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A Ginástica entendida por Ramos (1982: 15), como a prática do exercício físico, “vem da Pré-história, afirma-se na Antigüidade, estaciona na Idade Média, fundamenta-se na Idade Moderna e sistematiza-se nos primórdios da Idade Contemporânea”. Inúmeros métodos ginásticos foram sendo desenvolvidos principalmente nos países europeus, os quais influenciaram e até os dias de hoje influenciam, a Ginástica mundial e em particular a brasileira. Dentre aqueles que tiveram maior penetração no Brasil destacam-se as escolas alemã, sueca e francesa. Essas questões são amplamente analisadas por autores como Ramos (1982), Marinho (1981), Langlade e Langlade (1970), Castellani Filho (1988), Soares (1994) entre outros, os quais tem estudado os aspectos históricos relacionados à Educação Física e à Ginástica e contribuído de forma significativa para a compreensão de sua evolução em nível nacional e internacional. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GINÁSTICA No homem pré-histórico a atividade física tinha papel relevante para sua sobrevivência; Na Antigüidade, principalmente no Oriente, os exercícios físicos aparecem nas várias formas de luta, na natação, no remo, no hipismo, na arte de atirar com o arco, como exercícios utilitários, nos jogos, nos rituais religiosos e na preparação guerreira de maneira geral. Na Grécia nasceu o ideal da beleza humana, onde a prática do exercício físico era altamente valorizada como educação corporal; EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GINÁSTICA Na Idade Média os exercícios físicos foram a base da preparação militar dos soldados, que durante os séculos XI, XII e XIII lutaram nas Cruzadas empreendidas pela igreja; O exercício físico na Idade Moderna, passou a ser altamente valorizado como agente de educação. A partir daí surgiu um grande movimento de sistematização da Ginástica; Na Idade Contemporânea, o pedagogo Per Henrik Ling, maior nome da Ginástica Sueca, dá início ao período que se estende até os dias de hoje, denominado “influências recíprocas e universalização dos conceitos ginásticos”, segundo Langlade e Langlade (1970). A denominação Ginástica, inicialmente utilizada como referência à todo tipo de atividade física sistematizada, cujos conteúdos variavam desde as atividades necessárias à sobrevivência, aos jogos, ao atletismo, às lutas, à preparação de soldados, adquiriu a partir de 1800 com o surgimento de escolas e movimentos ginásticos, uma conotação mais ligada à prática do exercício físico. De acordo com Soares (1994: 64), a partir desta época, a Ginástica passou a desempenhar importantes funções na sociedade industrial, “apresentando-se como capaz de corrigir vícios posturais oriundos das atitudes adotadas no trabalho, demonstrando assim, as suas vinculações com a medicina e, desse modo, conquistando status. Segundo Langlade e Langlade (1970), até 1800 as formas comuns de exercício físico eram os jogos populares, as danças folclóricas e regionais e o atletismo. Para estes autores, a origem da atual Ginástica data do início do século XIX, quando surgiram quatro grandes escolas: A Escola Inglesa, a Escola Alemã, a Escola Sueca e a Escola Francesa, sendo a primeira mais relacionada aos jogos, atividades atléticas e ao esporte. As Escolas: 1 – A Ginástica na Escola Alemã ESCOLAR / PEDAGÓGICA A Escola Alemã foi influenciada inicialmente pelas idéias e conceitos pedagógicos de Rosseau e Pestalozzi, onde a instituição escolar denominada Philantropinum, do alemão Basedow (1723- 1790), pioneiro na Ginástica Pedagógica Moderna, que foi consolidada mais tarde pelo alemão Guts Muths (1759-1839), considerado então como o pai da Ginástica Pedagógica Moderna. Com a vitória da França sobre a Alemanha, surge um novo modelo de ginástica alemã – Turnkunst (arte de destreza) – criado por Ludwig Jahn (1778-1825), com bases patrióticas e sociais. 2 – A Ginástica na Escola Sueca HIGIENICISTA A sistematização pedagógica na Suécia, foi apenas um protótipo do movimento gímnico escandinavo (Dinamarca, Noruega, Finlândia, Islândia e Estônia-Letônia).Foi nos países nórdicos que a concepção pedagógica que animou a obra de Guts Muths encontrou mais compreensão e originou em outras formas de ginástica. Per Henrik Ling (1776-1839), sueco, chega a Copenhague em 1799, e no Instituto de Nachtegall (fundador na Dinamarca do Instituto de Ginástica), entra em contato com as idéias de Guts Muths. Ling retorna à Suécia em 1804 iniciando a história da ginástica sueca. Ling dividiu a ginástica em quatro modalidades: A) Ginástica Pedagógica ou Educativa; B) Ginástica Militar; C) Ginástica Médica ou Ortopédica; D) Ginástica Estética. 3 – A Ginástica na Escola Francesa MILITARISTA Francisco Amoros (1770-1848), militar espanhol, que adquiriu a cidadania francesa em 1816, onde abandonou a política para se dedicar a causa da Educação Física, introduzindo a ginástica em seu novo país, sendo considerado então o “pai da ginástica francesa”. Conforme OLIVEIRA (1984), Amoros introduziu uma ginástica utilitária (Rebelais), com intenção pedagógica (Guts Muths), acrobática (Jahn) e atrativa (Pestalozzi). Admitindo quatro tipos de ginástica: A) Civil e Industrial; B) Militar; C) Médica; D) Cênica ou Funambulesca. 4 – A Ginástica na Escola Inglesa LÚDICA (Jogos e Esporte) Thomas Arnold (1795-1842), líder de um movimento denominado de Cristianismo Muscular, preconizando os jogos e os esportes, de caráter lúdicos. Porém, Arnold não foi o criador dos jogos. Dedicou-se à ginástica terapêutica, marcando início da implantação de uma Educação Física sistemática inglesa (Oliveira, 1984). Estas escolas foram as responsáveis pelo surgimento dos principais métodos ginásticos, que por sua vez determinaram a partir de 1900 o início dos três grandes movimentos ginásticos na Europa. São eles: o Movimento do Oeste na França, o Movimento do Centro na Alemanha, Áustria e Suíça e o Movimento do Norte englobando os países da Escandinávia. Inúmeros métodos ginásticos foram sendo desenvolvidos principalmente nos países europeus, os quais influenciaram e até os dias de hoje influenciam, a Ginástica mundial e em particular a brasileira. Dentre aqueles que tiveram maior penetração no Brasil destacam-se as escolas alemã, sueca e francesa. Essas questões são amplamente analisadas por autores como Ramos (1982), Marinho [1981], Langlade e Langlade (1970), Castellani Filho (1988), Soares (1994) entre outros, os quais tem estudado os aspectos históricos relacionados à Educação Física e à Ginástica e contribuído de forma significativa para a compreensão de sua evolução em nível nacional e internacional. HISTÓRIA DA GINÁSTICA NO BRASIL No Brasil, com o sentido de educar o corpo para uma funcionalidade produtiva, a cultura burguesa introduziu as ginásticas: alemã e sueca na metade do século XIX, e a ginástica francesa no início do século XX. A ginástica alemã foi a primeira a se instalar no Brasil, sendo praticada tanto pelos imigrantes do Rio Grande do Sul (por um aspecto de preservação da identidade étnica), quanto pelos militares da Guarda Imperial da Coroa do Rio de Janeiro (devido a serviços prestados pelos soldados alemães ao Exército Brasileiro). Logo, a ginástica de Jahn foi adotada oficialmente na Escola Militar em 1860. A ginástica sueca foi posterior a alemã, localizando-se no meio civil do Rio de Janeiro. Este processo foi desencadeado por políticos liberais e médicos higienicistas, ou seja, por uma politização médica ou por uma medicalização política. A ginástica francesa foi a última a ser transplantada no Brasil, nas primeiras décadas do século XX, sendo a única que tornou-se obrigatória em todo o territórionacional. Sob um vínculo militar, a ginástica da Escola de Joinville foi introduzida inicialmente em São Paulo (1906) com o objetivo de instruir e capacitar a Força Pública de São Paulo contra os movimentos operários reivindicatórios. O Exército Brasileiro, tornou-se a instituição moderna e nacionalista, devido às exigências sociais. O Conteúdo da Ginástica Todo movimento ginástico, assim como os movimentos característicos dos esportes, evoluíram dos movimentos naturais do ser humano, ou habilidades específicas do ser humano que, segundo Pérez Gallardo (1993), “são aquelas que se caracterizam por estar presentes em todos os seres humanos, independentes de seu lugar geográfico e nível sócio-cultural e que servem de base para aquisição de habilidades culturalmente determinadas..." Estes movimentos naturais ou habilidades específicas do ser humano, quando analisados e transformados, visando o aprimoramento da performance do movimento, entendida aqui de acordo com vários objetivos como: economia de energia, melhoria do resultado, prevenção de lesões, beleza do movimento entre outros, passam a ser considerados como movimentos construídos (exercícios) ou habilidades culturalmente determinadas. Por exemplo, um movimento próprio do homem como o saltar, foi sendo estudado, transformado e aperfeiçoado através dos tempos, para alcançar os objetivos de cada um dos esportes onde ele aparece: salto em altura, em distância e triplo no atletismo, cortada e bloqueio no voleibol, salto sobre o cavalo na Ginástica Artística, salto “jeté” na Ginástica Rítmica Desportiva entre outros. TERMINOLOGIA A) Calistenia - força harmônica ou cheio de vigor - “é um sistema de ginástica que tem como origem a ginástica sueca, apresentando como características a predominância de exercícios analíticos, divididos em oito etapas, associando o ritmo dos movimentos à música; com objetivos corretivos, fisiológicos e pedagógicos.” (Marinho, 1980) Objetivos: a) Higiênico; b) Educacional: - treinamento motor objetivo e subjetivo - boa postura e atitude - desenvolvimento e crescimento harmônicos - treinamento mental, moral e social - equilíbrio da alma, mente, corpo e instinto social c) Aspecto recreativo da ginástica; d) Adaptação ao meio ambiente e as condições existentes. B.1) Exercícios Naturais - são próprios da evolução humana como andar, saltar, correr... B.2) Exercícios Artificiais ou Construídos: são exercícios artificiais aplicados com um determinado objetivo, Por exemplo: treino das qualidades físicas, reabilitação motora e gesto esportivo. TERMINOLOGIA C.1) Exercícios Sintéticos - são os que envolvem grande grupo de massa muscular sinergeticamente e/ou simultaneamente, relacionando-se com os movimentos naturais, e predominando também nas atividades aeróbicas. Envolve a ação de tres ou mais articulações e suas sinergias. C.2) Exercícios Analíticos - Podem envolver tanto os pequenos como os grandes grupamentos musculares, concentrando-se em determinado segmento corpóreo, associando-se aos movimentos artificiais ou construídos, de características anaeróbicas (neuromuscular). Envolve a ação de uma ou duas articulações e suas sinergias. TENDÊNCIAS E MODISMOS DA GINÁSTICA DE ACADEMIA -Velocidade de informação -Stress -Desenvolvimento Tecnológico -Outros. Área Pedagógica - Didática de Ensino - Prática de Ensino - Métodos e técnicas de pesquisa científica Área Biomédica - Anatomia - Fisiologia - Biometria - Cinesiologia e Biomecânica - Psicofisiologia - Nutrição - Fisioterapia Área Humana - Psicologia - Sociologia - Antropologia - Filosofia - Geografia EVOLUÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA Área Tecnológica - Informática - Telecomunicações - Equipamentos sofisticados para o treinamento físico - Equipamentos sofisticados para testagem física Área Alternativa - Yoga - Tai Chi Chuan - Shiatsu - Watsu - Acupuntura - Recursos Fisiogênicos Área Técnica - Ginástica Escolar - Ginástica de Academia - Treinamento Esportivo - Musculação/Pesos e Halteres EVOLUÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1) Saúde 2) Capacidade Funcional 3) Desenvolvimento Integral 4) Área Psicomotora a) Força b) Resistência Muscular Localizada (RML) c) Flexibilidade d) Coordenação e) Ritmo f) Descontração g) Equilíbrio 5) Área Cognitiva 6) Área Afetiva Os Campos de Atuação da Ginástica 1. Ginásticas de Condicionamento Físico: englobam todas as modalidades que tem por objetivo a aquisição ou a manutenção da condição física do indivíduo normal e/ou do atleta. 2. Ginásticas de Competição: reúnem todas as modalidades competitivas. 3. Ginásticas Fisioterápicas: responsáveis pela utilização do exercício físico na prevenção ou tratamento de doenças. 4. Ginásticas de Conscientização Corporal: reúnem as novas propostas de abordagem do corpo, também conhecidas por Técnicas Alternativas ou Ginásticas Suaves (Souza, 1992), e que foram introduzidas no Brasil a partir da década de 70, tendo como pioneira a Anti- Ginástica. A grande maioria destes trabalhos tiveram origem na busca da solução de problemas físicos e posturais. 5. Ginásticas de Demonstração: é representante deste grupo a Ginástica Geral, cuja principal característica é a não-competitividade, tendo como função principal a interação social isto é, a formação integral do indivíduo nos seus aspectos: motor, cognitivo, afetivo e social. Exemplos de Modalidades de Ginástica Métodos que influenciaram a Ginástica de Academia DÉCADA MÉTODO OBJETIVO 1960 Calistenia estético / higiene mental 1970 Calistenia estético / saúde física e mental 1980 1. Ginástica Aeróbica 2. Cárdio-Funk 3. Criação hidroginástica 4. Criação Ginástica Localizada estética / obtenção e manutenção da saúde 1990 1. Step 2. Aero-Box Condicionamento Físico e Fitness 2000 1. Jump 2. Técnicas Orientais 3. Cross Training 4. WorKout Fitness e Wellness Ginástica de Academia : “É uma atividade física multifacetada com objetivos variados, realizada em grupo ou individualmente, com exercícios físicos sintéticos e/ou analíticos, construídos e/ou naturais, específicos e/ou generalizados; geradora de modificações e adaptações morfofuncionais, morfofisiológicas e psico- social: objetivando em sua totalidade o Bem-Estar Psicofísico, a Estética, a Saúde e a Qualidade de Vida do SER, direcionando o Homem ao FITNESS Total.” (Baptista, 2003) A Ginástica na Escola Hoje Está presente em quase todas as manifestações da cultura corporal de movimento existente nas escolas. Ex: os alunos correm, andam, saltam, lançam, arremessam, etc... A ginástica como entendemos hoje, tem pouco espaço no ambiente escolar brasileira, sendo o esporte, o conteúdo mais desenvolvido e praticado. Ginástica Competitiva Ginástica Escolar Seletiva- aptos e habilidosos Não – seletiva – permite a co- participação de todos Competitiva Participativa Seqüência de movimentos obrigatórios Criação e elaboração de movimentos e seqüências não oficiais – exploração da criatividade Espaço específico Livre utilização dos espaços alternativos: pátio, quadra, etc Movimentos e aparelhos específicos masculinos e femininos Movimentos e aparelhos livres, tanto para o masculino e feminino – objetivos em comum. Aparelhos alternativos Resultado – performance máxima Resultado: performance possível Processo de aquisição de novos movimentos e conhecimentos. Permite a transformação e a recriação GINÁSTICA COMPETITIVA X GINÁSTICA ESCOLAR Modalidades de Ginástica 1. Alongamento e Flexionamento; 2. Ginástica Localizada; 3. Ginásticas Aeróbicas; 4. GinásticaLaboral; 5. Ginástica Corretiva; 6. Ginástica Especial; 7. Ginástica Popular; 8. Ginástica Recreativa; 9. Ginástica Gerontológica; 10. Atividades cardiorrespiratórias (ciclismo in door, running in door); 11. etc... METODOLOGIA Estrutura de uma aula de Ginástica: Aquecimento = Preparação Parte Específica = Objetivos Específicos Relaxamento = Recuperação ATIVIDADE FÍSICA, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA Profª. Esp. Patricia Amaral - QUAL A ATIVIDADE FÍSICA IDEAL PARA MIM? - QUE EXERCÍCIO FÍSICO DEVO PRATICAR? - ESTOU PREOCUPADO COM A SAÚDE OU A ESTÉTICA? FITNESS - É o nível ótimo de homeostase observado em uma pessoa através de processo harmônico de desenvolvimento. WELLNESS - Representa a transcendência do homem para além de sua plenitude, buscando o entendimento de sua realidade de vida, da harmonia com o ambiente que o cerca e da busca da evolução. DOENÇAS HIPOCINÉTICAS (HIPOCINETIC DISEASES) - Relação direta com o sedentarismo. Englobam um amplo complexo de modificações orgânicas e funcionais em quase todos os órgãos. Efeitos: Envelhecimento precoce; Diabetes; Hipertensão Arterial; Falta de ar; Obesidade; etc. TECNOLOGIA X PROGRESSO = HIPOCINESIA (Gomes, 1994; Novaes, 2001) ATIVIDADE FÍSICA É definida como: "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso". Podemos acrescentar que é também qualquer esforço muscular pré-determinado, destinado a executar uma tarefa, seja ela um "piscar dos olhos", um deslocamento dos pés, e até um movimento complexo de finta em alguma competição esportiva. Modernamente, o termo refere-se em especial aos exercícios executados com o fim de manter a saúde física, mental e espiritual; em outras palavras a "boa forma". QUALIDADE DE VIDA (QV) É a percepção do indivíduo tanto de sua posição na vida, no contexto da cultura e nos sistemas de valores nos quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um amplo conceito de classificação, afetado de modo complexo pela saúde física do indivíduo, pelo seu estado psicológico, por suas relações sociais, por seu nível de independência e pelas suas relações com as características mais relevantes do seu meio ambiente. É, portanto, um termo amplo que concentra as condições que são fornecidas ao indivíduo para viver como ele pretende. QV envolve fatores relacionados com a saúde, tais como, o bem-estar físico, psicológico, emocional e mental, mas também elementos não relacionados, como a família, amigos, emprego ou outras circunstâncias da vida. ATIVIDADE FÍSICA?????? QUALIDADE DE VIDA?????? SAÚDE?????? SAÚDE A definição de saúde varia de acordo com algumas implicações legais, sociais e econômicas dos estados de saúde e doença; sem dúvida, a definição mais difundida é a encontrada no preâmbulo da Constituição da Organização Mundial da Saúde: Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. A percepção de saúde varia muito entre as diferentes culturas, assim quanto as crenças sobre o que traz ou retira a saúde. A OMS define ainda a Engenharia sanitária como sendo um conjunto de tecnologias que promovem o bem-estar físico, mental e social. Sabe-se que sem o saneamento básico (sistemas de água, de esgotos sanitários e de limpeza urbana) a saúde pública fica completamente prejudicada. A definição adotada pela OMS tem sido alvo de inúmeras críticas desde então. Definir a saúde como um estado de completo bem-estar faz com que a saúde seja algo ideal, inatingível, e assim a definição não pode ser usada como meta pelos serviços de saúde. Alguns afirmam ainda que a definição teria possibilitado uma medicalização da existência humana, assim como abusos por parte do Estado a título de promoção de saúde. CONTRAÇÃO MUSCULAR A principal função do músculo esquelético é a contração, que conseqüentemente resultará em movimento Quanto a manifestação do trabalho de contração muscular, encontraremos dois tipos: contrações dinâmicas ou isotônicas e contrações estáticas ou isométricas. RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS DIFERENTES TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR CONTRAÇÃO CARACTERÍSTICA DINÂMICA CONCÊNTRICA ISOMÉTRICA DINÂMICA EXCÊNTRICA TIPO DE TENSÃO ENCURTAMENTO ESTÁTICA ESTIRAMENTO FUNÇÃO ACELERAÇÃO FIXAÇÃO / ESTABILIZAÇÃO DESACELERAÇÃO FORÇA EXTERNA QUE SE OPÕE AO MÚSCULO MENOR IGUAL OU MAIOR MAIOR TRABALHO EXTERNO EFETUADO PELO MÚSCULO POSITIVO NULO NEGATIVO PLANOS, EIXOS E MOVIMENTO RELAÇÃO PLANOS – EIXOS - MOVIMENTOS PLANOS EIXOS MOVIMENTOS SAGITAL TRANSVERSAL FLEXÕES EXTENSÕES FRONTAL ÂNTER-POSTERIOR ADUÇÕES ABDUÇÕES TRANSVERSAL LONGITUDINAL ROTAÇÕES MEDIAIS ROTAÇÕES LATERAIS O plano sagital divide o corpo em duas partes, direita e esquerda. As ações articulares ocorrem em torno do eixo horizontal. FLEXÃO – diminuição do ângulo entre dois segmentos. EXTENSÃO – aumento do ângulo entre dois segmentos. O plano frontal divide o corpo em partes anterior e posterior. Os movimentos ocorrem em torno do eixo ântero-posterior. ABDUÇÃO – movimento para fora da linha média. ADUÇÃO – movimento em direção á linha média. ELEVAÇÃO – movimento para uma posição superior. DEPRESSÃO – movimento para uma posição inferior. O plano transversal divide o corpo em partes superior e inferior. Os movimentos ocorrem em torno do eixo longitudinal. ROTAÇÃO – movimento em torno do eixo longitudinal do segmento. PRONAÇÃO – movimento de rotação medial do punho em relação ao cotovelo. SUPINAÇÃO – movimento de rotação lateral do punho em relação ao cotovelo. INVERSÃO – movimento de elevação da borda medial do pé. EVERSÃO – movimento de elevação da borda lateral do pé. Outros movimentos comuns : Circundução – movimento circular de um segmento corporal, combinando os movimentos de flexão, extensão, abdução e adução, no mínimo. Dorsiflexão – movimento de aproximação do dorso do pé em relação à perna (segmento corporal). Flexão Plantar – movimento de afastamento do dorso do pé em relação à perna (segmento corporal). MOVIMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL: flexão, extensão, flexão lateral e rotação TREINAMENTO AERÓBIO E FREQÜÊNCIA CARDÍACA Parâmetros Fisiológicos de Treino FREQÜÊNCIA BASAL: é a freqüência cardíaca ao acordar (em repouso). O aumento da freqüência basal é indicativo de cansaço ou resfriado. O importante é acompanhar a variação deste indicador.Para medi-la, verifique seus batimentos cardíacos em 30” e multiplique por 2. Não é necessário tirá-la na cama, o fundamental é estabelecer uma rotina para acompanhá- la. FREQÜÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA (FC MAX): é alcançada em testes de esforço máximo como o esgoespirométrico, o teste de lactato e o teste de pista. Serve como parâmetro para determinar as freqüências cardíacas para cada intensidade de treinamento. LIMIAR: é a freqüência cardíaca em que ocorrem mudanças cardíacas que alteram a fonte de energia usada pelo corpo. Os limiares podem ser modificados pelo treinamento. O teste de lactato e o esgoespirométrico apontam sem limiares aeróbio e anaeróbio. LIMIAR AERÓBIO: freqüência cardíaca em que o corredor passa a fazer o exercício aeróbio, ou seja, com energia predominantemente gerada com o uso de oxigênio do ambiente ao mesmo tempo em que remove o ácido lático que se armazena em alguns grupos musculares durante o exercício. LIMIAR ANAERÓBIO (L2): ponto em que a geração de energia em processo anaeróbio supera o aeróbio, a produção de lactado passa a ser maior do que a capacidade docorpo de removê-lo. PREDIÇÃO DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA (FCMáx) 220 - idade (KARVONEN) 210 - idade (JONES) Por exemplo: Um homem com 52 anos de idade, segundo a fórmula de Karvonen, tem uma estimativa de freqüência cardíaca máxima de 168 batimentos por minuto (220 – 52 = 168), antes de começar com um programa de exercícios supervisionados. Faixa ideal de freqüência cardíaca durante a realização de exercícios Depois de saber a freqüência cardíaca máxima (estimada a partir das fórmulas dadas, ou exata, com base em seu desempenho durante um teste de esforço), é fácil determinar os parâmetros que se deve seguir ao se exercitar. Como exemplo, encontre sua frequência cardíaca máxima utilizando a fórmula de Karvonen. Após, multiplique-a por 60% e 75% para encontrar a Zona Alvo de Treinamento (ZAT). Você calcula-a multiplicando a sua freqüência cardíaca máxima pelo limite inferior de 60% (0,6) e pelo limite superior de 75% (0,75). Usando a freqüência cardíaca máxima de um homem com 162, chega-se a um limite inferior de 97 batimentos por minuto (ou 162 X 0,6 = 97) e a um limite superior de 122 batimentos por minuto (162 X 0,75 = 122). Tabela de Freqüência Cardíaca Geral Idade F.C. Máxima Fat Burning zone (60% a 75% da F.C. Max.) Cardio Training zone (75% a 85%) 20 200 120-150 150-170 25 195 117-146 146-166 30 190 114-142 142-162 35 185 111-138 138-157 40 180 108-135 135-153 45 175 105-131 131-149 50 170 102-127 127-145 55 165 99-123 123-140 60 160 96-120 120-136 65 155 93-116 116-132 70 150 90-112 112-127 75 145 87-108 108-125 80 140 84-105 105-119 COMO AFERIR A FREQÜÊNCIA CARDÍACA? QUALIDADES FÍSICAS Patricia Amaral FORÇA FLEXIBILIDADE RESISTÊNCI A RITMO COORDENAÇÃO EQUILÍBRIO DESCONTRAÇÃO VELOCIDADE AGILIDADE PERFORMANCE Força Resistência Muscular Localizada Flexibilidade HABILIDADE MOTORA Coordenação Ritmo Descontração Equilíbrio QUALIDADES FÍSICAS Patricia Amaral FORÇA “capacidade de exercer tensão contra uma resistência”. Dinâmica (concêntrica, excêntrica e isocinética) Estática QUALIDADES FÍSICAS Patricia Amaral RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA “capacidade de realizar um grande número de concentrações sem diminuir a amplitude do movimento, a freqüência, a velocidade e a força de execução.” QUALIDADES FÍSICAS Patricia Amaral FLEXIBILIDADE “qualidade motriz que depende da elasticidade muscular e da mobilidade articular, expressa pela máxima amplitude de movimento necessária para a perfeita execução de qualquer atividade física eletiva, sem que ocorram lesões anátomo- patológicas.” QUALIDADES FÍSICAS Patricia Amaral COORDENAÇÃO “capacidade do indivíduo realizar tipos integrados de movimentos dentro de um padrão específico.” QUALIDADES FÍSICAS Patricia Amaral RITMO “capacidade física explicada por um encadeamento de tempo, uma mudança de tensão e de repouso, enfim, uma variação regular com repetições periódicas.” QUALIDADES FÍSICAS Patricia Amaral DESCONTRAÇÃO “qualidade física eminentemente neuromuscular oriunda da redução da tonicidade da musculatura esquelética”. QUALIDADES FÍSICAS Patricia Amaral EQUILÍBRIO “qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade.” QUALIDADES FÍSICAS Patricia Amaral Resistência Aeróbia Resistência Anaeróbia Velocidade Agilidade QUALIDADES FÍSICAS Patricia Amaral EM ATIVIDADES EXTRA-CLASSE (COMPLEMENTARES) PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS do Treinamento PATRÍCIA DO AMARAL Cada indivíduo traz consigo uma informação genética denominada Genótipo PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA Biótipo Estatura máxima esperada Força Máxima possível Velocidade No de fibras do Tipo I e II Aptidão Física Aptidão Intelectual etc. Ao mesmo tempo, uma série de experiências vão sendo acrescidas ao mesmo indivíduo desde a sua geração, determinando outras características A estas características denomina-se Fenótipo PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA Consumo máximo de oxigênio - VO2 máx; Percentagem de fibras rápidas e lentas; Habilidades Desportivas Estatura Atingida; etc. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA Qualquer ser vivo, é o resultado da interação do meio ambiente com o Genótipo. Que é expressado no Fenótipo. FENÓTIPO = GENÓTIPO + MEIO AMBIENTE Para cada indivíduo um determinado estímulo provoca uma adaptação específica Um mesmo estímulo deverá provocar adaptações diferentes em pessoas diferentes FENÓTIPO “ aparência visível” – Lehninger (1988) PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA Princípio da Adaptação Os organismos vivos buscam permanentemente se manter em Homeostase HOMEOSTASE é um estado instável de equilíbrio, através do qual os sistemas que constituem os organismos se adaptam entre si e às condições externas Princípio da Adaptação Adaptação é a lei universal mais importante da vida Toda vez que um estímulo é aplicado ao organismo, na tentativa de se adaptar surge uma resposta adaptava, positiva ou não Como adaptações Biológicas no Esporte, entendem-se as modificações dos órgãos e sistemas funcionais, que decorrem das atividades Psicofísicas /Esportivas. Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação Endógenos: Idade Sexo Hereditariedade Condição de Treinamento Condição de saúde Perfil Psicológico (motivação)... Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação Exógenos: Qualidade e Quantidade da Sobrecarga; Alimentação; Meio Social; Clima Recuperação ... Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação Hans Selye estudou os efeitos que os estímulos causavam nos seres humanos chamando aos estímulos de STRESS e aos Efeitos SAG - Síndrome de Adaptação Geral Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação Os estímulos (STRESS) podem ser: 1 Débeis ou fracos => Não implicam em modificações; 2 Médios => Apenas excitam ou provocam pequenas alterações; 3 Fortes => Provocam Adaptações; 4 Muito Fortes => Provocam Danos. Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação É muito comum associar-se ESTRESSE a estresse mental. Portanto é muito importante para o profissional conscientizar seus atletas do real significado. Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação O STRESS EUSTRESS – quando é assimilado DISTRESS - quando não é assimilado STRESS É SINÔNIMO DE ESTÍMULO Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação O Estresse pode ocorrer de diferentes formas: Stress Físico => Exercícios Físicos, Dor; Stress Bioquímico => Substâncias Químicas, Álcool, Fumo, drogas, etc.; Stress Mental => Ansiedade, Angústia. Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação Capacidade de Adaptação ou Adaptabilidade ADAPTABILIADADE é a denominação das diferentes formas de assimilação de estímulos, frente à mesma quantidade e qualidade de sobrecarga de treinamento Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação Síndrome de Adaptação Geral (SAG) Existem várias formas de reagir frente a um estímulo muito forte: 1 CANSAÇO => Sensação subjetiva de desgaste 2 FADIGA => Depleção das reservas energéticas aliada ao acúmulo de catabólicos provocando diminuição grave da performance ou ainda incapacidadetemporária. 3 EXAUSTÃO => Profundo desgaste orgânico com características progressivas que pode levar o atleta não só à incapacidade temporária como também a problemas graves de ordem médica 4- SOBRETREINAMENTO = Resultado do acúmulo de um estado de recuperação incompleta (pode levar o indivíduo a um estado de incapacidade crônica) Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação Muitas vezes, no afã de conseguir uma melhor performance o preparador físico aplica estímulos muito fortes , levando o indivíduo ao sobretreinamento. Outras vezes, é o próprio indivíduo que não consegue perceber a intensidade do exercício ou sua condição de recuperação. Pior acontece quando este acredita que o treino mais forte pode lhe favorecer o rendimento, não informando o preparador de sua real condição. Na maioria desses casos aparece o quadro de SOBRETREINAMENTO Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação Fatores que Influenciam os Processos de Adaptação Adaptado de Weineck Princípio da Sobrecarga Após a aplicação de uma carga, ocorre uma diminuição da capacidade de performance em função da depleção das reservas energéticas. Quando é dado um tempo ideal de recuperação, os níveis energéticos são restaurados e ampliados. Carga é todo estresse a que é submetido um atleta A carga deve sempre aumentar de forma crescente tanto em quantidade como em qualidade, dando-se ênfase à quantidade (volume) antes da qualidade(intensidade) Volume X intensidade Princípio da Sobrecarga VARIÁVEIS DE TREINAMENTO 1. VOLUME 1.1 – Número de Exercícios 1.2 – Número de Repetições dos Exercícios 1.3 –Séries = Ordem de execução dos exercícios 1.3.1 – Básicas 1.3.2 – Intermediárias 1.3.3 - Avançadas 1.4 – Número de Séries 1.5 – Freqüência diária e semanal de treino 1.7 – Tempo de duração da sessão 2. INTENSIDADE 2.1 – Carga dos exercícios (kg) 2.2 – Velocidade de Execução dos exercícios 2.3 – Intervalos entre os exercícios e Pausas entre as séries Princípio da Sobrecarga Princípio da Sobrecarga O tempo necessário para a recuperação é proporcional ao nível de treinamento do indivíduo e à qualidade da sobrecarga a que se submeteu Para que um novo grupo de estímulos possam ter eficácia, deverão ser maiores que o anterior Princípio da Sobrecarga A Supercompensação é gerada pela aplicação correta de cargas e ciclos de recuperação Quando as cargas são aplicadas sem a recuperação devida, após algum tempo pode aparecer a condição de SOBRETREINAMENTO A carga deve alternar-se periodicamente uma vez que um indivíduo não pode permanecer no auge da forma por todo o tempo. As cargas de treinamento devem variar seu conteúdo a fim de otimizar a recuperação energética. A alternância e a sucessão corretas de cargas com características diferentes permitem um ganho em amplitude e intensidade do treinamento. Observação: Princípio da Continuidade Reza que o resultado desportivo só se faz com perseverança. São necessários meses e muitas vezes anos para se desenvolver as capacidades físicas Apesar de se fazerem necessárias interrupções nos treinamentos para se permitir a devida recuperação, toda a quebra do treinamento acima das necessidades fisiológicas traduz-se em queda de desempenho Princípio da Continuidade Um dos grandes problemas do treinamento é o da readaptação de atletas após longos períodos afastados do treinamento, pois existe uma tendência em se acreditar que ainda se conserva a forma desportiva Princípio da Especificidade (Robergs e Roberts, 2002) Adaptações funcionais e orgânicas relacionadas com cada componente da aptidão física, serão produzidas somente por meio de esforços físicos específicos para cada indivíduo O organismo sempre se adapta de forma específica ao esforço que lhe é oferecido. Exercícios aeróbios deverão provocar adaptações no sistema cardiorrespiratório Princípio da Especificidade Princípio da Especificidade Um estímulo só é eficaz quando é específico para o desporto ou ato motor a que se destina O organismo dispõe de uma capacidade muito pequena de transferir a especificidade de estímulos provocados por cargas com diferentes finalidades. Isto faz necessário determinar-se com precisão as qualidades físicas envolvidas no desporto, metabolismo energético, segmentos corporais, gesto desportivo. Princípio da Especificidade Desta forma devem ser descartadas formas de treinamento que não tenham um alto índice de afinidade com a modalidade desportiva Na fase específica deve-se criar condições de treinamento próximas das condições de competição Um treinamento de Resistência Aeróbia para natação não deverá melhorar significativamente a capacidade de desempenho de um corredor, podendo ao contrário piorá-la Princípio da Reversibilidade É muito importante conscientizar o praticante que os efeitos do treinamento são totalmente reversíveis (Robergs e Roberts, 2002) Princípio da Reversibilidade Quanto maior for a base de treinamento, mais lenta será a queda de performance O tempo necessário para reverter os efeitos do treinamento é proporcional ao tempo de treinamento. As adaptações e benefícios são transitórios As adaptações e orgânicas provocadas pelo organismo tendem a voltar aos estados iniciais após a paralisação, ou longas interrupções nos treinamentos Os benefícios para a saúde dos programas de atividade física permanecem somente enquanto a pessoa permanece ativa. “estilo de vida ativo” FLEXIBILIDADE Conceitos: “Qualidade Física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesões” (DANTAS, 1999). “Máxima amplitude de movimento voluntário em uma ou mais articulações sem lesioná-las” (ACHOUR JR., 1997). “ Habilidade para mover uma articulação através de uma amplitude de movimento normal sem estresse excessivo para a unidade musculotendinosa” (CHANDLER et al., 1990). HIPERFLEXIBILIDADE - excesso de movimento normal esperado nas articulações. LASSIDÃO - grau de movimento anormal de uma articulação. VISÃO HISTÓRICA DA FLEXIBILIDADE Origem como forma de treinamento é desconhecida. Antigüidade Ocidental e Oriental: Ocidentais: Gregos (ginástica Grega): ▪ Ginástica Medicinal: profilaxia e terapia ▪ Ginástica Marcial: treinamento militar ▪ Ginástica Atlética Orientais: ▪ Hindus: Yoga → asanas (posturas de alongamento) ▪ Artes Marciais: sobrevivência defensiva e ofensiva FATORES ENDÓGENOS E EXÓGENOS INFLUENCIADORES Idade Sexo Individualidade biológica Composição corporal Condicionamento físico Hora do dia Temperatura ambiente Intensidade do exercício ENDÓGENOS EXÓGENOS ▼ ▼ COMPARAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO RELATIVA DAS ESTRUTURAS DO TECIDO MOLE E A RESISTÊNCIA ARTICULAR, DE ACORDO COM JOHNS E WRIGHT, 1962: ESTRUTURA RESISTÊNCIA Cápsula Articular 47% Músculo (fáscia) 41% Tendão 10% Pele 2% ESTRUTURAS PROPRIOCEPTIVAS: ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI e FUSO MUSCULAR ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI Detectam a tensão no tendão causada pelo alongamento passivo ou pela contração muscular excessiva. OTG ligação com motoneurônios alfa impedir a contração das fibras extrafúsicas (eminênciade lesão) relaxamento muscular FUSO MUSCULAR Controla a velocidade e duração do alongamento. Fibras nucleares tipo bolsa terminações anuloespiraladas (terminais nervosos - nervos Ia) corno posterior da medula espinhal via efetora fibras extrafusais-contração reflexo miotático TREINAMENTO DA FLEXIBILIDADE CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS 1) Diferenciar entre atletas e população em geral 2) Identificar necessidades individuais quanto à amplitude de movimento 3) Mensurar a flexibilidade para prescrição mais adequada 4) Enfatizar aprendizagem técnica e consciência corporal nos exercícios de alongamento 5) Alongar para manter x aumentar a flexibilidade? TREINAMENTO DA FLEXIBILIDADE PRESCRIÇÕES GERAIS DO COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA E ESPORTE (2000) 1) Freqüência: mínima de 3x/semana 2) Intensidade: sensação de desconforto brando 3) Duração: 10 a 30 segundos cada alongamento 4) Repetição: 3 a 5 para cada alongamento 5) Tipo: estático, com mais ênfase na região posterior COMPONENTES DA FLEXIBILIDADE 1) Mobilidade: grau de liberdade de movimento de uma articulação, restringido pelos ligamentos e cápsula articular; 2) Elasticidade: estiramento elástico dos componentes musculares, especialmente fáscia e tendões; 3) Plasticidade: grau de deformação temporária que estruturas musculares e articulares deverão sofrer para possibilitar o movimento; 4) Maleabilidade: modificações das tensões parciais da pele para acomodações necessárias ao segmento considerado (adaptação a novos comprimentos). OBJETIVOS DA FLEXIBILIDADE Segundo Rodrigues e Carnaval (1985) Melhorar a elasticidade muscular; Aumentar a mobilidade articular; Melhorar o transporte de energia; Aumentar a capacidade mecânica do músculo; Permitir um aproveitamento mais econômico da energia mecânica; Evitar lesões musculares; Reduzir o choque de impacto nos esportes de contato e nas quedas; Aumentar a amplitude dos movimentos inerentes à atividade; Promover o relaxamento muscular; Oferecer a possibilidade e capacidade ao atleta de aperfeiçoar com maior rapidez técnica. A Flexibilidade pode acarretar alguns benefícios, entre eles: Maior amplitude dos movimentos; Perfeito relaxamento dos antagonistas; A melhoria da técnica; Prevenção de lesões; Podemos citar ainda como importância da flexibilidade: Aperfeiçoamento motor Eficiência mecânica Profilaxia de lesões Expressividade e consciência corporal IMPORTÂNCIA DA FLEXIBILIDADE A flexibilidade pode ser classificada quanto: Ao tipo; À abrangência; Ao referencial; Às articulações envolvidas. a) Quanto ao tipo: os movimentos através dos quais a flexibilidade se manifesta podem ser estudados segundo ao quadro abaixo: QUANTO AO AGENTE Induzido Autônomo CLASSIFICAÇÃO DA FLEXIBILIDADE QUANTO A VELOCIDADE Rápido Lento Flexibilidade Balística Flexibilidade Estática Flexibilidade Dinâmica Flexibilidade Controlada a.1) Flexibilidade estática É observada num movimento de relaxamento de toda musculatura ao redor da articulação que participará do movimento e mobilização do segmento de forma lenta e gradual, por agente externo, buscando alcançar o limite máximo. a.2) Flexibilidade Dinâmica É expressa pela máxima amplitude de movimento obtida pelos músculos motores do mesmo, de forma rápida. a.3) Flexibilidade controlada É observável quando se realiza um movimento sob a ação do músculo agonista de forma lenta até chegar à maior amplitude na qual seja possível realizar uma contração isométrica. b) Quanto à abrangência b.1) Flexibilidade geral É observada em todos os movimentos de uma pessoa englobando todas as suas articulações. b.2) Flexibilidade específica É referente a um ou alguns movimentos realizados em determinadas articulações. c) Quanto ao referencial c.1) Flexibilidade relativa Compara o grau de flexibilidade obtido com os comprimentos e dimensões corporais. c.2) Flexibilidade absoluta Na medida de um movimento específico, leva em conta apenas o arco articular máximo alcançado, sem considerar as medidas antropométricas. d) Quanto às articulações envolvidas d.1) Flexibilidade simples É observada numa determinada ação articular em uma única articulação. d.2) Flexibilidade composta Quando o movimento envolve mais de uma articulação ou mais de um tipo de ação articular dentro de uma articulação simples. FATORES QUE DETERMINAM A FLEXIBILIDADE a) “ Irritabilidade” dos músculos. b) Condicionamentos biomecânicos. c) Comprimento e elasticidade dos músculos, tendões e ligamentos que envolvem as articulações. d) Fatores psíquicos. A flexibilidade pode ser limitada pelos seguintes fatores anatômicos-fisiológicos: · Estrutura da articulação; · Massa e Força muscular; · Capacidade de estiramento muscular; · Capacidade de estiramento dos tendões, ligamentos, cápsulas articulares e pele; · Idade e Sexo; · Estado ou condicionamento físico; · Exercício; · Estado de aquecimento dos aparelhos locomotores ativo e passivo; · Fadiga; MÉTODOS DE TREINAMENTO E TIPOS DE FLEXIBILIDADE O trabalho de flexibilidade pode apresentar-se como: a) Ativo; b) Passivo; c) Flexibilidade Estática d) Flexibilidade Balístico / Dinâmico e) Flexibilidade por contração-relaxamento / Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (F.N.P) AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE Vários procedimentos diretos e indiretos foram desenvolvidos para a mensuração da flexibilidade. Instrumentos: o goniômetro, o inclinômetro e o flexômetro de Leighton, Electrogoniometria Protocolos indiretos: a) Teste de Wells e Dillon ou "Seat and Reach" b) Teste de Kraus e Hirshland ou "Toe Touch" c) Flexiteste BREVE INTRODUÇÀO AO FLEXITESTE (Claudio Gil Soares de Araújo) No final dos anos 70, trabalhando com o Prof. Roberto Pável, desenvolvemos um método adimensional de medida e avaliação da flexibilidade que foi denominado de Flexiteste. O método consiste na medida e avaliação da mobilidade passiva máxima de 20 movimentos articulares corporais (36 se considerados bilateralmente), englobando as articulações do tornozelo, joelho, quadril, “tronco”, punho, cotovelo e ombro. Oito movimentos são feitos nos membros inferiores, três no tronco e os nove restantes nos membros superiores. A numeração dos movimentos é feita em um sentido distal-proximal. Cada um dos movimentos é medido em uma escala crescente e descontínua de números inteiros de 0 a 4, perfazendo um total de cinco valores possíveis. A medida é feita através da execução lenta do movimento até a obtenção do ponto máximo da amplitude e a posterior comparação entre os mapas de avaliação e a esta amplitude máxima obtida pelo avaliador no avaliado. Habitualmente, o ponto máximo da amplitude de movimento é detectado com facilidade pela grande resistência mecânica à continuação do movimento e/ou pelo relato de desconforto local pelo avaliado. A atribuição dos valores numéricos se dá sempre que a amplitude alcançada é igual à existente no mapa de avaliação. Quando a amplitude alcança a posição 2 do mapa é atribuído o valor 2, permanecendo nesse valor até que a amplitude máxima obtida alcance o nível correspondente ao valor 3. Não existem valores fracionários ou intermediários, nem a medida é feita pelo valor que mais se aproxima. BREVE INTRODUÇÀO AO FLEXITESTE Normalmente, o teste só é aplicado no lado direito do corpo (somente em condições de uso extremamente díspares ou em condições patológicas acontece diferenças apreciáveis entre os dois dimídios corporais) e sem aquecimento físico prévio. O tempo de execução do teste varia de acordo com a experiênciado avaliador e com as condições do avaliado, mas tipicamente situa-se entre três e cinco minutos, empregando uma seqüência modificada dos movimentos, na qual são minimizadas as mudanças de postura corporal. As medidas são geralmente avaliadas de acordo com a escala a seguir: 0 - muito pequena, 1 - pequena, 2 - média, 3 - grande e 4 - muito grande. Pela natureza da escala e pelo modo como foram propositadamente desenhados os mapas de avaliação, observa-se uma distribuição gaussiana para os dados, de forma que a tendência central é o valor 2, os valores 1 e 3 são menos freqüentes e os valores extremos, isto é, 0 e 4 são bastante raros. Dessa forma, muito embora a análise do Flexiteste possa e deva ser feita para cada um dos movimentos e/ou articulações, é válido somar os resultados obtidos nos 20 movimentos isolados e obter um índice global de flexibilidade ou mobilidade articular denominado de Flexíndice (Araújo 1987), o que representa uma grande vantagem em relação a goniometria, onde isto não é possível de ser feito. Em adendo, com a natureza gaussiana das escalas de cada movimento e a global, é possível estudar todo o espectro da mobilidade, já que os valores extremos máximos - 0 e 80 pontos - nunca foram, na prática, obtidos. Dessa forma, não houve os denominados efeitos solo e/ou teto, que tanto dificultam a utilização clínica de certos testes mais simples. Vários estudos de fidedignidade intra e inter observadores feitos com fotos de modelos ou com medidas reais em indivíduos mostraram sistematicamente altos coeficientes de correlação intraclasse para o Flexiteste (Araújo 1987). BREVE INTRODUÇÀO AO FLEXITESTE Dados populacionais obtidos pelo nosso grupo de pesquisa em praticamente três mil indivíduos entre 5 e 85 anos de idade, atletas e não-atletas, permitiram a obtenção de uma série de conclusões, incluindo: a) a flexibilidade é bastante semelhante entre meninos e meninas até os 6 ou 7 anos d e idade, daí por diante, os indivíduos do sexo feminino tendem a ser sistematicamente mais flexíveis d o que os do sexo masculino; b) a flexibilidade é rapidamente reduzida durante a segunda fase da infância e a puberdade nos dois sexos; c) o ritmo de redução na flexibilidade global é significativamente reduzido dos 16 aos 40 anos de idade nos dois sexos; d) após os 40 anos de idade, há novamente uma aceleração na perda da flexibilidade que é bastante influenciada por outros fatores, tais como padrão de atividade física e nível de saúde; e) a hipermobilidade (mais do que 70 pontos no Flexíndice) é mais freqüente em mulheres do que em homens e muito mais comum na infância; f) o treinamento físico específico de flexibilidade provoca melhora na mobilidade específica e global em qualquer faixa etária (treinabilidade preservada); g) existe um padrão de mobilidade para determinadas modalidades desportivas, enquanto para outras o desempenho de alto nível não parece estar associado a nenhum modelo restrito de expressão da mobilidade articular; em várias modalidades, a flexibilidade global dos atletas não excede a da população não-atleta, sendo possíveis, excepcionais desempenhos desportivos, com valores relativamente baixos em judô e em futebol. h) um alto grau de mobilidade em determinados movimentos articulares favorece o aprendizado ou aperfeiçoamento de alguns atos motores desportivos; i) há uma tendência a maior variabilidade na flexibilidade global de indivíduos adultos do que em crianças, provavelmente em função da grande discrepância no padrão regular d e atividade física. j) o aquecimento físico melhora a amplitude máxima passiva fisiológica de alguns movimentos, especialmente aqueles em que há u ma restrição primariamente muscular. BREVE INTRODUÇÀO AO FLEXITESTE Numeração e descrição cinesiológica dos 20 movimentos do Flexiteste Nº do movimento Descrição I Flexão dorsal do tornozelo II Flexão plantar do tornozelo III Flexão do joelho IV Extensão do joelho V Flexão do quadril VI Extensão do quadril VII Adução do quadril VIII Abdução do quadril IX Flexão do tronco X Flexão lateral do tronco XI Extensão do tronco XII Flexão do punho XIII Extensão do punho XIV Flexão do cotovelo XV Extensão do cotovelo XVI Adução posterior do ombro a partir de 180 de abdução XVII Adução posterior ou extensão do ombro XVIII Extensão posterior do ombro XIX Rotação lateral do ombro a 90º de abdução do ombro* XX Rotação medial do ombro a 90 de abdução do ombro* * com o cotovelo fletido a 90 BREVE INTRODUÇÀO AO FLEXITESTE As medidas são geralmente avaliadas de acordo com a escala a seguir: 0 - Muito pequena; 1 - Pequena; 2 - Média; 3 - Grande; 4 - Muito grande. Classificação Somatório dos vinte movimentos Deficiente ≤ 20 Fraco 21 a 30 Médio (-) 31 a 40 Médio (+) 41 a 50 Bom 51 a 60 Excelente > 60 CLASSIFICAÇÃO DO FLEXÍNDICE BREVE INTRODUÇÀO AO FLEXITESTE BREVE INTRODUÇÀO AO FLEXITESTE Escala Movimento 0 1 2 3 4 I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX Subtotal TOTAL ALGUNS EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS: DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS E METODOLÓGICAS ENTRE ALONGAMENTO & FLEXIONAMENTO MUSCULAR ALONGAMENTO X FLEXIBILIDADE Trabalho Estrutura Biológica ALONGAMENTO FLEXIONAMENTO Articulações Trabalho sem ser forçada É forçada ao seu limite máximo Componentes Plásticos São deformados pelo trabalho Já se encontram quase totalmente deformados Componentes Elásticos Estirado a nível submáximo Estirados até o limite máximo Mecanismo de Propriocepção Não são estimulados São estimulados Terminais Nervosos da dor Não são estimulados Podem ser estimulados nos limites máximos ALONGAMENTO X FLEXIONAMENTO Alongamento - visa a manutenção dos níveis de flexibilidade (qualidade física a ser treinada) e a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível. Flexionamento - forma de trabalho que visa obter uma melhora da flexibilidade através da viabilização de amplitude de arcos de movimento articular, superiores às originais. MÉTODOS DE TREINAMENTO Formas de Alongamento 1) Estiramento É a execução de um movimento à custa da ação do antagonista, de outros grupos musculares ou da ação de terceiros; procurando atingir arcos extremos. Subdivide-se em: 1.a) Estiramento passivo: realizado através da manutenção de posturas de grande amplitude, sem extrapolar o limite máximo de movimento, durante 4 a 6 segundos. 1.b) Estiramento ativo: consiste de 2 a 3 séries de 3 a 6 repetições que visem alcançar o limite máximo da utilização normal do arco articular. 1.c) Estiramento misto: utilizam-se 2 séries de 4 repetições submáximas e uma permanência de 4 segundos no ponto máximo atingido, atentando-se para a realização de forma lenta. 2) Suspensão Não há movimento das articulações, os ligamentos e músculos são tracionados por meio da ação da gravidade e o próprio comprimento dos ossos age como fator limitador. O tracionamento do segmento faz com que os envoltórios do tecido conjuntivo (endomísio, perimísio e epimísio) comprimam as porções de músculos, propiciando a saída de água e catabólicos provenientes. 3) Soltura Balanceamento dos membros que, se realizados por outra pessoa, podem sofrer uma leve tração. Possui um efeito relaxador por desconectar as ligações de actina-miosina remanescentes ao facilitar o contato destas com moléculas de ATPe por provocar uma desativação do fuso muscular. A soltura propicia o relaxamento da musculatura na qual se observou uma contração residual. Normalmente é realizada durante a atividade, nos intervalos entre duas seqüências ou exercícios. MÉTODOS DE TREINAMENTO Formas de Flexionamento Método Ativo ou Flexibilidade Dinâmica Realizado através da execução de exercícios dinâmicos (balísticos). Aproveita a inércia do segmento corporal em movimento a forçar amplitudes maiores que as normais. Devido aos constantes estiramentos a que submete o músculo, a flexibilidade ativa os fusos musculares provocando contração muscular e tornando o trabalho mais difícil e doloroso. Método Passivo ou Flexibilidade Estática Utiliza-se posturas estáticas, foi inspirado na yoga e é 20% mais eficaz que o método ativo. Método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) Este método utiliza-se da influência recíproca entre o fuso muscular e o órgão tendinoso de Golgi de um músculo entre si e com os do músculo antagonista para obter maiores amplitudes de movimento. A partir daí diversos outros processos foram desenvolvidos. Tais como: a) Scientific Stretching for Sports (3S) 1o – mobilização do segmento corporal até o seu limite de amplitude. 2o – realização de uma contração isométrica máxima durante 8 segundos. 3o – forçamento do movimento além do limite original, durante o relaxamento da musculatura do atleta após a contração. b) Super-Stretch 1a etapa: alongar o músculo a ser trabalhado. 2a etapa: realizar uma contração isométrica progressiva de 8 a 10 segundos. 3a etapa: forçar o músculo até o máximo possível. 4a etapa: repetir os três primeiros passos por três ou quatro vezes. 5a etapa: alongar e relaxar a musculatura trabalhada. 6a etapa: realizar 15 minutos de forçamento estático. Obs.: Numa sessão de flexibilidade, os exercícios devem ser grupados por articulações e realizados de forma que um exercício seja compensado pelo próximo. c) Processo de sustentação – relaxação (Hold-Relax) Este processo é baseado na inervação recíproca. Consiste de três passos: 1o passo – O sujeito que vai ser treinado relaxa a musculatura a ser trabalhada (antagonista ao movimento) que é estirada passivamente pelo treinador até o limiar de flexibilização. 2o passo – O sujeito contrai o músculo agonista, durante 8”, numa contração isométrica máxima. 3o passo – Findo os 8” de contração, o treinador comanda: _ Relaxa! E o sujeito, após relaxar, tem seu segmento conduzido passivamente ao novo limite. d) Processo de contração-relaxação antagonista É baseado no princípio da indução sucessiva e consiste de quatro passos. 1o passo – O treinador conduz o segmento a ser trabalhado, deixado em estado de relaxamento pelo sujeito, ao Limiar de Flexibilização. 2o passo – O sujeito realiza uma contração sub-máxima, concêntrica, do músculo antagonista durante oito segundos. Como o treinador impedirá a realização do movimento, a contração será isométrica. Em seguida, antes do terceiro passo, relaxa durante três segundos. 3o passo – o sujeito realiza de 8 a 10 contrações isotônicas do músculo agonista, procurando aumentar o arco articular, durante oito segundos. 4o passo – Findos os oito segundos, cessa a contração e, durante os próximos três segundos, o treinador, puxando o segmento passivamente, procura atingir novos limites. Este processo estimula a elasticidade muscular e desenvolve a flexibilidade dinâmica. e) Processo de reversão lenta (Slow-Reversal - Hold/Relax) 1o passo – O sujeito relaxa a musculatura a ser trabalhada e o segmento é conduzido ao arco articular máximo, passivamente, pelo treinador. 2o passo – Partindo da posição máxima, o sujeito realiza uma contração do músculo agonista durante oito segundos. O treinador impede o movimento, caracterizando a contração isométrica. 3o passo – Sem solução de continuidade, o treinador inverte o ponto de apoio e o sujeito passa agora a realizar uma contração isométrica máxima do antagonista, também durante oito segundos. 4o passo – O treinador comanda: “Relaxe!” e conduz passivamente o segmento a um arco articular mais amplo. f) Processo completo Consiste numa reunião de todos os processos anteriormente explanados. Seus passos são os seguintes: 1o passo – O sujeito relaxa a musculatura a ser trabalhada e o segmento é conduzido ao arco articular máximo, passivamente, pelo treinador. 2o passo – Partindo da posição máxima, o sujeito realiza uma contração do músculo agonista durante seis segundos. O treinador impede o movimento, caracterizando uma contração isométrica. 3o passo – Realizar movimentos de contração isométrica, lentamente, durante seis segundos, com a musculatura agonista, provocando “puxões” suaves sobre a musculatura agonista. 4o passo – O sujeito realiza uma contração contínua com o agonista, durante seis segundos que, por estar no seu arco articular máximo, não possibilitará movimento, caracterizando-a como isométrica. O treinador força no sentido de contração. 5o passo – O sujeito relaxa e, em seguida realiza duas oscilações pendulares suaves ao longo do terço final do arco articular. Duração total do processo é de 24 segundos. Observações relativas ao treinamento de flexibilidade: a) Os exercícios devem ser feitos diariamente; b) Antes deve se fazer um bom aquecimento; c) Cada exercício deve ser repetido suficientemente; d) “Soltar” a musculatura após cada exercício; e) Iniciar com exercícios gerais e depois ir para os específicos; f) Os exercícios específicos devem ser os mais semelhantes possíveis às características das modalidades esportivas; g) Devem ser utilizados em todos os níveis de trabalho. h) As aulas de flexibilidade deverão desenvolver a consciência corporal dos alunos. Aquecimento: Alongamento tipo estiramento + flexibilidade (parte principal). Parte principal: Flexibilidade ativo, passivo ou FNP. (aulas mistas) Volta à calma: Relaxamento músculo-articular, consciência do corpo. Circuit-Training Circuit-Training é um método polivalente adequado a realizar tanto a preparação cardiopulmonar como a neuromuscular. É, por isto, largamente empregado no treinamento desportivo pela economia de tempo que propicia. Origem: O CT foi criado em 1953 por R.E. Morgan e G.T. Adamson, na Universidade de Leeds, na Inglaterra, para permitir o treino em recinto fechado durante o inverno. Originalmente era realizado de duas formas: • Circuito de tempo fixo: no qual o atleta perfazia o número de exercícios possíveis dentro de um tempo pré-determinado em cada estação. • Circuito de carga fixa: o atleta faz o circuito realizando um número standart de repetições em cada estação. Para a Olimpíada de Barcelona, diversas equipes (EUA, Alemanha, Itália, Inglaterra e Espanha) de algumas modalidades, realizaram uma modernização no CT, que se pode considerar como o terceiro tipo. • Circuito de carga individualizada: totalmente ajustado à individualidade biológica do atleta e ao valor do volume e da intensidade da curva do treinamento e do microciclo. Circuit-Training Finalidade: Condicionamento cardiopulmonar e neuromuscular de atletas que necessitem resistência aeróbica ou anaeróbica, RML, força explosiva, flexibilidade ou velocidade. Por seu caráter geral, não desenvolve nenhuma qualidade (talvez com exceção da RML) em seu grau máximo. É, portanto, um método complementar dos demais. Circuit-Training Circuit-Training Peculiaridades: O fator especificador do circuito será a qualidade física visada e o desporto considerado. Consiste numa série de exercícios (estações) dispostos seqüencialmente e realizados sucessivamente sem interrupção (não há intervalos).Visando preservar o surgimento precoce da fadiga, deve-se alterar as intensidades e os grupos musculares trabalhados, de uma estação para outra, tendo cuidado de escolher exercícios de fácil execução. Embora o circuito seja o mesmo para cada modalidade, ele deve ser calibrado em termos de intensidade e volume. Circuit-Training Desvantagens: Por não ser um trabalho específico, não permite que as qualidades físicas trabalhadas atinjam o nível que conseguiram com treinamento especializado (p.ex. resistência aeróbica – métodos contínuos; resistência anaeróbica – métodos intervalados; flexibilidade – flexionamento pelos métodos 3S; Tc). Se houver tempo disponível, o método utilizado no treinamento das qualidades físicas principais do desporto deverá ser o mais especializado possível. O CT de tempo fixo e o de carga fixa serão utilizados, para o treino de atletas jovens ou iniciantes. No treinamento de atletas de alto nível só se pode utilizar o circuito de carga individualizada e mesmo assim para as qualidades físicas secundárias, e como coadjuvante da preparação técnica ou quando a exigüidade de tempo assim o exigir. Vantagens: Grande economia de tempo de treinamento; Permite o treinamento mesmo com condições climáticas desfavoráveis; Possibilita o treinamento individualizado de um grande número de atletas ao mesmo tempo; Resultados a curto prazo; Facilita ao treinador a organização aplicação e controle do treinamento; Pela variedade de estímulos e pela componente competitiva é um trabalho altamente motivador; Permite um completo controle fisiológico; Facilita a aplicação da sobrecarga. Circuit-Training Volume: O CT constituir-se-á de seis a quinze exercícios (estações) por circuito, podendo ser feitas nele de uma a três voltas. O circuito deverá ser realizado três vezes por semana. O CT anaeróbico tenderá a ser realizado em uma volta, ao passo que o aeróbico tenderá para três voltas. O número de repetições em cada estação dependerá da qualidade física visada. Para finalizar os parâmetros quantitativos de volume convém ressaltar que o CT poderá ser realizado de três a seis vezes por semana. Circuit-Training Intensidade: Baseando-se na intensidade exigida pela qualidade física visada, ter-se-á a intensidade do circuito. Nas estações em que se visa a força explosiva deve-se enfatizar a velocidade de execução, ao passo que nas de RML o alvo deve ser um grande número de repetições. Para se assegurar a homogeneidade do trabalho não se deve dar intervalo entre as voltas. O principal fator de interesse na intensidade é caracterizar o circuito que se vai executar e que poderá ser: Circuito aeróbico: Tende para as três voltas (2 ou 3); Prioriza exercícios de RML; Há maior homogeneidade na intensidade das estações, procurando manter a FC do atleta na zona alvo. Circuito anaeróbico: Tende para uma volta (1 ou e); Prioriza exercícios de força; Grande alternância de intensidades. Circuit-Training Montagem da sessão: 1º Passo – escolha dos exercícios Os exercícios serão escolhidos em função dos grupos musculares que serão solicitados durante a prova qual se está treinando e da intensidade do esforço necessária à sua execução. Visando a motivação do atleta, e no auxílio à preparação técnica, deve-se incluir no circuito de três a cinco exercícios característicos da modalidade desportiva. Nos desportos que exijam força explosiva dos membros é recomendável se incluir exercícios pliométricos (excêntricos e concêntricos). 2º Passo – Montagem do circuito Uma vez escolhidos os exercícios, esses serão dispostos seqüencialmente, de forma a permitir uma alternância de intensidade e da região anatômica considerada. Após a reunião do material necessário e a montagem física do circuito, deve-se testá-lo visando observar: Propriedade da distribuição das estações; Adequabilidade do material empregado; Distância entre as estações; Exequibilidade de exceção. 3º Passo – determinação da intensidade das estações Neste passo é que se individualizará o circuito, realizando o teste de carga máxima. Este teste abrangerá as estações que se disponham de equipamentos com pesos fracionados ou não. No primeiro caso as estações que consistam na realização de exercícios com pesos adicionais fracionados (barras e anilhas, halteres ou máquinas de força), se realiza o teste de peso máximo de 1 RM (repetição máxima), que consiste em determinar o máximo peso com qual o atleta consegue realizar uma contração isotônica concêntrica em toda a amplitude do movimento. Em seguida verificar-se, para cada estação, a qual a qualidade física que deseja trabalhar e a faixa de intensidade compatível com a qualidade. Da curva do treinamento e do microciclo, verifica-se a intensidade prevista para o treino. Deve-se dar um intervalo de 1 minuto entre os teste realizados em duas estações sucessivas, para permitir uma recuperação parcial, sem no entanto, comprometer o caráter seqüencial do método. Por este motivo, o teste de carga máxima deve ser todo realizado ao longo de uma mesma sessão de treinamento. Uma vez realizado o TPM 1 RM e aplicado o percentual correspondente para se chegar à carga de trabalho ter-se-á todas as estações do circuito como sendo de carga fixa. Elas são, agora, classificadas em fracas, médias e fortes, conforme a qualidade física que visem e o tipo de exercício que utilizem. 4º Passo – Determinação do número de repetições por estação Conforme o nível de intensidade de cada estação o atleta será submetido agora ao TRM. Partir deste resultado e considerando o volume da sessão será calculado o numero de repetições por estação. Se o número de repetições ficar fora dos limites estabelecidos para cada qualidade física, deve-se aumentar ou diminuir o peso utilizado e realizar novo teste de repetições máximas. 5º Passo – Calibragem do circuito Após o circuito estar ajustado para o atleta, este necessita se adaptar ao circuito, e isto deverá ser feito em cinco sessões de adaptação. 1ª sessão – realização de 1 volta completa sem intervalo no circuito, visando a familiarização com o mesmo. 2ª sessão – verificação do tempo mínimo (TM) para execução de uma volta no circuito. 3ª sessão – duas voltas no circuito para adaptação. 4ª sessão – três voltas no circuito para adaptação. 5ª sessão – determinação do tempo inicial (TI) (menor tempo que o atleta leva para completar o circuito). Claro que, se o circuito possuir somente duas ou três voltas, as sessões 3ª e 4ª serão suprimidas. 6º Passo – Determinação do tempo objetivo (TO) Uma vez determinado o tempo inicial deve-se determinar o tempo objetivo. O tempo objetivo (TO) será determinado em função do tempo mínimo (TM). Aplicação de sobrecarga Ao atingir o tempo objetivo o atleta deve ser submetido a um aumento da carga, que deve ser realizado tanto sobre a intensidade, (peso dos implementos, altura das barreiras, inclinação da prancha de abdominal) como sobre o volume (número de repetições em cada estação). Para não se perder de vista a qualidade física a ser alcançada, deve-se realizar a aplicação dos novos percentuais de volume e intensidade previstos. Após cerca de 20 sessões (aproximadamente dois meses) observar-se-ão os primeiros resultados. Controle Fisiológico O atleta, antes de iniciar o circuito, deverá estar com uma FC de aquecimento. Após o término do mesmo não deverá ultrapassar a FCmáx. Tomando-se a FC aos 60 seg. após o término, e aos 5 min., verificar-se-á a queda deste parâmetro. Se após 7 min. a FC não houver ainda retornado aos níveis anteriores, pode ser indicativo deum estado de strain se delineando. Métodos de Treinamento em Ginástica Objetivos Gerais Objetivos Específicos Estratégias de Trabalho ESTRATÉGIAS ESPECÍFICAS: a) Método Dinâmico (isotônico) b) Método Estático (isométrico) c) Método Dinâmico-Estático (isotônico-isométrico ou misto) ORGANIZAÇÃO DAS SÉRIES DE EXERCÍCIOS: ORDEM DE COLOCAÇÃO DOS EXERCÍCIOS; FORMA DE EXECUÇÃO DOS EXRCÍCIOS; TIPO DE SÉRIE; NÚMERO DE REPETIÇÕES; SOBRECARGA (PESO) UTILIZADA. ORGANIZAÇÃO DAS SÉRIES DE EXERCÍCIOS: ORDEM DE COLOCAÇÃO DOS EXERCÍCIOS: A) ALTERNADA POR SEGMENTO; B) LOCALIZADA POR SEGMENTO OU BOMBEADA; C) COMBINADA; D) PRIORITÁRIA; E) MISTA. ORGANIZAÇÃO DAS SÉRIES DE EXERCÍCIOS: FORMA DE EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS: A) TRABALHO POSITIVO-NEGATIVO (PN): Consiste em executarmos as fases concêntrica e excêntrica em toda a sua trajetória. B) TRABALHO POSITIVO-NEGATIVO PARCIAIS (PN-P): Consiste em executarmos parcialmente as contrações concêntrica e excêntrica, ficando o movimento com percurso reduzido. C) TRABALHO POSITIVO- NEGATIVO ACENTUADO (PN-A): consiste em realizarmos as contrações concêntricas suportando um peso que será aumentado na fase excêntrica. ORGANIZAÇÃO DAS SÉRIES DE EXERCÍCIOS: QUANTO AO TIPO DE SÉRIE: A) ESTÁVEL: - FIXA - FLEXÍVEL B) EM SEQÜÊNCIA OU POR ENCAIXE C) EM CIRCUITO ORGANIZAÇÃO DAS SÉRIES DE EXERCÍCIOS: QUANTO AO NÚMERO DE REPETIÇÕES: A) ESTÁVEL; B) CRESCENTE OU PROGRESSIVA; C) DECRESCENTE OU REGRESSIVA; D) CRESCENTE-DECRESCENTE OU PROGRESSIVA-REGRESSIVA. ORGANIZAÇÃO DAS SÉRIES DE EXERCÍCIOS: QUANTO À SOBRECARGA UTILIZADA: A) ESTÁVEL; B) CRESCENTE OU PROGRESSIVA; C) DECRESCENTE OU REGRESSIVA; D) CRESCENTE-DECRESCENTE OU PROGRESSIVA-REGRESSIVA. TÉCNICAS ALTERNATIVAS DE RELAXAMENTO RELAXAMENTO YOGA TAI CHI CHUAN Profª: Patricia do Amaral RELAXAMENTO Conceito: Relaxamento x Estresse - É o ato de buscar o equilíbrio orgânico através da diminuição das tensões físicas e emocionais. Relaxação x Contração - É o estado muscular que se opõe à contração e que é obtido através do relaxamento. RELAXAMENTO Tipos de Relaxamento: a) Passivos ou Estáticos b) Ativos ou Dinâmicos Linhas e Técnicas: Levam o indivíduo a um estado de tranqüilidade e a diminuição da contração muscular. As semelhanças são em maior número do que as diferenças. RELAXAMENTO A) Relaxamentos Ativos - Antiginástica - Eutonia - Bioenergética - Yoga - Tai Chi Chuan - Pilates (Contrologia) - Biodança - Moshe Feldenkrais - Relaxamento Dinâmico (Kempo) RELAXAMENTO Relaxamento no Movimento Humano O relaxamento em relação ao movimento humano e às possibilidades de movimentação do homem se apresenta como um grande processo, no qual a detecção da tensão no corpo simboliza o primeiro passo. A partir daí, o exercício permanente da atenção corporal associado às informações que se vai recebendo e e vivenciando, se incumbem dos passos seguintes. CONSCIÊNCI A RELAXAÇÃO RELAXAMENTO B) Relaxamentos Passivos - Relaxamento Progressivo - Treinamento Antôgeno RELAXAMENTO Relaxamento como parte de Aula Descontração Preparatória Aquecimento Parte Principal Relaxamento Recursos do Relaxamento Intrínsecos: estão na própria fisiologia humana Extrínsecos: técnicas externas RELAXAMENTO Relações do relaxamento com: Respiração Concentração Alongamento Flexionamento Postura Consciência corporal R E L A X A M E N T O YOGA Yoga é uma antiga filosofia de vida que se originou na Índia há mais de 5000 anos. Não obstante, ele figura ainda hoje em todo o mundo como o mais antigo e holístico sistema para colocar em forma o corpo e a mente. Literalmente, Yoga significa união pois ele une e integra o corpo, a mente e nossas emoções para que sejamos capazes de agir de acordo com nossos pensamentos e com o que sentimos. O Yoga nos induz a um profundo relaxamento, tranqüilidade mental, concentração, clareza de pensamento e percepção interior juntamente com o fortalecimento do corpo físico e o desenvolvimento da flexibilidade. YOGA Existem várias modalidades de Yoga, cada uma enfocando um aspecto mais do que outro. As técnicas mais utilizadas são: Ásanas: os exercícios físicos que fortalecem o corpo, aumentam sua agilidade e previnem contra várias doenças, principalmente as psicossomáticas. Diferente de outros métodos, os exercícios são feitos respeitando o alinhamento das cadeias musculares e com total consciência do corpo. Assim, não há risco de distensões ou lesões. Além disso, os ásanas desbloqueiam áreas tensas que impedem o fluxo da energia vital. Em última análise, as doenças surgem quando esse fluxo não é adequado. Pránáyáma: são os exercícios respiratórios. No início, eles vão reeducar os músculos envolvidos na respiração ampliando-a e melhorando a absorção do oxigênio. Depois, eles atuam em nossas emoções auxiliando-nos a lidar melhor com elas e produzindo um estado de equilíbrio interior. Os pránáyámas também agem diretamente sobre nossa energia, aumentando-a e melhorando sua distribuição pelo corpo. YOGA As técnicas mais utilizadas: Yoganidra: aqui, aprendemos a descontrair conscientemente cada músculo e cada parte do nosso corpo. Depois, nos imaginamos envolvidos por uma cor específica ou passeamos mentalmente por praias paradisíacas, belas montanhas, campos floridos, etc. Tudo isso para que possamos sair da agitação do cotidiano e perceber outras formas de viver com mais tranqüilidade. A serenidade advinda desses momentos é deliciosa e permanece por vários dias. Meditação: meditar é sentar-se quieto e observar a si mesmo. Estamos sempre preocupados em conhecer tudo aquilo que está ao nosso redor mas nos empenhamos muito pouco em descobrir o que acontece dentro de nós: como lidamos com os fatos da vida, como pensamos, como sentimos, quais nossas verdadeiras aspirações. A meditação nos oferece a possibilidade de nos conhecermos mais profundamente. YOGA Quais os Efeitos do Yoga? O Yoga atua em todos os níveis do nosso ser: físico, mental e emocional. Mas o que torna o Yoga único é o fato dele não apenas alongar todas as partes do corpo, mas também massagear os órgãos internos e as glândulas. Ele coordena o sistema respiratório com o corpo físico, relaxa os músculos e a mente, estimula a circulação e aumenta a provisão de oxigênio em todos os tecidos. As costas, peito, sistema digestivo e pulmões são os mais beneficiados pelos exercícios e o resultado é que o processo de enrijecimento devido à inatividade, o cansaço, a postura incorreta e o envelhecimento são revertidos. A prática regular do Yoga garante uma qualidade de vida muito melhor, livre dos efeitos nocivos da correria e da tensão do cotidiano. EXRCÍCIOS DE HATHA-YOGA HATHA-YOGA: Hatha quer dizer Domínio. Os mais dispostos fisicamente sentirão atração pela Hatha Yoga, que utiliza o domínio externo e interno do corpo físico como ponto de partida. LIMPAR AS VIDRAÇAS PARA QUE A LUZ PENETRE. Tecnicamente é um sistema de técnicas psicossomáticas que servem de instrumento para transformar o corpo físico num corpo divino. Quatro elementos do Hatha-Yoga: 1-Ásanas (posições corporais); 2-Pránáyáma (Técnicas de Respiração); 3-Relaxamento Corporal; 4-Atitude Mental. Os Ásanas são feitos de maneira suave, lento e uniforme, sem esforço físico, a postura serve para movimentar, canalizar as energias e não gastá-las. Y O G A TAI CHI CHUAN O que é o Tai Chi Chuan? O Tai Chi Chuan é um sistema de prática corporal formulado com a experiência