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28/01/2011 1 Processamento de InformaçõesProcessamento de Informações Estímulo Sistema Executivo Sistema Efetor Resposta/ação observável Estímulo Identificação do estímulo Seleção da resposta Programação da resposta Programa motor Medula espinhal Músculos Processo de elaboração da idéia/solução ao problema/estímulo. Processo de elaboração da resposta sob a forma de movimento Resposta/ação observável Resposta/ação observável CogniçãoCognição �� Processo envolvido em conhecer, ou o ato de Processo envolvido em conhecer, ou o ato de conhecer, o qual inclui a conhecer, o qual inclui a percepçãopercepção e o julgamento.e o julgamento. �� Cognição inclui todos os processos de consciência Cognição inclui todos os processos de consciência pelo qual o conhecimento é acumulado, tal como pelo qual o conhecimento é acumulado, tal como perceber, reconhecer, conceituar e raciocinar;perceber, reconhecer, conceituar e raciocinar; �� A experiência de conhecimento pode ser distinguida A experiência de conhecimento pode ser distinguida da experiência de sentir ou desejar;da experiência de sentir ou desejar; �� É uma das poucas palavras que se refere tanto ao É uma das poucas palavras que se refere tanto ao cérebro quanto à mente;cérebro quanto à mente; �� A abordagem cognitiva na aprendizagem se ocupa A abordagem cognitiva na aprendizagem se ocupa em estudar como o processo cognitivo afeta a em estudar como o processo cognitivo afeta a aprendizagem e o comportamentoaprendizagem e o comportamento Cognition. ( 2008). In Encyclopædia Britannica. Retrieved September 15, 2008, from Encyclopædia Britannica Online: http://www.search.eb.com.w10060.dotlib.com.br/eb/article-9024661 SENSAÇÃO E PERCEPÇÃOSENSAÇÃO E PERCEPÇÃO Estímulo Interpretação do estímulo SNCReceptores sensoriais Transmissão aferente Transmissão eferente Órgãos efetores Músculos glândulas Processo perceptual SAGE, G.H Introduction to motor behavior. A neuropsychological approach. Massachussets: Addison-Wesley, 1971. SCHMIDT, R. A.; LEE, T. D. Motor control and learning. A behavioral emphasis. 3nd. ed. Champaign: Human Kinetics, 1999. � Informação bruta � Atividades dos órgãos (receptores) sensoriais e a resultante transmissão aferente; � Fornece os dados a partir do qual o significado surge É o primeiro estágio de um processo de múltiplos estágios de trazer ordem e organização para o comportamento; � Não é afetado pela aprendizagem: a mesma estimulação sensorial produz a mesma atividade neural. • Atividade de mediação (SNC) que integra a informação presente com informações passadas; • Depende de mais de um estágio, é influenciado por muitos fatores, incluindo a aprendizagem • Sua relação com os eventos é variável: um mesmo estímulo pode produzir diferentes percepções e diferentes estímulos podem produzir a mesma percepção � Processo pelo qual a informação sensorial é organizada e interpretada; � Dá significado ao input sensorial; Classificados em: � InterorreceptoresInterorreceptoresInterorreceptoresInterorreceptores – informação sobre o estado dos órgãos internos � ExteroceptoresExteroceptoresExteroceptoresExteroceptores – informação sobre os movimentos de objetos no ambiente � ProprioceptoresProprioceptoresProprioceptoresProprioceptores – informação sobre o próprio movimento (SCHMIDT & LEE, 1999) 28/01/2011 2 SISTEMA VESTIBULAR (proprioceptor )– inf. sobre movimentos da cabeça; orientação sobre a gravidade; RECEPTORES MÚSCULO-ARTICULARES (proprioceptores) � Fuso muscularFuso muscularFuso muscularFuso muscular – inf. sobre o alongamento muscular e velocidade do movimento; � Órgãos tendinosos de GolgiÓrgãos tendinosos de GolgiÓrgãos tendinosos de GolgiÓrgãos tendinosos de Golgi – na inserção muscular e tendões; inf. sobre contração muscular; � Células de Rufini, corpúsculos de PaciniCélulas de Rufini, corpúsculos de PaciniCélulas de Rufini, corpúsculos de PaciniCélulas de Rufini, corpúsculos de Pacini - na cápsula articular - percepção da posição articular; RECEPTORES CUTÂNEOS (proprioceptor) – dor, pressão, calor, frio, estímulo químico e elétrico. AUDIÇÃO – exteroceptor/proprioceptor; � O mais crítico receptor da informação sobre movimento dos objetos. � 2 sistemas visuais: focal e ambiental CARACTERÍSTICA Locus retinal Campo visual Baixa iluminação Consciência Função VISÃO FOCAL Somente centro da retina central Degradação Sim “O que é isto” ? VISÃO AMBIENTAL Retina total central/periférico Nenhum efeito Não “Onde está isto” ? EVIDÊNCIAS PARA OS DOIS SISTEMAS VISUAIS – ESTUDOS DE DUPLA DISSOCIAÇÃO � Bridgeman, Kirsch e Sperling (1981, citados em Schmidt e Lee, 1999), usaram um paradigma de indução do movimento, no qual pequenos movimento de um fundo móvel em uma dada direção fazia parecer que um alvo estacionário se movia na direção oposta; � Sob tais condições, sujeitos diziam que o alvo (realmente estacionário) movia-se cerca de 2,5 graus; � Subitamente, o alvo e o fundo eram retirados e os pesquisadores pediam para os sujeitos moverem um apontador mecânico para última localização do alvo � E os sujeitos acertavam a real localização do alvo!! Neste estudo ficou evidente a dissociação dos dois sistemas visuais, o sistema visual consciente (focal) foi afetado pelo movimento do fundo móvel, mas a visão ambiental não foi afetada e informou corretamente a posição do alvo. QUAL O PAPEL DA VISÃO CENTRAL E DA AMBIENTAL NO CONTROLE MOTOR? � Outro estudo fez o procedimento reverso: o alvo foi realmente movido para uma direção, mas o fundo móvel era movimentado na direção oposta de tal forma que o sujeito julgava (conscientemente) que o alvo estava estacionário; � Quando alvo e fundo móvel eram retirados, os sujeitos tendiam a apontar para a posição real do alvo, e não para a posição que o sujeito percebia conscientemente. “Informação sensorial acerca de uma resposta” (Magill, 1984) “Qualquer tipo de informação sensorial sobre o movimento” (Schmidt, 1993) Conjunto de referências obtidas mediante as informações sensoriais que expressam o ERRO do movimento 28/01/2011 3 � Desvio do movimento planejado; � É a discrepância entre a resposta (movimento) e o que havia sido planejado (plano motor). Mas, atenção: SISTEMAS SIMPLES NÃO ERRAM... (Rosen, 1989) FEEDBACK NA TPIFEEDBACK NA TPIFEEDBACK NA TPIFEEDBACK NA TPI Programa motor Medula espinhal Ambiente Movimento Músculos Sistema Efetor Resposta Programação da resposta Identificação do estímulo Seleção da resposta Referências anteriores Feedback Intrínseco Comparador M1 M1=Reflexos monossinápticos, responsáveis pelas mudanças decorrentes da contração ou extensão muscular (ajustes na postura) M2 M2= duração mais longa contribui mais com ajustes no movimento. Por sua característica de duração, pode ser ajustado voluntariamente. E r r o A c e r t o Feedback Extrínseco Visão, Audição, Tato, olfato, paladar, cinestesia 1.Intrínseco: informação (sensorial) obtida pelo próprio executante 2.Extrínseco: informação recebida por uma fonte externa 2.1 Conhecimento de Resultados - CR 2.2 Conhecimento de Performance – CP Informação sensorial total Informação relativa ao movimento Informação não relativa ao movimento Anterior ao movimento Resultado do movimento Feedback intrínseco Feedback extrínseco Visão Propriocepção Audição Tato Olfato Forças CR CP Vídeo Filmes Artigos de jornal (Schmidt, 1993) FEEDBACKFEEDBACKFEEDBACKFEEDBACK EXTRÍNSECOEXTRÍNSECOEXTRÍNSECOEXTRÍNSECO � Também conhecido por � Feedback aumentado � Informação de retorno do resultado ou � Conhecimento de Resultado Conhecimento de Resultado Conhecimento de Resultado Conhecimento de Resultado ---- CRCRCRCR É a informação aumentada, geralmente verbalizável, fornecida depois do término da ação, e que indica algo sobre o grau de sucesso (ERRO) alcançado por um executante com referência à meta ambiental de um movimento.Schmidt & Wrisberg (2001) 28/01/2011 4 ••O CR que duplica o O CR que duplica o feedbackfeedback intrínseco é de intrínseco é de pouco valor e pode ainda ser irritante para os pouco valor e pode ainda ser irritante para os aprendizes, quando estes podem percebêaprendizes, quando estes podem percebê--lo e lo e interpretáinterpretá--lo sozinho, mas é essencial quando lo sozinho, mas é essencial quando uma pessoa tem diminuídas ou alteradas as uma pessoa tem diminuídas ou alteradas as fontes de fontes de feedbackfeedback intrínseco como o paciente intrínseco como o paciente de disfunção neurológica;de disfunção neurológica; Neste caso o Neste caso o feedbackfeedback extrínseco é mais extrínseco é mais importante para a performance e o aprendizado importante para a performance e o aprendizado porque o porque o feedbackfeedback intrínseco disponível é intrínseco disponível é insuficiente.insuficiente. É o feedback aumentado que fornece informação sobre a qualidade do movimento produzido pelo executante. O feedback sobre o deslocamento, velocidade, aceleração, ângulos ou outros aspectos do mesmo movimento. Também conhecido como feedback cinemático. Schmidt & Wrisberg (2001) Ex.: “O seu balanço para trás está longo demais” •Motivadora: manutenção do interesse pela atividade; •Reforço: - Positivo: recompensa, repetição do movimento; - Negativo: punição, evitar a repetição do movimento; •Informativa sobre Erros: otimizar os padrões de ação; •Dependência: sobreposição do feedback intrínseco, sensorial. Tomada de decisão: Tomada de decisão: Tomada de decisão: Tomada de decisão: a a a a seleção da resposta seleção da resposta seleção da resposta seleção da resposta e as e as e as e as variáveis relacionadas ao variáveis relacionadas ao variáveis relacionadas ao variáveis relacionadas ao aumento de aumento de aumento de aumento de complexidade complexidade complexidade complexidade decisóriadecisóriadecisóriadecisória. . . . TOMADA DE DECISÃO É � A translação da percepção à ação; �A seleção da resposta (plano de ação); PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES Estímulo Sistema Executivo Sistema Efetor Resposta Estímulo Resposta Identificação do estímulo Seleção da resposta Programação da resposta Programa motor Medula espinhal Músculos Movimento Processo de elaboração da idéia/solução ao problema/estímulo. Processo de elaboração da resposta sob a forma de movimento Ambiente Estímulo 28/01/2011 5 McMORRIS, T. Acquisition & Perfomance of Sport Skills. Chichester: John Wiley & Sons, 2004 SAGE, G.H. Introduction to motor behavior: a neuropsychological approach. Londres: Addison Wesley, 1977 SCHMIDT, R. A.& LEE, T. D. Motor control and learning. A behavioral emphasis. 3nd. ed. Champaign: Human Kinetics, 1999. SCHMIDT, R.A. & WRISBERG, C.A. Aprendizagem e performance motora (2a. ed.). Porto Alegre: Artmed, 2001. Característica marcante do Característica marcante do comportamento habilidoso:comportamento habilidoso: é ser proficiente na decisão é ser proficiente na decisão sobre O QUÊ fazer sobre O QUÊ fazer (ou O QUE NÃO fazer) em (ou O QUE NÃO fazer) em situações específicassituações específicas TOMADA DE DECISÃO/SELEÇÃO DA RESPOSTA ��é o é o segundosegundo estágio no estágio no processamento da informação;processamento da informação; ��Nele Nele ocorre a decisão ocorre a decisão se haverá se haverá resposta e resposta e qual seráqual será;; TR � É o intervalo durante o qual os impulsos neurais estão sendo transmitidos ao SNC, processados e transmitidos de volta aos músculos � É a medida da duração dos três estágios pois: inicia quando o estímulo é apresentado e termina quando o movimento é iniciado; Identificação do estímulo Programação da resposta Seleção da Resposta e s tím u lo m o v im e n to TEMPO DE REAÇÃO �Indica a velocidade e a eficácia da tomada de decisão TR, TM E TTR �Tempo de Reação = Intervalo de tempo entre a apresentação do estímulo não-antecipado e o início da resposta; �Tempo de Movimento = intervalo de tempo entre o início e o final da resposta. �Tempo Total de Resposta = soma de TR e TM Sinal de alerta Sinal de “largada” Início da resposta Fim da resposta período pré- motor TR TM Tempo Total de Resposta (TTR) período motor Pré- período Nós respondemos aos vários tipos de estímulos com a mesma velocidade? FONTES DO ESTÍMULO E TR •TR à luz é cerca de 20% maior que TR ao som e ao toque •TRs de diferentes fontes de estímulos dependem dos diferentes processos de transdução da energia para estímulo elétrico e dos diferentes limiares nos vários receptores. FONTES DO ESTÍMULO E TR Do mais rápido para o mais lento TR: ACÚSTICO, TÁTIL (pressão, contato), VISUAL, DOR, GUSTATIVO e OLFATIVO Sage, (1977) 28/01/2011 6 SERÁ QUE O TIPO DE TAREFA PRATICADA PODE INFLUENCIAR A VELOCIDADE DO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO EM CADA TIPO DE ESTIMULAÇÃO? O CASO DOS ESGRIMISTAS BORYSIUK, Z. Reações psicomotoras dependentes do tipo de estímulo na esgrima. Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 10 (3): 2008. p.223-229. SERÁ QUE O TIPO DE TAREFA PRATICADA PODE INFLUENCIAR A VELOCIDADE DO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO EM CADA TIPO DE ESTIMULAÇÃO? O CASO DOS ESGRIMISTAS BORYSIUK, Z. Reações psicomotoras dependentes do tipo de estímulo na esgrima. Rev Bras Cineantrop Desempenho Hum 10 (3): 2008. p.223-229. Tátil Acústico Visual TIPOS DE SITUAÇÕES DE TR vermelho vermelho verdevermelho verdeazul azul TR Simples TR de Escolha TR de Discriminação Dedo indicador Dedo indicadorindicador médio anular dedos Fatores que influenciam o Fatores que influenciam o TRE e a tomada de decisãoTRE e a tomada de decisão no. de alternativas estímulo-resposta = TRE Lei de Hick/Hyman (1952/53): •o TR aumenta em uma razão constante (aprox. 150 ms) cada vez que o n. de alternativas estímulos resposta dobra. TRE está relacionado à quantidade de informação para resolver a incerteza sobre as várias alternativas possíveis; COMPLEXIDADE DECISÓRIA 28/01/2011 7 compatibilidade estímulo-resposta = TRE quantidade de prática = TRE Fatores que influenciam o Fatores que influenciam o TRE e a tomada de decisãoTRE e a tomada de decisão (cont.)(cont.) TOMADA DE DECISÃO E MEMÓRIA � Ser habilidoso é: “fazer a coisa certa no momento certo” � De acordo com Bárbara Knapp (1963, citada em McMorris, 2004) tomar a decisão certa é “ saber qual técnica usar para uma dada situação” � A habilidade como um todo é: a técnica somada à decisão correta McMorris (2004) Para os cognitivistas a tomada de decisão é a parte do modelo de processamento de informação que explica como nós usamos a percepção e a experiência passada para determinar que ação fazer em uma dada situação TIPOS DE MEMÓRIA ( baseados em modelos discretos de captação, codificação e recuperação da informação) Atkinson e Shiffrin (1968) Entrada Ambiental Registros sensoriais visual auditivo tátil etc. MLP MCP Memória de trabalho Processos de controle Repetição Codificação Decisões Estratégias RESPOSTA *atenção seletiva é importante nesse processo.*atenção seletiva é importante nesse processo. CARACTERÍSTICAS DOS 3 SISTEMAS DE MEMÓRIA Memória Memória SensorialSensorial Memória de Memória de Curto PrazoCurto Prazo Memória de Memória de Longo PrazoLongo Prazo DuraçãoDuração Até 1 seg. ± 60 seg. ilimitada CapacidadeCapacidade aparentemente ilimitada 7 ± 2 itens aparentemente ilimitada CaracterísticasCaracterísticas input em paralelo processamento informacional armazenamento informacional Tipo de Tipo de codificaçãocodificação muito literal + abstrata muito abstrata Origem da Origem da informaçãoinformação várias fontes sensoriais Informação selecionada informação significante AquisiçãoAquisição instantânea rápida lenta PerdaPerda instantânea rápida lenta MLP � Episódica – de eventos em relação ao eixo temporal da existência do indivíduo; contextual;� Semântica – do conhecimento factual e conceitual; significado; expressão verbal/escrita; � Comportamental (processual) – representa os procedimentos ou métodos para efetuar uma dada ação; Memórias semântica e episódica Processamento da informação sobre “o que fazer” – meta da ação Memória processual Processamento da informação sobre “como fazer”,. Adquirida mediante a prática 28/01/2011 8 A TOMADA DE DECISÃO E AS TEORIAS DE APRENDIZAGEM � Examinando o modelo de Processamento de Informação, no estágio perceptual escolhemos qual o estímulo relevante responder e essa escolha vai para a memória de trabalho (MCP). � Na MCP essas informações são comparadas às informações contidas na MLP. � Baseado nessa comparação, é tomada a decisão sobre o que fazer.
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