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FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM ADRYELLE BIANCA ENZO ALENCAR DAVI SOUZA JAMILLY FARIAS JORGE IKARO LARA MORAIS MELISSA SILVA NURIANE PEREIRA RAYSSA OLIVEIRA SAMILLY BRITO TAMIRES ALVES THIAGO SANTOS PESQUISA SOBRE A SIMBOLOGIA DOS ALIMENTOS BELÉM-PA 2025 ADRYELLE BIANCA ENZO ALENCAR DAVI SOUZA JAMILLY FARIAS JORGE IKARO LARA MORAIS MELISSA SILVA NURIANE PEREIRA RAYSSA OLIVEIRA SAMILLY BRITO TAMIRES ALVES THIAGO SANTOS PESQUISA SOBRE A SIMBOLOGIA DOS ALIMENTOS Projeto apresentado à Faculdade Estácio Belém, como requisito parcial para a obtenção do título em Antropologia e Educação Alimentar e Nutricional. Orientadora. Prof. Dyanara Oliveira, Esp. BELÉM-PA 2025 1. INTRODUÇÃO A simbologia dos alimentos é um aspecto marcante em diversas culturas e tradições, indo além da sua função nutritiva. Desde tempos antigos, os alimentos carregam significados profundos, representando valores espirituais, sociais e culturais. Em rituais, festas e mitos, eles simbolizam elementos como vida, morte, renascimento, união e fé, mostrando como a comida também comunica e conecta o ser humano ao mundo ao seu redor. 2. CORES As cores dos alimentos naturais desempenham um papel fundamental não apenas na aparência e atratividade das refeições, mas também na sinalização dos nutrientes que esses alimentos contêm e nos efeitos que provocam no organismo. as tonalidades presentes em frutas, legumes e verduras estão diretamente ligadas à presença de fitonutrientes, vitaminas e minerais específicos. alimentos vermelhos, como tomate, morango e melancia, são ricos em licopeno e antocianinas, antioxidantes potentes que atuam na proteção das células, prevenção de doenças cardiovasculares e redução do risco de certos tipos de câncer. Os alimentos amarelos e alaranjados, como cenoura, abóbora e manga, possuem altos níveis de betacaroteno, que é convertido em vitamina a no organismo, sendo essencial para a saúde ocular, imunidade e integridade da pele. alimentos verdes, como espinafre, brócolis e couve, são fontes de clorofila, ferro, cálcio, potássio e ácido fólico, contribuindo para a saúde óssea, função muscular, equilíbrio hormonal e desintoxicação do corpo. os alimentos de coloração roxa ou azul, como uva, berinjela e amora, contêm antocianinas, que têm efeitos neuroprotetores, auxiliam na memória e reduzem o envelhecimento precoce das células. Já os alimentos brancos, como alho, cebola e couve-flor, possuem compostos sulfurados e flavonoides com ação antibacteriana, antiviral e anti-inflamatória, sendo importantes para o fortalecimento do sistema imunológico e para o controle de colesterol e pressão arterial. além disso, do ponto de vista sensorial e psicológico, as cores também influenciam as emoções e o apetite: tons quentes como o vermelho e o laranja tendem a estimular a fome, enquanto cores frias como o verde e o azul promovem sensação de frescor e equilíbrio. A presença de diferentes cores no prato também carrega significados culturais e simbólicos em diversas tradições religiosas e espirituais, onde certos alimentos são escolhidos em rituais com base em suas cores e simbolismos. Assim, adotar uma alimentação colorida é uma estratégia prática e eficiente para garantir uma nutrição equilibrada, fortalecer a saúde física e emocional, e integrar valores culturais, espirituais e sensoriais à experiência alimentar cotidiana. 3. IDENTIDADE CULTURAL A identidade cultural da simbologia dos alimentos reflete como a comida e os hábitos alimentares transmitem valores, crenças e práticas sociais de um grupo, moldando a identidade cultural e a memória coletiva. A comida é um elemento central na cultura, expressando tradições, história e relações sociais, sendo um poderoso veículo de comunicação e pertencimento. as refeições são reuniões sociais, e as práticas culturais geralmente giram em torno da comida. é onde as famílias se reúnem, os amigos se encontram e as comunidades comemoram. esses rituais criam um senso de pertencimento e reforçam os laços culturais. eles promovem um senso de comunidade e fortalecem as conexões sociais. Às vezes, não precisamos de palavras para transmitir nossos sentimentos ou construir pontes entre culturas. Compartilhar uma refeição ou um prato favorito é uma forma de se comunicar, expressar afeto ou demonstrar hospitalidade. É um ponto em comum onde podemos nos conectar com pessoas de diversas origens. A comida serve como uma ponte, facilitando o diálogo e a compreensão. As tradições gastronômicas também têm a ver com preservação. Muitas culturas têm sido diligentes na manutenção de seu patrimônio alimentar. 4. SAÚDE E BEM-ESTAR A alimentação saudável é essencial para o funcionamento do nosso corpo, pois é dela que retiramos os nutrientes de que necessitamos para nossa sobrevivência. Uma alimentação saudável está relacionada com diversos benefícios para nosso organismo, como a melhora na imunidade, no humor e na qualidade do sono, o aumento da disposição, a regulação do nosso intestino e a manutenção do peso. Incluir alimentos que sabidamente fazem bem para a nossa saúde, como: verduras, legumes e frutas, por exemplo, são ricos em vitaminas, fibras e sais minerais, que estão relacionados com a prevenção de várias doenças. Comer a tradicional combinação de arroz e feijão, um prato típico brasileiro que fornece uma combinação completa de proteínas ao nosso corpo. Leites e derivados também são fundamentais, pois fornecem cálcio, um sal mineral importante para o fortalecimento dos ossos. - Uma alimentação saudável ajuda a proteger contra a má nutrição em todas as suas formas, bem como contra as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), entre elas diabetes, doenças cardiovasculares, AVC e câncer. - A alimentação não saudável e a falta de atividade física são os principais riscos globais para a saúde. Ter uma vida saudável depende muito do que o indivíduo consome durante sua vida. A alimentação está diretamente ligada ao funcionamento do organismo como também a qualidade de vida. A Nutrição faz parte da vida de todo ser humano, com a ingestão de alimentos saudáveis, o corpo recebe os nutrientes, vitaminas e minerais necessários para manter o funcionamento adequado, inclusive prevenindo doenças como obesidade, anemia, diabetes, entre outras. 5. SIMBOLOGIA EM DIFERENTES CULTURAS Alimentação como um reflexo da cultura, abordando desde a pré-história até os dias atuais. mostra como a comida evoluiu junto com a humanidade, destacando fatores históricos, religiosos, sociais e ambientais que moldaram hábitos alimentares em diferentes períodos e regiões. A obra enfatiza que a cultura alimentar brasileira é o resultado de um grande caldeirão de influências: indígenas, portuguesas, africanas e, mais tarde, de imigrantes europeus, asiáticos e árabes. também discute as mudanças nos hábitos alimentares contemporâneos, causadas pela industrialização, globalização e ritmo acelerado da vida moderna. Exemplos de diferentes culturas na alimentação brasileira: Indígenas • uso da mandioca para fazer farinha, tapioca, beiju, cauim. • consumo de peixes, frutos do cerrado, mel e carnes de caça (como cotia e paca). • pratos como moqueca (do moquém), paçoca, mingau, pirão, chimarrão. • bebidas fermentadas com milho, caju, açaí e outras frutas. Portugueses • introdução de ingredientes como trigo, alho, cebola, couve, arroz, carne bovina. • pratos como o cozido português influenciaram a feijoada brasileira. • doces de ovos e frutas: goiabada, marmelada, cajuada. • introdução do hábito de usar sal, açúcar, azeite e gordura animal. Africanos • introdução do azeite de dendê, banana, quiabo, inhame, melancia, manga. • pratos típicos: acarajé, vatapá, caruru, mungunzá, bobó, cuscuz, abará. • uso intensivoda pimenta malagueta e do leite de coco. • conexão entre comida e religiosidade nos rituais do candomblé. Imigrantes europeus • italianos: massas, pizzas, queijos, molhos espessos, valorização do macarrão. • alemães: carnes defumadas, linguiças, batatas, repolho (chucrute), pães escuros. • poloneses e ucranianos: sopas, pratos com repolho, pão de leite. • franceses: influência no serviço de mesa, menus e cerimônias sofisticadas. Outras culturas • árabes: quibe, esfiha, grão-de-bico, gergelim. • japoneses: sushi, sashimi. • espanhóis: paella. • africanos muçulmanos e hindus: restrições alimentares (ex.: vaca sagrada, porco proibido). REFERÊNCIAS BENDER, A. E. Dicionário de nutrição e tecnologia de alimentos. 4a ed. São Paulo: Roca. CASCUDO, L.C. História da alimentação no Brasil. V. 1. São Paulo: USP, 1983. V. 2. A cozinha africana no Brasil. Luanda: Imprensa Nacional de Angola, 1964. EVANS, S. Comida como cultura: culinária, costumes alimentares e identidade cultural. SLO Food Bank, p.1, 2023. Disponível em: https://www-slofoodbank-org.translate.goog/food-as-culture/?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt &_x_tr_hl=pt&_x_tr_pto=sge. Acesso em: 25 abr. 2025. HOOPER, L, Abdelhamid A, Bunn D, Brown T, Summerbell CD, Skeaff CM. Effects of total fat intake on body weight. Cochrane Database Syst Rev. 2015; (8):CD011834. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/alimentacao-saudavel. Acesso em: 25 abr. 2025. PEREIRA, N. Panorama da alimentação indígena: comidas, bebidas e tóxicos na Amazônia brasileira. Rio de Janeiro: São José, 1974. ROCHA, Danielly Santos; REED, Elaine. Pigmentos naturais em alimentos e sua importância para a saúde. Revista Estudos-Revista de Ciências Ambientais e Saúde (EVS), v. 41, n. 1, p. 76-85, 2014. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/estudos/article/view/3366/0. Acesso em: 25 abr. 2025. ROHENKOHL, M. O comer e seu significado simbólico. Joinville: Revista Saúde, p.1, 2017. 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Acesso em: 25 abr. 2025.