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Perspectivas e Raças da Suinocultura e Avicultura 1. Introdução à Suinocultura e Avicultura ● A suinocultura e a avicultura são setores fundamentais na produção animal do Brasil e do mundo. ● A evolução histórica da criação de suínos iniciou-se com a domesticação há cerca de 9.000 anos a.C. na região da Grécia e Turquia. ● A introdução dos suínos na América ocorreu em 1493 com Cristóvão Colombo, chegando ao Brasil em 1532 com Martim Afonso de Souza. ● A modernização da suinocultura ocorreu na segunda metade do século XX, com a importância crescente de linhagens comerciais e sistemas de criação mais eficientes. 2. Panorama do Mercado de Suínos e Aves ● O Brasil é o 4º maior produtor e exportador mundial de carne suína, ficando atrás da China, União Europeia e EUA. ● A maior parte da produção é destinada ao mercado interno (81%), enquanto 19% são exportados. ● Os principais estados produtores e exportadores são: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. ● O mercado brasileiro de carne suína tem crescido nos últimos anos, impulsionado pela demanda internacional, principalmente da Ásia. ● A pandemia de COVID-19 alterou a dinâmica do consumo e exportação, com fechamento de restaurantes e maior dependência de supermercados. ● A Peste Suína Africana (PSA) impactou a produção chinesa, aumentando a demanda por carne brasileira. 3. Principais Raças de Suínos Criadas no Brasil Raças Estrangeiras ● Landrace: Prolífica, produtiva, mas apresenta problemas de aprumo. ● Large White (Yorkshire): Boas mães, alta produção de leite, crescimento rápido. ● Duroc: Rústica, adaptada a climas tropicais, ótima para cruzamentos. ● Hampshire: Boa adaptação ao manejo, mas menor peso. ● Pietrain: Excelente rendimento de carcaça, mas possui gene do estresse. Raças Brasileiras ● Piau: Porte grande, adaptado ao clima brasileiro. ● Nilo ou Canastra: Rústica e precoce. ● Pirapitinga: Bom rendimento de carcaça. ● Caruncho: Pequeno porte, alta produção de gordura. ● Casco de Burro: Variação fenotípica, apresenta sindactilia. Híbridos Comerciais ● Desenvolvidos para maior eficiência na suinocultura industrial, incluindo linhagens como AGPIC-380, Talent, DB LQ944 e Top Pig. 4. A Tecnologia na Produção de Suínos e Aves ● Softwares e sistemas de rastreabilidade melhoram a segurança e eficiência da produção. ● Plataformas de comunicação permitem integração entre produtores e indústrias. ● O uso de novas tecnologias contribui para o bem-estar animal e a sustentabilidade da cadeia produtiva. Manejo de Reprodutores e Matrizes na Suinocultura 1. Introdução ● Manejo: Conjunto de medidas aplicadas à reprodução, nutrição, sanidade e ambiente. ● Objetivo: Maximizar produção e reduzir custos, resultando em maior lucro. 2. Manejo Reprodutivo Puberdade ● Machos: 150-180 dias ● Fêmeas: 150-200 dias ● Fatores que influenciam: Raças, consanguinidade, qualidade da alimentação. Idade de Reprodução ● Fêmeas: Após o terceiro cio (200-210 dias, 120 kg). ● Machos: A partir de 210 dias. Vida útil no plantel ● Fêmeas: Melhor desempenho entre 3 e 6 partos. ● Machos: Podem ser usados até 3 anos. ● Reposição: 40% das matrizes para manter bons índices produtivos. Cio ● Duração: 2-3 dias. ● Identificação: Proximidade com machos, imobilização ao toque, vulva inchada, nervosismo. ● O cio não deve retornar após a cobertura. Programas de Cobrição ● Monta natural: ○ 1 macho para 20 fêmeas. ○ Machos adultos (>12 meses): 20 montas/mês. ○ Machos jovens: 10-15 montas/mês. ○ Pode ser livre, mista ou dirigida (indicado para suinocultura industrial). ● Inseminação artificial: ○ Relação de 1 macho para 100 fêmeas. ○ Volume médio de sêmen: 250ml, 30 bilhões de espermatozoides. 3. Gestação e Parto ● Duração: 114 dias (3 meses, 3 semanas, 3 dias). ● Diagnóstico: ○ Retorno ao cio (18-21 dias pós-cobertura). ○ Ultra-som (30-60 dias pós-cobertura). ● Parto: ○ Intervalo entre leitões: 20 min. ○ Uso de ocitocina para facilitação do parto. ○ Necessidade de colostro para sobrevivência dos leitões. Natimortos e Mumificados ● Natimortos: Fetos desenvolvidos, mas que não respiraram ao nascer. ● Mumificados: Fetos mortos intrauterinos, desidratados e escuros. ● Principais causas: Doenças infecciosas (Parvovirose, Aujeszky, PRRS, etc.), complicações no parto. 4. Manejo Sanitário e Higiene ● Vacinações: ○ Parvovirose, Leptospirose, Erisipela, Pneumonia Enzoótica, PSC (onde aplicável). ● Vermifugação: Semestral ou anual. ● Monitoramento sorológico: Exames periódicos para prevenção de doenças. ● Quarentena: Fundamental para novos animais no plantel. ● Higienização: ○ Sistema "all in/all out" para maternidades. ○ Vazio sanitário de pelo menos 5 dias entre lotes. 5. Manejo do Ambiente ● Temperatura ideal: ○ Adultos: 18-20°C. ● Dimensão das baias: ○ 6m² para machos. ○ 2m² para fêmeas. ● Destino de dejetos: ○ Lagoas de decantação para efluentes líquidos. ○ Proibição de alimentação de bovinos com resíduos suínos. 6. Nutrição de Matrizes e Reprodutores ● Importância de dietas equilibradas para garantir boa fertilidade e desenvolvimento da leitegada. ● Estratégias de flushing para maior taxa de ovulação: ○ Milho moído, farelo de soja e trigo, núcleo lactação. ● Evitar superalimentar durante a primeira gestação, pois pode comprometer o desenvolvimento das glândulas mamárias. 7. Manejo de Marrãs ● Cuidados diferenciados para marrãs, pois ainda estão em crescimento. ● Melhores práticas: ○ Fornecimento de ração mais concentrada e em pequenas porções ao longo do dia. ○ Controle da ingestão energética para evitar problemas reprodutivos futuros. ○ Garantia de boas condições ambientais para evitar estresse. 8. Esquema de Vacinação ● Fêmeas: ○ Parvovirose: Primeira dose aos 150-160 dias, reforço após 2-3 semanas. ○ Leptospirose: 7-14 dias após o parto. ○ Erisipela: 7-14 dias após o parto. ○ Aujeszky: Primeira dose aos 150-160 dias, reforço após 2-3 semanas. ○ Pneumonia Enzoótica: 30 dias antes do parto. ○ Rinite Atrófica: 30 e 15 dias antes do parto. ○ Colibacilose: 30 e 15 dias antes do parto. 9. Conclusão O manejo adequado de reprodutores e matrizes é essencial para a eficiência da suinocultura, impactando diretamente na produtividade e na qualidade da carne suína. Cuidados com alimentação, sanidade, ambiente e programa reprodutivo são determinantes para o sucesso da atividade. Manejo de Leitões na Maternidade 1. Introdução ● A maternidade é um setor crítico na suinocultura moderna, exigindo altos cuidados para maximizar a produtividade. ● Objetivo: Reduzir a mortalidade dos leitões e melhorar a eficiência reprodutiva. 2. Performance Reprodutiva e Eficiência ● Fatores críticos para eficiência: ○ Genética adequada ○ Manejo sanitário ○ Conforto animal ○ Biosseguridade ○ Nutrição de qualidade ● Metas reprodutivas: ○ Nascidos/parto: >16,5 ○ Nascidos vivos/parto: >13,5 ○ Natimortos/parto: 2,4 ○ Desmamados/porca/ano: >30 3. Cuidados com Leitões Recém-Nascidos Antes do Parto ● Transferência da matriz para a maternidade (3-7 dias antes). ● Assistência ao parto para reduzir mortes. ● Uso de medicamentos para programar o parto (Prostaglandina). Durante e Após o Parto ● Limpeza e secagem dos leitões: ○ Retirar restos de placenta. ○ Usar toalha de papel para evitar resfriamento. ○ Uso de pó secante específico. ● Corte e desinfecção do umbigo: ○ Amarrar a 3 cm do abdome. ○ Desinfetar com solução de iodo + álcool 10%. ● Primeira mamada: ○ O colostro é essencial nas primeiras 6-8h de vida. ○ Fonte de energia e imunidade (imunoglobulinas). ○ Leitões fracos devem ser direcionados para tetas peitorais. 4. Procedimentos Importantes Corte ou Aparagem dos Dentes ● Finalidade: Evitar ferimentos nas tetas da matriz e nos outros leitões. ● Não é recomendado cortar totalmente;ideal é adaptar a granja para evitar problemas. Corte do Último Terço da Cauda ● Realizado entre 2-3 dias de idade para evitar canibalismo. Prevenção da Anemia ● A reserva de ferro dura apenas 7 dias. ● Necessidade diária: 7 mg. ● Solução: Injeção de 200 mg de ferro Dextrano aos 2-3 dias de idade. Pesagem dos Leitões ● Ao nascer: ○ 900g/dia. ● Conversão alimentar: deve ser a menor possível (otimizar ganho de peso com menos ração). 4. Cuidados Gerais ● Observar e tratar diarreias rapidamente. ● Vermifugação obrigatória. ● Alternativas de alimentação: sorgo, farelo e quirera de arroz, germe de milho. ● Troca de ração deve ser gradual. ● Transferência de animais deve ocorrer à noite para evitar estresse. ● Recomenda-se 1 bebedouro para cada 10 animais. 5. Peso Ideal para Abate ● Recomendado: 100kg aos 150 dias. ● Após isso, a eficiência alimentar despenca e o lucro cai. ● Consumo médio de ração: 350kg por animal até o abate. 6. Androsterona e Escatol (qualidade da carne) ● Compostos que afetam o odor da carne dos machos não castrados. ○ Androsterona: feromônio de origem hormonal. ○ Escatol: metabólito bacteriano do triptofano, armazenado na gordura. ● Limites de rejeição da carne humana: ○ Escatol: 0,20-0,25 ppm. ○ Androsterona: máx. 0,5 ppm. 7. Transporte para o Abate ● Caminhões devem ser bem ventilados (evitar morte por asfixia). ● Evitar superlotação (risco de estresse e queda na qualidade da carne). ● Jejum de 7h antes da viagem e redução de ração um dia antes. ● Transporte deve ocorrer nas horas mais frescas do dia. ● Espaço por animal no transporte (varia conforme peso): ○ Leitões (15-25kg): 0,12–0,17m². ○ Terminação leve (51-80kg): 0,30–0,48m². ○ Terminação pesada (80-150kg): até 1,00m². Reposição de Plantel na Granja 1. Quando ocorre a introdução de animais no SPS (Sistema de Produção de Suínos)? ● Na implantação da granja. ● Reposição do plantel (rotina). ● Repovoamento (após doenças). ⚠ Riscos: introdução de doenças, desequilíbrio da flora microbiana e ativação de doenças latentes. 2. 5 Cuidados obrigatórios na introdução de animais 1. Verificar o status sanitário do rebanho de origem. 2. Exames clínicos e laboratoriais. 3. Certificado de Garantia Sanitária. 4. Quarentena obrigatória. 5. Aclimatação gradativa. 3. Certificado de Garantia ● Dados do vendedor/comprador e identificação dos animais. ● Histórico vacinal e sanitário. ● Laudo veterinário prévio. ● Substituição garantida de animais com falhas. ● Obrigatória: vacinação contra Peste Suína Clássica, Brucelose, Leptospirose, Aujeszky, Sarna. 4. Quarentena (mínimo 30 dias) ● Isolamento em local a 500m da granja (cinturão verde). ● Acompanhamento por funcionário exclusivo. ● Observar: febre, tosse, diarreia, problemas locomotores e de pele. ● Monitoramento sorológico e necropsias se necessário. ● Uso de animais sentinelas para detecção de doenças silenciosas. Doenças monitoradas (exemplos): ● Virais: Aujeszky, PRRS, Febre Aftosa. ● Bacterianas: Brucelose, Salmonelose, Micoplasma, Disenteria. ● Parasitárias: Sarna, piolho, parasitas internos. 5. Aclimatação dos animais ● Adaptação à flora da nova granja (fezes, placentas, porcas de descarte na baia). ● Evitar reprodução nesse período. ● Dividida em 2 fases: ○ Fase 1: Quarentena (21 dias). ○ Fase 2: Adaptação (até 30 dias). 6. Idade ideal para compra ● Animais com 50 a 70 kg. ● Vantagens: menor estresse, melhor adaptação, menor fluxo de veículos, longevidade maior. 7. Problemas comuns no novo rebanho ● Animais jovens → menor imunidade. ● Primeiras leitegadas com menor desempenho. ● Problemas reprodutivos (retorno ao cio, menor fertilidade). ● Necessário: bom manejo reprodutivo e alimentar. Doenças frequentes: ● Leitões: diarreia (E. coli, rotavírus), eczema úmido. ● Creche/Recria: meningite (Streptococcus suis), Doença de Glässer (Haemophilus parasuis). ● Fêmeas: descargas vaginais, enterite proliferativa (Lawsonia intracellularis). 8. Animais Importados ● Instalação isolada. ● Equipe sem contato prévio com outros suínos (mín. 48h). ● Exames obrigatórios de doenças do país de origem. ● Quarentena mínima: 30 dias. Métodos de introdução: ● Histerectomia, cesariana, parto asséptico, sêmen coletado com rigor. 9. Doenças Exóticas (Importadas) ● Doença do olho azul – México ● Diarreia Epidêmica Suína – América, Europa, Ásia ● PRRS (Síndrome Reprodutiva Respiratória Suína) – EUA e Europa ● Influenza Suína – América do Norte e Europa Monitoria Sanitária na Suinocultura e Administração de Granja 📌 1. O que é Monitoria Sanitária? ● Definição: Processo sistemático de coleta e análise de informações sobre o status sanitário dos animais na granja. ● Objetivo principal: Detectar precocemente alterações sanitárias no plantel, prevenir surtos e orientar medidas corretivas e preventivas. ● Foco: Diagnóstico, prevenção e controle de doenças por meio da vigilância contínua. ⚙ 2. Importância da Monitoria para a Suinocultura Moderna ● Reduz perdas zootécnicas causadas por enfermidades. ● Promove uso racional de antibióticos.● Garante bem-estar animal e conformidade com exigências nacionais e internacionais de comercialização. ● Aumenta a eficiência produtiva da granja. 🧪 3. Técnicas Utilizadas na Monitoria Sanitária ● Exames laboratoriais: ○ Sorologia (presença de anticorpos) ○ PCR (material genético de agentes infecciosos) ● Necropsias de rotina: identificação de lesões e patologias. ● Avaliação clínica dos lotes. ● Coletas regulares de amostras biológicas (sangue, fezes, secreções). ● Inspeções sistemáticas no ambiente e instalações. 🛡 4. Conceito de Biosseguridade ● Conjunto de práticas voltadas para a prevenção da entrada e disseminação de agentes infecciosos. ● Inclui: ○ Controle de entrada de pessoas e veículos. ○ Barreiras físicas. ○ Controle de roedores e insetos. ○ Lavagem e desinfecção de ambientes. 🗂 5. Administração de Granja: Papel Fundamental na Sanidade ● A monitoria sanitária deve ser integrada ao plano de gestão da granja. ● Envolve: ○ Planejamento e organização dos setores produtivos. ○ Registro e controle zootécnico. ○ Tomada de decisões baseadas em dados confiáveis. ● Boa administração = ambiente mais estável, menor estresse aos animais e maior resposta imunológica. 📉 6. Consequências da Falta de Monitoramento ● Aumento de mortalidade e morbidade. ● Perda de produtividade (menos leitões desmamados, menor ganho de peso). ● Maior gasto com tratamentos. ● Riscos à reputação e comercialização da carne. 📈 7. Indicadores Sanitários na Prática ● Mortalidade por faixa etária. ● Incidência de doenças respiratórias e entéricas. ● Níveis de anticorpos (sorologia). ● Frequência de uso de antibióticos. ● Desempenho zootécnico (GPD, conversão alimentar, etc.). ✅ 8. Boas Práticas de Monitoria e Administração Sanitária ● Implantar rotina de necropsias e coletas. ● Capacitar equipe técnica e operacional. ● Utilizar softwares para análise de dados sanitários. ● Elaborar protocolos de biosseguridade e vacinação. ● Fazer comunicação eficaz entre setores (maternidade, creche, terminação). Inseminação Artificial em Fêmeas Suínas 🧬 1. Conceito e Importância da Inseminação Artificial (IA) ● Técnica que consiste em introduzir sêmen no aparelho reprodutor da fêmea sem a monta natural. ● Permite melhoramento genético rápido e controle de doenças. ● Reduz custos com machos e otimiza o uso de reprodutores de alto valor genético. ● Melhora o planejamento reprodutivo da granja e aumenta a produtividade. 📅 2. Ciclo Estral Suíno ● Duração média: 21 dias. ● Fases: ○ Proestro: 2–3 dias — inchaço da vulva, presença de corrimento, inquietação. ○ Estro (cio verdadeiro): 2–3 dias — aceita o macho, reflexo de tolerância (ficar imóvel), orelhas eretas, vulva avermelhada. ○ Metaestro e Diestro: período entre cios; ausência de receptividade. Ovulação ocorre cerca de 36h após o início do estro. 🔍 3. Identificação do Cio (Detecção do Estro) ● Etapa fundamental para o sucesso da IA. ● Sinais comportamentais e físicos: ○ Reflexo de tolerância à pressão lombar. ○ Imobilidade quando montada ou pressionada. ○ Orelhas eretas. ○ Vulva hiperemiada e edemaciada. ○ Presença de muco (corrimento claro). ○ Interesse ou busca ativa pelo macho. ○ Aumento de vocalização e inquietação. ● Importância do macho estímulo (teaser): libera feromônios que intensificam sinais de estro. ● Observar fêmeas duas vezes ao dia (manhã e fim da tarde), com presença do macho. 🧪 4. Manejo do Sêmen ● Coleta, diluição e conservação: ○ Sêmen coletado por método manual. ○ Diluído em meio apropriado para manter viabilidade espermática. ○ Armazenado a 15–18 °C e utilizado em até 3 a 5 dias. ● Qualidade do sêmen avaliada por motilidade, concentração e morfologia espermática. 💉 5. Técnica de Inseminação ● Momento ideal: 12 a 24 horas após o início do estro. ● Frequência: geralmente 2 aplicações por cio (com intervalo de 12 horas). ● Equipamento: cateter espiral ou espuma + tubo com dose de sêmen (80–100 mL). ● Técnica: ○ Introdução do cateter na vagina até a cérvix. ○ Conectar a dose e permitir fluxo natural. ○ Evitar pressão excessiva. 📊 6. Indicadores de Sucesso Reprodutivo ● Taxa de fertilização: ideal acima de 90%. ● Número de leitões nascidos vivos. ● Taxa de retorno ao cio: baixa em rebanhos bem manejados. ● Índice de partos por fêmea/ano: 2,2 a 2,5 é desejável. 🚫 7. Erros Comuns e Como Evitar Erro Comum Consequência Correção Inseminar fora do período fértil Baixa taxa de concepção Melhorar detecção do cio Armazenar sêmen fora da temperatura ideal Morte espermática Usar caixa térmica ou refrigerador Técnica mal realizada Refluxo do sêmen ou infecção Treinar equipe, seguir protocolo Uso de sêmen velho Redução da viabilidade Controlar datas de coleta Problemas de Casco e Descarte Prematuro em Vacas Leiteiras ✅ 1. Importância do Casco ● O casco saudável é fundamental para o bem-estar e produtividade da vaca leiteira. ● Problemas locomotores afetam o desempenho reprodutivo, ingestão de alimento, produção de leite e aumentam a taxa de descarte. ⚠ 2. Causas Principais de Lesões de Casco ● Doenças infecciosas: Dermatite digital (mais comum), foot rot. ● Doenças não infecciosas: úlcera de sola, lesão da linha branca, hemorragia de sola, claudicação. ● Ambiente e manejo: Piso molhado, abrasivo ou escorregadio, higiene ruim, superlotação, dieta desequilibrada (ácido lático, laminite). ● Genética: Conformação do casco e aprumos. 📉 3. Impactos no Desempenho ● Vacas com claudicação: ○ Reduzem a ingestão de matéria seca. ○ Têm menor produção de leite. ○ Apresentam menor taxa de concepção. ○ Permanecem menos tempo em lactação e são mais descartadas. 💸 4. Custo Econômico ● Claudicação custa em média US$ 300 a US$ 500 por caso. ● Inclui perdas em produção, fertilidade, descarte precoce e tratamento veterinário. 🔍 5. Avaliação e Diagnóstico ● Escala de claudicação (1 a 5): usada para identificar precocemente vacas com problema. ● Observação no solo firme e reto, com vaca andando naturalmente. 🧰 6. Prevenção e Controle ● Raspagem e limpeza do piso frequentemente. ● Pisos de borracha ou confortáveis. ● Pedilúvios com solução antisséptica regular. ● Ajuste nutricional (evitar acidose subclínica). ● Tratamento precoce e casqueamento corretivo. ● Bem-estar animal: áreas de descanso confortáveis. 📉 7. Descarte Prematuro ● Animais são descartados por causa de claudicação antes de atingir o pico de produção esperado. ● Afeta a longevidade do rebanho e aumenta os custos com reposição de animais. Introdução à Produção Avícola 📌 1. Importância da Avicultura ● A avicultura é um dos setores mais dinâmicos do agronegócio brasileiro. ● O Brasil é líder mundial em exportação de carne de frango e um dos maiores produtores de ovos. ● Geração de empregos, renda e alimentos de alto valor nutritivo. 📌 2. Avanços Tecnológicos ● Melhoramento genético → aves com maior ganho de peso e conversão alimentar eficiente. ● Ambiência controlada (climatização de galpões). ● Nutrição balanceada e precisão no manejo. 📌 3. Segmentos da Produção Avícola ● Corte (frangos de corte): carne. ● Postura (galinhas poedeiras): ovos. ● Cadeia verticalizada: integração entre empresas e produtores. 📌 4. Sistema de Integração ● A empresa fornece pintinhos, ração, assistência técnica. ● O produtor fornece mão de obra e estrutura. ● Risco compartilhado e produção padronizada. 📌 5. Fases da Criação ● Frangos de corte: ○ Início: até 21 dias. ○ Crescimento: até o abate (~42-45 dias). ● Galinhas poedeiras: ○ Criação,recria e postura. 📌 6. Ambiência e Bem-estar ● Temperatura, umidade, ventilação, luminosidade afetam o desempenho. ● Bem-estar animal é essencial para produtividade e exigido por consumidores. 📌 7. Desafios da Avicultura ● Biosseguridade: controle de doenças. ● Sustentabilidade ambiental. ● Bem-estar e exigências de mercado internacional. 🐔 Fisiologia Reprodutiva das Aves – Resumo 🔹 1. Introdução ● A reprodução das aves é altamente especializada e adaptada ao voo. ● Possuem órgãos reprodutivos diferenciados e cíclicos. 🔹 2. Aparelho Reprodutor Masculino ● Testículos: localizados internamente, produzem espermatozoides e testosterona. ● Epidídimo: pouco desenvolvido, função de maturação. ● Ducto deferente: transporta espermatozoides. ● Pênis rudimentar ou ausente (exceto em algumas espécies como patos). ● Inseminação interna, com cópula por justaposição de cloacas. 🔹 3. Espermatozoides ● Morfologia adaptada para fertilização rápida. ● Capacidade de armazenamento de esperma no oviduto da fêmea por até 2-3 semanas. 🔹 4. Aparelho Reprodutor Feminino ● Apenas o ovário e o oviduto esquerdos são funcionais. ● Ovário: desenvolvimento de folículos em diferentes estágios. ● Oviduto: dividido em 5 partes: 1. Infundíbulo – captação do ovócito e fertilização (15-20 min). 2. Magno – secreção da clara (2-3 h). 3. Istmo – formação das membranas (1-2 h). 4. Útero (glândula da casca) – formação da casca (20-21 h). 5. Vagina – postura do ovo. 🔹 5. Hormônios Reprodutivos ● GnRH (hipotálamo) → estimula hipófise. ● FSH e LH (hipófise anterior): ○ FSH: crescimento folicular. ○ LH: ovulação. ● Estrogênio e progesterona: maturação e comportamento reprodutivo. ● Retroalimentação hormonal regula o ciclo. 🔹 6. Fisiologia da Ovulação e Postura ● Estímulo luminoso → ativa eixo hipotálamo-hipófise-gônada. ● Ovulação ocorre cerca de 30 min após postura anterior. ● Ciclo ovulatório pode durar 24-26 horas. ● Picos de postura acontecem em horários específicos do dia. 🔹 7. Armazenamento e Transporte de Espermatozoides ● Local: glândulas espermáticas na junção utero-vaginal. ● Fertilização ocorre no infundíbulo. 🔹 8. Influências Ambientais ● Fotoperíodo é o principal regulador do ciclo reprodutivo. ● Também há influência da temperatura, nutrição e estresse. 🔹 9. Fatores de Desempenho Reprodutivo ● Seleção genética, manejo, nutrição e idade afetam a eficiência. ● Picos produtivos são cuidadosamente controlados em sistemas comerciais. 1. Introdução à Suinocultura e Avicultura 2. Panorama do Mercado de Suínos e Aves 3. Principais Raças de Suínos Criadas no Brasil Raças Estrangeiras Raças Brasileiras Híbridos Comerciais 4. A Tecnologia na Produção de Suínos e Aves 1. Introdução 2. Manejo Reprodutivo Puberdade Idade de Reprodução Vida útil no plantel Cio Programas de Cobrição 3. Gestação e Parto Natimortos e Mumificados 4. Manejo Sanitário e Higiene 5. Manejo do Ambiente 6. Nutrição de Matrizes e Reprodutores 7. Manejo de Marrãs 8. Esquema de Vacinação 9. Conclusão 1. Introdução 2. Performance Reprodutiva e Eficiência 3. Cuidados com Leitões Recém-Nascidos Antes do Parto Durante e Após o Parto 4. Procedimentos Importantes Corte ou Aparagem dos Dentes Corte do Último Terço da Cauda Prevenção da Anemia Pesagem dos Leitões 5. Condições Ambientais 6. Nutrição e Hidratação 7. Castração de Machos 8. Custo e Mortalidade na Maternidade Como reduzir a mortalidade? 9. Conclusão Manejo de Leitões (Creche → Recria → Terminação) 1. Desmame e Início da Creche Reposição de Plantel na Granja 1. Quando ocorre a introdução de animais no SPS (Sistema de Produção de Suínos)? 2. 5 Cuidados obrigatórios na introdução de animais 3. Certificado de Garantia 4. Quarentena (mínimo 30 dias) 5. Aclimatação dos animais 6. Idade ideal para compra 7. Problemas comuns no novo rebanho 9. Doenças Exóticas (Importadas) Monitoria Sanitária na Suinocultura e Administração de Granja 📌 1. O que é Monitoria Sanitária? ⚙️ 2. Importância da Monitoria para a Suinocultura Moderna 🧪 3. Técnicas Utilizadas na Monitoria Sanitária 🛡️ 4. Conceito de Biosseguridade 🗂️ 5. Administração de Granja: Papel Fundamental na Sanidade 📉 6. Consequências da Falta de Monitoramento 📈 7. Indicadores Sanitários na Prática ✅ 8. Boas Práticas de Monitoria e Administração Sanitária Inseminação Artificial em Fêmeas Suínas 🧬 1. Conceito e Importância da Inseminação Artificial (IA) 📅 2. Ciclo Estral Suíno 🔍 3. Identificação do Cio (Detecção do Estro) 🧪 4. Manejo do Sêmen 💉 5. Técnica de Inseminação 📊 6. Indicadores de Sucesso Reprodutivo 🚫 7. Erros Comuns e Como Evitar Problemas de Casco e Descarte Prematuro em Vacas Leiteiras ✅ 1. Importância do Casco ⚠️ 2. Causas Principais de Lesões de Casco 📉 3. Impactos no Desempenho 💸 4. Custo Econômico 🔍 5. Avaliação e Diagnóstico 🧰 6. Prevenção e Controle 📉 7. Descarte Prematuro Introdução à Produção Avícola 📌 1. Importância da Avicultura 📌 2. Avanços Tecnológicos 📌 3. Segmentos da Produção Avícola 📌 4. Sistema de Integração 📌 5. Fases da Criação 📌 6. Ambiência e Bem-estar 📌 7. Desafios da Avicultura 🐔 Fisiologia Reprodutiva das Aves – Resumo 🔹 1. Introdução 🔹 2. Aparelho Reprodutor Masculino 🔹 3. Espermatozoides 🔹 4. Aparelho Reprodutor Feminino 🔹 5. Hormônios Reprodutivos 🔹 6. Fisiologia da Ovulação e Postura 🔹 7. Armazenamento e Transporte de Espermatozoides 🔹 8. Influências Ambientais 🔹 9. Fatores de Desempenho Reprodutivo