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Roteiro de Estudos 
Agentes Públicos 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Conceito: será agente público toda e qualquer pessoa que atuar em nome 
do Estado. 
 
2. Classificação 
 
a) Agentes Políticos: aqueles que exercem função política. 
 
Cuidado! Para os agentes políticos não se aplica a súmula vinculante n.º 13. 
 
b) Agentes Administrativos / Servidores Estatais: 
b.1) Celetista: o vínculo é contratual e os direitos e obrigações estão 
estabelecidos no contrato de emprego. Não adquirem estabilidade. A súmula 
390 do TST não é aplicada. Detentores de EMPREGO PÚBLICO. 
 
b.2) Estatutário: o vínculo é legal. Não tem direito adquirido, mas podem 
adquirir estabilidade. Detentor de CARGO PÚBLICO. 
 
Cuidado! O prazo de validade do concurso público é de ATÉ 2 anos, 
prorrogável uma única vez, por igual período. 
 
b.3) Temporários: contratados com base no artigo 37, IX, CF. Detentor de 
FUNÇÃO PÚBLICA. 
 
c) Particulares em colaboração com o Estado: não possuem vínculo político ou 
administrativo com o Estado, mas são considerados agentes públicos porque 
atuam em nome do Estado, ainda que de forma temporária e exporádica. Ex: 
mesário, jurados... 
 
3. Vitaliciedade e estabilidade 
 
A vitaliciedade é uma garantía atrelada ao cargo, requer 2 anos de estágio 
probatório e se perde por sentença judicial transitada em julgado. 
A estabilidade é uma garantía atrelada ao serviço, requer 3 anos de estágio 
probatório e se perde por setença judicial transitada em julgado, PAD, 
avaliações periódicas de desempenho e corte de despesa pública (artigo 169, 
§4º, CF). 
 
Roteiro de Estudos 
Atos Administrativos 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Introdução: é a declaração de vontade de administração ou de quem lhe 
faça às vezes, sob o regime de direito público e no exercício da função 
administrativa, sempre em complemento à lei. Não se confunde com ato 
político, ato privado ou ato material. 
 
2. Elementos/Requisitos – FiFoCOM (artigo 2º, Lei da Ação Popular) 
a) Finalidade: é sempre pública. 
 
b) Forma: é o meio pela qual o ato se exterioriza. 
 
c) Competência: é o poder, sendo irrenunciável (artigo 11 e ss. da Lei 
9.784/99). 
 
d) Objeto: é o conteúdo material do ato. 
 
e) Motivo: é pressuposto de fato e de direito que deu ensejo a prática do ato 
administrativo. 
 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no 
artigo anterior, nos casos de: 
a) incompetência; 
b) vício de forma; 
c) ilegalidade do objeto; 
d) inexistência dos motivos; 
e) desvio de finalidade. 
 
Cuidado! A publicação é requisito de eficácia dos atos administrativos. 
 
3. Atributos/Características 
a) presunção de legitimidade/veracidade: será sempre em favor do Estado e 
relativa, pois admite prova em contrário. 
 
b) Tipicidade: todo ato administrativo deve estar previamente tipificado em lei. 
 
c) Imperatividade: a Administração pode, unilateralmente, impor a obrigação 
ao particular. 
 
d) Exigibilidade: a Administração pode criar uma obrigação, unilateralmente, 
ao particular. Ex: multa. 
 
e) Executoriedade: é o desconstituir materialmente uma irregularidade. 
Coerção direta. 
 
4. Classificação/Espécies de atos administrativos 
a) atos vinculados: não há margem de liberdade. 
b) atos discricionários: existe margem de liberdade, porém ela é fixada 
previamente pela lei. Não se confunde com arbitrariedade. 
 
c) atos gerais: recai diante de destinatários indeterminados; 
 
d) atos individuais: recai diante de destinatário (s) indeterminado (s); 
 
e) atos de império: são praticados de forma imperativa pela Administração 
Pública; 
 
g) ato simples: o ato existe, é válido e produz efeitos com uma única vontade, 
um único órgão. 
 
h) ato composto: o ato existe e é válido, porém, só produz efeitos com a 
condição de exequibilidade. 
 
i) ato complexo: o ato somente existirá, será válido e produzirá efeitos com 
duas vontades ou dois órgãos. 
 
5. Extinção dos atos administrativos 
a) Extinção natural 
 
b) Anulação: ocorre sempre que o ato tiver um vício de legalidade. 
 
c) Revogação: é feita a partir de uma análise de mérito, pois o ato é lícito, 
válido, mas, não existe interesse da administração para que produza todos os 
efeitos esperados. 
 
d) Cassação: ocorre nos casos em que o particular deixa de cumprir, ao 
menos, um requisito básico do ato. 
 
e) Caducidade: é a lei nova que altera uma situação consolidada no passado. 
Roteiro de Estudos 
Bens Públicos – Artigo 98 e ss. do CC 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Bem público: é aquele pertencente à pessoa jurídica de direito público. Aqui 
estão encaixados os bens dos entes políticos (administração pública direta), 
bem como os bens das autarquias e fundações públicas de direito público – 
sentido legal. 
 
Cuidado! O bem da pessoa jurídica de direito privado só terá a mesma 
proteção do bem público se este bem estiver diretamente atrelado à prestação 
do serviço público (pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço 
público). 
 
2. Classificação quanto à destinação: 
 
a) Bem de uso comum do povo: também chamado de bem do domínio 
público. Estão à disposição da coletividade, do povo. Ex: ruas, praças, praias, 
estradas... 
 
b) Bem de uso especial/bem do patrimônio administrativo: são os bens 
ligados ao Estado, ou seja, hospitais públicos, escolas públicas, repartições 
públicas, mercados municipais... O Estado conserva e define as condições do 
uso. 
 
c) Bem dominical: não possui finalidade pública, ou seja, o que não for bem 
de uso comum do povo, nem de uso especial, será dominical. Ex: terras 
devolutas, bens móveis inservíveis... 
 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, 
inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito 
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
 
3. Regime Jurídico dos Bens Públicos 
 
a) Alienáveis sob condição/alienabilidade condicionada: como regra geral 
os bens públicos são inalienáveis, mas, em algumas condições, é possível 
alienar o bem público. 
 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são 
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei 
determinar. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as 
exigências da lei. 
 
b) Impenhorabilidade: os bens públicos são impenhoráveis. Os débitos 
judiciais são pagos mediante o regime de precatório – artigo 100 da CF. 
c) Impossibilidade de oneração: não podem ser objeto de oneração (direito 
real de garantia). 
 
d) Imprescritibilidade: os bens públicos não podem ser adquiridos pela 
usucapião. 
 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
4. Gestão dos bens públicos 
 
a) Autorização de uso de bem público: é utilizada no interesse do particular, 
sempre para eventos ocasionais e temporários. É ato unilateral, discricionário e 
precário. 
 
b) Permissão de uso de bem público: é utilizada no interesse da 
coletividade, além do que também é ato unilateral, discricionário e precário. 
 
c) Concessão de uso de bem público: leva em consideração apenas o 
interesse público. É contrato administrativo com prévio procedimento licitatório. 
 
Roteiro de Estudos 
Contratos Administrativos 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Introdução: 
No contrato administrativo vigora um regime jurídico de direito público, de 
desigualdade jurídica e todo contrato administrativo possui cláusula 
exorbitante!!! 
 
2. Características do contrato administrativo 
a) Formal – ressalva do artigo 60, parágrafo únicoda Lei 8.666/93 
b) Contrato de adesão 
c) Intuitu personae – cabível a subcontratação nos termos do artigo 72, 
ressalvado o 13, § 3º 
d) Participação da Adm. em pelo menos um dos polos 
e) Desigualdade entre as partes 
f) Mutabilidade (flexibilização da cláusula pacta sunt servanda) – cabe 
modificação unilateral. 
g) Cláusulas exorbitantes 
 
3. Cláusulas exorbitantes – 54, 56, 3º, §11 e 78, XV 
a) Poder de alterar unilateralmente um contrato - 65 
A alteração pode ser qualitativa (65, I, a) ou quantitativa (65, I, b) 
Como regra geral o limite é de 25%, para mais ou para menos (65, §1º e 2º). 
 
Cuidado! Jamais podem ser alteradas, unilateralmente, as cláusulas 
econômico-financeiras – 58, §§1º e 2º. Só pode alterar unilateralmente as 
chamadas cláusulas regulamentares. 
 
b) Possibilidade de rescisão unilateral do contrato – 58, II c/c 79, I 
 
c) Fiscalização da execução do contrato – 67, 68, 70 
 
d) Aplicação direta de sanções – 86 e 87 
 
e) Ocupação temporária – 58, V, 80, I e II. 
 
f) Exceção de contrato não cumprido – 78, XV e 79, §2º 
 
g) Exigência de garantia – 56 
5% como regra. Se de grande vulto será 10%. 
 
h) Exigências de medidas de compensação – 3º, §11 
 
4. Prazo de duração e prorrogação dos contratos administrativos – 57 
A prorrogação é mera expectativa de direito, pois cabe à Administração 
prorrogar ou lançar nova licitação. 
 
Cuidado! Ver artigo 57, §3º, Lei 8.666/93. É vedado o contrato com prazo 
indeterminado. 
 
5. Extinção do contrato 
a) Se por anulação artigos 49 e 59 da Lei 8.666/93 
b) Se por rescisão artigos 78 e 79 da Lei 8.666/93 
 
6. Teoria da imprevisão 
a) Caso fortuito e força maior – 65, II, d 
b) Fato do Príncipe – 65, §5 
c) Fato da administração – 78, XVI 
d) Interferências imprevistas 65, II, d 
 
 
 
 
Roteiro de Estudos 
Controle da Administração 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Introdução 
A própria noção de competência necessita da noção dos limites. 
O Controle da Administração busca garantir os direitos dos cidadãos, bem 
como assegurar que a Administração alcance os fins públicos para os quais a 
sociedade deseja. 
 
2. Classificação 
2.1. Quanto ao órgão controlador 
a) Controle Legislativo: realizado pelo Parlamento e, também, com o auxílio 
do Tribunal de Contas. 
b) Controle Judicial: pode ser tanto a priori quanto a posteriori e de forma 
concomitante. 
c) Controle Administrativo: ocorre no âmbito interno da própria Administração 
Pública e pode ser realizada tanto de ofício quanto por provocação da parte 
interessada. 
 
2.2. Quanto à extensão 
a) Controle interno: realizado por cada um dos Poderes sobre os próprios 
órgãos. 
b) Controle externo: quando um órgão fiscaliza o outro, sendo que estão em 
âmbitos distintos. 
 
2.3. Quanto à natureza 
a) Controle de legalidade: deve ser exercido tanto pela Administração quanto 
pelo Judiciário. Ver artigo 53 da Lei 9.784/99 
b) Controle de mérito: exercido somente pela Administração Pública. 
 
2.4. Quanto ao âmbito 
a) Controle por subordinação: realizado pela autoridade hierarquicamente 
superior. 
b) Controle por vinculação: não exterioriza subordinação, mas um controle 
finalístico. 
 
3. Tribunais de Contas – artigos 70 e 71 
São auxiliares do Poder Legislativo no controle externo. das atuações 
administrativas. 
Os Tribunais de Contas possuem competência para fiscalizar qualquer pessoa 
jurídica ou civil que utilizem verba pública. 
 
4. Prescrição administrativa 
Como regra o prazo é de cinco anos. 
 
5. Coisa julgada administrativa 
no Brasil não existe a coisa julgada administrativa. 
Roteiro de Estudos 
Improbidade Administrativa – Lei 8.429/92 
Prof.º André Barbieri 
 
 
1. Âmbito – artigo 1º 
 
2. Quem pode ser réu na ação de improbidade administrativa? 
A regra é o agente público, seja ele concursado ou não, remunerado ou não, 
com vínculo duradouro ou não. 
 
Cuidado! O particular somente responderá se estiver acompanhado do agente 
público, seja com benefício direto ou indireto. 
 
3. Quem pode promover a ação de imporbidade administrativa? 
Ou será a pessoa jurídica lesada ou o Minitério Público. 
 
Cuidado! A participação do Ministério Público é obrigatória, seja como fiscal da 
lei ou como autor da ação, sob pena de nulidade processual. 
 
4. Grupos de improbidade administrativa 
a) Artigo 9º - Eriquecimento ilícito – requer dolo 
 
b) Artigo 10 – Dano ao Erário – requer culpa 
 
c) Artigo 11 – Ofensa aos princípios da Administração Pública – requer dolo 
 
Cuidado! Não existe condenação por improbidade administrativa a partir da 
responsabilidade objetiva do agente. 
 
Cuidado! Os grupos que definem a improbidade administrativa trazem 
condutas meramente exemplificativas. 
 
5. Sanções 
Um único ato de improbidade administrativa pode gerar sanção civil, sanção 
penal e sanção administrativa e isso não gera bis in idem. 
 
Cuidado! A perda do cargo e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam 
com o trânsito em julgado da condenação. 
 
Cuidado! Mesmo tendo a possibilidade de ser aplicada três esferas 
sancionatórias, a natureza da ação de improbidade é civil. 
 
Roteiro de Estudos 
Introdução ao Direito Administrativo 
Prof.º André Barbieri 
 
 
1. Introdução 
É ramo do direito público que estuda os princípios e as normas quanto ao 
exercício da atividade administrativa. 
 
2. Administração gerencial 
O atual modelo da Administração Pública brasileira é gerencial, pois está 
fundamentada no princípio da eficiência, busca atingir as metas e os resultados 
e passou a aser aplicada a partir da EC 19/98. 
 
3. Características do Direito Administrativo 
a) ramo do direito público: prepondera uma relação jurídica desigual 
b) não existe uma codificação: não existe um código que abrange todo o Direito 
Administrativo, pois toda a legislação é esparsa 
c) Presunção de legitimidade: é sempre favorável ao Estado, porém relativa, 
pois o particular pode provar o contrário. 
 
4. Estado 
Para que exista o Estado precisamos reunir alguns elementos: 
a) povo 
b) território 
c) soberania 
d) finalidade 
 
5. Sentido da palavra Administração Pública 
a) Administração Pública em sentido subjetivo ou orgânico: é todo o conjunto 
de agetes, órgãos e entidades públicas que exercem a função administrativa. 
 
b) Administração Pública em sentido objetivo, material ou funcional: é a 
administração pública (com letras minúsculas) em que se resume na prestação 
concreta na defesa do interesse público. 
 
6. Fontes do Direito Administrativo 
A grande fonte do Direito Administrativo (fonte primária) é a lei. As demais 
fontes são: doutrina, jurisprudência e constumes. 
 
Cuidado! Não se admite costume contrário à lei. 
 
Roteiro de Estudos 
Licitação – Artigo 37, XXI, CF; Lei 8.666/93 e Lei 10.520/02 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Introdução: é um procedimento administrativo formal em que as finalidades 
são: 
a) buscar a melhor proposta para o Estado; 
b) dar tratamento isonômico aos participantes e; 
c) promover o desenvolvimento nacional. 
 
Cuidado! Licitação é procedimento administrativo, uma vez que se materializa 
numa sequência lógica e concatenada de atos. 
 
2. Princípios específicos: 
a) sigilo das propostas: a licitação é pública, mas as propostas devem ser 
sigilosas até o momento da abertura dos envelopes. 
 
b) vedação à oferta de vantagem: as propostas devem ser individualizadas, 
não se admitindo que um participante vincule sua proposta ao outro. 
 
c) vinculação ao instrumento convocatório: tanto a Administração Pública 
quanto os participantes estão vinculados ao instrumento convocatório. 
 
d) julgamento objetivo: a busca pela melhor proposta à Administração 
Pública deve ser aferida com julgamento objetivo, ou seja, aquele que está nos 
termos da lei e do edital. 
 
e) adjudicação compulsória: o vencedor da licitaçãotem o direito de receber 
o objeto licitado, porém, a contratação com o poder público é tão somente uma 
expectativa de direito. 
 
3. Contratação direta 
 
a) Licitação inexigível: ocorre quando for “impossível” licitar, quer seja por 
exclusividade do produto/fornecedor, artista consagrado ou serviço de alta 
especialidade. O rol é exemplificativo e o dever de não licitar é vinculativo, nos 
termos do artigo 25 da Lei 8.666/93. 
 
b) Licitação dispensável: cabe, no caso concreto, a decisão do administrador, 
uma vez que é possível, ou não, licitar (decisão discricionária), mas o rol é 
taxativo, nos termos do artigo 24 da Lei 8.666/93. 
 
c) Licitação dispensada: não cabe qualquer análise do administrador, pois o 
rol é taxativo e o dever de não licitar é vinculativo, conforme artigo 17 da Lei 
8.666/93. 
 
Cuidado! O artigo 17 se desdobra nos incisos I e II, razão pela qual a 
alienação do bem móvel não exige autorização legislativa. 
 
4. Tipos de licitação 
a) Menor preço: aplicada ao pregão. 
b) Melhor técnica: dentre as várias técnicas, escolhe-se a que for a mais 
adequada, nos termos da lei e do edital. 
c) Técnica e preço: aplicada para serviços e bens de informática. 
d) Maior lance: aplicada ao leilão. 
 
5. Modalidades 
a) Concorrência: destinada para compras de grande vulto e 
“hierarquicamente” superior às demais, tendo em vista ser sempre possível sua 
aplicação. 
 
b) Tomada de preço: destinada às compras de médio vulto em que os 
participantes estão previamente cadastrados. 
 
c) Convite: voltada para compras de pequeno vulto em que não se fala de 
edital, mas da carta-convite. 
 
Cuidado! O prazo mínimo no convite é de 5 dias úteis. 
 
d) Concurso: busca escolher trabalhos técnicos, científicos ou artísticos com a 
entrega de prêmios ou remuneração ao vencedor. 
 
e) Leilão: modalidade utilizada para alienação e bens móveis, imóveis, bens 
inservíveis para a Administração Pública e produtos legalmente apreendidos. 
 
f) Pregão: modalidade da Lei 10.520/02, sempre na aquisição de bens e 
serviços comuns, ou seja, aqueles que podem ser objetivamente descritos – 
padrões de desempenho e qualidade – pelo edital. 
 
Cuidado! No pregão há uma dupla inversão de fases: habilitação com 
classificação e julgamento, além da homologação com a adjudicação 
compulsória. 
 
Cuidado! Registro de preço não é modalidade licitatória, mas procedimento 
que a Administração pode se utilizar para compras rotineiras; a seleção é feita 
mediante concorrência. 
 
Roteiro de Estudos 
Organização da Administração Pública – Artigo 37, XIX, CF e Decreto-lei 
200/67 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Desconcentração e descentralização: desconcentração ocorre no contexto 
de uma pessoa jurídica, razão pela qual existe hierarquia e subordinação. Já, a 
descentralização ocorre no contexto de duas pessoas jurídicas e a relação é de 
controle finalístico/vinculação. 
 
Cuidado! Entre a Administração Pública direita e a Administração Pública 
indireta não existe relação de hierarquia ou subordinação, mas controle 
finalístico. 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: 
(...) 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, 
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação 
 
2. Características da Administração Pública Direta: 
a) é formada pela União, Estado, DF e Municípios; 
b) são pessoas políticas, assim, é formada por pessoas jurídicas de direito 
público, com competências legislativas; 
c) devem licitar; 
d) devem realizar concurso público para contratar; 
e) bens públicos; 
f) regime dos precatórios; 
g) prazos processuais dilatados. 
 
3. Administração Pública Indireta 
a) possuem personalidade jurídica própria; 
b) patrimônio próprio; 
c) não possuem finalidade lucrativa 
c) possuem capacidade de autoadministração; 
d) possuem autonomia financeira, administrativa e técnica. 
 
4. Espécies da Administração Pública Indireta 
a) Autarquia: pessoa jurídica de direito público, criada e extinta por lei na 
prestação de um serviço típico de Estado. São espécies de autarquias: 
a) autarquias em regime especial; 
b) autarquias geográficas; 
c) autarquias fundacionais e; 
d) conselhos profissionais. 
 
Cuidado! A OAB não é uma autarquia, mas uma entidade sui generis. 
 
b) Fundação pública: podem ser pessoas jurídicas de direito público ou de 
direito privado, sendo um patrimônio personalizado destinado a aspectos 
culturais, científicos, sempre com finalidade específica. 
 
c) Empresa pública: pessoa jurídica de direito privado formada por capital 
exclusivamente público, podendo prestar um serviço público ou explorar 
atividade econômica, sob qualquer tipo societário. 
 
d) Sociedade de economia mista: pessoa jurídica de direito privado, pode 
prestar serviço público ou explorar atividade econômica. O Estado possui a 
maior parte do capital, tem que ser AS. 
 
Cuidado! Agência executiva é apenas uma qualificação atribuída às autarquias 
ou fundações públicas que celebram um contrato de gestão com a 
Administração, tendo em vista um aumento da eficiência. 
 
Cuidado! O órgão público não possui personalidade jurídica. Quem possui tal 
personalidade é a pessoa jurídica da qual o órgão faz parte. 
 
 
 
Roteiro de Estudos 
Parceria Público-Privada – Lei 11079/04 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Conceito: são as chamadas concessões patrocinadas e as concessões 
administrativas. 
 
Art. 1o Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria 
público-privada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
Parágrafo único. Esta Lei se aplica aos órgãos da Administração Pública direta, 
aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas 
públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas 
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
2. Concessões especiais 
a) Concessão patrocinada: recebe remuneração do Estado e do usuário. 
b) Concessão administrativa: a usuária do serviço é a própria Administração 
Pública. 
 
Art. 2o Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na 
modalidade patrocinada ou administrativa. 
§ 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras 
públicas de que trata a Lei no 8.987/95, quando envolver, adicionalmente à tarifa 
cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro 
privado. 
§ 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva 
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
 
3. Regras aplicáveis às PPPs 
a) Duração do contrato: mínimo de 5 e máximo de 35 anos; 
b) Valor: mínimo de 20 milhões de reais; 
c) Objeto do contrato: pode executar obra, entregar mão de obra ou outro 
objeto, desde que necessariamente tenha a prestação de um serviço público; 
lembra que a prestação do serviço público é uma exigência, mas não 
necessariamente um único objeto. 
 
§ 3o Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida 
a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei 
no 8.987/95, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público 
ao parceiro privado. 
 
d) Parceiro público e parceiro privado: existe uma relação entre o parceiro 
público e parceiro privado (muda apenas a terminologia) e, aqui, a 
responsabilidade do Estado é solidária, não mais subsidiária. 
e) Arbitragem:a arbitragem é admitida tanto nas PPPs quanto nas 
concessões simples. 
 
§ 4o É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: 
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de 
reais); 
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou 
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o 
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
 
4. Sociedade de Propósito Específico 
a) Conceito: é a pessoa responsável pela gestão imparcial da PPP. Sendo 
assim, deve gerir a PPP, há capital público e privado e o Estado não pode ser o 
acionista majoritário. 
 
Roteiro de Estudos 
Poderes da Administração 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Poderes da Administração: são instrumentos utilizados para o poder 
público atingir o interesse da coletividade. 
 
Cuidado! Os poderes da administração são concebidos como “poder-dever”, 
não sendo uma mera faculdade. 
 
2. Características: 
2.1) irrenunciáveis, 
2.1) condicionados aos termos da lei e; 
2.3) voltados ao interesse da coletividade. 
 
3. Espécies 
a) Poder hierárquico: exterioriza-se em delegar, avocar, fiscalizar, dar ordem 
e rever atos. Poder amplo e permanente. 
b) Poder disciplinar: é resumido no punir ou não punir. Pode, 
excepcionalmente, recair contra o particular, desde que este tenha um vínculo 
específico com a Administração Pública. 
c) Poder regulamentar: revestido no artigo 84, incisos IV e VI, da CF. É poder 
atrelado ao chefe do Poder Executivo. 
d) Poder de polícia: é uma restrição aplicada sempre no interesse da 
coletividade. São características deste poder: 
d.1) discricionário (como regra); 
d.2) coercitível/imperativo. 
d.3) autoexecutável (exigibilidade e executoriedade). 
 
Cuidado! Não se confunde a polícia administrativa com a polícia judiciária. 
 
Cuidado! Em casos de licença administrativa o poder de polícia deixará de ser 
discricionário e passará a ser vinculado. 
 
4. Abuso de poder 
O uso normal do poder é uma prerrogativa, porém, utilizar de forma exagerada 
configura abuso, razão pela qual ofende a lei e o ato será nulo. O abuso de 
poder pode afetar o elemento competência do ato administrativo quando 
ocorrer excesso; ou, atingir a finalidade quando, mesmo competente, o agente 
público desvia da finalidade pública. 
 
 
Roteiro de Estudos 
Princípios do Direito Administrativo 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Princípios constitucionais do Direito Administrativo (artigo 37, caput, 
da Constituição Federal) “L-I-M-P-E” 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
(...) 
 
a) Legalidade: a legalidade pública é restritiva, ou seja, o administrador só 
pode fazer o que a lei permitir. O administrador está subordinado à lei. 
Administrar é aplicar a lei de ofício. 
 
b) Impessoalidade: é a não discriminação, ou seja, o Estado deve tratar todos 
os cidadãos da mesma forma, com igualdade. A impessoalidade impõe três 
reflexos: 
b.1) não privilegiar ou prejudicar ninguém; 
b.2) proibir que o agente público se autopromova com a coisa pública e; 
b.3) na responsabilidade civil, o dano praticado pelo agente público, no 
exercício da função, gera a responsabilidade do Estado, no primeiro momento. 
 
c) Moralidade: é a probidade, honestidade, boa-fé objetiva. Cuidado que a 
moralidade administrativa não se confunde com a moralidade social/comum. 
 
d) Publicidade: é a regra na Administração Pública. A publicidade exterioriza: 
possibilidade de controle do ato administrativo, eficácia do ato (a produção de 
efeitos perante o cidadão) e a contagem do prazo. São exceções da 
publicidade: 
d.1) a segurança do Estado; 
d,2) a segurança da sociedade; 
d.3) a privacidade/intimidade do indivíduo/das partes. 
 
e) Eficiência: incluída expressamente na Constituição Federal com a Emenda 
Constitucional n.º 19/98. A eficiência será sempre o alcance do máximo de 
resultado com o menor custo possível. 
 
Cuidado! Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade não estão 
expressos na Constituição Federal, mas são princípios implícitos. 
 
2. Princípios infraconstitucionais do Direito Administrativo (artigo 2º, 
parágrafo único, da Lei 9.784/99) 
 
a) Supremacia do interesse público sobre o privado: O Estado pode 
restringir direitos individuais em benefício da coletividade. Assim, o Estado 
possui prerrogativas não estendidas ao particular. 
 
b) Indisponibilidade do interesse público: o limite da supremacia do 
interesse público é encontrado na indisponibilidade do interesse público, pois 
este impõe limitações à atuação estatal. 
 
c) Devido processo legal (contraditório e ampla defesa): no Direito 
Administrativo a ampla defesa e o contraditório, assim como no direito 
processual, são perfeitamente aplicados. Porém, vale lembrar que a defesa 
técnica também faz parte da ampla defesa, porém, no processo administrativo, 
a ausência do advogado não viola tal princípio, nos termos da súmula 
vinculante n.º 05, porque o advogado passou a ser prescindível. 
 
d) Autotutela: a Administração tem o poder de controlar os seus próprios atos, 
independentemente de ser provocada. Lembrar que o ato inconveniente ou 
inoportuno será revogado e o ato ilegal será anulado. Da revogação os efeitos 
são ex nunc, da anulação os efeitos são ex tunc. Ver súmula 473 do STF e 
artigo 53 da Lei 9.784/99. 
 
e) Motivação: é o poder-dever que a Administração tem de fundamentar os 
atos praticados, ou seja, essa é a regra. A motivação deve ser anterior ou 
concomitante ao ato, jamais posterior ao ato. Motivar é apresentar os 
fundamentos de fato e de direito. 
 
f) Proporcionalidade: relação entre os meios e os fins. PS: lembrar do “jantar 
com massas e frutos do mar”. 
 
g) Razoabilidade: é a relação de equilíbrio, decisões extremadas ferem a 
razoabilidade. 
 
h) Segurança jurídica: novas interpretações não podem retroagir, porque 
possuem efeitos apenas ex nunc. 
 
Cuidado! O que ocorre se um princípio for descumprido? Existirá a 
possibilidade de se tipificar um ato de improbidade administrativa, nos termos 
do artigo 11, da Lei 8.429/92. 
Roteiro de Estudos 
Processo Administrativo – Lei 9.784/99 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Considerações constitucionais 
a) Devido processo legal – 5º, LIV. 
b) Contraditório e ampla defesa – 5º, LV. 
c) Duração razoável do processo. 
d) Proibição de provas ilícitas. 
 
2. Aplicação 
Pode ser aplicada no âmbito do Poder Legislativo e do Poder Judiciário quando 
no exercício de função atípica. 
 
3. Princípios 
a) Legalidade: a legaidade é restritiva 
b) Finalidade: atendimento a fins de interesse geral. 
c) Impessoalidade: vedada a promoção pessoal do agente. 
d) Moralidade: é sinônimo de honestidade, probidade, ética e decoro 
e) Publicidade: é a regra na Administração Pública 
f) Razoabilidade: equilíbrio 
g) Proporcionalidade: meios e fins 
h) Obrigatória motivação: os pressupostos de fato e de direito devem ser 
indicados na decisão. 
i) Segurança jurídica: veda a aplicação retroativa de nova interpretação. 
j) Informalismo: o conteúdo prevalece, como regra, sobre a forma. 
k) Gratuidade: toda e qualquer cobrança de despesas processuais é proibida, 
salvo ressalvada hipótese legal. 
l) Oficialidade: a autoridade deve, por impulso oficial, tomar as medidas 
necessárias, sem prejuízo da atuação do interessado. 
m) Devido processo legal: engloba a análise do contraditório e da ampla 
defesa. 
 
4. Conceitos elementares 
a) Órgão: unidade de atuação integrante da estrutura da Administração Pública 
Direta ou Indireta. 
b) Entidade: unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. 
c) Autoridade: é o agente quepossui poder de decisão. 
 
5. Direitos e deveres do administrado 
São direitos do usuário – artigo 3º; 
São deveres do usuário – artigo 4º. 
 
6. Instauração do processo 
A Administração Pública sempre pode agir de ofício, ao contrário do Poder 
Judiciário – artigo 5º 
 
7. Legitimados para o processo administrativo 
a) Titulares dos direitos e interesses: podem ser pessoas físicas ou jurídicas 
que vão iniciar o processo; 
b) 3ºs interessados: mesmo não tendo iniciado o processo, possuem direitos 
ou interesses que possam ser afetados pela decisão; 
c) Organizações e associações representativas: estão atrelados aos direitos 
e interesses coletivos; 
d) Pessoas ou associações legalmente constituídas: interesses difusos. 
 
8. Competência 
Artigo 11. Como regra a competência administrativa é irrenunciável e deve ser 
exercida pelo órgão competente. 
8.1. Não podem ser objeto de delegação: 
a) edição de atos com caráter normativo; 
b) decisão de recursos administrativos; 
c) matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
 
9. Tempo dos atos 
Salvo disposição em lei, os atos devem ser praticados no prazo de cinco dias. 
 
10. Intimação e revelia 
No Processo Administrativo não existem os efeitos da revelia, mas o instituto 
da revelia existe. 
 
11. Instrução processual 
A instrução é promovida de ofício. 
São inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos. 
Encerrada a instrução o interessado terá o direito de se manifestar no prazo 
máximo de dez dias. 
Encerrada a instrução deve ser elaborado o relatório e encaminhado para a 
autoridade competente para decidir. 
 
Cuidado! A autoridade tem o dever de decidir, jamais sendo possível não fazer 
para que o Judiciário a faça. 
 
Encerrada a instrução a Administração tem o prazo de até 30 dias para decidir, 
salvo por prorrogação expressamente motivada. 
 
12. Recursos administrativos 
O recurso deve ser dirigido à autoridade que proferiu a decisão para que, se 
não reconsiderar no prazo de 5 dias, deverá encaminhar as razões do recurso 
para a autoridade superior. 
O recurso administrativo tramitará por no máximo 3 instâncias – artigo 57. 
 
Cuidado! O prazo para interpor recurso administrativo é de 10 dias, devendo 
ser decidido em até trinta dias. 
 
13. Revisão x Recurso (contexto da reformatio in pejus) – artigo 64. 
Não há reformatio in pejus na revisão do processo administrativo, porém, no 
recurso administrativo ela existe, pois a decisão em grau de recurso 
administrativo pode ser agravada. 
 
14. Prazos – artigos 66 e 67 
Exclui o dia do começo e inclui o do fim. 
Como regra os prazos não se suspendem. 
 
15. Verdade sabida 
Era a hipótese da autoridade administrativa impor uma pena quando 
presenciava uma irregularidade. A partir da CF/88 não mais se aplica este 
instituto, porque ofende o devido processo legal, o contraditório e a ampla 
defesa. 
Roteiro de Estudos 
Responsabilidade Civil do Estado - artigo 37, §6º, CF 
Prof.º André Barbieri 
 
1. Introdução: a chamada responsabilidade civil do Estado também é 
conhecida como responsabilidade extracontratual. 
 
2. Artigo 37, §6º, CF: a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito 
público e das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços 
públicos é objetiva. A responsabilidade do agente público será sempre 
subjetiva. 
 
“Artigo 37, CF 
(...) 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa.” 
 
Cuidado! A responsabilidade subjetiva do Estado ainda é aplicada, porém de 
forma excepcional, sempre nos casos em que a omissão do Estado causar um 
dano ao particular. Essa responsabilidade subjetiva também é conhecida como 
culpa invisível ou culpa administrativa. 
 
3. Modalidades da responsabilidade objetiva 
Dentro da responsabilidade objetiva a regra é a modalidade do risco 
administrativo, ou seja, são admitidas as excludentes (culpa exclusiva da 
vítima, forma maior e culpa de terceiro). Todavia, quando se tratar de dano 
ambiental e de dano nuclear será caso de risco integral, em que não há 
excludente. 
 
4. Principais casos concretos em destaques 
a) Ato lícito: o ato lícito gera responsabilidade objetiva do Estado, porém, o 
particular que sofreu o dano terá a indenização fundamentada no princípio da 
igualdade. 
 
b) Preso foragido que, tempos depois, praticou um novo crime: o preso 
foragido que, tempos depois, praticou novo crime, não gera o dever de 
indenizar do Estado, uma vez que entende o STF que não há nexo causal. 
 
c) Concessionária de serviços públicos: a pessoa jurídica de direito privado 
prestadora de serviço público responde objetivamente perante os danos 
causados a 3º (usuários ou não usuários), sendo que a responsabilidade do 
Estado é subsidiária. 
 
d) Agente público: a responsabilidade do agente público é sempre subjetiva. 
Contudo, se ele exercia a função e causou o dano ao particular o Estado será 
responsabilizado. Porém, se o agente público não exercia a função e, ainda 
assim, causou um dano ao indivíduo, o Estado não terá qualquer 
responsabilidade. 
 
5. Princípio da dupla garantia 
O agente público que, no exercício da função, causar dano ao particular tem a 
garantia de, primeiramente, a ação ser proposta em face do Estado e, se este 
for condenado, na ação regressiva, deverá provar que o agente público agiu 
com dolo ou culpa. 
Em que pese ser tema que não está pacificado na doutrina, a posição 
dominante é que o particular tem o prazo de 5 anos para ingressar com a ação 
de indenização contra o Estado. Uma vez que o Estado foi condenado e tal 
sentença transitou em julgado, caberá agora uma ação de regresso contra o 
real causador do dano, vez que a Administração Pública é obrigada a mover a 
ação de regresso contra o agente. Todavia, quanto ao prazo, lembrar que, na 
ação regressiva, aplica o artigo 37, §5º, da CF, vez que é imprescritível a ação 
para ressarcimento dos cofres públicos. 
 
 
Roteiro de Estudos 
Serviços Públicos – Lei 8987/95 
Prof.º André Barbieri 
 
 
1. Conceito 
a) Substrato material: comodidade ou utilidada. Serviço público é sempre 
prestação material. 
b) Elemento formal: prestado pelo regime de Direito Público. 
c) Elemento subjetivo: necessariamente prestada pelo Estado (direta ou 
indiretamente). 
 
1.1. Serviço público e obra pública: obra pública tem início, meio e fim. Obra 
pública e estática, serviço público é dinâmico. 
 
1.2. Serviço público e poder de polícia: poder de polícia é uma restrição. 
 
1.3. Serviço público exploração de atividade econômica: é feita com base 
no regime de direito privado. 
 
2. Princípios 
a) Generalidade/Universalidade: serviço público deve ser prestado a maior 
quantidade de pessoas possíveis. 
 
b) Modicidade: as tarifas, na prestação dos serviços, devem ser módicas. 
Não se confunde com gratuidade. 
 
c) Atualidade/Adaptabilidade: os serviços públicos devem ser prestados com 
a tecnologia do momento. 
 
d) Cortesia: a prestação do serviço público deve ser cortês. 
 
e) Isonomia: devem ser prestados de forma insonômica a todos os cidadãos. 
 
f) Continuidade: a prestação do serviço deve ser contínua, como regra. 
Excepcionalmente pode ser interrompido nos casos de emergência, melhoria 
do sistema e de inadimplência. 
 
3. Classificação dos serviços públicos 
a) Individuais/ uti singuli: são prestados a todos, porém, é possível 
individualizar o quanto cada pessoa utiliza. Ex: energia elétrica, transporte 
público, telefonia... São cobrados mediante taxas ou tarifas. 
 
b) Gerais/ uti universi: são prestados a toda coletividade, mas sem 
individualização do consumo de cada usuário. Ex: iluminação pública, limpezapública... São cobrados mediante impostos. 
 
c) Serviço público exclusivo indelegável: prestados pelo Estado de forma 
direta! Ex: administração dos tributos... 
 
d) Serviço público exclusivo delegável: prestados pelo Estado de forma 
direta ou indireta (mediante delegação). Ex: telefonía… 
 
e) Serviço público exclusivo de delegação obrigatória: prestado pelo 
Estado, mas obrigatoriamente delegável ao particular... Ex: rádio e televisão. 
 
f) Serviço público não exclusivo/impróprio/serviço de utilidade pública: o 
Estado presta e o particular também, independentemente de delegação. Ex: 
saúde, educação, previdência... 
 
4. Diferenças entre a concessão e a permissão 
 
a) o contrato de permissão pode ser celebrado com pessoas jurídicas ou 
pessoas físicas, já a concessão jamais será celebrada com pessoa física. 
b) o contrato de concessão a modalidade licitatória é sempre será a 
concorrência, independentemente do valor do contrato, na permissão não há 
essa obrigatoriedade. 
c) a concessão requer lei específica que a autorize, a permissão não requer tal 
exigência. 
 
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	dire_admi_XIII_exam_orde_1_fase_inte-(improbidade administrativa)
	dire_admi_XIII_exam_orde_1_fase_inte-(introdução ao Direito Administrativo)
	dire_admi_XIII_exam_orde_1_fase_inte-(licitação)
	dire_admi_XIII_exam_orde_1_fase_inte-(organização da Administração Pública)
	dire_admi_XIII_exam_orde_1_fase_inte-(parceria público-privada)
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