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Fisiologia – ciclo II
PTH, Calcitonina, Cálcio e Fósforo, vitamina D, ossos de dentes – cap. 80
Estão todos interligados.
Regulação cálcio e fósforo no LEC e no plasma
O cálcio desempenha papeis importantes em muitos processos fisiológicos, como a contração dos músculos esqueléticos, cardíacos e lisos, a coagulação sanguínea e a transmissão de impulsos nervosos 
- Hipercalcemia = aumento acima do normal do nível de cálcio. Provoca a depressão progressiva do sistema nervoso.
- Hipocalcemia = diminuição do nível de cálcio. Causa mais excitação do sistema nervoso. 
Os ossos podem servir como reservatório de cálcio, armazenando-os e liberando-os quando a concentração no LEC diminui. 
Cálcio no plasma e no líquido intersticial
- 41% estão ligados a proteínas e não pode sair os capilares.
- 9% estão combinados com substância como fosfato e citrato. 
- 50% estão livres (ionizado) e podem sair dos capilares.
Fósforo inorgânico no LEC
Circula principalmente em duas formas HPO4 = e H2PO4 -. A forma H2PO4 – é mais comum. Quando a quantidade total de fosforo aumenta, ambas as formas aumentam também.
- O cálcio iônico é a forma ótima para a maioria das funções fisiológicas (coração, sistema nervoso, formação óssea).
Efeitos fisiológicos das alterações de cálcio e fosforo nos líquidos corporais
A variação dos níveis do fosforo no LEC, geralmente não causam efeitos imediatos importantes no corpo. Já o cálcio, pequenas mudanças já provocam efeitos fisiológicos intensos e rápidos. A hipocalcemia e a hipofosfatemia podem prejudicar bastante a mineralização óssea. 
- Hipocalcemia causa excitação do sistema nervoso e tetania quando a quantidade de cálcio no LEC cai abaixo do normal, o sistema nervoso fica mais excitável, porque a membrana dos neurônios permite mais entrada de sódio, facilitando os impulsos nervosos. Se o cálcio cair para cerca de 50%, os nervos periféricos podem disparar sinais sozinhos, levando a contração involuntária dos músculos, o que causa a tetania. 
- Hipercalcemia deprime a sistema nervoso e a atividade muscular quando a quantidade de cálcio esta acima do normal, o sistema nervoso fica mais lento, com reflexos reduzido. Também pode ocorrer diminuição de apetite e prisão de ventre, provavelmente porque os músculos do intestino contraem menos.
Absorção e excreção de cálcio e fósforo
- No intestino = a ingestão diária comum é cerca de 1.000mg. o cálcio é geralmente mal absorvido pelo intestino, mas a vitamina D ajuda, permitindo que cerca de 35% do cálcio ingerido, seja absorvido. O restante, junto com outros 250mg são eliminados nas fezes. O fósforo é absorvido com mais facilidade, a maior parte vai para o sangue e depois eliminado na urina. Assim, cerca de 90% da ingestão diária de cálcio são excretados nas fezes
- No rim = cerca de 10% do cálcio ingerido é eliminado na urina. No sangue, 41% do cálcio está ligado a proteínas e não é filtrado pelos rins; outros 59% são filtrados pelos glomérulos. Os rins reabsorvem 99% do cálcio filtrado. A reabsorção final varia conforme os níveis de cálcio o sangue, se estiver baixo, os rins detêm mais cálcio, se estiver mais alto, eliminam mais. O principal hormônio que regula é o PTH. Já o fósforo é reabsorvido totalmente quando está em baixa concentração no sangue, mas o excesso é eliminado conforme aumenta. 
Osso e sua relação com o cálcio e fósforo extracelulares
Existem 2 tipos principais de osso no corpo humano 
- Cortical (compacto) = é a parte externa e dura dos ossos; representa 80% da massa óssea; é muito denso e forte; presente por exemplo na haste dos ossos longos, como os da perna 
- Trabecular (esponjoso) = fica dentro dos ossos. Como nas extremidades dos ossos longos, vertebras e próximos as articulações; é mais leve; representa 20% da massa óssea; se renova mais rapidamente.
A estrutura do osso é feita de matriz orgânica -> fibras de colágeno e sais de cálcio. 
MATRIZ ORGANICA DO OSSO 
Composto de fibras de colágenos (90% a 95%) e substância fundamental amorfa (5% a 10%) (SF é um meio gelatinoso entre as fibras, composto por proteoglicanos). 
SAIS ÓSSEOS 
Principalmente cálcio e fosforo (o cristal de cálcio e fosforo é chamado hidroxiapatita). Há também magnésio, sódio, potássio....
RESISTENCIA A TRAÇÃO E COMPRESSAO DO OSSO 
O osso é altamente resistente graças a forte união entre suas fibras de colágeno e os cristais de hidroxiapatita. As fibras contêm grande resistência a tração, enquanto os sais de cálcio oferecem resistência a compressão. 
Precipitação e absorção de cálcio e fósforo no osso | equilíbrio com o LEC
- A hidroxiapatita não precipita no LEC apesar da sua supersaturação dos íons cálcio e fósforo por causa dos inibidores presentes em todo tecido do corpo. EX -> Pirofosfato 
MECANISMO DE CALCIFICAÇÃO ÓSSEA 
Começa com osteoblastos secretando colágeno e proteoglicanos, formando a matriz osteoide. Com o tempo, alguns osteoblastos ficam presos na matriz e se transformam em osteócitos. Dias após a formação do osteoide, sais de cálcio amorfos começam a se depositar nas fibras colágenas, com o tempo se transformam nos cristais de hidroxiapatita. A cristalização depende da regulação do pirofosfato, secretado pelos osteoblastos, permitindo que a calcificação ocorra. NPP1, ANK podem participar do equilíbrio.
PRECIPITAÇÃO DO CÁLCIO ENTRE TECIDOS NÃO ÓSSEOS SOB CONDIÇOES ANORMAIS 
Embora a precipitação ocorra normalmente apenas nos ossos, ela pode acontecer em outros tecidos quando há condições anormais. Um exemplo é a arteriosclerose, em que o cálcio se deposita nas paredes das artérias, tornando-as rígidas.
Troca de cálcio entre o osso e o LEC
Quando há um aumento ou diminuição repentina na concentração de cálcio no sangue (EX. após injeção intravenosa de sais de cálcio) o organismo consegue restaurar o equilíbrio em cerca de 30 a 60 minutos. Isso ocorre graças ao cálcio intercambiável (1 fração do cálcio presente no osso) armazenado em formas amorfas e mobilizáveis. Este cálcio está em constante equilíbrio com o cálcio no LEC e atua como um sistema de tamponamento rápido, evitando variações bruscas na concentração de cálcio no sangue.
Deposição e reabsorção óssea | remodelagem óssea
DEPOSIÇÃO DE OSSOS PELOS OSTEOBLASTOS 
O osso é depositado pelos osteoblastos e reabsorvido pelos osteoclastos 
REABSORÇÃO ÓSSEA | FUNÇÃO DOS OSTEOCLASTOS 
O osso é reabsorvido na presença de osteoclastos que são derivadas de monócitos 
- O PTH controla a atividade de reabsorção óssea
- Mecanismo da reabsorção osteoclastos se fixam no osso com uma borda pregueada e liberam enzimas e ácidos para dissolver o osso. 
- O PTH não age diretamente nos osteoclastos, porque eles não têm receptores para ele. Em vez disso, ele age no osteoblasto e esses produzem a proteína RANK-L que ativa os pré osteoclastos, e diminui a produção de OPG. O RANK-L se liga ao RANK nos pré osteoclastos diferenciando-os em osteoclastos maduros, então, desenvolvem uma borda pregueada e liberam enzimas e ácidos. 
- A OPG atua como uma isca, ligando-se ao RANK-L e impedindo e o bloqueando., inibindo a diferenciação de pré osteoclastos em osteoclastos maduros. 
- A vitamina D e o PTH inibe a produção de OPG e estimula a formação de RANK-L 
- O hormônio estrogênio estimula a produção de OPG
A DEPOSIÇÃO E A REABSORÇÃO ESTÃO NORMALMENTE EM EQUILIBRIO 
Em ossos que não estão mais em crescimento, a reabsorção e deposição estão em equilíbrio, assim a massa óssea permanece constante. Os osteoclastos atuam por cerca de 3 semanas, criando tuneis no osso ao reabsorverem o tecido. Após isso, osteoblastos entram nesses tuneis e iniciam a formação de novo osso, depositando lamelas, o espaço central que sobra é ocupado por vasos sanguíneos, chamado canal de Havers. 
IMPORTANCIA DA REMODELAGEM CONTÍNUA 
É essencial para manter a saúde e resistência dos ossos. Ela permite que o osso se adapte ao estresse mecânico, ficando mais forte e espesso em áreas que sofrem mais carga. Além disso, ajuda a ajustar a forma do osso para melhor suportar forças externas.A substituição da matriz nova mante a resistência estrutural. 
CONTROLE DA TAXA DE DEPOSIÇÃO DO OSSO POR ESTRESSE ÓSSEO 
Quanto maior a carga ou compressão sobre o osso, mais atividade osteoblástica ocorre, levando a formação e calcificação óssea. Isso explica por que os atletas têm ossos mais pesados e densos, enquanto uma perna engessada, perde massa óssea rapidamente. O estrese ósseo também influencia o formato dos ossos, pois regiões que recebem mais pressão tendem a ganhar mais tecido ósseo, enquanto as menos pressionadas sofrem mais reabsorção 
O REPARO DE UMA FRATURA ATIVA OS OSTEOBLASTOS 
Quando um osso quebra, o corpo inicia um processo natural de reparo
1 – Formação do hematoma -> após a fratura, vasos sanguíneos se rompem e formam um hematoma no local. Esse coagulo ajuda a parar o sangramento, atrair células do sistema imune e iniciar o processo de cicatrização 
2 – Formação do calo fibrocartilaginoso -> células chamadas condroblastos entram em ação, produzindo cartilagem e tecido fibroso. Isso cria uma ´´cola`` que estabiliza o osso, essa cola serve como uma ponte que liga as duas extremidades fraturadas do osso. É fundamental para preparar o local onde os osteoblastos vão atuar. 
3 – Formação do calo ósseo -> com a base da cartilagem formada, os osteoblastos são ativados. Esse calo ósseo substitui o calo cartilaginoso, iniciando a reconstrução do osso. Os osteoblastos vão produzir a matriz óssea e fortalece a área. 
4 – Remodelação óssea -> o osso novo é remodelado e aos poucos retorna ao seu formato e estrutura original. Os osteoblastos atuam junto com os osteoclastos para garantir que a estrutura fique forte e estável.
- Os osteoblastos são ativados após a formação do calo cartilaginoso. Eles são essenciais para a produção do novo osso, reconstruindo a área lesionada. Sem a preparação feita pelos condroblastos, os osteoblastos não conseguiriam atuar com eficiência. 
Vitamina D
Tem efeitos potentes para aumentar a absorção de cálcio no trato intestinal e tem efeitos importantes na deposição e reabsorção óssea.
- Deve primeiro ser convertida por meio de uma sucessão de reações no fígado e nos rins, para o produto final 1,25 di-hidroxicolecalciferol, também chamada de 1,25 (OH)2D3
O COLECALCIFEROL (VITAMINA D3) É FORMADO NA PELE 
É a mais importante, sendo formada na pele, isso acontece porque o sol transforma o 7-deidrocolesterol em vitamina D3. Tomar sol de forma adequada ajuda a evitar a falta dessa vitamina. 
O COLECALCIFEROL É CONVERTIFO EM 25 – HIDROXICOLECALCIFEROL NO FÍGADO 
Depois de ser produzido na pele, a vitamina D3 vai para o fígado, onde é transformada em 25 – hidroxicolecalciferol, uma forma ativa da vitamina. Essa conversão é controlada por feedback: quando há muito 25 – hidroxicolecalciferol, o corpo diminui a produção, para manter a quantidade certa dessa vitamina no sangue, ajuda a guardar a vitamina D no fígado.
FORMAÇÃO DE 1,25 HIDROXICOLECALCIFEROL NOS RINS E SEU CONTROLE PELO PTH 
Forma mais ativa da vitamina. Na ausência do PTH, quase não se forma o 1,25 hidroxicolecalciferol, o PTH exerce uma influência potente na determinação dos efeitos funcionais da vitamina D no organismo. 
A CONCENTRAÇÃO DE CÁLCIO CONTROLA A FORMAÇÃO DE 1,25 – DI – HIDROXICOLECALCIFEROL 
A quantidade de cálcio no sangue controla a produção da forma ativa da vitamina D. quando o cálcio está baixo, o corpo aumenta essa produção, e quando o cálcio está alto atrapalha um pouco a transformação da vitamina D nos rins. Em cálcio alto, a vitamina D é desviada para uma forma inativa – 24, 25 di – hidroxicolecalciferol 
Ações da vitamina D
Aumenta o nível de absorção de cálcio e fosforo para o LEC e contribui com a regulação dessas substâncias por feedback. Os receptores de vitamina D estão presentes em quase todas as células, principalmente no núcleo. Eles funcionam de maneira parecida com receptores de outros hormônios.
- Forma um complexo com outro receptor e se ligam ao DNA 
- Esse processo pode ativar ou suprimir a produção de proteínas 
EFEITO HORMONAL DA VITAMINA D PARA PROMOVER A ABSORÇÃO INTESTINAL DE CÁLCIO 
O 1,25 di – hidroxicolecalciferol age como um hormônio para ajudar o corpo a absorver cálcio no intestino. Ele aumenta a produção de uma proteína chamada calbindina nas células intestinais, que é responsável por transportar o cálcio através dessas células. Depois de entrar nas células, o cálcio é movido para o sangue por meio de um processo facilitado. A quantidade de cálcio absorvido está relacionada diretamente a quantidade de calbindina disponível. 
 
A VITAMINA D DIMINUI PROMOVE A ABSORÇÃO DE FÓSFORO PELOS INTESTINOS 
O fluxo de fósforo através do epitélio gastrointestinal é intensificado pela vitamina D 
A VITAMINA D DIMINUI A EXCREÇÃO RENAL DE CÁLCIO E FÓSFORO 
A vitamina D também aumenta a reabsorção de cálcio e fósforo pelas células epiteliais dos túbulos renais, tendendo assim, a diminuir a excreção de tais substâncias na urina 
EEITO DA VITAMINA D NO OSSO E SUA RELAÇÃO COM A ATIVIDADE DO PTH 
Quando há uma quantidade excessiva de vitamina D, isso pode levar a reabsorção óssea. Por outro lado, quando há deficiência de vitamina D, o efeito do PTH sobre a reabsorção óssea é muito reduzido ou até mesmo impedido. A vitamina D aumenta o transporte de cálcio através das células, o que facilita tanto a reabsorção em excesso quanto a mineralização óssea em níveis adequados. Em quantidades moderadas a vitamina D ajuda a fortalecer os ossos ao promover a calcificação 
Paratormônio – PTH
Promove um mecanismo poderoso para controlar as concentrações extracelulares de cálcio e fósforo, regulando a reabsorção intestinal, a excreção renal e a troca desses íons entre o LEC e o osso 
Efeitos do PTH nas concentrações de cálcio e fósforo no LEC
O aumento da concentração de cálcio é ocasionado por dois efeitos do PTH: 1 – aumenta a absorção de cálcio e de fósforo do osso e 2 – diminui com rapidez a excreção de cálcio pelos rins 
O PTH MOBILIZA CÁLCIO E FÓSFORO 
O paratormônio (PTH) mobiliza cálcio e fósforo do osso por dois mecanismos: uma fase rápida, que ocorre em minutos e envolve a ativação de osteócitos para liberar minerais, e uma fase lenta, que leva dias ou semanas e depende da proliferação de osteoclastos, promovendo intensa reabsorção óssea.
- FASE RÁPIDA DA MOCILIZAÇÃO DE CÁLCIO E FÓSFORO DO OSSO | OSTEÓLISE 
O PTH causa a remoção dos sais ósseos em duas áreas: 1 – da matriz óssea nas proximidades dos osteócitos situados no osso e 2 – nas proximidades de osteoblastos presentes ao longo da superfície óssea. A fase rápida da mobilização de cálcio e fósforo do osso, chamada osteólise, ocorre minutos após a administração de grandes quantidades de PTH (paratormônio). O PTH atua nas áreas próximas a osteócitos e osteoblastos, que embora normalmente relacionados à deposição óssea, participam de um sistema interconectado chamado membrana osteocítica. Essa membrana separa o osso do líquido extracelular e contém uma bomba de cálcio. O PTH ativa essa bomba, fazendo com que o cálcio seja transferido do líquido ósseo para o líquido extracelular, sem destruir a matriz óssea. Esse processo libera sais de fosfato de cálcio de forma rápida e reversível.
FASE LENTA DA REABSORÇÃO ÓSSEA E LIBERAÇÃO DO FOSFATO DE CÁLCIO | ATIVAÇÃO DOS OSTEOCLASTOS 
Na fase lenta da reabsorção óssea, o PTH estimula indiretamente os osteoclastos, pois estes não possuem receptores para o hormônio. Os osteoblastos e osteócitos, ativados pelo PTH, liberam sinais como o RANKL, que induzem a formação e ativação de osteoclastos. Esse processo ocorre em duas etapas: ativação dos osteoclastos existentes e formação de novos osteoclastos. Com a exposição contínua ao PTH, a reabsorção óssea se intensifica ao longo de semanas ou meses, podendo levar ao enfraquecimento ósseo. Mesmo que os osteoblastos sejam posteriormente estimulados, a reabsorção continua sendo maior do que a deposição óssea. Em casos prolongados, o excesso de PTH pode causar grande perda óssea e formação de cavidades com osteoclastosmultinucleados.
O PTH DIMINUI A EXCREÇÃO DE CÁLCIO E AUMENTA A EXCREÇÃO DE FÓSFORO PELOS RINS 
O paratormônio (PTH) promove a rápida eliminação de fósforo na urina ao inibir sua reabsorção tubular proximal. Simultaneamente, ele aumenta a reabsorção de cálcio, especialmente na alça ascendente de Henle e túbulos distais, preservando os níveis extracelulares e ósseos de cálcio. O PTH também eleva a reabsorção de magnésio e hidrogênio, enquanto reduz a de sódio, potássio e aminoácidos
O PTH AUMENTA A ABSORÇÃO INTESTINAL DE CÁLCIO E FÓSFORO 
O PTH eleva muito a absorção de cálcio e de fósforo dos intestinos, aumentando a formação nos rins de 1,25 – di – hidroxicolecalciferol a partir da vitamina D
O MONOFOSFATO DE ADENOSINA CÍCLICO MEDEIA OS EFEITOS DO PTH 
Grande parte dos efeitos do PTH é mediada pelo segundo mensageiro AMPc, cuja concentração aumenta rapidamente após sua administração. O AMPc estimula ações como a reabsorção óssea por osteoclastos e a produção renal de 1,25-di-hidroxicolecalciferol. No entanto, alguns efeitos do PTH podem ocorrer independentemente desse mecanismo.
Controle da secreção da paratireoide pela concentração de íons cálcio
A secreção de PTH pelas paratireoides é regulada de forma sensível pela concentração de cálcio no líquido extracelular. Pequenas quedas no cálcio aumentam rapidamente a liberação de PTH e, se persistirem, causam hipertrofia das glândulas. Isso ocorre em condições como raquitismo, gestação e lactação. Em contrapartida, o excesso de cálcio na dieta, vitamina D elevada ou reabsorção óssea por outras causas reduzem a secreção de PTH. O controle é mediado pelo receptor sensível ao cálcio (CaSR), que inibe a secreção de PTH ao ser ativado por cálcio elevado, por meio da via da fosfolipase C. Pequenas variações na calcemia podem dobrar ou triplicar os níveis de PTH, evidenciando um sistema de feedback altamente eficiente para manter o equilíbrio do cálcio plasmático.
Resumo dos efeitos do PTH
principais efeitos do PTH diante da queda de cálcio extracelular: (1) estimula a reabsorção óssea, liberando cálcio no sangue; (2) aumenta a reabsorção renal de cálcio e reduz a de fósforo, diminuindo a excreção de cálcio e aumentando a de fósforo; e (3) ativa a conversão de 25-hidroxicolecalciferol em 1,25-di-hidroxicolecalciferol, que eleva a absorção intestinal de cálcio. Esses mecanismos regulam eficazmente a calcemia
Calcitonina
um hormônio peptídico secretado pela glândula tireoide, tende a diminuir a concentração plasmática de cálcio e, em geral, tem efeitos opostos aos do PTH. A síntese e a excreção de calcitonina ocorrem nas células para foliculares, ou células C, situadas no líquido intersticial entre os folículos da glândula tireoide. 
O AUMENTO DA CONCENTRAÇÃOP PLASMÁTICA DO CÁLCIO ESTIMULA A SECREÇÃO DE CALCITONINA 
A secreção de calcitonina é estimulada pelo aumento da concentração de cálcio iônico no líquido extracelular, ao contrário do PTH, que responde à sua queda. Em animais jovens (e menos em humanos), um aumento de 10% no cálcio plasmático pode dobrar a liberação de calcitonina. Embora represente um segundo mecanismo de feedback para controle da calcemia, sua ação é mais fraca e oposta à do PTH.
A CALCITOCINA DIMINUI A CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DE CÁLCIO 
A calcitonina reduz a concentração de cálcio plasmático, especialmente em animais jovens, por dois mecanismos principais: (1) inibe rapidamente a atividade dos osteoclastos e o efeito osteolítico da membrana osteocítica, favorecendo a deposição de cálcio no osso; (2) a longo prazo, reduz a formação de novos osteoclastos, o que também diminui a atividade osteoblástica, resultando em menor remodelação óssea e um efeito apenas transitório na calcemia. Seus efeitos renais e intestinais são opostos aos do PTH, mas são pouco relevantes.
A CALCITOCINA TEM UM EFEITO FRACO NA CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DO CÁLCIO EM SERES HUMANOS ADULTOS 
A calcitonina tem um efeito fraco na concentração de cálcio plasmático em adultos humanos por dois principais motivos:
1. A queda inicial do cálcio induzida pela calcitonina rapidamente estimula a secreção do PTH, que neutraliza esse efeito.
2. As taxas de absorção e deposição de cálcio nos adultos são baixas, o que limita o impacto da calcitonina.
Em crianças, seu efeito é mais significativo devido à intensa remodelação óssea. Já em doenças como a de Paget, com alta atividade osteoclástica, a calcitonina tem um efeito mais potente na redução da absorção de cálcio.
Resumo do controle da concentração de cálcio iônico
absorção ou perda de cálcio corporal pode chegar a 0,3 g por hora, o que é significativo, considerando que o líquido extracelular contém cerca de 1 g de cálcio. Perdas podem ocorrer em casos como diarreia, e a absorção pode aumentar com altas doses de cálcio e vitamina D. Variações desse nível poderiam causar hipercalcemia ou hipocalcemia graves. No entanto, há uma primeira linha de defesa que estabiliza essas alterações antes da atuação dos hormônios como PTH e calcitonina.
FUNÇÃO DE TAMPONAMENTO DO CÁLCIO INTERCAMBIÁVEL NOS OSSOS | PRIMEIRA LINHA DE DEFESA 
Os sais de cálcio intercambiáveis nos ossos, como o CaHPO₄, estão em equilíbrio com os íons cálcio e fósforo do líquido extracelular, funcionando como uma primeira linha de defesa contra variações bruscas nesses níveis. Representam cerca de 0,5 a 1% do cálcio ósseo (5 a 10 g) e respondem rapidamente a alterações, graças à sua alta solubilidade e grande área de superfície. Como 5% do sangue circula pelos ossos por minuto, cerca de metade do excesso de cálcio extracelular pode ser tamponado em cerca de 70 minutos. Além disso, mitocôndrias de tecidos como fígado e intestino armazenam cerca de 10 g de cálcio intercambiável, atuando como um sistema adicional de tamponamento.
CONTROLE HORMONAL DA CONCENTRAÇÃIO DE CÁLCIO IONICO | SEGUNDA LINHA DE DEFESA
Após uma elevação aguda do cálcio no sangue, o organismo reage de duas formas: primeiro, ocorre o tamponamento rápido por meio da troca de cálcio com os ossos; em seguida, os hormônios PTH e calcitonina entram em ação. Em 3 a 5 minutos, a secreção de PTH diminui, e a calcitonina aumenta, promovendo deposição de cálcio nos ossos — especialmente eficaz em jovens. No entanto, para alterações prolongadas nos níveis de cálcio, o controle depende principalmente do PTH, que estimula a liberação de cálcio dos ossos durante deficiências prolongadas, até que as reservas se esgotem. A regulação a longo prazo da concentração de cálcio no plasma é feita quase exclusivamente pelo PTH e pela vitamina D, por meio do controle da absorção intestinal e da excreção renal.
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