Buscar

8º Crime

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Dos Crimes 
Profª. Erika Tuyama
Reclusão: admite o regime inicial fechado.
Detenção: não admite o regime inicial fechado.
Prisão simples: não admite o regime fechado em hipótese alguma.
Do Crime 
	O crime pode ter vários conceitos que se diferenciará a depender do ramo de estudo analisado. 
	Como falamos especificamente sobre matéria penal estudamos o principais conceitos de crime, o qual é divido em conceito formal, material e analítico.
 
Crime Conceito Formal ou legal:
É o fato típico e antijurídico que está descrito em lei.
É a conduta que a norma penal descreve focado na suas consequências jurídicas, a sanção cominada.
Crime Conceito Legal: 
	É aquele que vem estampado na lei. 
	Ocorre que no Brasil há divergências quanto a existência do conceito legal de crime. 
Alguns afirmam que o conceito se encontra no art. 1° da Lei de Introdução ao Código Penal (LICP), 
já outros afirmam que a LICP em seu art. 1° não conceituou o crime e sim expôs as formas de penas que deverão ser aplicadas a conduta delituosa.
Crime Conceito Material: 
	A teoria que conceitua o crime materialmente que prevalece nos dias atuais é a do bem jurídico. 
	Segundo esta teoria, crime é a conduta que viola o bem jurídico tutelado pela norma penal, o que justifica que uma conduta seja considerada penalmente relevante aos olhos da sociedade.
	O bem jurídico tutelado pela norma penal, também chamado de bem jurídico penal esta definido por Claus Roxin como aqueles bens imprescindíveis para a convivência em sociedade. Exs: a vida, a liberdade, a honra, o patrimônio, etc. 
	Portanto, crime é aquela conduta que viola de forma significativa o bem jurídico penal.
	Considera crime toda ação ou omissão consciente e voluntária, que, estando previamente definida em lei, cria um risco juridicamente proibido e relevante a bens jurídicos considerados fundamentais a paz e o convívio social.
Crime Conceito Analítico: 
	O crime na visão analítica busca conhecer a estrutura e os elementos do crime. O crime é o fato típico e antijurídico. A culpabilidade constitui pressuposto de aplicação da pena.
	Apresenta duas correntes muito discutidas no Brasil, que é a Bipartida e a Tripartida.
Corrente Bipartida ou finalista: A corrente que traz o conceito analítico do crime diz que o crime é fato típico e ilicitude.
Corrente Tripartida ou clássica: A corrente tripartida, conceitua crime analítico como fato típico, ilícito e culpável. 
Fato Típico
	É todo fato humano que se enquadra com perfeição aos elementos descritos no tipo penal. 
	
Ato Ilícito
	É uma ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência que contraria a lei e da qual viola o direito e causa dano a outrem, ainda que exclusivamente moral.
	Representa tudo aquilo que é contrario ao direito. Tudo aquilo que a lei proíbe é ilícito.
Culpável
Ter consciência de seus atos.
Conhecimento da ilicitude.
Exigibilidade de conduta diversa.
Dolo ou culpa
Sujeito ativo
	É aquele que, de forma direta ou indireta, realiza a conduta descrita no tipo penal. Somente seres humanos podem praticar crimes.
	Porém, a doutrina tem admitido cada vez mais a pessoa jurídica como sujeito ativo de crimes.
	Salvo o previsto no art. 173,§5º e 225,§3º da CF.
Co-autor é aquele que realiza a conduta típica ou controla a ação em conjunto com outra pessoa. 
Partícipe é o agente que apenas colabora na realização da conduta típica, instigando, induzindo ou auxiliando o autor.
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS CRIMES 
CRIME COMUM – crime que não exige qualidade alguma do sujeito, pode ser praticado por qualquer pessoa – ex.: homicídio. 
CRIME PRÓPRIO – crime que exige uma qualidade especial do sujeito, ou seja, só pode ser praticado por alguém específico – ex.: infanticídio (só a mãe pode praticar), peculato (só o funcionário público pode praticar). 
CRIME DE MÃO PRÓPRIA – crime que não admite co-autoria ou participação – ex.: falso testemunho. 
CRIME DE DANO – aquele que se consuma ou exige efetiva lesão ao bem jurídico tutelado – ex.: expor alguém a doença venérea. (artigos 130 q 136, crimes de perigo). 
CRIME DE PERIGO – se consuma com a simples exposição do bem ao perigo. ABSTRATO – descreve uma conduta e presume que o agente, ao realizá-la, expõe. 
CRIME MATERIAL – Só se consuma se houver RESULTADO. A lei prevê uma conduta e um resultado e exige o resultado para fins de consumação. 
CRIME FORMAL – Também chamado de consumação antecipada, ou seja, basta conduta para que haja consumação. Conduta e resultado, mas dispensa o resultado. 
Ex.: Art.140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro. 
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
Conduta – FRAUDAR 
Resultado – OBTER VANTAGEM 
CRIMES VAGOS – crimes em que o sujeito passivo é uma universalidade, uma coletividade destituída de personalidade jurídica, ou seja, não há vitimas especificas. ex.: família. 
CRIME INSTANTÂNEO – a consumação se dá em um determinado momento. Fez, acabou! – ex.: homicídio, furto. 
CRIME PERMANENTE – aquele em que a consumação se protrai (alonga, estica, arrasta, prolonga) no tempo. Fez, passam se dias, meses e ainda está fazendo. Ex: sequestro, maus tratos. 
CRIME INSTANTÂNEO DE EFEITOS PERMANENTES (é irreversível) – as consequências se prolongam independente da vontade do agente. Ex: homicídio – a vida nunca volta, é irreversível. 
	Furto não é crime instantâneo com efeito permanente, pois se trata de patrimônio e patrimônio sempre é substituível. Se não pelo mesmo objeto, por outro de igual valor. 
CRIME COMISSIVO – comete-se mediante ação. 
CRIME OMISSIVO (puro ou próprio) – comete-se mediante omissão. 
CRIME COMISSIVO POR OMISSÃO (omissivo impróprio) – não pratica ações que levarão ao desejo/fim, através de omissões. Ex.: não dar remédios que fazem com que o doente mantenha a vida. Após algum tempo, essa omissão levara à morte. 
	Omissivo próprio não admite tentativas (como tentar prestar socorro? Ou faz, ou não faz) já o omissivo impróprio admite tentativa (tentar matar através de omissões, porem não conseguir). 
CRIME UNISSUBJETIVO – se existe a possibilidade de ser praticado por apenas uma pessoa, é unissubjetivo, ainda que tenha sido praticado por mais pessoas. 
CRIME PLURISSUBJETIVO – é impossível ser praticado por apenas uma pessoa, exige que mais de um o pratique para que possa existir. Ex.: associação criminosa precisa de, no mínimo 3 pessoas. Ou, ainda, Homicídio qualificado ou simples praticado em atividade típica de grupo de extermínio é considerado hediondo ainda que praticado por apenas uma pessoa. 
CRIME SIMPLES – comporta apenas um crime no tipo penal. Ex.: FURTO = SUBTRAÇÃO. 
CRIME COMPLEXO – aquele que é a reunião de mais de um crime em um único tipo penal. Ex.: ROUBO = SUBTRAÇÃO + VIOLÊNCIA. Consumação do crime complexo – pela regra, considera-se consumado um crime complexo quando houver consumação dos elementos que o compõem. 
CRIME MONOOFENSIVO – atinge apenas um bem jurídico. Ex.: furto, atinge o patrimônio. 
CRIME PLURIOFENSIVO – atinge mais de um bem jurídico. Ex.: roubo, atinge o patrimônio + integridade física + integridade psicológica. A maioria dos crimes são pluriofensivos. 
CRIME DE FORMA LIVRE – admite vários meios de execução . Ex.: Homicídio, pode ser a facadas, a pancadas, tiro, sufocamento... 
CRIME DE FORMA VINCULADA – admite apenas um meio de execução. 
Curandeirismo: 
Art. 284 - Exercer o curandeirismo: 
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; 
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio; 
III - fazendo diagnósticos: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
CRIME PRINCIPAL – tem existência autônoma. 
CRIME ACESSÓRIO – depende da existência de outro crime. Ex.: receptação, favorecimento pessoal. 
Receptação - Art. 180- Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito
próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte 
Favorecimento pessoal - Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção:

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais