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Prática Simulada Cível Execução e Ação Monitória Caso Concreto José Guilherme de Bem Gouvêa ajuizou Ação Condenatória em face de Gol Linhas Aéreas, exigindo o pagamento de R$ 3.000,00 a título de danos materiais por conta de bagagem extraviada, bem como R$ 5.000,00 a título de danos extrapatrimoniais, motivados pelo atraso de mais de 12 horas em uma conexão. O Autor requereu, no que diz respeito aos danos materiais, a incidência de juros da citação válida e a correção monetária a partir do efetivo prejuízo Quanto aos danos morais, pugnou pela correção monetária desde o arbitramento (súmula 362 do STJ) e fluência de juros desde o evento danoso (súmula 54 do STJ). O juízo da 5ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis, proferiu a seguinte Sentença: Diante do exposto, julgo integralmente procedentes os pedidos formulados por José Guilherme de Bem Gouvêa para condenar a Ré LATAM Airlines ao pagamento de R$ 5.000,00 reais a título de danos morais, com atualização monetária desde o ajuizamento do cumprimento de sentença, nos termos da súmula 362 do Superior Tribunal de Justiça. Execução de Título Extrajudicial ● Previsão Legal: art. 771 e seguintes do Código de Processo Civil ○ Por tratar-se de ação, aplica-se o art. 319 do CPC, no que couber: ■ Art. 319. A petição inicial indicará: ● I - o juízo a que é dirigida; ● II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; ● III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; ● IV - o pedido com as suas especificações; ● V - o valor da causa; ● VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; ● VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. Execução de Título Extrajudicial ● Legitimidade - arts. 778 e 779 do CPC ○ Ativa - art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo ■ § 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário: ● I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei; ● II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo; ● III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos; ● IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. ○ Passiva - Art. 779. A execução pode ser promovida contra: ■ I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; ■ II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; ■ III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo; ■ IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial; ■ V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; ■ VI - o responsável tributário, assim definido em lei. Execução de Título Extrajudicial ● Responsabilidade Patrimonial ○ Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. ■ Art. 833. São impenhoráveis: ● I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; ● II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; ● III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; ● IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º ; ● V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; ● VI - o seguro de vida; ● VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; ● VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; ● IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; ● X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos; ● XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei; ● XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. ○ § 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição. Execução de Título Extrajudicial ● Competência: art. 781 do CPC ○ Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte: ■ I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos; ■ II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles; ■ III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente; ■ IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente; ■ V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado. Requisitos ● Título Extrajudicial ○ Características - art. 783 do CPC: A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível. ■ Certa ■ Líquida ■ Exigível ○ Espécies de títulos extrajudiciais - art. 784 do CPC: São títulos executivos extrajudiciais: ■ I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; ■ II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; ■ III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; ■ IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; ■ V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; ■ VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; ■ VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; ■ VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; ■ IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; ■ X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; ■ XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; ■ XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. Proposição ● Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente: ○ I - instruir a petição inicial com: ■ a) o título executivo extrajudicial; ■ b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositurada ação, quando se tratar de execução por quantia certa; ■ c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso; ■ d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do exequente; ○ II - indicar: ■ a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada; ■ b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica; ■ c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível. ○ Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter: ■ I - o índice de correção monetária adotado; ■ II - a taxa de juros aplicada; ■ III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de juros utilizados; ■ IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso; ■ V - a especificação de desconto obrigatório realizado. Proposição ● Art. 799. Incumbe ainda ao exequente: ○ I - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou fiduciário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou alienação fiduciária; ○ II - requerer a intimação do titular de usufruto, uso ou habitação, quando a penhora recair sobre bem gravado por usufruto, uso ou habitação; ○ III - requerer a intimação do promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em relação ao qual haja promessa de compra e venda registrada; ○ IV - requerer a intimação do promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito aquisitivo derivado de promessa de compra e venda registrada; ○ V - requerer a intimação do superficiário, enfiteuta ou concessionário, em caso de direito de superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre imóvel submetido ao regime do direito de superfície, enfiteuse ou concessão; ○ VI - requerer a intimação do proprietário de terreno com regime de direito de superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre direitos do superficiário, do enfiteuta ou do concessionário; ○ VII - requerer a intimação da sociedade, no caso de penhora de quota social ou de ação de sociedade anônima fechada, para o fim previsto no art. 876, § 7º ; ○ VIII - pleitear, se for o caso, medidas urgentes; ○ IX - proceder à averbação em registro público do ato de propositura da execução e dos atos de constrição realizados, para conhecimento de terceiros. ○ X - requerer a intimação do titular da construção-base, bem como, se for o caso, do titular de lajes anteriores, quando a penhora recair sobre o direito real de laje; (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) ○ XI - requerer a intimação do titular das lajes, quando a penhora recair sobre a construção-base. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art876%C2%A77 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art57 Citação do Devedor ● Citação para pagamento em 3 (três) dias: ○ Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da citação. ■ § 1º Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do executado. ■ § 2º A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante demonstração de que a constrição proposta lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente. ○ Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado. ■ § 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade. ■ § 2º O valor dos honorários poderá ser elevado até vinte por cento, quando rejeitados os embargos à execução, podendo a majoração, caso não opostos os embargos, ocorrer ao final do procedimento executivo, levando-se em conta o trabalho realizado pelo advogado do exequente. Arresto e Penhora ● Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução. ○ § 1º Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará a citação com hora certa, certificando pormenorizadamente o ocorrido. ○ § 2º Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma vez frustradas a pessoal e a com hora certa. ○ § 3º Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o arresto converter-se-á em penhora, independentemente de termo. ● Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios. ● Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis. Ordem da Penhora ● Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: ○ I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; ○ II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado; ○ III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; ○ IV - veículos de via terrestre; ○ V - bens imóveis; ○ VI - bens móveis em geral; ○ VII - semoventes; ○ VIII - navios e aeronaves; ○ IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias; ○ X - percentual do faturamento de empresa devedora; ○ XI - pedras e metais preciosos; ○ XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia; ○ XIII - outros direitos. ■ § 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto. ■ § 2º Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento. Fraude Contra Credores X Fraude à Execução ● Fraude Contra Credores - Instituto de Direito Material ○ Qualquer ato de disposição patrimonial, anterior ao ajuizamento da Execução, praticado por devedor insolvente ou que, em sua decorrência, leve-o à insolvência.] ■ Código Civil - Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos ■ Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. ■ Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família. ● Fraude à Execução - Instituto de Direito Processual ○ Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: ■ I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver; ■ II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828 ; ■ III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude; ■ IV - quando, ao tempo da alienaçãoou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência; ■ V - nos demais casos expressos em lei. ● § 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art828 Excelentíssimo Senhor Doutor Juízo de Direito da _____ Vara Cível da Comarca de _______. Autor (qualificação completa), através de seu advogado (qualificação completa), vem, por meio de seus procuradores, com fulcro nos artigos 771 e 824 e seguintes do Código de Processo Civil, ajuizar a presente AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL Em face do réu (qualificação completa), pelas seguintes razões de fato e de direito a serem expostos a seguir: I) Contexto Fático: O executado emitiu em favor do exequente - ambos pessoas físicas - nota promissória, decorrente de contrato de mútuo, em que se comprometeu a fazer o pagamento do valor de R$ 15.000,00. Naquela ocasião ficou pactuado que o valor seria pago em 3 parcelas de R$5.000,00, vencendo a primeira em 01/05/2020 e a última em 01/07/2020. Ocorre que o executado arcou com o pagamento de apenas uma das parcelas, perfazendo um valor inadimplente de R$10.000,00 que, devidamente atualizado e corrigido, atinge o montante de R$ 11.737,38, conforme se verifica no demonstrativo de débito que segue em anexo. O exequente tentou, por diversas formas, receber o débito exequendo do executado, porém sem sucesso, de modo que não restou outra alternativa se não o ajuizamento da presente ação. II ) Título Executivo: A presente execução obedecendo à diretriz do art. 783 do CPC está fundada em título de obrigação certa, líquida e exigível, pois nos termos do art. 784, I, do CPC, a nota promissória que preencha os requisitos legais é título executivo extrajudicial. Diante disso, o documento que instrumentaliza a presente execução é a própria nota promissória, decorrente de contrato de mútuo, não havendo mais necessidade de um processo de conhecimento, mas sim, e antes de tudo, simples execução da dívida. Basta à satisfação do credor o cumprimento da obrigação firmada. Nada mais havendo e estando carreada aos autos a documentação que comprova todo o alegado, requer a procedência do que adiante se pede. III) Pedidos e Requerimentos: a) A citação do réu para, no prazo de 03 (três) dias conforme elenca o artigo 829, do CPC, efetuar o pagamento da dívida, acrescida de juros e correções monetária até a data do efetivo pagamento, ou apresentem embargos, sob pena de não o fazendo, ter de imediato tantos bens penhorados quanto bastem para a garantia da execução, nos termos do artigo 831, do CPC; b) Não sendo possível localizar o executado, desde já requer seja determinado ao oficial de justiça nos termos do artigo 830, do CPC o arresto de tantos bens quantos bastem para garantir a presente execução; c) Apresentado embargos ou não a presente ação de execução, requer no mérito, a procedência total dos pedidos para que seja definitivamente:condenar o executado a efetuar o pagamento da dívida no valor de R$10.000,00, acrescida de juros e correção monetária; d) Condenar o réu ao pagamento de todas as custas e despesas processuais, bem como a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios nos termos do artigo 85 do CPC; e) A produção da prova documental, pericial e testemunhal; f) Informa que não tem interesse na realização de audiência de conciliação; III) Pedidos e Requerimentos: Dá-se a causa o valor de R$10.000,00. Nesses termos, Pede e espera deferimento. Local, data. __________________________________ Nome do Advogado OAB/Estado e Número Ação Monitória ● Previsão Legal: arts. 700 a 702 do CPC ○ Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz. ■ Prova escrita ● § 1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos termos do art. 381 . ■ Sem eficácia de título executivo ● Exemplos: ○ Contrato não assinado por duas testemunhas. ○ Cheque cuja execução esteja prescrita. ○ Título de crédito que não possua algum dos requisitos (ex: nota promissória sem data de emissão) ■ Devedor capaz https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art381 Ação Monitória ● Hipóteses (incisos I a III do art. 700): ○ Pode ser utilizada para exigir: ■ I - o pagamento de quantia em dinheiro; ■ II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; ■ III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. ○ § 2º Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso: ■ I - a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo; ■ II - o valor atual da coisa reclamada; ■ III - o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido. Ação Monitória ● Valor da Causa (§ 3º do art. 700): ○ § 3º O valor da causa deverá corresponder à importância prevista no § 2º, incisos I a III: ■ Valor da quantia em dinheiro ■ Valor da coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; ■ Valor correspondente à obrigação de fazer ou de não fazer ● Idoneidade da prova documental (§ 5º do art. 700) ○ 5º Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento comum. Ação Monitória ● Citação (§ 7º do art. 700): ○ Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o procedimento comum. ■ Art. 246 do CPC: Preferencialmente por meio eletrônico (endereços eletrônicos indicados pelo ciando no banco de dados do Poder Judiciário) ● Correios ● Oficial de Justiça ● Escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório ● Por Edital ● Comparecimento espontâneo nos autos por meio de advogado com procuração específica. Ação Monitória ● Prazo para Pagamento/Cumprimento da Obrigação ou Oposição de Embargos: ○ Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa. ■ Se cumprir o mandado no prazo, é isento de custas (§1º do art. 701) Ação Monitória ● Caso não haja pagamento no prazo e nem a oposição de Embargos, a monitória constitui-se de pleno direito o título executivo judicial ○ art. 701, § 2º Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702 , observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial [Cumprimento de Sentença]. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art702 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#parteespeciallivroitituloii Caso concreto José (brasileiro, solteiro, contador, residente e domiciliado em Niterói/RJ), buscando sanar uma dívida de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) com João, (brasileiro, solteiro, empresário, residente e domiciliado no Rio de Janeiro/RJ) emitiu em favor deste, em 10/10/2024, cheque nominal de mesmo valor. Todavia, em 09/11/2024, ao buscar a compensação do título, João foi surpreendido com a informação de que o emissor não possui fundos, de forma que não poderia ser compensado na instituição bancária. Além disso, João tomou conhecimento de que José possui veículo automotor, avaliado em R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), o qual foi colocado à venda - apenas para pagamento em espécie - logo após a emissão do título. Considerando que João não possui qualquer outro patrimônio penhorável, proponha a medida judicial cabível para satisfação do crédito.