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ROTEIRO DA APA PARA O ALUNO DISCIPLINA: AVALIAÇÃO EM INTEGRAÇÃO SENSORIAL E AUTISMO Professor(a) Manoela Costa 2 ROTEIRO DA APA PARA O DISCENTE AVALIAÇÃO EM INTEGRAÇÃO SENSORIAL E AUTISMO 01. Todos os campos do Formulário Padrão deverão ser devidamente preenchidos. 02. Esta é uma atividade individual. Caso seja identificado plágio, inclusive de colegas, a atividade será zerada. 03. Cópias de terceiros, como livros e internet, sem citar a fonte, caracterizam-se como plágio, sendo o trabalho zerado. 04. Ao utilizar autores para fundamentar seu Projeto Integrador, os mesmos devem ser referenciados conforme as normas da ABNT. 05. Ao realizar sua atividade, renomeie o arquivo, salve em seu computador, anexe no campo indicado, clique em responder e finalize a atividade. 06. Procure argumentar de forma clara e objetiva, de acordo com o conteúdo da disciplina. 07. Formatação exigida: documento Word, Fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12. ORIENTAÇÕES GERAIS 3 POR QUE PRECISO APRENDER ISSO ? Objetivo Geral Capacitar os alunos para realizar uma avaliação prática de integração sensorial em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), identificando padrões sensoriais específicos e compreendendo como estes impactam o desempenho ocupacional, além de propor estratégias terapêuticas baseadas na análise. Objetivos Específicos – Compreender os conceitos básicos de integração sensorial e suas disfunções. – Identificar os sinais de hipersensibilidade, hiporresponsividade e busca sensorial em crianças com TEA. – Aplicar instrumentos de avaliação padrão, como o Perfil Sensorial (Sensory Profile), para mapear padrões sensoriais. – Desenvolver raciocínio clínico para propor estratégias de intervenção baseadas nos achados. – Simular práticas terapêuticas que promovam organização sensorial, com foco nos sistemas vestibular, tátil e proprioceptivo. A avaliação adequada de integração sensorial é crucial para desenvolver intervenções eficazes que melhoram a qualidade de vida das crianças com autismo, ajudando-as a lidar com suas dificuldades sensoriais e a melhorar suas habilidades de interação social e funcional. O projeto integrador em avaliação de integração sensorial em autismo apresenta uma relevância significativa para a formação profissional dos alunos, especialmente no contexto de áreas como educação, saúde e terapias ocupacionais. Essa atividade proporciona uma experiência prática e interdisciplinar, permitindo que os estudantes compreendam, na prática, os desafios e as necessidades específicas das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de desenvolverem competências fundamentais para sua futura atuação profissional. Um dos pontos mais importantes desse projeto é a oportunidade de os alunos aplicarem os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula em situações reais ou simuladas. Ao lidar com a questão da integração sensorial, os estudantes têm a chance de compreender como as dificuldades sensoriais afetam o comportamento, a aprendizagem e a interação social de pessoas com autismo. Isso contribui para a formação de profissionais mais sensíveis, empáticos e capacitados para identificar e propor intervenções adequadas em diferentes contextos. Além disso, o projeto estimula o desenvolvimento de habilidades como trabalho em equipe, pensamento crítico e resolução de problemas, indispensáveis no mercado de trabalho. A análise de casos práticos e a elaboração de estratégias de intervenção tornam o aprendizado mais dinâmico e significativo, aproximando os alunos da realidade profissional que enfrentarão. Também é importante destacar que a abordagem interdisciplinar do projeto permite que os estudantes colaborem com colegas de outras áreas, promovendo uma visão mais abrangente e integrada sobre os desafios enfrentados pelas pessoas com TEA. 4 Por fim, essa atividade reforça a importância de uma formação ética e humanizada, preparando os futuros profissionais para atuarem com responsabilidade e respeito às individualidades de cada paciente ou aluno. Assim, o projeto integrador em avaliação de integração sensorial em autismo não apenas enriquece a formação acadêmica, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva e acolhedora. AMBIENTE NA PRÁTICA Caro aluno (a), sua prática terá as seguintes etapas: 1. Avaliação do Perfil Sensorial (Simulação): Cada grupo de alunos receberá uma ficha fictícia de um caso clínico envolvendo uma criança com TEA. Com base nos dados fornecidos, deverão: – Analisar as informações do Perfil Sensorial da criança como contendo no caso. – Identificar os padrões sensoriais predominantes (hipersensibilidade, hiporresponsividade ou alteração de práxis). – Discutir como esses padrões afetam o desempenho ocupacional da criança em atividades específicas, como brincar, alimentar-se ou interagir socialmente. 2. Estimulação Sensorial no Laboratório: Fonte: FREEPIK. s/d. Disponível em: https://www.freepik.com/free-vector/kids-climbing-wall-playing-recreation-area_6362772. htm#fromView=search&page=3&position=26&uuid=127925d1-7f9e-410d-b697-d3c4c71ac148. Acesso em: 18 jan. 2025. Os alunos deverão elaborar uma intervenção prática para organizar a criança sensorialmente, utilizando recursos disponíveis no laboratório: – Organização Vestibular: atividades com foco em movimento angular e linear e em estabilizar o controle motor ocular. – Estimulação Tátil: texturas para exploração e atividades com pincéis, tecidos ou massinhas, visando melhorar o esquema corporal e a discriminação tátil. – Estimulação Proprioceptiva: uso de pesos, compressões articulares e exercícios de força, como empurrar ou puxar objetos, para aprimorar a consciência corporal e habilidades motoras. Obs.: Caro aluno (a), no caso de atividades práticas em ambientes profissionais, você deve verificar o calendário destas atividades com o seu polo de apoio presencial UniFatecie. Caso haja dúvidas, ou não possua polo, entre em contato com seu tutor. https://www.freepik.com/free-vector/kids-climbing-wall-playing-recreation-area_6362772.htm#fromView=search&page=3&position=26&uuid=127925d1-7f9e-410d-b697-d3c4c71ac148 https://www.freepik.com/free-vector/kids-climbing-wall-playing-recreation-area_6362772.htm#fromView=search&page=3&position=26&uuid=127925d1-7f9e-410d-b697-d3c4c71ac148 5 EMBASAMENTO TEÓRICO Nesta atividade prática, os alunos serão introduzidos à avaliação e intervenção em integração sensorial, com foco nas disfunções de modulação sensorial e práxis em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A prática envolverá a aplicação de conceitos teóricos para observar, identificar e propor estratégias terapêuticas específicas para as dificuldades sensoriais. Os alunos explorarão ferramentas de avaliação como o Sensory Profile, analisando os padrões de hipersensibilidade, hiporresponsividade e busca sensorial, além de identificar os diferentes tipos de dispraxia (somatodispraxia, ideacional, visuodispraxia e dificuldade de controle postural). Com base nos achados, os alunos deverão propor intervenções baseadas na estimulação tátil, vestibular e proprioceptiva, utilizando recursos pedagógicos e clínicos para fomentar a compreensão prática do conteúdo. Essa atividade permitirá que os estudantes desenvolvam competências no reconhecimento de padrões sensoriais e no planejamento de intervenções terapêuticas, conectando a teoria à prática clínica efetivamente. Integração Sensorial no Autismo: Compreensão e Avaliação 1. Introdução A integração sensorial é um processo neurológico essencial que organiza as informações captadas pelos diferentes sistemas sensoriais para gerar respostas adaptativas. Proposto inicialmente por Jean Ayres, esse conceito enfatiza que a capacidade de interpretar e integrar estímulos do ambiente e do corpo é fundamental para o desempenho motor, cognitivo, emocional e social. Fonte: FREEPIK. s/d. ID: 36176995 https://www.freepik.com/free-vector/hand-drawn-5-senses-illustration_36176995.htm#fromView=search&page=1&position=34&uuid=09a9fc63-3ded-4352-ac04-9d63e914de646 No contexto do Transtorno do Espectro Autista (TEA), disfunções na integração sensorial são amplamente documentadas, resultando em dificuldades significativas no desenvolvimento infantil. Essas alterações afetam diretamente a capacidade da criança de interagir com o ambiente e realizar atividades cotidianas, evidenciando a importância de uma avaliação precisa e de intervenções terapêuticas personalizadas. 2. O que é Integração Sensorial? 2.1. Definição e Fundamentação Teórica A integração sensorial é o processo pelo qual o sistema nervoso central organiza estímulos captados por sistemas sensoriais (como tátil, vestibular, proprioceptivo, auditivo e visual) para produzir respostas funcionais. Segundo Ayres, a integração eficiente desses estímulos é essencial para o indivíduo compreender e responder adequadamente às demandas ambientais. 2.2. Processo Neurológico O processamento sensorial envolve várias etapas neurológicas: 01. Recepção: Os receptores sensoriais localizados na pele, articulações, músculos e órgãos dos sentidos captam estímulos do ambiente ou do próprio corpo. 02. Transmissão: Esses estímulos são enviados ao sistema nervoso central por meio de vias neurais específicas. 03. Integração no Cérebro: O cérebro processa, organiza e interpreta essas informações. Estruturas como o tálamo e o cerebelo desempenham papéis fundamentais na triagem e na modulação sensorial. 04. Resposta Adaptativa: A partir do processamento sensorial, o cérebro gera uma resposta adequada, que pode ser motora, emocional ou comportamental. 3. Disfunções de Integração Sensorial Disfunções na integração sensorial ocorrem quando o cérebro não consegue organizar as informações sensoriais eficientemente, gerando respostas inadequadas. Essas disfunções podem ser divididas em dois grandes grupos: modulação sensorial e práxis. 3.1. Disfunções de Modulação Sensorial A modulação sensorial refere-se à capacidade do cérebro de regular a intensidade das respostas aos estímulos sensoriais. Disfunções nesse processo podem ser classificadas como: – Hipersensibilidade: Respostas exageradas a estímulos sensoriais. Exemplo: irritação com sons altos ou aversão a toques leves. – Hiporresponsividade: Respostas diminuídas ou ausência de reação a estímulos. Exemplo: não perceber toques leves ou dores. 7 – Busca Sensorial: Necessidade de estímulos intensos para se autorregular. Exemplo: girar, pular ou pressionar objetos constantemente. A modulação sensorial refere-se à capacidade do sistema nervoso de regular a intensidade, a frequência e a duração das respostas aos estímulos sensoriais. Quando há dificuldade nesse processo, a criança pode apresentar comportamentos extremos, que variam de reações exageradas a uma busca incessante por estímulos. Esses padrões podem ser classificados em três tipos principais: 3.1.1. Hipersensibilidade Sensorial A hipersensibilidade ocorre quando o sistema nervoso central responde exageradamente a estímulos sensoriais, mesmo aqueles que são considerados normais ou neutros para a maioria das pessoas. Crianças com hipersensibilidade podem reagir defensivamente, tentando evitar ou escapar de estímulos que consideram desconfortáveis. Características Comuns: – Tátil: Irritação com texturas de roupas, aversão a toques leves, rejeição a alimentos com texturas variadas. – Auditivo: Sensibilidade extrema a sons altos ou repetitivos, como o som do liquidificador, aspirador de pó ou vozes em tons elevados. – Visual: Intolerância a luzes brilhantes ou ambientes com muitas cores, ou padrões visuais. – Vestibular: Evitação de movimentos rápidos, como balançar ou girar, que causam desconforto ou náusea. – Proprioceptivo: Desconforto ao realizar atividades que demandam esforço físico, como empurrar ou carregar objetos. – Impactos Funcionais: ◦ Evitação de situações sociais devido à sensibilidade ao toque ou ao som. ◦ Dificuldade em frequentar ambientes movimentados, como festas ou escolas. ◦ Irritabilidade e crises emocionais em resposta a estímulos sensoriais inesperados. 3.1.2. Hiporresponsividade Sensorial A hiporresponsividade é caracterizada pela falta de reação ou pela reação diminuída a estímulos sensoriais. O sistema nervoso não detecta ou interpreta os estímulos eficientemente, resultando em comportamentos apáticos ou desatentos. Características Comuns: – Tátil: Falta de percepção de sujeira no rosto, nas mãos ou roupas. – Auditivo: Ausência de resposta ao ser chamado pelo nome ou ao som de alarmes. – Visual: Desinteresse em estímulos visuais, como brinquedos coloridos ou movimentos. 8 – Vestibular: Dificuldade em perceber mudanças na posição do corpo ou na velocidade de movimentos. – Proprioceptivo: Desconexão com o próprio corpo, levando a tropeços frequentes ou quedas. – Impactos Funcionais: ◦ Dificuldade em se engajar em atividades acadêmicas ou sociais devido à falta de atenção a estímulos. ◦ Necessidade de intervenções intensas para chamar a atenção para tarefas específicas. ◦ Maior risco de acidentes, como tropeçar ou esbarrar em objetos. 3.1.3. Busca Sensorial A busca sensorial ocorre quando a criança procura ativamente estímulos intensos para autorregulação. Essa necessidade pode surgir de um subdesenvolvimento no sistema sensorial ou de uma tentativa de compensar a hiporresponsividade. Características Comuns: – Tátil: Toque constante em objetos ou superfícies; busca por texturas específicas, como lixar ou esfregar. – Auditivo: Preferência por ambientes barulhentos ou por sons repetitivos, como bater objetos. – Visual: Fascínio por luzes piscantes ou movimentos rápidos. – Vestibular: Necessidade de girar, balançar ou pular constantemente. – Proprioceptivo: Pressão constante contra objetos, como empurrar móveis ou apertar as mãos. – Impactos Funcionais: ◦ Comportamentos repetitivos que podem distrair ou interferir em tarefas acadêmicas. ◦ Dificuldade em manter a atenção em atividades que não fornecem estímulos intensos. ◦ Possibilidade de machucar-se durante a busca por estímulos (ex.: girar até cair ou apertar objetos exageradamente). 3.2. Disfunções de Práxis Práxis é a capacidade de planejar, sequenciar e executar ações motoras. Disfunções nesse processo são conhecidas como dispraxias e incluem: A dispraxia é um transtorno neurológico que afeta o planejamento, o sequenciamento e a execução de movimentos voluntários. Dependendo das áreas sensoriais ou motoras comprometidas, a dispraxia pode ser classificada nos seguintes tipos: 9 1. VBIS (Visuo-Bilateral Integration and Sequencing) – Descrição: Refere-se a dificuldades em integrar informações visuais e motoras bilaterais para realizar movimentos coordenados. – Características: Problemas em atividades que exigem uso simultâneo das duas mãos, como amarrar cadarços ou cortar com tesoura. – Impacto Funcional: Dificuldade em jogos que demandam coordenação visual-motora, como esportes com bola. 2. Somatodispraxia – Descrição: Está relacionada à dificuldade de processar informações somatossensoriais (táteis e proprioceptivas) e usá-las para planejar movimentos. – Características: Crianças com somatodispraxia frequentemente apresentam: ◦ Problemas em reconhecer o próprio corpo no espaço. ◦ Movimentos desajeitados e dificuldade em manipular objetos. – Impacto Funcional: Dificuldade em tarefas diárias, como vestir-se, comer ou escrever. 3. Dispraxia Ideacional – Descrição: Incapacidade de conceituar ou planejar uma ação antes de executá-la. A criança não sabe o que fazer com objetos ou como iniciar uma atividade. – Características: ◦ Dificuldade em usar objetos corretamente (ex.: usar um pente como colher). ◦ Problemas em realizar tarefas sequenciais, como escovar os dentes. – Impacto Funcional: Dependência elevada para atividades cotidianas. 4. Visuodispraxia – Descrição: Relaciona-se à dificuldade em processar informações visuais para orientar movimentos. – Características: ◦ Incapacidadede seguir padrões visuais ou organizar objetos com base em instruções visuais. ◦ Dificuldade em copiar desenhos ou montar quebra-cabeças. – Impacto Funcional: Afeta o desempenho escolar e atividades que dependem de percepção visual. 5. Dificuldade de Controle Postural – Descrição: Envolve a dificuldade em manter estabilidade e postura durante atividades motoras. 10 – Características: ◦ Incapacidade de ajustar o equilíbrio ao sentar ou realizar movimentos dinâmicos. ◦ Fadiga durante atividades que exigem força ou estabilidade prolongada. – Impacto Funcional: Limitação em brincadeiras que envolvem correr, pular ou escalar. Resumo e Impacto Geral As dificuldades de modulação sensorial e os diferentes tipos de dispraxia têm impacto direto na funcionalidade, independência e qualidade de vida da criança. Identificar e classificar essas dificuldades são passos fundamentais para planejar intervenções terapêuticas que promovam maior autonomia e desenvolvimento. 4. Avaliação da Integração Sensorial 4.1. Ferramentas de Avaliação A avaliação de integração sensorial envolve instrumentos padronizados, observações clínicas e questionários direcionados aos cuidadores. Os principais métodos incluem: 01. Sensory Profile: Desenvolvido por Winnie Dunn, avalia padrões de resposta sensorial em diferentes contextos. 02. Observação Clínica: Permite identificar comportamentos indicativos de disfunções sensoriais durante tarefas práticas. 03. Testes Padronizados: O SIPT (Sensory Integration and Praxis Test) é utilizado para avaliar habilidades de práxis, discriminação sensorial e coordenação motora. 4.2. Importância da Avaliação Multidimensional A avaliação deve considerar a criança em diferentes contextos (casa, escola, clínica), pois os estímulos sensoriais são influenciados pelo ambiente. Além disso, os cuidadores desempenham papel essencial ao fornecer informações detalhadas sobre o comportamento da criança no dia a dia. 5. Perfil Sensorial: Sensory Profile O Sensory Profile é uma ferramenta amplamente utilizada para identificar padrões de processamento sensorial. Ele ajuda a compreender como a criança reage a estímulos e como essas reações afetam seu desempenho funcional. 5.1. Estrutura do Sensory Profile O instrumento divide os padrões de processamento sensorial em quatro quadrantes: 01. Busca Sensorial: A criança procura estímulos intensos, como movimentos repetitivos ou sons altos. 11 02. Evitamento Sensorial: A criança evita estímulos sensoriais desconfortáveis, preferindo ambientes calmos e previsíveis. 03. Registro Baixo: Dificuldade em detectar estímulos sutis, como vozes ou toques leves. 04. Sensibilidade Sensorial: Reações exageradas a estímulos, como irritação com luzes ou texturas. 5.2. Aplicação e Interpretação – O Sensory Profile é preenchido pelos cuidadores e avalia os impactos do processamento sensorial no desempenho ocupacional da criança. – Com base nos resultados, o terapeuta pode traçar estratégias de intervenção personalizadas. 6. Estratégias de Intervenção A intervenção em integração sensorial deve ser individualizada, considerando os padrões de resposta da criança e seus objetivos terapêuticos. 6.1. Atividades para o Sistema Tátil – Exemplos: Brincadeiras com texturas (massinhas, areia) e massagens com bolas texturizadas. – Objetivo: Reduzir a defensividade tátil e aprimorar a discriminação sensorial. 6.2. Atividades para o Sistema Vestibular – Exemplos: Uso de balanços, trampolins e circuitos motores. – Objetivo: Melhorar o equilíbrio e a percepção do movimento. 6.3. Atividades para o Sistema Proprioceptivo – Exemplos: Empurrar objetos pesados e realizar exercícios de compressão articular. – Objetivo: Aprimorar a percepção corporal e o planejamento motor. A Relação entre Sistemas Sensoriais e Habilidades Funcionais Cada sistema sensorial desempenha um papel único no desenvolvimento infantil, contribuindo para a regulação emocional, o planejamento motor e a interação social. A seguir, exploramos os principais sistemas envolvidos e sua relação com o TEA. Sistema Tátil O sistema tátil não apenas regula a percepção de toque, mas também desempenha um papel essencial na formação do esquema corporal. Em crianças com TEA, alterações no sistema tátil podem levar a respostas extremas, como defensividade (evitação de certos tecidos ou contato físico) ou busca sensorial (toques constantes em objetos ou pessoas). 12 Sistema Vestibular Este sistema regula o equilíbrio, a postura e o movimento. Hipersensibilidade vestibular pode levar à evitação de atividades como balançar, pular ou girar, enquanto a hiporresponsividade resulta em busca excessiva de estímulos, como girar sem parar. Sistema Proprioceptivo O sistema proprioceptivo fornece informações sobre a posição do corpo no espaço, sendo fundamental para habilidades motoras, como caminhar, correr e manipular objetos. A dispraxia, comum em crianças com TEA, está intimamente ligada a dificuldades nesse sistema. Sistema Visual No TEA, a dificuldade na discriminação visual pode interferir em tarefas como leitura, reconhecimento de rostos e coordenação olho-mão. Além disso, alterações no controle ocular são frequentemente observadas, impactando atividades como acompanhar objetos em movimento. Práticas Terapêuticas no Ginásio de Integração Sensorial Os ginásios de Integração Sensorial são ambientes projetados para fornecer estímulos controlados aos diferentes sistemas sensoriais, promovendo aprendizado e adaptação. Esses espaços incluem equipamentos como balanços, trampolins, rampas, e caixas sensoriais, que oferecem oportunidades para explorar e integrar estímulos sensoriais. Atividades para o Sistema Tátil 01. Caixas sensoriais: Proporcionam uma experiência gradual e segura com diferentes texturas (areia, arroz, bolinhas de gel). 02. Massagem com bolas texturizadas: Ajuda a reduzir a defensividade tátil e aumenta a percepção corporal. Atividades para o Sistema Vestibular 01. Balanços rotatórios: Oferecem estímulo vestibular profundo, auxiliando na modulação e no equilíbrio. 02. Circuitos motores: Incluem rampas, escadas e plataformas que estimulam o controle do movimento e a coordenação. Atividades para o Sistema Proprioceptivo 01. Jogos de tração e empurrar: Incluem puxar cordas ou empurrar objetos pesados para aumentar a percepção do corpo no espaço. 02. Atividades com bolas terapêuticas: Como sentar e saltar, promovem o ajuste da força e o controle postural. Atividades para o Sistema Visual 01. Jogos de seguir objetos: Atividades que exigem rastreamento ocular, como mover lanternas em uma sala escura. 13 02. Brincadeiras com padrões visuais: Como alinhar formas geométricas ou montar quebra-cabeças. 7. Impactos Funcionais das Disfunções Sensoriais Disfunções sensoriais no TEA afetam diversas áreas: 01. Desempenho Escolar: Dificuldades com coordenação motora e atenção. 02. Interação Social: Evitação de contato físico e dificuldade de interpretar sinais sociais. 03. Atividades de Vida Diária: Problemas como seletividade alimentar e dificuldade em se vestir. Impacto da Integração Sensorial no Desenvolvimento Global A abordagem de integração sensorial tem impacto direto em áreas cruciais do desenvolvimento infantil, sendo elas: Desenvolvimento Cognitivo As habilidades cognitivas dependem de uma base sensorial bem organizada. Quando o processamento sensorial está comprometido, a capacidade de concentração, memorização e solução de problemas também é afetada. Por exemplo, uma criança com TEA que apresenta dificuldade em discriminação auditiva pode não diferenciar instruções verbais em meio ao ruído ambiental, prejudicando seu aprendizado. Desenvolvimento Motor A dispraxia, ou dificuldade no planejamento motor, é uma das características frequentemente encontradas em crianças com TEA. A integração sensorial, ao trabalhar com os sistemas vestibular e proprioceptivo, ajuda a melhorar o equilíbrio,a força e a coordenação motora. Essas habilidades são essenciais para atividades como andar de bicicleta, amarrar os sapatos ou até mesmo segurar um lápis corretamente. Regulação Emocional A regulação emocional está intimamente ligada ao processamento sensorial. Crianças que apresentam hiper ou hiporresponsividade frequentemente exibem comportamentos como crises emocionais, isolamento social ou agitação excessiva. A integração sensorial, ao modular as respostas sensoriais, contribui para uma maior estabilidade emocional. Desenvolvimento Social A capacidade de interagir com outras crianças em brincadeiras ou atividades em grupo é influenciada por como a criança processa estímulos do ambiente. Crianças com defensividade tátil, por exemplo, podem evitar brincadeiras que envolvam contato físico, limitando suas interações sociais. Planejamento de Intervenções Baseadas em Avaliação Sensorial 14 A Avaliação como Base para a Intervenção Conforme destacado por Paula Serrano, uma avaliação sensorial detalhada é essencial para a elaboração de um plano de intervenção eficaz. Instrumentos como o Sensory Profile, desenvolvido por Winny Dunn, permitem identificar os padrões de processamento sensorial da criança, classificando-os em busca, evitamento, sensibilidade ou registro baixo. Objetivos Terapêuticos Individualizados A partir da avaliação, os objetivos terapêuticos são traçados com base nas necessidades específicas da criança. Por exemplo: – Para uma criança com hipersensibilidade tátil: O objetivo pode ser tolerar o toque de diferentes texturas. – Para uma criança com hiporresponsividade vestibular: Promover respostas mais rápidas a estímulos relacionados ao movimento e equilíbrio. Esses objetivos são divididos em metas de curto e longo prazo, que guiam o trabalho no ginásio de integração sensorial. Estudos de Caso: Resultados Práticos da Integração Sensorial Caso 1: João, 6 anos, com hiporresponsividade vestibular João apresentava dificuldade para se equilibrar em superfícies instáveis e evitava brincadeiras de movimento, como balançar ou girar. Após três meses de intervenção no ginásio de integração sensorial, com atividades como balançar em plataformas e percorrer circuitos motores, João demonstrou melhora significativa no equilíbrio e passou a participar de brincadeiras no parquinho. Caso 2: Maria, 4 anos, com defensividade tátil e seletividade alimentar Maria evitava tocar em certos objetos e consumia apenas alimentos de textura específica. A intervenção incluiu atividades táteis, como brincadeiras com caixas sensoriais, e exposição gradual a diferentes texturas alimentares. Em seis meses, Maria começou a tolerar novas texturas e expandiu sua dieta. Colaboração Interdisciplinar A integração sensorial no TEA é mais eficaz quando realizada em parceria com outros profissionais, como psicólogos, fonoaudiólogos e professores. Essa abordagem interdisciplinar permite: – Ampliar o alcance da intervenção: Incorporar estratégias sensoriais em atividades escolares ou domiciliares. – Promover a continuidade do tratamento: Garantir que as técnicas aplicadas na clínica sejam replicadas no dia a dia. 15 Winny Dunn reforça a importância de capacitar a equipe multidisciplinar, garantindo que todos compreendam as peculiaridades do processamento sensorial e possam adaptar suas práticas conforme necessário. Uso de Tecnologias na Integração Sensorial Atualmente, ferramentas tecnológicas são incorporadas para complementar o trabalho terapêutico, como: – Jogos interativos baseados em realidade virtual: Promovem estímulos sensoriais controlados em um ambiente seguro, permitindo trabalhar habilidades como planejamento motor e controle ocular. – Sensores e dispositivos vestíveis: Monitoram as respostas sensoriais da criança em tempo real, ajudando os terapeutas a ajustar as atividades conforme necessário. Essas tecnologias, quando usadas complementarmente, ampliam as possibilidades de intervenção e permitem um acompanhamento mais detalhado do progresso da criança. 8. Conclusão A integração sensorial é um processo fundamental para o desenvolvimento global de crianças com TEA. Disfunções sensoriais podem ser identificadas e tratadas por meio de avaliações detalhadas, como o Sensory Profile, e intervenções personalizadas. O trabalho interdisciplinar, envolvendo terapeutas ocupacionais, educadores e cuidadores, é essencial para promover a autonomia e melhorar a qualidade de vida da criança. 16 RECURSOS UTILIZADOS Materiais de consumo: Descrição Observação Prancheta para realizar anotações; Material a ser fornecido pelo Aluno Caneta; Material a ser fornecido pelo Aluno Lápis; Material a ser fornecido pelo Aluno Borracha; Material a ser fornecido pelo Aluno Ficha dos casos fictícios impressas; Material a ser fornecido pela UniFatecie Espaço com material solicitado; Material a ser fornecido pela UniFatecie Mel de abelha; Material a ser fornecido pela UniFatecie Pacote de grão de café; Material a ser fornecido pela UniFatecie Faixas elásticas; Material a ser fornecido pela UniFatecie Disco proprioceptivo; Material a ser fornecido pela UniFatecie Meia bola bosu; Material a ser fornecido pela UniFatecie Circuito psicomotor; Material a ser fornecido pela UniFatecie Bola dente de leite; Material a ser fornecido pela UniFatecie Jump cama elástica. Material a ser fornecido pela UniFatecie ATENÇÃO: SAÚDE E SEGURANÇA Para a prática, os alunos devem utilizar roupas confortáveis para promover toda a movimentação necessária e EPIs básicos, como luvas e máscara (no caso de avaliação oral, gustativa). A clínica deve ser higienizada antes e após a atividade, e os alunos devem seguir as normas de segurança estabelecidas para evitar riscos à saúde. 17 O QUE PRECISO FAZER NESSA ATIVIDADE PRÁTICA A atividade prática tem como finalidade desenvolver nos alunos a capacidade de avaliar disfunções sensoriais e práxis em crianças com TEA, utilizando equipamentos e práticas de observação. Além disso, os alunos irão propor estratégias terapêuticas baseadas na análise dos dados apresentados, organizando as informações de maneira estruturada para compor um relatório final. METODOLOGIA E ETAPAS PRÁTICAS 1. Planejamento da Atividade Materiais Necessários: – Instrumentos de avaliação: ficha do caso fictício. – Recursos para intervenção: textura variada, trampolins, bolas, entre outros. – Ferramentas para registro: câmeras ou smartphones para gravação de vídeos/fotos, cadernos de anotações. Organização do Ambiente: – Monte um espaço prático no laboratório, simulando um ambiente terapêutico, dividido em estações para trabalhar diferentes sistemas sensoriais (tátil, vestibular, proprioceptivo). – Organize o espaço para permitir observação detalhada de cada etapa, com áreas específicas para coleta de dados. 2. Passo a passo para realização da prática. Etapa 1: Apresentação do caso fictício – Cada grupo receberá uma ficha com dados fictícios de uma criança com TEA. Essa ficha incluirá informações comportamentais que indiquem possíveis disfunções sensoriais e práxis. – O grupo deverá identificar, na ficha, os padrões de hipersensibilidade, hiporresponsividade ou busca sensorial, além de suspeitas de dispraxia. Atividade Prática https://youtu.be/EtLB4WhqlGQ?si=4brVY4jc0TWQyJgP https://youtu.be/EtLB4WhqlGQ?si=4brVY4jc0TWQyJgP 18 Etapa 2: observação de respostas sensoriais simuladas – No laboratório, os alunos irão simular interações com estímulos sensoriais (ex.: texturas, movimentos em bolas ou circuitos motores). – Registre as possíveis reações esperadas para cada tipo de disfunção sensorial descrita no caso fictício. Etapa 4: Proposta de Intervenção – Planeje uma intervenção prática para os sistemas sensoriais afetados e para dificuldades de práxis identificadas. – Detalhe cada intervenção, explicando como ela busca regular a modulação sensorial ou melhorar o planejamento motor. Etapa 5: Registrode Dados – Fotografe ou grave os procedimentos simulados (como a aplicação do Sensory Profile e as intervenções propostas). – Documente cada etapa em um caderno de anotações, com informações sobre: ◦ O tipo de disfunção sensorial observada. ◦ As intervenções planejadas e suas justificativas. ◦ Resultados esperados das intervenções. 3. Organização de Dados e Produção do Relatório Dados a Serem Coletados: – Tabelas e Quadros: ◦ Quadro com as disfunções identificadas e estratégias sugeridas. – Gráficos e Figuras: ◦ Gráfico representando o impacto de cada sistema sensorial. ◦ Imagens das simulações práticas (com consentimento e descrição das etapas). Análise e Discussão: – Interprete os resultados coletados, correlacionando-os com a teoria estudada sobre integração sensorial e TEA. – Destaque como as intervenções propostas podem melhorar o desempenho funcional da criança fictícia. PRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO Template do Relatório: 19 01. Capa: nome da disciplina, título da prática, grupo, data. 02. Introdução: breve fundamentação teórica sobre integração sensorial e disfunções no TEA. 03. Descrição do Caso: informações do caso fictício e principais características comportamentais. 04. Resultados do caso: ◦ Gráfico representando os padrões sensoriais identificados. 05. Planejamento de Intervenções: ◦ Quadro com intervenções propostas e objetivos terapêuticos. ◦ Fotografias ou descrições detalhadas das práticas realizadas. 06. Discussão: relacione as práticas propostas com os fundamentos teóricos da integração sensorial. 07. Conclusão: avalie como a prática contribuiu para a compreensão das disfunções sensoriais e do planejamento terapêutico. 08. Referências Bibliográficas: cite autores como Ayres (2005), Dunn (1999) e Serrano (2017). CUIDADOS E ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS – Coleta de Dados: garanta que os registros visuais (fotos e vídeos) sejam autorizados e usados apenas para fins acadêmicos. – Documentação: mantenha clareza e objetividade nas anotações. Utilize linguagem técnica para descrever as disfunções e intervenções. – Apresentação: o relatório deve ser apresentado em formato impresso e digital, seguindo normas acadêmicas (ABNT, se aplicável). Essa metodologia detalhada garante que os alunos compreendam os procedimentos e se familiarizem com práticas de avaliação e intervenção em integração sensorial. RELATÓRIO Caro(a) aluno(a), Você deverá entregar o Relatório tipo Apresentação Simples. Neste caso, estruture seu documento conforme apresentado a seguir. Para isso, faça o download do template, disponibilizado junto a este roteiro, e siga as instruções a seguir. 20 MATERIAISMATERIAIS COMPLEMENTARES COMPLEMENTARES 1. Livro: Sensory Integration: Theory and Practice Descrição: este livro é uma das principais referências sobre integração sensorial, oferecendo fundamentos teóricos e práticos. Inclui tópicos como a organização neurológica dos sistemas sensoriais, disfunções de modulação sensorial e o impacto de intervenções terapêuticas. Como Utilizar: recomendado para aprofundar a teoria por trás dos conceitos aplicados na prática. Capítulos sobre modulação sensorial e práxis são especialmente relevantes. Referência Completa: BUNDY, A. C.; LANE, S. J.; MURRAY, E. A. Sensory Integration: Theory and Practice. F.A. Davis Company, 2002. 2. Artigo Científico: Fidelity in Sensory Integration Intervention Research Descrição: este artigo detalha os critérios da Medida de Fidelidade para Terapia de Integração Sensorial, descrevendo como assegurar consistência nas intervenções e maximizar os benefícios terapêuticos. Como Utilizar: os alunos podem utilizar o artigo para compreender a importância da fidelidade no uso de equipamentos e estímulos sensoriais. Referência Completa: PARHAM, L. D.; et al. Fidelity in Sensory Integration Intervention Research. American Journal of Occupational Therapy, 61(2), 2007, p. 216–227. 3. Artigo: Sensory Processing and Modulation Disorders in Children with Autism Spectrum Disorder Descrição: este artigo aborda como os desafios de processamento sensorial afetam crianças com TEA, com foco em estratégias de modulação sensorial. Como Utilizar: complementar à prática, este artigo ajuda os alunos a relacionarem os padrões sensoriais com as intervenções terapêuticas. Referência Completa: SCHAAF, R. C.; DAVIES, P. L. Sensory Processing and Modulation Disorders in Children with Autism Spectrum Disorder. Frontiers in Integrative Neuroscience, 4, 2010. 21 REFERÊNCIASREFERÊNCIAS AYRES, A. J. Sensory integration and the child: understanding hidden sensory challenges. Los Angeles: Western Psychological Services, 2005. BAGATTO, M. P.; NEVES, A. B. Abordagens terapêuticas em disfunções sensoriais: revisão de literatura. Revista Brasileira de Terapia Ocupacional, v. 29, n. 3, p. 345–357, 2021. BRONSON, C.; LAMBERT, R. E. Sensory processing interventions for children with autism: a systematic review. Autism Research, v. 9, n. 4, p. 283–292, 2016. BUNDY, A. C.; LANE, S. J.; MURRAY, E. A. Sensory integration: theory and practice. 2. ed. Philadelphia: F.A. Davis Company, 2002. CARDOSO, I. L. Os efeitos da terapia de integração sensorial de Ayres em crianças com TEA. Dissertação (Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente) — Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2021. CASE-SMITH, J.; CLIFFORD O’BRIEN, J. Occupational therapy for children and adolescents. 7. ed. St. Louis: Elsevier Mosby, 2015. DUNN, W. The sensory profile: user’s manual. San Antonio: The Psychological Corporation, 1999. MAAS, V. Sensory integration: observations and strategies in practice. New York: Springer, 2011. PARHAM, L. D.; et al. Fidelity in sensory integration intervention research. American Journal of Occupational Therapy, v. 61, n. 2, p. 216–227, 2007. DOI: 10.5014/ajot.61.2.216. SCHAAF, R. C.; DAVIES, P. L. Sensory processing and modulation disorders in children with autism spectrum disorder. Frontiers in Integrative Neuroscience, v. 4, p. 20, 2010. DOI: 10.3389/fnint.2010.00020.