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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO • REMUNERAÇÃO = SALÁRIO + GORJETA • SALÁRIO = SALÁRIO BASE + SOBRE-SALÁRIOS • SALÁRIO-BASE = SALÁRIO EM $ + UTILIDADES • Remuneração = ($ + utilidades + Sobre Salário) + Gorjeta REMUNERAÇÃO = SALÁRIO + GORJETA • A remuneração segundo artigo 457 da CLT elenca: “ Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço as gorjetas que recebeu” • Assim, a Remuneração consiste no somatório da contraprestação paga diretamente pelo empregador, seja em pecúnia, seja em utilidade, com a quantia recebida pelo obreiro de terceiros, a título de gorjeta. • O salário é a contraprestação paga diretamente pelo empregador, seja em dinheiro ou em utilidades. • As gorjetas são sempre pagas em dinheiro e por terceiros. • Gueltas ( para incentivo de vendas) • De acordo com o artigo 457§3 da CLT, a gorjeta “ não é só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado (própria), como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente (impropria), como adicional nas contas, a qualquer título, e destinadas à distribuição aos empregados” • A gorjeta é sempre paga em dinheiro e por um terceiro (cliente), assim não integra o salário do obreiro que é pago diretamente pelo empregador, entretanto engloba a remuneração do empregado. • Vale ressaltar que o sistema de gorjeta é facultativo, ou seja, o cliente não é obrigado a pagar mesmo que venha incluído na conta. • A remuneração exclusiva a base de gorjetas é proibida no nosso ordenamento, mesmo o valor das gorjetas superando o salário mínimo devera o empregador realizar tal pagamento. Gorjeta • A gorjeta é tão antiga quanto a civilização e sempre esteve ligada à generosidade ou à corrupção. • Segundo Rodrigues Pinto os primeiros rumores da gorjeta aparecem na civilização grega, com o “pecúlio” dado aos escravos por bons serviços prestados e em Roma com a “espórtula”, espécie de donativo feito a funcionários pelos bons serviços prestados. • Em português, gorjeta deriva do termo arcaico “gorja”, que significa garganta, local por onde a bebida escorre. Por isso, quando se entrega a gorjeta a alguém também se utiliza expressão “é para molhar a garganta”, “é para a cervejinha”. Relaciona-se ao ato de beber. • As gorjetas, ou outras espécies de pagamento indireto, são concedidas por terceiro com a finalidade de estimular, agradar ou obter vantagens com o trabalho prestado pelo empregado. Só o faz porque o trabalhador está executando seus serviços naquele estabelecimento. • Nesse sentido, a natureza jurídica da gorjeta é uma gratificação paga pelo terceiro (e não pelo empregador) ao empregado, em virtude do serviço que é prestado durante seu expediente de trabalho. • As gorjetas integram a remuneração do empregado, sejam cobradas pelo empregador ou oferecidas espontaneamente pelo cliente, para o fim de ferias, 13.° salario, indenização e FGTS. • Porem, não integram a base de calculo do aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. DICA!!!! • As gorjetas NÃO integram o APANHE REPOUSO. • AP = Aviso Prévio / AN = Adicional Noturno / HE = Hora Extra / REPOUSO = RSR. • Ainda, a gorjeta faz parte do salário de contribuição para o INSS. CONCLUINDO • O empregador, ao recolher o INSS, o FGTS, ao pagar o 13° salário e as férias, deve considerar como base de cálculo não só o salário (paga direta), como também as pagas indiretas, somando-as. A gorjeta pode ser classificada como: desconhecida, ilícita, proibida e imoral. • A gorjeta desconhecida é aquela que o empregador não sabe que o empregado a recebe. Mesmo assim, como ao empregador cabe a fiscalização do trabalho do empregado, se recebida com habitualidade, integra a remuneração. Algumas atividades geram a presunção de recebimento da gorjeta (garçom, cabeleireiro, manicura, frentista, guardador de automóvel, arrumadeira de hotel etc.). Outras atividades não acarretam na mesma ilação e, portanto, necessitam de prova por parte do empregado de que recebia de fato a gorjeta. • A gorjeta proibida é a que o empregador impede expressamente o seu recebimento, comunicando tal determinação diretamente ao empregado. Em alguns casos o cliente também é avisado. Entretanto, se o empregado de fato a perceber com habitualidade, a gorjeta integrará a remuneração deste trabalhador, pois o empregador sofre todos os riscos do seu empreendimento e deve, por isso, fiscalizar a prestação de serviço do empregado. Nada impede, todavia, que o empregador puna o empregado que desrespeitou a regra, podendo até demiti-lo por justa causa. • A gorjeta ilícita é a propina. Decorre da corrupção, de favorecimento ilegal. É a vantagem em pecúnia que o terceiro oferece ao empregado para praticar ato ilegal contra o empregador, como considerar o peso abaixo do real, na pesagem da mercadoria (carne, frios, peixe etc.); para desviar mercadorias do empregador; para passar informações confidenciais da empresa a terceiros; para vender sem cobrar. Em face da ilegalidade do ato praticado pelo empregado, a gorjeta ilegal jamais integra a remuneração. Além disso, o empregador pode (e deve) aplicar justa causa no trabalhador. A ciência do empregador do ato ilícito não autoriza a integração na remuneração. Também se caracteriza como ilícita a comissão ou vantagem cobrada por empregado a terceiro interessado nos negócios de seu empregador. Para tanto, o trabalhador cobra do interessado para que ele leve vantagens sobre os demais concorrentes e vença a licitação ou a concorrência. Isto é, mesmo que não cause prejuízo ao empregador, se causar a terceiros, a paga é ilícita. É muito comum no mercado, um alto executivo, responsável pelo setor de compras ou de contratos, favorecer (devida ou indevidamente) um cliente, uma mercadoria ou produto, em detrimento dos demais, porque cobrou comissões ou vantagens para dar a preferência a estes. • A gorjeta imoral é aquela que, embora sua concessão não infrinja a lei, viola os bons costumes, a moral ou demonstra o caráter oportunista da pessoa. Seria o caso do empregado que tem vantagens econômicas oferecidas por terceiros para prestigiar certos produtos na hora da venda, mesmo que menos vantajosos, defeituosos ou mais caros. Isto ocorre, por exemplo, quando o freguês vai à farmácia MAX procurar vitamina C e o balconista, sabendo que ganhará uma comissão (gueltas) do fabricante (Merck), se conseguir vender o Cebion (vitamina mais cara que as outras), oferece apenas este produto, sem informar sobre a existência dos demais. O mesmo ocorre quando o freguês pede o remédio e o balconista oferece o mais caro, sem informar que existe o genérico ou um similar, em condições e preços mais acessíveis. E porque tal diferença é importante? • -> Porque nem tudo é calculado com base na remuneração, algumas parcelas pagas ao empregado são calculadas somente com base no salário. • E quais são elas? -> SUM 354/TST • GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 • As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso- prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. • Entretanto compõem a base de cálculo das férias 13º salário e FGTS SALÁRIO • SALÁRIO = SALÁRIO BASE ($ e utilidades) + SOBRE-SALÁRIOS • SALÁRIO-BASE = SALÁRIO EM $ + UTILIDADES SALÁRIO • A palavrasalário deriva do latim salarium, que teve sua origem na palavra salis, que significa sal. O sal era a moeda oferecida pelos romanos para pagar seus domésticos e soldados das legiões romanas. • Muitos doutrinadores, quando conceituam salário, utilizam-se do termo “contraprestação”,como o fez a CLT. Outros preferem o vocábulo “retribuição”, ao fundamento de que contraprestação reduz o contrato a uma relação de troca (trabalho contra remuneração), sem atentar para o aspecto pessoal do liame empregatício. A este fato pode ser acrescido que a contraprestatividade nem sempre está presente, como ocorre, por exemplo, nas hipóteses de interrupção do contrato, em que o empregado recebe o salário, embora não preste serviços. • Também vem do latim a expressão pecúnia: pecunia, cognato de pecus que significa boi. O boi, assim como o sal, o óleo e o metal eram moedas de troca na antiguidade. Algumas categorias têm nomenclatura própria para o salário ou estipêndio: • – funcionário público: vencimento; • – magistrado: subsídio; • – profissional liberal: honorário; • – militar: soldo; • – marítimos pagos por tempo: soldada e etapa (alimento); • – aposentado: provento; • – trabalho intelectual e não físico: ordenado;– trabalho físico e não intelectual: salário; • – chefes religiosos, tais como o padre e o bispo: côngrua Conceito • Salário é toda contraprestação ou vantagem em pecúnia ou em utilidade devida e paga diretamente pelo empregador ao empregado, em virtude do contrato de trabalho. É o pagamento direto feito pelo empregador ao empregado pelos serviços prestados, pelo tempo à disposição ou quando a lei assim determinar (aviso prévio não trabalhado, 15 primeiros dias da doença etc.). SALÁRIO – 9 UTILIDADES/FINALIDADES • o valor das despesas diárias do trabalhador com alimentação, habitação, vestuário, higiene, transporte, educação, saúde, lazer e previdência social (art. 81 da CLT c/c art. 7°, IV, da CRFB). • De acordo com o art. 81 da CLT c/c art. 7°, IV, da CRFB o salário mínimo será determinado pela seguinte fórmula: SM (salário mínimo) = alimentação + habitação + transporte + vestuário + higiene + lazer + previdência + saúde + educação. Esta mesma fórmula também deve ser aplicada para quem percebe mais que um salário mínimo. sugerem-se os seguintes percentuais (aplicação de regra de três) • alimentação – 20% (art. 458, § 3°, da CLT – já incluídas as quatro refeições diárias); • habitação – 25% (percentual mantido pelo art. 458 CLT); • vestuário – 13%; • higiene – 6%; • transporte – 6% (percentual também mencionado pelo art. 4°, parágrafo único, da Lei n° 7.418/85); • educação – 6%; • Saúde – 6%; • lazer – 6%; • previdência social – 12% (percentual também mencionado na Lei n° 8.212/90 para o empregador). • Pode ser fixo ou variável. • Salário fixo é a contraprestação garantida e invariável, salvo faltas e atrasos do empregado. Salário variável ou aleatório é aquele submetido a uma condição, normalmente à produção do trabalhador. Sua expressão monetária é diferente mês a mês. • Conceituando salário, podemos dizer que é a contraprestação paga diretamente pelo empregador, seja em dinheiro, seja em utilidades (alimentação, habitação, entre outros). • Não obstante a expressão salário seja utilizada, comumente, para indicar a contraprestação fixa principal paga mensalmente pelo empregador ao empregado (o chamado salário básico), ela abrange também outras parcelas de caráter contraprestativo (que têm, pois, a mesma natureza salarial), como as gratificações, os adicionais, as comissões, etc. • Importa destacar também que o sujeito passivo dessa obrigação é o empregador, pois, ainda que decorrente da relação empregatícia, a importância paga por um terceiro não terá caráter salarial (gorjetas). • Portanto, o salário é parcela contraprestativa resultante da relação de emprego devida e paga pelo empregador ao empregado (art. 457, caput, CLT). • Salário Base • É a contraprestação salarial fixa paga pelo empregador ao empregado, O salário mínimo para uma classe de trabalhadores. • Montante numérico que é usado como base para o cálculo dos ganhos de um empregado: salário- base dos professores. • SALÁRIO-BASE = SALÁRIO EM $ + UTILIDADES SALÁRIO-UTILIDADE • O legislador permitiu que parte do pagamento salarial se realize em serviços ou bens, ou seja, UTILIDADES, também conhecido como salário “in natura” • Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. • Para a utilidade configure salário in natura é necessário: a) Natureza retribuitiva ( pelo Trabalho), fornecido habitualmente e gratuitamente ( onerosidade para o empregador) • Ou seja, para caracterizar natureza salarial é necessário que o seu fornecimento se reitere ao longo do contrato, bem como tenha caráter contraprestaivo e que não tenha participação econômica do empregador Salario utilidade • Utilidade é tudo que não é dinheiro, pecúnia. Cadeira, mesa, comida, combustível, máquina, casa, carro, plano de saúde, de previdência, vale ou bônus de pequena circulação etc. são exemplos de utilidades. • São requisitos concomitantes do salário- utilidade: a) concessão de uma utilidade; b) que a utilidade seja benéfica; c) que seja concedida de forma graciosa, habitual e fornecida pelos serviços prestados; d) que não haja lei retirando a natureza salarial da parcela. SALÁRIO IN NATURA (EM UTILIDADES) • Teoria da finalidade seu fundamento é que quando uma utilidade é necessária para que o serviço possa ser executado, equipara-se a um equipamento ou instrumento de trabalho, o que lhe retira a natureza salarial. A atividade, nesse caso, é meio para a execução do trabalho, e não contraprestação pelo trabalho executado. • PELO TRABALHO E NÃO PARA O TRABALHO O salário em utilidades é vantagem concedida pelo trabalho e não para o trabalho. Os vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados apenas no local de trabalho PARA a prestação de serviços não serão considerados salário. – Será considerado salário-in-natura o veículo que é usado também nos finais de semana e férias do empregado. - a moradia fornecida ao zelador ou ao caseiro, servindo para o desempenho do serviço possibilitando que fiquem à disposição do condomínio ou do empregador quando necessário o mesmo raciocínio se aplica ao fornecimento de energia elétrica ou de água ao zelador para a prestação dos serviços, o que é feito juntamente com a moradia. Percentuais do pagamento em utilidades • 30% do salário mínimo deverão ser pagos em dinheiro • os restantes 70% poderão ser pagos em utilidades • Por analogia, pode-se dizer que 30%, no mínimo, do salário contratual necessariamente deverão se pagos em dinheiro, sendo que os restantes 70% poderão ser pagos em utilidades. • SUMULA 258 do TST: “Os percentuais fixados em lei relativos ao salário in natura apenas pertencem às hipóteses em que o empregado recebe salário mínimo, apurando-se nas demais o real valor da utilidade”. • Alimentação – 20% para o trabalhador urbano (sobre o salário contratual) – 25% para o trabalhador rural (sobre o salário mínimo) • Moradia – 25% para o trabalhador urbano (sobre o salário contratual) – 20% para o trabalhador rural (sobre o salário mínimo)Exemplos • São parcelas In Natura • Vale-refeição (fornecido por força do contrato de trabalho) • Cesta-básica se fornecida ao empregado independentemente de haver obrigação coletiva Poderá ser salário in natura dependendo do que ficar estabelecido na norma coletiva a respeito da natureza do benefício como ocorre com o vale- refeição • Não são parcelas In Natura • PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador é auxílio-fiscal, inclusive sendo cobrado do empregado. • Se o fornecimento da alimentação não for aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, sendo mera decorrência do contrato de trabalho, terá caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais. • Vale-transporte • Educação, em estabelecimento próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos à matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático. Tanto faz o curso ser básica, de nível médio, superior, de idiomas etc. Qualquer tipo de educação paga pelo trabalhador. • Transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público. • Assistência médica hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde • Seguros de vida e de acidentes pessoais • Previdência privada • Sugere-se os seguintes percentuais (aplicação de regra de três): alimentação – 20% (art. 458, § 3°, da CLT – já incluídas as quatro refeições diárias); habitação – 25% (percentual mantido pelo art. 458 CLT); vestuário – 13%; higiene – 6%; transporte – 6% (percentual também mencionado pelo art. 4°, parágrafo único, da Lei n° 7.418/85); educação – 6%; saúde – 6%; lazer – 6%; previdência social – 12% (percentual também mencionado na Lei n° 8.212/90 para o empregador). PERCENTUAIS DO SALÁRIO • Art. 458 § 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. • Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade. • Isso significa que o valor da utilidade não fica restrito ao parâmetro do salário mínimo, mas funda-se em seu efetivo valor econômico. • Contudo, note-se, em segundo lugar, que há um limite claramente estabelecido para essa apuração do valor do salário in natura : • os percentuais legais (25% para habitação e 20% para alimentação, por exemplo) incidem sobre o salário contratual, não podendo superar o valor resultante (art. 458, § 3°). • Desse modo, tratando-se de salário contratual superior ao mínimo legal, apura-se o real valor da utilidade para o cálculo do salário in natura, respeitado o percentual máximo de incidência de cada utilidade sobre o montante do salário do contrato. FORMAS ESPECIAIS DE SALARIO • Além do salário básico (ou base) o empregado pode receber outras parcelas denominadas sobressalários (gratificações, adicionais, percentagens etc.). Sobressalário significa o que é pago além do salário base. • Sobre-salários são importâncias complementares que por sua natureza integram o complexo salarial como complementos do salário básico. • O sobressalário também é chamado, por alguns autores, de salário-condição, pois depende do implemento de uma condição legal ou contratual. É comum o empregador utilizar as nomenclaturas que lhe beneficiam ou inventar outras além das aqui mencionadas. COMISSÃO: • É a retribuição com base em percentuais sobre os negócios que o vendedor efetua, é normalmente utilizada nos empregos do comércio. • É a forma de Salário condicionada ao resultado do trabalho realizado pelo empregado, podendo ser ou não a única forma de salário, valendo lembrar que se for a única forma de salário é garantido o pagamento mínimo mensal, sendo do salário mínimo ou do piso salarial ( art. 7º, inciso V e VII da CF • Ou seja, quando o comissionista não puro não tiver como resultado de suas vendas, o valor mínimo legal, o empregador será obrigado a complementá-lo, e não poderá compensar essa complementação em retribuições futuras. COMISSÃO • Paga mensalmente, a medida que haja conclusão do negocio. • Permite-se as partes, mediante acordo, fixarem o prazo de até 03 meses para o pagamento. Comissionista Exclusivo de Zona Fechada: • Se ao empregado é atribuída uma zona de trabalho fechada (o território de um município, por exemplo), onde atua com exclusividade, ele terá direito às comissões das vendas realizadas pela empresa ou seu preposto a adquirentes estabelecidos nessa área de sua atuação exclusiva como comissionista. • Se o empregado for transferido de sua zona de trabalho com redução de vantagens, terá direito à remuneração mínima de um salário correspondente á média dos 12 últimos meses anteriores à transferência Comissão e Percentagens • não se confundem • Comissão é gênero • Percentagem é espécie de comissão • As comissões se referem a um valor determinado, como R$ 10,00 por unidade vendida, e as percentagens indicam um porcentual sobre as vendas, não tendo um valor determinado em numerário GRATIFICAÇÕES: • São liberalidades do empregador, a título de agradecimento, ou de reconhecimento ao trabalho, ou função desempenhada pelo empregado ( gratificação de função, de tempo de serviço, etc). • Integra o salário a gratificação paga com habitualidade, ainda que seja tacitamente. • são liberalidades do empregador que retende incentivar o empregado, visando obter maior dedicação deste, normalmente por ocasião das festas de fim de ano pagas com habitualidade, têm natureza salarial • tem finalidade retributiva Gratificações AJUSTADAS • a CLT considera de natureza salarial as gratificações pactuadas, ajustadas (art. 457, § 1º), mas a JURISPRUDÊNCIA afirma que havendo REITERAÇÃO no pagamento, as gratificações serão consideradas salariais, ainda que não constante de ajuste expresso. • Se o pagamento for habitual integram o salário do empregado, sendo computadas para o cálculo das férias, da indenização, do FGTS, dos recolhimentos ao INSS etc. • GRATIFICAÇÕES AJUSTADAS integram o salário • GRATIFICAÇÕES NÃO AJUSTADAS não integram o salário • GRATIFICAÇÕES HABITUAIS integram o salário (ajuste tácito) 13º SALÁRIO E GRATIFICAÇÃO • Não se confundem. • O 13º salário é compulsório, determinado por lei • A gratificação é convencional • Súmula 459 do STF a gratificação que se tiver incorporado ao salário integra a indenização ABONOS: • Abono são as quantias concedidas pelo empregador, a título de adiantamento em dinheiro, de forma espontânea e em caráter transitório, tem natureza salarial conforme artigo 457 § 1º da CLT • Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. • Exs.: Enquanto o empregado trabalhar em local insalubre, receberá o respectivo adicional. Enquanto exercer a função de chefia receberá a gratificação de função criada pela norma coletiva de sua categoria. Deixando de trabalhar em local insalubre ou de exercer a função de chefia, perde o direitode receber as respectivas vantagens. Estudaremos os sobressalários nos itens abaixo. • Enquanto o empregado receber o sobressalário este integrará o salário (regra geral) para fins de projeção nas demais parcelas, desde que habituais, salvo para projeção no FGTS, que incide sobre a remuneração independente da habitualidade. Basta que tenha natureza salarial. • Neste mesmo diapasão Délio Maranhão leciona: “Entende- se por remuneração o total dos proventos obtidos pelo empregado em função do contrato e pela prestação de trabalho, inclusive aqueles a cargo de outros sujeitos, que não o empregador.” • Exemplo de pagamento indireto é a gorjeta, que apesar de não ter natureza salarial a CLT determina sua integração ao salário para fins de compor a remuneração do empregado, observando-se a Súmula n° 354 do TST. • Apesar de a CLT (art. 457) só ter mencionado a gorjeta como pagamento indireto, não excluiu outras espécies de pagamento de terceiro, quais sejam, as gueltas, as comissões, as gratificações, taxa de serviço, os prêmios, os pontos e as utilidades, desde que pagas por terceiros. DIFERENÇA ENTRE SALÁRIO E OUTRAS FIGURAS • Nem todas as utilidades fornecidas pelo empregador ou por terceiros ao empregado, em decorrência direta ou indireta da relação de trabalho, tem natureza salarial. Não possuem essa natureza valores tais como as indenizações, a participação nos lucros, os benefícios previdenciários etc. • Ao contrário do que se possa pensar, a distinção entre verbas salariais e não salariais não e meramente didática, mas tem fundamental importância no âmbito do Direito do Trabalho, uma vez que apenas aquelas parcelas que forem tidas como de natureza salarial serão oneradas com os encargos legais, destinados ao INSS, ao FGTS etc. Além disso, somente as verbas tidas por salariais compõem a base de calculo de outras diversas obrigações devidas pelo empregador ao trabalhador. • Tomemos como exemplo o caso do fornecimento pela empresa de um veiculo de passeio para uso de um empregado. Se a natureza desse beneficio for considerada salarial, o valor mensurável da utilidade do veiculo devera ser obrigatoriamente computado como base de calculo para as contribuições destinadas ao INSS, ao FGTS, além de outros pagamentos efetuados ao empregado, como horas extras, ferias etc. ADICIONAIS: • São parcelas remuneratória decorrentes do preenchimento de condições previstas em lei, que motive seu pagamento, são verdadeiros “ sobressalários” • A motivação legislativa ocorre, do exercício do trabalho em condições gravosas, penosas, como o trabalho após a jornada, a noite, condições insalubres, perigosas, fora do seu domicílio. • Os adicionais tem natureza salarial, integrando o salário do empregado para todos os efeitos, entretanto não se incorporam ao salário do empregado, ou seja, cessada a condição mais gravosa que ensejou seu pagamento, cessa a obrigatoriedade • No Brasil, são compulsórios os adicionais POR HORAS EXTRAORDINÁRIAS, POR SERVIÇOS NOTURNOS, POR SERVIÇOS INSALUBRES, POR SERVIÇOS PERIGOSOS E POR TRANSFERÊNCIA DO LOCAL DE TRABALHO Espécies • Adicional de horas extras • Adicional noturno • Adicional de insalubridade • Adicional de periculosidade • Adicional de transferência Adicional de hora extra • É devido ao empregado que prestar serviço extraordinariamente, ou seja, cuja duração ultrapasse a duração normal. • O valor do adicional é de no mínimo 50% sobre o salário (art. 7, XVI CF) • Caso o trabalho extra seja realizado habitualmente por mais de um ano, a retirada de tal situação acarreta ao empregado o direito de receber do empregador uma indenização pela cessão do trabalho suplementar. • Súmula nº 291 do TST • HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO. (nova redação em decorrência do julgamento do processo TST-IUJERR 10700-45.2007.5.22.0101) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão. Habitualidade das horas extras • Se as horas extras são pagas com habitualidade, integram o cálculo de outras verbas, como • indenização • 13º salário • FGTS • Aviso prévio indenizado • Gratificações semestrais • Férias • Descanso semanal remunerado (DSR) Balconista que recebe por comissão • Enunciado 340 do TST : ” O balconista sujeito a controle de horário, que recebe por comissão, tem direito ao adicional de 50% pelo trabalho em horas extra, calculado sobre o valor das comissões, referentes a tais horas. Supressão das horas extras • A supressão das horas extras habituais (mais de 1 ano ou igual ou superior a 6 meses) o empregado tem direito a apenas uma indenização de um mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a 6 meses de prestação de serviço acima da jornada normal. • O cálculo é feito com base na média das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 meses, multiplicadas pelo valor da hora extra do dia da supressão. ADICIONAL NOTURNO • É devido ao empregado que trabalhar no período compreendido entre 22 horas de um dia até cinco horas do outro dia, para os trabalhadores urbanos, e das 21 até as 05 para os trabalhadores rurais na agricultura e das 20 até as 04 para os trabalhadores rurais em atividades pecuárias • 20% para o trabalhador urbano • 25% para o trabalhador rural – lavoura e rural-pecuária e para os advogados • Desse lembrar ainda que para o empregado urbano é utilizado a hora noturna reduzida de 52 min e 30 segundo, o que não é aplicado para os trabalhadores rurais. • Caso o empregado seja transferido para o horário diurno cessa a obrigatoriedade do pagamento a partir da mudança, não se aplica a súmula 291 para título de indenização. • o regime de revezamento no trabalho não exclui o direito do empregado ao adicional noturno. • O vigia noturno também tem direito ao adicional noturno. Período 20 H 21 H 22 H 4 H 5 H TRAB.URBANO TRAB. RURAL AGRICULTURA RURAL- PECUÁRIA ADVOGADO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (natureza salarial, não indenizatória) Insalubridade • É pago par ao empregado que trabalhar em condições ou local que ofereçam riscos à sua saúde, tem o direito a receber como contraprestação ( compensação) o pagamento de um adicional salarial, entre 10, 20 ou 40% conforme grau de nocividade, calculado sobre o salário mínimo. Requisitos • devido ainda que o salário contratual seja superior à soma do salário-mínimo + adicional de insalubridade • depende de perícia técnica comprovando a insalubridade do trabalho • a circunstância de o trabalho ser executado em caráter intermitente, em condições insalubres, não afasta o pagamento (não é necessário que a exposição seja permanente) • cessada a insalubridade mediante comprovação técnica cessa o seu pagamento • o simples fornecimento de aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade, devendo tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do EPI – Equipamento de ProteçãoIndividual (que deve ser gratuito) • trabalhador rural tem direito ao adicional de insalubridade, devendo ser verificada a condição que lhe é prejudicial à saúde. • Devido ao trabalhador temporário • Se a perícia constatar agente insalubre diverso do apontado na inicial, não ficará prejudicado o pedido da insalubridade. Base de cálculo • vinculado ao salário mínimo ( art. 192 da CLT) e não sobre o salário profissional • Obs: O inc. IV do art. 7º da CF declara que é vedada a vinculação do salário mínimo para qualquer fim. O salário mínimo não prestará como indexador para reajuste de preços, de aluguéis etc. – A vinculação do salário mínimo é apenas para alimentação, moradia, saúde, vestuário, educação, lazer, higiene, transporte e previdência social. – Não pode, portanto, haver a vinculação do salário mínimo para qualquer outro fim. – Somente as aposentadorias é que ficaram vinculadas ao salário mínimo, enquanto não implantado o novo plano de custeio e benefícios, na forma do art. 58 do ADCT • Sumula 228 do TST indica que o cálculo deve ser sobre o mínimo SÚMULA CUJA EFICÁCIA ESTÁ SUSPENSA POR DECISÃO LIMINAR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 SUMULAS E OJs • OJ Nº 4 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIXO URBANO. (Nova redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 170 da SBDI-1, DJ 20.04.2005) I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. (ex-OJ nº 170 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000). • OJ Nº 47. HORA EXTRA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. A base de cálculo da hora extra é o resultado da soma do salário contratual mais o adicional de insalubridade. • SÚMULA 47. INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. • SÚMULA 228. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE (natureza salarial, não indenizatória) • concedidos aos empregados que prestem serviços em contato permanente com explosivos ou inflamáveis em condições de risco acentuado, bem assim aos eletricistas • Pressupõe a enumeração das atividades perigosas pelo Ministério do Trabalho • Reconhecida pelo Ministério do Trabalho a condição de periculosidade, o empregado fara jus ao pagamento do adicional de 30% sobre o seu salario contratual, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. • Entretanto, em relação aos eletricitários, o calculo do adicional de periculosidade devera ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial (TST, Sumula n.° 191). CLT • Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: • I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; • II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. • § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. • § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. • § 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. • § 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. Sumulas e OJs • Súmula nº 191 do TST - ADICIONAL. PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. • Súmula nº 364 do TST - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (cancelado o item II e dada nova redação ao item I) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) • Súmula nº 453 do TST - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. Adicional de Transferência • É de 25% sobre o salário contratual do empregado que por transferido PROVISORIAMENTE, não sendo devida em casos de transferência definitiva ou a pedido do empregado PRÊMIOS • É um salário vinculado a fatores de ordem pessoal do trabalhador, como a produção, a eficiência, é uma forma de salário vinculado a um fator de ordem pessoal do empregado ou geral de muitos empregados, via de regra, ligado a sua produção. • Não estão previstos em lei. BICHO • Entende-se por bicho a importância paga para o jogador a título de gratificação ou prêmio como regra pela vitória ou título conquistado, possuindo natureza salarial ( artigo 31§ 1º da Lei 9.615/98. LUVAS • As luvas caracterizam-se como uma importância paga pelo empregador ao empregado, na forma do que for convencionado, PELA ASSINATURA DO CONTRATO. • Embora não exista previsão legal, a jurisprudência tem se consolidado no sentido que tal situação tem natureza salarial, pagas por antecipação, não se confundindo com indenizações. PARCELAS INDENIZATÓRIAS – Não salariais • Indenização é a parcela remuneratória destinada à reparação de danos (como na dispensa sem justa causa) ou ressarcimento de gastos do empregado (diárias, ajudas de custo – PARA O TRABALHO), em função do contrato de trabalho. • Obs: PARA o trabalho Indenização e não PELO Trabalho. DIÁRIAS PARA VIAGEM • São valores pagos pelo empregador para cobrir às despesas de viagem e manutenção do empregado, ocasionados em razão de seu contrato de trabalho.• Em princípio não tem natureza de contraprestação e sim de indenização. • Entretanto, quando o valor pago a título de diárias ultrapassar em 50% o valor do salário mensal do empregado passará a integrar o salário ( art. 457 § 2º) • § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado. • Súmula nº 101 do TST - DIÁRIAS DE VIAGEM. SALÁRIO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 292 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 • Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinquenta por cento) do salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens AJUDA DE CUSTOS • É uma parcela de natureza indenizatória o qual o objetivo é de cobrir as despesas que o empregado tem com sua transferência para localidade diversa daquela em que tenha seu domicílio • Em caso de despesas de transferência do empregado, as despesas deverão ser pagas pelo empregador, o que determina a obrigatoriedade do ressarcimento dessas despesas efetuada pelo empregado • Art. 470 - As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS ( PLR) • Método de remuneração complementar do empregado, com o qual se lhe garante uma parcela dos lucros auferidos pelo empreendimento econômico do qual participa. • A participação será objeto de negociação entre empresa e seus empregados, mediante comissão escolhida pelas partes ou convenção e acordo coletivo. • Atualmente o entendimento e de que a participação nos lucros não é obrigatória se não constar em acordo ou convenção coletiva SALÁRIO COMPLESSIVO • Salário Complessivo é aquele que compreende, no valor ajustado entre as partes, varias parcelas devidas ao empregador, ex. horas extras, adicionais, é a hipótese em que o empregador combina com o empregado um salário já incluso tudo. • Esse “ englobamento” não é admitido na doutrina e na jurisprudência, já que o mesmo não permite a comprovação das verbas componentes da remuneração que são pagas. • m razão disso é nulo tal ajuste e não serão consideradas pagas as parcelas que porventura se encontrem implícitas no salário. • Súmula nº 91 do TST - SALÁRIO COMPLESSIVO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. Décimo terceiro salário • O decimo terceiro salario com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria e uma gratificação compulsória, em decorrência do texto da Constituição Federal de 1988 (CF, art. 7.°, VIII). FORMA DE PAGAMENTO • Até o dia 20 de dezembro de cada ano • Duas parcelas: • 1ª parcela : entre os meses de fevereiro a novembro de cada ano, ou se o empregado o requerer no mês de janeiro por ocasião das suas férias • Equivale a metade do salário do empregado no mês anterior ao pagamento • • 2ª parcela: até 20 de dezembro • Equivalente à remuneração do mês de dezembro, compensando-se (subraindo0se) a importância paga na primeira parcela, sem nenhuma correção monetária 13º salário proporcional • proporcional aos meses trabalhados no ano quando extinto o seu contrato – na dispensa sem justa causa – na dispensa indireta – pelo término do contrato a prazo determinado – pela aposentadoria – pela extinção da empresa – pelo pedido de demissão • A primeira parcela é considerada um adiantamento e poderá ser paga por ocasião das férias do empregado, desde que este requeira no mês de janeiro do correspondente ano. • O empregado não terá direito ao 13º salário proporcional quando for dispensado por justa causa e se o empregador já fez o pagamento da primeira parcela, poderá compensá-lo do saldo salarial e das férias vencidas. • Obs.: Na culpa recíproca será devido pela metade. Formas de Pagamento do Salário • A) Salário por tempo: É aquele pago em decorrência do tempo pelo qual o labor foi prestado, ou do tempo em que o obreiro permaneceu à disposição do empregador, seja, a hora, o dia, a semana, a quinzena o mês, ou excepcionalmente, um tempo maior ( casos de comissões ou percentagens) • B) Salário por produção: É aquele calculado com base no número de unidades produzidas pelo empregado. Cada unidade é retribuída com um valor ficado pelo empregador anteriormente, o pagamento é efetuado calculando-se o total das unidades multiplicada pela tarifa unitária. • C) Salário por tarefa: É aquele pago com base na produção do empregado, mas, pela economia de tempo, há uma vantagem, o empregado ganha um acréscimo no preço da tarefa ou é dispensado, quando cumpre as tarefas do dia, do restante da jornada. Proteção ao Salário • O ordenamento jurídico tem como objetivo buscar garantias e proteções ao salário de modo a buscar garantir um valor justo e viabilizar sua livre e imediata percepção ao longo da relação de emprego. • Assim a ordem jurídica reconhece, no salário, um caráter essencialmente ALIMENTAR, deferindo, em consequência, à parcela o mais notável universo de proteção que pode formular a contraponto com outros direitos e créditos existentes. • A legislação estabelece três mecanismos de proteção ao VALOR do salário – A) Irredutibilidade do Valor Salarial – B) Mecanismos de Correção Salarial – C) Determinação de um patamar mínimo Possibilidade de Descontos • O artigo 462 da CLT consagra o princípio da intangibilidade salarial, vedando a realização de descontos, salvo se autorizado por lei, norma coletiva, adiantamentos, ou danos causados pelo empregado. • Descontos autorizados por lei: – - contribuições previdenciárias – - impostos de renda – - pagamento de prestações alimentícias – - pagamento de pena criminal pecuniária – - pagamento de custas judiciais – - pagamento de aquisição de moradia pelo SFH – - retenção salarial por falta de aviso prévio pelo empregado que pede demissão – - contribuição sindical – - vale-transporte – - outros descontos previstos em instrumentos de negociação coletiva Com autorização prévia e por escrito do empregado • os realizados para inclusão em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar. • Planos de seguro • Planos de previdência privada • Planos de entidade cooperativa, cultural ou recreativa, associativa de seus trabalhadores em benefício do empregado e de seus dependentes Descontos por DOLO ou CULPA • Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que : – Em caso de culpa esta possibilidade tenha sido acordada previamente entre o empregado e o empregador – Na ocorrência de dolo do empregado, independente de acordo prévio Desconto sobre o VALOR INTEGRAL do salário • O desconto poderá perfazer o valor integral do salário do trabalhador • Não será permitido o desconto no salário de importância superior ao ordenado do trabalhador, considerando-se o excedente como dívida de natureza civil. • - os salários são impenhoráveis, salvo para pagamento de pensão alimentícia Dia do pagamento • Considera-se como dia do pagamento até o 5º dia útil após o vencimento (excluídos os domingos e feriados) • Sábado é considerado dia útil para efeito de pagamento • Se o salário é pago por quinzena ou semana este prazo é de 5 dias após o vencimento (úteis e não úteis) Local do Pagamento • O pagamento dos salários deve ser realizadono local do trabalho, ressalvada a hipótese em que o salário é feito em depósito bancário ou cheque; nesse caso, deverá o empregador • assegurar ao empregado horário que permita o desconto do cheque, transporte e qualquer • condição necessária ao imediato recebimento (art. 465, CLT). Atenção: • A Súmula 342 do TST dispõe que: os descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativa associativa dos seus trabalhadores, em seu benefício e dos seus dependentes, não afrontam o disposto pelo art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. Meios de Pagamento • O salário tem de ser pago em “moeda nacional”, compreendida esta como a expressão monetária oficial e corrente no País (art. 463, CLT). São nulos os contratos que estipulem pagamento de salários em moeda estrangeira. • Essa norma, entretanto, encontra exceções no próprio Direito do Trabalho (técnico estrangeiro contratado para trabalhar no País; empregado brasileiro transferido para trabalhar no exterior). • Observe-se, contudo, que as normas excepcionais tendem a autorizar apenas a indexação em moeda estrangeira nesses casos especificados, determinando que o pagamento efetivo verificado no País seja feito em moeda nacional. Pagamento em Cheque ou Depósito Bancário • A Portaria n. 3.281/84, do Ministério do Trabalho, autorizou as empresas situadas em perímetro urbano, com o consentimento do empregado, a efetuar o pagamento dos salários através de conta bancária aberta para esse fim em nome de cada empregado, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho, ou em cheque emitido diretamente pelo empregador em favor do empregado, salvo se o trabalhador for analfabeto, quando o pagamento só poderá ser efetuado em dinheiro. • Utilizando-se de tal prerrogativa, o empregador ficará obrigado a assegurar ao empregado horário que permita o desconto imediato do cheque. Proteções contra o Truck Sistem • É absolutamente nulo, ainda, o pagamento mediante instrumentos que configurem o truck system, isto é, modalidades de vinculação automática do salário a armazéns ou sistemas de fornecimento de mercadorias (art. 462, §§ 2°, 3° e 4°, CLT). • A relação que se estabelece com o armazém é civil e não pode autorizar interferência no âmbito do pagamento do contrato empregatício. • O que quer definitivamente a ordem justrabalhista é vedar, de modo pleno e cabal, qualquer possibilidade de o empregador “.. restringir a liberdade do trabalhador de dispor de seu salário da maneira que lhe convier” (art. 60, Convenção 95/OIT). • ATENÇÃO: É absolutamente nulo o pagamento mediante “vales”, “cartas de crédito”, bônus, cupons ou outros instrumentos semelhantes, ainda que supondo representar a moeda de curso legal. Prova de Pagamento do Salário • O pagamento dos salários se comprova por meio de recibo ou comprovante do depósito em conta bancária do empregado. (art. 464, CLT). • Sendo o empregado for analfabeto, deverá imprimir as suas digitais ou solicitar que um colega assine por ele (assinatura a rogo), na presença de duas testemunhas, em conformidade com o previsto no art. 135, Código Civil.
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