DORT: Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

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DORT
Profª Sara Oliveira
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1700 – Bernardo Ramazzini
- doença dos escribas e lavadeiras
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• Revolução Industrial (séc. XVIII e XIX)
• Século XX: Epidemia de DORT
- mudanças tecnológicas-organizacionais
- Automatização-informatização
- Tarefas fragmentadas, desqualificadas, 
repetitivas, 
- Superutilização de alguns grupamentos 
m.m, sub ou superutilização de funções 
cognitivas
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FABRICA FORD MOTOR 
COMPANY(1903)
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Linha de Montagem Fábrica Ford 
2003
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• Ritmo acelerado de trabalho:
- Pressão por produtividade com qualidade
- Determinado pelas máquinas; linha 
de montagem, fila de clientes
- Controle de supervisores e chefia
• Jornadas extensas de trabalho, excesso 
de hora-extra
• Ausência de pausas
• Isolamento no trabalho
• Desemprego estrutural
• Estímulo à competitividade exacerbada
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• LER – Lesões por esforços repetitivos
- 1987: reconhecida como doença 
profissional
LER→DORT ( Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho)
- lesões características podem estar 
presentes apenas em estágios mais 
avançados
- Simplificação da causalidade , destacando a 
repetição como principal agente causador 
das disfunções
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DORT
Conjunto de distúrbios que acometem os 
tendões, músculos, fáscias, nervos e 
ligamentos, de forma isolada ou associada, 
com ou sem degeneração dos tecidos, 
atingindo preferencialmente os MMSS, 
cintura escapular e região cervical, em 
decorrência do trabalho.
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Aspectos epidemiológicos
constituem hoje o principal grupo de distúrbios à saúde, 
reconhecidos por sua relação com as condições de 
trabalho(KUORINKA & FORCIER ,1995). 
• No Brasil, respondem por mais de 80% dos diagnósticos 
que resultaram em aposentadoria por invalidez pela 
Previdência Social em 1998 (OPAS, 2002).
• Mulheres mais acometidas
• Trabalhadores em idade produtiva (entre 25 e 35 anos)
• Subnotificação de casos:
- dificuldade em estabelecer nexo-causal
- acometimento de trabalhadores autônomos e informais
- Demissão quando produtividade ↓ antes de diagnósticoProfª Sara Oliveira
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• Prejuízo para empresas: no Brasil Há empresas 
com índice de afastamento acima de 10% da 
sua população (ABERGO,1997)
- encargos sociais, indenizações
- Readaptação funcional
- Treinamento do pessoal
- Perda de produtividade
• Prejuízo para trabalhadores
- sofrimento físico e mental
- perda da capacidade produtiva
- comprometimento da vida social e familiar
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MULTIFATORIALIDADE
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- Posturas estáticas por tempo prolongado
- Força excessiva na execução da tarefa
- Compressão mecânica de tecidos moles
- Alta repetitividade dos movimentos
1:Fatores Biomecânicos
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Trabalho RepetitivoPORTO (1987)
• Atos de repetição de ações humanas dentro da esfera 
do trabalho
• Ações:movimentos gestos, formas de pensar, 
condensadas em unidades de ações que formam um 
ciclo padrão
• Execução mais ou menos contínua de ciclo padrão ao 
longo da jornada
• Conjunto de informações utilizadas pelo trabalhador 
na realização de certas operações é limitada e 
invariável, repetindo um ciclo padrão após o outro
SILVERSTEIN E COL.(1987) Repetitividade elevada:
- tempo de ciclo ↓ a 30 seg
- Mais de 50% do tempo de ciclo é composto pela 
mesma sequência de gestos Profª Sara Oliveira
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• Ritmo intenso de trabalho
• Ciclos curtos de trabalho
• Distribuição irregular de horas
extras
• Ausência de pausas
• Pressão por
produtividadecompetição, 
qualidade)
2:Fatores Organizacionais
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• Mobiliário Inadequado
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3:Mobiliário Inadequado
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• 4:Fatores ambientais : 
frio e vibração
• 5:Fatores psicoemocionais
- Desmotivação
- Afastamento da família
- Estresse
- Ansiedade
- Instabilidade no emprego
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6:CARACTERÍSTICAS 
PESSOAIS
• Estrutura músculoesquelética, pré-disposição
• Pessoas tristes, deprimidas e com conflitos 
psicoafetivos;
• Pessoas que não conseguem relaxar
• Pessoas ansiosas e agitadas
• Os perfeccionistas e mais auto-exigentes
• Quem ultrapassa os limites
• Pessoas que tudo que fazem é com força 
excessiva
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Representação esquemática
da estrutura de um tendão
submetido a tensão
Representação esquemática
da estrutura de um tendão em
repouso.
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tensão repetitiva ou contração estática prolongada
Irritação biomecância dos tecidos
Inflamação do tendão
Inflamação da bainha e bolsa sinovial Dor muscular
Fadiga muscular 
crônica , redução de 
força e 
descondicionamento
Isquemia por Fadiga 
muscular, retenção de 
metabólitos
espasmo muscular
Incapacidade 
funcional
cronificação
Reação fibrosa
Contratura muscular
Mobilidade articular 
reduzida
Compressão nervosa
Força muscular 
reduzida
Dor aguda
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Estágios dos DORT
• Estágio 1 - Sensação de peso, desconforto, 
e cansaço em alugam região do corpo, 
durante a jornada de trabalho. As sensações 
passam com o repouso.
• Estágio 2 - Dor persistente, localizada 
durante a atividade. Inchaço e calor na área 
afetada. Mesmo com descanso a dor pode 
permanecer .
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Estágio 3
• Dor persistente mesmo com repouso prolongado e 
na execução de qualquer movimento. 
• Perda de força eventual ou freqüente. 
• Pode haver perda de sensibilidade, sensação de 
formigamento, choques, queimação. 
• Acorda à noite com a dor, deixa objetos caírem 
das mãos
• Dificuldade para realizar tarefas AVDS 
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FASE 4
•Dor constante, às vezes 
insuportável, que migra para 
outras partes do corpo
•edema
•Impossibilidade de realizar 
tarefas domésticas e de 
trabalho
•Dificuldade para dormir 
? Limitação dos 
movimentos
? ↓ Força e do volume 
muscular 
? Deformidades
- aposentadoria por 
invalidez
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Representação esquemática da cápsula
articular dos dedos e das áreas onde
tendões e nervos podem ser 
comprimidos em túneis osteofibrosos
1- Túnel do carpo
2- Canal de Guyon
3- Polias tendíneas
4- Tendões flexores
5- Nervo mediano
6- Nervo ulnar
7- Cápsula articular
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• Síndrome do canal de Guyon
Compressão do nervo ulnar no canal de 
Guyon, causando distúrbio de 
sensibilidade no quarto e quinto dedos, 
bem como distúrbios motores na face 
palmar.
A utilização excessiva da borda ulnar do punho, 
traumas, fratura de ossos do carpo e metacarpo, 
variações anatômicas, tumores de partes moles, 
comprometimento da artéria ulnar e cistos sinoviais
são elementos predisponentes mais comuns
Aparece com frequência nos carimbadores, 
escrivães e aramistas
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Síndrome do túnel do carpo
Compressão do nervo mediano ao nível do punho
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Compressão do nervo mediano
na base da mão
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Doença de De Quervain
Inflamacao da bainha comum
dos tendoes do abdutor longo
(B) e extensor curto (C) do 
polegar no ponto onde eles
passam juntos por uma unica
polia. 
Foi inicialmente descrita em
lavadeiras,mas incide em
todas as atividades em que
haja fixação do polegar
acompanhada de força, quer
seja de torção, ou de desvio
ulnar do carpo
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Epicondilite lateral
• Inflamação dos músculos responsáveis
pela extensão e pronossupinação
• Conhecida como cotovelo de tenista
• Desencadeada pelos movimentos de 
extensão e pronossupinação
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• Extensor longo do carpo
• Extensor curto radial do carpo
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Inflamacao da bainha sinovial
do tendao da porção longa do 
biceps, no ponto em que ela
muda de direcao: no sulco
bicipital. Ocorre mais
frequentemente associada a 
outras lesoes da bainha
rotatoria do ombro.
Ocorre nas atividades em que o 
braço é mantido em elevação
por longos períodos.
Tendinite da porção longa do biceps
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FIBROMIALGIA
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CISTOS SINOVIAIS
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• Doenças e lesões ocupacionais são 
em princípio previsíveis, portanto, 
plenamente sujeitas à prevenção.
• A eficácia de qualquer medida 
preventiva depende diretamente da 
sua capacidade em atingir, eliminar 
ou minimizar os fatores promotores 
do distúrbio.
(COURY & RODGER, 1997)Profª Sara Oliveira
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• Ergonomia de Concepção: 
- planejamento ergonômico dos postos de
trabalho 
• Ergonomia de Correção:
- Identificar os fatores de risco
- Realizar adaptações necessárias
• Ergonomia de Conscientização
• Ergonomia Participativa
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	DORT
	1700 – Bernardo Ramazzini�
	FABRICA FORD MOTOR COMPANY(1903)
	Linha de Montagem Fábrica Ford 2003
	DORT
	Aspectos epidemiológicos
	MULTIFATORIALIDADE�
	Trabalho Repetitivo
	 Mobiliário Inadequado
	3:Mobiliário Inadequado
	6:CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
	Estágios dos DORT
	Estágio 3
	Compressão do nervo mediano na base da mão
	Epicondilite lateral
	FIBROMIALGIA
	CISTOS SINOVIAIS