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DIREITO_DAS_COISAS_-_civil_V_resumo

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Direitos Reais
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Direito das Coisas
Posse
Propriedade
Direitos Reais sobre coisas alheias
 Direitos reais de gozo e fruição
 Direitos reais de garantia
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Direitos Reais
Direitos Reais
Absoluto (eficácia erga omnes)
Atributivo (um só sujeito)
Imediatividade (pessoa/coisa)
Permanente
Direito de sequela
Numerus Clausus
Direitos obrigacionais
Relativo ( eficácia inter partes)
Cooperativo (conjunto de sujeitos)
Mediatividade (pessoa/pessoa)
Transitório
Apenas o patrimônio do devedor como garantia
Numerus Apertus
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Direitos Reais
Propriedade – jus in re propria
Direitos reais na coisa alheia ou direitos reais limitados – jus in re aliena
 Direitos reais de gozo e fruição
 Direitos reais de garantia
 Direito real a aquisição
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Posse
Conceito: 
 “Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.”
Detenção: 
 “Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.”
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Teorias da Posse
Teoria Subjetiva
(Savigny)
Corpus + animus
Corpus – detenção física da coisa
Animus – intenção de exercer sobre a coisa um poder no interesse próprio
Detenção – corpus sem animus
Teoria Objetiva 
(Ihering)
Corpus (o animus está incluido no corpus)
Posse - exterioridade ou visibilidade do domínio
Detenção – Posse degradada pela lei
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Classificação da Posse
Posse direta ou imediata e Posse indireta ou mediata:
 Ambas coexistem no tempo e espaço – há desdobramento possessório.
 Pode ocorrer por negócio jurídico – o titular do direito real ou pessoal fica com a posse indireta enquanto o terceiro fica com a posse direta. 
Ambos podem invocar proteção possessória.
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Posse Justa e Posse Injusta
(vício objetivo)
Justa – isenta de vícios
Injusta – adquirida viciosamente, por violência ou clandestinidade ou por abuso do precário.
Posições quanto à possibilidade de convalidação:
Cessada a violência e clandestinidade passa a ser justa.
Passado ano e dia passa a ser justa.
Não se convalida.
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Posse de Boa-fé e Posse de Má-fé
(vício subjetivo)
O possuidor ignora o vício ou obstáculo que lhe impede a aquisição da coisa.
Cessa a boa-fé no momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente.
 “Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.
 Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.”
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 Justo Título: É o que seria hábil para transmitir o domínio e a posse se não contivesse nenhum vício impeditivo dessa transmissão. 
 Ex.: aquisição a non domino (o vendedor não era o verdadeiro dono)
“Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente.”
A citação em demanda possessória faz cessar a boa-fé para o vencido.
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Posse Nova e Posse Velha
Posse nova – menos de ano e dia
Posse velha – ano e dia ou mais
Posse Natural e Posse Civil ou Jurídica
Posse Natural – se constitui pelo exercício de poderes de fato sobre a coisa, se assenta na detenção material e efetiva da coisa.
Posse Civil ou Jurídica – se adquire por força de lei, sem necessidade de atos físicos ou de apreensão material da coisa.
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Posse ad interdicta e Posse ad usucapionem
Ad interdicta – possibilita a utilização dos interditos possessórios para repelir ameaça, mantê-la ou recuperá-la. (Basta que a posse seja justa)
Ad usucapionem – posse capaz de alcançar a propriedade pelo d
ecurso do tempo.
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Aquisição da Posse
Modos originários de aquisição – quando não há consentimento do possuidor anterior.
Apreensão – apropriação da coisa mediante ato unilateral do adquirente. (res derelicta e res nullius)
Exercício de direito – posse dos direitos reais sobre coisas alheias, desde que possam ser objeto da relação possessória. ( ex.: servidão aparente)
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c) Disposição da coisa ou do direito – dispor da coisa caracteriza conduta normal do titular da posse ou domínio, podendo-se inferir que adquiriu a posse da coisa visto que a desfrutava.
Modos derivados de aquisição: a posse decorre de um negócio jurídico (há consentimento do possuidor anterior).
Tradição: modo bilateral, pressupõe acordo de vontades
REAL – Efetiva entrega material da coisa
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SIMBÓLICA – representada por ato que traduz a alienação. Ex.: entrega das chaves
FICTA – não é preciso renovar a entrega da coisa.
TRADITIO BREVI MANU – o possuidor de coisa alheia passa a possuí-la como própria.
CONSTITUTO POSSESSÓRIO – ocorre quando o vendedor transfere a outrem o domínio da coisa, conservando-a em seu poder na qualidade de possuidor direto.
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b) Sucessão na posse – a posse pode ser adquirida em virtude de sucessão intervivos e causa mortis.
 “Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres.
 Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.”
Sucessão universal – successio possessionis 
Aquisição a título singular – accessio possessionis (quando o adquirente opta por unir sua posse a posse do antecessor)
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Quem pode adquirir a posse:
Art. 1.205. A posse pode ser adquirida:
I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante;
II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.
A vontade na aquisição da posse é simplesmente a natural e não aquela revestida dos atributos necessários à constituição de um negócio jurídico.
Daí ser possível um incapaz realizá-la por si. Ex.: escolar possui livros e cadernos 
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Perda da Posse:
 “Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196.” 
Exemplos: 
Abandono – possuidor renuncia a posse voluntariamente. Ato voluntário.
Tradição – intenção definitiva de entregá-la a outrem.
Perda propriamente dita da coisa.
Destruição da coisa
Colocação da coisa fora do comércio
Pela posse de outrem 
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Efeitos da Posse
Proteção possessória: autodefesa e invocação dos interditos.
Percepção dos frutos
Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa
Indenização pelas benfeitorias e o direito de retenção
Usucapião
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Proteção possessória
Legítima defesa e pelo desforço imediato. (autotutela)
Que a reação se faça logo
Que a reação limite-se ao indispensável à retomada da posse. Os meios devem ser proporcionais à agressão.
 “Art 1210, § 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.”
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b) Invocar interditos possessórios 
Ação de manutenção de posse (turbação) – arts. 926 a 931 do CPC e art. 1.210 CC.
Ação de reintegração de posse (esbulho) – arts. 926 a 931 CPC e art. 1.210, § §1o e 2o e 1.212 CC.
Interdito Proibitório (Ameaça de turbação ou esbulho) – arts. 932 e 933 CPC e art. 1.210, 2a parte CC.
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Percepção dos Frutos
Possuidor de boa-fé: 
Direito aos frutos percebidos (art. 1.214 CC)
Direito às despesas da produção e custeio dos frutos pendentes e dos colhidos antecipadamente, que deverão ser restituídos ( art. 1.214 e parágrafo único CC)
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Possuidor
de má fé (art. 1.216):
Não tem direito aos frutos
Responde por todos os prejuízos que causou pelos frutos colhidos e percebidos e pelos que por culpa sua deixou de perceber.
Tem direito às despesas de produção e custeio.
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Responsabilidade pela deterioração
 da coisa
Possuidor de boa-fé (art. 1.217 CC) – Não responde pela perda ou pela deterioração da coisa.
Possuidor de má-fé (art. 1.218 CC) – Responde pela perda e deterioração da coisa.
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Direito à indenização das benfeitorias e direito de retenção
Possuidor de boa-fé ( arts. 1.219 e 1.222 CC):
Direito de ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e úteis.
Direito a levantar as voluptuarias.
Direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
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Possuidor de má-fé (arts. 1.220 e 1.222 CC):
Direito a ser indenizado pelas benfeitorias necessárias.
Não tem direito às uteis.
Não pode levantar as voluptuárias.
Não tem direito de retenção.
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Induz a usucapião (Arts. 1.238 a 1244 CC)
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Propriedade
 “Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.”
Elementos constitutivos da propriedade:
Direito de usar (jus utendi) – faculdade de servir-se da coisa e de utilizá-la do modo que entender mais conveniente.
Direito de gozar (jus fruendi) – poder de perceber os frutos naturais e civis da coisa.
Direito de dispor (jus abutendi) – poder de transferir a coisa, de gravá-la de ônus e de aliená-la.
Direito de reaver a coisa (rei vindicatio) – reivindicá-la das mãoes de quem injustamente a possua ou detenha
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Aquisição da propriedade imóvel:
Modos de adquirir: 
Quanto à procedência:
1) ORIGINÁRIA – não há transmissão de um sujeito a outro. ( acessão natural e usucapião )
2) DERIVADA – resulta de uma relação negocial entre o anterior proprietário e o adquirente.
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Aquisição da propriedade imóvel:
 
Art. 1.238 a 1.259 do Código Civil
– a usucapião, o registro do título e a acessão.
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Usucapião: 
Chamada prescrição aquisitiva.
Modo originário de aquisição da propriedade.
Usucapião extraordinário:
 Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
 Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
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Usucapião Ordinário:
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.
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Usucapião Especial Rural ou Pro labore – ( art. 1.239CC e 191 CF)
 
 Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
 
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Usucapião Especial Urbana ( art. 1.240 CC e 183 CF, art. 9, Lei 10.257/01 - Estatuto da Cidade)
 Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
 § 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
 § 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Obs.: A única diferença de redação do dispositivo do Estatuto da Cidade consiste em referir área ou edificação urbana.
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Usucapião Urbana Coletiva do Estatuto da Cidade ( art. 10 Lei 10.257/01)
 Art. 10. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
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Registro do título:
O contrato gera apenas direitos e obrigações entre as partes.
Somente o registro do título transfere a propriedade de bens imóveis.
Lei 6.015/73
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Aquisição por acessão
Modo originário de aquisição da propriedade no qual fica pertencendo ao proprietário tudo quanto se une ou incorpora ao seu bem.
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Acessões físicas ou naturais:
Formação de ilhas (art.1.249 CC) – rios não navegáveis
 Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:
 I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
 II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;
 III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram.
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Aluvião (art. 1.250 CC)
 Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
 Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem.
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Avulsão ( art.1.251 CC)
 Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano*, ninguém houver reclamado.
 Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.
* Prazo decadencial de um ano para o proprietário do prédio desfalcado reclamar.
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Álveo Abandonado (art. 1.252 CC)
 Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
Álveo – Leito do rio, superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente enxuto.
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Acessões Industriais: construções e Plantações
 Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário.
Esta presunção se ilide nas seguintes hipóteses:
a) O dono do solo edifica ou planta em terreno próprio com sementes ou materiais alheios – proprietário adquire a propriedade destas, mas deverá
reembolsar o valor do que utilizar, mais perdas e danos de agiu de má-fé.
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b) O dono das sementes ou materiais planta ou constrói em terreno alheio 
Se estiver de má-fé o proprietário terá a opção de obrigá-lo a repor as coisas no estado anterior e a pagar os prejuízos, ou deixar que permaneça a seu benefício sem indenização. 
Se estiver de boa-fé terá direito a indenização podendo exercer o direito de retenção até o pagamento desta.
Se o valor da coisa ultrapassa o valor do terreno, este, se estiver de boa-fé, adquirirá a propriedade do solo mediante pagamento de indenização.
Se ambos estiverem de má-fé, o proprietário adquire as sementes, plantas ou construções, mas é obrigado a ressarcir o valor das acessões.
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c) Terceiro planta ou edifica com semente ou material alheio em terreno igualmente alheio. (art. 1.257 CC)
O dono do solo os adquire e o dono das sementes ou dos materiais poderá cobrá-las do dono do solo se não puder havê-las do plantador ou construtor.
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d) Invasão de solo alheio por construção. (art. 1.258 e 1.259 CC )
 Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.
 Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção.
Invasão de área alheia considerável: 
 Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente; se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro.
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Aquisição da propriedade móvel
1) Usucapião
Ordinário – art. 1.260 CC – 3 anos
Extraordinário – art. 1.261 CC – 5 anos – independente de justo título e boa-fé
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2) Ocupação (modo originário)
 Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.
3) Achado de Tesouro (art. 1264 a 1.266 CC)
 Depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não se tenha memória.
será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente.
Será do dono do prédio se for achado por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado.
Achando-se em terreno aforado, o tesouro será dividido por igual entre o descobridor e o enfiteuta, ou será deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor.
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4) Tradição
Real / Ficta / Simbólica
5) Especificação – quando alguém trabalhando material alheio obtém espécie nova. (art. 1.269CC)
O especificador desta será proprietário, se não se puder restituir à forma anterior.
Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma precedente, será do especificador de boa-fé a espécie nova.(art. 1.270 CC)
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Art. 1.270
§ 1o Sendo praticável a redução, ou quando impraticável, se a espécie nova se obteve de má-fé, pertencerá ao dono da matéria-prima.
§ 2o Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura e outro qualquer trabalho gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do especificador, se o seu valor exceder consideravelmente o da matéria-prima.
 Art. 1.271. Aos prejudicados, nas hipóteses dos arts. 1.269 e 1.270, se ressarcirá o dano que sofrerem, menos ao especificador de má-fé, no caso do § 1o do artigo antecedente, quando irredutível a especificação.
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6) Confusão, comistão e adjunção (arts. 1,272 a 1.274 CC)
Confusão – mistura de liquidos.
Comistão – mistura de coisas sólidas ou secas.
Adjunção – Justaposição de uma coisa a outra.
Quando há possibilidade de separação cada proprietário continua sendo titular do que lhe pertence.
Não havendo esta possibilidade ou sendo extremamente onerosa, o todo subsiste indiviso.
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Se uma das coisas for considerada principal ao proprietário desta matéria prima pertencerá, mas com a obrigação de indenizar os outros.
Se houver má-fé à outra parte caberá escolher entre adquirir a propriedade do todo, pagando o que não for seu, abatida a indenização que lhe for devida, ou renunciar ao que lhe pertencer, caso em que será indenizado.
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Perda da Propriedade
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
I - por alienação;
II - pela renúncia;
III - por abandono;
IV - por perecimento da coisa;
V - por desapropriação.
Usucapião
Acessão
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Direitos Reais sobre coisas alheias
JUS IN RE ALIENA 
GOZO E FRUIÇÃO- enfiteuse, as servidões, usufruto, uso, habitação, superfície, direito do promitente comprador ( para alguns)
GARANTIA- hipoteca, penhor e anticrese (para alguns ainda alienação fiduciária em garantia)
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Direitos Reais de Gozo e Fruição
Enfiteuse – instituto em extinção, não está previsto no Código Civil de 2002.
Servidões – direito real sobre imóvel em virtude do qual se impõe um ônus a determinado prédio em favor do outro.
 Classificação quanto a exteriorização: 
 – aparentes – se manifesta por obras exteriores, visíveis e permanentes. ex.: de passagem, aqueduto 	
 – não aparentes – não ser revela por obras exteriores. ex.: não edificar além de certa altura, não construir em determinado local.
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Origem e constituição das servidões:
negócio jurídico – causa mortis, ex. testamento; intervivos – contrato em regra título oneroso;
 
sentença – proferida em ação de divisão art. 979, II CPC; 
usucapião – para as servidões aparentes e contínuas. a servidão de trânsito apesar de descontínua se tiver sinais exteriores é suscetível. STF – súmula 415; 
destinação do proprietário- se estabelece uma serventia em favor de um prédio sobre o outro e um deles é alienado.
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Extinção das servidões:
– pela confusão, quando um único proprietário passa a ser dono do prédio serviente e do dominante;
– a convenção entre as partes também 	tem o condão de extinguir a servidão.
– o não-uso como modalidade extintiva da servidão; quando não utilizada por 10 anos consecutivos.
– a renúncia do titular do prédio dominante.
- supressão das respectivas obras, por efeito de contrato ou de outro título expresso;
- cessação: quando finda a utilidade para a qual o prédio dominante determinou a constituição da servidão.
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Ações decorrentes das servidões:
ação confessória – visa o reconhecimento judicial da existência de servidão negada ou contestada. É proposta pelo dono do prédio dominante.
ações possessórias – nos casos de servidões aparentes cuja posse pode ser provada
ação negatória – utilizada pelo dono do prédio serviente para obter sentença proclamando a inexistência da servidão.
ação de usucapião - tem a finalidade de reconhecer servidão aparente.
Nunciação de obra nova – cabível contra edificações de obra nova que prejudique a servidão ou seu fim almejado.
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Usufruto
usufruto é um direito real transitório que concede a seu titular o poder de usar e gozar durante certo tempo, sob certa condição ou vitaliciamente, bens pertencentes a outra pessoa, a qual conserva sua substância; 
Modos de Constituição:
Determinação legal – oriundo de disposição da lei: ex.: dos pais sobre os bens dos filhos
menores (art. 1.689, I CC)
Ato jurídico ( convenção ou ato jurídico unilateral )– causa mortis ou intervivos 
usucapião
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Direitos do usufrutuário:
– posse direta;
– direito de utilização mantendo a substância da coisa;
– administração e percepção dos frutos.
 
 Deveres do usufrutuário:
– defender a coisa de turbações ou reivindicações de terceiros;
– zelar pela manutenção da substância da coisa;
– restituir a coisa findo o usufruto.
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Direitos e obrigações do nu-proprietário:
– exerce seu domínio limitado à substância da coisa, podendo utilizar os remédios jurídicos a ela relativos;
– entregar a coisa para desfrute do usufrutuário;
– fiscalizar a coisa é direito mantido ao nu-proprietário.
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Extinção do Usufruto:
Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis:
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;
II - pelo termo de sua duração;
III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer;
IV - pela cessação do motivo de que se origina;
V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e 1.409;
VI - pela consolidação;
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VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do art. 1.395;
VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).
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Direito real de uso:
– modalidade de usufruto de menor âmbito, cujas regras se aplicam supletivamente (art. 1.413);
– o usuário pode servir-se da coisa enquanto exigirem suas necessidades pessoais e de sua família (art. 1.412);
– o uso não pode ser cedido nem mesmo a título gratuito.
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Direito real de habitação:
– ainda mais restrito, o direito real de habitação é atribuído em caráter personalíssimo e temporário, não podendo ser cedido nem mesmo seu exercício;
– cuida-se de direito real sobre coisa alheia em que o titular reside num imóvel que não é seu (art. 1.414);
– direito temporário, com seu limite máximo à vida do habitador.
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Direito de Superfície
É o direito real sobre coisa alheia pelo qual o proprietário concede, por tempo determinado ou indeterminado, gratuita ou onerosamente, a outrem o direito de construir, ou plantar em seu terreno, mediante escritura pública, devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
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Direitos do proprietário do solo: 
Utilizar a parte do imóvel que não constitui objeto do direito de superfície;
Receber o pagamento pela cessão, caso tenha sido ajustada;
Exercer o direito de preferência na aquisição da superfície; 
Proceder à resolução da superfície antes do advento do termo, se temporária, se o superficiário não edificar ou plantar no tempo aprazado, ou se edificar em desacordo com o convencionado ou, ainda, se der destinação diversa daquela originariamente concedida, constituir gravames reais sobre o solo.
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Obrigações do proprietário do solo:
 
Não praticar atos que impeçam ou prejudiquem a concretização, ou o exercício do objeto do direito de superfície;
Dar preferência ao superfíciário na aquisição da propriedade do solo, caso esta se faça a título oneroso.
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Os direitos do superficiário são:
 Utilizar a superfície do solo de outrem, nos termos da avenca realizada;
Usar, gozar e dispor da construção ou da plantação superficiária como coisa sua, separada da propriedade do solo;
Onerar com ônus reais a construção ou plantação, que entretanto se extinguirão com o termo final da concessão da propriedade fiduciária;
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Exercer o direito de preferência na aquisição do solo, caso o proprietário pretenda aliená-la a título oneroso;
Reconstruir a edificação ou refazer a plantação, em caso de perecimento.
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As obrigações do superficiário são:
 Pagar a remuneração ajustada, no caso de a avenca ter sido pactuada de forma onerosa;
Construir ou plantar exatamente conforme o acordado;
Pagar os encargos e tributos que incidirem sobre a obra superficiária e sobre o solo;
Conservar a obra superficiária;
Dar preferência ao senhor do solo à aquisição da propriedade superficiaria.
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Direitos Reais de Garantia
Penhor, Hipoteca e Anticrese
O penhor, a hipoteca e a anticrese são utilizados para assegurar o cumprimento de obrigação e com ela não se confundem (art. 1.419);
A publicidade do registro imobiliário confere sua eficácia real;
Há a permanência do direito real de garantia enquanto não solvida a obrigação
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Capacidade para instituir a garantia:
requisitos legais, pessoais e formais:
capacidade genérica para os atos da vida civil;
capacidade de alienar;
podem ser objeto de garantia real os bens que estão no comércio jurídico, por que detém seu domínio;
a garantia pode recair sobre coisa móvel e imóvel;
com poderes expressos o mandatário pode constituir ônus;
os cônjuges com autorização um do outro podem alienar ou gravar bens, exceto no regime de separação absoluta;
a pessoa jurídica pode constituir garantia na forma de seus estatutos ou contrato social;
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Proibição do pacto comissório:
 a lei condena a possibilidade de o credor ficar com a coisa dada em garantia; 
 a coisa pode ser dada em pagamento após o vencimento da dívida;
 a nulidade do pacto comissório persiste ainda que firmada em instrumento à parte;
“Art. 1.428. É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. Após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.”
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Princípio da prioridade:
o princípio da prioridade estabelecido pelos direitos reais de garantia fixa exceção à paridade de créditos entre os diversos credores.
“Art. 1.422. O credor hipotecário e o pignoratício têm o direito de excutir a coisa hipotecada ou empenhada, e preferir, no pagamento, a outros credores, observada, quanto à hipoteca, a prioridade no registro.
Parágrafo único. Excetuam-se da regra estabelecida neste artigo as dívidas que, em virtude de outras leis, devam ser pagas precipuamente a quaisquer outros créditos.”
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Antecipação do vencimento das obrigações: 
Art. 1.425. A dívida considera-se vencida:
I - se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a garantia, e o devedor, intimado, não a reforçar ou substituir;
II - se o devedor cair em insolvência ou falir;
III - se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestação atrasada importa renúncia do credor ao seu direito de execução imediata;
IV - se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído;
V - se se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do preço que for necessária para o pagamento integral do credor.
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§ 1o Nos casos de perecimento da coisa dada em garantia, esta se sub-rogará na indenização do seguro, ou no ressarcimento do dano, em benefício do credor, a quem assistirá sobre ela preferência até seu completo reembolso.
§ 2o Nos casos dos incisos IV e V, só se vencerá a hipoteca antes do prazo estipulado, se o perecimento, ou a desapropriação recair sobre o bem dado em garantia, e esta não abranger outras; subsistindo, no caso contrário, a dívida reduzida, com a respectiva garantia sobre os demais bens, não desapropriados ou destruídos.
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - no caso
de falência do devedor, ou de concurso de credores;
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II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
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Extinção dos direitos reais de garantia:
pagamento de débito e a remição;
renúncia pelo credor;
confusão.
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Hipoteca
(Arts. 1.473 a 1.505CC)
Conceito:
A hipoteca é o direito real, constituído em favor do credor sobre coisa imóvel do devedor ou de terceiro, tendo por fim sujeitá-la, exclusivamente ao pagamento da dívida, sem todavia tirá-la da posse do dono.
Modos de Constituição:
Contrato
Sentença Judicial
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Características da Hipoteca:
O direito recai sob a coisa imediatamente;
Eficácia erga omnes;
Direito de seqüela;
Acessoriedade;
Especialidade
Indivisibilidade
Preferência 
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Efeitos da hipoteca:
– vincular um bem ao cumprimento e à extinção de uma dívida;
– restringir o direito de propriedade do devedor ou de terceiro;
– manter o valor do bem para não desfalcar a garantia;
– possibilidade de estabelecer outras hipotecas sobre o mesmo bem;
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Cabe ao credor:
– exigir que o bem se mantenha íntegro no curso da garantia;
– excutir o bem hipotecado na hipótese de não-pagamento;
– pedir reforço da garantia quando esta se desfalcar;
– a possibilidade de ceder o crédito hereditário.
– utilizar os meios possessórios para manter-se na posse;
– remir a hipoteca a qualquer tempo.
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Extinção da Hipoteca:
Art. 1.499. A hipoteca extingue-se:
I - pela extinção da obrigação principal;
II - pelo perecimento da coisa;
III - pela resolução da propriedade;
IV - pela renúncia do credor;
V - pela remição;
VI - pela arrematação ou adjudicação.
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Penhor
(arts. 1.431 a 1.472 CC)
Conceito:
Direito real que consiste na transferência efetiva de uma coisa móvel ou imobilizável, suscetível de alienação, realizada pelo devedor ou por terceiro ao credor, a fim de garantir o pagamento do débito (art. 1.431 CC);
Pode ser convencional ou legal;
Objeto: coisa móvel, suscetível de alienação.
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Penhor Convencional:
– por acordo das partes sobre o valor, condições de pagamento do débito, e sobre a coisa a ser empenhada; 
– na forma pública ou particular;
– decorrer de ato entre vivos ou mortis causa;
– excluem-se do penhor os bens inalienáveis e impenhoráveis (art. 648 do CPC);
– o penhor da coisa comum necessita de consentimento de todos os condôminos (art. 1.420, § 2o).
 
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Penhor legal: 
Art. 1.467. São credores pignoratícios, independentemente de convenção:
I - os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito;
II - o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas.
– o penhor legal que se estabelece independentemente de convenção 	(art. 1.467 CC);
– o penhor legal requer precedentemente uma relação negocial;
– o dever de informação para que se torne efetiva a garantia legal;
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 Direitos e obrigações do credor e devedor pignoratício:
 
– excutir o bem, realizando o valor da dívida na hipótese de inadimplemento (art. 1.422);
– não pode o credor recusar a devolução da coisa (art. 1.434);
 
– o devedor deve ressarcir o credor por vício ou prejuízo na coisa empenhada (art. 1433);
 
– o credor pignoratício está obrigado na custódia da coisa (art. 1.435, I);
 
– a devolução da coisa deve vir acompanhada de frutos e acessões (art. 1435, IV);
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– aplicam-se ao penhor as hipóteses de vencimento antecipado da dívida (art. 1.425);
– o credor pode promover a venda antecipada da coisa, mediante prévia autorização judicial.
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Extinção (arts. 1.436 e 1.437 CC)
– extinção da dívida;
– perecimento do objeto empenhado;
– renúncia do credor;
– adjudicação judicial, remição ou venda amigável do penhor;
– confusão;
– resolução da propriedade;
– nulidade da obrigação principal; 
– prescrição da obrigação principal;  
 – remissão da dívida.
 
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Anticrese
(arts. 1.506 a 1.510 CC)
Conceito: 
 É o direito real sobre imóvel alheio, em virtude do qual o credor obtém a posse da coisa, a fim de perceber-lhe os frutos e imputá-los no pagamento da dívida, juros e capital, sendo, porém, permitido estipular que os frutos sejam, na sua totalidade, percebidos à conta de juros.
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Credor anticrético tem direito a:
– reter o imóvel do devedor;
– ter a posse do imóvel, dele usar e gozar;
– reivindicar seus direitos contra o adquirente do imóvel e credores quirografários e hipotecários posteriores à transcrição da anticrese;
– administrar o imóvel;
 
 
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– preferência;
– haver do produto da venda do bem gravado em caso de falência do devedor;
– adjudicar os bens penhorados;
– defender sua posse;
– liquidar o débito mediante a percepção da renda do imóvel do devedor.
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O credor anticrético deve:
– guardar e conservar o imóvel como se fosse seu;
– responder pelas deteriorações no imóvel;
– prestar conta da administração do imóvel;
– restituir o imóvel, no fim do contrato.
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O devedor anticrético tem direito de:
– permanecer como proprietário do bem gravado;
– exigir a conservação do prédio;
– ressarcir-se das deteriorações ocorridas no imóvel;
– pedir contas da gestão do credor;
– reaver o imóvel quando liquidar o débito.
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O devedor anticrético deve:
– transferir a posse do imóvel;
– pagar a dívida;
– ceder ao credor o direito de perceber os frutos.
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Extinção da anticrese:
– pagamento da dívida;
– o término do prazo legal;
– o perecimento do bem;
– a renúncia;
	
– excussão de outros credores.
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