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ADITIVOS NAS RAÇÕES ANIMAIS

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ADITIVOS NAS RAÇÕES ANIMAIS
CONCEITO:
 São substâncias químicas não nutritivas, que são adicionadas intencionalmente às rações com a finalidade de conservar, medicar, intensificar ou modificar as propriedades químicas dos alimentos contidos, sem, contudo, prejudicar o seu valor nutritivo.
 A utilização racional de aditivos em rações animais proporciona uma utilização mais eficiente das propriedades nutritivas dos alimentos por parte dos animais e a diminuição de perdas de rações durante a estocagem, assim como perda de animais por intoxicações alimentares, diminuindo a proliferação de fungos e, conseqüentemente a produção de toxinas.
CONDIÇÕES PARA USO:
Objetivos a serem alcançados com o uso;
Avaliar a relação custo /benefício;
Conhecer bem as conseqüências do uso;
Respeitar os limites prescritos na legislação pertinente.
 3. CLASSIFICAÇÃO DOS ADITIVOS:
 
 3.1. PROMOTORES DE CRESCIMENTO:
 3.1.1. Antibióticos;
 3.1.2. Hormônios;
 3.1.3. Probióticos;
 3.1.4. Ácidos Orgânicos;
 3.1.5. Sulfato de Cobre;
 3.1.6. Enzimas;
 3.1.7. Alho;
 3.1.8. Arsenicais e Nitrofuranos;
 3.1.9. Cromo.
 3.2. ANTIFÚNGICOS E ANTIPARASITÁRIOS:
 3.3. ANTIOXIDANTES:
 3.4. PIGMENTANTES:
 3.5. FLAVORIZANTES OU AROMATIZANTES:
 3.6. CORANTES:
 3.7. LIGANTES OU AGLOMERANTES:
 3.8. REPARTIDORES DE NUTRIENTES (AGONISTAS b - ADRENÉRGICOS).
3.1. PROMOTORES DE CRESCIMENTO:
3.1.1. Antibióticos:
 São drogas não nutrientes, sendo os seus efeitos sobre a nutrição necessariamente secundários. Como promotores de crescimento agem melhorando a eficiência alimentar e tem pequena ação preventiva de doenças.
v Estimula o crescimento de certos microrganismos que sintetizam vitaminas e aminoácidos;
v Aumenta a disponibilidade de nutrientes através da formação de quelatos;
v Reduz os organismos que competem com o animal por nutrientes;
v Melhora a capacidade de absorção de trato intestinal;
v A ação é máxima quando os animais são criados em ambientes onde já foram criados outros lotes;
v O resultado é máximo quando o fornecimento é contínuo;
v As respostas são melhores com misturas de antibióticos.
3.1.2. Hormônios:
 Substâncias químicas específicas produzidas por células vivas que, lançadas na corrente sangüínea, se distribuem pelos órgãos e tecidos para modificar sua estrutura e função.
§ Agem em quantidades extremamente pequenas.
§ São substâncias de grande atividade fisiológica, que é destruída após um período de uso.
§ Hormonóides: atividade estrogênica (Dietilestilbestrol) – estrógeno sintético tem sido o mais efetivo, na implantação subcutânea. É a mais utilizada nas Américas. No Brasil o seu uso é proibido.
§ Substâncias tiroativas: tiroproteína, tiroxina.
§ Substâncias tiroestáticas: tio-uréia, tiouracila.
3.1.3. Probióticos:
 São bactérias naturais do intestino, as quais após uma ingestão em doses efetivas são capazes de se estabelecer no trato digestivo e aumentar a flora natural, prevenindo a colonização de organismos patógenos e assegurando uma melhor utilização dos alimentos.
Ø Os probióticos agem por exclusão competitiva – Incapacidade de uma população de microorganismos, em que sua maioria patógenos, de se estabelecer no intestino devido à presença de outras populações desejáveis.
Ø Produzem enzimas digestivas e sintetizam vitaminas – ex: bacillus sp ou clostridium sp (amilase, protease e vitamina B).
Ø Produzem metabólitos capaz de neutralizar as toxinas bacterianas in loco ou inibir a sua produção – ex: bifidobacterium sp (inibe a sua produção de aminas tóxica).
Ø Aumentam a imunidade na mucosa intestinal através da produção de IgA em resposta às bactérias patogênicas.
Ø Microrganismos ativos dos probióticos:
GRUPOS
ORGANISMOS ATIVOS
Aeróbicos
Bacillus cereus
Bacillus coagulans
Bacillus subtilis
Anaeróbicos
Clostridium butyricum
Produtores de ácido lático
Bifidobacterium thermophitum
Bifidobacterium pseudolengum
Lactobacillus acidophilos
Lactobacillus salivarius
Enterococcus faecalis
Enterococcus faecium
Leveduras
Bacillus sp
Lactobacillus sp
Bifidobacterium sp
Streptococcus sp
3.1.4. Ácidos Orgânicos:
 Utilizado principalmente nas rações de leitões recém desmamados, em função destes apresentarem sistema digestivo relativamente imaturo e não digerirem os carboidratos e proteínas contidas nos grãos de cereais e farinha de sementes de oleaginosas tão eficientemente como os carboidratos (lactose do leite) e proteínas (caseína, lactoalbumina do leite). Isto se deve em parte a insuficiente quantidade de secreção de enzimas digestivas e também pela insuficiente produção de HCl no estômago.
· São ácidos fracos como os fumárico, cítrico (têm dado bons resultados) e propiônico e fosfórico não têm sido efetivos.
· Inibem a ação da substância seqüestradora de HCl no estômago.
· Reduz o pH do estômago e a ação de microorganismos.
· Para as aves é possível ter ação anti-salmonela no papo.
3.1.5. Sulfato de Cobre:
 Em níveis de 200-250 ppm tem sido utilizado como aditivo nas rações e têm mostrado estimular o crescimento e melhorar a utilização dos alimentos, semelhantes aos resultados conseguidos com os antibióticos.
Admite-se que o cobre atue na microflora intestinal, porém, não há acréscimo na digestibilidade dos nutrientes.
§ Quanto menor o teor de protéico da ração, maior é a eficiência de doses altas de cobre.
§ Em níveis elevados (500 ppm) é tóxico e se acumula no fígado.
§ Dietas adequadas em Fe e Zn é importante ao se fornecer cobre na ração. O excesso de zinco antagoniza o cobre, porém, o contrário não acontece.
3.1.6. Enzimas:
 O objetivo de usar enzimas nas rações é melhorar a digestibilidade e utilização dos nutrientes dos alimentos.
A maioria das enzimas comerciais tem fonte bacteriana ou fúngica.
v Surgiram quando a energia tornou-se de custo elevado.
v Sistema digestivo nos primeiros dias não atua e por isto fornece proteinases, carboidratases e lípases.
v O uso de algumas enzimas está limitado às pesquisas.
v Ex: fitase, lipase, allzyme vegpro TM (polissacarídeos não amiláceos).
3.1.7. Alho:
 O alho possui duas substâncias com princípio antibacteriano, alicina e a garlicina. A alicina é líquida e instável, enquanto que a garlicina é sólida é estável.
· Pesquisas têm demonstrado que o uso de 0,19 e 0,27% de alho na ração de suínos promoveu maior ganho de peso e melhor eficiência alimentar, respectivamente.
· Não foi observada qualquer alteração na composição química da carne de suínos e na sua aceitabilidade pelos consumidores quando se utilizou alho na ração.
· As rações preparadas com alho devem ser utilizadas em um período relativamente curto de tempo.
3.1.8. Arsenicais e Nitrofuranos:
 São utilizados como promotores de crescimento de aves e suínos, semelhante aos antibióticos.
Ø O ácido arsanílico pode ser utilizado para apressar o início de postura, aumentar a produção de ovos, melhorar a eficiência de utilização dos alimentos, a coloração da canela, pele e crista das aves e ajuda a controlar a coccidiose. Utilizam-se dosagens de 0,005 a 0,01% na ração.
Ø Por segurança, recomenda-se a retirada da ração 5 dias do abate dos animais ou não usar nas rações de acabamento.
 
Os nitrofuranos apresentam as mesmas funções que os antibióticos quanto à promoção de crescimento. As substâncias mais usadas são a Furazolidona e a Nitrofurazona.
3.1.9. Cromo:
 É um mineral traço envolvido no metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas e ácidos nucléicos (RNA). Entretanto, o cromo é mais freqüentemente associado com o metabolismo dos carboidratos, sendo necessária para a ótima função da insulina e apreensão da glicose pela s células sensíveis a insulina.
§ A deficiência em cromo conduz a uma intolerância a glicose.
§ As formas de cromo que tem recebido mais atenção recentementesão as fontes de cromo complexadas organicamente, o picolinato de cromo e o cromo de levedura.
3.2. ANTIFÚNGICOS E ANTIPARASITÁRIOS:
 São substâncias indicadas para diminuir o desenvolvimento de fungos e conseqüentemente a produção de micotoxinas em rações e/ou em matérias primas para rações susceptíveis de contaminação por fungos durante estocagem por períodos prolongados.
Ø Existem, no entanto várias micotoxinas sendo as mais importantes as aflatoxinas, ocratoxinas, zearalenonas, tricotecenes.
Ø Antifúngicos mais usados: ácido propiônico, propionato de cálcio, violeta de genciana.
3.3. ANTIOXIDANTES, ESTABILIZANTES E EMULSIFICANTES:
 Antioxidantes = certas matérias primas ricas em gorduras tais como as farinhas de origem animal (carne e peixe) e as próprias gorduras adicionadas às rações com a finalidade energética ou de suplementação do ácido linoléico, quando insaturadas podem sofrer uma rancificação oxidativa que leva a destruição das vitaminas A, D, E e Biotina e do aminoácido metionina.
§ Alteram ainda o odor e a palatabilidade das rações, além de poderem diminuir o valor energético das mesmas.
§ Mais comuns: BHT e Etoxiquim.
 Estabilizantes = qualquer substância que tende a manter um composto, mistura ou solução sem modificação na sua forma ou natureza química. Dentre as subst6ancias mais utilizadas estão os fosfolipídios, os mono e diglicérides, os polifosfatose celulose microcristalina.
 Emulsificantes = são substâncias com a propriedade de permitir que 2 ou mais líquidos imiscíveis permaneçam em emulsão estável. Ex: gordura no leite, água em gordura (na manteiga).
 Várias substâncias utilizadas como estabilizantes são também emulsificantes. O leite em pó deve conter este aditivo.
3.4. PIGMENTANTES:
 São substâncias adicionadas às rações com a finalidade de promover a pigmentação das canelas, pele e bico de frangos de corte e gemas de ovos, que é um fator de importância econômica para os produtores de frangos, pois, o consumidor dá preferência às carcaças, que apresentam uma coloração mais viva.
Ø Aditivos pigmentantes: carophyll-amarelo (éster apocaronenóico); carophyll-vermelho (cantaxantina); citranaxantina.
3.5. FLAVORIZANTES OU AROMATIZANTES:
 São aditivos empregados para tornar mais atraentes as rações pouco palatáveis ou para mascarar odores desagradáveis de certos alimentos. Incluem substâncias aromáticas e flavorizantes, tais como: anis, menta, óleo de laranja, vanilina e outras substâncias naturais ou sintéticas.
v A quantidade utilizada é reduzida, variando de 5 a 30g/ tonelada de ração.
3.6. CORANTES:
 O consumo de ração pode ser bastante influenciado pela sua cor. Essa observação foi feita por pesquisadores canadenses trabalhando com poedeiras leghorn em galinheiros com cama, usando rações coloridas e comedouros de cor e posição diferentes.
· Os corantes são mais usados em rações de pássaros ornamentais.
3.7. LIGANTES OU AGLOMERANTES INERTES:
 São substâncias usadas principalmente na preparação de granulados, porque permite a mais fácil reunião das partículas, conferem dureza aos grânulos, facilitam o trabalho das máquinas por sua ação lubrificante e não prejudicam o valor nutritivo da ração.
Ø Dentre as substâncias as mais usadas: bentonita de sódio (proporção de 1 a 2% da ração a ser granulada) e o caolim (empregado na quantidade de 10 a 25 kg /tonelada de ração a ser granulada).
Materiais Inertes = são materiais usados com a intenção de completar o peso total da ração.
Ø Por exemplo: areia quartzífera para completar o peso total da ração.
 
As substâncias ligantes são também utilizadas para completar o peso da ração a ser peletizada.
3.8. REPARTIDORES DE NUTRIENTES:
 São substâncias que direcionam a síntese de proteína. Os agonistas -adrenérgicos (ABA) ou simplesmente -agonistas, são compostos sintéticos semelhantes a epinefrina (adrenalina e que causam aumento na deposição de proteína da carcaça (+15%) e diminuição na deposição de gordura (-18%) em bovinos, aves, ovinos e suínos).
 São também notados importantes efeitos de conformação de carcaças de bovinos (aumento do valor comercial em 30%), aumento da área de olho de lombo em suínos (+12%) e uma redução significativa da gordura abdominal.
v Principais ABA são: clembuterol, cimaterol, ractopamina, L-644, 969.