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Plano de Aula-Direito Material-Auto de Infração-Impugnação

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	NOTA DE ENSINO:
	
	1.1 Ementa da Aula
	
Impugnação ao Lançamento Tributário – Auto de Infração. Regime Jurídico – Legislação Federal. 
	1.2 Objetivos Pedagógicos
	
Gerais
Apresentar as noções jurídicas e requisitos ensejadores da Impugnação ao Auto de Infração no processo administrativo fiscal federal.
 
Específicos
Permitir o conhecimento do aluno no tocante aos requisitos jurídicos de propositura da defesa do contribuinte em sede de processo administrativo fiscal. 
	1.3 Métodos de Ensino
	
Abordagem e síntese das normas jurídicas e conceitos jurídicos relativos aos procedimentos de defesa do contribuinte no processo administrativo fiscal federal.
Discussão e soluções para o exercício prático.
	1.4 Recursos didáticos
	
Exposição no Quadro Negro. Legislação Tributária Federal
	1.5 Meios de Avaliação
	
Participação em Sala de Aula
1.6 Roteiro de Aula
	Tempo
	Desenvolvimento da aula
	
45 minutos
	
1. Estruturação do Processo Administrativo Tributário – Devido Processo Legal
1.1. Regime Jurídico do Processo Administrativo Fiscal
Legislação. Decreto nº. 70.235/72 Status de Lei Ordinária. Lei nº. 8.748/93; Lei nº. 9.430/96; Lei nº. 9.784/99 (Regra Geral do Processo Administrativo); Lei nº. 11.941/09; Portarias MF 125 e 256/2009 (RI CARF); e Decreto n. 7.574/2011 – Regulamenta o Processo Administrativo. 
Lei nº 9.784, de 29.01.1999 e o Decreto nº 70.235 de 06.03.1972. O Decreto nº 70.235/1972 foi recepcionado pela Constituição de 1988 em nosso sistema jurídico com status de lei ordinária, na previsão do art. 22, I da CF (competência da União para legislar sobre processo).
A lei nº 9.784/1999 regula todo o processo administrativo no âmbito da administração direta e indireta da União Federal, inclusive, no que concerne aos Poderes Legislativos e Judiciário no âmbito de suas atribuições administrativas, abrangendo desde matéria disciplinar até licitações e desapropriações.
A Lei Geral para o Processo Administrativo Federal regulou os critérios processuais administrativos, bem como dos direitos e deveres dos administrados a serem observados e cumpridos nos processos federais da Administração direta e indireta da União Federal, como também nos Poderes Legislativo e Judiciário.
1.2. Critérios do Processo Administrativo Fiscal: art. 2º da Lei nº 9.784/1999. Direitos e Deveres dos Administrados perante a Administração Pública: arts. 3º e 4º da Lei nº 9.784/1999.
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
I - atuação conforme a lei e o Direito;
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição;
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio;
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;
III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.
Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:
I - expor os fatos conforme a verdade;
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
III - não agir de modo temerário;
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.
1.3. Direito de Ser Ouvido
a) Observância ao Princípio Constitucional de Ampla e Prévia Defesa;
b) Prévio Conhecimento. Necessidade de prévio conhecimento, pelo sujeito passivo, de todos os fundamentos e a natureza jurídica do que lhe está sendo exigido no âmbito do processo administrativo fiscal, com acesso a todos os elementos constantes do processo em que seja interessado;
c) Direito a ser notificado e intimado de todos os atos do processo administrativo fiscal, zelando a administração pública pela eficácia e adequação dos procedimentos utilizados, com a finalidade de produção de regular efeitos jurídicos;
d) O Dever de Fundamentar as decisões proferidas nos processos administrativos, revelando-se, desse modo, a razões determinantes da autoridade pública e permitindo ao administrado o pleno exercício ao direito de impugnação ou recurso;
e) Duplo Grau de Julgamento e Garantia de Instância. Acesso ao órgão colegiado de julgamento em segunda instância, como implicação ínsita do art. 5º, LV da Constituição Federal. Desnecessidade de depósito prévio para o acesso a segunda instância administrativa.
2. Procedimento de Lançamento e Processo Administrativo Fiscal Federal
INSTAURAÇÃO: A instauração é a apresentação escrita dos fatos e indicação do direito que ensejam o processo. Quando provém da Administração deve consubstanciar-se em portaria, auto de infração, representação ou despacho inicial da autoridade competente; quando provocada pelo administrado ou pelo servidor deve formalizar-se por requerimento ou petição. 
INSTRUÇÃO: A instrução é a fase de elucidação dos fatos, com a produção de provas que vão desde o depoimento da parte, as inquirições de testemunhas, as inspeções pessoais, as perícias técnicas, até a juntada de documentos pertinentes.
RELATÓRIO: O relatório é a síntese do apurado no processo feita por quem o presidiu individualmente, ou pela comissão processante, com apreciação das provas, dos fatos apurados, do direito debatido, e proposta conclusiva para decisão da autoridade julgadora competente. É peça informativa e opinativa, sem efeito vinculante para a Administração ou para os interessados no processo.
JULGAMENTO: O julgamento é a decisão proferida pela autoridade ou órgão competente sobre o objeto do processo. O essencial é que a decisão seja motivada com base na acusação, na defesa e na prova, não sendo lícito à autoridade julgadora argumentar com fatos estranhos ao processo ou silenciar sobre as razões do acusado”
Por outro lado, no tocante à fase litigiosa do Processo Administrativo Fiscal temosas formas autorizadas pela legislação federal para que o contribuinte diretamente se oponha aos lançamentos tributários, que são as seguintes:
1. Impugnação, dirigida às Delegacias da Receita Federal de Julgamento – DRJ e interposta pelo sujeito passivo, no prazo de 30 dias, contra auto de infração ou notificação de lançamento; 
2. Manifestação de Inconformidade, dirigida às DRJ e interposta pelo sujeito passivo, no prazo de 30 dias, contra despacho decisório das Delegacias da Receita Federal – DRF ou das Inspetorias da Receita Federal – IRF que denegou pedido de compensação, restituição ou ressarcimento de crédito tributário, ou que não reconheceu direito à imunidade, à suspensão, à isenção e à redução de tributos e contribuições;
3. Recurso Voluntário dirigido ao Conselho Recursal – CARF e interposto pelo sujeito passivo, no prazo de 30 dias, contra decisão das DRJ que tenha declarado procedente, parcial ou totalmente, o lançamento formalizado por via de auto de infração ou notificação de lançamento (neste caso é proposto contra o não acatamento, parcial ou total, da impugnação), ou que tenha indeferido a solicitação nos casos de pedido de compensação, restituição ou ressarcimento de crédito tributário, ou de reconhecimento de direito à imunidade, à suspensão, à isenção e à redução de tributos e contribuições (nesta hipótese é proposto contra o não acolhimento, total ou parcial, da manifestação de inconformidade);
4. Recurso de Ofício, dirigido ao CARF e interposto pelas DRJ contra decisões suas (prolatadas em face da apreciação de impugnação de lançamento de ofício), total ou parcialmente favoráveis ao sujeito passivo, que exonerarem este do pagamento de tributo e multa em valor total (lançamento principal e decorrente) superior a R$ 500.000,00;
5. Recurso Voluntário dirigido à Câmara Superior de Recursos Fiscais – CSRF e interposto pelo sujeito passivo, no prazo de 30 dias, contra decisão do CARF que tenha dado provimento a recurso de ofício promovido pelas DRJ;
6. Recurso Especial, dirigido à CSRF e interposto, no prazo de 15 dias, contra decisão não unânime de Câmara do CARF quando for contrária à lei ou à evidência da prova (recurso privativo do Procurador da Fazenda nacional), ou contra decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra Câmara do CARF ou a própria CSRF (recurso manejável tanto pelo Procurador da Fazenda Nacional quanto pelo sujeito passivo);
7. Embargo de Declaração, dirigido ao CARF ou à CSRF, e apresentado, no prazo de 5 dias, por Conselheiro da Câmara, pelo Procurador da Fazenda Nacional, pelo sujeito passivo, pela autoridade julgadora de primeira instância ou pela autoridade encarregada da execução do acórdão, quando existir no acórdão prolatado obscuridade, dúvida ou contradição entre decisão e fundamentos, ou ainda quando for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a Turma (CSRF) ou a Câmara (CARF);
8. Agravo, dirigido aos CARF (Presidente da Câmara recorrida) e interposto, no prazo de 5 dias, pelo Procurador da Fazenda Nacional ou pelo sujeito passivo, contra despacho que negar seguimento a recurso especial;
9. Pedido de Retificação, dirigido às DRJ, ao CARF ou à CSRF e proposto, conforme o caso, pela autoridade incumbida da execução do acórdão, pela autoridade julgadora de primeira instância, pelo Procurador da Fazenda Nacional, por Conselheiro ou pelo sujeito passivo, com o fim de sanear as inexatidões materiais devidas a lapso manifesto e os erros de escrita ou de cálculo existentes na decisão;
10. Outros Recursos: a título ilustrativo, cabe ressaltar que além dos recursos acima listados (vinculados ao processo de determinação e exigência de créditos tributários), outros há, dispersos pela legislação tributária, que se destinam à contestação de atos administrativos específicos, como tais a “Solicitação de Revisão da Vedação/Exclusão à Opção pelo Simples – SRS” (dirigida à autoridade administrativa que excluiu o sujeito passivo do Simples, como previsto no item 2.3 da Norma de Execução Cotec/Cosit/Cosar/Cofis/Coana n.º 001, de 03/09/1998), o recurso interposto contra o ato de exclusão do sujeito passivo do “Refis” (parágrafo 2.º do artigo 5.º da Resolução CG/Refis n.º 09, de 12/01/2001, com a redação dada pelo artigo 1.º da Resolução CG/Refis n.º 20, de 27/09/2001).
11. Recurso Hierárquico, dirigido, no prazo de 10 dias, às autoridades hierarquicamente superiores àquelas que praticaram os atos contestados, nos casos em que contra tais atos não estejam previstos os recursos constantes do processo administrativo fiscal (artigos 56 a 65 da Lei n.º 9.784, de 29/01/1999)”.
2.1. Procedimento Preparatório do Ato de Lançamento Tributário
Fase do procedimento de lançamento que não implica em sanção tributária. Constitui momento não litigioso da atividade administrativa de lançamento, mas sim, de procedimento fiscalizatório de apuração da obrigação tributária.
Esta fase prescinde de contraditório e ampla defesa, eis que não existe qualquer pretensão fiscal na cobrança do tributo do sujeito passivo.
Este procedimento fiscal tem início no art. 7º do Decreto nº 70.235/1972:
Art. 7º O procedimento fiscal tem início com: (Vide Decreto nº 3.724, de 2001)
I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto;
II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros;
III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.
§ 1° O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores e, independentemente de intimação a dos demais envolvidos nas infrações verificadas.
§ 2° Para os efeitos do disposto no § 1º, os atos referidos nos incisos I e II valerão pelo prazo de sessenta dias, prorrogável, sucessivamente, por igual período, com qualquer outro ato escrito que indique o prosseguimento dos trabalhos.
A obrigação tributária formaliza-se com o lançamento, que ganha exigibilidade por meio da notificação ao contribuinte.
2.2. Do Ato de Lançamento por meio de Auto de Infração e Notificação de Lançamento: arts. 9º, 10º e 11 do Decreto nº 70.235/1972
Art. 9o  A exigência do crédito tributário e a aplicação de penalidade isolada serão formalizados em autos de infração ou notificações de lançamento, distintos para cada tributo ou penalidade, os quais deverão estar instruídos com todos os termos, depoimentos, laudos e demais elementos de prova indispensáveis à comprovação do ilícito. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)
§ 1o Os autos de infração e as notificações de lançamento de que trata o caput deste artigo, formalizados em relação ao mesmo sujeito passivo, podem ser objeto de um único processo, quando a comprovação dos ilícitos depender dos mesmos elementos de prova. (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005)
§ 2º Os procedimentos de que tratam este artigo e o art. 7º, serão válidos, mesmo que formalizados por servidor competente de jurisdição diversa da do domicílio tributário do sujeito passivo. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)
§ 3º A formalização da exigência, nos termos do parágrafo anterior, previne a jurisdição e prorroga a competência da autoridade que dela primeiro conhecer. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993)
§ 4o  O disposto no caput aplica-se também nas hipóteses em que, constatada infração à legislação tributária, dela não resulte exigência de crédito tributário. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)
§ 5o  Os autos de infração e as notificações de lançamento de que trata o caput, formalizados em decorrência de fiscalização relacionada a regime especial unificado de arrecadação de tributos, poderão conter lançamento único para todos os tributos por eles abrangidos. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)
§ 6o  O disposto no caput não se aplica às contribuições de que trata o art. 3o da Lei no 11.457, de 16 de março de 2007. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)
§ 7o  O Poder Executivopoderá estabelecer outras situações nas quais um único lançamento abrangerá mais de um tributo. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008)
Art. 10. O auto de infração será lavrado por servidor competente, no local da verificação da falta, e conterá obrigatoriamente:
I - a qualificação do autuado;
II - o local, a data e a hora da lavratura;
III - a descrição do fato;
IV - a disposição legal infringida e a penalidade aplicável;
V - a determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou impugná-la no prazo de trinta dias;
VI - a assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e o número de matrícula.
Art. 11. A notificação de lançamento será expedida pelo órgão que administra o tributo e conterá obrigatoriamente:
I - a qualificação do notificado;
II - o valor do crédito tributário e o prazo para recolhimento ou impugnação;
III - a disposição legal infringida, se for o caso;
IV - a assinatura do chefe do órgão expedidor ou de outro servidor autorizado e a indicação de seu cargo ou função e o número de matrícula.
Parágrafo único. Prescinde de assinatura a notificação de lançamento emitida por processo eletrônico.
Agente competente para lavratura do Auto de Infração são os Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Portaria RFB 11.371/07, art. 2º). A circunstância de o servidor que formalizar o ato pertencer a jurisdição diversa não vicia o lançamento (art. 9º, § 2º, PAF) Procedimento O procedimento fiscal é instaurado mediante MPF-F, MPF-D ou MPF-E e finda-se com a intimação do sujeito passivo do seu encerramento ou do lançamento.
O auto de infração deve estar instruído com todos os termos, depoimentos, laudos e demais elementos de prova indispensáveis à comprovação do ilícito (art. 9º, PAF) Publicidade Ciência do sujeito passivo do Mandado de Procedimento Fiscal por intermédio da internet com a utilização do código de acesso do termo que formalizar o início do procedimento fiscal. (art. 4º, parágrafo único, da Portaria RFB 11.371/07) Intimação pessoal, por via postal ou por meio eletrônico do lançamento. (art. 23, PAF).
DCTF e Constituição do Crédito. MP 2.158-35/01. Art. 90. Serão objeto de lançamento de ofício as diferenças apuradas, em declaração prestada pelo sujeito passivo, decorrentes de pagamento, parcelamento, compensação ou suspensão de exigibilidade, indevidos ou não comprovados, relativamente aos tributos e às contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal
O lançamento de ofício de que trata o art. 90 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, limitar-se-á à imposição de multa isolada em razão de não-homologação da compensação quando se comprove falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo. (Redação dada pela Lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007) (Vide Medida Provisória nº 472, de 15 de dezembro de 2009) 25 
Súmula 436 do STJ: "A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer providencia por parte do Fisco". 
2.3. Os atos e termos processuais
a) Prazos para o Contribuinte: 30 dias para o cumprimento dos principais atos processuais, tais como impugnar, recorrer e pedido de reconsideração de julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF. O prazo para impugnação da pretensão fiscal deve constar no Auto de Infração ou do ato de lançamento. Art. 10, inciso V, e 11, inciso II, do Decreto 70.235/1972.
b) Prazos para a Administração Pública Federal: genericamente tais prazos são de oito dias, conforme o art. 4º do Decreto nº 70.235/1970. São de trinta dias o prazo para a cobrança amigável do crédito tributário no caso de não ter o contribuinte impugnado o lançamento: art. 21 do Decreto nº 70.235/1970.
c) Prazos Próprios do Contribuinte. Geram preclusão do direito de praticar o ato. Preclusão temporal: quando o contribuinte deixa de praticar o ato processual ou o faz fora do prazo previsto na legislação, impedindo a legislação a prática do ato posteriormente quando não realizado ou ineficaz o ato quando pratica extemporaneamente. Preclusão Lógica: quando são praticados atos excludentes entre si. Preclusão Consumativa: o ato processual já foi praticado e impede a repetição ou complementação do expediente processual.
d) Contagem dos Prazos. Os prazos serão contínuos, não se incluindo o dia do início e incluindo-se o do vencimento, iniciando-se ou vencendo-se em dia de expediente normal da repartição fiscal.
e) Notificação de Lançamento e intimação administrativa. A notificação de lançamento é o ato administrativo por meio do qual o órgão fazendário dá ciência formal ao sujeito passivo do conteúdo da obrigação fiscal que lhe é imputada, devendo conter a assinatura e o número da matrícula do agente público competente. As intimações têm por finalidade comunicar o contribuinte ou outros sujeitos dos atos e termos do processo administrativo fiscal para tornar possível o início do contraditório ou recurso pelo sujeito passivo.
f) Modalidades de Intimação: 1. Intimação Pessoal realizada pelo autor do procedimento ou por agente do órgão preparador na repartição ou fora dela, com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto: Inciso I, do art. 23. 2. Intimação Postal, Telegráfica, Telefônica (fac-símile) e Eletrônica (e-mail) podem ser realizadas sem ordem de preferências, mas desde que se confirme a inequívoca prova de recebimento no domicílio tributário ou meio magnético do sujeito passivo: Incisos II e III, do art. 23. 3. Intimação Por Edital pode ser utilizada quando os meios convencionais motivada e comprovadamente não possam ser utilizados. A utilização inapropriada da intimação por edital não se presta para a formalização da pretensão fiscal e, ainda, induz a nulidade do procedimento administrativo.
	30 minutos
	
3. Fase de Instauração. Início do Processo de Julgamento da Impugnação ao Lançamento
3.1. Os Requisitos Mínimos a Formulação da Impugnação: arts. 15, 16 e 17 do Decreto nº 70.235/1972
Art. 15. A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de trinta dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência.
Art. 16. A impugnação mencionará:
I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;
II - a qualificação do impugnante;
III - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir; (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)
IV - as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem, com a formulação dos quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional do seu  perito. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)
V - se a matéria impugnada foi submetida à apreciação judicial, devendo ser juntada cópia da petição. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
§ 1º Considerar-se-á não formulado o pedido de diligência ou perícia que deixar de atender aos requisitos previstos no inciso IV do art. 16. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993)
§ 2º É defeso ao impugnante, ou a seu representante legal, empregar expressões injuriosas nos escritos apresentados no processo, cabendo ao julgador, de ofício ou a requerimento do ofendido, mandar riscá-las. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993)
§ 3º Quando o impugnante alegar direito municipal, estadual ou estrangeiro, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o julgador. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993)
§ 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazê-lo em outro momento processual, a menos que:  (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)
a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior;(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)
b) refira-se a fato ou a direito superveniente;(Incluído pela Lei nº9.532, de 1997)
c) destine-se a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos.(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)
§ 5º A juntada de documentos após a impugnação deverá ser requerida à autoridade julgadora, mediante petição em que se demonstre, com fundamentos, a ocorrência de uma das condições previstas nas alíneas do parágrafo anterior. (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)
§ 6º Caso já tenha sido proferida a decisão, os documentos apresentados permanecerão nos autos para, se for interposto recurso, serem apreciados pela autoridade julgadora de segunda instância. (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)
Art. 17. Considerar-se-á não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante. (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997)
A impugnação (AIIM) e a manifestação de inconformidade (pedido de compensação) são os atos formais de resistência à pretensão do Fisco: instaura a lide (art. 14, PAF).
A impugnação deverá conter (art. 16, PAF) todos os motivos de fato e de direito em que se fundamenta (o julgamento se restringe ao impugnado – exceção apenas às matérias conhecíveis de ofício), bem como os documentos que comprovem os fatos alegados (exceções - § 4º); pedidos de diligências e perícias que pretende sejam realizadas (justificativa, quesitos e indicação do profissional).
Previsão de preclusão do direito de apresentar provas (art. 16, § 4º, PAF). Exceções – impossibilidade de apresentação juntamente com a impugnação por força maior; referir-se a fato superveniente; ou destine-se a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos. 
A manifestação de inconformidade e o recurso de que tratam os §§ 9o e 10 obedecerão ao rito processual do Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972, e enquadram-se no disposto no inciso III do art. 151 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional, relativamente ao débito objeto da compensação. 
Efeito jurídico decorrente é a suspensão da exigibilidade do crédito (art. 151, III, CTN), o que não impede a fluência dos acréscimos moratórios; 
Nulidades Processuais: Art. 59. São nulos: I - os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; II - os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. § 1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejam conseqüência. § 2º Na declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados, e determinará as providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo. § 3º Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993).
Vícios no lançamento. Vício Formal no processo que não respeita os atos e termos do processo desrespeitando a ampla defesa e o contraditório, bem como erro na apreciação das provas no processo. Não configura vício formal o erro na identificação do sujeito passivo, pois este pertence ao núcleo da regra matriz de incidência tributária e o equívoco em sua identificação configura vício substancial, não sendo aplicável o inciso II do art. 173 do CTN. Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso de ofício. (Extinto 1º Conselho de Contribuintes - 5ª Câmara, Acórdão 105-17.139, DJ 13.08.08).
Exemplo de vício formal NORMAS PROCEDIMENTAIS. ARBITRAMENTO. AUSÊNCIA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL NO ANEXO FLD. VÍCIO INSANÁVEL. NULIDADE. A indicação dos dispositivos legais que amparam a NFLD é requisito essencial à sua validade, e a sua ausência ou fundamentação genérica, especialmente no relatório Fundamentos Legais do Débito, determina a nulidade do lançamento, por caracterizar-se como vício formal insanável, nos termos do artigo 37 da Lei nº 8.212/91, c/c artigo 11, inciso III, do Decreto nº 70.235/72. RELATÓRIO FISCAL DA NOTIFICAÇÃO. OMISSÕES. O Relatório Fiscal tem por finalidade demonstrar/explicitar, de forma clara e precisa, todos os procedimentos e critérios utilizados pela fiscalização na constituição do crédito previdenciário, possibilitando ao contribuinte o pleno direito da ampla defesa e contraditório. Omissões ou incorreções no Relatório Fiscal, relativamente aos critérios de apuração do crédito tributário levados a efeito por ocasião do lançamento fiscal, que impossibilitem o exercício pleno do direito de defesa e contraditório do contribuinte, enseja a nulidade da notificação. PROCESSO ANULADO. (Ac. 2401-00018)
PROVAS. Produção das diligências e perícias requeridas pelo sujeito passivo (com a impugnação ou posteriormente) ou determinadas pela autoridade julgadora ex oficio – desdobramentos dos princípios da oficialidade e busca da verdade no processo. (Art. 18. A autoridade julgadora de primeira instância determinará, de ofício ou a requerimento do impugnante, a realização de diligências ou perícias, quando entendê-las necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ou impraticáveis, observando o disposto no art. 28). 
PROVAS. Art. 16 § 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazê-lo em outro momento processual, a menos que: a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; b) refira-se a fato ou a direito superveniente; c) destine-se a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos. 
PROVAS. Ônus da Prova Cabe a quem alega o fato (Lei 9.784, Art. 36). Art. 195 do CTN e Art. 4º da Lei 9.784 - Dever de colaboração: deve apresentar as informações e documentos solicitados. Art. 197 do CTN - Referente a terceiros. Art. 33 da Lei 9.430/96 - Embaraço à fiscalização.
PROVAS. Ônus da Prova – RIR/99 Art. 923. A escrituração mantida com observância das disposições legais faz prova a favor do contribuinte dos fatos nela registrados e comprovados por documentos hábeis, segundo sua natureza, ou assim definidos em preceitos legais (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 9º, § 1º). Art. 924. Cabe à autoridade administrativa a prova da inveracidade dos fatos registrados com observância do disposto no artigo anterior (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 9º, § 2º). Art. 925. O disposto no artigo anterior não se aplica aos casos em que a lei, por disposição especial, atribua ao contribuinte o ônus da prova de fatos registrados na sua escrituração (Decreto- Lei nº 1.598, de 1977, art. 9º, § 3º). 
PROVAS IRPJ. FALTA DE CARACTERIZAÇÃO DA INFRAÇÃO. Em respeito à legalidade, verdade material e segurança jurídica não pode subsistir lançamento tributário quando não estiver devidamente demonstrada e provada a efetiva subsunção da realidade factual à hipótese descrita na lei como infração à legislação tributária. ÔNUS DA PROVA. Na relação jurídico-tributária, o ônus probandi incumbit ei qui dicit. Compete ao Fisco, ab initio, investigar, diligenciar, demonstrar e provar a ocorrência, ou não, do fato jurídico tributário ou da prática de infração praticada no sentido de realizar a legalidade, o devido processo legal, a verdade material, o contraditório e a ampla defesa. O sujeito passivo somente poderá ser compelido a produzir provas em contrário quando puder ter pleno conhecimento da infração com vistas a elidir a respectiva imputação. (Número do Recurso 128.200, 3ª Câmara., Rel. Mary Elbe Queiroz, DOU 07.06.02). NORMAS PROCESSUAIS - ÔNUS DA PROVA. Na relação jurídico-tributário o onus probandi est aqui dixir. Compete ao sujeito passivo apresentar os elementos que provém o direito alegado. PRECLUSÃO. Questão não provocada a debate em primeira instância, quando se instaura a fase litigiosa do procedimento administrativo, com apresentação da petição impugnativa inicial, e somente vem ser demandada na petição de recurso, constitui matéria preclusa da qual não se toma conhecimento (Acórdão nº 101-73.757). RECURSO VOLUNTÁRIO DESPROVIDO (Número do Recurso 123.213, 3ª Câmara, Rel. Irineu Bianchi, DOU 17.04.02) 
Primeira Fase do Julgamento - DRJ Delegaciasda Receita Federal de Julgamento - DRJs: órgão colegiado com turmas especializadas por matéria; competência para julgar impugnação e manifestação de inconformidade; membros: 3 a 5 funcionários da RFB; julgamento a portas fechadas; deve obediência às orientações da RFB (Portaria MF 125/2009); cabimento de embargos de declaração para sanear lapso manifesto nas suas decisões (omissão, obscuridade, contradição); cabimento de recurso voluntário contra suas decisões (efeito suspensivo); recurso de ofício nos casos em que suas decisões exonerar crédito igual ou superior a 1 milhão (tributo + multa) – Portaria MF nº 03/08.
É possível o agravamento do Exigência? Constatação de incorreção, omissão, inexatidão; lavratura de auto complementar (não é correção de erro de direito, tampouco agravamento de exigência – é AIIM novo diante da existência de fato novo); observância do prazo decadencial; novo prazo de impugnação; PAF, Art. 18, § 3º. 
Agravamento do Auto de Infração PAF Art. 15. parágrafo único - revogado pela Lei 11.941/99, resultado da conversão da MP 449/08.
Na hipótese de devolução do prazo para impugnação do agravamento da exigência inicial, decorrente de decisão de primeira instância, o prazo para apresentação de nova impugnação, começará a fluir a partir da ciência dessa decisão
O parágrafo único do art. 15 do Decreto nº 70.235, de 1972,foi revogado uma vez que, com o surgimento das delegacias especializadas de julgamento e a conseqüente separação das competências para efetuar lançamentos e apreciar recursos administrativos, não cabe mais à autoridade julgadora agravar o lançamento na decisão, podendo, entretanto, determinar o aperfeiçoamento do lançamento; 
Agravamento do Auto de Infração ACÓRDÃO N° 104-17.447 “EXIGÊNCIA FEITA PELO JULGADOR - ANULAÇÃO - DO LANÇAMENTO - Desconstituindo a autoridade julgadora o lançamento inicial, não tem a mesma competência ao decidir, exigir valores não reclamados no Auto de Infração, sob nova acusação, uma vez que o lançamento é ato de competência privativa da autoridade lançadora.” ACÓRDÃO N° 104-18.695 IRPF - PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA - DEFESO À AUTORIDADE JULGADORA ATRIBUIR-SE A CONDIÇÃO DE AUTORIDADE LANÇADORA - NULIDADE - É nula a decisão de primeira instância que deixa de apreciar objetivamente a matéria objeto da lide, de acordo com o disposto no art. 31 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972. Ao determinar o refazimento da autuação fiscal, segundo seu entendimento, assume a condição de autoridade lançadora/julgadora ocasionando o pré-julgamento da matéria. Deste modo, deve a autoridade julgadora ater-se aos fatos e provas que compõem o processo administrativo, firmando sua convicção para decidir sobre a lide. Não pode, portanto, afastar-se do seu poder/dever de julgar a lide, nos estritos limites das peças processuais componentes do contencioso. Auto de Infração anulado. Decisão e atos subseqüentes anulados. Por maioria de votos, ANULAR o Auto de Infração de fls. 168 a 173, bem como a decisão de primeiro grau e os atos subseqüentes, por ter a autoridade pré-julgado a questão, quando de sua manifestação de fls. 140/141, e não ter apreciado a impugnação de fls. 129 a 131, como de sua competência” (destaques acrescidos). 
JULGAMENTO CARF Turmas do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF procedimento prescrito em Regimento Interno (Portaria MF 256/09); competência para julgar Recurso de Ofício, Recurso Voluntário e Embargos de Declaração; não se subordina às orientações da RFB; divisão de Seções, Câmaras e Turmas, conforme a matéria; paridade: conselheiros da Fazenda e dos Contribuintes.
Indicação dos Conselheiros dos contribuintes é feita pelas Confederações e Centrais Sindicais; sessões públicas (pauta publicada com 10 dias de antecedência); 
JULGAMENTO CARF Câmara Superior de Recursos Fiscais – CSRF. Função de uniformizar a Jurisprudência; competência para julgar recurso especial; divisão de Turmas, conforme a matéria; cabimento do recurso especial está condicionada à demonstração de divergência no julgamento entre Câmaras/Turmas; admissibilidade do recurso especial é julgada pelo Presidente da Câmara e do CARF; súmulas vinculantes; procedimento prescrito em Regimento Interno (Portaria MF nº. 256/09); 
JULGAMENTO CARF Câmara Superior de Recursos Fiscais - CSRF: Regimento Interno CARF: • Art. 67. Compete à CSRF, por suas turmas, julgar recurso especial interposto contra decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra câmara, turma de câmara, turma especial ou a própria CSRF.
Processo administrativo e Judicial/concomitância. A opção pela via judicial implica renúncia à instância administrativa? Lei 6.830/80 – LEF: Art. 38 - A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em execução, na forma desta Lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos. Parágrafo Único - A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto. (Obs. A renuncia está condicionada à identidade de objetos (pedido e causa de pedir).
Processo administrativo e Judicial/concomitância A opção pela via judicial implica renúncia à instância administrativa? Supremo Tribunal Federal A Suprema Corte, relator Min. Gilmar Mendes, negou provimento ao recurso por considerar que a renúncia à esfera administrativa é decorrência lógica da opção do contribuinte de exercitar a sua defesa, podendo o contribuinte optar, desde logo, pela proteção judicial devida RE 389.893/RJ (Obs. A renuncia está condicionada à identidade de objetos (pedido e causa de pedir) 
Efeitos: O recurso administrativo não é conhecido pelo órgão julgador; O crédito tributário é inscrito em Dívida Ativa; Interposição da respectiva Execução Fiscal. 
Súmula CARF nº 1 - Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial. 
Controle de constitucionalidade no PAF O art. 26 do PAF (repetido pelo art. 62 do RI CARF) veda os órgãos de julgamento do CARF a afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade, salvo nos casos de já ter sido declarado inconstitucional por decisão plenária definitiva do STF; ou fundamente crédito tributário objeto de dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do PGFN, na forma da Lei 10.522/02; Súmula da AGU; Parecer do AGU aprovado pelo Presidente da República, nos termos da LC 73/93; 
Lei nº 11.457/2007 Art. 24. É obrigatória que seja proferida decisão administrativa no prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias a contar do protocolo de petições, defesas ou recursos administrativos do contribuinte. 
Lei nº 9.784/1999 Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. “Prescrição” intercorrente na esfera administrativa 
SÚMULA 10 DO CARF: Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal “Prescrição” intercorrente na esfera administrativa 
Impugnação ao Auto de Infração Federal
Processo Administrativo Fiscal 
 
pergunta (auxilia a manter o foco da aula)
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