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UNIVERSIDADE ESTADUALDE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DISCIPLINA 3320 – QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL I REAÇÃO DE SUBSTIRUIÇÃO NUCLEOFÍLICA Acadêmicos e acadêmica: Amanda Pini Semensate R.A.: 83260 Letícia Utiyama R.A.: 88941 Rômulo Luzia de Araújo R.A.: 82193 Docente: Me. Expedito Leite Silva MARINGÁ, JANEIRO DE 2016 1.0 - INTRODUÇÃO 1.1 - Reações de substituição nucleofílica. São muitas reações do tipo geral, como mostrado a seguir. Neste tipo de reação, um nucleófilo, espécie que tem um par de elétron não compartilhado, reage com uma haleto de alquila (denominado substrato) pelo deslocamento do halogênio substituinte. Ocorre uma reação de substituição e o halogênio substituinte, denominado o grupo retirante, afasta-se na forma de íon haleto. Em virtude de a reação de substituição iniciar-se por um nucleófilo, é denominado de reação de substituição nucleófilica. 1.2-Nucleófilos. Um nucleófilo é um reagente que busca um centro positivo. Quando um nucleófilo reage com um haleto de alquila, o centro positivo que ele busca é o átomo de carbono ligado ao átomo do halogênio. Um nucleófilo é qualquer íon negativo ou qualquer molécula neutra que tenha pelo menos um par de elétron não compartilhado. Por exemplo os ions hidróxido e as moléculas de agua podem atuar como nucleófilos reagindo com os aletos de alquila para produzir álcoois. Regra geral para substituição nucleofilica de um haleto de alquila pelo ion hidróxido: Regra geral para Substituição Nucleofilica de um haleto de alquila por agua. 1.3– Mecanismo para reação SN2 De acordo com o mecanismo, o nucleófilo se aproxima por trás, do carbono ligado ao grupo retirante. A medida que a reação avança, a ligação a ligação entre o nucleófilo e o átomo de carbono e o grupo retirante se enfraquece. A formação da ligação entre o nucleófilo e o átomo de carbono proporciona a maior parte da energia necessária para romper a ligação entre o átomo de carbono e o grupo retirante. O mecanismo de Hunghes-Ingold para a reação SN2 envolve apenas uma etapa. Não há intermediários. A reação avança através da formação de uma configuração instável de átomo determinado estado de transição. 1.4 – Mecanismo par reação Sn1 O mecanismo da reação do cloreto de ter-butila com agua envolve aparentemente três etapas. Formam-se dois intermediários diferentes. A primeira etapa é a etapa lenta – é ela que determinante da velocidade. Nessa etapa uma molécula de cloreto de ter-butila se ioniza e transforma-se no cátion ter-butila e no íon cloreto. A formação do carbocation, é em geral lenta, pois é usualmente um processo muito endotérmico e, em termos de energia livre, um processo de elevação de energia. O estado de transição importante na reação SN1 da etapa determinante da velocidade [ET(1)]. 2.0 - OBJETIVOS Preparar o cloreto de t-butila a partir do álcool t-butílico e depois verificar o efeito do solvente na hidrólise do cloreto t-butila. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS MATERIAIS Álcool t-butílico; Ácido clorídrico concentrado; Erlenmeyer de 125 mL; Funil de separação; Suporte universal; Aro; Solução de bicarbonato de sódio 5%; Água destilada; Béquer de 25 mL; Sulfado de sódio anidro; Funil analítico; Algodão; Balão de fundo redondo de 50 mL; Sistema de destilação. 3.0 - PROCEDIMENTOS Primeiramente, colocou-se 5,00 mL da solução de álcool t-butílico num erlenmeyer de 125 mL, pondo o sistema, então, no banho de gelo. Observou- se a formação de cristais a medida que a temperatura abaixada. Foi colocado então 14,00 mL de solução de HCl concentrada ao erlenmeyer. Após isso, transferiu-se a solução ao funil de separação, ela foi agitada, sempre tendo o cuidado de liberar a pressão gerada, deixando-a em repouso em seguida, até que as fases se separem. Fez-se então a filtração delas, descartando a fase aquosa. Lavou-se a fase etérea com 4,00 mL de solução de NaHCO3 e 4,00 mL de H2O destilada. Ela foi então agitada e deixada em repouso, para que as fases, mais uma vez, se separem. A fase aquosa foi mais uma vez descartada e a orgânica posta num béquer de 25 mL. Foi colocado sulfato de sódio anidro no recipiente, até que uma fina camada fosse formada no fundo. Filtrou-se então a solução num funil analítico com um pouco de algodão para um balão de fundo redondo de 50 mL, a fim de separá-la do sulfato de sódio sólido. A partir deste ponto, todas as soluções problemas da sala foram unidas numa só. Com o auxílio dum sistema de destilação, destilou-se toda a solução a 41ºC, coletando-se o cloreto de t-butila num balão em banho de gelo. 4.0 - RESULTADOS E DISCUSSÕES Após deixar o álcool t-butílico e o ácido clorídrico reagirem, a mistura foi colocada em um funil de separação, descartando a fase aquosa. A reação ocorre conforme mecanismo ilustrado a seguir: Figura x: Reação do álcool t-butílico com ácido clorídrico. Pelo fato do álcool usado no experimento ser terciário, ele formará um carbocátion muito estável, pois sua molécula apresenta efeito indutivos e de hiperconjugação que o favorecem. Portanto, pode-se afirmar que a reação ocorrerá por SN1. A hidroxila foi protonada a fim de se criar um grupo de saída melhor, sendo aqui a água, por não possuir carga, é um grupo abandonador estável. Em seguida, o Cl-, nucleófilo da reação, atacará o carbocátion, forman do então o cloreto de t-butila. Lava-se então a fase orgânica com bicarbonado de sódio para neutralizar o ácido presente ali. Ao compararmos os pKas do H3O + e do H2CO3, que possuem valores, respectivamente, de 1,57 e 6,53, pode-se então afirmar que a reação ocorrerá com sentido dos produtos. Importante também notar que o H2CO3 normalmente dissocia-se em CO2 e H2O, o que explica a possível formação de bolhas de gás na solução. Em seguida, lavou-se com água para eliminar qualquer sal formado com o íon Na+. Adicionou-se também sulfeto de sódio anidro para remover qualquer resquício de água formado pela reação já disposta. Posteriormente foi realizado a micro-destilação recolhendo como destilado 9,00 mL de solução de cloreto de t-butila. Como isto referia-se ao resultado da junção de todas as soluções problemas dos grupos, dividiu-se por três, logo cada grupo havia produzido 3,00 mL de solução. Calculou-se então o rendimento do experimento: Utilizou-se 5,00 mL de álcool t-butílico, que possui densidade de 0,77 g/cm³. Logo: Como da equação geral a proporção de álcool t-butílico para cloreto de t- butila é 1:1, temos que 1 mol de (CH3)3OH formará 1 mol de (CH3)3Cl. Ou seja, 74,12 g de álcool t-butílico terá como produto 92,57 g de cloreto de t-butila. Como utilizamos 3,85 g de álcool t-butílico no experimento: Obtêm-se que x equivale a 4,80 g de cloreto de t-butila. Já que obteve- se 3,00 mL do haleto, que possui densidade de 0,847 g/cm³, calcula-se: Descobriu-se anteriormente que o valor esperado de cloreto de t-butila a ser formado era de 4,80 g. Deve-seentão calcular o quanto de rendimento foi realmente possível ser obtido: Assim, tem-se que y = 52,94%, que é o rendimento da reação. 5.0 - RESULTADOS E CONCLUSÕES Nesta prática foi possível realizar a preparação de cloreto de t-butila a partir de álcool t-butílico e ] clorídrico, com rendimento de 52,94%. 6.0. REFERENCIAS Solomons, T. W. Graham, Quimica Orgânica 1, 6⁰ edição, 1996, LTD Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro.
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