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Direito Processual do Trabalho

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Direito Processual do Trabalho
O Instituto IOB nasce a partir da 
experiência de mais de 40 anos da IOB no 
desenvolvimento de conteúdos, serviços de 
consultoria e cursos de excelência.
Por intermédio do Instituto IOB, 
é possível acesso a diversos cursos por meio 
de ambientes de aprendizado estruturados 
por diferentes tecnologias.
As obras que compõem os cursos preparatórios 
do Instituto foram desenvolvidas com o 
objetivo de sintetizar os principais pontos 
destacados nas videoaulas.
institutoiob.com.br
Direito Processual do Trabalho / Obra organizada 
pelo Instituto IOB - São Paulo: Editora IOB, 2013.
ISBN 978-85-8079-016-0
Informamos que é de inteira 
responsabilidade do autor a emissão 
dos conceitos.
Nenhuma parte desta publicação 
poderá ser reproduzida por qualquer 
meio ou forma sem a prévia 
autorização do Instituto IOB.
A violação dos direitos autorais é 
crime estabelecido na Lei nº 
9.610/1998 e punido pelo art. 184 
do Código Penal.
Sumário
Capítulo 1 – Aplicação Subsidiária, 7
1. Art. 769 da CLT, 7
Capítulo 2 – Princípios Constitucionais do Processo, 9
1. Devido Processo Legal, 9
2 Juiz Natural, Imparcialidade do Juiz, Publicidade, 10
3. Motivação e Coisa Julgada, 11
4. Efetividade, Isonomia e Duração Razoável do Processo, 12
5. Ampla Defesa, Contraditório e Acesso à Justiça, 13
Capítulo 3 – Princípios do Processo do Trabalho, 15
1. Princípio da Proteção, Princípio da Finalidade Social e Princípio 
da Busca da Verdade Real, 15
2. Princípio da Indisponibilidade, Princípio da Conciliação e 
Princípio da Oralidade, 16
3. Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões 
Interlocutórias, 17
Capítulo 4 – Organização da Justiça do Trabalho, 18
1. Organização do Poder Judiciário Brasileiro, 18
2. Organização da Justiça do Trabalho: Aspectos Históricos, 19
3. Organização da Justiça do Trabalho: TST, 21
4. Organização da Justiça do Trabalho: Competência do TST, 22
5. Organização da Justiça do Trabalho: TRT, 23
6. Organização da Justiça do Trabalho: Vara do Trabalho, 25
Capítulo 5 – Competência e Jurisdição, 27
1. Jurisdição, 27
2. Competência: Divisão, 28
Capítulo 6 – Competência da Justiça do Trabalho, 30
1. Competência Material: Art. 114, I, Primeira Parte, 30
2. Competência Material: Art. 114, I, Segunda e Terceira Partes, 31
3. Competência Material: Art. 114, II e III, 33
4. Competência Material: Art. 114, IV e V, 34
5. Competência Material: Art. 114, VI, 36
6. Competência Material: Art. 114, VII, VIII, IX, 37
7. Competência em Razão do Lugar, 38
8. Competência Funcional, 39
Capítulo 7 – Ação, 41
1. Ação: Natureza Jurídica e Conceito, 41
2. Ação: Elementos da Ação, 42
3. Ação: Classificação, 43
4. Ação: Condições da Ação, 44
Capítulo 8 – Processo e Procedimento, 46
1. Pressupostos Processuais, 46
2. Procedimentos: Procedimento Sumário, 47
3. Procedimento Sumariíssimo: Arts. 852-A a 852-D da CLT, 48
4. Procedimento Sumariíssimo: Arts. 852-E a 852-I da CLT, 49
Capítulo 9 – Atos, Termos e Prazos Processuais, 51
1. Atos Processuais – Aspectos Gerais, 51
2. Comunicação dos Atos Processuais: Citação e Notificação, 52
3. Comunicação dos Atos Processuais: Intimação, 53
4. Prazo Processual, 55
5. Contagem do Prazo Processual, 56
6. Suspensão e Interrupção do Prazo Processual, 57
Capítulo 10 – Distribuição e Custas, 59
1. Distribuição, 59
2. Custas e Emolumentos, 60
Capítulo 11 – Partes e Procuradores, 62
1. Partes: Capacidade para ser Parte e Capacidade Processual, 62
2. Litisconsórcio, 64
3. Capacidade Postulatória, 65
4. Representação e Assistência, 67
5. Intervenção de Terceiros, 69
Capítulo 12 – Petição Inicial, 70
1. Petição Inicial: Requisitos, 70
2. Pedido, 71
3. Petição Inicial: Aditamento, Emenda e Indeferimento, 73
Capítulo 13 – Audiência Trabalhista, 75
1. Audiência Trabalhista: Aspectos Gerais, 75
2. Audiência Trabalhista: Comparecimento das Partes, 76
3. Audiência Trabalhista: Conciliação, 77
4. Audiência Trabalhista: Instrução e Julgamento, 78
5. Resposta do Réu: Contestação, 79
6. Resposta do Réu – Reconvenção e Exceções, 80
Capítulo 14 – Provas e Nulidades, 82
1. Provas: Conceito e Princípios, 82
2. Provas: Objeto e Ônus, 83
3. Provas: Meios de Provas, 84
4. Nulidades, 85
Capítulo 15 – Teoria Geral dos Recursos, 87
1. Recursos no Processo do Trabalho: Efeitos, 87
2. Recursos no Processo do Trabalho: Pressupostos Extrínsecos e 
Intrínsecos, 88
3. Recursos no Processo do Trabalho: Recorribilidade do Ato, 89
4. Recursos no Processo do Trabalho: Adequação, 90
5. Recursos no Processo do Trabalho: Regularidade de 
Representação, 90
6. Recursos no Processo do Trabalho: Tempestividade, 92
7. Recursos no Processo do Trabalho: Preparo, 93
Capítulo 16 – Recursos em Espécie, 95
1. Embargos de Declaração: Cabimento, 95
2. Embargos de Declaração: Efeito Modificativo e Embargos 
Protelatórios, 96
3. Recurso Ordinário: Cabimento e Prazo, 97
4. Recurso Ordinário: no Rito Sumariíssimo, 98
5. Recurso Ordinário: Efeito Devolutivo em Profundidade e Teoria 
da Causa Madura, 99
6. Recurso Ordinário: Art. 557-A do CPC, 99
7. Agravo de Instrumento, 101
8. Recurso de Revista: Hipótese de Cabimento no Rito Ordinário, 102
9. Recurso de Revista: Hipótese de Cabimento no Rito Sumaríssimo 
e na Execução, 102
10. Recurso de Revista: Art. 896, “a” da CLT, 103
11. Recurso de Revista: Comprovação da Divergência, 104
12. Recurso de Revista: Art. 896, “b” da CLT, 105
13. Recurso de Revista: Art. 896, “c” da CLT, 106
14. Recurso de Revista: Prequestionamento, 107
15. Recurso de Revista: Súmulas nos 126 e 218 do TST e a 
Transcendência, 108
16. Embargos no TST – Embargos de Divergência, 109
17. Embargos no TST – Embargos de Nulidade e Embargos 
Infringentes, 110
18. Recurso Extraordinário, 111
19. Recurso Adesivo, 114
Capítulo 17 – Execução, 115
1. Aspectos Gerais e Princípios, 115
2. Regra da Subsidiariedade e Títulos Executivos, 116
3. Competência, 117
4. Legitimidade, 118
5. Fase de Liquidação, 120
6. Citação e Penhora, 121
7. Embargos e Impugnação, 123
8. Agravo de Petição, 125
9. Fase de Expropriação: Hasta Pública, 126
10. Fase de Expropriação: Arrematação, Adjudicação e Remição, 127
11. Embargos de Terceiros, 130
12. Exceção de Pré-Executividade e Execução Provisória, 131
Capítulo 18 – Ação Rescisória, 133
1. Conceito e Cabimento, 133
2. Competência, 134
3. Petição Inicial – Requisitos, 135
4. Hipóteses: Art. 485, I e II do CPC, 137
5. Hipóteses: Art. 485, III e IV do CPC, 138
6. Hipóteses: Art. 485, V do CPC, 140
7. Hipóteses: Art. 485, VI e VII do CPC, 141
8. Hipóteses: Art. 485, VIII e IX do CPC, 143
9. Prazo, 144
10. Tutela Antecipada e Jus Postulandi, 145
Gabarito, 147
Capítulo 1 
Aplicação Subsidiária
1. Art. 769 da CLT
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a aplicação subsidiária de outros diplomas legais 
em caso de omissão da CLT.
1.2 Síntese
Art. 769 da CLT – Nos casos omissos, o direito processual comum será 
fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for 
incompatível com as normas deste Título.
O art. 769 da CLT traz a regra a subsidiariedade em que, na omissão da CLT, 
aplicar-se-á subsidiariamente o processo comum, desde que não seja incompatível. 
A grande discussão gira em torno do termo omissão. Existem divergências 
na doutrina, divididas em três correntes;
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1) lacuna normativa: quando a lei não contém previsão para o caso concre-
to. A omissão deve ser completa, ou seja, de um instituto por inteiro. Ex.: ação 
cautelar, ação monitória, etc.;
2) lacuna ontológica: quando a norma não mais está compatível com os 
fatos sociais. Ex.: aplicação do art. 475-J do CPC na execução trabalhista; e 
3) lacuna axiológica: quando as normas processuais levam a uma soluçãoinjusta ou insatisfatória. Ex.: citação (a CLT não autoriza por oficial de justiça), 
prova (a CLT não fala em inspeção judicial).
Entretanto, não basta apenas a existência de omissão; é necessário a com-
patibilidade da legislação a ser aplicada.
A insuficiência de normas processuais trabalhistas fez com que o legislador 
inserisse na Consolidação das Leis do Trabalho o art. 769, de forma a autori-
zar a utilização subsidiária no processo do trabalho das normas do processo 
comum.
Extrai-se do art. 769 que a aplicação se dá quando:
a) não esteja aqui regulado de outro modo (“casos omissos”, “subsidiaria-
mente”); 
b) não ofendam os princípios do processo laboral (“incompatível”); 
c) se adapte aos mesmos princípios e às peculiaridades deste procedimento; 
d) não haja impossibilidade material de aplicação (institutos estranhos à 
relação deduzida no juízo trabalhista).
Exercício
1. É possível aplicar a execução prevista no art. 475-J do CPC no pro-
cesso do trabalho? Explique.
Capítulo 2
Princípios Constitucionais do 
Processo
1. Devido Processo Legal
1.1 Apresentação
Esta unidade temática abordará os princípios constitucionais do processo, 
iniciando pelo devido processo legal.
1.2 Síntese
A CF/1988 estabelece em seu art. 5º, inciso LIV que “ninguém será privado 
da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
Todos os demais outros princípios constitucionais decorrem do princípio 
do devido processo legal. 
O devido processo legal, nas lições de Nelson Nery Jr., caracteriza-se pelo tri-
nômio vida-liberdade-propriedade, ou seja, tudo que está relacionado com tutela 
à vida, à liberdade ou à propriedade está protegido pelo devido processo legal. 
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E, basicamente, o que o processo do trabalho tutela é o ser humano, motivo 
pelo qual o processo do trabalho deve observar o devido processo legal. 
Decorre daí quatro grandes garantias, a saber: a garantia de um julgamen-
to imparcial; de um procedimento regular; da plenitude da ação; e da pleni-
tude da defesa.
Os princípios que garantem um julgamento imparcial são: 1) o princípio 
do juiz natural; 2) o princípio da motivação; 3) o princípio da coisa julgada; 4) 
o princípio da imparcialidade do juiz.
Já o procedimento regular é garantido pelos seguintes princípios: 1) prin-
cípio da publicidade; 2) princípio da efetividade; 3) princípio da isonomia; 4) 
princípio da proibição da prova ilícita; 5) princípio do duplo grau de jurisdição; 
6) princípio da duração razoável do processo.
A plenitude de ação, por sua vez, decorre do princípio do acesso à justiça 
e do contraditório.
Por fim, a plenitude de defesa é garantida pelo princípio do contraditório 
e da ampla defesa.
Exercício
2. Em que consiste o Devido Processo Legal?
2 Juiz Natural, Imparcialidade do Juiz, 
Publicidade
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará os princípios do juiz natural, imparcialidade do 
juiz e publicidade.
2.2 Síntese
1 – Juiz natural – dois aspectos: 1º – positivo: o direito de ser julgado por um 
juiz investido de jurisdição; 2º – negativo: proibição da criação de um Tribunal 
de exceção. 
É possível se extrair deste princípio também a ideia do direito de ser julgado 
por um juiz investido de jurisdição, competente.
Também é denominado de princípio do “juiz legal”.
2 – Da imparcialidade do juiz – para que o julgamento seja imparcial, o 
juiz deve ser imparcial. É por isso que o juiz possui três garantias: vitaliciedade, 
inamovibilidade e irredutibilidade salarial.
Não se pode confundir imparcialidade com neutralidade.
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3 – da publicidade – vem como uma grande reação contra os julgamentos 
secretos e inquisitivos. Essa é a regra. Existem hipóteses de julgamento em se-
gredo de justiça, que nada ferem o presente princípio, pois todos os princípios 
devem ser analisados de forma harmônica. Se, diante de um determinado caso, 
a intimidade da pessoa estiver em jogo, em prol deste, aplica-se o sigilo.
A EC nº 45 alterou a redação do inciso IX do art. 93 da CF, onde estabele-
ceu de forma expressa tal possibilidade.
Exercício
3. Qual a diferença entre neutralidade e imparcialidade?
3. Motivação e Coisa Julgada
3.1 Apresentação
Este unidade abordará a motivação e a coisa julgada. 
3.2 Síntese
1 – Da motivação – todas as decisões devem ser motivadas sob pena de nu-
lidade. Os jurisdicionados e a sociedade em geral têm o direito de saber quais 
os motivos que levaram o magistrado a tomar determinada decisão. O juiz tem 
liberdade em decidir, desde que motivado.
O princípio que antes se entendia estabelecido no art. 153, § 4º da Consti-
tuição de 1969 é expresso na Constituição de 1988, em seu art. 93, inciso IX.
Não é mais possível haver, decisões em sessões secretas, como ocorria ou-
trora pelo Supremo Tribunal Federal para julgamento de arguição de relevân-
cia da questão federal.
O litigante tem o direito de saber o porquê de sua vitória ou derrota em juízo.
A motivação é essencial por 3 fundamentos políticos e jurídicos: 
1º) a garantia de que o juiz vai examinar os autos; 
2º) para que seja dada publicidade; 
3º) em razão da existência do duplo grau de jurisdição.
2 – Da coisa julgada – é o elemento de existência do Estado Democrático 
de Direito em um processo. Em um EDD, todo processo tem que ter um fim 
e esta decisão, transitada em julgado, não pode ser modificada. Serve para ga-
rantir a segurança jurídica.
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Para as atividades do Poder Judiciário, a manifestação do princípio do Esta-
do Democrático de Direito ocorre por meio do instituto da coisa julgada. Em 
outras palavras, a coisa julgada é elemento de existência do Estado Democrá-
tico de Direito.
Coisa julgada material é a qualidade que torna imutável e indiscutível o 
comando que emerge da parte dispositiva da sentença de mérito não mais 
sujeita a recurso ordinário ou extraordinário (art. 467, CPC e art. 6º, § 3º, 
LICC).
A coisa julgada formal precede a material, eis que aquela ocorre com a 
preclusão.
Exercício
4. Em que consiste o princípio da motivação?
4. Efetividade, Isonomia e Duração Razoável 
do Processo
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará a efetividade, isonomia e duração razoável do 
processo.
4.2 Síntese
1 – Da efetividade – a instrumentalização política do justo processo.
O princípio da efetividade do processo decorre do fato de que o processo 
deve caminhar, o mais rápido possível, para seu fim, para resolver, o quanto 
antes, o litígio que lhe foi posto. 
Existem quatro pontos sensíveis da efetividade do processo:
1º – ingresso em juízo;
2º – modo de ser do processo;
3º – justiça das decisões;
4º – efetividade das decisões.
A efetividade é a relação de equilíbrio do processo. 
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2 – Da isonomia – significa tratar igualmente os iguais e desigualmente os 
desiguais, nos limites da sua desigualdade. 
Para o direito processual, o princípio da isonomia é a expressão do princípio 
do devido processo legal (art. 5º, LIV, da CF).
Estabelece a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, I que todos são 
iguais perante a lei, ou seja, consagra a Constituição, o princípio da igualdade. 
A parte inicial da regra sob enfoque (“Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza”) significa a consagração constitucional gené-
rica do princípio da igualdade formal e cujos desdobramentos se encontram 
nos arts. 3º, IV, 5º, I, 150, e 226, § 5º, respectivamente, da Constituição 
Federal. 
Já sob o prisma da igualdade substancial ou real (voltado à redução concre-
ta das desigualdades) podem ser apontados como seusreceptáculos constitu-
cionais o art. 3º, III, o próprio art. 5º, caput, parte final, os incisos XLI e XLII, 
deste mesmo dispositivo, bem como o art. 7º, XXX, XXXI, XXXII e XXXIV, e 
o art. 43. 
No processo do trabalho, a observância de referido princípio se verifica 
quando se adotam mecanismos processuais de forma a que se tenha isonomia 
real entre o empregado (hipossuficiente) e o empregador, como a regra instituí-
da no art. 841 da CLT, onde a ausência do reclamante na primeira audiência 
implica arquivamento dos autos, enquanto que a ausência da reclamada impli-
ca revelia e confissão. 
3 – Da duração razoável do processo 
É a celeridade. Adotada expressamente pela EC nº 45. Contudo, trata-se de 
princípio implícito ao devido processo legal.
Exercício
5. Quais os pontos sensíveis do processo que prejudicam a efetividade?
5. Ampla Defesa, Contraditório e Acesso à 
Justiça
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará a ampla defesa, o contraditório e o acesso à 
justiça.
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5.2 Síntese
1 – Da ampla defesa e contraditório 
Por primeiro, cumpre fazer a distinção entre contraditório e ampla defesa. 
O primeiro significa informação e reação. É mais abrangente que a ampla de-
fesa. É o direito de ser informado de tudo e de poder reagir a tudo.
A ampla defesa é uma reação específica. Tem como base o contraditório.
O autor possui o direito de ação e o réu de ampla defesa, sendo que ambos 
estão alicerçados no contraditório.
Assim, a plenitude de defesa decorre do contraditório e da ampla defesa.
Por este princípio, “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e 
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os 
meios e recursos a ela inerentes” (art. 5º, LV, da CF).
Entendemos que o duplo grau de jurisdição decorre da ampla defesa e do 
direito de ação do autor, razão pela qual é princípio constitucional.
2 – Do acesso a justiça – art. 5º, XXXV CF – “a lei não excluirá da aprecia-
ção do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito”.
Acesso à justiça é a maior garantia do ordenamento jurídico.
Embora o destinatário principal desta norma seja o legislador, o comando 
constitucional atinge a todos indistintamente, vale dizer, não pode o legislador 
e ninguém mais impedir que o jurisdicionado vá a juízo deduzir pretensão.
Exercício
6. Qual é a distinção entre princípio do contraditório e da ampla defe-
sa? O princípio do duplo grau de jurisdição é constitucional?
Capítulo 3
Princípios do Processo 
do Trabalho
1. Princípio da Proteção, Princípio da 
Finalidade Social e Princípio da Busca da 
Verdade Real
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará o princípio da proteção, o princípio da finalidade 
social e o princípio da busca da verdade real.
1.2 Síntese
Princípio da proteção – busca compensar a desigualdade existente na rea-
lidade socioeconômica.
Também se verifica no processo do trabalho. Ex.: exigência de depósito re-
cursal; arquivamento da ação na ausência do reclamante e revelia na ausência 
da reclamada; presunções favoráveis ao empregador.
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Princípio da finalidade social – permite ao juiz uma atuação mais ativa no 
processo, auxiliando o trabalhador. 
A diferença é que no primeiro (proteção) a lei traz a desigualdade, e o se-
gundo é uma permissão juiz.
É em razão do princípio da finalidade social que o juiz age de ofício na 
execução.
Princípio da busca da verdade real – deriva do princípio de direito material 
da primazia da realidade.
O que importa para o direito do trabalho é a verdade dos fatos. Assim, o juiz 
deve tentar de todos os meios fazer com que a verdade do processo seja igual 
à verdade real.
Exercício
7. Qual a diferença existente entre princípio de proteção e o princípio 
finalidade social?
2. Princípio da Indisponibilidade, Princípio 
da Conciliação e Princípio da Oralidade
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará o princípio da indisponibilidade, o princípio da 
conciliação e o princípio da oralidade.
2.2 Síntese
Princípio da indisponibilidade – justifica-se em razão da existência, em um 
processo, de um interesse social que transcende a vontade das partes.
As partes não podem dispor livremente do processo. Ex.: é faculdade do juiz 
homologar um acordo e não obrigação (ato vinculado). Súmula nº 418 do TST
Princípio da conciliação – é da essência do processo do trabalho. Todas 
as Constituições Federais, desde a de 1946, estabeleceram expressamente a 
competência da Justiça do Trabalho para “conciliar”. A EC nº 45 retirou do 
caput do art. 114 a palavra “conciliar”, o que não retira o caráter conciliatório 
do processo do trabalho.
Art. 764 da CLT – Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apre-
ciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.
Princípio da oralidade – está ligado à celeridade e simplicidade. A CLT 
estabelece diversos atos orais. Ex.: reclamação trabalhista oral, defesa oral, au-
diência UNA. Tudo de forma a prestigiar a informalidade e a celeridade.
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Exercício
8. Qual é a consequência jurídica da retirada da palavra conciliar do 
caput do art. 114 da CF pela EC nº 45?
3. Princípio da Irrecorribilidade Imediata das 
Decisões Interlocutórias
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará o princípio da irrecorribilidade imediata das de-
cisões interlocutórias.
3.2 Síntese
Decisões interlocutórias: a princípio, são irrecorríveis de imediato, não po-
dendo ser objeto de ataque via recurso de revista, salvo as terminativas do feito 
(CLT, art. 799, § 2º) ou nas hipóteses da Súmula nº 214 do TST.
Nº 214 Decisão interlocutória. Irrecorribilidade (nova redação) – Res. 
127/2005, DJ 14, 15 e 16/03/2005.
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões 
interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de deci-
são: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação 
Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impug-
nação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de 
incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional 
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto 
no art. 799, § 2º, da CLT.
Primeira hipótese – acórdão do regional que determina a devolução dos autos 
ao primeiro grau é considerado decisão interlocutória, portanto, só é passível de 
recurso de revista se contrariar súmula ou orientação jurisprudencial do TST.
Segunda hipótese – é o agravo regimental. Quando há previsão no regi-
mento interno de recurso contra decisão interlocutória para o mesmo Tribunal.
Terceira hipótese – trata da exceção de incompetência em razão do lu-
gar. Só caberá recurso se for acolhida e remetida para Vara do Trabalho de 
outro Tribunal Regional do Trabalho.
Exercício
9. Em que hipótese é cabível recurso de revista de decisão interlocu-
tória?
Capítulo 4
Organização da Justiça 
do Trabalho
1. Organização do Poder Judiciário Brasileiro
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a organização do Poder Judiciário brasileiro.
1.2 Síntese
Teoria da tripartição dos Poderes do Estado – surge para que não haja su-
perposição de Poderes. O Poder Estatal passa a ser exercido por três órgãos 
distintos: Legislativo, Executivo e Judiciário.
Com a CF/1988, a função do Poder Judiciário deixou de ser apenas de 
administração da Justiça. O Poder Judiciário deve preservar valores e princípios 
consagrados pela CF/1988, principalmente o novo Estado Democrático de Di-
reito, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho, a busca do 
pleno emprego, a livre-iniciativa, etc.D
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O Poder Judiciário é integrado pelos seguintes órgãos (art. 92 da CF):
I – Supremo Tribunal Federal;
I-A – Conselho Nacional de Justiça;
II – Superior Tribunal de Justiça;
III – Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – Tribunais e Juízes Militares;
VII – Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
A grande alteração trazida com a EC nº 45 foi a criação do CNJ – Conselho 
Nacional de Justiça.
Para o STF, o CNJ é órgão administrativo com atribuições de controle da 
atividade administrativa, financeira e disciplinar da magistratura, sendo sua 
competência relativa apenas aos órgãos e juízes situados abaixo do STF. É fis-
calizar o exercício dos deveres funcionais por parte do magistrado, e não a 
atividade jurisdicional dele. 
O SFT, por força do art. 102, caput, I, “r” e § 4º da CF exerce controle 
jurisdicional sobre o CNJ.
Composição do CNJ – art. 103-B da CF:
A Justiça Nacional divide-se em Especial e Comum. Três são as Justiças 
especiais: Justiça do Trabalho, Justiça Militar e Justiça Eleitoral.
A Justiça Comum divide-se em Justiça Federal e Justiça Estadual.
Exercício
10. O CNJ tem competência para julgar o STF?
2. Organização da Justiça do Trabalho: 
Aspectos Históricos
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará a Organização da Justiça do Trabalho: aspectos 
históricos.
2.2 Síntese
Evolução histórica: 1922 – primeiro órgão da Justiça do Trabalho – Tri-
bunais Rurais. Era composto por um juiz de Direito, um representante dos 
trabalhadores e um representante dos empregadores.
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O Decreto nº 22.132/1932, modificado pelo Decreto nº 24.742/1934, ins-
tituiu as Juntas de Conciliação e Julgamento para dirimir conflitos individuais, 
sendo órgãos administrativos vinculados ao Poder Executivo.
O Decreto nº 21.396/1932 instituiu as Comissões Mistas de Conciliação 
para dirimir dissídios coletivos. Frustrada a negociação o litígio era submetido 
ao Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio para a respectiva solução. Este, 
conhecidos os motivos da recusa, poderia nomear uma comissão especial, a fim 
de proferir um laudo.
O Decreto-lei nº 39/1937 estabeleceu que o cumprimento dos julgados de 
ambas as comissões far-se-ia pelo juízo cível.
O Decreto-lei nº 1.237/1939, regulamentado pelo Decreto nº 6.596/1940, 
instituiu a Justiça do Trabalho.
A CF/1934 e 1937 referiram-se à instituição de uma Justiça do Trabalho, 
mas não a estruturaram e não a incluíram no Poder Judiciário. O art. 122 da 
CF/1934 estabelecia expressamente que a Justiça do Trabalho era vinculada ao 
Poder Executivo. Já a CF/1937 não mencionou expressamente nada a respeito 
da inserção no Poder Judiciário. 
A CF/1946 consagrou a Justiça do Trabalho como órgão do Poder Judiciá-
rio (art. 94, V). De acordo com o art. 122 da CF/1946, a Justiça do Trabalho era 
composta dos seguintes órgãos: I – Tribunal Superior do Trabalho; II – Tribu-
nais Regionais do Trabalho; III – Juntas ou Juízes de Conciliação e Julgamento.
A CF/1967 art. 133 – diz que são órgãos da Justiça do Trabalho: I – Tribunal 
Superior do Trabalho; II – Tribunais Regionais do Trabalho; III – Juntas de 
Conciliação e Julgamento. Ainda, atribuiu aos Juízes de Direito a competência 
nos locais onde não existisse jurisdição trabalhista. 
A EC nº 24/1999 extinguiu a representação classista – a formação inicial foi 
baseada na “Carta Del Lavoro”, de inspiração fascista, com formação paritária, 
onde leigos compunham o colegiado e o Estado era representado por um juiz 
aprovado em concurso. 
A EC nº 45/2004 alterou a competência e a organização da Justiça do Trabalho
O art. 111 da CF/1988 determina que são órgãos da Justiça do Trabalho:
I – o Tribunal Superior do Trabalho; II – os Tribunais Regionais do Traba-
lho; III – os Juízes do Trabalho.
Exercício
11. A partir de quando a Justiça do Trabalho passou a ingressar no Poder 
Judiciário?
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3. Organização da Justiça do Trabalho: TST
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará a Organização da Justiça do Trabalho, sendo es-
tudado o TST.
3.2 Síntese
Tem como finalidade a uniformização da jurisprudência nacional, o respei-
to à Constituição Federal e à uniformização da Lei Ordinária.
Art. 111-A CF – Compor-se-á de 27 ministros, escolhidos entre brasileiros 
com mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade, nomeados pelo Presidente 
da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: 
I – 1/5 formado por advogados com mais de 10 anos de carreira, e que tenha 
notório saber jurídico e reputação ilibada, e 1/5 formado por membros do Mi-
nistério Público do Trabalho, com mais de 10 anos de carreira;
II – demais, será formado por juízes de carreiras oriundos dos Tribunais 
Regionais do Trabalho.
Sobre o quinto constitucional, dispõe o art. 94 da CF: Um quinto dos luga-
res dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito 
Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com 
mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de 
reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional in-
dicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Ministros do TST – não há necessidade de ser brasileiro nato, pode ser 
naturalizado. O mesmo ocorre com os ministros do STJ. 
Já os ministros do STF necessariamente devem ser brasileiros natos.
Funcionará junto ao TST (§ 2º, I e II, art. 111-A da CLT):
1 – a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do 
Trabalho – dentre as funções, cabe à Escola regulamentar os cursos oficiais 
para ingresso e promoção na carreira;
2 – o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe, na forma da 
lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justi-
ça do Trabalho de 1º e 2º graus, como órgão central do sistema, cujas decisões 
terão efeito vinculante.
Exercício
12. Quais as principais alterações trazidas pela EC nº 45 na organização 
do TST?
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4. Organização da Justiça do Trabalho: 
Competência do TST
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará a organização da Justiça do Trabalho, mais pre-
cisamente a competência do TST.
4.2 Síntese
De acordo com o § 1º do art. 111-A da CF, a lei disporá sobre a competên-
cia do TST, que atualmente é a Lei nº 7.701/1988.
Ainda, com base na autonomia conferida aos Tribunais (art. 96, I, “a” da 
CF/1988), o TST editou seu Regimento Interno, por meio da Resolução Admi-
nistrativa nº 1.295/2008. O art. 58 do Regimento estabelece que:
Art. 58. O Tribunal funciona em sua plenitude ou dividido em Órgão Espe-
cial, Seções e Subseções Especializadas e Turmas.
Art. 59. São órgãos do Tribunal Superior do Trabalho:
I – Tribunal Pleno;
II – Órgão Especial; 
III – Seção Especializada em Dissídios Coletivos;
IV – Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas sub-
seções; e
V – Turmas;
Parágrafo único. São órgãos que funcionam junto ao Tribunal Superior do 
Trabalho:
I – Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do 
Trabalho – ENAMAT; e
II – Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT.
O Tribunal Pleno é constituído por todos os Ministros do TST. Para seu 
funcionamento são necessários, no mínimo, 14 Ministros, sendo preciso maio-
ria absoluta para deliberar sobre: I – escolha dos nomes que integrarão a lista 
destinada ao preenchimento de vagas de Ministro do Tribunal; II – aprovação 
de Emenda Regimental; III – eleição dos Ministrospara cargo de direção do 
Tribunal; IV – aprovação, revisão ou cancelamento de súmula ou de Preceden-
te Normativo; V – declaração inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo 
do Poder Público.
O Órgão Especial é composto por Presidente, Vice, Corregedor-Geral da Jus-
tiça do Trabalho, sete Ministros mais antigos e sete Ministros eleitos pelo Tribu-
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nal Pleno. Para seu funcionamento são necessários 8 Ministros, sendo necessário 
maioria absoluta para deliberar sobre disponibilidade ou aposentadoria de Magis-
trado. Para deliberação preliminar sobre a existência de relevante interesse públi-
co que fundamente a proposta de edição de Súmula, será exigido 2/3 dos votos.
A SDC é composta pelo Presidente, Vice-Presidente, Corregedor-Geral da 
Justiça do Trabalho e mais 6 Ministros. O quórum para funcionamento é de 5 
Ministros.
A SDI é composta de 21 Ministros, Presidente, Vice-Presidente e mais 18 
Ministros. Pode funcionar no seu pleno ou dividido em duas subseções. Para 
funcionamento do pleno, são precisos 11 Ministros.
A SDI-I é composta de 14 Ministros: Presidente, Vice, Corregedor-Geral e 
mais 11 Ministros, preferencialmente os Presidentes das Turmas. Funcionará 
com pelo menos oito Ministros. Haverá pelo menos um e no máximo dois 
integrantes de cada Turma.
A SDI-II é composta de 10 Ministros: Presidente, Vice, Corregedor-Geral e 
mais sete Ministros. Para funcionamento, são precisos sete Ministros. 
As Turmas são compostas de 3 Ministros, sendo presidida pelo mais antigo. 
Exercício
13. Como é dividido o TST e qual órgão é competente para deliberar 
preliminarmente sobre a edição de súmula? 
5. Organização da Justiça do Trabalho: TRT
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará a organização da Justiça do Trabalho, mais pre-
cisamente o TRT.
5.2 Síntese
Art. 115 da CF – compõem-se de no mínimo 7 juízes, recrutados, quando 
possível da mesma região, e nomeados pelo Presidente da República, dentre os 
brasileiros com mais de 30 anos e menos de 65 anos, sendo:
I – 1/5 formado por advogados com mais de 10 anos de carreira, e que tenha 
notório saber jurídico e reputação ilibada, e 1/5 formado por membros do Mi-
nistério Público do Trabalho, com mais de 10 anos de carreira;
II – os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e 
merecimento, alternadamente.
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Na apuração da antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais 
antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme pro-
cedimento próprio, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação (art. 93, II, 
“d”, da CF).
É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou 
cinco alternadas na lista de merecimento (art. 93, II, “a”, da CF).
Art. 112 da CF – A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas 
comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-las aos juízes de direito, 
com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
Redação antiga: Haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho 
em cada Estado e no Distrito Federal, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, 
podendo, nas comarcas onde não forem instituídas, atribuir sua jurisdição aos 
juízes de direito.
Art. 674 da CLT – divide o território nacional em 24 Regiões. 
Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão justiça itinerante, para aten-
der os limites territoriais abrangidos pela sua jurisdição e, poderão funcionar 
descentralizadamente, através de Câmaras regionais (§ 2º, art. 115 da CF).
Os TRT’s também têm competência para redigir seus Regimentos Internos.
Regras na CLT e na CF:
– os Tribunais Regionais, em sua composição plena, deliberarão com a 
presença, além do Presidente, de metade mais um do número de seus magis-
trados;
– as decisões serão tomadas pelo voto da maioria simples (magistrados pre-
sentes na sessão), ressalvada a hipótese de declaração de inconstitucionalidade 
de lei ou ato do Poder Público (CF, art. 97), quando o quórum será a maioria 
absoluta dos membros do tribunal;
– as Turmas somente poderão deliberar com a presença de pleno menos 
3 magistrados. Para a integração, o Presidente poderá convocar outros juízes;
– o Presidente do Tribunal, excetuada a hipótese de declaração de inconsti-
tucionalidade de lei ou ato do Poder Público, somente terá voto de desempate.
– nas sessões administrativas, o Presidente votará com os demais magistra-
dos, cabendo-lhe, ainda, o voto de qualidade.
– no julgamento de recursos contra decisão ou despacho do Presidente, 
do Vice ou do Relator, ocorrendo empate, prevalecerá a decisão ou despacho 
recorrido;
– a ordem das sessões dos Tribunais será estabelecida no respectivo regi-
mento interno.
Exercício
14. Quais são as principais alterações trazidas pela EC nº 45 quanto aos 
TRT?
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6. Organização da Justiça do Trabalho: Vara 
do Trabalho
6.1 Apresentação
Esta unidade abordará a organização da Justiça do Trabalho e a Vara 
do Trabalho.
6.2 Síntese
Alteração trazida pela EC nº 24/1999, que extinguiu a representação clas-
sista, que tinha como finalidade levar ao Judiciário a experiência de cada classe.
Nas comarcas que não há jurisdição de uma Vara do Trabalho, a lei poderá 
atribuí-la ao Juiz de Direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional 
do Trabalho (art. 112 da CF).
A competência dos Juízes de Direito, quando investidos de jurisdição traba-
lhista, é a mesma das Varas do Trabalho (art. 669 da CLT).
Em havendo mais de um juiz de Direito, a competência é determinada, 
entre os Juízes Cível, por distribuição ou pela divisão judiciária local, na con-
formidade com a lei orgânica respectiva – § 1º do art. 669 da CLT. Todavia, se 
a lei orgânica for diversa do que previsto no referido parágrafo, será competente 
o Juiz do Cível mais antigo.
Cabe à lei fixar a competência territorial das Varas do Trabalho. Cada vara 
compõem-se de um juiz titular e um substituto, nomeados pelo Presidente 
do TRT.
Súmula nº 136 do TST – Cancelada. Princípio da identidade física do juiz 
não era aplicado na Justiça do Trabalho.
Critérios para a criação de novas varas (Lei nº 6.941/1981):
– número de empregados sob jurisdição (mais de 24.000); ou 
– quantidade de processos trabalhistas (mais de 1.500 por ano, em cada 
Vara do Trabalho);
– a jurisdição de uma vara só poderá ser estendida a Municípios situa-
dos em um raio máximo de 100 quilômetros da sede e desde que existam 
facilidades de acesso e meios de condução regulares. Poderá o TRT propor 
a inclusão de município com distância maior de 100 km, que será aprovado 
pelo TST.
A CF estabelece no art. 93, XIII que o número de juízes na unidade juris-
dicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população.
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São garantias dos juízes – art. 95 da CF:
I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos 
de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do 
tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial 
transitada em julgado;
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, 
VIII da CF ou decisão do CNJ, nos termos do art. 103-B, § 4º, III da CF;
III – irredutibilidade de subsídios, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 
39 § 4º, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da CF.
Aos juízes é vedado (parágrafo único do art. 95 da CF): 
– exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma 
de magistério;
– receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
– dedicar-se à atividadepolítico-partidária;
– receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pes-
soas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas 
em lei;
– exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de de-
corridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Exercício
15. Quais as garantias dos juízes?
Capítulo 5
Competência e Jurisdição
1. Jurisdição
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a competência e jurisdição.
1.2 Síntese
Jurisdição é o poder do juiz de aplicar o direito no caso concreto.
– atuação estatal;
– aplicação do direito;
– pacificação social.
Lide é o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida.
– características;
– caráter substitutivo;
– definitividade.
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Alguns casos há jurisdição sem lide:
– jurisdição voluntária – ex.: separação judicial;
– ações constitutivas necessárias – ações que visam a criação de uma nova 
situação jurídica que não poderia ser criada sem a intervenção do Judiciário;
– processos objetivos – controles concentrados de constitucionalidade;
– tutela inibitória – de alcance futuro, visa evitar a prática ou repetição de 
um ato ilícito.
Princípios:
– Princípio da Inércia – arts. 2º e 262 do CPC;
– Princípio do Juiz Natural – art. 5º, XXXVII e LIII da CF;
– Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição – art. 5º, XXXV da CF;
– Princípio da Publicidade – art. 93, IX da CF;
– Princípio da Indelegabilidade.
Exercício
16. Quais os fundamentos do princípio da inércia da jurisdição?
2. Competência: Divisão
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará a competência.
2.2 Síntese
Competência é a medida da jurisdição, poder do juiz de dizer o direito no 
caso concreto.
Competência pode ser: 1) em razão da matéria (ratione materiae); 2) em 
razão da pessoa; 3) em razão do lugar (ratione loci); 4) funcional ou em razão 
da hierarquia; 5) em razão do valor.
Competência em razão da matéria – art. 114 da CF e art. 652 da CLT.
Competência em razão da pessoa – também chamada de competência em 
razão da qualidade das partes envolvidas nas relações jurídicas controvertidas.
Competência em razão do lugar – art. 651 da CLT.
Competência funcional – também chamada de interna.
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Competência em razão do valor: sumaríssimo, até 40 salários mínimos 
(arts. 852-A a 852-H da CLT); ordinário acima de 40 salários mínimos; sumá-
rio, até 2 salários mínimos (Lei nº 5.584/1970).
No processo do trabalho, não há classificação da competência em razão do 
valor da causa.
Competência pode ser relativa ou absoluta.
Relativa: em razão do lugar:
– não pode ser conhecida de ofício;
– deve ser alegada por meio de exceção de incompetência;
– não alegada no momento oportuno, ocorre a preclusão;
– sendo acolhida, será encaminhada ao juízo competente, tornando-se 
válidos os atos praticados.
Absoluta: em razão da matéria, pessoa e da função:
– deve ser conhecida de ofício pelo juiz;
– pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição;
– não ocorre preclusão;
– é uma objeção processual;
– sendo acolhida, será encaminhada ao juízo competente, tornando-se 
nulos apenas os atos decisórios.
Exercício
17. Qual a diferença entre competência absoluta e competência relativa?
Capítulo 6
Competência da Justiça do 
Trabalho
1. Competência Material: Art. 114, I, da CF 
Primeira Parte
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a competência material prevista no art. 114, I, 
primeira parte da CF.
1.2 Síntese
Art. 114 da CF – alterado pela Emenda Constitucional nº 45, estabelece a 
competência em razão da matéria.
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
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– ações oriundas da relação de trabalho;
– entes de direito público externo;
– entes da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios.
Primeiro, observar que a EC nº 45 retirou no caput do art. 114 da CF 
a palavra “conciliar”. Qual a consequência desta supressão? Nenhuma, pois 
conciliar faz parte da história da Justiça do Trabalho e, é princípio implícito do 
processo do trabalho.
Três correntes:
1ª – reducionista;
2ª – expansionista;
3ª – intermediária.
Exceção: Competência Criminal – A retirada da competência criminal da 
Justiça do Trabalho envolve não somente as penas restritivas de liberdade, mas 
também as penas pecuniárias e restritivas de direitos, como é o caso da Lei da 
Improbidade Administrativa.
Profissional liberal – subordinação máxima, média e mínima.
Máxima – empregado/empregador;
Média – profissional liberal autônomo duradouro/tomador dos serviços;
Mínima – profissional liberal/cliente esporádico.
Súmula nº 363 do STJ: “Compete à Justiça estadual processar e julgar a 
ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.”
Exercício
18. Qual a consequência jurídica da supressão da palavra “conciliar” do 
caput do art. 114 da CF, pela EC nº 45?
2. Competência Material: Art. 114, I, da CF 
Segunda e Terceira Partes
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará a competência material: art. 114, I, da CF 
segunda e terceira partes.
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2.2 Síntese
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Entes de direito público externo – se um determinado consulado contrata 
empregado no Brasil, a competência para esta relação será a JT.
Imunidade de jurisdição – não gozam desse privilégio por se tratar de ato de 
gestão e não ato de império.
Trata-se de imunidade jurisdicional relativa e não absoluta. Porém, pos-
suem imunidade de execução. Gozam dessa prerrogativa institucional por 
questões de soberania. 
Duas hipóteses seriam possíveis à penhora de bens do ente de direito pú-
blico estrangeiro.
1ª – renúncia por parte do Estado estrangeiro à prerrogativa da intangibili-
dade dos seus próprios bens; ou
2ª – existência em território brasileiro de bens que, embora pertencentes ao 
ente externo, não tenham qualquer vinculação com as finalidades essenciais 
inerentes às ligações diplomáticas ou representações consulares mantidas no 
Brasil.
3ª parte: administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios.
“Ação direta. Competência. Justiça do Trabalho. Incompetência reconhe-
cida. Causas entre o Poder Público e seus servidores estatutários. Ações que 
não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito estrito desta relação. 
Feitos da competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 114, inciso I, 
da CF, introduzido pela EC nº 45/2004. Precedentes. Liminar deferida para 
excluir outra interpretação. O disposto no art. 114, I da Constituição Federal 
não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja 
vinculado por relação jurídico-estatutária.” (Liminar concedida pelo STF em 
Ação Declaratória de Inconstitucionalidade nº 3.395).
Reclamações nos 4.460 e 4.464 – decididas em maio de 2009, a favor da 
competência da Justiça Comum para apreciar e julgar as pretensões dos servi-
dores públicos contratados por prazo determinado, ainda que sob alegação de 
desvirtuamento do regime estatutário.
Com isso, houve o cancelamento da OJ nº 205 da SDI-I do TST.
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19. Possui o ente de direito público externo imunidade de jurisdição?D
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3. Competência Material: Art. 114, II e III 
da CF
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará a competência material, mais precisamente o 
art. 114, II e III da CF.
3.2 Síntese
II – as ações que envolvam exercício do direito de greve;
Duas questões:
1ª) a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações 
possessórias que envolvam o exercício do direito de greve?
2ª) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as greves dos 
servidores públicos civis? 
Súmula Vinculante nº 23 STF – “A Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do 
direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.”
Reclamação nº 6.568 – greve da polícia civil do Estado de SP. Invocando a 
ADI nº 3.395, o Estado de SP levou a questão ao STF que a acolheu.
III – as ações sobre representante sindical, entre sindicatos, entre sindicatos 
e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
4 situações:
– ações sobre representação sindical;
– ações entre sindicatos;
– ações entre sindicatos e trabalhadores;
– ações entre sindicatos e empregadores.
Efetiva novidade da EC nº 45. Questões como conceito de categoria profis-
sional, categoria diferenciada, enquadramento sindical é matéria trabalhista e 
a EC acertadamente transferiu a competência.
As decisões da Justiça Comum refletiam de forma incidental nas ações tra-
balhistas, no que diz respeito à norma coletiva aplicável.
Ações entre sindicatos:
– ex.: exigência de multas e cumprimento de obrigações de fazer que cons-
têm de cláusulas da norma coletiva. Trata-se de uma ação entre sindicato pro-
fissional em face do sindicato patronal;
– ex.: controvérsia sobre a repartição da contribuição sindical, assistencial 
e confederativa.
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Ações envolvendo Centrais Sindicais não é da competência Trabalhista 
porque as CS não se inserem no âmbito da estrutura sindical brasileira, mesmo 
após a Lei nº 11.648/2008.
Ações entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores:
– ex.: ação de cobrança de contribuição assistencial, confederativa e sindical.
O STJ manteve na Justiça Comum, “em detrimento da Justiça do Traba-
lho”, a competência para “processar e julgar ação de cobrança de contribui-
ções associativas, decorrente da condição de associado do réu ao sindicato, bem 
como de despesas efetuadas em favor do trabalhador, decorrentes de contrato 
firmado com plano de saúde por sub-rogação de crédito” (Conflito de Compe-
tência nº 65.211, de 12/05/2009)
Essa parcela da competência trabalhista não é inédita. A Lei nº 8.984/1995 
conferia competência à Justiça do Trabalho.
“Art. 1º Compete à Justiça do Trabalho conciliar e julgar os dissídios que 
tenham origem no cumprimento de convenções coletivas de trabalho ou acor-
dos coletivos de trabalho, mesmo quando ocorram entre sindicatos ou entre 
sindicato de trabalhadores e empregador.”
Exercício
20. Qual a competência para julgamento das ações possessórias, decor-
rente do exercício do direito de greve?
4. Competência Material: Art. 114, IV e V da CF
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará a competência material: art. 114, IV e V da CF.
4.2 Síntese
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
MS – novidade: possibilidade de impetrar MS perante as Varas do Trabalho.
Ex.: contra auditor fiscal ou delegado do trabalho – em decorrência de 
multas ou interdição do estabelecimento; contra ato de procurador do trabalho 
– em inquéritos civis públicos ou outros procedimentos administrativos; contra 
ato de oficial de cartório – que nega o registro sindical, etc.
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Mandado de Segurança – Lei nº 12.016/2009 – proteger direito líquido 
e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, contra autoridade.
HC – a redação dada pelo inciso IV do art. 114 da CF resultou em derro-
gação do art. 105, I, “c” da CF, em razão da incompatibilidade entre as duas 
regras constitucionais. Assim, o STJ não tem mais competência para processar 
e julgar habeas corpus impetrado contra ato de juiz do TRT.
Habeas data – remédio constitucional que visa: 1º – assegurar o conheci-
mento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 2º – 
retificar dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo; 3º – promover a anotação nos assentamentos do interessado, de 
contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja 
sob pendência judicial ou amigável.
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, “o”;
Os conflitos de competência podem ser positivos ou negativos. 
TRT – havendo conflito de competência entre varas da mesma região – art. 
808, “a” CLT;
TST– havendo conflito de competência entre TRT, Varas do Trabalho de 
regiões diversas e entre TRT e Vara do Trabalho a ele não vinculada – art. 808, 
“b” CLT; 
STJ – entre TRT e TJ, TRT e TRF, juiz do trabalho e juiz de direito;
STF – entre o TST e qualquer outro Tribunal.
Art. 805 da CLT – Os conflitos podem ser suscitados pelos juízes e tribunais 
do trabalho, pelo Ministério Público do Trabalho e pela parte interessada.
Súmula nº 420 – Competência funcional. Conflito negativo. TRT e vara 
do trabalho de idêntica região. Não configuração (conversão da Orientação 
Jurisprudencial nº 115 da SBDI-2) –Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24/08/2005.
Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do 
Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. (ex-OJ nº 115 da SBDI-2 – 
DJ 11/08/2003).
Exercício
21. Pode ocorrer conflito de competência entre TRT e vara da mesma 
região? E entre TRT e vara de outra região? Quem será competente 
para dirimir o conflito? 
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5. Competência Material: Art. 114, VI da CF
5.1 Apresentação
Esta unidade abordará a competência material, art. 114, VI da CF.
5.2 Síntese
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes 
da relação de trabalho;
Nas ações acidentárias movidas em face do INSS, a competência é da Jus-
tiça Comum – art. 109, I, da CF; art. 643, § 2º da CLT, Súmulas nos 235 e 501 
do STF e 15 do STJ.
Não alcança os processos já sentenciados (Súmula nº 367 do STJ). Súmula 
Vinculante nº 22 do STF – É competente a Justiça do Trabalho inclusive quan-
to aos casos não sentenciados.
E quando se trata de dano em ricochete, reflexo ou indireto? 
Em setembro de 2009, a Súmula nº 366 do STJ, que estabelecia a com-
petência da Justiça Comum, foi cancelada. Desde então, vem prevalecendo o 
entendimento da Justiça do Trabalho.
E o dano moral decorrente do trabalho do preso? 
“Compete à Justiça estadual processar e julgar ação de indenização 
por danos morais e materiais, decorrentes de acidente sofrido pelo autor; 
na condição de preso, durante a realização de serviços gerais em Batalhão 
da Polícia Militar. Isto porque o condenado que presta serviço social, com 
finalidade educativa e produtiva, não está sujeito ao regime da CLT, mas às 
regras da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984). Ademais, como a pre-
tensão do autor denota pedido de indenização baseada na responsabilidade 
objetiva do Estado, não se tratando de matéria acidentária propriamente 
dita, condizente está com a competência da Justiça comum.” (Conflito de 
Competência nº 66.974/2007, STJ.)
Exercício
22. Diante do falecimento de um empregado, quem temcompetência 
para julgar ação de indenização por danos morais movida por viúva 
em face do empregador?
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6. Competência Material: Art. 114, VII, VIII e 
IX da CF
6.1 Apresentação
Esta unidade abordará a competência material, art. 114, VII, VIII e IX 
da CF.
6.2 Síntese
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empre-
gadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
Penalidades administrativas – são multas impostas pelo descumprimento 
de obrigações trabalhistas.
Impostas aos empregadores – ficam excluídas as multas impostas aos sin-
dicatos, aos OGMO; aos tomadores de serviços; aos profissionais liberais, etc.
Órgãos de fiscalização – Ministério do Trabalho e Emprego. A atividade de 
fiscalização era exercida pelas DRT, que foi substituída, por meio do Decre-
to nº 6.341/2008 pelas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego 
(SRTE).
A competência trabalhista se limita às autuações das SRTE por questões 
relacionadas com o contrato de trabalho.
VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, 
I, “a”, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
Súmula nº 368 do TST
Descontos previdenciários e fiscais. Competência. Responsabilidade pelo 
pagamento. Forma de cálculo. (redação do item II alterada na sessão do Tribu-
nal Pleno realizada em 16/04/2012) – Res. nº 181/2012, DEJT divulgado em 
19, 20 e 23/04/2012
I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento 
das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à exe-
cução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias 
em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que 
integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-1 – inserida em 
27/11/1998)
II – É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contri-
buições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriun-
do de condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à incidência 
dos descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 
22/12/1988.
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III – Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração 
encontra-se disciplinado no art. 276, § 4º, do Decreto nº 3.048/1999 que regu-
lamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição do empregado, 
no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, aplicando-se as alíquo-
tas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição. 
(ex-OJ nos 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 14/03/1994 e 
20/06/2001.)
STF – julgamento do RE nº 568.056, em 11/09/2008, estabeleceu a in-
competência material da Justiça do Trabalho para execução das contribuições 
sociais no caso de decisões meramente declaratórias.
IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
Art. 643, § 3º da CLT – A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para pro-
cessar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários 
ou o Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho.
Nem todos os assuntos envolvendo os trabalhadores avulsos foram inseridos na 
competência trabalhista, mas somente aqueles atinentes a suas relações de trabalho.
Ex.: o cálculo da indenização que o órgão gestor deve pagar ao avulso por 
ocasião do cancelamento de sua matrícula (art. 59 da Lei nº 8.630/1993).
“A ação proposta por trabalhadores portuários com o objetivo de cobrar a 
correção monetária legalmente aplicável à indenização decorrente do cance-
lamento dos registros junto ao Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) é de 
competência da Justiça Comum.” (Conflito nº 87.406, 15/12/2008 – STJ.)
Exercício
23. Quais os limites da competência da Justiça do Trabalho quanto à 
execução da contribuição previdenciária?
7. Competência em Razão do Lugar
7.1 Apresentação
Esta unidade abordará a competência em razão do lugar.
7.2 Síntese
Regra: último lugar onde prestou serviços (art. 651 da CLT).
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Exceções:
1ª – quando o empregado for agente ou viajante comercial: solução – local 
no qual o autor se reporte (agência ou filial) ou na falta deste a Vara do local onde 
o empregado tenha domicílio ou na localidade mais próxima.
2ª – o próprio empregador não tem local certo de trabalho. Solução: é asse-
gurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato 
ou no da prestação dos respectivos serviços.
Os brasileiros que prestaram serviços no exterior podem ajuizar a ação no 
Brasil, desde que não haja convenção internacional dizendo o contrário.
E se trabalhou em mais de um local? Trabalhou por um período em deter-
minado município e depois foi transferido para outro município?
R.: duas correntes (majoritária) – último local da prestação de serviços; 
(minoritária) – competência concorrente.
Competência é relativa, razão pela qual a incompetência deve ser arguida 
por meio de exceção de incompetência em razão do lugar, antes da apresen-
tação da defesa. Da decisão do juiz que acolher a exceção, não cabe recurso, 
salvo na hipótese da Súmula nº 214 do TST.
Não pode ser conhecida de ofício – Súmula nº 33 do STJ.
OJ nº 149 da SDI-II do TST – Não cabe declaração de ofício de incom-
petência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no 
§ 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da 
competência do juízo do local onde a ação foi proposta.
Exercício
24. Quando o domicílio do autor será determinante para a fixação da 
competência em razão do lugar?
8. Competência Funcional
8.1 Apresentação
Esta unidade abordará a competência funcional.
8.2 Síntese
Também conhecida como competência em razão da função ou hierarquia. 
Trata-se de competência absoluta.
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De acordo com o art. 93 do CPC, a competência funcional dos tribunais 
é regida pela Constituição, pelas leis processuais e pelos regimentos internos, 
e quanto aos juízes de primeiro grau será disciplinado na própria legislação 
processual (CLT – CPC).
A competência funcional pode ser vertical ou horizontal. 
Vertical – entre as diversas instâncias; horizontal – na mesma instância.
Competência das Varas – art. 652 da CLT
Também compete às Varas do Trabalho do local onde ocorreu a lesão ou 
ameaça a interesses ou direitos metaindividuais processar e julgar ACP.
Tribunais Regionais do Trabalho – quando dividido em turmas – art. 678 da 
CLT; quando não dividido em turmas – art. 679 da CLT.
Competência do Presidente dos Tribunais Regionais – art. 682 da CLT, 
bem como o disposto na Lei nº 5.584/1970, art. 2º, § 2º.
TST – Regimento Interno.
– Pleno – art. 68 do RI;
– Órgão Especial – art. 69 do RI;
– SDC – art. 70 do RI;
– SDI – art. 71 do RI;
– Turmas – art. 72 do RI;
– Enamat – arts. 73 e 74 do RI;
– CSJT – art. 75 do RI.
Exercício
25. Cite exemplo de competência funcional vertical da Justiça do Tra-
balho.
Capítulo 7
Ação
1. Ação: Natureza Jurídica e Conceito
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará a natureza jurídica e conceito da ação.
1.2 Síntese
Existem inúmeras teorias sobre a natureza jurídica da ação. Opondo-se ao 
conceito civilista, ultrapassado de que a ação fazia parte do direito privado, 
surgiram as chamadas teorias publicistas da ação.
Em síntese, sustentam tais teorias:
1 – ação é um direito autônomo, distinto do direito material;
2 – é um direito público, pois a ação é ajuizada contra o Estado em face 
de alguém.
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A ação cria dois direitos públicos: 1º – o direito do ofendido de invocar a 
tutela jurisdicional; 2º – o direito do Estado de eliminar a lesão.
Três são as teorias:
1 – Teoria da ação como Direito Autônomo e Concreto – para essa teoria 
a ação é o direito à tutela jurisdicional de mérito, ou seja, está subordinada à 
preexistência de um direito material;
2 – Teoria da ação como Direito Autônomo e Abstrato – para essa teoria, a 
ação é o direito à composição do litígio pelo Estado, independentemente do 
direito material;
3 – Teoria Eclética – teoria de Liebman, onde preenchidos alguns requisi-
tos e condições, o autor teria direito à tutela jurisdicional de mérito – foi a teoria 
adotada pelo CPC brasileiro.
Conceito: “É um direito público, humano e fundamental, autônomo e abs-
trato, constitucionalmente assegurado à pessoa, natural ou jurídica, e a alguns 
entes coletivos, para invocar a prestação jurisdicional do Estado, objetivando a 
tutela de direitos materiais individuais ou metaindividuais.” (Carlos Henrique 
Bezerra Leite)
Direito humano – previsto o art. 8º da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos de 1948.
Direito constitucional – art. 5º, XXXV da CF/1988.
Exercício
26. Qual a teoria adotada pelo direito processual brasileiro? Explique.
2. Ação: Elementos da Ação
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará os elementos da ação.
2.2 Síntese
O direito de ação não é absoluto, pois a lei impõe algumas exigências para 
o seu exercício.
São elementos da ação: partes, pedido e causa de pedir.
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Partes – são os titulares do direito ou representantes dos titulares. São ele-
mentos subjetivos da ação que figuram no polo passivo ou ativo. Também cha-
mados de sujeitos da ação. Mais de um sujeito, haverá o litisconsórcio.
Autor = reclamante.
Réu = reclamado.
Pedido – elemento objetivo da ação. É o objeto da ação.
O pedido poderá ser mediato ou imediato. Mediato é o bem da vida que se 
pretende (ex.: vínculo de emprego). Imediato, é o pedido de prestação jurisdi-
cional. O Estado irá proferir uma sentença declaratória, constitutiva, condena-
tória, mandamental ou executivas lato sensu.
Causas de pedir – são os motivos fáticos e jurídicos que justificam o pedido. 
A causa de pedir pode ser remota ou próxima. A primeira é a razão remota do 
pedido (ex. contrato de trabalho); a segunda é a infração (ex: não pagamento 
de verbas rescisórias).
Exercício
27. Quais são os elementos da ação?
3. Ação: Classificação
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará as classificações da ação.
3.2 Síntese
As ações são classificadas de acordo com a prestação jurisdicional que se 
pretende invocar. Classificam-se em ações de conhecimento (ou cognitivas), 
executivas e cautelares. Pontes de Miranda acrescenta a ação mandamental.
Essa classificação trinária, tradicional, foi muito criticada pela doutrina, 
pois o Estado Democrático de Direito exige uma postura mais ativa do juiz, 
por esse motivo, também, se fala em ação mandamental e executiva lato 
sensu.
Ações mandamentais – visam uma sentença mandamental (MS, MI) – exi-
gem um provimento jurisdicional que manda, que ordena, determina. Nesta 
ação, o vencido terá que cumprir a determinação independentemente de ação 
de execução.
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Executivas lato sensu – trazem em si uma carga executiva, onde a sentença 
reconhece o direito e já impõe determinação, sem que haja qualquer necessi-
dade de providência posterior pelo vencedor. Ex.: ação de despejo.
Ações de conhecimento – são aquelas que visam a obtenção de uma sen-
tença, que poderá ser terminativa ou definitiva. Nestas ações, o juiz deverá 
conhecer o direito mediante um procedimento. Podem ser ações individuais 
ou coletivas.
As ações de conhecimento se dividem em: condenatórias, constitutivas, de-
claratórias, mandamentais ou executivas lato sensu.
Condenatóriaz – visam condenar o réu à obrigação de pagar, fazer ou não 
fazer ou ainda de entregar.
Constitutivas – visam a modificação, criação ou extinção de uma relação 
jurídica.
Declaratórias – visam obter a declaração da existência ou inexistência de 
uma relação jurídica.
Ação Declaratória incidental – tem cabimento quando no curso do proces-
so se tornar litigiosa relação jurídica de cuja existência ou inexistência depen-
der o julgamento da lide – arts. 5º e 325 do CPC.
São requisitos da ação declaratória incidental: 1) o pedido deve versar sobre 
relação jurídica e não fato; b) a relação jurídica precisa ter se tornado contro-
vertida pela contestação; c) relação jurídica precisa ser prejudicial; d) o juiz há 
de ser competente para a causa incidente.
Ações Inibitórias – visam impedir a prática de algum ato. Trata-se de uma 
espécie de ação de conhecimento que visa inibir o ilícito.
O Estado atua antes do ilícito. O juiz poderá conceder as chamadas tutelas 
inibitórias. Ex.: arts. 659, IX CLT, 543 da CLT.
Ação de Remoção do Ilícito – quando já ocorreu o ilícito e se pretende 
remover seus efeitos concretos. 
Ações executivas – visam cumprir o que determinado em uma sentença ou 
ainda em um título executivo extrajudicial.
Ações cautelares – visam assegurar o resultado útil de um processo principal. 
4. Ação: Condições da Ação
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará as condições da ação.
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4.2 Síntese
O direito brasileiro adotou a teoria tricotômica de Liebman, sobre as con-
dições da ação.
São elas: possibilidade jurídica do pedido; interesse processual; e legitimi-
dade das partes.
Possibilidade jurídica do pedido – dois aspectos: 1º – quando o pedido não 
esteja amparado pelo direito objetivo; 2º – quando há uma proibição expressa 
que impeça o juiz de deferir ao autor o bem jurídico.
Interesse processual – decorre do trinômio: necessidade-utilidade-ade-
quação. 
OJ nº 188 SDI-I. Decisão normativa que defere direitos. Falta de interesse 
de agir para ação individual (inserida em 08/11/2000) Falta interesse de agir 
para a ação individual, singular ou plúrima, quando o direito já foi reconhecido 
por meio de decisão normativa, cabendo, no caso, ação de cumprimento.
Legitimidade das partes – é a titularidade ativa ou passiva da ação.
A legitimidade pode ser ordinária ou extraordinária. 
A legitimação extraordinária se dá quando aquele que tem legitimidade 
para estar no processo não é o titular do direito material.
Substituição processual é uma espécie do gênero legitimação extraordinária.
Exemplo de legitimação extraordinária: Ministério Público do Trabalho.
Substituição processual
É a possibilidade de demandar em nome próprio direito alheio. 
Era admitido apenas nas hipóteses autorizadas por lei. No processo do tra-
balho, haviam 3 situações que autorizavam: 1ª) art. 195, § 2º CLT – adicional 
de insalubridade e periculosidade; 2ª) art. 872, parágrafo único da CLT – pa-
gamento de salários fixados em sentença normativa; 3ª) correção automática 
de salários (Lei nº 6.078/1979, art. 3º, § 2º e Lei nº 7.238/1984, art. 3º, § 2º).
Esse entendimento havia sido pacificado pelo TST pela Súmula nº 310, 
cancelada em 2003, pela Resolução nº 119. 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou indivi-
duais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas. 
Mesmo após a CF/1988 permaneceu o entendimento do TST no senti-
do de limitar a substituição processual, até o julgamento proferido pelo STF 
que, ao julgar um RE reconheceu a legitimidade do sindicato para pedido de 
adicional noturno em nome de seus representados (STF-RE nº 202.063-PR,27/06/1997, Relator Min. Octavio Gallotti). 
Exercício
28. Quais os limites da substituição processual dos sindicatos? 
Capítulo 8
Processo e Procedimento
1. Pressupostos Processuais
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará os pressupostos processuais.
1.2 Síntese
São requisitos quanto à validade da relação jurídico-processual. Deve ser 
conhecido de ofício, exceto quanto à convenção de arbitragem.
Classificação:
Pressupostos processuais de existência – também chamados de pressupostos 
de constituição do processo. São eles: petição inicial, jurisdição e citação.
A ausência de qualquer um desses torna inexistente a relação processual.
Pressupostos processuais de validade – dizem respeito ao desenvolvimento 
válido do processo.
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A ausência torna inválido, apesar da existência. Podem ser positivos ou 
negativos.
Positivos – verificados na mesma relação jurídica. São eles: petição inicial 
apta, competência do juízo, capacidade postulatória, capacidade processual, 
citação válida, imparcialidade do juiz.
Negativos – verificados “fora” do processo. Ex.: litispendência, coisa julga-
da, perempção, convenção de arbitragem.
A submissão às comissões de conciliação prévia não é pressuposto proces-
sual (art. 625-D da CLT), conforme já decidiu o STF (ADI nº 2.160 MC/DF).
Exercício
29. A submissão às CCP, prevista no art. 625-D da CLT, é pressuposto 
processual? 
2. Procedimentos: Procedimento Sumário
2.1 Apresentação
Esta unidade abordará o procedimento sumário.
2.2 Síntese
Os procedimentos se dividem em comum e especial. O procedimento co-
mum são 3:
– Sumário;
– Sumaríssimo;
– Ordinário.
Os procedimentos especiais são adotados em ações especiais. Ex.: inquérito 
para apuração de falta grave, dissídio coletivo, ação de cumprimento.
Sumário – também chamado rito de alçada
Lei nº 5.584/1970, art. 2º, §§ 3º e 4º.
Para causas cujo valor não ultrapasse 2 salários mínimos.
Não é aplicável em causas que figuram pessoas jurídicas de direito público.
A ata da audiência é mais simplificada.
Não é admitida a apresentação de reconvenção e intervenção de terceiros.
Não há possibilidade de recurso, salvo se versar sobre matéria constitucional. 
Há discussão na doutrina se essa regra não é inconstitucional. Para a maioria 
não, por entender que duplo grau de jurisdição não é princípio constitucional.
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Outra discussão é a respeito da constitucionalidade quanto à utilização do 
salário mínimo como critério para fixação do procedimento. O TST já pacifi-
cou dizendo que não há inconstitucionalidade. 
Súmula nº 356 TST – O art. 2º, § 4º, da Lei nº 5.584, de 26/06/1970 foi 
recepcionado pela CF/1988, sendo lícita a fixação do valor da alçada com base 
no salário mínimo.
Exercício
30. O procedimento sumário foi recepcionado pela CF/1988?
3. Procedimento Sumaríssimo: Arts. 852-A a 
852-D da CLT
3.1 Apresentação
Esta unidade abordará o procedimento sumário e o art. 852-A ao art. 
852-D da CLT.
3.2 Síntese
Demandas cujo valor dos pedidos não ultrapasse 40 salários mínimos 
(art. 852-A).
Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte 
a Administração Pública direta, autárquica e fundacional (art. 852-A, parágrafo 
único).
O pedido deverá ser certo e determinado e indicará o valor correspon-
dente, sob pena de arquivamento (art. 852-B, I e § 1º) e pagamento de custas 
processuais.
Não se fará citação por edital (art. 852-B, II e § 1º). A parte deve indicar o 
endereço correto do réu.
Por força do art. 295, V do CPC, é possível o juiz converter o rito sumarís-
simo em ordinário.
A audiência deverá ser designada no prazo máximo de 15 dias do ajuiza-
mento da ação, podendo constar de pauta especial (art. 852-B, III).
É dever da parte e dos advogados comunicar ao juízo as mudanças de ende-
reço ocorridas durante o processo.
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As audiências serão únicas (art. 852-C da CLT).
Livre apreciação das provas, concedendo especial valor às regras de expe-
riência comum ou técnica (art. 852-D da CLT).
Exercício
31. Qual a consequência da citação negativa no processo pelo rito suma-
ríssimo?
4. Procedimento Sumaríssimo: Arts. 852-E a 
852-I da CLT
4.1 Apresentação
Esta unidade abordará o procedimento sumaríssimo e o art. 852-E ao 
art. 852-I da CLT.
4.2 Síntese
Na ata da audiência, serão registrados resumidamente os atos essenciais, as 
ações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazi-
das pela prova testemunhal (art. 852-F da CLT).
A parte contrária terá que se manifestar em audiência sobre os documentos 
trazidos pela parte contrária, sendo que a concessão de prazo fica a critério do 
juiz (art. 852-H, § 1º da CLT).
Testemunhas: máximo duas para cada parte. Necessidade da comprovação 
do convite.
Prova técnica. Manifestação das partes em cinco dias sobre o laudo.
Adiamento da audiência – prazo 30 dias, salvo motivo relevante.
É dispensado o relatório na sentença (art. 852-I) e as partes serão intimadas 
da sentença na própria audiência (art. 852-I, § 3º).
Art. 895, § 1º da CLT. Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo:
II – será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, deven-
do o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal 
ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; 
III – terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão 
de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; 
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IV – terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com 
a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do 
voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a 
certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. 
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Tur-
ma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prola-
tadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo.
Exercício
32. Qual a consequência do não comparecimento das testemunhas em 
audiência, no procedimento sumaríssimo?
Capítulo 9
Atos, Termos e Prazos 
Processuais
1. Atos Processuais – Aspectos Gerais
1.1 Apresentação
Esta unidade abordará os atos processuais e os aspectos gerais.
1.2 Síntese
Atos Processuais – são aqueles praticados no corpo do processo e encadea-
dos entre si com o objetivo de se chegar à sentença. São atos voluntários, o que 
difere dos fatos processuais que são os acontecimentos involuntários, como a 
morte de uma das partes.
Arts. 770 a 782 da CLT. O CPC trata do assunto nos arts. 158 a 261.
Art. 93, IX da CF – princípio da publicidade, salvo interesse público ou 
social.
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Art. 770 da CLT – os atos serão praticados em dias úteis das 06:00 às 
20:00. A penhora, mediante autorização, poderá ser realizada nos domingos 
ou feriados.
Dias úteis – o sábado é considerado dia útil (Lei nº 605/1949 e a exceção do 
parágrafo único do art. 770 da CLT).
Art. 161 da CPC – é defeso às partes lançar nos autos cotas marginais ou 
interlineares, devendo o juiz mandar riscá-las, impondo a quem as escrever 
multa correspondente à metade do salário mínimo vigente. 
Cotas marginais ou interlineares são quaisquer anotações, rasuras, emen-
das, etc. apostos de forma impertinente ou abusiva em qualquer peça ou docu-
mento dos autos.
Termo Processual – é a reprodução por escrito do ato processual.
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