atletismo da América do Norte, Central e 
Caribe e a Confederação Sul-Americana de Atletismo desempenham 
papéis cruciais na regulamentação e promoção do Atletismo em suas 
respectivas regiões. 
História e variedade de provas no atletismo 
Entre os principais nomes brasileiros de destaque no esporte, podemos 
citar recordistas mundiais que deixaram suas marcas: Adhemar Ferreira da 
Silva, Nelson Prudêncio, João Carlos de Oliveira (João ‘do Pulo’) e 
Ronaldo da Costa, totalizando oito recordes mundiais, que, hoje, já foram 
superados. 
Além disso, os brasileiros conquistaram dezenas de medalhas olímpicas, 
incluindo a Medalha Barão Pierre de Coubertin, concedida a Vanderlei 
Cordeiro de Lima, maratonista que, em 2004, durante os Jogos Olímpicos 
de Atenas, foi intercedido por um espectador enquanto liderava a corrida e 
concluiu-a na terceira colocação. 
No âmbito feminino, destacam-se Maurren Higa Maggi que conquistou o 
ouro no salto em distância nas olímpiadas de Pequim, em 2008 e a Vitória 
Rosa, velocista e medalhistas nos jogos Panamericanos de 2019. 
De acordo com Matthiesen (2007), esse breve histórico reforça o atletismo 
como uma modalidade tradicional na Educação Física, embora 
enfrentando desafios como a falta de prática entre crianças e jovens, 
atribuída muitas vezes à limitação de espaço e acesso a materiais 
específicos ou desinteresse por parte de alunos e professores. 
Em relação as capacidades físicas exigidas pelos atletas, pode-se afirmar 
que as provas de pista e de curtas distância (de 100m a 400m) exigem 
muita força e velocidade, já as de longa distância (800m até a maratona) 
tem seu foco principal na resistência. As provas de campo (os saltos, 
lançamentos e arremesso) exigem muito mais de força, flexibilidade e 
agilidade dos atletas. 
Os treinos direcionados aos atletas da modalidade costumam relacionar 
exercícios “educativos” (para assimilar e aprender movimentos), 
musculação, exercícios de mobilidade e os exercícios técnicos e práticos, 
realizados nas pistas/campos. 
Em relação as competições indoor, lembramos que estas são realizadas 
em instalações fechadas, como ginásios e arenas esportivas, e são 
conhecidas por algumas características específicas. As provas indoor 
geralmente são mais curtas e mais rápidas do que as provas ao ar livre, 
devido ao tamanho limitado da pista. 
Outra característica notável é a proteção contra condições climáticas 
adversas, que permite a realização de competições de alto nível em 
qualquer estação do ano. De acordo com Sant (2005), as instalações 
indoor garantem um ambiente controlado, isento de ventos contrários e 
chuva, criando condições ideais para marcas e recordes pessoais. 
Entre as instituições importantes para o esporte, deve ser destacada a 
Confederação Sul-Americana de Atletismo (CONSUDATLE), fundada em 
1918, sendo uma entidade crucial na promoção e regulamentação do 
Atletismo na América do Sul. Composta por 13 países membros, a 
confederação atua como uma plataforma unificadora, estabelecendo 
diretrizes desde competições de base até eventos de elite, visando 
padronizar práticas esportivas e garantir equidade. 
Além de organizar competições emblemáticas, como o Campeonato 
Sul-Americano de Atletismo, a CONSUDATLE desempenha um papel 
essencial na representação dos interesses sul-americanos em instâncias 
internacionais, colaborando estreitamente com a World Athletics para 
alinhar as práticas esportivas globais com as características específicas da 
região. 
Explorando o universo do atletismo: provas, história e instituições 
reguladoras 
O Atletismo, muitas vezes referido como a "modalidade mãe" de todos os 
esportes, desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das 
habilidades motoras essenciais para seus praticantes. 
De acordo com Soares et al. (2014), o Atletismo serve como uma base 
sólida para o desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais, como 
coordenação, equilíbrio, destreza, força, velocidade e resistência. Essas 
habilidades são cruciais não apenas para o desempenho atlético, mas 
também para a promoção de uma vida saudável e ativa. 
Segundo Verkhoshansky (2001), a prática regular do Atletismo contribui 
significativamente para o aprimoramento da coordenação motora, que é a 
capacidade de realizar movimentos precisos e controlados. Além disso, o 
equilíbrio, outro elemento-chave, é aprimorado através de atividades como 
saltos, corridas e arremessos, fortalecendo a estabilidade do praticante. 
A destreza, entendida como a habilidade de realizar tarefas com precisão 
e eficiência, é cultivada nas diversas modalidades do Atletismo. O 
lançamento de dardo, por exemplo, requer uma combinação única de força 
e destreza para atingir distâncias significativas. Já a velocidade, vital em 
muitos esportes, é aprimorada nas corridas de curta e longa distância, 
enquanto a resistência é desenvolvida em provas de fundo, como a 
maratona. 
A relevância do Atletismo não se limita apenas ao desenvolvimento físico, 
mas também à formação de valores e habilidades socioemocionais. 
Quando se fala em iniciação ao esporte, a participação em atividades 
atléticas pode contribuir para o desenvolvimento de habilidades sociais, 
como trabalho em equipe, liderança e respeito mútuo, e por ser um esporte 
disputado individualmente, leva a melhoria e desenvolvimento da 
responsabilidade, autonomia e tomada de decisões. O atleta também deve 
aprender a lidar com pressões e emoções, desafios pessoais, superar 
derrotas e encarar os erros como oportunidade de aprendizado. 
Em relação ao atletismo indoor, devemos citar que as principais 
características incluem a limitação de espaço, que demanda curvas mais 
fechadas e distâncias reduzidas nas corridas. Isso intensifica a 
necessidade de aceleração e mudanças rápidas de direção, colocando 
uma ênfase significativa na agilidade e na técnica dos atletas. 
Em termos de exigências físicas, o Atletismo indoor demanda uma 
combinação aprimorada de velocidade, explosividade e resistência. Os 
saltos em altura e distância demandam uma abordagem mais precisa 
devido ao espaço limitado. A modalidade também exige uma 
adaptabilidade a diferentes superfícies de pista, como as de tartan (pista 
sintética para qualquer clima, feita de poliuretano usada para competições 
de atletismo), frequentemente utilizadas em ambientes fechados. 
No Brasil, a instituição que regula o esporte é a Confederação Brasileira de 
Atletismo (CBAt),O futebol e o profissional de Educação Física 
Como vimos até este momento, o futebol é inquestionavelmente uma das 
modalidades esportivas mais populares em todo o mundo, e em especial 
no Brasil. Nota-se o crescimento progressivo desde o seu surgimento até 
os dias de hoje, com o aumento de ligas e competições tanto a nível 
profissional quanto amador, assim como o incentivo a prática da 
modalidade entre as mulheres. 
Diante disso, a demanda por profissionais de Educação Física qualificados 
está também em constante crescimento. Há, também, um olhar especial 
que deve ser lançado a detecção de talentos, sendo um aspecto crucial no 
cenário do futebol, pois futuros "craques" começam a mostrar seu 
potencial ainda jovens (WILLIAMS et al., 2020). 
Cabe, portanto, ao profissional de Educação Física promover um 
treinamento e ambiente adequado para os jovens que iniciam na prática 
esportiva da modalidade. 
A versatilidade da atuação do profissional de Educação Física no futebol é 
eminente, desempenhando funções essenciais dentro de uma equipe e/ou 
um clube. As mais conhecidas são a função de treinador e preparador 
físico. 
O treinador (head coach), é o líder responsável pelo desenvolvendo da sua 
equipe, implementando programas visando o aumento da performance, 
por meio do treino técnico e tático e em algumas equipes, também se torna 
responsável pelos treinos de condicionamento físico. 
O preparador físico (strenght and conditioning coach) da equipe de futebol 
concentra-se no planejamento de programas de condicionamento físico, 
resistência e recuperação dos jogadores. Assim, o profissional pode atuar 
como fisiologista, auxiliar técnico, preparador de goleiro entre outros 
(SIQUEIRA; SILVA, 2020). 
Para que o profissional de Educação Física possa ganhar seu espaço e 
confiança no meio do futebol, uma profunda compreensão das regras do 
jogo torna-se essencial, uma vez que essa expertise desempenha um 
papel crucial em sua capacidade de instruir e treinar atletas. 
A familiaridade com as regras permite uma abordagem mais completa para 
o desenvolvimento das habilidades dos jogadores, e garante a capacidade 
de tomada de decisões justas em situações de jogo. 
A compreensão das regras de futebol também possibilita estender-se à 
atuação como árbitro, uma dimensão muitas vezes subestimada da 
profissão. O árbitro de futebol desempenha um papel crucial no jogo, 
responsável por garantir o cumprimento das regras, manter a ordem e 
garantir a segurança dos jogadores. 
Sua imparcialidade e conhecimento profundo das regras são fundamentais 
para tomar decisões justas em momentos cruciais. Além de aplicar as 
regras, os árbitros também desempenham um papel na promoção do fair 
play (jogo justo) e na integridade do esporte. 
Para terminar, destacamos que o crescimento do futebol anda em conjunto 
com o avanço da tecnologia, desse modo o profissional de Educação 
Física deve estar atento para saber como atuar nessa integração 
tecnologia e esporte. 
Equipes profissionais vêm investindo em profissionais que atuam além do 
campo, nos bastidores como analistas de dados ou analista de 
desempenho, que trabalharam com os dados de treino, traduzindo as 
descobertas em programas de treinamento altamente personalizados, 
visando otimizar a performance dos atletas (CORREIA et al., 2021). Os 
profissionais de Educação Física, assim, tornaram-se peças-chave na 
busca pela excelência no futebol moderno. 
Video Resumo 
Olá, estudante. Neste vídeo resumo, veremos a história do futebol, 
passando pela vinda do futebol no Brasil e seu avanço no país, o futebol 
aliado a tecnologia e finalizando pelas possibilidades de atuação do 
profissional de Educação Física dentro da modalidade. 
 
Saiba mais 
A história do futebol é contada não só nos livros, mas em museus e 
documentários. 
Em São Paulo está localizado o Museu do Futebol, sendo uma excelente 
fonte de informações sobre a história do futebol, com exposições 
interativas e uma ampla coleção de peças relacionadas ao esporte. 
Os documentários com maior riqueza de detalhes sobre as origens e 
efeitos do futebol são: ”A História do Futebol” da BBC e “Pelé: O 
Nascimento de uma Lenda”. 
Outra opção é o site da Federação Internacional de Futebol (FIFA), no qual 
você encontrará as principais notícias sobre as competições masculina e 
feminina, envolvendo as principais nações assim como as regras de jogo. 
Aula 2 
A prática do futebol 
https://museudofutebol.org.br/
https://www.fifa.com/
Olá, estudante! Nesta Aula, vamos aprofundar os alicerces do 
futebol, desde os fundamentos da modalidade até os sistemas 
táticos de jogo. 
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta Aula, vamos aprofundar os alicerces do futebol, 
desde os fundamentos da modalidade até os sistemas táticos de jogo. 
O futebol é muito mais do que realizar gol na equipe adversária, assim, 
exploraremos os conceitos fundamentais que tornam o jogo tão cativante. 
Vamos descrever as diferentes posições em campo e entender as funções 
específicas de cada jogador. Além disso, entraremos no mundo dos 
sistemas táticos, as estratégias que moldam o jogo como 4-3-3, 3-4-2-1, 
4-2-3-1. 
Entenderemos essas combinações numéricas e descobriremos como o 
profissional de Educação Física precisa dessas informações na atuação 
desde escolinhas até a equipes profissionais. 
Vamos nessa! 
Os pilares do jogo de futebol: fundamentos, posições e sistemas 
O futebol, também conhecido como soccer em algumas partes do mundo, 
transcende barreiras culturais e linguísticas. Para compreender o seu jogo 
e ensinar a modalidade, torna-se necessário que o profissional de 
Educação Física tenha conhecimento sobre seus fundamentos, posições e 
funções dos jogadores e além dos sistemas táticos que moldam o 
desempenho das equipes. 
Fundamentos do futebol: 
Os fundamentos do futebol são as habilidades básicas da modalidade que 
todo o jogador precisa dominar para ter sucesso em campo. Entre eles 
incluem ações de ataque e de defesa. As ações de ataque são aquelas 
executas com a posse da bola. As mais comuns são: 
Drible: capacidade de controlar a bola com os pés, tocar a bola com 
precisão, mudar de direção rapidamente e proteger a bola dos adversários. 
Passe: representa a forma como os jogadores da mesma equipe se 
comunicam em campo. Pode ser um passe curto para manter a posse da 
bola ou um passe longo para encontrar um companheiro de equipe em 
uma posição avançada. 
Chute: golpear a bola com o pé de forma controlada e precisa com o 
objetivo de movê-la em direção ao gol adversário. 
Controle de bola: capacidade de manipular a bola de acordo com as 
intenções do jogador. Isso inclui o domínio de passes, cruzamentos e 
lançamentos. 
As ações de defesa são aquelas executadas com o intuito de recuperar a 
posse de bola da equipe adversária, que incluem: 
Marcação: acompanhar de perto um adversário, impedindo-o de receber a 
bola com espaço para jogar. Envolve pressão constante sobre o jogador 
adversário, dificultando suas ações e reduzindo as opções disponíveis. 
Desarme: ato de tirar a posse de bola do adversário de maneira legal e 
controlada. Isso pode ser feito ao interceptar um passe, roubar a bola dos 
pés do oponente ou desviar um chute (FREIRE, 2021; GARGANTA et al., 
2013). 
Posições e funções dos jogadores: 
Em uma equipe de futebol, cada jogador desempenha um papel específico 
em campo, de acordo com sua zona (defesa, meio de campo e ataque), de 
acordo com a Figura 1. As posições e funções são: 
Goleiro: o guardião do gol, responsável por evitar os gols da equipe 
adversária. O único jogador que pode utilizar as mãos para bloquear um 
chute do jogador adversário. 
Defensores: encarregados de proteger o gol, sem a utilização das mãos. 
Também chamados de zagueiros, eles devem marcar os atacantes 
adversários, interceptar passes e ajudar a criar jogadas defensivas sólidas. 
Meio-Campistas: responsáveis por distribuir os passes, controlar o ritmo do 
jogo e ajudarem tanto na defesa quanto no ataque.que foi estabelecida oficialmente em 2 de dezembro de 
1977, começando suas operações em 1979, marcando um momento 
significativo para o Atletismo no país. 
A partir da metade da década de 1980, a CBAt passou a enviar atletas 
qualificados para competições internacionais, expandindo o calendário 
nacional para abranger todas as modalidades atléticas, como pista e 
campo, rua, cross country (corrida disputada em terrenos abertos e 
acidentados) e marcha, abrangendo diversas categorias de idade. 
Durante esse período, o Brasil não apenas organizou eventos de 
destaque, como os Campeonatos Ibero-Americanos e Sul-Americanos, 
mas também sediou importantes competições da IAAF, incluindo o Mundial 
Feminino de 15 km (Rio 1989), o Mundial de Ekiden – maratona em 
revezamento (Manaus 1998) e o Mundial de Meia Maratona (Rio 2008). 
A CBAt implementou programas de apoio a atletas e treinadores, dando 
voz a atletas, técnicos, árbitros e clubes na Assembleia Geral, o órgão 
máximo da entidade. Nos anos 2000, a CAIXA tornou-se o patrocinador 
oficial do esporte-base nacional, proporcionando suporte às seleções 
brasileiras para competições internacionais, incluindo o Campeonato 
Mundial de Atletismo e os Jogos Olímpicos. 
Video Resumo 
Olá, estudante! Neste vídeo resumo, abordaremos um breve histórico da 
modalidade, as provas que compõe esse esporte, as diferenças entre as 
provas indoor e outdoor e as principais instituições reguladoras dessa 
modalidade conhecida e praticada em todo o mundo. Vamos lá? 
 
Saiba mais 
Dica de Site – CBAt – Confederação Brasileira de AtletismoNeste site pode 
ser encontrada a história da CBAt, lista das modalidades praticadas, 
informações sobre as competições organizadas pela entidade, recordes 
brasileiros desde a categoria pré-mirim até os adultos, além de notícias 
das disputas que estão acontecendo no Brasil e no Mundo. 
Na página, também podem ser encontrados os calendários das 
competições do ano e o ranking dos atletas. Vale a pena conferir para 
conhecer um pouco mais sobre o assunto. Acesse em: 
Dica de Filme – Race 
"Race" é um filme biográfico lançado em 2016, dirigido por Stephen 
Hopkins, que narra a notável história de Jesse Owens, um lendário atleta 
afro-americano que desafiou as barreiras raciais durante os Jogos 
Olímpicos de Berlim em 1936. 
O filme segue a jornada de Owens (interpretado por Stephan James), 
desde seus dias na Universidade Estadual de Ohio até sua participação 
nos Jogos Olímpicos, onde enfrentou a pressão política e social da 
Alemanha nazista de Adolf Hitler. 
Ao longo da trama, "Race" explora não apenas os triunfos atléticos de 
Owens, que conquistou quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas, mas 
https://www.cbat.org.br/novo/
também aborda as complexidades de sua posição como um ícone 
afro-americano em um período de segregação racial nos Estados Unidos. 
O filme destaca os desafios pessoais e as decisões difíceis que Owens 
enfrentou enquanto equilibrava sua carreira esportiva com as questões 
sociais e políticas de seu tempo. 
"Race" oferece uma perspectiva inspiradora sobre a resiliência e a 
coragem de um atleta que transcendeu as fronteiras raciais para se tornar 
uma lenda do esporte e um símbolo de resistência. 
Aula 2 
Ginástica 
Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre a ginástica, cuja 
prática remonta a tempos antigos e que foi se moldando de 
acordo com as necessidades e valores das sociedades que a 
adotaram. 
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre a ginástica, cuja prática 
remonta a tempos antigos e que foi se moldando de acordo com as 
necessidades e valores das sociedades que a adotaram. 
Abordaremos, também as Instituições Reguladoras da Ginástica, 
organizações que desempenham um papel crucial na padronização, 
segurança e disseminação de conhecimentos sobre essa atividade. 
Por fim, discutiremos a Caracterização da Ginástica, analisando suas 
diversas formas e modalidades, desde a ginástica artística até as práticas 
contemporâneas voltadas para o bem-estar, como aeróbica e a geral, 
também conhecida como ginástica para todos. 
Vamos começar? 
As seis faces da ginástica: modalidades e características 
O termo “ginástica” vem do grego gymnos que quer dizer “NU”, ou seja, o 
modo que os antigos gregos treinavam e praticavam os esportes. A 
criação da primeira federação do esporte aconteceu em 1832 na Suíça. 
A Ginástica Artística inicia-se como modalidade desportiva nos primórdios 
do século XIX, sendo que a primeira participação em Jogos Olímpicos 
ocorreu em 1896, com participação somente de países europeus e de 
ginastas masculinos. 
Nos Jogos Olímpicos (JO), a extinta União das Repúblicas Socialistas 
Soviéticas (URSS) destaca-se como a nação de maior tradição na 
Ginástica Artística Feminina (GAF), só não sendo campeã em 1984, pois 
não participaram devido ao boicote aos Estados Unidos. 
A hegemonia da URSS foi retomada nos Jogos Olímpicos de 1988, e 
mesmo com o fim da URSS, as ginastas soviéticas triunfaram em 1992, 
competindo sob a bandeira da Comunidade dos Estados Independentes. 
Após a dissolução da URSS, a Rússia continuou a se destacar nas 
competições de ginástica, embora sem a mesma aura "invencível" do 
passado. No período de 1952 a 2000, um total de 72 ginastas russos, 
entre masculino e feminino, participaram dos Jogos Olímpicos, com 49 
deles conquistando o título de campeão, alguns em mais de uma ocasião. 
Nesse intervalo, a ginástica russa acumulou impressionantes 89 medalhas 
de ouro olímpicas (45 no masculino e 44 no feminino), somando-se às 
medalhas de prata e bronze para um total de 208 medalhas olímpicas. 
De acordo com Schiavon (2009), a primeira Federação Internacional de 
Ginástica (FIG) foi fundada em 1881. A criação da FIG foi influenciada por 
iniciativas desenvolvidas na Europa para padronizar as regras e 
regulamentos da ginástica, facilitando a realização de competições 
internacionais. 
O objetivo era promover a ginástica como uma atividade esportiva 
reconhecida em nível mundial. A FIG foi estabelecida durante o Congresso 
Internacional de Ginástica realizado em Liège, na Bélgica, em 1881. 
Desde então, a federação tem desempenhado um papel crucial na 
promoção e organização de eventos de ginástica em todo o mundo, 
incluindo os Jogos Olímpicos, nos quais a ginástica é uma das 
modalidades mais destacadas. Ao longo dos anos, a FIG tem evoluído 
para incorporar diferentes disciplinas da ginástica, como a ginástica 
artística, rítmica, acrobática e trampolim. 
Em relação as características, devemos destacar que existem 6 
modalidades principais de ginásticas que são cobertas pelas federações e 
confederações, sendo elas: Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, 
Ginástica de Trampolim, Ginástica Acrobática, Ginástica Aeróbica 
Esportiva e a Ginástica para todos (Ginástica Geral). 
A Ginástica Artística é praticada tanto por mulheres quanto por homens, 
sendo reconhecida por suas rotinas envolventes e desafiadoras que 
incorporam elementos acrobáticos de força e flexibilidade. 
As ginastas femininas, elegantes em sua execução, apresentam 
movimentos graciosos, enquanto os ginastas masculinos impressionam 
com sua força e habilidades atléticas. Os aparelhos utilizados, como 
barras paralelas, argolas, trave de equilíbrio e solo, proporcionam uma 
plataforma para a exibição de habilidades técnicas precisas e 
artisticamente expressivas. 
Por sua vez, a Ginástica Rítmica é uma modalidade exclusiva feminina 
(apesar de já haver praticantes homens e algumas apresentações 
masculinas sendo realizadas como exibição), e esse esporte combina 
elementos de dança, ginástica e o uso de aparelhos como fitas, bolas, 
arcos e maças. 
As ginastas demonstram graça e coordenação em suas rotinas, enquanto 
manipulam habilmente os aparelhos, sincronizando movimentos corporais 
e coreografia. A expressão artística é fundamental, e as apresentações 
refletem uma fusão única de habilidade técnica e estética visual. 
Explorando as modalidades: da ginásticaartística à ginástica 
geral 
No Brasil, a Ginástica Artística teve seu início no Rio Grande do Sul, 
trazida pelos imigrantes alemães. 
Em 1942, marcou-se um marco significativo com a fundação da primeira 
federação estadual, a Federação Riograndense de Ginástica (RS). 
Posteriormente, a expansão desse movimento ocorreu com o surgimento 
da Federação Paulista de Ginástica, estabelecida em 1948, seguida pela 
criação da Federação Metropolitana de Ginástica do Estado do Rio de 
Janeiro em 1950. 
Estas três entidades federativas, por sua vez, filiaram-se à Confederação 
Brasileira de Desportos, a qual, por sua vez, tornou-se afiliada à 
Federação Internacional de Ginástica (FIG) em 1951. 
Esse período também testemunhou a organização do primeiro 
Campeonato Brasileiro de Ginástica, que contou com a participação das 
seleções de Ginástica Artística masculina dos Estados do Rio Grande do 
Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. 
Em um passo adiante, no ano de 1952, o II Campeonato Brasileiro de 
Ginástica Artística foi realizado em Porto Alegre-RS, marcando um 
momento histórico ao incluir pela primeira vez a participação feminina. 
Nos últimos 10 anos, a Ginástica Artística (GA) experimentou uma notável 
ascensão nos resultados internacionais, adquirindo considerável destaque 
no Brasil. Esse avanço refletiu diretamente em uma ampla visibilidade na 
mídia, estabelecendo uma conexão mais próxima com o público leigo, 
alcançando uma dimensão sem precedentes. 
A consequência natural desse fenômeno é a elevação da GA ao status de 
tema relevante e atual de discussão no "senso comum" entre muitos 
espectadores. No entanto, é notável que essa crescente popularidade não 
tenha sido acompanhada proporcionalmente por pesquisas e estudos 
acadêmicos voltados para o alto rendimento desportivo da modalidade. 
Este déficit de investigação específica deixa uma lacuna no entendimento 
acadêmico do desenvolvimento da GA no cenário nacional, revelando a 
necessidade de uma abordagem mais aprofundada nesse âmbito. 
Para Vigarello (2003), as ginásticas, em suas diversas modalidades, 
compartilham características gerais que enfatizam a expressão corporal, a 
precisão técnica e a harmonia entre força, flexibilidade e coordenação 
motora. Independentemente da especialidade, a ginástica promove o 
desenvolvimento global do corpo, visando aprimorar não apenas aspectos 
físicos, mas também habilidades artísticas e cognitivas. 
A plasticidade dos movimentos, a busca pela perfeição técnica e a 
criatividade na execução das rotinas são elementos intrínsecos a todas as 
formas de ginástica, tornando-as verdadeiras expressões de arte atlética. 
Para se destacar nas ginásticas, é importante desenvolver uma série de 
capacidades físicas. A força desempenha um papel fundamental, 
permitindo a execução de movimentos acrobáticos e sustentação em 
posições desafiadoras. A flexibilidade é essencial para amplitudes 
máximas de movimento e para a realização de posturas graciosas. 
Falando mais especificamente sobre a Ginástica de Trampolim, essa 
modalidade se destaca por suas acrobacias de alta altitude e sequências 
dinâmicas realizadas em trampolins. Os atletas utilizam a propulsão do 
trampolim para executar saltos, giros e flips de maneira impressionante. A 
combinação de força, coordenação e precisão é fundamental, resultando 
em apresentações que mesclam emoção e técnica. 
A Ginástica Acrobática é caracterizada por performances de duplas ou 
grupos que realizam acrobacias e equilíbrios sincronizados. A modalidade 
destaca-se pela colaboração entre os participantes, que devem 
demonstrar confiança e coordenação para executar movimentos 
complexos. Elementos de força, flexibilidade e sincronização são 
fundamentais para criar apresentações dinâmicas e visualmente 
impactantes. 
Explorando o universo da ginástica: história, características e 
instituições reguladoras 
A ginástica rítmica (GR) surgiu com o Movimento Ginástico Europeu, mais 
especificamente do Movimento do Centro Alemão, tendo como 
influenciadores e construtores grandes personagens ligados à arte do 
início do século XX. 
De acordo com Porpino (2004), essa modalidade tinha como objetivo 
inicial a educação das mulheres para o desenvolvimento da graça, da 
harmonia de formas, da sensibilidade e da delicadeza, a GR 
transformou-se, ao longo do século XX, numa modalidade esportiva cuja 
execução dos movi mentos pode ser caracterizada por um complexo nível 
de dificuldade. 
Os detalhes técnicos de grande exigência física e expressiva, 
sistematizados nas regras oficiais desse esporte na atualidade, mostra-nos 
a distância que hoje podemos perceber entre os objetivos atuais e os 
objetivos iniciais predominantemente formativos. 
A GR é um esporte que reconhecidamente marcou sua história por 
compartilhar saberes estéticos advindos da arte (música e dança) e no 
contexto brasileiro, essa modalidade foi iniciada por Ilona Peuker, uma 
professora e técnica húngara. Através da criação de sua própria escola de 
movimento, ela desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da 
modalidade no país. 
O marco histórico ocorreu em 1956, quando Dona Ilona (como ficou 
conhecida) fundou o Grupo Unido de Ginastas (GUG), a primeira equipe 
brasileira de Ginástica Rítmica. Os primeiros campeonatos da modalidade 
no Brasil foram realizados no Rio de Janeiro, consolidando o início de uma 
jornada vibrante e competitiva para a ginástica rítmica no país. 
Na ginástica rítmica, existem apenas duas modalidades competitivas: o 
individual geral e o conjunto geral, este último envolvendo a atuação 
coordenada de cinco ginastas. No individual geral, as atletas se 
apresentam em quatro aparelhos distintos, como arco, bola, fita e maça. 
Já no conjunto, as ginastas realizam suas performances com dois 
aparelhos, os quais são alterados a cada ciclo olímpico. Cada 
apresentação na ginástica rítmica tem uma duração que varia entre 75 e 
90 segundos para cada aparelho. 
A Confederação Brasileira de Ginástica foi criada em 1978, com a função 
de regulamentar o esporte, bem como promover (e autorizar) a realização 
de Campeonatos, Festivais, Cursos, Pesquisa, Intercâmbio e qualquer ato 
que objetive o desenvolvimento e fomento da Ginástica Brasileira. A 
entidade tem como valores a ética, a transparência, o respeito, a 
excelência, o equilíbrio e a paixão. 
Além da ginástica rítmica, temos também a artística (que possui 
apresentações no solo e em aparelhos e que temos em Dayane dos 
Santos e Rebeca Andrade como atletas de referência), a de trampolim 
(que conta com saltos e giros em grande altitude) e acrobática (realizada 
em duplas e equipes, com movimentos e posições que desafiam a 
gravidade), mas também devemos mencionar a ginástica geral e a 
aeróbica esportiva: 
A Ginástica para Todos, também conhecida como Ginástica Geral, busca 
promover a participação inclusiva de todas as idades e habilidades. 
Diferenciando-se das competições tradicionais, essa modalidade enfatiza o 
aspecto recreativo e social da ginástica. As atividades variam desde 
performances coreografadas até exercícios coletivos, incentivando a 
expressão individual e o bem-estar físico. 
Por sua vez, a Ginástica Aeróbica Esportiva concentra-se em rotinas 
dinâmicas que combinam movimentos aeróbicos, ginásticos e de dança. 
Os atletas executam sequências coreografadas, enfatizando resistência 
cardiovascular, força e flexibilidade. A música desempenha um papel 
fundamental, elevando a energia das performances e contribuindo para o 
componente artístico da modalidade. 
Vídeo Resumo 
Olá, estudante! Neste vídeo resumo, veremos sobre a ginástica, vamos 
conhecer um pouco da história desse esporte e as diversas modalidades: 
a acrobática, rítmica, aeróbica, artística, de trampolim e a ginástica geral. 
Veremos as principais características, regras e aparelhos desse esporte e 
aprenderemos um pouco mais sobre as instituições que o regulamentam. 
Vamos lá? 
 
Saiba mais 
Dica de Site – CBG – Confederação Brasileira de GinásticaNeste site 
pode ser encontrada a história da CBG, lista das modalidades praticadas, 
histórico das principais conquistas do esporte (tanto na Ginástica Rítmica 
como na Artística) informações sobre as competições organizadas pela 
entidade, além de notícias das disputas que estão acontecendo no Brasil e 
no Mundo. 
Na página também podem ser encontrados os calendários das 
competições do ano e os regulamentos técnicos que regem o esporte. Vale 
a pena conferir para conhecer um pouco mais sobre o assunto. 
Dica de Série – Physical 
Existem filmes e documentários muito importantes relacionados a 
Ginástica que devem ser apreciados como a obra Nádia (1984) que conta 
a história da Nadia Comăneci uma das maiores da história na modalidade, 
bem como o documentário "Atleta A" (2020) que fala sobre o caso das 
ginastas que sofreram abusos de Larry Nassar, médico da equipe de 
ginástica dos EUA, e os repórteres que denunciaram os casos. 
Também, não deve ficar de fora a série Physical (Físico ou Corporal, mas o 
título da série não foi traduzido no Brasil) que aborda a ginástica aeróbica 
e narra a trajetória de uma mulher que transcende sua posição inicial como 
dona de casa negligenciada para se tornar influente e autoconfiante. 
Sheila passa por uma transformação que, nos dias atuais, poderia ser 
subestimada, mas na época (década de 80) era considerada 
revolucionária, emergindo como uma verdadeira guru do estilo de vida. 
Aula 3 
Esportes alternativos I 
Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre esportes 
alternativos. 
https://www.cbginastica.com.br/
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta Aula, vamos falar sobre esportes alternativos. 
Veremos um breve histórico e noções fundamentais tanto do Basebol 
(lembrando que também se aceitam as grafias Beisebol ou Baseball) 
quanto do Futebol Americano. Falaremos sobre as regras, formas de jogar 
e peculiaridades de cada um destes esportes. 
Em relação ao futebol americano, enfatizaremos as noções básicas do 
jogo, incluindo a estrutura do tempo de jogo, as tentativas de avanço de 10 
jardas em quatro downs (descidas), e a dinâmica de ataque e defesa, em 
que as equipes se alternam na busca por touchdowns e field goals (gols). 
Também, falaremos de um esporte novo (criado em 2007) e brasileiro: O 
Tapembol, jogo no qual os atletas utilizam tapas para direcionar a bola e 
fazer gols, vamos conhecer a sua história, as regras e como está 
modalidade está crescendo no país e chegando a outros lugares do 
mundo. 
Vamos começar? 
Breve histórico do futebol americano, beisebol e tapembol 
Em relação às perspectivas históricas, começamos pelo Futebol 
Americano. Este esporte tem suas origens no Futebol (chamado pelos 
americanos de "soccer" que é o esporte mais tradicional do Brasil) e no 
Rugby (esporte também de origem inglesa na qual se utiliza uma bola oval 
e é jogado principalmente com as mãos). 
Criado no século XIX por treinadores de universidades de renome dos 
Estados Unidos, o esporte passou a ganhar notabilidade em 1920, ano no 
qual foi fundada a NFL - National Football League (Liga Nacional de 
Futebol), unindo várias equipes profissionais. 
De acordo com Mancha (2015), ao longo das décadas, a NFL se tornou a 
liga de futebol americano mais proeminente e popular do mundo e um dos 
seus destaques é o Super Bowl, a grande final da NFL, que teve início em 
1967 e rapidamente se tornou um dos eventos esportivos mais assistidos 
nos Estados Unidos, atraindo uma audiência global significativa. 
No Brasil, o esporte começou a ganhar popularidade no final da década de 
1990, graças às transmissões televisivas do campeonato organizado pela 
NFL. Através das práticas de Beach football (versão do Futebol Americano 
praticada na praia), a partir de 1986 e da modalidade flag (versão do 
esporte na qual não existe contato entre os jogadores, ficando ao mesmo 
tempo menos lesiva e mais barato – uma vez que não são necessários os 
equipamentos de proteção), iniciada em 2002, o esporte ganhou cada vez 
mais adeptos no país. 
Por sua vez, o Beisebol, ou Baseball (também é aceita a grafia basebol), é 
um esporte coletivo com uma longa história, jogado com taco de madeira 
ou alumínio e uma bola específica. 
Há controvérsias sobre sua origem, com algumas teorias indicando uma 
possível origem inglesa, enquanto outros afirmam que foi criado por Abner 
Doubleday em Nova York em 1839. Mas de fato, já existia um jogo 
semelhante, chamado "rounders" que era praticado na Inglaterra no século 
XVIII. 
De acordo com Nascimento (2022), o Beisebol é amplamente praticado em 
países da América do Norte, Venezuela, Cuba, República Dominicana, 
Japão e diversas outras nações, conquistando uma legião de fãs ao redor 
do mundo. A liga mais conhecida do mundo é a Major League Baseball 
(MLB) dos Estados Unidos. 
No Brasil, o Beisebol ganhou destaque no início do século XX, 
originando-se de competições entre funcionários de duas fábricas 
americanas. A presença do esporte também foi impulsionada pelas 
comunidades japonesas, uma vez que o Beisebol é altamente popular no 
Japão e o nosso país recebeu um número grande de imigrantes. 
Por fim, passamos ao histórico do Tapembol: de acordo com Rocha; 
Prudente (2010), o Tapembol foi criado em 2007, na cidade de Caeté, 
Minas Gerais, na Escola CEW (Centro Educacional Washington de 
Paula e Silva) pelo Professor de Educação Física Marco Aurélio Cândido 
Rocha. 
Rocha; Prudente(2010), relata que a palavra "Tapembol" derivou da 
expressão "tapa na bola" e surgiu como uma alternativa viável para as 
aulas de Educação Física escolar. 
No ano de sua criação, em 2007, a modalidade foi introduzida em um 
curso de extensão na Universidade FUMEC, localizada no Estado de 
Minas Gerais. Os acadêmicos tiveram acesso a esse conhecimento e 
começaram a incorporá-lo nas escolas por meio das experiências práticas 
durante o estágio. 
Ao longo dos anos, o Tapembol expandiu-se para outros estados do Brasil 
e para outros países, gerando reflexões e discussões sobre esse novo 
esporte. O intuito é ampliar as possibilidades de vivência para além do 
ambiente escolar e universitário de origem, tornando-se uma opção 
adicional para as aulas de Educação Física Escolar. 
Noções e regras gerais dos esportes alternativos 
Em relação às regras e noções do Futebol Americano, devemos apontar 
que o jogo é disputado em um campo, com 91,44 metros de comprimento 
por 48,76 metros de largura. A bola de jogo tem formato oval e é feita do 
mesmo tipo de couro utilizado na bola de basquetebol. Seu peso varia de 
200 a 400 gramas e mede 30 centímetros de comprimento por 18 de 
largura. 
Uma partida da NFL é composta por quatro quartos de 15 minutos cada, 
com intervalos de 2 minutos (entre o 1º e 2º quarto e entre o 3º e 4º 
quarto) e um intervalo de 12 minutos (entre o 2º. e 3º quarto). 
O futebol americano é um jogo que se baseia na conquista de território. 
Inicialmente, a equipe parte da sua zona defensiva, buscando atravessar o 
campo até alcançar a endzone (“Zona fina”, a zona de pontuação do jogo) 
e pontuar com um touchdown (ao pé da letra seria “toque embaixo, ou no 
chão” que é o ato de chegar com a bola na zona de pontuação e jogá-la no 
chão), ou chegar o mais próximo possível para tentar um field goal (chutar 
a bola entre as traves que tem formato de Y, marcando um gol). 
Esse avanço é realizado por meio de descidas, conhecidas como "downs". 
A equipe tem quatro tentativas para avançar no mínimo 10 jardas e manter 
a posse da bola. 
Durante essas jogadas, o quarterback (armador), responsável por armar 
as estratégias e lançar a bola, pode optar por passes para os recebedores 
ou o running back (corredor ou receptor) pode tentar atravessar a linha de 
defesa adversária em uma corrida. 
Em relação às noções de jogo do beisebol, devemos apontar que este é 
praticado ao ar livre em um campo que possui 4 bases, e cada jogo é 
composto por 9 entradas, sem um tempo definido. 
Durante o jogo, as equipes alternam entre atacar e defender.Inicialmente 
a equipe visitante assume a posição de ataque, onde cada jogador tenta 
rebater a bola com um bastão e correr para as bases. Enquanto isso, a 
equipe da casa inicia na defesa, com um jogador, conhecido como 
arremessador lançando a bola, e os outros 8 jogadores posicionando-se 
para pegar a bola, caso o jogador adversário consiga rebatê-la. 
Após os 9 jogadores da equipe visitante realizarem suas tentativas de 
ataque, as funções se invertem. Agora, é a vez da equipe da casa atacar, 
enquanto a equipe visitante assume a defesa. 
Durante o jogo, a bola de beisebol é lançada pelo arremessador, e o 
rebatedor do time adversário tenta acertá-la com o bastão. Logo atrás do 
rebatedor, há um receptor que pertence ao time do arremessador. 
Se o rebatedor acerta a bola, ele deve correr pelas quatro bases do 
campo. Ao completar todas as bases, a equipe ganha um ponto. O objetivo 
do jogo é acumular pontos marcados pela trajetória percorrida pelos 
jogadores. Assim, a equipe que tiver mais corridas completas ao longo da 
partida é declarada vencedora. 
De acordo com Glater (2013), o Tapembol é praticado em quadra com seis 
jogadores de cada lado, sendo: um goleiro, dois na defesa, um central, um 
apoio direito e um apoio esquerdo. 
Utiliza-se as mãos abertas para tocar a bola, com um ou dois toques 
alternados, visando marcar gols. O goleiro protege a área e facilita a 
conexão das jogadas. A quadra segue as dimensões do Futsal e 
Handebol, 40m por 20m. Criado para explorar habilidades físicas sem 
exigir habilidades específicas, o Tapembol, enfatiza regras simples, 
promovendo desenvolvimento de reação, equilíbrio, movimento, orientação 
e ritmo. 
Aprofundando o assunto: jogos alternativos 
O Futebol Americano é disputado com 11 jogadores de cada lado e, além 
da força bruta, que vem do rugby, também exige do jogador qualidades 
como: velocidade; capacidade técnica e tática; agilidade e pensamento 
rápido. 
Por último, vale a pena lembrar que a pontuação não é única. Isto significa 
dizer que existem cinco chances diferentes de um time pontuar, e o modo 
pelo qual ele consegue atingir o seu objetivo influencia na quantidade de 
pontos que o time acumula. 
Pontuação no Futebol Americano envolve diferentes maneiras de marcar 
pontos durante o jogo: 
Touchdown (6 pontos): Registrado quando um time atravessa a endzone 
adversária, seja correndo com a bola ou recebendo um passe do 
quarterback. 
Ponto Extra (1 ou 2 pontos): Após um Touchdown, a equipe tem a opção 
de chutar a bola entre os postes para ganhar um ponto ou realizar uma 
jogada adicional, tentando novamente atravessar a endzone para ganhar 
dois pontos. 
Field Goal (3 pontos): Realizado pelo kicker (jogador responsável por 
chutar a bola), cuja função é chutar a bola entre os postes em formato de 
"Y". 
Safety (jogada “segura”) (2 pontos): Única pontuação originada da defesa, 
ocorre quando os defensores derrubam o adversário que possui a bola em 
sua própria endzone, ou quando o quarterback é forçado a lançar a bola 
antes de ser derrubado também em sua endzone. Vale dois pontos e 
concede posse de bola ao time defensor. 
O beisebol é praticado entre duas equipes que se alternam em nove 
rodadas de ataque e defesa. Em caso de empate, novas entradas são 
adicionadas para determinar um vencedor. Essencialmente, dois 
instrumentos são cruciais para o jogo: o taco e a bola. 
A bola deve ter uma circunferência de 23 a 25 centímetros e pesar 
exatamente 142 gramas, com uma estrutura interna de cortiça, corda ou lã 
revestida por couro costurado à mão. O taco, por sua vez, tem formato 
cilíndrico e pode ser feito de madeira ou alumínio, variando em massa 
entre 850 gramas e um quilo, com um tamanho médio de 81 centímetros. 
Um termo específico no beisebol é o "home run" (traduzido como “corrida 
da casa”, afinal o rebatedor vai poder percorrer com segurança todas as 
bases, mas não é utilizada uma tradução), que ocorre quando a bola é 
rebatida para fora do estádio e dessa forma a equipe defensora fica 
impossibilitada de realizar a defesa. 
Por fim, de acordo com Barboza (2017), o tapembol proporciona aos 
alunos/atletas a prática dentro de seus limites, dispensando a necessidade 
de habilidades específicas exigidas em esportes tradicionais. 
Suas regras permitem jogar sem cobrança de desempenho ou gestos 
específicos para atingir o objetivo do gol, sendo totalmente inclusivo. Essa 
abordagem se alinha aos princípios dos Parâmetros Curriculares 
Nacionais para a Educação Básica e aos objetivos da Educação Física 
adaptada, jogos de inclusão e práticas esportivas, aplicando teoria à 
vivência prática em atividades de extensão. Recentemente, o tapembol foi 
apresentado ao Ministério dos Esportes, buscando o reconhecimento 
como federação. 
Por curiosidade, o critério de desempate de uma partida de tapembol são 
as faltas: o time com menos faltas ganha. As faltas são divididas em três 
formas, sendo elas técnicas - pelo manuseio da bola; físicas - quando 
acontecem contatos e atitudes envolvendo o corpo e as verbais - que 
podem ser contra companheiro, árbitros e plateia. 
As faltas técnicas levam a benefícios para o outro time, pois o mesmo 
recebe vantagem de área quando chega à cota individual ou coletiva. 
Video Resumo 
Olá, estudante! Neste vídeo resumo, veremos sobre os esportes 
alternativos, vamos falar sobre a história e as noções do Futebol 
Americano com suas estratégias diversificadas e seu jogo emocionante, 
Beisebol com seus arremessos e rebatidas e do jogo brasileiro Tapembol, 
com suas jogadas diferentes utilizando tapas na bola para fazer os gols. 
Vamos lá? 
 
Saiba mais 
Dica de Filme: Um Sonho Possível 
"Um Sonho Possível" (The Blind Side), lançado em 2009. O filme é 
baseado em uma história real e destaca a influência do futebol americano 
na vida de um jovem jogador chamado Michael Oher. 
O enredo gira em torno da história de Oher, um adolescente sem-teto com 
habilidades incríveis para o futebol americano. Ele é acolhido por uma 
família amorosa que o apoia em seu caminho para se tornar um jogador de 
destaque. 
"Um Sonho Possível" não apenas aborda aspectos do esporte, mas 
também explora temas como superação, resiliência e a importância do 
apoio e oportunidades na vida de um indivíduo. 
Com o filme é possível aprender algumas regras e ter algumas noções de 
jogadas e táticas do futebol americano. 
Dica de Site - Tapembol 
Este esporte, criado por um professor de Educação Física brasileiro em 
2007, ganha adeptos a cada dia pela sua versatilidade e por utilizar 
materiais presentes na maioria das escolas brasileiras. 
Neste site podem ser encontradas a história, as regras, informações de 
competições (escolares e de adultos) e até mesmo notícias sobre locais do 
mundo onde o esporte já está sendo divulgado/praticado (Peru, Colômbia, 
Índia, Indonésia, entre outros). Vale a pena conferir para conhecer ainda 
mais esta modalidade. 
https://tapembol.com.br/
Aula 4 
Esportes alternativos II 
Olá, estudante! Nesta Aula vamos abordar esportes que não são 
vistos comumente. 
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta Aula vamos abordar esportes que não são vistos 
comumente. 
Primeiramente, exploraremos o emocionante universo do Dodgeball, um 
esporte dinâmico e repleto de estratégias, onde a destreza e a agilidade 
são essenciais. Este esporte também é conhecido como “queimada” no 
Brasil e é muito popular nas aulas de Educação Física Escolar. 
Em seguida, adentraremos o mundo do Corfebol, uma prática única que se 
destaca pelo seu caráter misto, exigindo cooperação entre homens e 
mulheres. Por fim, vamos desbravar o Quimbol, reconhecido como o 
primeiro esporte coletivo de raquetes no mundo, onde habilidades com 
raquetes e jogadas estratégicas são fundamentais. 
Vamos começar? 
Breve histórico do corfebol, dodgeball e quimbol 
O corfebol foi criado em 1902 pela fusão do Handebol com o Basquete, 
tendo sido desenvolvido pelo Professor de Educação Física Nico 
Broekhuvesen. O seu diferencial é o de serum dos raros esportes 
coletivos mistos, onde cada time é composto por 4 homens e 4 mulheres, 
ocupando a quarta posição em popularidade na Holanda, seu berço. 
Esse esporte é praticado em mais de 40 países, com notáveis potências, 
incluindo Bélgica, Portugal, Alemanha, República Tcheca, China e 
Austrália. Nas escolas em que é adotado, o esporte desempenha uma 
função significativa, cultivando o apreço pela estratégia, cooperação e 
integração entre todos os participantes. Vale destacar que o Corfebol teve 
a honra de ser apresentado como uma modalidade de demonstração nas 
Olimpíadas de 1920 e 1928 (CONFEF, 2007). 
O Dodgeball tem suas origens remontando a cerca de 4000 anos antes de 
Cristo, sendo atribuído aos chineses. Inicialmente, em vez de usar uma 
bola de borracha, os praticantes lançavam cabeças decapitadas uns nos 
outros. Felizmente, ao longo da história, o conceito evoluiu 
significativamente. 
De acordo com Mazzoni (2016), em 1833, através das modificações 
introduzidas por Hagerson Augustus, o dodgeball foi modernizado, 
transformando-se no jogo que conhecemos atualmente. 
No Brasil, o dodgeball é mais conhecido como "queimada", "baleado", 
"caçador", "mata-soldado" ou "carimba". É um jogo popular, praticado 
durante as atividades físicas nas escolas, nos parques ou nas ruas. Por 
não se tratar de um esporte oficial, as regras e nomenclaturas costumam 
variar de acordo com a cultura local, mas de maneira geral o objetivo é 
atingir o adversário com a bola eliminando-o. Apesar de não haver um 
torneio oficial no Brasil, o esporte costuma estar presente em olimpíadas 
escolares. 
O Quimball ou Quimbol é um jogo inovador que se originou das ideias do 
professor de Educação Física Joaquim Bueno de Camargo, 
carinhosamente conhecido como "Quim". O nome do esporte foi inspirado 
no apelido dado pelos amigos à nova prática quando surgiu em 1947, 
chamando-a de "Jogo do Quim". 
O professor iniciou o desenvolvimento do esporte nos anos 40, no Pontal 
do Paranapanema, e ao se mudar para Piracicaba, interior de São Paulo, 
aprimorou as regras. Em 2000, Quim criou o Quimball como uma 
modalidade esportiva tipicamente brasileira. De acordo com Karal (2017), 
nos últimos anos, o Quimbol ressurgiu e cresceu em popularidade, sendo 
praticado em diversas cidades e estados. 
O Quimbol é disputado em uma quadra de vôlei, com cada equipe 
composta por quatro jogadores que utilizam raquetes de madeira para 
rebater uma bolinha de borracha macia, tentando colocá-la fora do alcance 
da equipe adversária. 
O jogo, dividido em quatro quartos de dez minutos, é dinâmico e permite o 
uso de partes do corpo para executar jogadas, remetendo aos 
fundamentos do futebol. Essa prática esportiva continua a evoluir, 
conquistando adeptos em diversas comunidades ao redor do país. 
Noções e regras gerais dos esportes alternativos 
Amplamente praticado nos Estados Unidos, o dodgeball é regulamentado 
por competições oficiais, todas elas supervisionadas pela National 
Amateur Dodgeball Association (Associação Nacional de Dodgeball - 
NADA). 
O esporte, que segue regras oficiais, é disputado em uma quadra dividida 
em dois lados centrais, formando a zona neutra e a zona de ataque. Cada 
equipe de Dodgeball consiste em 6 a 10 jogadores, sendo que seis deles 
estão em campo e os outros quatro atuam como reservas. 
Para dar início à partida, cada equipe deve ter pelo menos quatro 
jogadores em campo, sendo que os reservas podem entrar apenas 
durante o tempo determinado ou em casos de lesões. É crucial destacar 
que cada equipe deve ter um número equivalente de homens e mulheres 
em cada jogo. 
No jogo oficial são utilizadas seis bolas. A partida começa com os 
jogadores posicionados na linha de fundo e as bolas alinhadas na linha do 
meio da quadra. Ao soar do apito, os jogadores correm para pegar as 
bolas e as lançam para um companheiro mais bem posicionado em seu 
campo de ataque. A partir desse momento, é permitido eliminar os 
adversários. 
Cada jogador só pode pegar uma bola no início do jogo e não pode 
realizar um arremesso imediatamente. É necessário retornar ao campo de 
ataque antes de efetuar os lançamentos. Conforme as regras oficiais da 
NADA, o objetivo do Dodgeball é eliminar todos os jogadores adversários 
da quadra, o que pode ocorrer por: Acertar a bola no adversário abaixo da 
linha dos ombros ou; pegar a bola sem deixá-la cair no chão, eliminando 
assim o arremessador ou mesmo ao ser atingido na cabeça pelo 
arremessador, resultando na eliminação. Um jogador é considerado 
queimado apenas quando a bola atinge qualquer parte do seu corpo (com 
exceção da cabeça). Se isso acontecer, ele é eliminado temporariamente. 
Na prática do Corfebol, a equipe que alcança maior pontuação ao colocar 
a bola na cesta é declarada vencedora. Cada equipe é composta por 
quatro homens e quatro mulheres, organizados em pares. A bola utilizada 
no jogo é do modelo número 5, proveniente do futebol. 
A dinâmica do jogo impõe restrições, com cada homem permitido a marcar 
apenas outro homem, e cada mulher, exclusivamente outra mulher. Não 
são permitidas marcações de dois contra um, nem confrontos entre 
integrantes de sexos opostos. Além disso, o contato físico não é tolerado. 
Para garantir a participação equitativa de todos os jogadores em diferentes 
papéis, a cada duas cestas os defensores transformam-se em atacantes, e 
vice-versa. Uma peculiaridade do Corfebol é que o jogador que recebe a 
bola deve parar e passá-la ao colega de equipe, sendo proibido quicar 
(bater a bola no chão) ou correr com a bola na mão. Essa restrição 
desencoraja o jogo individualista, incentivando os jogadores a 
desenvolverem habilidades de deslocamento no espaço, uma vez que não 
podem se movimentar com a bola. 
O objetivo do jogo é que cada equipe envie a bola regularmente por cima 
da rede para a quadra adversária. O jogo é iniciado com um saque de 
fundo e prossegue até que a bola saia para fora, não seja devolvida 
corretamente para o adversário ou ocorra alguma irregularidade nas regras 
estabelecidas. 
O Quimbol ostenta a distinção de ser o primeiro esporte coletivo de 
raquetes do mundo, onde duas equipes, cada uma composta por 4 
jogadores, confrontam-se em uma quadra dividida por uma rede. 
As jogadas desenrolam-se mediante passes efetuados com raquetes 
específicas do Quimbol. Embora o uso da raquete seja crucial na maioria 
das circunstâncias, é permitido recorrer ao solo até quatro vezes e utilizar 
partes do corpo (exceto mãos e braços) para auxiliar na recepção da bola. 
Jogos Alternativos na prática 
Em relação ao Dodgeball, devemos observar que, ao conseguir agarrar a 
bola sem deixá-la tocar o solo, não apenas o jogador elimina o 
arremessador, mas também tem a oportunidade de reintegrar um 
companheiro de equipe que esteja fora de jogo. 
Durante o jogo, é obrigatório que todos os jogadores permaneçam em 
suas áreas designadas. Os que se encontram mais ao fundo da quadra só 
podem deixar esse espaço para recuperar uma bola perdida. É 
estritamente proibido que qualquer jogador pise sobre a linha central. O 
arremesso só é permitido antes da linha de ataque. 
A equipe que eliminar todos os jogadores adversários primeiro será 
proclamada vencedora. Durante a partida, estabelece-se um limite de 
tempo de 5 minutos. Se, ao final desse período, nenhuma das equipes for 
totalmente eliminada, o time com maior número de jogadores em quadra é 
declarado o vencedor. 
Relembrando um pouco do histórico do Corfebol, durante sua criação no 
Séc. XX, a Associação de Educação Física de Amsterdã buscava um jogo 
que fosse acessível a crianças, jovens e adultos, ao mesmo tempo em que 
promovesse a integração de ambos os sexos na mesma equipe. 
Naquele período, a prática esportiva por mulheres era incomum, ainda 
mais quando compartilhada com homens. Foi nesse contexto que em 
1902, Nico Broekhuyesen concebeu a ideia de um esporte de fácil 
aprendizado (CONFEF, 2007) 
O Corfebol também se destaca por estar ao alcance de todos.Obesos, 
deficientes físicos ou pessoas com pouca coordenação motora podem 
participar ativamente, uma vez que os deslocamentos não exigem grande 
velocidade e não há disputa de força. 
De acordo com Karal (2017), o Quimbol é regido por um conjunto preciso 
de regras que dão forma à dinâmica do jogo. Após o sinal do árbitro de 
bancada, o jogador inicia a partida com um saque de fundo. É importante 
que esse saque seja efetuado no prazo estipulado de 3 segundos, caso 
contrário a punição é imposta, concedendo ao adversário a oportunidade 
de iniciar a jogada. Em caso de erro no primeiro saque, o jogador tem 
direito a uma segunda tentativa. 
A entrega da bola à quadra adversária deve ser realizada exclusivamente 
com o uso da raquete, sendo que qualquer outra forma resulta na perda de 
ponto. Após o saque, a equipe receptora da bola deve conduzir a jogada 
com 2 (mínimo) a 3 (máximo) passes. 
Os jogadores em campo têm a liberdade de escolher entre diferentes tipos 
de passes, nos quais recursos como toques no solo (limitados a 4 por 
período), pernas, pés, cabeça e tronco são considerados válidos. Pode-se 
ajeitar a bola com essas partes do corpo e, em seguida, enviá-la com a 
raquete, sendo isso considerado um "recurso". 
A utilização das mesmas partes do corpo para realizar o passe sem o 
auxílio da raquete é permitida, mas ao direcionar a bola para a quadra 
adversária, o último contato deve obrigatoriamente ocorrer com a raquete. 
Essas regras e formas de jogo fazem do Quimbol um jogo diferente e que 
aos poucos está ganhando o gosto do público. 
 
	Aula 1 
	introdução 
	Futebol: da Inglaterra ao Brasil 
	O crescimento do futebol e a tecnologia 
	O futebol e o profissional de Educação Física 
	Video Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 2 
	introdução 
	Os pilares do jogo de futebol: fundamentos, posições e sistemas 
	Posicionando os jogadores e aprendendo os sistemas de jogo 
	O papel do profissional de Educação Física no ensino do futebol 
	Vídeo Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 3 
	introdução 
	Futsal: da América do Sul para o mundo 
	Evolução do futsal 
	O futsal no Brasil 
	Principais regras do futsal 
	O crescimento do futsal 
	O futsal e o profissional de Educação Física 
	Video Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 4 
	introdução 
	Os pilares do jogo de futsal: fundamentos, posições e sistemas 
	Fundamentos do futsal 
	Posições e funções dos jogadores 
	Sistemas táticos 
	Aprendendo o complexo sistema do jogo de futsal 
	O papel do profissional de Educação Física no ensino do futsal 
	Video Resumo 
	Aula 1 
	introdução 
	A origem do basquete e sua evolução 
	O crescimento do basquete no mundo: das ruas as ligas profissionais 
	O profissional de educação física e o ensino do basquete 
	Video Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 2 
	introdução 
	Basquete: fundamentos, posições e sistemas 
	Fundamentos do basquete 
	Posições e funções dos jogadores no basquete 
	Sistemas táticos 
	Sistemas táticos no basquete: estratégias de sucesso 
	Sistemas de defesa 
	Sistemas de ataque 
	A importância do profissional de educação física no conhecimento da prática do basquete 
	Fundamentos do Basquete 
	Posições e Funções dos Jogadores 
	Sistemas do Basquete 
	Desenvolvimento dos jogadores 
	Qualidade do ensino esportivo 
	Vídeo Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 3 
	introdução 
	Handebol: origem, desenvolvimento no Brasil e regras fundamentais 
	O mundo do Handebol: crescimento e evolução 
	O profissional de educação física e o conhecimento do handebol 
	Video Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 4 
	introdução 
	Handebol: fundamentos, posições e sistemas 
	Fundamentos 
	Sistemas táticos 
	Sistemas táticos no handebol: estratégias de sucesso 
	Sistemas de defesa 
	Sistemas de ataque 
	A importância do profissional de educação física no conhecimento da prática do handebol 
	Aula 1 
	introdução 
	História e Evolução Voleibol 
	Principais regras e sua evolução técnica 
	Fundamentos técnicos e ações do voleibol 
	Video Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 2 
	introdução 
	Posições e rodízio no voleibol 
	Principais características das funções do voleibol 
	Principais sistemas táticos do voleibol 
	Vídeo Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 3 
	introdução 
	História e evolução do tênis de mesa 
	Principais regras e seu desenvolvimento 
	Fundamentos técnicos do tênis de mesa 
	Video Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 4 
	introdução 
	História e evolução do tênis de campo 
	Principais regras e seu desenvolvimento 
	Fundamentos técnicos do tênis de campo 
	Video Resumo 
	Aula 1 
	introdução 
	Caracterizando e definindo o Atletismo 
	História e variedade de provas no atletismo 
	Explorando o universo do atletismo: provas, história e instituições reguladoras 
	Video Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 2 
	introdução 
	As seis faces da ginástica: modalidades e características 
	Explorando as modalidades: da ginástica artística à ginástica geral 
	Explorando o universo da ginástica: história, características e instituições reguladoras 
	Vídeo Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 3 
	introdução 
	Breve histórico do futebol americano, beisebol e tapembol 
	Noções e regras gerais dos esportes alternativos 
	Aprofundando o assunto: jogos alternativos 
	Video Resumo 
	Saiba mais 
	Aula 4 
	introdução 
	Breve histórico do corfebol, dodgeball e quimbol 
	Noções e regras gerais dos esportes alternativos 
	Jogos Alternativos na práticaAlas/laterais: atuam nas laterais do campo e têm a tarefa de cruzar a bola 
para os atacantes. Ajudam na defesa quando necessário. 
Atacantes: a principal função é marcar gols. Eles devem ser rápidos, ágeis 
e capazes de finalizar o chute a gol com precisão (FREIRE, 2021; 
GARGANTA et al., 2013). 
Figura 1 | Campo de futebol, zonas e posições dos jogadores (sistema 4-3-3) 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
Sistemas táticos: 
Os sistemas táticos de jogo no futebol referem-se às estratégias 
organizacionais que as equipes utilizam para alcançar seus objetivos 
durante um jogo. Esses sistemas envolvem a disposição dos jogadores em 
campo e suas funções específicas, com o objetivo de potencializar o 
desempenho da equipe tanto defensiva quanto ofensivamente (COSTA et 
al., 2010). 
Existem várias formações táticas que as equipes podem adotar, e cada 
uma delas possui características distintas, que veremos com mais detalhes 
a seguir. 
Posicionando os jogadores e aprendendo os sistemas de jogo 
O campo de futebol é um tabuleiro em que cada peça representada pelos 
jogadores desempenha um papel específico. Tradicionalmente, o campo é 
dividido em defesa, meio-campo e ataque, como ilustrado anteriormente, 
na Figura 1. 
O posicionamento dos jogadores é uma das principais decisões tomadas 
pelo treinador, visando otimizar a eficácia da equipe tanto no ataque 
quanto na defesa. Os sistemas táticos, por sua vez, referem-se à 
organização específica dessas linhas e dos jogadores dentro delas. 
Assim como o futebol evoluiu em suas regras, os sistemas de jogo 
também evoluíram. Existem relatos que o primeiro posicionamento dos 
jogadores em campo priorizava o ataque, sendo composto por um goleiro, 
um defensor, um meio-campista e oito atacantes, sintetizado pelos 
números 1-1-8. 
Com o passar do tempo, os sistemas começaram a ser modificados com a 
finalidade de promover um maior equilíbrio entre os setores, compactando 
os jogadores e diminuindo o número de gols sofridos, surgindo o sistema 
1-2-7, conforme a Figura 2 (BARBIERI; BENITES, SOUZA NETO, 2009). 
Atualmente, um dos sistemas táticos mais comuns é o 4-4-2, que inclui o 
goleiro, quatro jogadores defensores, quatro meio-campistas e dois 
atacantes. Esse sistema é conhecido por sua organização defensiva sólida 
e distribuição equilibrada dos jogadores em campo. 
Por outro lado, o sistema 4-3-3 também amplamente conhecido, se 
caracteriza como uma formação mais ofensiva, sendo o goleiro com três 
atacantes, três meio-campistas e quatro defensores, projetado para 
priorizar a pressão no campo adversário. 
O 4-2-3-1 é um sistema que prioriza o controle do meio-campo, com dois 
alas, três meio-campistas ofensivos e um atacante. Essa formação permite 
que a equipe domine a posse de bola e dite o ritmo do jogo. 
Em contraste, o sistema 3-5-2 é uma formação que utiliza três zagueiros, 
cinco meio-campistas e dois atacantes, equilibrando defesa e ataque 
(GRANDO; MARCELINO, 2014; FRANCISCO et al., 2020). 
Figura 2 | Sistemas de jogo do futebol 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
A disposição dos jogadores de futebol dentro desses sistemas de jogo é 
de suma importância. Os defensores devem ocupar posições sólidas para 
bloquear os avanços adversários, enquanto os meio-campistas precisam 
coordenar seus movimentos para controlar o jogo. 
Os atacantes devem ser ágeis na busca por espaços e na criação de 
oportunidades de gol. Além disso, a adaptabilidade dos jogadores torna-se 
uma chave essencial durante os jogos. Os técnicos frequentemente fazem 
ajustes durante a partida para se adequar à evolução do jogo de acordo 
com as fraquezas do adversário. Isso pode envolver a realocação de 
jogadores entre as zonas e funções para maximizar o impacto tático. 
Os sistemas de jogo também incluem estratégias específicas para 
situações como escanteios, faltas e contra-ataques. Essas estratégias 
requerem treinamento específico e execução precisa por parte dos 
jogadores. 
Adicionalmente, os jogadores devem estar constantemente se 
comunicando uns com os outros para coordenar seus movimentos e 
decisões. A comunicação eficaz ajuda a evitar a desorganização defensiva 
e a criar oportunidades ofensivas. 
Assim, o posicionamento dos jogadores e os sistemas táticos no futebol 
são elementos cruciais para o desempenho de uma equipe. O treinador 
desempenha um papel central na definição desses aspectos, mas a 
execução adequada requer compreensão, flexibilidade e comunicação por 
parte dos jogadores. 
O futebol moderno exige uma adaptação constante, e as equipes que 
dominam o posicionamento e os sistemas táticos têm maior probabilidade 
de alcançar o sucesso no campo. 
O papel do profissional de Educação Física no ensino do futebol 
A formação de profissionais de Educação Física qualificados na 
preparação dos atletas de futebol se torna essencial na compreensão e 
aprimoramento das habilidades desses atletas. Um aspecto 
particularmente importante dessa formação é o entendimento e a 
aplicação dos fundamentos e das posições dos jogadores de futebol, bem 
como o ensino dos sistemas táticos relacionados a esses. 
Cabe ao profissional de Educação Física capacitar o seu atleta, desde o 
jovem ao adulto, a respeito da tríade do saber, saber fazer e saber estar 
(GARGANTA et al., 2013). 
O profissional de Educação Física deve não apenas dominar essas 
habilidades, mas também ser capaz de comunicá-las de forma clara e 
eficaz aos seus jogadores. O ensino dos fundamentos requer uma 
abordagem progressiva, começando pelas habilidades mais básicas e 
avançando gradualmente para as mais complexas. O feedback 
(devolutiva) construtivo desempenha um papel crucial na correção de erros 
e no desenvolvimento contínuo das habilidades dos alunos (TANI; 
CORREA, 2016). 
Para além dos fundamentos, a compreensão das posições dos jogadores 
é imprescindível para o desempenho coletivo, assim, o profissional deverá 
ensinar não apenas as posições, mas também as táticas de jogo, incluindo 
posicionamento defensivo, ofensivo e a dinâmica coletiva. 
O ensino dos sistemas táticos no futebol constitui a base da formação 
esportiva. Esses sistemas abrangem estratégias de ataque, defesa, 
transição e jogadas ensaiadas. O profissional de Educação Física deve 
apresentar esses sistemas de maneira sistemática, começando por 
conceitos básicos e evoluindo para táticas mais avançadas. 
De maneira prática, Garganta et al. (2013) sintetizam os princípios 
fundamentais e específicos de ataque e defesa (Figura 3). 
Na Figura 3 os autores descrevem as ações que o profissional de 
Educação Física deve considerar no ensino-aprendizagem da modalidade. 
Figura 3 | Princípios fundamentais e específicos do jogo de futebol 
 
Fonte: Garganta et al. (2013, p. 24). 
Em relação a aprendizagem dos sistemas táticos, não existe um sistema 
melhor ou mais eficaz, dessa maneira cabe ao profissional escolher o 
sistema que julgar ser o mais adequado para a sua equipe. 
Atualmente, com o avanço da tecnologia dentro e fora dos campos, o 
surgimento de programas de análise de desempenho tem sido utilizados 
na rotina de equipes de alto nível com o objetivo de estudar tanto seus 
atletas quanto seus adversários, a fim de explorar os pontos fortes e as 
fraquezas dos seus jogadores assim como dos jogadores da equipe 
adversária. 
Desse modo, através de estatísticas preditivas, o técnico é capaz de 
construir um sistema de jogo que melhor beneficiará a sua equipe. A 
tecnologia tem avançado tanto que mesmo durante os jogos, os analistas 
de desempenho já possuem dados para analisar o jogador, através de 
dispositivos como o GPS (Global Positioning System), cabendo à 
comissão técnica identificar possíveis erros e fraquezas dentro de campo 
(FRANCISCO et al., 2020). 
Portanto, notamos que o profissional de Educação Física deve considerar 
que para jogar o futebol, os jogadores devem ser capazes de entender os 
princípios do jogo e aplicá-los durante o jogo. Assim, a formação 
acadêmica e prática desses profissionaisdeve enfatizar a importância 
dessa integração para melhorar a qualidade do ensino esportivo. 
Vídeo Resumo 
Olá, estudante! Neste vídeo resumo, iremos rever como podemos 
posicionar os jogadores de acordo com sua função no campo de futebol e 
como podemos estruturar os sistemas de jogo. 
 
Saiba mais 
Para saber mais, dê uma olhada nos livros que estão disponíveis na 
nossa biblioteca virtual, como Esportes de invasão: ensino, aprendizagem, 
treinamento. Vamos mergulhar no mundo do futebol? 
Aula 3 
Dimensões históricas do futsal 
Olá, estudante! Ao contrário do futebol que tem suas origens na 
Inglaterra, o futsal é uma modalidade esportiva com sua origem 
na América do Sul, mais especificamente no Uruguai e no Brasil, 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/185755/pdf/0?code=edU8RkbZPM1QalgLXZz57vSpYP+qJNIZWNraWKcEw9Ssq4DIHgl8pyH2RtJPMDUwGrTTDpG8Y8aK0lU3tP87nw==
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/185755/pdf/0?code=edU8RkbZPM1QalgLXZz57vSpYP+qJNIZWNraWKcEw9Ssq4DIHgl8pyH2RtJPMDUwGrTTDpG8Y8aK0lU3tP87nw==
com início no século XX, quando passou a ser praticado 
informalmente em pátios de escolas e clubes como uma 
alternativa ao futebol tradicional. 
 
introdução 
Olá, estudante! 
Ao contrário do futebol que tem suas origens na Inglaterra, o futsal é uma 
modalidade esportiva com sua origem na América do Sul, mais 
especificamente no Uruguai e no Brasil, com início no século XX, quando 
passou a ser praticado informalmente em pátios de escolas e clubes como 
uma alternativa ao futebol tradicional. 
No Brasil, o futsal se expandiu rapidamente nas graças às dimensões das 
quadras indoor (internas) e à paixão pelo futebol, se tornando uma 
potência mundial no futsal, com uma seleção de sucesso e produção de 
talentosos jogadores desde o nível amador até o profissional. 
Nesta Aula, exploraremos o surgimento do futsal e sua popularidade no 
Brasil, tal como suas regras, descobrindo como esses elementos se 
integram na rotina do profissional de Educação Física. Vamos descobrir o 
universo rico dessa modalidade esportiva, que vai além das quadras. 
Futsal: da América do Sul para o mundo 
O futsal, uma forma compacta e emocionante do futebol, tem suas raízes 
profundamente entrelaçadas na América do Sul, com destaque para o 
Uruguai e o Brasil. 
Seu surgimento é creditado ao professor de Educação Física Juan Carlos 
Ceriani, da Associação Cristão de Moços no Uruguai em 1930. Juan 
desenvolveu o futsal como uma maneira de permitir que seus alunos 
praticassem futebol durante o inverno, quando as condições climáticas 
tornavam difícil jogar ao ar livre, desenvolvendo as primeiras regras 
formalizadas do que viria a ser conhecido como futebol de salão. 
O nome "futsal" é uma fusão das palavras "futebol" e "salão", em 
referência às quadras cobertas onde o esporte era praticado (SOUZA 
JUNIOR, 2013; TENROLLER, 2004). 
No entanto, foi no Brasil que o futsal cresceu de forma excepcional. As 
dimensões menores das quadras em escolas e clubes provaram ser um 
ajuste perfeito para o jogo de futsal. O esporte se popularizou rapidamente 
nas décadas de 1940 e 1950, e o Brasil se tornou uma potência mundial 
no futsal. 
As quadras reduzidas e indoor (interna) em conjunto com a paixão do 
brasileiro pelo futebol contribuíram para a rápida disseminação do futsal 
em todo o território nacional. 
Evolução do futsal 
O futsal passou por diversas transformações desde sua criação. As regras 
iniciais eram simples, e ao longo dos anos foram aprimoradas e adaptadas 
a fim de tornar o esporte mais dinâmico e competitivo. A FIFA (Fédération 
Internationale de Football Association) reconheceu oficialmente o futsal 
como uma modalidade do futebol em 1989, o que ajudou a padronizar as 
regras em nível global. 
Uma das maiores mudanças na história do futsal foi a introdução do 
goleiro linha que permite que um jogador de linha atue como goleiro em 
determinados momentos do jogo. Isso adicionou uma dimensão tática ao 
esporte e aumentou a velocidade e a intensidade das partidas. 
O futsal no Brasil 
O Brasil é uma das nações mais influentes no mundo do futsal. A seleção 
brasileira de futsal é uma das mais bem-sucedidas do planeta, tendo 
conquistado inúmeras Copas do Mundo e títulos continentais. 
O futsal é amplamente praticado em todo o Brasil, desde o nível amador 
até o profissional. Os clubes brasileiros têm uma forte presença nas 
competições internacionais de clubes de futsal, como a Copa Libertadores 
de Futsal, competindo frequentemente entre as equipes favoritas. 
Principais regras do futsal 
O futsal possui regras específicas que o diferenciam do futebol tradicional. 
Alguns dos postos-chaves das regras do futsal incluem: 
Número de jogadores: cada equipe é composta por cinco jogadores em 
quadra, incluindo um goleiro. 
Duração do jogo: as partidas de futsal normalmente têm dois tempos de 20 
minutos cada, com um intervalo de 10 minutos entre eles. 
Faltas: são contadas a partir da sexta falta acumulada por uma equipe em 
cada tempo de jogo. A partir da sétima falta, a equipe adversária tem 
direito a um tiro livre direto. 
Goleiro linha: as equipes podem optar por usar um goleiro linha, mas isso 
requer uma substituição formal do goleiro tradicional. 
O crescimento do futsal 
Ao longo dos anos, o futsal evoluiu que maneira rápida, sendo praticada e 
assistida por milhões em todo o planeta. As mudanças contínuas nas 
regras de jogo contribuíram significativamente para a melhor dinâmica, 
tornando o jogo mais interessante para os jogadores e espectadores. 
As principais mudanças estão relacionadas a substituições de jogadores, 
que agora acontecem com a bola em jogo, sem limite de troca e sem a 
autorização contínua do juiz; gols dentro da área passaram a ser 
permitidos; o goleiro passou a lançar a bola além do meio da quadra sendo 
autorizado jogar com pés também fora da área, tonando-se uma peça 
fundamental no ataque da equipe; após a quinta falta, a cobrança sem 
barreira, na marca de tiro livre foi autorizada, sendo quase um pênalti. 
O Brasil tem uma história de sucesso no futsal, produzindo lendas como o 
jogador Falcão e Manoel Tobias, que levaram a modalidade a um novo 
patamar, tanto técnica quanto taticamente, sendo premiados 
constantemente como melhores jogadores de Futsal do mundo 
(FERNANDES; SALES, 2020). 
A seleção brasileira de futsal continua a ser uma das seleções mais 
temidas e bem-sucedidas do mundo, tendo em seu currículo cinco títulos 
entre as 9 edições da Copa do Mundo da FIFA (FIFA Futsal, 2023; 
FERNANDES; SALES, 2020). 
Um aspecto notável do crescimento do futsal é a participação cada vez 
maior das mulheres. O futsal feminino ganhou destaque nas últimas 
décadas em todo o mundo, atingindo um alto nível técnico e tático com 
jogadoras talentosas (FPF, 2019). 
Os campeonatos femininos estão crescendo em número e participações 
da torcida, e as jogadoras brasileiras também vem sendo reconhecidas 
internacionalmente, recebendo importantes prêmios como o Futsal Award 
(Premiação do Futsal). A jogadora brasileira Amanda Lyssa de Oliveira 
Crisostomo (Amandinha) já foi premiada na categoria de melhor jogadora 
do mundo em oito edições (FUTSAL AWARD, 2023). 
Da mesma maneira, entre a comunidade científica brasileira, nota-se um 
aumento da investigação acadêmica relacionada ao futebol e futsal 
feminino, principalmente nos tópicos relacionados aos aspectos 
socioculturais, a parte de treinamento técnico e tático, assim como a 
fisiologia do futebol e futsal feminino (MONTENEGRO, 2022). 
No cenário internacional, a Copa do Mundo de Futsal da FIFA é um dos 
eventos mais esperados e assistidos (FIFA, 2023). As seleções nacionais 
competem pelo título mundial, e os jogos emocionantes e cheios de 
habilidade chamam a atenção dos públicos de todo o mundo. 
Além disso, a UEFA (União das Associações Europeias de Futebol) realiza 
o Campeonato Europeu de Futsal, no qual as equipes europeias 
participam de competições acirradas (UEFA FUTSAL,2023). 
No Brasil, a Liga Nacional de Futsal (LNF) é o auge da competição a nível 
de clubes. As equipes de todo o país se confrontam pelo título da LNF, e 
os torcedores lotam os ginásios para apoiar suas equipes favoritas. Essa 
competição proporciona um alto nível de futsal e atrai patrocinadores, 
garantindo a sustentabilidade do esporte (LNF, 2023). 
O crescimento do futsal no Brasil e no mundo é um testemunho do amor 
pelo esporte e do comprometimento de atletas, treinadores e entusiastas. 
Com o aumento da participação feminina, avanços tecnológicos e 
competições emocionantes, o futsal está pronto para um futuro ainda mais 
brilhante, mantendo sua posição como um dos esportes mais amados e 
respeitados em todo o mundo. 
O futsal e o profissional de Educação Física 
No futsal, o profissional de Educação Física desempenha várias funções 
fundamentais. Ele é responsável pelo planejamento e execução de 
programas de treinamento que visam desenvolver e potencializar as 
capacidades físicas relacionadas a modalidade como resistência, força, 
agilidade e velocidade dos jogadores. 
Como o futsal é uma modalidade caracterizada como intermitente e com 
troca de passe e tomada de decisão rápidas, a preparação física é 
essencial para que os atletas possam suportar as demandas do esporte e 
se destacar em quadra (RODRIGUES; NAKAMURA; RABELO, 2019). 
No aspecto emocional, o profissional de Educação Física desempenha um 
papel crucial na motivação dos atletas e no fortalecimento do espírito de 
equipe (DURÃES JUNIOR et al., 2023). 
Ele pode ajudar os jogadores a lidar com a pressão, ansiedade e a manter 
o foco durante as competições. Isso é especialmente importante em 
momentos decisivos, como campeonatos e torneios. 
Para os profissionais atuantes nas Educação Física escolar ou escolinhas 
esportivas, o futsal é uma das modalidades mais praticadas, sendo 
buscada pelos jovens com a motivação de aprender um novo esporte. 
Como destacado por Fernandes e Sales (2023), existe um grande 
interesse entre os alunos em praticar esportes na escola, assim o 
professor de Educação Física escolar precisa entender e otimizar este 
interesse e desenvolver aulas voltadas à motivação e ao desenvolvimento 
das habilidades esportivas de seus alunos. 
No contexto do futsal feminino, a atuação do profissional de Educação 
Física é ainda mais relevante. As diferenças fisiológicas e psicológicas 
entre homens e mulheres requerem abordagens específicas no 
treinamento. 
O profissional deve adaptar os programas de treinamento de acordo com 
as necessidades das jogadoras, levando em consideração aspectos como 
força muscular, flexibilidade e aspectos emocionais, como autoconfiança. 
No cenário internacional, os profissionais envolvidos com o futsal têm 
conquistado espaço em clubes estrangeiros. Sua expertise é valorizada 
em equipes de diversos países, no qual contribuem para o 
desenvolvimento do esporte a nível global. 
Podemos observar um aumento no número de jogadores brasileiros de 
futsal (ambos os sexos) que estão sendo naturalizados em outros países 
para poderem atuar nas competições internacionais como membros de 
delegações como a Itália, Espanha, Rússia, Paraguai, Japão, Estados 
Unidos e Portugal (FERNANDES; SALES, 2020). 
Assim, o profissional de Educação Física que se especializar na 
modalidade, também encontrará uma vaga para atuação no mercado 
internacional, levando consigo a experiência e o conhecimento adquiridos 
no Brasil, ajudando a elevar o nível técnico e tático das equipes 
estrangeiras. 
Por fim, um outro aspecto importante na atuação do profissional de 
Educação Física é a compreensão das regras do jogo, uma vez que essa 
expertise desempenha um papel crucial em sua capacidade de treinar 
atletas. 
O entendimento das regras permite uma abordagem mais completa para o 
desenvolvimento das habilidades dos jogadores e possibilita a atuação do 
profissional como árbitro, uma dimensão muitas vezes subestimada da 
profissão. O árbitro de futsal é responsável por garantir o cumprimento das 
regras, manter a ordem e garantir a segurança dos jogadores 
Portanto, o profissional de Educação Física desempenha um papel 
fundamental no futsal, tanto no âmbito nacional quanto internacional. Ele 
atua na preparação física, técnica e emocional dos atletas, desde o futsal 
escolar até o alto nível, promovendo o desenvolvimento do esporte e 
contribuindo para o sucesso das equipes. 
No futsal feminino, sua atuação é ainda mais relevante, promovendo a 
igualdade de gênero no esporte. Sua presença em clubes estrangeiros 
também demonstra o reconhecimento de sua competência e expertise, 
fortalecendo a presença do futsal brasileiro no cenário mundial. 
Video Resumo 
Olá, estudante. Agora que sabemos sobre o surgimento do futsal, seu 
crescimento e a atuação do profissional de Educação Física no futsal 
moderno, vamos assistir o resumo desse tópico através de uma vídeo 
aula. Iremos rever a história do futsal, passando pela vinda do futsal no 
Brasil, suas regras, o avanço da modalidade no país, o futsal no contexto 
escolar e como uma ferramenta inclusiva e finalizando pelas possibilidades 
de atuação do profissional de Educação Física dentro da modalidade. 
 
Saiba mais 
O Brasil é um celeiro de atletas de futsal e uma referência na parte de 
produção científica relacionada a modalidade. Uma dica legal é a Revista 
Brasileira de Futsal e Futebol. 
Nela você encontrará artigos importantes nos diferentes temas da 
modalidade, sendo a maioria dos estudos aplicáveis no dia a dia do 
profissional de Educação Física. Além disso, no site da Liga Nacional de 
Futsal você ficará por dentro das principais competições da modalidade. 
Aula 4 
A prática do futsal 
Olá, estudante! Nesta Aula, vamos aprofundar os alicerces do 
futsal, desde os fundamentos da modalidade até os sistemas 
táticos de jogo. 
http://www.rbff.com.br/index.php/rbff
http://www.rbff.com.br/index.php/rbff
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta Aula, vamos aprofundar os alicerces do futsal, 
desde os fundamentos da modalidade até os sistemas táticos de jogo. 
O futsal é uma modalidade esportiva dinâmica, com rápida tomada de 
decisão e com gols acontecendo em curtos períodos. 
Assim, exploraremos os conceitos fundamentais que tornam o jogo de 
futsal tão cativante. Vamos descrever as diferentes posições em quadra e 
entender as funções específicas de cada jogador. Descobriremos como 
essas peças se encaixam no quebra-cabeça tático do futsal. 
Também, entenderemos as combinações táticas ao longo da aula e 
descobrirá como o profissional de Educação Física precisa dessas 
informações na atuação desde escolinhas até a equipes profissionais. 
Vamos nessa! 
Os pilares do jogo de futsal: fundamentos, posições e sistemas 
Para compreender o jogo de futsal, torna-se necessário o conhecimento 
sobre os fundamentos, posições e funções dos jogadores, além dos 
sistemas táticos que moldam o desempenho das equipes. 
Fundamentos do futsal 
Corresponde as habilidades básicas da modalidade que todo o jogador 
precisa dominar para ter sucesso em quadra. Os fundamentos do futsal 
incluem ações de ataque e de defesa. As ações de ataque são aquelas 
executas com a posse da bola sendo essas: 
Passe: forma como os jogadores da mesma equipe se comunicam em 
quadra. Pode ser um passe curto para manter a posse da bola ou um 
passe longo para encontrar um companheiro de equipe em uma posição 
avançada. 
Drible: capacidade de controlar a bola com os pés, tocar a bola com 
precisão, mudar de direção rapidamente e proteger a bola dos adversários. 
Chute/finalização: golpear a bola com o pé de forma controlada e precisa 
com o objetivo de movê-la em direção ao gol adversário. 
Controle de bola/condução: capacidade de manipular a bola de acordo 
com as intenções do jogador. Isso inclui o domínio de passes, 
cruzamentos e lançamentos. 
As ações de defesa são aquelas executadas com o intuito de recuperar a 
posse de bola da equipe adversária, sendo essas: 
Marcação:acompanhar de perto um adversário, impedindo-o de receber a 
bola com espaço para jogar. Envolve pressão constante sobre o jogador 
adversário, dificultando suas ações e reduzindo as opções disponíveis. 
Desarme: ato de tirar a posse de bola do adversário de maneira legal e 
controlada. Isso pode ser feito ao interceptar um passe, roubar a bola dos 
pés do oponente ou desviar um chute (FREIRE, 2021; GARGANTA et al., 
2013). 
Posições e funções dos jogadores 
A equipe de futsal é composta por cinco jogadores, cada um 
desempenhando um papel específico em quadra (Figura 1). As posições e 
funções são: 
Goleiro: o guardião do gol, responsável por evitar os gols da equipe 
adversária. O único jogador que pode utilizar as mãos para bloquear um 
chute do jogador adversário. 
Goleiro linha: utilizado em situações específicas de jogo, onde o goleiro 
assume a função de jogador de linha quando sua equipe está com a posse 
de bola. Pode ser o próprio goleiro que passa a jogar como um jogador de 
linha ou um jogador de linha que substitui o goleiro. 
Fixo: jogador com força e firmeza nas tomadas de bola. Jogador 
comunicativo, que organiza a marcação e a saída de bola de sua equipe. 
Alas: jogadores com alta resistência e precisão no passe, pois 
deslocam-se entre a área de defesa e ataque. Os alas ocupam as laterais 
da quadra, sendo o ala direito e o ala esquerdo. 
Pivô: jogador de extrema velocidade, agilidade e força, no qual está 
envolvido em jogadas de explosão e divididas de bola. Jogador mais 
adiantado ou ofensivo da equipe, está em constante movimentação, 
procurando espaços na defesa adversária para receber a bola. 
(BICALHO et al., 2007; BELLO, 1998). 
Figura 1 | Quadra de futsal e as posições dos jogadores 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
Sistemas táticos 
A disposição dos jogadores em quadra e suas ações estão ligados aos 
sistemas táticos de jogo, ou seja, estratégias específicas para potencializar 
o desempenho da equipe tanto na parte da defensa quanto no ataque. 
Cada sistema apresenta características distintas, na qual veremos 
detalhadamente a seguir. 
Aprendendo o complexo sistema do jogo de futsal 
As movimentações do futsal possuem um formato organizado e seguem 
um ou mais sistema de jogo durante a partida, de acordo com o comando 
do técnico, a fim de dificultar o desarme da equipe adversária (AMARAL; 
GARGANTA, 2005). Os sistemas de jogo mais comuns encontrados no 
futsal são: 
Sistema 2x2: o mais simples dos sistemas, no qual dois jogadores estão 
posicionados na defesa e dois jogadores no ataque. Utilizado nas 
categorias de iniciantes e por equipes com os fundamentos técnicos 
limitados. 
Sistema 2x1x1: simples e de fácil aprendizagem, dois jogadores se 
posicionam na defesa (ala), um jogador no meio da quadra e um jogador 
(pivô) perto da área adversária. Esse sistema é bastante utilizado pelas 
equipes em situações de saídas de bola no tiro de meta. 
Sistema 3x1: característica mais defensiva, no qual um jogador se 
posiciona na frente da área defensiva, dois jogadores abertos na defesa 
(alas) que auxiliam tanto na defesa quanto no ataque, e um jogador mais 
adiantado para o ataque (pivô). 
Sistema 1x3: característica mais ofensiva, em que um jogador se posiciona 
fixo na defesa e três jogadores se posicionam no ataque. Mesmo sendo 
considerado perigoso, esse sistema pode ser uma boa opção para equipes 
com alto nível técnico. 
Sistema 4x0: quatro jogadores posicionados na área de defesa da quadra 
de jogo. Formação considerada moderna, com constante movimentação 
alternando o posicionamento dos jogadores, dificultando a marcação 
adversária. Utilizado por equipes de alto nível técnico. 
Sistema 0x4: quatro jogadores posicionados na área de ataque da quadra. 
Utilizado como opção nos momentos finais do jogo, quando uma equipe se 
encontrar em desvantagem no placar (FREITAS et al., 2008; BALZANO et 
al., 2012) (Figura 2). 
De acordo com estudo prévio, os sistemas de jogo mais utilizados por 
equipes com alto nível técnico, são os sistemas 3x1 e 4x0. Esses sistemas 
proporcionam grandes movimentações entre os jogadores permitindo que 
estes não tenham um posicionamento fixo, confundindo a equipe 
adversária (KUMAHARA et al., 2009). 
Figura 2 | Sistemas de jogo do futsal. 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
Na condição defensiva, quando a equipe se encontra sem a posse da bola, 
a marcação por zona se torna uma opção. 
Essa marcação é utilizada por equipes com menor condicionamento físico, 
e com menor qualidade técnica, pois cada jogador protege sua uma zona 
na quadra. A vantagem é o rápido contra-ataque. A desvantagem é 
quando os jogadores da equipe adversária apresentam bom nível técnico 
na finalização. 
Os tipos de marcação por zona mais comum são a formação em losango, 
quadrado e funil (BALZANO et al., 2012), como apresentado na Figura 3. 
Figura 3 | Marcação por zona 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
Assim, o posicionamento dos jogadores e os sistemas táticos no futsal são 
elementos cruciais para o desempenho de uma equipe. 
O treinador desempenha um papel central na definição desses aspectos, 
mas a execução adequada requer compreensão, flexibilidade e 
comunicação por parte dos jogadores. 
Desse modo, o futsal moderno exige uma adaptação constante, e as 
equipes que dominam o posicionamento e os sistemas táticos têm maior 
probabilidade de alcançar o sucesso em quadra. 
O papel do profissional de Educação Física no ensino do futsal 
A capacitação de profissionais de Educação Física especializados na 
preparação dos jogadores de futsal é crucial para a compreensão e 
aperfeiçoamento das habilidades desses atletas. 
Um elemento de fundamental importância nesse processo formativo 
envolve o domínio e a aplicação dos conceitos fundamentais e das 
posições dos jogadores de futsal, além do ensino dos sistemas táticos 
associados a eles. O papel do profissional de Educação Física é capacitar 
seus atletas, desde jovens até adultos, a dominar a tríade do saber, saber 
fazer e saber estar (GARGANTA et al., 2013). 
O profissional de Educação Física não apenas deve possuir um domínio 
sólido dessas habilidades, mas também deve ser capaz de transmiti-las de 
maneira clara e eficiente aos jogadores. 
A retroalimentação construtiva (feedback construtivo) desempenha um 
papel essencial na correção de erros e no aprimoramento contínuo das 
habilidades dos jogadores em formação (TANI; CORREA, 2016). 
Além de ensinar as posições, o profissional deve instruir sobre as 
estratégias de jogo, abrangendo aspectos defensivos, ofensivos e a 
dinâmica do trabalho em equipe. Isso inclui o ensino de sistemas táticos 
que envolvem estratégias de ataque, defesa, transição e jogadas 
ensaiadas no futsal. 
O profissional deve abordar esses sistemas de forma gradual, começando 
pelos conceitos básicos e progredindo para táticas mais avançadas. Para 
tornar o processo mais didático, Silva et al. (2013) condensou o 
comportamento técnico-tático dos jogadores durante o jogo em condições 
com a bola, sem a bola (equipe com a posse) e sem a bola quando equipe 
está sem a posse (Figura 4). 
Figura 4 | Princípios de ataque e defesa no futsal 
 
Fonte: Silva et al. (2013, p. 80). 
O técnico, que na maioria das vezes apresenta formação em Educação 
Física, é uma peça-chave nesse processo, pois não apenas deve 
compreender as diferentes opções táticas disponíveis, mas também treinar 
sua equipe para executá-las de forma eficaz. 
Além disso, a capacidade do treinador de aplicar os sistemas táticos no 
momento certo durante o jogo é igualmente vital. Isso requer uma leitura 
precisa da situação em quadra, adaptando-se às circunstâncias em 
constante mudança. Um sistema tático bem escolhido e aplicado no 
momento certo pode ser a diferença entre a vitória e a derrota. 
Atualmente, com o avanço da tecnologia, o surgimento de programas de 
análise de desempenho tem sido utilizados na rotina de equipes de alto 
nível com o objetivo de estudar tanto seus atletas quanto seus adversários,afim de explorar os pontos fortes e as fraquezas da equipe adversária. 
Através de estatísticas preditivas, o técnico é capaz de construir um 
sistema de jogo que melhor beneficiará a sua equipe (KUMAHARA et al., 
2009; ALVES et al.,2021). 
Assim, destacamos o surgimento de mais uma profissão dentro da 
comissão técnica do futsal, aumentando dessa maneira a possibilidade de 
atuação do profissional de Educação Física no mercado de trabalho. 
Video Resumo 
Aula 1 
Dimensões históricas do basquete 
Olá, estudante! Nesta Aula, veremos sobre a origem do 
basquete, sua chegada ao Brasil e as regras fundamentais desse 
esporte empolgante. 
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta Aula, veremos sobre a origem do basquete, sua 
chegada ao Brasil e as regras fundamentais desse esporte empolgante. 
O basquete é uma parte importante da história do esporte, desse modo, 
compreender suas raízes nos ajudará a apreciar ainda mais os jogos 
emocionantes que assistimos hoje. 
Nesta Aula exploraremos como o basquete foi concebido nos Estados 
Unidos por James Naismith, como se espalhou pelo mundo e, mais 
especificamente, como chegou ao Brasil. Além disso, descobriremos as 
regras do jogo, desde a altura da cesta até as técnicas de driblagem e 
passes. 
A Aula promete ser informativa, trazendo elementos que se integram na 
rotina do profissional de Educação Física. Prepare-se para mergulhar no 
mundo do basquete! 
A origem do basquete e sua evolução 
O basquetebol, ou basquete, é um dos esportes mais populares e 
emocionantes do mundo, cativando corações de pessoas em todos os 
cantos do globo. A sua história remonta ao final do século XIX, nos 
Estados Unidos, quando o James Naismith, um professor de educação 
física canadense, teve uma ideia revolucionária durante um inverno 
rigoroso em 1891. 
Na YMCA (Associação Cristã de Moços) de Springfield, Massachusetts, 
ele decidiu criar um jogo para manter seus alunos ativos. O professor 
Naismith pendurou uma cesta de pêssegos a uma altura de 3,05 metros e 
dividiu seus alunos em duas equipes, cada uma composta por nove 
jogadores. O objetivo do jogo era desafiador, porém simples: arremessar 
uma bola em direção à cesta da equipe adversária (NAISMITH, 1996; 
CBB, 2023). 
O sucesso imediato do basquetebol na YMCA de Springfield não passou 
despercebido. Logo, o esporte começou a se espalhar rapidamente por 
outras instituições de ensino nos Estados Unidos. 
Em 1893, as primeiras regras oficiais foram estabelecidas, incluindo uma 
redução no número de jogadores por equipe para cinco, o que tornou o 
jogo mais dinâmico e emocionante. As primeiras partidas intercolegiais 
ocorreram em 1896, marcando o início do reconhecimento nacional do 
basquetebol como um esporte popular (NAISMITH, 1996; CBB, 2023). 
A história do basquetebol no Brasil tem profundas raízes nas primeiras 
décadas do século XX, e dois nomes merecem destaque por seu papel 
importante na introdução do esporte no país: Augusto Shaw e Bertram 
Louis. 
O primeiro jogo registrado de basquete no Brasil teve lugar em 1896 na 
cidade de São Paulo, no Ginásio Internacional, quando alunos do 
tradicional Colégio Makenzie enfrentaram estudantes americanos. Esse 
embate histórico marcou o início da trajetória do basquete em terras 
brasileiras. 
O entusiasmo pelo esporte cresceu lentamente, mas, com o tempo, o 
basquetebol se consolidou como uma parte significativa da cultura 
esportiva brasileira, conquistando um número crescente de adeptos e se 
estabelecendo como uma das modalidades mais praticadas no país 
(OLIVEIRA, 2012; CBB, 2023). 
As regras do basquete evoluíram consideravelmente ao longo dos anos. O 
jogo original criado pelo professor Naismith contava com nove jogadores 
em cada equipe e não permitia o drible, o que o tornava menos dinâmico 
em comparação com o basquete moderno. À medida que o esporte 
ganhava popularidade, as regras foram continuamente ajustadas para 
refletir a essência do jogo. 
Em 1936, o basquetebol conquistou uma posição de destaque ao ser 
incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim, consolidando ainda mais a sua 
posição como um esporte globalmente reconhecido (ROSE JUNIOR, 
2005). 
Hoje, o basquete é apreciado por milhões de pessoas em todo o mundo, 
mantendo-se fiel às suas raízes históricas e às regras fundamentais que o 
tornaram tão popular. Sua história é uma narrativa cativante de inovação, 
adaptação e paixão pelo esporte, e a sua popularidade continua a crescer, 
encantando e inspirando pessoas de todas as idades. 
É uma manifestação viva da capacidade do esporte de transcender 
barreiras culturais e geográficas, unindo pessoas em torno de uma paixão 
compartilhada. 
O crescimento do basquete no mundo: das ruas as ligas 
profissionais 
Depois da popularidade do jogo de basquete, as primeiras ligas 
profissionais surgiram no início do século XX, com destaque para a NBA 
(National Basketball Association – Associacao Nacional de Basquete), 
fundada em 1946 (NBA, 2023). 
A NBA se tornou a liga de basquete mais prestigiada do mundo, contando 
com estrelas como Michael Jordan, LeBron James e Kobe Bryant, atraindo 
fãs de todo o planeta. O sucesso do basquete não se restringe apenas aos 
Estados Unidos. Ligas profissionais em todo o mundo ganharam destaque, 
como a Liga ACB na Espanha, a EuroLeague na Europa e a Liga Nacional 
de Basquete (LNB) no Brasil (LBN, 2023). 
A EuroLeague, em particular, é conhecida por atrair talentos internacionais, 
proporcionando um alto nível de competição (EUROLEAGUE, 2023). 
Entretanto, a essência do basquete ainda está nas ruas, onde o basquete 
de rua, ou streetball se desenvolve. Esse jogo informal, jogado em quadras 
ao ar livre, promovem o aumento de habilidades esportivas em jovens. 
Além disso, o streetball deu origem ao basquete 3x3, um formato mais 
rápido da modalidade, reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional e 
incluído nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2010. O basquete 3x3 é 
popular por oferecer uma experiência de jogo dinâmica e emocionante 
(FIBA, 2023). 
Figura 1 | Basquete 3x3 
 
Fonte: Olympics (2021). 
No Brasil, o basquete ganhou um lugar especial, apesar do domínio da 
modalidade de futebol e futsal. O país possui uma história rica no esporte, 
com conquistas notáveis, incluindo dois títulos mundiais (1959 e 1963) e 
uma medalha de ouro olímpica em 1963 (CBB, 2023). 
O surgimento do Novo Basquete Brasil (NBB) em 2008 impulsionou o 
esporte, atraindo talentos nacionais e internacionais (LBN,2023). Além 
disso, o Brasil conta com o evento anual “Jogo das Estrelas” que reúne os 
melhores jogadores da Liga Nacional de Basquete (NBB) em um 
espetáculo esportivo de alto nível. 
Realizado desde 2010, o jogo atrai fãs de todo o país e apresenta 
habilidades excepcionais, como enterradas espetaculares e tiros de longa 
distância, proporcionando uma experiência emocionante para os amantes 
do basquete brasileiro (LBN, 2023). 
O basquete feminino no Brasil possui uma história rica, destacando-se por 
diversas conquistas. Nas Olimpíadas de Atlanta em 1996, a equipe 
brasileira, liderada por jogadoras como Hortência e Paula, conquistou a 
medalha de prata, marcando um momento histórico para o esporte no 
país. 
Além disso, a seleção brasileira de basquete feminino também se 
destacou ao conquistar o Campeonato Mundial em 1994. Esses marcos 
representam o impacto e o prestígio do basquete feminino no Brasil, 
inspirando gerações de jovens atletas e celebrando a notável história do 
esporte no país (CBB, 2023). 
As regras do basquete evoluíram ao longo do tempo, mas a essência do 
jogo permanece a mesma: marcar cestas enquanto se defende o aro 
adversário. A tecnologia desempenha um papel crescente, com câmeras 
de alta velocidade e análise estatística aprimorando o desempenho dos 
jogadores e a tática do jogo. A revisão de lances com auxílio de replay 
(repetição) se tornou comum para garantir decisões justas em momentos 
cruciais. 
Desse modo, o basquete experimentou um crescimento notável das ruas 
às ligas profissionais,consolidando-se como um dos esportes mais 
populares globalmente. Com o formato do basquete 3x3, a expansão das 
ligas profissionais e a influência da tecnologia, o basquete é uma 
modalidade promissora pois continua cativando fãs de todas as idades e 
origens ao redor do mundo. 
O profissional de educação física e o ensino do basquete 
Compreender a origem do basquete é fundamental para o profissional de 
Educação Física que deseja atuar nessa modalidade, seja como professor 
ou treinador. 
Para ensinar e treinar alunos e atletas no basquete, torna-se essencial 
conhecer a história do esporte e compreender essa origem, assim como 
vimos até agora. Ensinar aos alunos essa base histórica não apenas 
aumenta sua apreciação pelo esporte, mas também reforça os valores de 
fair play (jogo justo) e trabalho em equipe. 
No Brasil, o profissional de Educação Física desempenha um papel crucial 
na promoção e desenvolvimento do basquete. Pode atuar em diversas 
áreas como escolas, clubes, academias e projetos sociais, ensinando 
fundamentos do jogo, como dribles, passes, arremessos e defesa. 
Também trabalhando nas habilidades individuais e na compreensão tática 
do jogo. 
Adicionalmente, compreender as nuances das regras é imperativo para 
ensinar de maneira eficaz e, até mesmo, para assumir a função de árbitro. 
Algumas das regras essenciais incluem: 
Dimensões da quadra: a quadra é retangular, com dimensões precisas que 
são rigorosamente regulamentadas. A medida da quadra é de 28 metros 
de comprimento e 15 metros de largura. O aro está situado a 3,05 metros 
de altura acima do chão. 
Posse de bola: as equipes competem para ganhar a posse da bola por 
meio de arremessos ou roubos de bola, com a posse alternando entre as 
equipes após cestas ou violações. 
Violações de drible: driblar com ambas as mãos ao mesmo tempo é uma 
violação conhecida como "carregar". Após parar de driblar e segurar a 
bola, o jogador deve começar a driblar novamente ou passar a bola dentro 
de um período determinado (geralmente cinco segundos). Caso contrário, 
é considerada uma violação de "andar". 
Arremessos: os jogadores têm a opção de escolher entre três tipos 
principais de arremessos: o arremesso de dois pontos, feito de perto da 
cesta e valendo dois pontos; o arremesso de três pontos, executado de 
fora da linha de três pontos e valendo três pontos; e o arremesso de um 
ponto, que ocorre na linha de lance livre após uma falta e vale um ponto. A 
escolha do tipo de arremesso depende da situação de jogo, da distância 
em relação à cesta e da estratégia da equipe. 
Faltas: são penalidades aplicadas a jogadores que infringem as regras, 
resultando em lances livres ou posse de bola alternada. 
Tempo de jogo: cada partida é composta por quatro quartos, com duração 
de 10 minutos cada, marcados pelo relógio que só avança quando a bola 
está em jogo. O árbitro pausa o tempo imediatamente quando interrompe o 
jogo. 
Após o primeiro e o terceiro quarto, há intervalos de 2 minutos, enquanto o 
intervalo de 15 minutos ocorre no final do segundo quarto, que encerra a 
primeira metade do jogo. Em caso de empate no final da partida, 
prorrogações de 5 minutos são realizadas até que um desempate seja 
determinado. 
Assim, o papel do profissional de Educação Física no basquete é de 
extrema importância no Brasil. Conhecendo a origem do esporte, 
promovendo sua prática e desenvolvendo jogadores, esses profissionais 
contribuem significativamente para a expansão e o aprimoramento do 
basquete no país. 
Além disso, o domínio das regras do jogo é essencial para o ensino e 
arbitragem, garantindo partidas justas e preparando os atletas para o 
sucesso. 
Video Resumo 
Olá, estudante! Neste vídeo resumo, veremos um pouco mais sobre a 
origem do basquete e a atuação do profissional de Educação Física nessa 
modalidade. 
Iremos rever a história do basquete, passando pela vinda da modalidade 
ao Brasil e suas principais regras. 
 
Saiba mais 
A história do basquete é contada não só nos livros, mas em museus e 
documentários. Você pode explorar a história e museus interativos no 
website da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). 
Veja o e-museu, um arquivo interativo sobre a história e os principais 
eventos do basquete brasileiro. 
Aula 2 
Práticas do basquete 
Olá, estudante! Nesta Aula, mergulharemos de cabeça no 
fascinante mundo do basquete, explorando desde seus alicerces 
mais sólidos até os complexos sistemas táticos de jogo que o 
tornam uma modalidade esportiva verdadeiramente cativante. 
 
introdução 
Olá, estudante! Nesta Aula, mergulharemos de cabeça no fascinante 
mundo do basquete, explorando desde seus alicerces mais sólidos até os 
https://www.cbb.com.br/emuseu
complexos sistemas táticos de jogo que o tornam uma modalidade 
esportiva verdadeiramente cativante. 
Desvendaremos os segredos por trás do basquete – um esporte dinâmico 
e repleto de ação, com decisões rápidas e cestas espetaculares 
acontecendo em questão de segundos. 
Veremos os conceitos fundamentais do basquete, as diferentes posições 
dos jogadores em quadra e as funções específicas de cada um. Ao final, 
compreenderemos como todas essas peças se encaixam no intrincado 
quebra-cabeça tático do basquete, formando uma estratégia de jogo 
vencedora. 
Exploraremos, também, as combinações táticas que tornam o basquete 
ainda mais empolgante, de modo a saber como um profissional de 
Educação Física utiliza essas informações, desde treinando os mais 
jovens nas escolinhas até preparando equipes para competições 
profissionais. 
Vamos lá? 
Basquete: fundamentos, posições e sistemas 
O basquete é jogado numa quadra com dimensões específicas, medindo 
28 x 15 metros. Além disso, a cesta está localizada a uma altura de 3,05 
metros acima do chão. O jogo é dividido em quatro períodos, geralmente 
com duração de 10 minutos cada. 
Entre o primeiro e o segundo período, e entre o terceiro e o quarto há um 
intervalo de 2 minutos. No meio do jogo, no entanto, ocorre um intervalo 
mais longo, geralmente de 15 minutos, que é um momento importante para 
o descanso e a estratégia (CBB, 2023). 
Fundamentos do basquete 
Os fundamentos são os pilares sobre os quais o jogo de basquete é 
construído. Estes incluem: 
Drible: habilidade de controlar a bola enquanto se movimenta pelo campo. 
Driblar adequadamente exige destreza e coordenação para evitar perder a 
bola para a equipe adversária. 
Passe: ato de passar a bola entre os colegas de equipe, permitindo a 
fluidez do jogo. Existem vários tipos de passes, incluindo o passe de peito, 
o passe de ombro e o passe picado, que devem ser usados de acordo com 
a situação. 
Arremesso: capacidade de marcar cestas na equipe adversaria. Isso 
envolve uma variedade de técnicas, incluindo o arremesso em suspensão, 
o arremesso de gancho e o arremesso de três pontos. 
Rebotes: recuperar a bola que volta da cesta durante o arremesso. Tanto 
os rebotes ofensivos quanto os defensivos são importantes para o sucesso 
da equipe. 
Defesa: inclui ações de marcação apertada, o bloqueio de arremessos e a 
interceptação de passes. A comunicação entre os jogadores é vital para 
uma defesa coesa (CBB, 2023; MAES at al., 2004). 
Posições e funções dos jogadores no basquete 
A equipe de basquete é composta por cinco jogadores, cada um 
desempenhando um papel específico em quadra (Figura 1). As posições e 
funções são: 
Armador: é o condutor da equipe, responsável por distribuir passes, criar 
jogadas e tomar decisões táticas. Frequentemente são os jogadores mais 
baixos em altura, mas com excelente habilidade de driblar. 
Laterais ou alas: jogadores com boa técnica de arremesso de meia 
distância. Deve ter boa noção de rebote para auxiliar os pivôs. Pode ser 
separado em: ala-armador, ala e ala-pivô: 
Ala-armador: geralmente um dos principais arremessadores da equipe e 
deve ser ágil para pontuar de média e longa distância. 
Ala: jogador versátil, contribuindo tanto na defesa quanto no ataque. 
Frequentemente jogadores de média estaturaque podem marcar cestas e 
defender eficazmente. 
Ala-pivô: combinação de força física e habilidades técnicas. Geralmente 
jogam perto do aro, contribuindo com rebotes e pontos no garrafão. 
Pivô: tipicamente o jogador mais alto da equipe e é responsável por 
bloquear arremessos, pegar rebotes e marcar pontos próximos à cesta 
(CBB, 2023; ROSE JUNIOR et al., 2004; NBA, 2023). 
Figura 1 | Posições dos jogadores de basquete 
 
Fonte: elaborada pela autora. 
Sistemas táticos 
Os sistemas de jogo são estratégias táticas que as equipes utilizam para 
maximizar seu desempenho. Eles incluem o Fast Break (parada rápida) 
focando na velocidade na transição da defesa para o ataque; o Half-court 
Offense, (ataque meia-quadra) que prioriza jogadas estruturadas; a 
Pressão Defensiva, buscando forçar erros na equipe adversária; o Pick 
and Roll (bloqueio e continuação) jogada comum com dois jogadores, e a 
Defesa em Zona, que marca áreas específicas em vez de adversários 
individuais, visando criar vantagens táticas. 
Cada sistema apresenta características distintas, na qual veremos 
detalhadamente a seguir. 
Sistemas táticos no basquete: estratégias de sucesso 
As posições e fundamentos são as ferramentas que os jogadores utilizam 
para executar as estratégias táticas de jogo de maneira eficaz. A estratégia 
tática diz respeito ao uso de recursos para resolver situações específicas 
dentro da equipe. Isso abrange sistemas de jogo tanto voltados para a 
defesa quanto para o ataque, bem como ações coletivas e individuais 
(OLIVEIRA, 2012; PENHA et al., 2014). 
Sistemas de defesa 
Os sistemas defensivos ajudam as equipes a limitar as oportunidades de 
pontuação do adversário. Do simples ao complexo, os sistemas podem ser 
descritos como: marcação individual, defesa p, e r zona, pressão, mista e 
combinada. 
Individual: cada jogador defensivo é responsável por marcar um jogador 
adversário específico, mantendo-o sob controle e bloqueando seus 
arremessos. 
Zona: marcação por áreas, bem como os deslocamentos dos defensores 
nas mesmas, seguindo a movimentação da bola. São exemplos de 
marcação 3x2 quando a equipe defensiva é “eficiente nos rebotes”, com 
bons e altos pivôs; 2x1x2 utilizada quando a equipe ofensora possui 
deficiências nos arremessos de média e longa distâncias e outras como 
1x3x1, 2x2x1 (Figura 2). 
Pressão: agressividade e superioridade numérica em relação ao ataque 
adversário. Geralmente aplicada nos momentos finais do jogo, a fim de 
aumentar a diferença de pontos. Pode ser pressão individual ou por zona. 
A pressão em toda a quadra é um exemplo. Nesse sistema, a defesa 
pressiona o time adversário em todo o campo, dificultando a progressão da 
bola. 
Mista: utilização de dois sistemas simultaneamente, numa mesma ação 
ofensiva da equipe adversária. Um defensor pode marcar individualmente 
um adversário enquanto os outros executam uma defesa por zona. Defesa 
diamante, defesa Box-one (formação em caixa-um), Box-two (formação em 
caixa-dois) ou triângulo são exemplos de defesa mista (Figura 2). 
Combinada: apresenta dois ou mais sistemas defensivos em situações 
diferentes. Utilizado por equipes avançadas e com grande entrosamento 
entre os jogadores. 
Figura 2 | Sistema por zona e sistema misto 
 
Fonte: Adaptado de Penha et al. (2014). 
Sistemas de ataque 
Podem ser divididos em duas categorias distintas: ataque posicionado e 
contra-ataque, cada um com suas estratégias específicas 
Posicionado: ocorre quando a defesa está estabelecida na sua quadra 
defensiva requisitando dos atacantes um posicionamento definido. Por 
exemplo, a famosa jogada "Pick and Roll" envolvendo dois jogadores: um 
define o bloqueio (pick) para o jogador com a bola continuar (roll) em 
direção à cesta. Isso frequentemente cria desequilíbrios na defesa e 
oportunidades de arremessos de curta distância. 
Existem muitas jogadas, chamadas de sistemas, que se referem a 
variantes de jogadas bem ensaiadas no qual cada atacante tem um certo 
caminho. Elas são bastante complexas e têm que ser ensaiadas e 
praticadas com bastante antecedência. 
Contra-ataque: é uma ação de velocidade que oportuniza a criação de 
situações de superioridade numérica do ataque. A transição rápida é um 
sistema acelerado, no qual a equipe busca marcar pontos rapidamente, 
antes que a defesa adversária tenha tempo de se reorganizar. Nesse 
cenário, a velocidade e a eficiência são essenciais, enquanto os jogadores 
exploram brechas na defesa em situações de vantagem numérica. 
A escolha do sistema de ataque depende da equipe, do elenco de 
jogadores e da situação de jogo, e a habilidade de executar com precisão 
as jogadas é crucial para o sucesso ofensivo no basquete (CARVALHO, 
2001; PENHA et al., 2014). 
A importância do profissional de educação física no 
conhecimento da prática do basquete 
O basquete é um esporte globalmente disseminado, apreciado por sua 
incrível dinâmica, destrezas técnicas apuradas e complexas estratégias. O 
treinamento eficaz e a prática bem-sucedida desse esporte dependem, em 
grande parte, do profundo entendimento dos seus pilares fundamentais, 
das distintas posições em quadra e dos sistemas táticos que o regem. 
Fundamentos do Basquete 
Possuir um domínio abrangente dos fundamentos do basquete é de 
importância crítica para qualquer profissional de Educação Física que 
deseje se destacar como treinador. Esse conhecimento se traduz na 
habilidade de ensinar aos jogadores a execução precisa do drible, passes 
milimetricamente acertados, arremessos que resultam em pontos e 
técnicas defensivas sólidas. Por exemplo, um treinador que compreende a 
mecânica do arremesso está apto a identificar minúcias que escapam a 
olhares inexperientes e, assim, aperfeiçoar a eficácia do jogador. 
Posições e Funções dos Jogadores 
Compreender a natureza das distintas posições e as funções 
desempenhadas por cada jogador é essencial para que um treinador 
possa criar estratégias de equipe eficazes. As posições tradicionais no 
basquete são o armador, a ala e o pivô. Ao entender as responsabilidades 
específicas de um armador, por exemplo, um treinador pode instruí-lo a 
liderar o ataque e a distribuir a bola com eficácia. 
Sistemas do Basquete 
Os sistemas de jogo representam a espinha dorsal das táticas 
empregadas no basquete, e um treinador que assimila a fundo esses 
sistemas têm uma vantagem estratégica indiscutível. Os sistemas de 
defesa e de ataque devem ser conhecidos pelo profissional. 
Considere o sistema bloqueio (pick) continuação (roll), por exemplo. Um 
treinador bem-informado sobre esse sistema pode conceber jogadas que 
exploram essa tática, aumentando consideravelmente as probabilidades 
de conquistar pontos. Ademais, durante o decorrer de uma partida, o 
conhecimento dos sistemas possibilita que o treinador realize ajustes 
táticos em tempo real, como transições fluidas entre jogadas ofensivas e 
defensivas, maximizando o potencial da equipe. 
Desenvolvimento dos jogadores 
O entendimento profundo dos fundamentos, posições e sistemas do 
basquete é vital para o desenvolvimento individual dos jogadores. Um 
treinador pode desenvolver planos de treinamento altamente 
personalizados que atendam às necessidades específicas de cada atleta. 
Por exemplo, se um jogador enfrenta dificuldades com o drible, o treinador 
pode implementar exercícios meticulosamente direcionados para aprimorar 
essa habilidade. 
Qualidade do ensino esportivo 
Um treinador dotado de um vasto conhecimento sobre todos os aspectos 
do basquete é capaz de oferecer orientações claras e detalhadas aos 
jogadores. Esse tipo de instrução promove um ambiente de aprendizado 
altamente eficaz, onde os atletas compreendem o porquê de cada 
exercício e estratégia. 
Como resultado, eles se envolvem ativamente nos treinamentos e 
absorvem plenamente o conhecimento transmitido pelo treinador. Isso cria 
uma atmosfera esportiva positiva e produtiva, na qual os jogadores se 
sentem motivados a aperfeiçoar constantemente suas habilidades.

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