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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ 
Engenharia da Mobilidade 
 
 
RESUMO DO TEXTO “SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS 
APLICADOS À ANÁLISE ESPACIAL EM TRANPORTES, MEIO AMBIENTE E 
OCUPAÇÃO DO SOLO” 
 
Alunos: 
Arielle Duarte Alves – 22211 
Diogo Ramalho Reis – 19456 
Hebert Augusto A. O. Santos – 21142 
Isadora Torquato Cunha – 19461 
Kissila Souza Santos – 19282 
Maycon Magri – 19467 
 
 
 
 
Itabira 
2013 
 
Integrantes do grupo: 
 
Arielle Duarte Alves 
Diogo Ramalho Reis 
Hebert Augusto A. O. Santos 
Isadora Torquato Cunha 
Kissila Souza Santos 
Maycon Magri 
 
 
RESUMO DO TEXTO “SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS 
APLICADOS À ANÁLISE ESPACIAL EM TRANPORTES, MEIO AMBIENTE E 
OCUPAÇÃO DO SOLO” 
 
Trabalho apresentado à disciplina 
de Economia de transporte, do 
Curso de Engenharia da 
Mobilidade, da Universidade 
Federal de Itajubá – campus 
Itabira. 
Profª Iara Alves Martins 
 
 
 
Itabira 
2013 
1. INTRODUÇÃO 
 O acesso e a manipulação de informações referentes ao espaço geográfico foram 
facilitados através do desenvolvimento da tecnologia de computadores e de ferramentas 
matemáticas para a análise espacial, o que antes era realizada utilizando mapas e 
documentos em papel. Dentre tais novas tecnologias, o SIG (Sistemas de Informação 
Geográficos) têm facilitado os processos referentes aos dados geográficos, podendo ser 
relacionados à estudos na área de transporte, meio ambiente e espaço urbano 
2. ANÁLISE ESPACIAL 
 Segundo BAILEY (1994, apud ROCHA, 2004), análise espacial é definida como 
uma ferramenta que possibilita a manipulação de dados espaciais de diferentes formas e 
extrair conhecimento adicional como resposta, essas informações espaciais podem ser 
utilizadas de acordo com a área de interesse. 
 MENESES (2003) define que a análise espacial apresenta duas vertentes 
principais, que são estatísticas espaciais e geocomputação. A primeira vertente gera 
modelos matemáticas de distribuição e correlação no qual inclui propriedades de 
significância e incerteza, resultantes da dimensão espacial. A geocomputação utiliza 
técnicas de redes neurais, busca heurística e autônoma celular para explorar grandes 
bases de dados e gerar resultados empíricos. 
 Já BERTINI (2003), as relações espaciais são agrupadas em três categorias: 
 Topológicas: descrevem conceitos de vizinhança, incidência, sobreposição, não 
variando com a escala ou rotação, como por exemplo, disjunto, adjacente; 
 Métricas: consideradas em termos de distância (como perto e longe) e direções; 
 De ordem (total e parcial): são descritas por preposições do tipo em frente a, 
acima de, abaixo de etc. 
 Dados geográficos (ou geo-referenciados) são definidos como dados cuja a 
dimensão espacial está associada à sua localização na superfície da terra, em um 
determinado instante. Tais dados possuem três características importantes: 
 Espaciais: informam a geometria e posição geográfica do fenômeno; 
 Não espaciais: descrevem o fenômeno; 
 Temporais: informam o período de validade (tempo) dos dados geográficos; 
 Os dados geográficos também possuem propriedades geométricas, representada 
pelas feições geométricas primitivas, e propriedades topológicas que são propriedades 
não métricas. 
 Para um processo de análise espacial, segundo CÂMARA (2002), incluem em 
uma série de procedimentos encadeados cuja a necessidade é a escolha de um modelo 
inferencial que considere o relacionamento espacial presente no fenômeno, ou seja, 
utilizar métodos genéricos como a análise de mapas, visualização de dados, 
identificação do tipo de modelo de distribuição a ser utilizada no estudo. 
 As técnicas de dependência espacial presente em um conjunto de geodados 
levaram ao desenvolvimento da estatística espacial. Nessa estatística utiliza-se o termo 
de autocorrelação da estatística convencional, tendo em vista que na correlação é obtida 
através de duas variáveis diferentes. 
3. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS: 
CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO 
 Ao passar do tempo, a ferramenta SIG vem incorporando uma crescente 
variedade de funções como mecanismos sofisticados para a manipulação e análise de 
dados, permitindo uma visualização bem mais intuitiva dos dados. 
 DANTAS (1996) e MENEZES (2003), a evolução do SIG é dividida em três 
fases: manipulação e visualização de banco de dados (primeira fase), operações 
analíticas de dados não gráficos e estruturas organizacionais (segunda fase) e análise 
espacial (terceira fase). 
 A primeira fase é marcada pela necessidade de armazenar, organizar, processar e 
visualizar dados. 
 A segunda fase é dada pelo processamento de informações e memória de 
computadores, que possibilitou em novas versões do SIG, que fez com que as operações 
analíticas possam ser analisadas por meio de modelos matemáticos e com dados 
numéricos não gráficos. 
 Na terceira fase o potencial de SIG é ainda mais explorado, combinando 
atributos não geográficos com as relações topológicas dos objetos geográficos para 
efetuar análises espaciais sobre dados geo-referenciados para a obtenção de novas 
informações. 
Áreas de aplicação do SIG: 
 Ocupação Humana; 
 Uso da terra; 
 Meio ambiente; 
 Atividades Econômicas; 
4. ANÁLISE ESPACIAL USANDO SIG 
 A análise espacial num SIG baseia-se no conhecimento das relações espaciais 
entre as entidades geográficas fundamentais. Como a topologia que define a posição 
relativa de cada elemento gráfico em relação aos restantes. A ferramenta possui várias 
funções de análise porém são limitados. 
 Segundo ARONOFF (1989), existem quatro grandes categorias de funções a 
considerar na análise. 
- Funções de acesso ou pesquisa, classificação e medicação: informação gráfica e 
alfanumérica (único que pode ser criado e alterado) possibilita a realização de Query-
Display (pesquisa gráfica e pesquisa por atributos). 
- Funções de superposição de mapas (overlay): processo semelhante à manipulação de 
dados relacionais em tabelas e permite a realização de análises se aproximando á 
álgebra booleana ou teoria dos conjuntos. 
- Funções de análise de vizinhança: operações de pesquisa mais desenvolvidas 
(topográfica e interpolação) 
- Funções de análise de conectividade: permitem a descrição e a modelagem de 
processos de difusão e influência espacial. 
 Além dessas tem a ferramenta buffer: é a capacidade de gerar polígonos que 
contornam um objeto a uma determinada distância. 
5. APLICAÇÕES DA ANÁLISE ESPACIAL COM SIG 
 Vamos apresentar agora algumas aplicações para a análise espacial usando SIG. 
5.1. Para o planejamento de transportes 
 Utiliza-se o SIG para resolução de diferentes tipos de problemas, e nem sempre 
é utilizada análise espacial porque nem sempre há essa relação entre o espaço e os 
dados. Como exemplo tem-se o plano de tranportes na cidade de Bauru-SP. Neste plano 
o objetivo era desenvolver modelos destinados a estimar potenciais viagens urbanas que 
integrem por um lado o aspecto da acessibilidade e por outro o impacto da mobilidade. 
Um dos objetivos específicos era incorporar dados de natureza espacial a uma pesquisa 
origemdestino, utilizando recursos de um Sistema de Informações Geográficas. Os 
passos seguidos foram: utilização e tratamento dos dados de uma pesquisa O-D, uma 
análise preliminar do padrão de viagens observado, a criação do banco de dados em 
SIG, cálculo da acessibilidade e desenvolvimento de modelos de potencial de viagens. 
(CRUZ, Isolina; CAMPOS, Vânia Barcellos Gouvêa). 
 Os dados das origens e dos destinos foram incorporados em meio digital 
utilizando recursos de diversos softwares. 
 Para visão espacial foram feitos vários mapas variando por zonas de tráfego, 
abordando o número de pessoas por família afim de identificar o tamanho médio de 
família por zona, da renda média familiar e a acessibilidade média por zona. 
 Através dos mapas foram observadas diferentes situações da áreade estudo 
sendo uma delas que as cinco zonas localizadas na região sul da cidade com maior 
padrão médio de renda estão compreendidas entre as zonas que maior número de 
viagens realiza, sugerindo claramente uma relação direta entre renda e realização de 
viagens. Embora localizadas em uma região com uma acessibilidade média, o uso 
provável do automóvel confere às famílias uma alta capacidade de deslocamento. Por 
outro lado, as duas zonas, com menor renda média, localizadas uma na região centro-
nordeste e outra, na região sul, estão também entre as zonas que menor número de 
viagens realiza. Dessas duas zonas, a que se localiza na região centronordeste tem uma 
acessibilidade originalmente considerada boa e a outra um índice baixo; ainda assim o 
número de viagens realizadas é pequeno. Isto aponta para a importância de se levar em 
consideração não só aspectos relacionados à acessibilidade física, mas igualmente 
aqueles que interferem na mobilidade das pessoas. (CRUZ, Isolina; CAMPOS, Vânia 
Barcellos Gouvêa). 
 Segundo (RAIA, 2000) o uso das ferramentas de um Sistema de Informação 
Geográfico foi de fundamental importância em quase todas as etapas desenvolvidas no 
estudo, pois permitiu manusear, alterar ou acrescentar outras informações, ou ainda 
trabalhar com parte dos dados com rapidez e flexibilidade. 
5.2. Meio Ambiente e transporte 
 Um planejamento de Transporte e Meio ambiente é realizado através de 
estudos de uma determinada região para avaliar o grau de impacto que os modais de 
transportes provocam no fator espaço. Para a realização desse planejamento é 
fundamental a caracterização biológica, humana e fisiográfica do local para a 
compreensão e a qualidade dos dados. Como existem inúmeras variáveis nesse 
problema é recomendável à utilização de programas que trabalhem com SIG (Sistemas 
de Informação Geográfica) para garantir a confiabilidade e melhorar a praticidade dos 
dados. Esses programas facilitam na modelagem matemática e na visualização dos 
dados através da simulação. 
5.3. Ocupação do solo e meio ambiente 
 Na gestão de ambiente as análises espaciais são a chave para resolver problemas 
ambientais, e combinar temas nas relações espaciais. 
 Na bacia do cobre a ocupação desordenada provocou alterações significativas, 
diante deste fato foi feito uma análise socioeconômica da região utilizando o SIG 
partindo da ideia que a quantidade da ocupação, auxilia na avaliação ambiental. 
 Com a ideia da realidade ambiental é possível buscar ações no desenvolvimento 
em prol do sistema ambiental. Este trabalho teve objetivo analisar as condições 
econômicas da Bacia do Rio do Cobre esta região é ameaçada por graves problemas 
típicos das periferias urbanos – marginais. Utilizou-se o sistema de informação 
geográfica – SIG, que ajudou na integração e análise de informações geo referenciadas 
ou dados socioeconômicos da bacia. 
 A Bacia do Rio do Cobre vem sofrendo um processo de pressão populacional de 
“fora para dentro”, a ocupação do solo tem precária sistemas de infraestruturas urbanas, 
degradação do curso d’água. Através do SIG se pode obter a análise especial, da 
ocupação urbana, esgotamento sanitária, coleta de resíduos sólidos. O SIG promove a 
agregação dos dados de várias fontes, mostrando a realidade ambiental. 
6. CONCLUSÕES 
 A análise espacial, ajuda na tomada de decisões e propõe uma intervenção no 
espaço . O SIG traz imagens e mapas e a manipulação dos dados, produz novas 
informações e traz um entendimento melhor do problema e logo uma solução mais 
rápida para o mesmo. 
7. REFERÊNCIAS 
CRUZ, Isolina; CAMPOS, Vânia Barcellos Gouvêa. Sistemas de Informações 
Geográficas aplicados à análise espacial em transportes, meio ambiente e ocupação do 
solo. Rio de Transportes III, 2005. 
ARONOFF, S (1989) Geographic Information Systems: A Management Perspective. 
Ottawa: WDL Publications. 
RAIA, A. A. J., (2000) Acessibilidade e Mobilidade na estimativa de um índice de 
potencial de viagens utilizando Redes Neurais Artificiais , Tese de Doutorado, 
Universidade de São Paulo, São Paulo 
MENESES, H. B. (2003) Interface Lógica em Ambiente SIG para Bases de Dados de 
Sistemas Centralizados de Controle do Tráfego Urbano em Tempo Real, Dissertação de 
Mestrado, Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza 
BERTINI, G. C. (2003) Uma modelagem orientada a objeto para o mapa urbano básico 
de Belo Horizonte (MUB/BH), Monografia de Especialização, Pontifica Universidade 
Católica de Minas Gerais. 
CÂMARA, G.; MONTEIRO, A M.V.; CARVALHO, M. S.; DRUCK, S (2002) Análise 
Espacial de dados Geográficos, 2a edição (online), disponível 
http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/analise/, capturado 06/2004

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