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Prática Simulada Cível 
Execução e Ação Monitória
Caso Concreto
José Guilherme de Bem Gouvêa ajuizou Ação Condenatória em face de Gol Linhas Aéreas, exigindo o pagamento 
de R$ 3.000,00 a título de danos materiais por conta de bagagem extraviada, bem como R$ 5.000,00 a título de 
danos extrapatrimoniais, motivados pelo atraso de mais de 12 horas em uma conexão.
O Autor requereu, no que diz respeito aos danos materiais, a incidência de juros da citação válida e a correção 
monetária a partir do efetivo prejuízo
Quanto aos danos morais, pugnou pela correção monetária desde o arbitramento (súmula 362 do STJ) e fluência de 
juros desde o evento danoso (súmula 54 do STJ).
O juízo da 5ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis, proferiu a seguinte Sentença:
Diante do exposto, julgo integralmente procedentes os pedidos formulados por José Guilherme de Bem Gouvêa para 
condenar a Ré LATAM Airlines ao pagamento de R$ 5.000,00 reais a título de danos morais, com atualização 
monetária desde o ajuizamento do cumprimento de sentença, nos termos da súmula 362 do Superior Tribunal de 
Justiça.
Execução de Título Extrajudicial
● Previsão Legal: art. 771 e seguintes do Código de Processo Civil
○ Por tratar-se de ação, aplica-se o art. 319 do CPC, no que couber:
■ Art. 319. A petição inicial indicará:
● I - o juízo a que é dirigida;
● II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a 
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no 
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a 
residência do autor e do réu;
● III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
● IV - o pedido com as suas especificações;
● V - o valor da causa;
● VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos 
alegados;
● VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de 
mediação.
Execução de Título Extrajudicial
● Legitimidade - arts. 778 e 779 do CPC
○ Ativa - art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo
■ § 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente 
originário:
● I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
● II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes 
for transmitido o direito resultante do título executivo;
● III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato 
entre vivos;
● IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
○ Passiva - Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
■ I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
■ II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
■ III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do 
título executivo;
■ IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
■ V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;
■ VI - o responsável tributário, assim definido em lei.
Execução de Título Extrajudicial
● Responsabilidade Patrimonial
○ Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições 
estabelecidas em lei.
■ Art. 833. São impenhoráveis:
● I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
● II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado 
valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
● III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
● IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, 
os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do 
devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º ;
● V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao 
exercício da profissão do executado;
● VI - o seguro de vida;
● VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
● VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
● IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou 
assistência social;
● X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
● XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;
● XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à 
execução da obra.
○ § 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela 
contraída para sua aquisição.
Execução de Título Extrajudicial
● Competência: art. 781 do CPC
○ Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo 
competente, observando-se o seguinte:
■ I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição 
constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
■ II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de 
qualquer deles;
■ III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser 
proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
■ IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será 
proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
■ V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em 
que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o 
executado.
Requisitos
● Título Extrajudicial 
○ Características - art. 783 do CPC: A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e 
exigível.
■ Certa
■ Líquida
■ Exigível
○ Espécies de títulos extrajudiciais - art. 784 do CPC: São títulos executivos extrajudiciais:
■ I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
■ II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
■ III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
■ IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos 
advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
■ V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
■ VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
■ VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
■ VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais 
como taxas e despesas de condomínio;
■ IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
■ X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva 
convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
■ XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas 
pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
■ XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
Proposição
● Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
○ I - instruir a petição inicial com:
■ a) o título executivo extrajudicial;
■ b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositurada ação, quando se tratar de 
execução por quantia certa;
■ c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso;
■ d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que lhe 
assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão 
mediante a contraprestação do exequente;
○ II - indicar:
■ a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada;
■ b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no Cadastro 
de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica;
■ c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
○ Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter:
■ I - o índice de correção monetária adotado;
■ II - a taxa de juros aplicada;
■ III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de juros 
utilizados;
■ IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
■ V - a especificação de desconto obrigatório realizado.
Proposição
● Art. 799. Incumbe ainda ao exequente:
○ I - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou fiduciário, quando a penhora 
recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou alienação fiduciária;
○ II - requerer a intimação do titular de usufruto, uso ou habitação, quando a penhora recair sobre bem 
gravado por usufruto, uso ou habitação;
○ III - requerer a intimação do promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em relação ao 
qual haja promessa de compra e venda registrada;
○ IV - requerer a intimação do promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito aquisitivo 
derivado de promessa de compra e venda registrada;
○ V - requerer a intimação do superficiário, enfiteuta ou concessionário, em caso de direito de superfície, 
enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a 
penhora recair sobre imóvel submetido ao regime do direito de superfície, enfiteuse ou concessão;
○ VI - requerer a intimação do proprietário de terreno com regime de direito de superfície, enfiteuse, 
concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora 
recair sobre direitos do superficiário, do enfiteuta ou do concessionário;
○ VII - requerer a intimação da sociedade, no caso de penhora de quota social ou de ação de sociedade 
anônima fechada, para o fim previsto no art. 876, § 7º ;
○ VIII - pleitear, se for o caso, medidas urgentes;
○ IX - proceder à averbação em registro público do ato de propositura da execução e dos atos de constrição 
realizados, para conhecimento de terceiros.
○ X - requerer a intimação do titular da construção-base, bem como, se for o caso, do titular de lajes 
anteriores, quando a penhora recair sobre o direito real de laje; (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
○ XI - requerer a intimação do titular das lajes, quando a penhora recair sobre a construção-base. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art876%C2%A77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art57
Citação do Devedor
● Citação para pagamento em 3 (três) dias:
○ Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, 
contado da citação.
■ § 1º Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a 
avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não 
pagamento no prazo assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do 
executado.
■ § 2º A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se outros 
forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante demonstração de 
que a constrição proposta lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao 
exequente.
○ Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de 
dez por cento, a serem pagos pelo executado.
■ § 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos 
honorários advocatícios será reduzido pela metade.
■ § 2º O valor dos honorários poderá ser elevado até vinte por cento, quando 
rejeitados os embargos à execução, podendo a majoração, caso não opostos os 
embargos, ocorrer ao final do procedimento executivo, levando-se em conta o 
trabalho realizado pelo advogado do exequente.
Arresto e Penhora
● Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á 
tantos bens quantos bastem para garantir a execução.
○ § 1º Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de 
justiça procurará o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo 
suspeita de ocultação, realizará a citação com hora certa, certificando 
pormenorizadamente o ocorrido.
○ § 2º Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma vez 
frustradas a pessoal e a com hora certa.
○ § 3º Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o 
arresto converter-se-á em penhora, independentemente de termo.
● Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o 
pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários 
advocatícios.
● Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera 
impenhoráveis ou inalienáveis.
Ordem da Penhora
● Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
○ I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
○ II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;
○ III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
○ IV - veículos de via terrestre;
○ V - bens imóveis;
○ VI - bens móveis em geral;
○ VII - semoventes;
○ VIII - navios e aeronaves;
○ IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
○ X - percentual do faturamento de empresa devedora;
○ XI - pedras e metais preciosos;
○ XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em 
garantia;
○ XIII - outros direitos.
■ § 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a ordem 
prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto.
■ § 2º Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e o seguro 
garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de 
trinta por cento.
Fraude Contra Credores X Fraude à Execução
● Fraude Contra Credores - Instituto de Direito Material
○ Qualquer ato de disposição patrimonial, anterior ao ajuizamento da Execução, praticado por devedor insolvente ou que, 
em sua decorrência, leve-o à insolvência.]
■ Código Civil - Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o 
devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos 
credores quirografários, como lesivos dos seus direitos
■ Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for 
notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
■ Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de 
estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.
● Fraude à Execução - Instituto de Direito Processual
○ Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
■ I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a 
pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver;
■ II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828 
;
■ III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial 
originário do processo onde foi arguida a fraude;
■ IV - quando, ao tempo da alienaçãoou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à 
insolvência;
■ V - nos demais casos expressos em lei.
● § 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art828
Excelentíssimo Senhor Doutor Juízo de Direito da _____ Vara Cível da Comarca de _______.
Autor (qualificação completa), através de seu advogado (qualificação completa), vem, por meio de seus procuradores, 
com fulcro nos artigos 771 e 824 e seguintes do Código de Processo Civil, ajuizar a presente
AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
Em face do réu (qualificação completa), pelas seguintes razões de fato e de direito a serem expostos a seguir:
 
I) Contexto Fático:
O executado emitiu em favor do exequente - ambos pessoas físicas - nota promissória, decorrente de contrato de mútuo, 
em que se comprometeu a fazer o pagamento do valor de R$ 15.000,00. Naquela ocasião ficou pactuado que o valor 
seria pago em 3 parcelas de R$5.000,00, vencendo a primeira em 01/05/2020 e a última em 01/07/2020.
Ocorre que o executado arcou com o pagamento de apenas uma das parcelas, perfazendo um valor inadimplente de 
R$10.000,00 que, devidamente atualizado e corrigido, atinge o montante de R$ 11.737,38, conforme se verifica no 
demonstrativo de débito que segue em anexo.
O exequente tentou, por diversas formas, receber o débito exequendo do executado, porém sem sucesso, de modo que 
não restou outra alternativa se não o ajuizamento da presente ação.
II ) Título Executivo:
A presente execução obedecendo à diretriz do art. 783 do CPC está fundada em título de obrigação certa, líquida e 
exigível, pois nos termos do art. 784, I, do CPC, a nota promissória que preencha os requisitos legais é título executivo 
extrajudicial.
Diante disso, o documento que instrumentaliza a presente execução é a própria nota promissória, decorrente de contrato 
de mútuo, não havendo mais necessidade de um processo de conhecimento, mas sim, e antes de tudo, simples execução 
da dívida.
Basta à satisfação do credor o cumprimento da obrigação firmada.
Nada mais havendo e estando carreada aos autos a documentação que comprova todo o alegado, requer a procedência 
do que adiante se pede.
 
III) Pedidos e Requerimentos:
a) A citação do réu para, no prazo de 03 (três) dias conforme elenca o artigo 829, do CPC, efetuar o pagamento da dívida, acrescida de juros e correções 
monetária até a data do efetivo pagamento, ou apresentem embargos, sob pena de não o fazendo, ter de imediato tantos bens penhorados quanto bastem 
para a garantia da execução, nos termos do artigo 831, do CPC;
b) Não sendo possível localizar o executado, desde já requer seja determinado ao oficial de justiça nos termos do artigo 830, do CPC o arresto de tantos bens 
quantos bastem para garantir a presente execução;
c) Apresentado embargos ou não a presente ação de execução, requer no mérito, a procedência total dos pedidos para que seja definitivamente:condenar o 
executado a efetuar o pagamento da dívida no valor de R$10.000,00, acrescida de juros e correção monetária;
d) Condenar o réu ao pagamento de todas as custas e despesas processuais, bem como a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios nos 
termos do artigo 85 do CPC;
e) A produção da prova documental, pericial e testemunhal;
f) Informa que não tem interesse na realização de audiência de conciliação;
 
III) Pedidos e Requerimentos:
Dá-se a causa o valor de R$10.000,00.
Nesses termos,
Pede e espera deferimento.
Local, data.
 
__________________________________
 Nome do Advogado
 OAB/Estado e Número
 
Ação Monitória
● Previsão Legal: arts. 700 a 702 do CPC
○ Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em 
prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz.
■ Prova escrita
● § 1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, 
produzida antecipadamente nos termos do art. 381 .
■ Sem eficácia de título executivo
● Exemplos:
○ Contrato não assinado por duas testemunhas.
○ Cheque cuja execução esteja prescrita.
○ Título de crédito que não possua algum dos requisitos (ex: nota 
promissória sem data de emissão)
■ Devedor capaz
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art381
Ação Monitória
● Hipóteses (incisos I a III do art. 700):
○ Pode ser utilizada para exigir:
■ I - o pagamento de quantia em dinheiro;
■ II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
■ III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.
○ § 2º Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso:
■ I - a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo;
■ II - o valor atual da coisa reclamada;
■ III - o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico 
perseguido.
Ação Monitória
● Valor da Causa (§ 3º do art. 700):
○ § 3º O valor da causa deverá corresponder à importância prevista no § 2º, 
incisos I a III:
■ Valor da quantia em dinheiro
■ Valor da coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
■ Valor correspondente à obrigação de fazer ou de não fazer
● Idoneidade da prova documental (§ 5º do art. 700)
○ 5º Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada 
pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, 
adaptando-a ao procedimento comum.
Ação Monitória
● Citação (§ 7º do art. 700):
○ Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para 
o procedimento comum.
■ Art. 246 do CPC: Preferencialmente por meio eletrônico (endereços 
eletrônicos indicados pelo ciando no banco de dados do Poder 
Judiciário)
● Correios
● Oficial de Justiça
● Escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em 
cartório
● Por Edital 
● Comparecimento espontâneo nos autos por meio de advogado com 
procuração específica.
Ação Monitória
● Prazo para Pagamento/Cumprimento da Obrigação ou Oposição de 
Embargos:
○ Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de 
mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de 
obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 
(quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios 
de cinco por cento do valor atribuído à causa.
■ Se cumprir o mandado no prazo, é isento de custas (§1º do art. 701)
Ação Monitória
● Caso não haja pagamento no prazo e nem a oposição de Embargos, a 
monitória constitui-se de pleno direito o título executivo judicial
○ art. 701, § 2º Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, 
independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento 
e não apresentados os embargos previstos no art. 702 , observando-se, no 
que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial [Cumprimento de 
Sentença].
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art702
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#parteespeciallivroitituloii
Caso concreto
José (brasileiro, solteiro, contador, residente e domiciliado em Niterói/RJ), 
buscando sanar uma dívida de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) com João, 
(brasileiro, solteiro, empresário, residente e domiciliado no Rio de Janeiro/RJ) 
emitiu em favor deste, em 10/10/2024, cheque nominal de mesmo valor. Todavia, 
em 09/11/2024, ao buscar a compensação do título, João foi surpreendido com a 
informação de que o emissor não possui fundos, de forma que não poderia ser 
compensado na instituição bancária. Além disso, João tomou conhecimento de 
que José possui veículo automotor, avaliado em R$ 45.000,00 (quarenta e cinco 
mil reais), o qual foi colocado à venda - apenas para pagamento em espécie - 
logo após a emissão do título. Considerando que João não possui qualquer outro 
patrimônio penhorável, proponha a medida judicial cabível para satisfação do 
crédito.

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