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Direito Processual do Trabalho I - Prof. Valter da Silva Pinto

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10/02/14
BIBLIOGRAFIA:
Carlos Henrique Bezerra Leite – Curso de Direito Processual do Trabalho.
Leone Pereira – Manual de Processo do Trabalho.
Sergio Pinto Martins – 
Renato Saraiva – Curso de Direito Processual do Trabalho.
Mauro Schiavi – Manual de Direito Processual do Trabalho.
CONCEITO – Bezerra Leite
“É o ramo da ciência jurídica, constituído por um sistema de normas, princípios, regras e instituições próprias, que tem por objeto promover a pacificação justa dos conflitos individuais, coletivos e difusos decorrentes direta ou indiretamente das relações de emprego e de trabalho, bem como regular o funcionamento dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho.”
FINALIDADES
O processo do trabalho serve para dar efetividade à legislação trabalhista e social, ou seja, ao direito material do trabalho. Não só a legislação trabalhista da CLT, mas toda a legislação extravagante.
Obs.: características da relação de emprego – pessoa física, de forma pessoal (intuito personae), não eventualidade, subordinação jurídica, onerosidade.
O processo do trabalho assegura ao trabalhador o acesso à Justiça do Trabalho (“quando se busca uma ordem jurídica justa”).
Resguardar a dignidade da pessoa do trabalhador.
Garantir os valores sociais do trabalho. Não só resolve conflitos entre empregado e empregador, mas também conflitos envolvendo categorias.
Trazer a pacificação social.
Promover a justa composição dos conflitos individuais, coletivos e meta-individuais trabalhistas (difusos).
DISSÍDIO
A partir deste conceito temos uma distinção de dissídio (ação) individual e coletivo.
Dissídio individual é o processo voltado para solucionar o problema daquele trabalhador individual. O dissidio coletivo é um procedimento especial para resolver conflitos coletivos.
A sentença proferida pelo poder judiciário é chamada de sentença normativa. O que ficar estabelecido nela valerá como norma entre as partes.
Do conflito entre o sindicato dos trabalhadores e as empresas se dá o acordo coletivo. Se esse acordo se frustrar, irá se resolver na Justiça do Trabalho e terá uma sentença normativa.
Do conflito entre sindicatos se dá a convenção coletiva que terá um âmbito de aplicação muito mais amplo que o acordo, pois abrangerá toda a categoria e não apenas a empresa que acordou com o sindicato.
O Direito Processual do Trabalho tem natureza jurídica de direito público. Toda parte processual é sempre direito público.
RAMOS DO PROCESSO DO TRABALHO
A teoria monista diz que processo é processo, tudo é igual. As diretrizes básicas de um processo servem para todos.
A teoria dualista defende que o direito processual do trabalho é autônomo em relação ao direito processual civil e há diferenças substanciais entre elas que justificam essa autonomia:
Autonomia didática – nome da disciplina.
Autonomia jurisdicional – a atuação do judiciário para resolver conflitos trabalhistas não tem nada a ver com o processo civil.
Autonomia doutrinária – há muitas obras que versam apenas sobre direito processual do trabalho.
Autonomia legislativa – CLT. Apesar de precisar do CC subsidiariamente, o processo do trabalho tem regras próprias.
Autonomia científica – há instituições do direito do trabalho que são diferentes de diversos outros ramos do direito. Ex.: Justiça do Trabalho é um ramo especializado de causas trabalhistas.
Obs.: JCJ = Vara do Trabalho – art. 116, CF. 
Obs.: ius postulad.
Art. 791, CLT. Possibilidade de a parte postular sem o acompanhamento de um advogado.
Art. 769, CLT. Aplicação do CC no processo de conhecimento observadas a omissão na CLT e a compatibilidade com os princípios do processo do trabalho.
Art. 191, CPC. O TST diz que não se aplica este artigo ao processo do trabalho por conta de incompatibilidade com o princípio celeridade do processo do trabalho.
OJ n° 310, SDI-1.
12/02/14
PRINCÍPIOS
PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE
Significa que o processo do trabalho é muito mais simples, muito menos burocrático que o processo civil. O trâmite processual é bastante simplificado em relação ao processo civil.
PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE
O processo do trabalho tem 3 procedimentos:
Procedimento Ordinário (Comum) – RT: valor da causa superior a 40 salários mínimos.
Procedimento Sumaríssimo - RPS: valor da causa entre 2 e 40 salários mínimos.
Procedimento de Alçada (Sumário): valor da causa até 2 salários mínimos.
Art. 2°, §§ 3° e 4°, Lei n° 5.584/70. Não cabe recurso. O único recurso permitido é o Recurso Extraordinário se houver matéria constitucional envolvida.
Procedimentos especiais: Ação Rescisória, Mandato de Segurança, Ação de Consignação em Pagamento, Habeas Corpus, Habeas Data e Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave.
Arts. 853 e 854, CLT.
Art. 855, CLT. Estabilidade decenal.
Arts. 492 a 494, CLT.
Art. 495, CLT. Onde encontra-se readmitido, leia-se reintegrado
PRICÍPIO DO IUS POSTULAND
Alguns autores colocam como princípio, outros como peculiaridade do processo do trabalho.
É a possibilidade de as partes (empregado/empregador) postularem pessoalmente na Justiça do Trabalho e acompanharem a sua reclamação até o final.
Art. 791, CLT. O TST criou uma limitação para o ius postuland. Súmula 425 do TST.
PRINCÍPIO DA ORALIDADE
Não é um princípio exclusivo do processo do trabalho.
Manifesta-se pela:
Primazia da palavra
Art. 791, CLT.
Art. 839, a), CLT.
Art. 840, § 2°, CLT. Transformar o atendimento em um termo circunstanciado.
Art. 843, CLT.
Art. 845, CLT. A presença de ambas é exigida para que o juiz possa ouvi-los e tentar a conciliação.
Art. 847, CLT.
Art. 848, CLT. Interrogar.
Art. 850, CLT. Parágrafo único. vogais
Imediatidade
Art. 843, CLT.
Art. 845, CLT.
Art. 848, CLT.
Concentração dos atos processuais em audiência
Art. 843 a 852, CLT.
Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias
Art. 893, § 1°, CLT. Não cabe Agravo. Ao ter indeferido seu pedido, a parte deverá pedir para constar em protesto esse indeferimento (não há previsão legal). Ao fim da instrução, a juiz abre vista para as partes apresentarem razões finais. Este é o momento para a parte registrar esse indeferimento se o juiz se negou a fazer o protesto. Se a sentença não for favorável, a parte colocara uma “preliminar de nulidade por cerceamento de defesa” no RO fazendo a impugnação do indeferimento do juiz. Se o Tribunal acolher essa preliminar de nulidade, a sentença será anulada e o juiz de 1° grau terá que ouvir aquela testemunha.
Possibilidade de solução conciliada
Arts. 764 e 765, CLT.
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE
É a possibilidade de suprir lacunas existentes na CLT usando outras fontes legais.
Lacunas Normativas (anomia)
Processo de conhecimento: omissão + compatibilidade. (art. 769, CLT)
CLT
CPC
Execução (art. 889, CLT)
CLT
Lei n° 6.830/80 – Lei de Execução Fiscal
CPC
Lacunas ontológicas
Os que defendem essas lacunas ontológicas partem da premissa da existência de norma reguladora do caso concreto, porém, a norma existente está desatualizada, não apresentando mais compatibilidade com os fatos sociais e com o progresso técnico.
Está relacionada ao ser. A norma existe, mas está desatualizada. (ancilosamento da norma jurídica = envelhecimento)
Lacunas axiológicas
Os que defendem essas lacunas axiológicas (valoração) também partem da premissa da existência da norma reguladora do caso concreto, mas a aplicação da norma existente produzirá uma solução injusta ou insatisfatória, isto é, não observará os valores de justiça e equidade que são indispensáveis para a eficácia da norma processual.
Enunciado 66 da Jornada de Direito Material e Direito Processual do Trabalho.
17/02/14
PRINCÍPIO DA CELERIDADE
Princípio da conciliação: autocomposição da lide, composição de conflito pelos próprios interessados. Mediação é autocomposição, pois o mediador é apenas um facilitador do diálogo, as partes que compõem o litigio.
Heterocomposição: arbitragem e jurisdição.
Art. 764, CLT. Sempre sujeitos à conciliação, não há exceção.
Art. 846, CLT.O juiz proporá conciliação.
Art. 850, CLT. Antes da decisão o juiz renovará proposta de conciliação.
No rito de procedimento sumaríssimo (art. 852-E, CLT) proporá conciliação em qualquer fase do processo.
PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL
Chamado de Princípio da Primazia da Realidade no direito material.
Esforço que se exige do juiz para buscar o mais próximo possível da verdade – art. 130, CPC.
Súmula 338, III do TST. Quando o empregado faz um pedido de horas extras e a empresa apresenta um cartão de ponto “britanicamente” assinado, o TST diz que inverte o ônus da prova. O empregador é quem tem que provar.
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO
No campo processual há de se resguardar a igualdade das partes.
Protecionismo mitigado – não é como no direito material, mas há algum protecionismo. Súmula do TST que inverte o ônus da prova – Art. 6º, VIII do CDC.
Ausência das partes na audiência inaugural (de conciliação): se for do reclamante, acarreta o arquivamento da reclamação (extinção do processo sem julgamento do mérito); se for do reclamado, ocorre a revelia, além da confissão quanto aos fatos – art. 844 da CLT. Há uma consequência bem mais grave para o empregador se faltar à audiência, é uma espécie de protecionismo.
Súmula 122 do TST.
O jus postulandi não é exclusivo do empregado, mas é uma espécie de protecionismo.
Art. 18, Lei 5.584/70.
Reclamação trabalhista verbal.
Execução de ofício – art. 878 da CLT.
Exigência de depósito recursal – o empregador tem que fazer o depósito recursal. É um pressuposto objetivo (se não fizer gera deserção) e é garantia da execução (instrução normativa nº 3).
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
A Justiça se divide em Especial e Comum. A Justiça do Trabalho é Especial.
Art. 111, CF.
TST
TRT
Juízes do Trabalho (Varas do Trabalho)
Art. 95, CF. Garantias.
Resolução 75/2009 do CNJ.
19/02/14
Art. 92, IV, CF.
Art. 111, CF.
VARA DO TRABALHO (Juízes do Trabalho) – art. 116, CF
Antigamente eram chamados de Junta de Conciliação e Julgamento (e ainda está assim na CLT). Hoje temos o juiz singular, e não mais a figura do juiz classista. Os auxiliares da justiça trabalham junto com o juiz.
DIVAP – Divisão de Apoio às Varas do Trabalho: órgão instalado pelo Tribunal em cidades onde há mais de uma Vara. Funciona como controlador de distribuição.
Art. 112, CF. Quando uma Vara é criada, a lei dirá a área de autuação desta. Quando uma área não é abrangida pela Vara do Trabalho, esta é atribuída a um Juiz de Direito.
Ex.: Amapá, Roraima, Acre e Tocantins não têm Vara do Trabalho. Amapá ficou junto com Pará; Roraima junto com Amazonas; Acre com Rondônia; e Tocantins com Distrito Federal.
Lei nº 6.947/81. Critérios objetivos para criar Vara do Trabalho.
As Varas do Trabalho julgam sempre conflitos individuais entre empregado e empregador. Vara do Trabalho não tem competência para julgar dissídio coletivo. O dissídio coletivo é de competência do TRT.
Quando o dissídio extrapolar o território do Estado ou se a base territorial do sindicato for nacional, a competência será do TST.
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
Competência:
Recurso Ordinário;
Agravo de Petição.
Antecedente histórico eram os chamados Conselhos Regionais em 1939.
O TRT só passou a ser órgão do Poder Judiciário com a Constituição de 1946.
Art. 674, CF. Distribuído em 24 Regiões.
Órgãos do TRT da 1ª Região
Tribunal Pleno.
Órgão Especial.
Presidência.
Corregedoria Regional.
Seção Especializada em Dissídios (SEDIC): tudo o que se referir ao dissídio coletivo vai para este órgão. Ex.: Mandado de Segurança. Constituído por 12 desembargadores. Antes de ser submetido ao colegiado, passa por conciliação.
Seção Especializada em Dissídios Individuais: composta por duas subseções (SEDI) – Art. 17, Regimento Interno.
SEDI-I: composta por 13 desembargadores. Compete processar e julgar as ações rescisórias, salvo aquelas propostas contra sentenças normativas; as ações cautelares relativas às ações rescisórias.
SEDI-II: composta por 16 desembargadores. Compete processar e julgar os mandados de segurança contra atos praticados por juízes de primeiro grau ou por quaisquer membros do Tribunal, observado o disposto no inciso V do artigo 15 deste Regimento; os habeas corpus, excetuados os da competência do Órgão Especial.
Agravo de instrumento: recurso cabível contra indeferimento de petição inicial de ação rescisória (SEDI-I) e mandado de segurança (SEDI-II) – art. 237 e 237, Regimento Interno.
Turmas: total de 10 Turmas constituídas por 5 desembargadores cada. Compete a cada uma das Turmas julgar os recursos ordinários de sentença das Varas do Trabalho, nos casos previstos em lei; os agravos de petição e de instrumento, nos casos previstos em lei (art. 897 da CLT); os agravos regimentais, na forma dos arts. 236, 237 e 238, deste Regimento e também os agravos inominados interpostos, no prazo de oito dias, contra os julgamentos monocráticos prolatados pelo relator, mediante inclusão em pauta, quando o relator, se não houver retratação, proferirá o seu voto; e o agravo de que trata o inciso IV do art. 235 deste Regimento. (Art. 18, Regimento Interno)
Recurso ordinário equivale à apelação. Agravo de petição é o recurso da decisão do juiz na fase de execução. Agravo de instrumento tem o objetivo de destrancar recurso que é trancado no juízo de admissibilidade (despacho denegatório do juízo a quo). Contra o despacho denegatório do juiz relator no juízo ad quem, cabe agravo regimental ou inominado. Se ele não se retratar a Turma é quem irá julgar o agravo. Decisão interlocutória no processo do trabalho é irrecorrível. Pode impor multas de processos de sua competência.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Art. 111-A, CF.
Composto por 27 ministros, nomeados pelo Presidente da República e sabatinados pelo Senado.
Emenda 45, § 2º e art. 112-A, CF. Escola da Magistratura do Trabalho.
A Emenda 45 também criou o Conselho Superior da Justiça do Trabalho que tem a função de exercer a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho. Seus atos tem efeito vinculante. A parte jurisdicional é feita pela Corregedoria Regional.
Divisão em órgãos:
Órgão Pleno: reunião de todos os ministros. Ex.: solenidades, posse e elaboração das súmulas do TST.
Órgão Especial: composto por 14 ministros, entre eles o presidente, vice-presidente e corregedor, 7 ministros mais antigos e os demais escolhidos entre eles.
SDC – Seção Especializada em Dissídios Coletivos.
SDI – Seção Especializada em Dissídios Individuais: tem competência para julgar em caráter de urgência e com preferência na pauta os processos nos quais tenha sido estabelecida a votação, divergência entre as subseções I e II, da seção especializada em dissídios individuais, quanto a aplicação de dispositivo de lei federal ou da Constituição da República.
SBDI-I: julga os embargos interpostos contra decisões divergentes das Turmas, ou destas que divirjam de decisão da SDI, de Orientação Jurisprudencial ou de súmulas; os agravos e os agravos regimentais interpostos contra despacho exarado (proferido) em processos de sua competência.
Embargos: ocorre quando há divergência de decisões entre Turmas, entre Turma e SDI, entre Turma e OJ ou entre Turma e súmula.
Agravo: quando o ministro tranca o recurso de embargos antes de ir para o SDI.
Agravo Regimental: quando o ministro tranca o recurso de embargos já no SDI.
SBDI-II: compete originariamente julgar as ações rescisórias propostas contra as suas decisões, as da SBDI-I e as das Turmas do Tribunal; os mandados de segurança contra os atos praticados pelo presidente do Tribunal, ou por qualquer dos ministros integrantes da SDI nos processos de sua competência; os conflitos de competência entre Tribunais Regionais e os que envolvam Juízes de Direito investidos de jurisdição trabalhista (Vara Única) e Varas do Trabalho em processo de dissídios individuais. Compete julgar em última instância os recursos ordinários interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais emprocessos de dissídio individual de sua competência originária; julgar os agravos de instrumento interpostos contra despacho denegatório de recurso ordinário (SEDI do TRT) em processo de sua competência. SBDI-II atuando em instância recursal.
Obs.: pode funcionar no Pleno ou em subseções – art. 71, I do Regimento Interno do TST.
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
Art. 114, V, CF.
Órgãos com jurisdição trabalhista. Vai ser resolvido na jurisdição trabalhista.
Competência do TRT ou TST.
Verificar sem ambos os órgãos têm jurisdição trabalhista;
Verificar onde estão situados esses órgãos, se estão dentro do limite do TRT ou não (se são do mesmo Estado). Ex.: VT/PET x VT/TER. A competência será do TRT.
Verificar se extrapola a base de determinado Tribunal. Ex.: VT/TR x VT/JF. A competência é do TST.
Conflito de competência entre um Tribunal Superior e qualquer outro Tribunal vai para o STF – art. 102, I, o, CF.
Juízes ou Tribunais diferentes – art. 105, I, d, CF. Por exclusão a competência será do STJ. Ex.: conflito entre a Vara Trabalhista e a Vara Federal.
Obs.: nunca vai haver um conflito entre Vara do Trabalho e TRT por uma questão hierárquica.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
Ratione Loci
Doutrina e legislação distribuem a competência em absoluta e relativa.
Competência absoluta: matéria, pessoa e funcional (hierárquica) – art. 301, II do CPC. A incompetência absoluta pode ser conhecida de ofício pelo juiz.
Competência relativa: territorial e valor de causa – art. 112, CPC. A incompetência relativa é sempre arguida por meio de exceção. Pode haver prorrogação de competência, se não arguida. A competência relativa é do interesse da parte. Se não for impugnada no prazo de resposta do réu ocorre a prorrogação de competência.
Art. 651, CLT. A competência é do local ondo ocorreu a prestação de serviços.
Norma protecionista.
Se o empregado realizou trabalho em locais diversos, o entendimento é que a reclamação trabalhista deve ser realizada no último local de prestação de serviço. Exclui o local de contratação.
Exceções:
§ 1º Verificar se a reclamação trabalhista está sendo proposta por agente ou viajante comercial. Há de observar também se a empresa tem agência ou filial + vinculação do empregado. Na falta de agência ou filial, vale-se do domicílio do empregado ou localidade mais próxima.
Obs.: não se trata de representante comercial autônomo nem o motorista de ônibus intermunicipal.
§ 2º Hipótese de brasileiro (nato ou naturalizado) trabalhando em agência ou filial no estrangeiro. Poderá ajuizar ação no Brasil desde que não haja Convenção Internacional dispondo sobre o local. Hoje se aplica a norma material mais favorável, ou seja, aplica-se a legislação do país estrangeiro se ela for mais favorável. Teoria do Conglobamento Mitigado.
Se a empresa não tiver agência ou filial no Brasil, Sérgio Pinto Martins diz que não é possível. Bezerra Leite diz que pode sim. O Ministério das Relações Exteriores expede a carta rogatória na fase de conhecimento e na execução.
§ 3º Só quando o empregador promove atividades fora do lugar do contrato.
Ex.: empresas de auditoria, construção, teatro, desfile de moda, rodeio, circo, etc. 
Poderá ser ajuizada reclamação trabalhista no foro da celebração do contrato ou onde prestou serviços (qualquer cidade onde ele tenha trabalhado).
Obs.: no caso de motorista de ônibus, se o motorista faz sempre a mesma rota, a regra é a do caput; se faz rotas diferentes, cai na exceção do § 3º.
Foro de eleição: as partes elegem o local onde será resolvido o conflito. No processo trabalhista não cabe foro de eleição, principalmente pela regra de competência territorial.
Cabe arguir a exceção de incompetência em razão do lugar da audiência. Se não arguir na audiência, prorroga-se a competência. O julgamento da exceção de incompetência é uma decisão interlocutória.
Súmula 214 do TST. Regra: Decisão interlocutória é irrecorrível. Exceções: c) se ele encerrar naquela Vara e mandar para outra Vara do mesmo Tribunal não cabe recurso, pois se continuar em outra Vara é o mesmo Tribunal, mesmo entendimento. Porém, pode-se recorrer através de Recurso Ordinário quando encerra numa Vara e manda para outra Vara de outro Tribunal, pois o entendimento pode ser outro naquela Região.
10/03/14
COMPETÊNCIA MATERIAL
Art. 114, CF.
Relação de trabalho é gênero, relação de emprego é espécie.
Ao falarmos em relação de trabalho, estamos falando daquelas relações que demandam da força humana e que se aproxima da relação de emprego.
Ao falarmos em relação de emprego, já há uma espécie de relação de trabalho, mas esta é cercada de vários requisitos.
Os elementos caracterizadores da relação de emprego são: pessoa física, pessoalidade (intuitu personae), não eventualidade (habitualidade), subordinação jurídica e onerosidade. Se faltar qualquer um deles, a relação de emprego é descaracterizada. Ex.: trabalhador eventual, trabalho voluntário.
As espécies de relação de trabalho são: relação de emprego, trabalho eventual, trabalho autônomo, trabalho voluntário, estágio, trabalho avulso, jovem aprendiz, etc.
A ampliação trazida pelo art. 114, I da CF, traz três correntes:
Reduz a expressão relação de trabalho como se fosse relação de emprego – corrente
Relação de trabalho é tudo o que demanda a atividade humana – corrente ampliativa.
O que veio para a JT são as relações de trabalho próximas às relações de emprego, mas que falta alguma das características da relação de emprego – corrente intermediária.
Obs.: a competência para julgar relações de consumo não é da Justiça do Trabalho.
Ex.: médico-clínica = relação de emprego; médico-paciente = relação consumerista.
Ex.: honorários advocatícios – órgão competente para julgar será o STJ, uma vez que tanto o juiz cível quanto o juiz trabalhista declinam a competência.
Outro aspecto que surgiu discussão foi a segunda parte do art. 114, I da CF que foi objeto de ADIN, onde dizia que a Justiça Federal não era competente para resolver esse conflito. Foi concedida uma liminar, com efeito ex tunc, suspendendo o efeito dessa segunda parte.
A Justiça do Trabalho não é competente para processar e julgar ações penais.
Art. 114, II, CF. Tudo o que for relativo ao exercício do direito de greve se resolve na esfera trabalhista.
Ex.: Ação de Reintegração de Posse, se houver esbulho no local de trabalho; Ação de Manutenção de Posse, quando houver turbação no local de trabalho; Ação de Interdito Proibitório, quando houver ameaça de turbação ou de esbulho.
Se houver algum dano de direito civil decorrente do direito de greve, será resolvido na Justiça do Trabalho. Entretanto, dano penal não é resolvido na Justiça do Trabalho.
Súmula Vinculante nº 23.
Art. 114, III, CF. Essas ações também estão abertas para as federações, as confederações e as centrais sindicais.
Art. 114, IV, CF.
Art. 114, V, CF. O habeas corpus tem por escopo tutelar o direito de ir e vir das partes.
Ex.: depositário infiel, testemunha que vai presa por desacato em audiência.
Súmula Vinculante nº 25.
Art. 114, VI, CF.
Ex.: dano moral ou patrimonial decorrente de acidente de trabalho – Justiça do Trabalho. O acidente do trabalho em si é discutido na Justiça Estadual.
Art. 114, VII, CF. Ações decorrentes dos fiscais do Ministério do Trabalho. Aqueles processos que já estavam sentenciados na Justiça Federal continuam lá até serem finalizados.
Art. 114, VIII, CF. A Justiça do Trabalho passou a ser competente em relação as execuções previdenciárias decorrentes do processo trabalhista (sentença ou acordo) (20% sobre o valor da condenação ou parcelas salariais decorrentes do acordo).
Súmula 368, TST.
OJ/SBDI-I nº 414.
Art. 114, IX, CF.
12/03/14
Obs.: art. 219, CPC – efeitos da distribuição.
ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS
Ato processual é uma espécie de ato jurídico que visa a criação, modificação ou extinção de uma determinada relação processual.
Ex.: autor ao entrar com petição inicial, réu ao apresentar defesa, juiz ao proferir despacho.
Esses atos possuem algumascaracterísticas e alguns princípios:
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS OU DA FINALIDADE
O processo não é um fim em si mesmo, é um instrumento da jurisdição. O processo existe para resolver o mérito, efetivar o direito declarado na sentença.
De acordo com esse princípio, se houver um confronto entre a finalidade e a forma, deve prevalecer a finalidade.
Ex.: a CLT determinada que a notificação inicial seja feita pelos Correios. Muitas vezes os Correios devolvem a notificação por variados motivos. De acordo com o texto legal, essa notificação deveria ser feita por edital, mas na prática é feita por oficial de justiça que ao encontrar algum responsável (esposa, mãe, filho maior) deixa a notificação com este.
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DAS FORMAS
Os atos processuais podem ser praticados com liberdade de forma para a consecução da finalidade do processo. A finalidade do processo é a entrega da prestação jurisdicional.
Característica: os atos não tem forma determinada, exceto se a lei especificar.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Esta publicidade dos atos processuais é uma garantia da ordem pública (art. 93, IX, CF) que permite de um certo modo um controle da sociedade sobre o Poder Judiciário.
As exceções contidas no art. 93, IX da CF também são aplicadas à Justiça do Trabalho.
Característica: os atos processuais são públicos.
PRINCÍPIO DA DOCUMENTAÇÃO
A regra geral é a documentação dos atos processuais praticados. O objetivo é para que as informações relevantes e substanciais para o julgamento da lide perpetuem no tempo com fulcro no Princípio da Segurança Jurídica e Estabilidade das Relações Jurídicas e Sociais.
Característica: os atos processuais registram tudo o que acontece.
Reduzir a escrita a um determinado ato é o que chamamos termo e está ligado à questão da documentação.
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DO VERNÁCULO
Todos os atos processuais deverão ser registrados na língua portuguesa – arts. 156 e 157 do CPC.
Ex.: se tiver um documento em língua estrangeira, terá que ser chamado um tradutor juramentado para traduzir o texto.
Podem ainda ser acrescentadas outras características, segundo Moacyr Amaral Santos:
Os atos processuais não se apresentam isoladamente, pois o processo é um conjunto de atos processuais coordenados que se sucedem no tempo.
Os atos se ligam pela unidade de escopo, isto é, os efeitos de cada ato não são autônomos. Esses atos objetivam a entrega do bem da vida ao jurisdicionado.
Obs.: bem da vida é o que o sujeito pretende como um todo.
Os atos são interdependentes em grau maior ou menor. Essa interdependência está relacionada com as duas outras características.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
Os atos processuais podem ser classificados como atos das partes e atos dos órgãos jurisdicionais.
ATOS DAS PARTES
Arts. 158, 160 e 161, CPC.
Atos postulatórios: elas postulam pronunciamento do juiz, seja quanto ao processo, seja quanto ao mérito.
Atos dispositivos são aqueles que consistem em declarações de vontade. São chamados negócios processuais.
Atos dispositivos unilaterais: desistência e renúncia.
Atos dispositivos concordantes: quando a parte se manifesta aderindo à vontade da parte contrária. Pode acontecer por omissão. Ex.: não alegar exceção de incompetência na contestação.
Atos dispositivos contratuais: declarações bilaterais expressas de vontade. Ex.: conciliação.
Atos instrutórios: são aqueles destinados a convencer o juiz da verdade dos fatos.
Atos reais: são aqueles que se manifestam pela coisa (res), não por palavras. Ex.: apresentação de um documento, pagamento de cursos, preparo do recurso.
ATOS DO JUIZ
Art. 162 e ss. do CPC.
Despacho
Decisão interlocutória
Sentença
ATOS DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
Art. 166 e ss. do CPC
ATOS PRATICADOS PELO OFICIAL DE JUSTIÇA
FORMAS DE COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
De acordo com o processo civil é a citação (art. 213) e a intimação (art. 234).
A CLT usa uma expressão genérica para esses atos: notificação. Serve tanto para citação quanto para intimação.
A expressão citação na CLT só vai aparecer na execução – art. 880 da CLT. O Rito Sumaríssimo não permite a citação por edital – art. 852, b, II da CLT.
A palavra intimação na CLT só aparece no art. 825 ao falar em testemunhas.
Art. 841 e § 1º da CLT.
17/03/14
Lei n° 9.800/99. Regulamentou o uso da prática de ato processual por meio de fac-símile. É permitido quando o ato é praticado em petição escrita (juntar os originais).
Se for uma simples petição que não está sujeita a prazo, os originais devem ser juntados e o prazo é contado do dia seguinte do envio do fax.
Se tiver prazo, conta do dia do término do prazo do recurso. Ex.: RO prazo 8 dias (08/03/14). Fax enviado em 03/03/14. Prazo para juntar os originais 5 dias após o término do prazo (13/03/14).
Obs.: não se utiliza o art. 184 do CPC – Súmula 387 do TST. Pode coincidir com sábado. Domingo ou feriados – art. 2º da Lei nº 9.800/99.
Arts. 15 e 16 do CPC. Fala do prazo – art. 15, § 2º - o prazo começa a contar a partir do dia útil subsequente ao da publicação.
Ex.: disponibilizou os dados na segunda-feira, a publicação ocorre na terça e o prazo começa a contar a partir de quarta.
Instrução Normativa nº 30 do CPC.
INTIMAÇÃO NO PROCESSO ELETRÔNICO
§ 1º - a intimação ocorre no dia que o intimado efetuar a sua consulta eletrônica (limitado a 10 dias corridos).
§ 2º - se consultar no sábado, domingo e feriado, a intimação ocorrerá no dia útil seguinte.
§ 3º - no 10º dia ele estará citado. Dez dias corridos do envio eletrônico da intimação.
§ 4º - todas as partes têm que estar devidamente cadastradas no processo eletrônico.
ATOS PRATICADOS FORA DA SEDE DO JUÍZO 
Art. 202 do CPC
Carta Precatória: juiz para juiz.
Carta Rogatória: art. 210 do CPC.
Carta de Ordem: quando envolve hierarquia.
TERMOS
Redução escrita do ato (reproduzir graficamente o ato processual).
Arts. 771 a 773 da CLT e utilização do CPC no que é lacunoso.
Art. 772 da CLT. Analfabeto. Firmação “a rogo”. Biometria.
Arts. 166 e ss. do CPC. Dos atos do escrivão
Não pode ser reduzido a termo escrito a lápis. Tem que ser caneta, tinta e carimbo – art. 169 do CPC.
PRAZOS PROCESSUAIS
Lapso de tempo para a prática de um ato ou abstenção de prática de um ato.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à origem:
Prazos judiciais: fixados pelo juiz.
Prazos legais: fixados pela lei.
Prazos convencionais: fixados pelas partes. Ex.: acordo. A pedido das partes o juiz pode suspender o processo para as partes transigirem.
Obs.: art. 185 do CPC. Na omissão da lei ou do juiz – 5 dias.
Quanto à natureza:
Dilatórios: são aqueles prazos prorrogáveis, ligados a uma norma dispositiva. Ex.: prazos convencionais.
Peremptórios: são fatais (improrrogáveis). Ligados às normas cogentes, normas de ordem pública. Não permitem convenção. Ex.: prazos legais.
Quanto aos destinatários:
Próprios: destinados às partes. São atingidos pela preclusão. Temporal. Prazos legais judiciais.
Impróprios: destinados aos juízes e servidores. Não é atingido pela preclusão mesmo praticado fora do ato.
Obs.: órgãos públicos tem prazo em quadruplo para contestar e em dobro para recorrer.
Não se aplica o art. 191 do CPC – OJ nº 310 do SBDI-I. Princípio da subsidiariedade = omissão + compatibilidade.
19/03/14
PRAZOS
O prazo se inicia no dia em que o ato é praticado, mas para contagem, exclui-se o dies a quo e inclui-se o ad quem.
Súmula nº 1 do TST.
Súmula nº 262 do TST. Intima no sábado. Dies a quo na segunda. Começa a contar o prazo na terça.
Lei nº 662/49. Feriados nacionais + 12 de outubro.
Lei nº 9.093. Feriados civis e religiosos.
OJ 310 do SBDI-I. Litisconsortes não dobra o prazo.
Súmula nº 385 do TST.
Súmula nº 30 do TST. Se for juntada após 48 horas, a parte deverá ser intimada para que comece a correr o prazo.
Súmula nº 16 do TST. A presunção iuris tantum admite prova em contrário, pois é relativa. A presunção iuris et de iuri é absoluta.
24/03/14
NULIDADES NO PROCESSO DO TRABALHO
Arts.794 a 798 da CLT.
Quando se fala em nulidades em processo e se pratica um determinado ato diferente do que está na legislação, mas se atinge a finalidade, não é necessário que seja declarada a nulidade deste ato.
Segundo Sérgio Pinto Martins, “nulidade é a sanção determinada pela lei, que priva o ato jurídico de seus efeitos normais em razão do descumprimento das formas mencionadas na norma jurídica. A função da declaração das nulidades é de assegurar os fins destinados às formas e que podem ser atingidos por intermédio de outros meios”.
O sistema francês moderno influenciou nosso sistema no Brasil no sentido de que hoje só declara a nulidade se houver prejuízo (pas de nullité sans grief). Paralelamente ao sistema francês, temos o sistema alemão que dá ao juiz a faculdade de declarar a nulidade e as suas condições. De certo modo, também encontramos esse sistema alemão na nossa legislação.
Em relação a gravidade em que um determinado ato é praticado (vícios), podem assumir determinadas situações que são chamadas de nulidades absolutas, relativas, anulabilidade, irregularidade e inexistência.
Esses vícios são divididos em sanáveis e insanáveis. Aqueles que são dotados de maior irregularidade não permitem correção.
Os insanáveis seriam a inexistência e a nulidade absoluta.
A inexistência pode acontecer pelo não ato ou o ato praticado por um não juiz. Ex.: sentença assinada por oficial de justiça. Por outro lado, temos a inexistência no mundo jurídico, ou seja, o ato foi praticado, mas o legislador estabelece uma determinada regra a ser observada, sob pena de nulidade. Ex.: art. 37 e PU, CPC.
A nulidade absoluta normalmente é originária quando é proveniente do próprio ato, ou pode ser derivada quando o ato é viciado. Nulidade absoluta é aquela que está diretamente ligada aos fins de interesse público, as partes de forma alguma podem dispor de forma diferente.
Na distribuição da competência, aquelas que envolvam pessoa, matéria e funcional são absolutas. O juiz pode conhecer de ofício, em qualquer grau de jurisdição e não é preciso usar de peça própria (exceção) – art. 113, CPC.
Art. 301, II, CPC.
Art. 485, b, CPC.
Para declarar uma nulidade absoluta não é preciso verificar prejuízo.
Sérgio Pinto Martins faz uma distinção entre nulidade relativa e anulabilidade: “ocorre nulidade relativa quando o interesse da parte for desrespeitado e a norma descumprida tiver por base o interesse da parte e não o interesse público, sendo o vício sanável. É uma norma de ordem pública relativa, direcionada para a parte e não para o juiz”. Ex.: menor que comparece em juízo sem estar representado. “Anulabilidade é um vício decorrente de violação de norma dispositiva. O ato só pode ser anulado mediante provocação do interessado. O juiz não pode, de ofício, mandar suprir ou repetir o ato, justamente porque está na esfera de disposição das partes”. Ex.: competência territorial.
Ele chama de nulidade relativa quando há uma norma de ordem pública relativa. Anulabilidade é uma norma dispositiva totalmente voltada para o interesse da parte.
As irregularidades também são sanáveis. Sérgio Pinto Martins divide as irregularidades em duas situações: as que podem ser corrigidas e as que não podem ou não necessitam. As sanáveis ocorrem quando existe alguma inexatidão, erro de cálculo na sentença. Pode mandar corrigir de ofício ou a parte pode entrar com uma simples petição.
Art. 897-A, PU, CLT.
Art. 833, CLT. Há determinadas situações que não precisam de correção.
Ex.: estrutura da sentença. Relatório enxuto.
Ex.: juiz tem que proferir decisão em 48 horas.
NULIDADES NO PROCESSO DO TRABALHO A PARTIR DA PRINCIPIOLOGIA
Art. 794, CLT. Princípio da Transcendência ou do Prejuízo, ou seja, só haverá nulidade se houver manifesto prejuízo processual às partes.
Art. 795, caput, CLT. Princípio da Convalidação ou da Preclusão. As partes deverão arguir na primeira vez que falarem aos autos ou na audiência. Se a parte não se manifestar no momento oportuno, haverá a convalidação do ato. Só se aplica para nulidades relativas.
Ex.: protesto em audiência.
Art. 795, § 1º da CLT. A expressão “incompetência de foro” não é competência territorial, ela equivale à matéria, ou seja, aquilo que é julgado no foro trabalhista.
Art. 795, § 2º, CLT. O juiz só se declara incompetente quando forem as hipóteses de incompetência absoluta.
Art. 796, a, CLT. Princípio de Economia Processual. Obter o máximo possível de resultado na atuação da lei com o mínimo possível de emprego de atividades processuais.
Art. 796, b, CLT. Princípio do Interesse. A parte tem o ônus de manifestar o seu prejuízo, mas só poderá arguir a nulidade se não concorreu para aquele vício. Ninguém pode alegar sua própria torpeza. Este princípio está vinculado a um caráter ético do processo. Só alcança as nulidades relativas.
Art. 797, CLT. Princípio da Economia Processual (Princípio do Aproveitamento da Parte Válida do Ato – Sérgio Pinto Martins). Ao declarar a nulidade, tem que dizer a partir de que ponto e até que ponto aquela nulidade atingiu.
Art. 798, CLT. Princípio da Utilidade. Um ato só atinge os posteriores, nunca os anteriores.
26/03/14
PRECLUSÃO
É a perda de uma faculdade processual, só produz efeito dentro do processo em que se forma (coisa julgada formal) e pode ser temporal, lógica ou consumativa, respectivamente, perda da faculdade processual pelo não exercício no prazo ou termo legal, pela inaplicabilidade da prática do ato com outro já praticado ou quando a faculdade já exercida validamente.
Essas três formas atingem aqueles atos praticados pelas partes. A preclusão temporal atinge os prazos próprios.
Ex.: Recurso – 8 dias. Prazo legal, peremptório e próprio.
A preclusão lógica ocorre quando a parte pratica um determinado ato e não pode praticar outro incompatível com aquele que já praticou.
Ex.: se a parte fizer o depósito da execução não pode entrar com recurso.
A preclusão consumativa ocorre quando aquele ato praticado se esgota.
Ex.: apresentar o recurso no 3º dia, sendo que o prazo é de 8 dias. Não pode apresentar outro posteriormente, mesmo dentro do prazo.
PEREMPÇÃO
É a caducidade de uma faculdade processual. No Processo Civil é a perda do direito de ação pela desídia do autor que deu causa a extinção do processo sem julgamento de mérito, por 3 vezes, pelo fundamento do inciso III do art. 267 do CPC.
No Processo do Trabalho somente ocorre a perempção de forma temporária. Ocorre quando o autor dá causa por 2 vezes à extinção do processo por arquivamento.
Hipóteses de arquivamento:
Ausência do reclamante na audiência inaugural. Se provocar 2 arquivamentos seguidos, terá que esperar 6 meses para poder propor a ação novamente. Isso gera o julgamento do processo sem resolução de mérito. – arts. 844 c/c 732 da CLT.
Não comparecer no prazo para reduzir a reclamação a termo. Art. 731 c/c 786 da CLT.
RPS – art. 852-B da CLT.
Súmula 268, TST.
PRESCRIÇÃO
É a perda da pretensão de reparação do direito violado pela inércia do titular no decurso do tempo. É um modo em que o direito se extingue em virtude da inércia do titular durante certo período de tempo.
Para caracterizarmos o prazo como prescricional, ele apresenta algumas características.
Os pressupostos da prescrição são:
Existência de um direito atual suscetível de ser pleiteado em juízo;
Violação deste direito;
Actio Nata = conjugação dos dois elementos anteriores (lesão).
Os requisitos para que a prescrição se concretize são:
Inercia do titular;
Decurso do tempo.
A natureza jurídica da prescrição é de ordem pública.
Somente a lei pode declarar imprescritível um direito, justamente por ser de ordem pública.
A renúncia e a prescrição só podem ocorrer depois de consumado o ato prescricional. É um benefício em favor do devedor.
Art. 7º XXIX da CF. Marcos prescricionais. 5 anos = quinquenal ou parcial. 2 anos = bienal ou total.
A lesão do 13º salário ocorre quando o empregador deixou de pagar. O limite para esse pagamento é o dia 20 de dezembro.
Alesão do período de férias ocorre quando no término do período concessivo (1 ano após o período aquisitivo).
DECADÊNCIA
É a extinção do direito pela inércia do seu titular quando sua eficácia foi, de origem, subordinada à condição do seu exercício dentro de um prazo pré-fixado e este se esgotou sem que o exercício se tivesse verificado. É a morte da relação jurídica pela falta de exercício em tempo pré-fixado. O sujeito titular do direito não utilizou seu poder de ação dentro do lapso de tempo estabelecido em seu favor.
Na prescrição há a pretensão de um direito e a lesão desse direito. A partir do momento que houve a lesão, o titular do direito tem um prazo para requerer a prescrição. A decadência é um prazo fixado para que o autor exerça o seu direito, mas nasce na própria origem.
A decadência atinge o direito em si, tanto que não há de se falar de lesão em prazos decadenciais.
Hipóteses:
2 anos para apresentar ações rescisórias – Súmula 100, V, TST.
Empregado estável (decenal). Só pode ser dispensado se cometer falta grave apurada judicialmente (Inquérito para Apuração de Falta Grave). Prazo decadencial de 30 dias – art. 853 e ss., CLT.
Decadência e prescrição resultam na resolução do processo com mérito – art. 269, IV do CPC.
PARTES E PROCURADORES
Partes processuais são aqueles que buscam uma prestação jurisdicional do Estado. Evidentemente, envolve o outro lado.
As partes são chamadas de reclamante (autor) e reclamado (réu) em função da origem do Processo do Trabalho.
Quando se fala em parte, envolve a questão da capacidade das partes. Essa capacidade de ser parte significa a possibilidade da pessoa, física ou jurídica, se apresentar em juízo ocupando um dos polos do processo. Para que se configure a capacidade de ser parte, é suficiente que a pessoa seja dotada de personalidade civil.
Capacidade processual é a capacidade de estar em juízo. É adquirida por aquele que é considerado capaz para a prática dos atos da vida civil e de administrar os seus bens – arts. 3º e 4º do CC.
Art. 792 da CLT. Com 18 anos a parte adquire a capacidade de atuar sozinho em juízo. Adquire a capacidade processual plena.
Art. 793 da CLT. Representantes legais: pai e mãe. Na ordem dos incisos.
O CC tratou de algumas hipóteses de emancipação (art. 5º, PU, V do CC). Uma dessas hipóteses é do menor que tem trabalho e recebe salário. Há controvérsias sobre ele poder atuar sozinho no processo do trabalho. Uma linha se baseia no art. 792 da CLT e diz que não é possível.
O que predomina é a tese civilista sobre representação e assistência. Totalmente incapaz = representado. Relativamente incapaz (16 à 18 anos) = assistido.
Capacidade postulatória é privativa de advogado inscrito na OAB. Contudo, no Processo do Trabalho, temos uma particularidade chamada ius postulandi. É a capacidade processual das partes poderem atuar no processo sem a presença do advogado – art. 791 da CLT. Serve tanto para o empregado quanto para o empregador.
Art. 791 da CLT. O limite imposto pelo TST está na Súmula 425.
31/03/14
A presença do procurador pode se dar de 3 formas:
procuração;
mandato tácito;
procuração apud acta.
Procuração é o instrumento de mandato que representa a outorga de poderes que o cliente dá ao seu advogado. Na Justiça do Trabalho, não há a caução. Na reclamação trabalhista, por termos o ius postuland, é possível atuar sem advogado – arts. 13 e 37 do CPC e art. 791 da CLT.
Súmula 383, I, TST. Deverá ser interpretado conforme a Súmula 425, TST. Apresentação de recurso não é ato urgente, pois quando publica a decisão é sabido que se tem 8 dias para recorrer.
Poderes especiais: são os poderes para poder abordar, transigir, receber quitação, etc. tem que estar consignado da CLT. Substabelecer é poder especial. Tem que estar consignado.
O cliente que outorga poderes ao advogado pode colocar prazo na recuperação – Súmula 395 do TST.
OJ 373, SDBI-I.
OJ 319, SDBI-I. Estagiário assina recurso. Se ao ser analisado o recurso já tiver com a carteira definitiva da OAB, esse ato é válido.
OJ 318, SDBI-I. Ex.: COMDEP.
Mandato tácito a situação processual pela qual um advogado, sem procuração nos autos (instrumento de mandato), comparece pessoalmente em audiência trabalhista representando a parte, pratica atos processuais e seu nome consta na ata de audiência, estando apto a defender os interesses de seu cliente daquele momento em diante.
Não é preciso apresentar procuração posteriormente. Este advogado só tem poderes gerais para o foro. O mandato tácito não confere poderes especiais.
Súmula 164, TST. Se o advogado que recorrer tiver mandato tácito, ele está devidamente habilitado.
OJ 286, SDBI-I. Basta juntar a cópia da audiência onde aparece o nome dele.
Procuração apud acta (junto de) ocorre quando o cliente confere poderes ao seu advogado registrando na ata de audiência. Esta procuração tem o mesmo efeito de uma procuração registrada em cartório (poderes públicos).
O art. 791, § 3º da CLT foi alterado e tem havido uma interpretação na doutrina quanto a sua interpretação. Há autores que tratam como sinônimos a procuração apud acta e o mandato tácito. Para outros, procuração apud acta é quando se confere poderes, inclusive especiais, o que não há no mandato tácito.
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL
Em geral, é utilizada como sinônimo de legitimidade extraordinária – art. 6º, CPC. Se dá quando alguém vem em nome próprio pleitear direito alheio.
No Processo do Trabalho, há uma característica em que o sindicato tem, de forma costumeira, essa função de representação das partes – art. 8º, III da CF.
Na primeira interpretação, o TST entendeu que essa hipótese não era de substituição processual irrestrita – OJ 310, SDBI-I. A substituição processual estava limitada ao que a lei permitia.
Por se encontrar na CF, essa matéria foi objeto de deliberação no STF, que decidiu que essa substituição é ampla e irrestrita para resguardar o direito das partes. Consequentemente, o TST teve que cancelar a OJ.
OJ 359 SDBI-I.
A substituição processual é concorrente. Tanto o sindicato pode entrar com a ação quanto a parte. A parte pode entrar, depois que o sindicato já ajuizou, e pode desistir, transigir, etc., independente da anuência do sindicato.
Essa substituição processual é primária. Se a parte não entrar com a ação, o sindicato pode entrar.
Substituição processual não se confunde com representação. Representação é alguém que está em nome alheio atuando na defesa de direito também alheio. Pode ser convencional, em que as partes escolhem o seu representante, como pode ser também a figura do representante legal.
Substituição processual não se confunde com sucessão. Na sucessão é alguém que está em nome próprio defendendo o próprio direito. Pode ser por motivo causa mortis ou não. Na sucessão de empresas somente o sucessor reponde pelos créditos trabalhistas.
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA E BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUÍTA
Assistência judiciária é o patrocínio gratuito da causa por um advogado custeado pelo Estado que abrange o benefício da justiça gratuita também – arts. 14 (§§ 2º e 3º) e 18, Lei 5.584/70.
No Processo do Trabalho, a assistência judiciária é representada pelo sindicato da categoria profissional.
Art. 18, Lei 5.584/70. Não precisa ser associado do sindicato, basta que seja trabalhador e esteja associado aquela categoria. Função assistencial do sindicato.
Lei 7.015/83.
OJ 304, SDBI-I.
Benefício da justiça gratuita é uma ideia muito mais restritiva, onde fica limitado a isenção de custas e despesas processuais.
Art. 790, § 3º, CLT. Os juízes e tribunais podem conceder de ofício. É facultativa.
OJ 269, SDBI-I. Pode ser requerido em qualquer instância, desde que seja no prazo alusivo ao recurso.
Honorários advocatícios, no Processo do Trabalho, é preciso verificar se é reclamação trabalhista de empregado ou é reclamação trabalhista de uma relação de trabalho que não seja de emprego.
Súmula 219, TST.
Honorários advocatício de empregado tem que ter 2 requisitos: assistência pelo sindicato e insuficiênciaeconômica (até 2 salários mínimos ou declaração de insuficiência).
Súmula 329, TST.
OJ 305, SDBI-I.
Relação de trabalho: o art. 5º da Instrução Normativa nº 27 do TST, diz que os honorários advocatícios são devidos pela a mera sucumbência. Ou seja, quem perde paga – art. 20, CPC.
07/04/14
DEVERES ENVOLVENDO PROCESSO DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Art. 14, CPC. Os auxiliares da justiça e os terceiros também são atingidos por esse parâmetro.
Arts. 15 e 16, CPC. São deveres fixados pelo legislador para atuar com lisura.
Art. 17, CPC. O litigante de má-fé é aquele que viola estes deveres.
Art. 18, CPC.
A litigância pode ser reconhecida de ofício ou a requerimento. A finalidade é inibir abusos no processo.
ASSÉDIO PROCESSUAL
O assédio é uma conduta abusiva de natureza psicológica que atenta contra a dignidade psíquica e se dá sempre de forma repetitiva, prolongada.
A Constituição, a partir do momento que assinou o Pacto de São José da Costa Rica, acrescentou o art. 5º, LXXVIII, através da EC 45/05.
ELEMENTOS:
Sujeito ativo: atores da prática do assédio processual (defensor, procurador, promotor, auxiliar da justiça, advogado, juiz, parte).
Sujeito passivo: vítima (qualquer um dos sujeitos da relação jurídica processual ou qualquer uma das pessoas que atua no processo, incluindo as testemunhas e o Estado).
Elemento objetivo: representa o conjunto de atos processuais praticados. Podem ser de ordem endoprocessual (dentro do processo) ou extraprocessual (fora do processo).
Elemento subjetivo (amínico): deverá ficar caracterizado o dolo ou a culpa grave com o objetivo de causar prejuízos.
Dano processual: os atos processuais deverão ser praticados com o escopo de prejudicar o bom andamento do processo ou seu resultado útil.
Dano pessoal: a prática desses atos processuais deverá ter o condão de provocar lesões ao patrimônio moral e/ou material da vítima.
Ato ilícito: o assédio processual consubstancia um ato ilícito decorrente do abuso dos direitos processuais com ofensa ao ordenamento jurídico vigente, à boa-fé processual, à ética, à justiça e ao direito.
Também é possível caracterizar o uso de violência psicológica e física.
CARACTERÍSTICAS
Horizontal: é aquele realizado entre os litigantes ou decorrente de condutas praticadas por auxiliares da justiça (perito, oficial de justiça, etc.) ou os demais operadores do direito (advogado, Ministério Público),
Vertical:
Descendente: é aquele praticado pelo juiz em detrimento de uma ou ambas as partes.
Ascendente: é o ato praticado por uma das partes em relação ao magistrado com o objetivo de afastá-lo do processamento.
Obs.: os atos têm que ser reiterados.
	
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
	ASSÉDIO PROCESSUAL
	
Há dois elementos caracterizadores: o elemento objetivo (ato atentatório à boa ordem processual); e o elemento subjetivo (o dolo do agente que pratica o ato).
	
Apresenta três elementos caracterizadores: o elemento objetivo (ato atentatório à boa ordem processual); o elemento objetivo (o dolo do agente que pratica o ato); e o elemento de resultado (prejuízo da vítima).
	
O prejuízo da vítima pode ou não ocorrer.
	
O prejuízo da vítima deverá ocorrer para a caracterização do assédio processual.
	
Os atos que caracterizam a litigância de má-fé estão previstos no art. 17 e 600 do CPC. A pena somente é aplicada aos fatos tipificados.
	
O assédio processual é a prática reiterada de qualquer dos atos de má-fé, de outros atentatórios à regularidade processual e à dignidade judiciária.
	
Poderá ser algo tópico ou esporádico.
	
Não é algo tópico ou esporádico, mas intenso, duradouro e destrutivo, consubstanciando uma série de atos processuais.
	
A única vítima é o ex-adverso.
	
Poderão ser vítimas qualquer das partes, os juízes, os auxiliares da justiça, os advogados, os promotores e até o Estado.
	
O litigante de má-fé é reprimido no próprio processo em que praticou prejuízo à vítima, de ofício ou a requerimento da parte contrária.
	
O assediador poderá ser reprimido no próprio processo em que praticou o ato ilícito ou em outro processo, visto que o assédio poderá ser objeto de demanda própria (ação de indenização).
	
A litigância de má-fé comente leva em conta atos que foram praticados no processo em tela.
	
O assédio processual poderá levar em conta tanto fatores endoprocessuais como extraprocessuais, ou seja, atos praticados em outros processos poderão resultar na configuração do assédio processual.
09/04/14
AUDIÊNCIA TRABALHISTA
Audiência é o ato pelo qual se ouve alguém. Tudo acontece na audiência. Na CLT a audiência é UNA, na prática há exceções.
CONCEITO ANALÍTICO (Leoni)
“Audiência é o ato solene, formal, caracterizado pelo comparecimento das partes, dos advogados e dos auxiliares do juízo. Nela são realizados diversos atos processuais, como as tentativas obrigatórias de conciliação, o interrogatório e o depoimento pessoal das partes, a oitiva das testemunhas e de peritos, em que o magistrado formará o seu convencimento e, ao final, prolatará a sua decisão se frustrada a conciliação”.
Art. 813, CLT. A audiência é um ato público.
Art. 93, IX, CF.
A audiência realizar-se-á entre 8 e 18 horas ≠ dos atos processuais que serão realizados entre 6 e 20 horas (art. 770, CLT).
§ 1º Se houver mudança de local tem que ter aviso fixado com 24 horas de antecedência.
As partes têm que comparecer sempre para que haja possibilidade de conciliação.
Art. 814, CLT. Normalmente é o secretário de audiência que comparece.
Art. 815, PU, CLT. O advogado deverá aguardar 30 minutos, conforme estatuto da OAB.
Art. 816, CLT. Poder de polícia.
Art. 817, CLT. Registro em livro próprio.
FINALIDADES DA AUDIÊNCIA
Princípio da Oralidade: audição das partes litigantes/reclamantes.
Oitiva das testemunhas: prova utilizada na Justiça do Trabalho com mais intensidade.
Realização das tentativas de conciliação: privilegiar a autocomposição.
Audição dos auxiliares do juízo (perito, assistente técnico): pode ocorrer também se precisar de intérprete.
Possibilitar às partes a apresentação das razões finais: normalmente desprezado pela grande maioria. Na prática: “me reporto”. Pode ser utilizado para a parte registrar o protesto.
Formação do convencimento do juiz (Livre Convencimento Motivado – art. 131, CPC): mesma regra para o processo do trabalho.
Realização do julgamento.
REGRAS DO ART. 813.
Publicidade: o segredo de justiça pode ocorrer em caráter excepcional quando houver interesse público ou direito da intimidade da parte – art. 5º, LX, CF. Pode ocorrer também em caso de improbidade.
Dias de realização de audiência: dias úteis.
Local: na sede do juízo ou Tribunal.
Horário: entre 8 e 18 horas.
Limite temporal: cada audiência não pode ultrapassar 5 horas seguidas, salvo se houver matéria urgente.
Art. 849, CLT. Como regra é UNA, única e contínua.
Exceção: se não for possível por motivo de força maior, será marcada para depois, independentemente de nova notificação.
FRACIONAMENTO DA AUDIÊNCIA EM 3 SESSÕES:
Audiência inaugural ou de conciliação: apresentação da defesa. Primeira tentativa de conciliação. Necessidade de comparecimento das partes para tentativa de conciliação – art. 843, CLT.
Reclamatórias plúrimas: litisconsórcio ativo facultativo.
Ações de cumprimento: art. 872, PU, CLT.
Exceções:
Art. 843, § 1º, CLT. O empregador pode ser substituído pelo gerente ou preposto que tenha conhecimento do fato. A Súmula 377 do TST diz que o preposto tem que ser empregado do reclamado, exceto nos casos de empregado doméstico e micro ou pequeno empresário.
Art. 843, § 2º, CLT. O empregado poderá ser substituído em caso de doença por um colega ou representante do sindicato para justificar a sua falta.
Art. 844, CLT. Hipótese de arquivamento se o reclamante não comparecer e revelia se o reclamado não comparecer, bem como confissão da matéria de fato.
Súmula 122, TST. Atestado médico declarando expressamente a impossibilidade de locomoção para afastara revelia.
16/04/14
Audiência de instrução ou em prosseguimento.
Audiência em prosseguimento é uma expressão utilizada pelo TST. É chamada de instrução porque quando o juiz faz z audiência inaugural, faz z proposta de conciliação. As partes não aceitando a conciliação, o juiz recebe a defesa e adia a audiência de instrução para outro momento.
Na audiência inaugural as partes já saem notificadas para comparecer na audiência de instrução para prestar depoimento pessoal.
Se as partes não comparecem na audiência em prosseguimento, a consequência processual se encontra na Súmula 74 do TST.
Aplica-se a confissão à parte (reclamante e reclamado). Essa confissão é diferente da decorrente da revelia na audiência inaugural. Lá é uma consequência da ausência do reclamado. Aqui, é consequência da ausência de qualquer uma das partes. Essa confissão é decorrente do ônus da prova. É uma confissão ficta. Admite prova em contrário – Súmula 74, II, TST.
Confissão real é aquela em que alguém manifesta contrária a seus interesses e favorável ao interesse da outra parte. Não admite prova em contrário (CPC).
Se a audiência foi adiada sine die, terá que ser expedida notificação para as partes comparecerem.
Art. 843 a 852, CLT. Concluindo a sessão, o juiz abre espaço para as razoes finais.
Art. 844, CLT. Quando estiver envolvida pessoa jurídica de direito público, ela também será atingida pela revelia e não pela confissão – OJ nº 152, SBDI-I.
A confissão ficta não se aplica porque as pessoas de direito público tem seu patrimônio enquadrado como bem público, logo são indisponíveis, inalienáveis e impenhoráveis, não sendo atingidos.
Art. 845, CLT. Audiência UNA.
Art. 846, CLT. Antes da contestação será feita a primeira proposta de conciliação.
Súmula 418, TST. Quando as partes apresentam acordo, o juiz não é obrigado a homologar. Não cabe mandado de segurança porque não é direito líquido e certo.
Art. 846, § 2º, CLT. Quando o acordo é parcelado, se a parte deixar de cumprir uma determinada parcela todas as seguintes deverão ser pagas antecipadamente.
Art. 847, CLT. Defesa oral em 20 minutos (contestação ou resposta do réu).
Arts. 848 e 849, CLT.
Audiência de julgamento: expressão usada na CLT.
Audiência em julgamento é a expressão que a CLT usa para audiência em geral. Independe de notificação, pois as partes já foram notificadas em audiência anterior.
Art. 850, CLT.
Art. 851, § 2º, CLT. O juiz tem que juntar a ata de julgamento em 48 horas para que comece a correr o prazo recursal. Se não for juntada nesse prazo, aplica-se a Súmula 30 do TST, ou seja, deverá ser expedida notificação da sentença e após o recebimento começará a contar o prazo.
Art. 852, CLT.
Súmula 197, TST. Conta do dia em que estava marcada a audiência de julgamento. No dia seguinte começará a contar o prazo.
28/04/14
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Arts. 625-A a 625-H, CLT.
	É uma tentativa de conciliação extrajudicial. Suspende a prescrição trabalhista.
Art. 625-A, CLT. Formas como as Comissões serão constituídas. Sempre em número par.
Art. 625-B, CLT. Trata da composição. A metade do empregador é indicada, a do empregado é eleita.
Art. 625-C, CLT.
Art. 625-D, CLT. O STF concedeu uma liminar suspendendo o efeito deste caput.
O termo de conciliação é título executivo extrajudicial. Se houver ressalva em relação a alguma verba trabalhista, poderá a parte intentar ação trabalhista para discuti-la. Se não houver ressalva, não será possível discutir novamente o mérito.
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
O procedimento sumaríssimo foi instituído pela Lei 9.957/2000 (que acrescentou os arts. 852-A a 852-I à CLT), objetivando tornar o processo do trabalho mais célere, sendo aplicado aos dissídios individuais, cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário-mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação (art. 852-A da CLT).
Em relação ao procedimento sumaríssimo é importante destacar:
Somente é aplicado aos dissídios individuais cujo valor da causa não exceda a 40 salários-mínimos na data do ajuizamento da reclamação trabalhista – art. 852-A, caput, CLT.
Não se aplica aos dissídios coletivos – art. 852-A, caput, CLT.
Aplica-se às ações plúrimas, desde que o valor total dos pedidos para todos os reclamantes não exceda a 40 salários-mínimos – art. 852-A, caput, CLT.
A administração pública direta, autárquica e fundacional não será submetida ao procedimento sumaríssimo – art. 852-A, PU, CLT.
Obs.: Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista são empresas públicas de direito privado.
O pedido deverá ser certo e determinado, indicando cada parcela o valor correspondente – art. 852-B, I, CLT.
Não se fará a citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado – art. 852-B, II, CLT.
A apreciação do dissídio deverá ocorrer no prazo máximo de 15 dias do seu ajuizamento – art. 852-B, III, CLT.
Se o pedido não for liquidado ou não forem indicados o nome e o endereço corretos do reclamado, a reclamação será arquivada e o reclamante será condenado ao pagamento de custas, calculadas sobre o valor da causa, não sendo possível emenda à inicial – art. 852-B, § 1º, CLT.
As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, não sendo possível o magistrado partilhar a audiência, como ocorre frequentemente no procedimento ordinário – art. 852-C, CLT.
Não haverá duas propostas de conciliação obrigatórias como ocorre no procedimento comum, cabendo apenas ao juiz, na abertura da sessão, esclarecer as partes presentes sobre as vantagens da conciliação – art. 852-E.
Serão decididos de plano todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo (como a incompetência relativa, a conexão, a litispendência, a coisa julgada, etc.). As demais questões (relativas ao mérito) serão decididas na sentença – art. 852-G, CLT.
Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente – art. 852-H, caput, CLT.
Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz (como ocorre nas hipóteses em que a reclamada apresenta um número excessivo de documentos) – art. 852-H, § 1º, CLT.
As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação – art. 852-H, § 2º, CLT.
Somente será deferida intimação da testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer (por meio de carta com aviso de recebimento, telegrama, notificação extrajudicial, etc.). Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva – art. 852-H, § 3º, CLT.
Obs.: ≠ do art. 825, CLT.
Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta (princípio da celeridade processual), será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, ficar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito, devendo as partes ser intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias – art. 852-H, §§ 4º e 6º, CLT.
Obs.: insalubridade e periculosidade têm que passar obrigatoriamente pela perícia.
Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa – art. 852-H, § 7º, CLT.
A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensando o relatório – art. 852-I, caput, CLT.
Nas reclamações trabalhistas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: a) será imediatamente distribuído, uma vez que recebido no tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; b) terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessãode julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; c) terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razoes de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstancia, servirá de acórdão; d) os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo – art. 895, § 1º, II, III e IV e § 2º, CLT.
Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade à súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta à Constituição da República – art. 869, § 6º, CLT.
05/05/14
PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial é a provocação que a parte faz ao Judiciário.
CARACTERÍSTICAS
É uma peça formal onde deverá ser preenchidos os requisitos no momento da propositura da ação sob pena de emenda ou inércia.
Define os limites objetivos da lide. Encontram-se nos fatos e fundamentos e na relação de pedido.
Define os limites subjetivos da lide. Os sujeitos da lide. Aquele que está pedindo a tutela jurisdicional do Estado e aquele em face a quem essa tutela está sendo pedido.
Quebra a inércia do Poder Judiciário. O Estado-Juiz só poderá atuar por provocação da parte, como regra geral.
O nosso sistema processual adota o sistema da ascensão. O juiz verifica naquele momento se a parte é legítima para continuar ou não no processo. 
RECLAMAÇÃO VERBAL
Art. 840, CLT. No Processo do Trabalho a reclamação pode ser escrita ou verbal.
§ 2º Reclamação verbal. Se o reclamante não voltar para assinar o termo ficará 6 meses sem poder entrar novamente com o processo (perempção) – art. 786, CLT.
RECLAMAÇÃO ESCRITA
Art. 840, § 1º, CLT. Formalidades da petição inicial escrita.
	
PETIÇÃO INICIAL
	
PARTES DA RECLAMAÇÃO
	LEI REGULAMENTADORA
	EXEMPLO
	Juiz a quem é dirigida
	CLT, 840, § 1º c/c CPC, 282.
	
Exmo. Sr. Dr. Juiz da Vara do Trabalho
	Qualificação das partes (reclamante e reclamado)
	CLT, 840, 1º, CPC, 282, II.
	
Nome completo, estado civil, endereço completo, profissão, identidade, CPF, PIS, CTPS, nome da mãe, data de nascimento, nome e endereço do advogado.
	Comissão de Conciliação Prévia
	CLT, 625-D.1 – vide nota de rodapé.
	
Submissão ou não da Comissão de Conciliação Prévia.
	Fatos e fundamentos que justificam o pedido
	CLT, 840, 1º, CPC, 282, III.
	
Narrar os fatos e fundamentar com dispositivos legais ou normativos pertinentes a matéria.
	Pedido
	CLT, 840, 1º, CPC, 282, I.
	
Elaborar pedidos.2
1 Por maioria de votos, o Supremo Tribunal de Justiça (STF) determinou nesta quarta-feira (13) que demandas trabalhistas podem ser submetidas ao Poder Judiciário antes que tenham sido analisadas por uma comissão de conciliação prévia. Para os ministros, esse entendimento preserva o direito universal dos cidadãos de acesso à Justiça. A decisão é liminar e vale até o julgamento final da matéria, contestada em duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 2139 e 2160) ajuizadas por quatro partidos políticos e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC). Tanto a confederação quanto o PC do B, o PSB, o PT e o PDT argumentaram que a regra da CLT representava um limite à liberdade de escolha da via mais conveniente para submeter eventuais demandas trabalhistas. Sete ministros deferiram o pedido de liminar feito nas ações para dar interpretação conforme a Constituição Federal ao artigo 625-D da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que obrigava o trabalhador a primeiro procurar a conciliação no caso de a demanda trabalhista ocorrer em local que conte com uma comissão de conciliação, seja na empresa ou no sindicato da categoria. Com isso, o empregado pode escolher entre a conciliação e ingressar com reclamação trabalhista no Judiciário.
2 No Procedimento Sumaríssimo (artigos 852-A até 852-I, CLT) será necessário quantificar os pedidos e atribuir a causa o valor da soma deles, sob pena de arquivamento – artigo 852-B, I CLT (Lei 9.957/00).
	Pedido de citação e condenação
	CPC, 282, VI.
	
Requer a notificação da reclamada para ciência da presente...
	Provas
	
CPC, 282, VI.
	Provas em direito admitidas.
	Valor da causa
	
CLT, 840, § 1º, CPC, 282, V, Lei 5.584/70.
	Atribuir dependendo do rito processual.
	P. deferimento
	
	
Pede deferimento.
	Valor da causa
	
CLT, 840, § 1º.
	R$...
	Assinatura
	
CLT, 840, § 1º.
	
Ao fazer a indicação do juízo, está, de certo modo, fazendo a indicação da competência.
O protocolo na Justiça do Trabalho é o momento do “cite-se” no CPC.
Art. 39, I, CPC. Endereço do advogado.
Formalidade exigida: nome do reclamante e qualificações.
Fundamento legal: art. 282, III, CPC. Não é obrigatório o seu uso. É uma norma federal. Parte do princípio de que é do conhecimento de todos. Iura novit curia (o juiz conhece o direito).
Fundamento jurídico não basta dizer a origem, justificar. Deverá ser recheado de situações concretas o modo como se deu o fato. (historinha).
Os fatos é a chamada causa remota. É preciso também dos fundamentos jurídicos que é a causa próxima. Teoria da substanciação.
Causa próxima é a repercussão jurídica dos fatos que são narrados.
Pedidos: ‘pelo exposto, requer:’
Art. 295, PU, CPC. O processo civil fez uma correlação direta entre causa de pedir e pedido.
Súmula 396, II do TST.
Cada pedido apresentado na petição inicial representa uma ação isolada. Quando houver um pedido que não tem causa de pedir, será colocado ‘inépcia da petição inicial em relação ao pedido...’.
Peça sem assinatura é uma peça apócrifa/falsa.
Na esfera trabalhista o juiz do trabalho é quem conduzirá as provas.
ATO Nº 868/2005
O Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, nos termos do inciso I do artigo 96 da Constituição Federal e no uso das atribuições conferidas pelo artigo 25, XXXIX, do Regimento Interno,
Considerando o princípio da celeridade processual, consagrado pelo inciso LXXVIII do artigo 5º da Constituição Federal;
Considerando as ponderações formuladas pelos senhores advogados para cumprimento das exigências contidas nos Provimentos nº 05 e 06/2003 do Tribunal Superior do Trabalho;
Considerando que a distribuição dos processos deve se dar de forma imediata em todos os graus de jurisdição, nos termos do inciso XV do artigo 93 da Constituição Federal;
Considerando o volume diário de petições iniciais apresentadas para distribuição;
RESOLVE:
Art. 1º - Determinar que a partir de 09.5.2005 constem das petições iniciais, quando da qualificação das partes, os seguintes dados:
Autor:
RG (número, órgão expedidor e Unidade da Federação [UF])
CTPS (número, série e Unidade da Federação [UF])
CPF
PIS/PASEP (ou NIT [Número de Inscrição do Trabalhador no INSS])
Data de nascimento
Nome da mãe
Réu:
CNPJ ou CEI (Cadastro Específico do INSS)
CPF
Art. 2º - Em caso de ausência de qualquer dos dados relacionados no artigo 1º, o advogado que subscreve a petição inicial deverá declarar, sob sua responsabilidade, o motivo pelo qual os elementos exigidos não foram apresentados, se comprometendo a fornecê-los no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 3º - As petições iniciais serão distribuídas mediante sorteio após a entrega das mesmas na Divisão de Distribuição de Reclamações.
Parágrafo único – Estando presentes, na forma destacada, todos os elementos constantes do artigo 1º, poderá ser indicada a data para a realização de audiência, desde que autorizada a designação pelo Juízo sorteado.
Art. 4º - Realizada a distribuição, os autos serão encaminhados ao Juízo sorteado, onde serão conferidos os elementos constantes do artigo 1º do presente e doa artigo 66 do Provimento Feral Consolidado, prosseguindo o processamento na forma determinada peloJuiz.
Parágrafo único – Ausente qualquer dos elementos exigidos ou a declaração do advogado, referida no artigo 2º, deverá ser observado o disposto no artigo 283 do Código de Processo Civil.
Art. 5º - Das notificações iniciais e das citações deverá constar a advertência no sentido de que “nos termos do artigo 3º do Provimento 5/2003 do TST, a pessoa jurídica de direito privado que comparece em Juízo na qualidade de ré ou de autora, deverá informar o número do CNPJ ou do CEI (Cadastro Específico do INSS), assim como fornecer cópia do contrato social ou da última alteração contendo o número do CPF dos sócios.”
Art. 6º - As reclamações trabalhistas e demais ações que envolvam as mesmas partes serão distribuídas ao Juízo primeiramente sorteado, utilizando-se o sistema de cruzamento de dados.
§ 1º - Não se tratando de pedido que dependa do julgamento da ação anteriormente distribuída, o Juiz determinará o encaminhamento do processo para redistribuição, mediante compensação.
§ 2º - O cruzamento de dados se dará com as informações armazenadas no sistema pelos seis meses anteriores à distribuição.
Art. 7º - Este ato entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 04 de maio de 2005.
IVAN D. RODRIGUES ALVES
Desembargador Federal do Trabalho
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região
Publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro de 9 de maio de 2005, Parte III, Seção II, p. 191.
Disponível no endereço eletrônico:
http://portal.trtrio.gov.br:7777/portal/page?_pageid=73,379482&_dad=portal&_schema=PORTAL
07/05/14
Em relação ao valor da causa, há 3 correntes que discutem isso:
O valor da causa não é necessário ao processos do trabalho porque não está enumerado no art. 840 da CLT e não se torna requisito essencial. O art. 2º e seu § 2º da Lei 5.584/70 diz que quando não houver valor da causa cabe ao juiz dar esse valor.
Diz que o valor da causa tornou-se necessário no processo do trabalho porque irá definir o rito (ordinário, sumaríssimo e sumário).
Diz que hoje o valor da causa só é exigido para o rito de procedimento sumaríssimo, por conta de suas peculiaridades.
O que tem prevalecido é a última corrente.
ADITAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
Aditamento é um acréscimo à petição inicial. É a possibilidade de alterar o pedido ou a causa de pedir.
Ex.: na petição inicial o advogado esquece de colocar o pedido de horas extras.
Obs.: emenda ocorre quando a petição está defeituosa, há a necessidade de consertá-la.
Ex.: quando o advogado pede horas extras, mas esquece de colocar na causa de pedir, ele deverá emendar a petição, pois errou.
Art. 264, CPC.
Art. 294, CPC.
Tendo em vista que a notificação da citação inicial é expedida pelo Diretor de Secretaria e a contestação é apresentada na audiência inaugural que é realizada de forma UNA e contínua, o aditamento da petição inicial pode se dar em 2 hipóteses:
até a apresentação da defesa pelo reclamado na audiência. Se este aditamento for feiro no momento da audiência, embora antes da defesa, na prática, o juiz pergunta ao reclamado se concorda ou não. Há autores que entendem que o juiz simplesmente deveria permitir o aditamento e adiar a audiência, outros entendem que o juiz deve sim perguntar ao reclamado se concorda ou não com o aditamento e se deve ou não adiar a audiência.
após a apresentação da defesa do reclamado só é possível aditar com a concordância deste. Se houver a concordância, suspende a audiência e marca outra data que não poderá ser em um prazo inferior a 5 dias (art. 841, CLT). Se for ente público será 20 dias (quádruplo para contestar).
Depois da audiência inicial, na fase de instrução não pode mais aditar a inicial.
EMENDA À INICIAL
Emenda significa consertar, remendar, corrigir. Ocorre quando há um vício ou defeito na petição inicial. 
Art. 284, CPC.
Súmula 263, TST. Esse vício tem que ser sanável. Será aberto o prazo de 10 dias para que a parte conserte. Se a parte não cumprir, a petição inicial será indeferida resultando no julgamento do processo sem julgamento de mérito.
Caso haja vício insanável na petição inicial, não há outra alternativa senão o indeferimento da petição inicial. Vício insanável, para o TST, é aquele contido no art. 295 do CPC. Nesse caso será indeferido de plano sem julgamento de mérito, salvo a decadência e a prescrição que equivale a julgamento de mérito.
Art. 267, CPC. Sem julgamento de mérito.
Art. 269, CPC. Com julgamento de mérito.
O art. 296 do CPC permite que, no Processo Civil, ao indeferir a petição inicial, após apelação da parte, o juiz se retrate.
Há doutrinadores que entendem que esse entendimento pode ser trazido para o Processo do Trabalho tendo em vista a lacuna legislativa e a compatibilidade com as regras trabalhistas.
No Processo do Trabalho, o equivalente a apelação é o recurso ordinário.
A natureza jurídica dessa decisão que indefere a petição inicial é de natureza terminativa.
Pedido sucessivo: um é excludente do outro. Ex.: reintegração ou indenização equivalente.
Pedido alternativo: ou um ou outro. Ex.: cumprir o determinado na cláusula do contrato da empresa: ou relógio de ouro ou viagem para Europa.
Pedido cominativo: quando envolve obrigação de fazer ou não fazer pode ser imposta multa enquanto não se cumpre.
RESPOSTA DO RÉU
Contestação
Exceção
Reconvenção
Essa defesa pode se dar sobre 3 aspectos:
Defesa indireta do processo:
Exceções (dilatórias) – art. 304, CPC. São exceções instrumentais.
Preliminares (peremptórias) – art. 301, CPC. Aplica-se as exceções absolutas.
Defesa indireta de mérito
Prescrição/Decadência
Defesa direta de mérito
12/05/14
EXCEÇÃO
Defesas indiretas do processo podem ser os efeitos dilatórios (exceções) e as alegações de preliminares. As exceções constituem um meio de defesa. São as exceções instrumentais, aquelas que devem ser apresentadas por um peça autônoma.
A CLT quando trata das exceções, apresenta tão somente duas possibilidades: exceção de suspeição e de incompetência – art. 799, CLT.
Hoje, a exceção de impedimento aplica-se também ao Processo do Trabalho,
O autor da exceção é o excipiente e a exceção é apresentada em face do exceto – art. 800, CLT.
Art. 799, CLT. “Matéria de defesa” são as preliminares de contestação.
§ 2º - Determina a natureza jurídica do julgamento da exceção. A decisão que julga as exceções de incompetência e de impedimento tem natureza jurídica de decisão interlocutória, ou seja, não cabe recurso, mas as partes poderão se manifestar no recurso da decisão final.
Art. 893, § 1º, CLT.
Se o juiz acolhe a exceção de incompetência territorial e remete os autos para uma Vara de outro Tribunal, o TST abriu uma exceção. Nesse caso sabe recurso – Súmula 214, TST.
Art. 800, CLT. A exceção de incompetência é apresentada no dia da audiência inaugural, junto com a defesa.
No caso desta exceção de incompetência relativa, o que tem predominado na doutrina e na jurisprudência é que esta exceção tem que ser feita por escrito em peça apartada. Não pode ser no bojo da contestação – art. 112, CPC. 
O PU do art. 112 do CPC não se aplica ao Processo do Trabalho. Não há eleição de foro no processo do trabalho. A regra geral é o local da prestação de serviço – art. 651, CLT.
Se o reclamado não alegar essa exceção de incompetência no dia da audiência inaugural ocorre a prorrogação de competência, ou seja, aquele juiz que não era competente terá que ir até o final do processo.
Art. 801, CLT. Exceção de suspeição
PU. Hipóteses em que não será aceita a exceção de suspeição.
Art. 802, CLT. Aplica-se à exceção de suspeição e à exceção de incompetência.
§ 1º O juiz singular não pode julgar a própria suspeição. A exceção deverá ser remetido para ser julgado no Tribunal.
Arts. 134, CPC. Todas essas exceções são de caráter objetivo, podem ser provadas através de documentos.
Art. 135, CPC. Trata das hipóteses de suspeição que são de caráter subjetivo.
Art. 136, CPC.
CONTESTAÇÃO
Tem um sentido etimológico de negação,

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