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Processo de Digestão dos Animais

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21/05/2013
1
DIGESTÃO
É importante conhecer os principais 
componentes do aparelho digestivo dos 
animais e ter uma noção de suas funções 
para entender o processo digestivo dos 
alimentos.
DIGESTÃO:
É um conjunto de processos físico-químicos e
biológicos que são submetidos os alimentos no
interior do trato gastrintestinal (TGI) em que os
compostos complexos, (ex.: proteína) são
transformados em compostos simples como
aminoácidos para que possam ser absorvidos.
No caso das aves, o aparelho digestivo é específico e
está constituído por:
-Bico
-Boca
-Esôfago
-Inglúvio ou Papo
-Próventrículo ou estômago glandular
-Moela ou estômago muscular
-Intestino Delgado
-Intestino Grosso
-Órgãos anexos
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Dependendo da constituição do aparelho digestivo do animal, 
têm-se:
1) TGI simples representado pelo:
-Homem: onívoro - que come de tudo.Também chamado de
polífago
-Macaco: onívoro
-Suíno:onívoro
-Cachorro: carnívoro - que se alimenta de carne. (cães, gatos,
ursos, focas)
2) TGI simples com ceco funcional, representado pelo
-Cavalo: herbívoro
-Coelho: herbívoro
-Cobaia: herbívoro
-Rato: onívoro
3) TGI composto representado pelos ruminantes:
-Bovino
-Ovino
-Caprino
-Bubalino
4) TGI específico das aves representado pelos onívoros:
-Frangos
-Pato
-Ganso
-Peru
Cada espécie animal apresenta capacidade digestiva 
própria
Animal Parte do tubo 
digestivo
Capacidade 
Relativa (%)
Capacidade 
Absoluta (litros)
Cavalo
Estômago 8,5 17,96
Intestino Delgado 30,2 63,82
Ceco 15,9 33,54
Grande Colo 38,4 81,25
Pequeno Colo 7,0 14,77
Total 100,0 211,34
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3
Animal Parte do tubo digestivo Capacidade 
Relativa (%)
Capacidade 
Absoluta 
(litros)
Boi
Estômago (poligástico) 70,8 252,5
Intestino Delgado 18,5 66,0
Ceco 2,8 9,9
Colo e Reto 7,9 28,0
Total 100,0 356,4
Animal Parte do tubo digestivo Capacidade 
Relativa (%)
Capacidade 
Absoluta 
(litros)
Ovelha e 
Cabra
Estômago(poligástrico) 66,9 29,6
Intestino Delgado 20,4 9,0
Ceco 2,3 1,0
Colo e Reto 10,4 4,6
Total 100,0 44,2
Animal Parte do tubo digestivo Capacidade 
Relativa (%)
Capacidade 
Absoluta 
(litros)
Porco
Estômago (monogástrico) 34,3 8,0
Intestino Delgado 39,4 9,2
Ceco 6,6 1,5
Colo e Reto 19,7 4,6
Total 100,0 23,3
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4
Aves
Inglúvio 52,72 126 gramas
Moela 5,86 14 gramas
Intestinos 41,42 99 gramas
Total 100,0 239 gramas
Animal Parte do tubo digestivo Capacidade 
Relativa (%)
Capacidade 
Absoluta (litros)
Nos monogástricos os alimentos sofrem basicamente uma
digestão química.
Nos ruminantes inicialmente os alimentos passam por um
processo fermentativo que determina grandes diferenças
na forma de utilização dos alimentos entre estas espécies e
os monogástricos.
Assim, inicialmente serão descritos os aspectos dos
processos digestivos comuns para todas as espécies e
posteriormente as características da digestão dos
ruminantes e monogástricos.
BOCA
As funções da boca e estruturas associadas como lábios, 
língua e dentes servem para a ingestão de água, apreensão 
dos alimentos, mastigação, insalivação, formação do bolo 
alimentar e deglutição com algumas particularidades entre 
as diferentes espécies.
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Nos bovinos a apreensão é feita com o auxílio da língua e o
corte do alimento, quando feito, é executado pelos dentes
incisivos inferiores com o auxílio da cabeça.
Os eqüinos captam a forragem com os lábios e cortam com
os incisivos mediante movimentação lateral da cabeça.
Nas aves a apreensão do alimento é feita com o auxilio do
bico e o alimento é ingerido e deglutido por movimentos
bruscos da cabeça, auxiliada pela força da gravidade.
A apreensão dos alimentos é influenciada pela visão e
sensações tácteis do bico. Nas aves a gustação é pouco
desenvolvida e o olfato é rudimentar.
Nos suínos são utilizadas a língua e os lábios.
Na boca existem glândulas salivares que produzem a saliva que 
apresenta as seguintes funções:
a) facilitar a mastigação e a deglutição
b) ação lubrificante devido a mucina, secretada pelas células
mucóides com a função de proteger o epitélio da parede
gástrica pois absorve pepsina e neutraliza o ácido clorídrico.
c) serve como solvente de moléculas
d) tem atividade antibacteriana ( pH em torno de 8,0)
e) fonte de nutrientes para o organismo do rúmen através do
fornecimento de Na, K e N.
f) poder tampão
g) diminui a tensão superficial evitando a formação de espuma no
rúmen, com propriedades antitimpânicas.
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A deglutição inicia de maneira voluntária e termina de 
maneira reflexa, levando o alimento da Boca ao 
Estômago através do ESÔFAGO
No ESTÔMAGO E ABOMASO os alimentos sofrem a digestão 
gástrica. 
Aí é secretado o suco gástrico que é constituído por:
a)Ácido clorídrico (HCl): responsável pela ativação da pepsina
(enzima proteolítica) que é secretada na forma de pepsinogênio
e pela solubilização de minerais, os quais são ionizados para a
futura absorção no intestino delgado além de ser responsável
pela secreção da secretina que é responsável pela secreção do
suco pancreático.
b) Mucina: função é proteger o epitélio uma vez que absorve a
pepsina e neutraliza o HCl evitando a ação destes elementos
sobre o epitélio da parede gástrica
c) Pepsina: responsável pela degradação das proteínas à
polipeptídeos (peptonas e proteoses) cujo pH ótimo de ação
situa-se entre 1,5 a 2,5.
Nas aves
a) Inglúvio ou papo: tem a função de reservatório para umedecer e
macerar os alimentos antes da passagem para o próventriculo. O
papo tem glândulas mucosas mas não produzem nenhuma enzima
digestiva.
No pombo o epitélio do inglúvio se prolifera durante o período de 
reprodução e forma o “leite de pombo que ira nutrir os filhotes (rico 
em proteína e gordura). O estimulo para secreção deste leite é a 
prolactina.
b) Estômago químico ou proventrículo: sua função é secretar suco
gástrico. A digestão neste órgão é pequena pelo tamanho reduzido
do órgão e tempo de permanência. Apenas se embebem no seu suco
que exercerá ação no intestino delgado.
c) Estômago muscular ou moela: Sua função é mecânica, triturando os
alimentos vindos do papo. Possui um pH entre 4,5 a 5 de natureza
relativamente seca. Permite a ação digestiva dos sucos secretados
no estômago glandular.
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Como as aves não possuem dentes a trituração dos 
alimentos inteiros é processada na moela através de 
contrações e expansões rítmicas que duram de 20 a 30 
minutos . 
A presença de pedriscos na moela auxiliam a trituração dos 
alimentos e provocam uma utilização mais adequada. 
A moela não requer pedriscos para a sua ação de moer 
embora se imagine que as pedrinhas ajudem a elevar a 
digestibilidade de alguns grãos. A extirpação da moela não 
causa a morte do animal.
Já nos ruminantes o estômago está dividido em quatro 
compartimentos, sendo os três primeiros denominados 
de pré-estômagos ou compartimentos aglandulares e o 
último, de estômago verdadeiro. 
RÚMEN, RETÍCULO E OMASO
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RÚMEN E RETÍCULO: habitados por
bactérias e protozoários que realizam
uma fermentação anaeróbica com a
formação de ácidos graxos e gases.
-Produzem enzimas capazes de hidrolizar
proteínas, lipídios e carboidratos,
inclusive celulose.
-O pH oscila entre 5,5 à 7,0
- A temperatura entre 38 à 42°C com
umidade entre 85 e 90%.
Movimentos do rúmen-retículo apresentam funções de:
a) auxiliar na mistura dos alimentos recém ingeridos com o
conteúdo ruminal existente
b) colaborar na evacuação dos gases
c) auxiliar na regurgitação, a qual ocorre pela contração do
diafragma que exerce pressão negativa fazendo com que
o alimentos volte até a boca e seja minuciosamente
remastigado
d) participar na passagem do alimento para o omaso.
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Highlight21/05/2013
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OMASO: também conhecido por Folhoso ou 60 folhas, tem
a função de promover mais uma mastigação através da
fricção do alimento com as folhas, além de promover o
início da absorção da água.
ABOMASO: também conhecido por coagulador ou coalheira
tem características semelhantes ao estômago dos
animais de trato gastrintestinal simples. (suco gástrico)
INTESTINO DELGADO: a digestão é basicamente enzimática diante de
um pH entre 6,7 à 6,9 no Jejuno e de 7,5 no Íleo. Chegam neste órgão:
a) Suco duodenal: secretado pelas glândulas de Brünner, é um líquido rico
em mucina, com pH entre 8,2 e 9,3. Possui como enzima a enteroquinase
(ativador das proteinases do suco pancreático) e uma amilase.
b) Bilis: que é constituída por água, pigmentos biliares (biliverdina e seu
produto de redução, a bilirrubina), sais biliares, colesterol, lecitina e
mucina. Atua na digestão e absorção através dos sais biliares e da
lecitina que exercem ação emulsificante sobre gorduras.
c) Suco pancreático: que é secretado pelo estímulo nervoso e humoral
(secretina), pelos ácinos pancreáticos, apresentando-se com pH de 7,8 à
8,2. É responsável pela presença de quase todas as enzimas necessárias
para a degradação dos alimentos.
d) Suco intestinal: secretado pelas glândulas de Liberküm, através da ação
exercida pelas substâncias alimentares, constituído por mucina, enzimas
como amilase, maltase, lactase (nos animais jovens) proteases,
protidases, lipase e sacarase.
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INTESTINO DELGADO: onde a maior parte dos
alimentos completa a digestão. Também ocorre a
absorção de carboidratos, lipídios, proteínas, minerais e
vitaminas.
INTESTINO GROSSO
-Apresenta população microbiana variável conforme a espécie
animal.
- Responsável pela degradação dos alimentos que escapam a
digestão e absorção nas porções anteriores do aparelho
digestivo.
-Uma pequena parte dos microorganismos fará a digestão dos
glicídios pois a maioria dos glicídios solúveis são digeridos e
absorvidos a nível de intestino delgado.
-Neste órgão são sintetizadas as vitaminas do complexo B e a K.
-Ocorre absorção de água e possivelmente de sais minerais.
-Nas aves os cécuns tem a função de digestão bacteriana,
semelhante ao do equino e coelho.
ÓRGÃOS ANEXOS
são estruturas que produzem secreções que auxiliam a 
digestão.
FÍGADO: produtor da bile, ligeiramente acido que fica
armazenado na vesícula biliar. O fígado pode armazenar o
glicogênio e pode transformar o produto da degradação
das proteínas em ácido úrico ou uréia.
PÂNCREAS: produz insulina que regula o metabolismo dos
glicídios. É também responsável pela elaboração de algumas
enzimas tais como amilase, tripsina e lipase que atuam na
digestão dos glicídios protídeos e lipídios respectivamente.
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DIGESTÃO NOS RUMINANTES
Os ruminantes caracterizam-se pela presença de
microorganismos no rúmen e no intestino grosso(ceco e
cólon)
São responsáveis em grande parte pela degradação dos
alimentos.
Os microorganismos permitem a utilização da celulose e
outros polissacarídeos das plantas, tais como a
hemicelulose e compostos nitrogenados como a uréia.
Os produtos finais da degradação dos alimentos são os
ácidos graxos voláteis, principalmente o acético, propiônico
e butírico.
Estes ácidos graxos são responsáveis por cerca de 60 a
80% da energia metabolizável absorvida diariamente pelos
ruminantes.
Os microorganismos também sintetizam todas as vitaminas
do complexo B e todos os aminoácidos essenciais.
A digestão é um conjunto de processos físicos, químicos e
biológicos aos quais são submetidos os alimentos no interior
do trato gastro intestinal, em que os mesmos são digeridos
para que possam ser absorvidos.
A digestão envolve fatores:
- mecânicos (mastigação e contrações musculares do TGI);
- fatores químicos (de ácido clorídrico no abomaso),
- fatores enzimáticos (de enzimas secretadas no TGI)
- fatores microbiológicos (de m.o. localizados em distintos
locais do TGI).
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Proporção molar de AGVs conforme relação 
volumoso:concentrado.
O processo digestivo nos ruminantes inicia-se com:
1- Apreensão dos alimentos : Esta é feita através dos
movimentos da língua ou com os lábios, o corte, quando
feito, é executado pelos dentes incisivos inferiores com o
auxílio da cabeça.
2- Ensalivação: Na boca existem glândulas salivares e a
produção de saliva varia sua intensidade conforme o tipo
de alimento. As principais glândulas estão localizadas na
parótida, no maxilar e sublingualmente. A secreção ocorre
mais intensamente durante a ruminação, sendo que um
bovino produz cerca de 50 a 60 litros de saliva por dia,
podendo chegar a 200 litros.
Funções da saliva :
- Facilita a mastigação e a deglutição;
- Adiciona água (umedece) e lubrifica devido a presença de
mucina;
- Fonte de nutrientes para os m.o. ruminais (proteínas -
mucos, nitrogênio - uréia e minerais - P, K e Na);
- Ação tamponante, auxilia na regulação do pH ruminal;
- Diminui a tensão superficial, evitando a formação de
espuma no rúmen;
- Enzimática: lipase, importante para o animal lactante.
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3- Mastigação : A mastigação inicial do alimento ocorre de
forma rápida e com pouca ensalivação, sendo que os alimentos
concentrados são ingeridos mais rápido ainda.
A posterior mastigação dos alimentos é chamada de
ruminação, sendo estimulada pelo teor de fibra:
Quanto maior for a concentração de fibra detergente
neutra(FDN) maior será o tempo de ruminação e maior a
produção de saliva e mais estável o pH ruminal.
O processo de ruminação acontece da seguinte maneira: 
O alimento depois de estar no rúmen e resistir ao ataque inicial
das bactérias e, por isso, não desdobrado em nutrientes
utilizáveis, volta à boca (regurgitado) pela ação dos músculos
das costelas e do diafragma. O líquido do bolo alimentar é então
espremido e novamente engolido, e a massa pastosa restante
sofre nova mastigação, salivação e por fim deglutição.
4- Deglutição: Condução do alimento da boca ao estômago
através do esôfago.
5- Digestão gástrica : ocorre no abomaso e é onde a
digestão ácida é feita através da ação do suco gástrico.
RÚMEN/RETÍCULO
A microbiologia do rúmen é extremamente complexa e 
dependente da dieta do animal hospedeiro. 
.
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As bactérias são classificadas em :
a- Celulolíticas: produzem a enzima extracelular chamada de
celulase responsável pela degradação da celulose até glicose,
b- Hemicelulolíticas: Produzem enzimas capazes de degradar a
hemicelulose e também as pectinas.
c- Amilolíticas: degradação do amido, e estão presentes em dietas
ricas em grãos. A degradação do amido é feita pela enzima amilase.
d- Utilizadoras de açúcares simples: não produzem enzimas,
esperam que os carboidratos sejam reduzidos em açúcares simples
(mono e dissacarídeos, glicose, sacarose e maltose), são
encontradas em dietas ricas em grãos e forragens novas.
e- Utilizadoras de ácidos orgânicos: utilizam os ácidos
produzidos durante a fermentação como o ácido láctico, succínio e
fórmico.
f- Proteolíticas : Muitas bactérias são capazes de degradar a
proteína, contudo existem certas bactérias que utilizam os
aminoácidos como fonte de energia primária. Grande parte da
proteína ingerida é reduzida a cadeias carbonadas e nitrogênio que
servem de substrato para as bactérias sintetizarem novas
proteínas (proteína microbiana).
g- Produtoras de amônia: São bactérias capazes de produzir
amônia através da desaminação de aminoácidos, pela hidrólise da
uréia, etc.
h- Produtoras de metano : capazes de produzir metano (CH4)
através da reação do CO2 com o H2. Estas bactérias são
importantes pela retirada do íon H+, responsável pela acidez
ruminal, contudo representam umaforma de perda de energia.
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i- Lipolíticas: capazes de sintetizar lipases que atuam na hidrólise
de triglicerídeos, fosfolipídeos e galactolipídeos. São também
responsáveis pela hidrogenação de ácidos graxos de cadeia longa
insaturadas.
j- Ureolíticas: atuam na hidrólise da uréia, sendo encontradas
apenas quando este substrato está presente na dieta, necessitam
de um período de adaptação para o seu estabelecimento que varia
de 7 a 21 dias.
k- Sintetizadoras de vitaminas: Sintetizam as vitaminas do
complexo B e vitamina K.
Protozoários 
- população de 1 milhão de células/ml de conteúdo ruminal.
- São anaeróbicos e possuem um tamanho muito superior as
bactérias.
- A classe dos ciliados representam a maior parte dos
protozoários e podem colonizar um grande número de
substratos como:
- Celulose,
- Hemicelulose,
- Pectina,
- Amido,
- Açúcares solúveis
- Lipídeos.
Os protozoários são grandes armazenadores de amido.
O rúmen - grande câmara de fermentação - ambiente favorável 
ao desenvolvimento contínuo da população microbiana. 
a) Temperatura constante mantida entre 30 e 42°C;
b) Ausência de ar, embora possa ocorrer a presença de oxigênio livre
agregado ao alimento ou a água.
c) O pH varia de 5,5 a 7,0 atingindo os valores mais baixos após a
ingestão de alimentos concentrados. A estabilidade do pH é
mantida pela ação tamponante da saliva;
d) O suprimento contínuo de alimentos e líquidos bem como a absorção
e remoção constante dos produtos de fermentação (AGV) fazem
com que se possibilite uma perfeita fermentação ruminal;
e) Pressão osmótica constante devido ao mecanismo de secreção e
absorção de compostos ali existentes;
f) O grau de umidade varia de 85 a 90%, isto é importante pois
facilita a mistura, o transporte e o contato de microorganismos
com o alimento.
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OMASO
O omaso regula a passagem do bolo alimentar do retículo para o
abomaso, só deixando passar as partículas de tamanho pequeno
retendo as maiores para ruminação. Aqui inicia a absorção da água.
ABOMASO, COAGULADOR OU ESTÔMAGO VERDADEIRO
O bolo alimentar sofre a ação do suco gástrico que é secretado pelas
glândulas das paredes deste órgão. Composto principalmente de:
-água,
-sais minerais,
-mucina (protetora dos tecidos da parede),
- HCl que é o ativador da pepsina e estimulador da secretina que é
ativadora do suco pancreático) e quimosina (renina - bezerros).
INTESTINO DELGADO
O quimo, sofre a ação de novas enzimas e substâncias ativas, tais
como as secreções do pâncreas, fígado e glândulas internas
intestinais que estão presentes na porção posterior do intestino
delgado.
-Aminoácidos e peptídeos passam diretamente para a corrente
sangüínea intestinal.
-Os ácidos graxos e outros lipídeos combinam-se quimicamente com
os sais biliares, tornam-se solúveis e são absorvidos pelo sistema
linfático.
-Os sais biliares são reciclados e retornam ao fígado,
-Os ácidos graxos se recombinam quimicamente com o glicerol,
formando gorduras que podem ser armazenadas no tecido adiposo ou
utilizadas como fonte de energia.
INTESTINO GROSSO
-Ocorre apenas absorção de líquidos.
- Os produtos excretados na forma de fezes são
constituídos dos resíduos de alimentos não digeridos, da
descamação do epitélio do aparelho digestivo, de restos
de microorganismos e enzimas digestivas não
recuperadas.
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CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS 
DO APARELHO DIGESTIVO DOS MONOGÁSTRICOS 
(SUÍNOS E AVES)
O aparelho digestivo dos monogástricos visa digerir e 
absorver os nutrientes dos alimentos, eliminando os 
resíduos dos produtos não aproveitados pelo animal, bem 
como restos de descamação do tubo digestivo.
O processo digestivo dos monogástricos inicia-se com:
Apreensão e deglutição dos alimentos :
Nos suínos é feita com movimentos dos lábios auxiliado
pela língua, os dentes incisivos juntamente com os
movimentos da cabeça são utilizados para morder e cortar
os alimentos.
Um suíno adulto chega a produzir cerca de 15 litros de
saliva/dia, sendo que esta saliva possui uma certa ação
enzimática.
A enzima ptialina presente na saliva transforma o
amido,que é insolúvel, em maltose que é solúvel.
Além da ação enzimática a saliva ainda possui as
seguintes funções:
a) Facilita a mastigação e a deglutição;
b) Ação lubrificante devido a presença da mucina com a
função de proteger o epitélio da parede gástrica, pois
absorve a pepsina e neutraliza o ácido HCL;
c) Age como solvente de moléculas.
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21/05/2013
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NAS AVES:
As aves não possuem dentes, contudo o bico e as garras são
utilizadas para reduzir o tamanho do alimento para que possam
ser deglutidos.
A língua é muito móvel e também auxilia na deglutição do alimento.
As aves selecionam o alimento pela sua visão e em menor extensão
pelo tato do bico, sendo que o paladar e o odor dos alimentos
possuem importância secundária.
Nas aves a apreensão dos alimentos é feita com o auxílio do bico e
o alimento é ingerido e deglutido por movimentos bruscos da
cabeça, auxiliado pela força da gravidade, pois a gustação é pouco
desenvolvida e o olfato é rudimentar.
As glândulas salivares das aves são pouco desenvolvidas,
sendo que após a deglutição o alimento é retido no inglúvio.
O inglúvio é uma dilatação que o esôfago sofre na forma de
uma bolsa membranosa;
No ingluvio a secreção enzimática é quase nula, sendo os
alimentos retidos temporariamente até sofrerem uma certa
maceração e amolecimento para que possam ser transferidos
para o pró-ventrículo.
Digestão Gástrica :
Após a deglutição o bolo alimentar é retido no estômago.
No Suíno:
O estômago do suíno é relativamente grande, sendo que a
capacidade estomacal de um animal adulto varia de 6 a 8 litros,
4% do peso corporal.
A maior parte da superfície interna do estômago se encontra
revestida com células mucosas, para proteção.
Nos suínos a parte central do estômago se encontram
glândulas que produzem as secreções gástricas, formadas por
uma mistura de ácido clorídrico, enzimas ( pepsina-principal),
mucina, sais minerais e água.
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HCl � ativa pepsina � secretada na forma de pepsinogênio;
O HCl também destrói a maior parte dos microorganismos que
chegam com o alimento.
O pH ideal para atuação da pepsina situa-se entre 1,5 a 2,5.
O alimento parcialmente digerido (quimo), passa para o
duodeno onde será submetido a ação dos sucos intestinais, da
bílis e do pâncreas, os quais gradualmente elevam o pH à
níveis alcalinos.
Nas aves:
Inglúvio� estômago.
Estômago das aves: duas partes glândular (química) e muscular.
A parte glandular (proventrículo) é pequena, circular e com paredes
espessas; produção de suco gástrico, pouco tempo de permanência do
alimento.
A parte muscular (moela) é uma bolsa volumosa e com paredes grossas,
formada por três camadas:
serosa, muscular e mucosa.
Ação mecânica de esmagamento dos alimentos.
A musculatura possui uma camada córnea que protege este órgão da
ação abrasiva, bem como do efeito corrosivo das enzimas e ácidos
vindos do proventrículo.
Função é transformar as partículas de alimentos em pasta semi-líquida.
Na moela ocorre o início da ação digestiva dos sucos secretados no
proventrículo. Possui um pH entre 4,5 a 5,0 de natureza relativamente
seca.
Processos Digestivos no intestino :
Quimo apresenta uma constituição fluída ou semi fluída.
pH levemente ácido que varia entre 5,5 a 6,0. (início do
duodeno)
A digestão no intestino delgado é basicamente enzimática
diante de um pH entre 6,7 a 6,9 no jejuno e 7,5 no íleo. No
intestino delgado os nutrientes são absorvidos através das
vilosidades e entram na corrente sangüínea.
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A bile é uma secreção das células hepáticas, sendo
armazenada na vesícula biliar, ela contém água, pigmentos
biliares (bilirrubina e bileverdina), colesterol, ácidos graxos,
fosfatídeos, gorduras, lecetina, ácido sulfúrico, sais
biliares, mucina e outros compostos.A bile atua na digestão, absorção e funciona ainda como via
de excreção de substâncias do catabolismo da hemoglobina
e de algumas substâncias anormalmente presentes no
organismo.
Não possui função enzimática, proporciona um meio
adequado para a ação das enzimas secretadas em outros
locais, contribui para neutralizar a acidez do conteúdo
intestinal procedente do estômago.
O suco pancreático é secretado pelo pâncreas e
estimulado por impulsos nervosos, hormonais (secretina) e
pela chegada do quimo acidificado ao duodeno.
O suco pancreático é um fluído claro com um pH variando
de 7,8 a 8,2.
É responsável pela presença de quase todas as enzimas
necessárias para a degradação completa dos alimentos
além de contribuir para alcalinizar o quimo, devido a alta
concentração de bicarbonato de sódio.
As enzimas encontradas no suco pancreático são as
seguintes:
Tripsina e quimiotripsina: A degradação proteíca iniciada
pela pepsina no estômago é continuada pela ação destas
duas enzimas;
Lipase : É muita ativa na degradação dos lipídeos
Amilase : A amilase atua na transformação do amido e do
glicogênio em maltose
Carboxipeptidases A e B: quebram os aminoácidos que
possuem um grupo carboxílico terminal de polipeptídeos
Ribonucleases e desoxirribonucleases : São enzimas
proteolíticas que atuam sobre as nucleoproteínas liberando
assim os ácidos nucleícos.
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O suco pancreático influi sobre a digestão, sua ação inicia-
se a absorção de monossacarídeos, ácidos graxos, glicerina
a aminoácidos no duodeno.
O suco entérico é produzido pela própria parede intestinal
O suco duodenal é um líquido transparente, incolor, viscoso
e rico em mucina . O seu pH varia entre 8,2 a 9,3
O suco intestinal é um líquido aquoso amarelado, com
pequena quantidade de sólidos O suco intestinal é inativo
para as proteínas atuando apenas sobre os polipeptídeos.
Suco digestivo Enzima pH ótimo Substrato Produtos
Saliva Ptialina neutro polissacarídeo maltose
Suco gástrico Pepsina ácido proteínas oligopeptídeos
Suco pancreático
Quimiotripsina
Tripsina
Amilopepsina
Rnase
Dnase
Lipase
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
proteínas
proteínas
polissacarídeo
RNA
DNA
lipídeos
peptídeos
peptídeos
maltose
ribonucleotídeos
desoxirribonucleotídeos
glicerol e ácidos graxos
Suco intestinal ou 
entérico
Carboxipeptidase
Aminopeptidase
Dipeptidase
Maltase
Sacarase
Lactase
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
oligopeptídeos
oligopeptídeos
dipeptídeos
maltose
sacarose
lactose
aminoácidos
aminoácidos
aminoácidos
glicose
glicose e frutose
glicose e galactose
Intestino Grosso:
O intestino grosso serve para armazenamento dos
constituintes não digeridos da alimentação, para absorção
de água, e local da degradação da celulose.
O processo digestivo químico fundamental no intestino
grosso é a fermentação microbiana (ceco, cólon) dos
resíduos da digesta resistente as enzima
Também haverá uma fermentação da celulose, hemicelulose
das células descamadas do intestino e dos próprios
microorganismos mortos.
O produto final são os ácidos graxos voláteis que serão
absorvidos por difusão; são absorvidos também NH3,
aminoácidos, vitaminas do complexo B e K, H2O e sais
minerais.
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O suíno possui certa capacidade para decompor a celulose,
graças a ação bacterina que se realiza no ceco, mas é
inferior ao cavalo e ruminantes.
Nas aves o aproveitamento dos produtos da fermentação é
muito baixo, pois apenas uma parte do alimento penetra no
ceco e no cólon, o período de permanência do bolo alimentar
é muito curto. As aves também possuem os aparelhos
urinário e digestivo unidos em um mesmo conduto, a cloaca.
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