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As bases do direito coletivo

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As bases do direito coletivo
Os movimentos e as ações sociais dos trabalhadores encaminharam o Estado à uma conduta protecionista no que concerne às condições dos trabalhadores. Padronizando, portanto, a conduta do empregador e a conduta do empregado, com o fim de se evitar abusos, sejam eles físicos e ou morais. Daí surge o sindicalismo de e as convenções coletivas de trabalho. Essa instituição seria basicamente autônoma. 
Os sindicatos não são somente órgãos de defesa dos interesses de suas categorias de seus associados, mas também, se tornou um órgão de organização e coordenação de direitos e obrigações dos empregadores e trabalhadores. Dessa relação entre empregador, empregador e sindicato se diz princípio pluralista de formação da ordem jurídica.
Unicidade sindical
Pluralidade sindical: ocorre quando se permite e de fato existe mais de um sindicato em determinada profissão. Na França  funciona a pluralidade.
Unidade sindical: a unicidade sindical é o princípio pelo qual a norma somente impõe um sindicato por categoria, empresa ou delimitação territorial. Mas é percebido que a jurisprudência do STF é pacifica com relação ao desmembramento, mas há a necessidade de formalizar o desejo de se desmembrar e a criação de novo sindicato.
Devido ao princípio da liberdade sindical os interessados é quem decidem, voluntariamente, pela adoção ao sistema de unidade ou pluralidade sindical.
 Não há uma posição por parte da Organização Internacional do Trabalho, apoiando a unidade ou pluralidade sindical. Já no Brasil vigora a unicidade sindical. 
Observa-se que a base territorial, área de representatividade dos trabalhadores e empregadores, mínima dos sindicatos é o município. 
Registro:
Para se caracterizar à entidade caráter sindical observa-se a necessidade de registro junto ao Ministério do Trabalho. Através do registro o MT se certifica da existência ou não de outro sindicato da mesma categoria em mesma base territorial. 
Representação por categoria profissional/econômica
Existe uma distinção entre representação e filiação. 
Pertencer à determinada categoria profissional ou econômica independe da vontade. A representação legal da categoria pelo Sindicato é automática e incondicional. Já a filiação é opcional e espontânea.
O Empregador faz parte da categoria econômica de sua atividade preponderante, em determinada área territorial.
Já o empregado faz parte da categoria profissional correspondente à categoria econômica de seu empregador.
Empregado pode exercer profissão diferenciada (§3º 511). Nesta hipótese, independente da atividade desenvolvida pelo empregador, pertencerá o empregado, sempre, à sua própria categoria. Quanto a aplicação das normas coletivas, dependerá de o empregador ter participado da negociação coletiva. 
Contribuição sindical obrigatória
Antes conhecida como imposto sindical a obrigação está prevista no art. 579 da CLT que permanece está em vigor. É compulsória, devida independentemente de filiação, manifestação de vontade ou concordância do trabalhador ou empregador. É devida pelo simples fato de fazer parte de uma determinada categoria profissional ou econômica.
Competência normativa da Justiça do Trabalho
Existe apenas no Brasil, apesar de ser criticada pela doutrina. Consiste na possibilidade de os Tribunais Trabalhistas criarem normas para certa categoria, com base nos julgamentos de dissídios coletivos (sentenças com potencial normativo) 
À luz da doutrina essa competência desestimula o desenvolvimento, haja vista, que atribui ao Estado o poder de solução dos conflitos, sendo que esses poderiam se resolver somente com as partes ou com intervenção dos mediadores e árbitros. 
5.3. Sindicatos
 	De acordo com o art. 511 da CLT, os sindicatos são pessoas jurídicas de direito privado. Sua formação se dá através da inscrição dos atos constitutivos no Cartório de Registro Civil e posteriormente no Ministério do Trabalho. Essas associações são formadas pelos próprios sujeitos da relação de emprego, tem o intuito de estudar, defender e coordenar os interesses profissionais e pecuniários daqueles que exercem a mesma profissão. 
A estrutura de um sindicato se destrincha em três órgãos, sendo eles a diretoria, o conselho fiscal e a assembléia geral. Sua administração é exercida pela diretoria e pelo conselho fiscal, seus membros serão eleitos pela assembléia geral. 
 
Funções Sindicais: 
Representação: essa é a função de comunicação do sindicato seja com os trabalhadores ou com empregadores, representa a categoria com o propósito de defender e coordenar seus interesses. 
Sua atuação será extrajudicial quando se tratar de autoridade administrativa e judicial quando houver a necessidade de representação e substituição processual. 
Função Negocial: diz respeito à prerrogativa de produção de direitos complementares, que sejam mais vantajosos aos previstos em lei. Surgindo daí o direito do sindicato de homologar os acordos e convenções coletivas. 
Função econômica: segundo o artigo 564 da CLT é vedada a atividade econômica por parte do sindicato. 
 Função assistencial: A função assistencial é apresentada por inúmeras formas. A C.F e a CLT, apresenta o dever que cabe ao sindicato de assistir judicialmente os associados, independentemente do salário que percebam. A Lei nº 5.584, de 26 de junho de 1970, que fala sobre a prestação de assistência judiciária na Justiça do Trabalho, estabelece que a assistência seja prestada àqueles que não tenham condições de ingressar com ação, sendo devida a todo aquele que receber salário igual ou menor que o dobro do salário mínimo, ficando, também, assegurado igual benefício ao trabalhador que tiver salário superior, desde que comprove que sua situação econômica não permite que demande sem que o sustento próprio ou da família seja prejudicado.
Centrais sindicais
As centrais sindicais são entidades de representação geral dos trabalhadores. Elas abrangem todo o território nacional e por meio delas é que se coordena a representação dos trabalhadores, entendem-se todas as profissões, ramos e categorias. é prerrogativa a central sindical participar das negociações que sejam de interesse dos trabalhadores. Ex.: Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).
Elas são a maior unidade de representação dos trabalhadores e estão acima das confederações, federações e sindicatos. Integram à ela não somente os trabalhadores, mas também, todas as entidades de representação de primeiro grau. Portanto, a central representa não somente os trabalhadores, mas também, os sindicatos, federações e as confederações de determinada categoria. Define-se, portanto, que as centrais são organizações intercategorias ou meio de representação intersindical dos trabalhadores. 
Observa-se que elas não fazem parte do modelo corporativista, formado por sindicatos, federações e confederações, Delgado chega a dizer que as centrais sindicais seriam até seu contraponto, haja vista, que buscam superar este modelo. Contudo, com a Lei nº 11.648/08, hoje se pode dizer que as centrais sindicais não deixam de ser uma espécie de ente sindical, assim como os sindicatos, federações e confederações também o são.
GREVE:
A GREVE
Aos olhos do empregador greve é um ato prejudicial à instituição, haja vista, que paralisa as atividades econômicas da mesma. Sendo assim esse é um meio que os trabalhadores têm de reivindicação coletiva, através da abstenção laboral.
‘’Mascaro observa que a greve nada mais é do que um ato formal condicionado a aprovação do sindicato através de assembléia e que busca a obtenção de melhores condições de trabalho ou o cumprimento das obrigações assumidas pelo empregador, em decorrência das normas jurídicas, ou do próprio contrato firmado entre as partes’’.
‘’Já para Plácido e Silva, greve é toda suspensão do trabalho, decorrente de uma deliberação coletiva dos trabalhadores, a fim de propugnarem por uma melhoria ou para pleitearem uma pretensão não atendida pelos empregadores’’..
DIREITO DE GREVE
No artigo 9º da C.F diz: “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”. Entende-se, portanto, que é assegurados aos trabalhadores, sendo assim os sindicatos não poderão decidir sobre o exercício da greve sem que os trabalhadores o apóiem. 
Por se tratar de um direito social vale lembrar que os assuntos à greve pertinentes, somente, poderão ser de natureza social, portanto, trabalhista obstando qualquer reivindicação de cunho político e outros. 
No mesmo artigo 9º, a Constituição delimita o poder de greve: §1º. “A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento de necessidades inadiáveis da comunidade”. Percebe-se, portanto, as condições impostas ao exercício do direito de greve no que diz respeito às atividades consideradas essenciais e inadiáveis. Sendo estas as condições em caso de greve deverá permanecer o mínimo, com o fim de se possibilitar a prestação de serviços emergências/essenciais. 
PROCEDIMENTO DE GREVE
Antes de se iniciar a greve os representantes sindicais deverão tentar uma negociação. A lei não autoriza a paralisação, sem a prévia tentativa de negociação.
De acordo com cada estatuto sindical é que a assembleia geral deliberará a greve, obedecendo a suas formalidades peculiares. 
Na falta de entidade sindical a assembléia será entre os trabalhadores interessados, que constituirão uma comissão para representá-los, inclusive se for o caso, perante a justiça do trabalho.
O empregador deverá ser avisado com 48 horas de antecedência e em se tratando de atividades essenciais o aviso deverá ser feito com até 72 horas de antecedência. É obrigatório o anúncio da greve para conhecimento dos usuários com a mesma antecedência.
Considera-se atividades essenciais: a) tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; b) assistência médica e hospitalar; c) distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; d) funerários; e) transporte coletivo; f) captação e tratamento de esgoto e lixo; g) telecomunicação; h) guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; i) processamento de dados ligados a serviços essenciais; j) controle de tráfego aéreo; l) compensação bancária.
GARANTIAS DOS GREVISTAS
No período de greve são assegurados aos grevistas: arrecadação de fundos, meios de divulgação do movimento, desde que pacificamente. As empresas não podem burlar a publicidade do movimento, também não podem utilizar de métodos que obriguem o empregado a ir ao trabalho. Mas, caso o trabalhador queira continuar com suas atividades o empregado não poderá proibi-lo de fazê-lo. se a greve não for abusiva o empregado será proibido de rescindir o contrato de trabalho no período de greve, e ainda, não poderá contratar trabalhadores substitutos. 
Quanto ao salário e as outras obrigações trabalhistas, trata-se do princípio suspensivo, no entanto poderão acordar (empregado e empregador) com base na hipótese de interrupção contratual, onde haverá obrigações por parte do empregador, mesmo que o empregado não tenha trabalhado.