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DIREITO DO CONSUMIDOR 10 FORMAS RÁPIDAS E EFICAZES DE PROVAR VIOLAÇÕES AO VINICIUS ROCHA MOÇO @VINICIUSMOCO.ADV UM GUIA PRÁT ICO DE COMO VOCÊ PODE SE PROTEGER DE PRÁT ICAS ABUS IVAS COMET IDAS POR EMPRESAS Copyright © 2023 por Vinicius Rocha Moço Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores. viniciusrochamoco@gmail.com.br www.viniciusmoco.com.br Instagram @viniciusmoco.adv Este eBook é fruto da minha experiência com centenas de consumidores que não sabiam como juntar provas para processar empresas que violaram os seus direitos. O objetivo do eBook é empoderar você, para que seja capaz de, por conta própria, buscar os seus direitos. Sou advogado, mas a minha trajetória profissional começou antes do Direito. Desde 2012, quando realizei uma viagem de voluntariado na África, atuando pela Cruz Vermelha junto à crianças hospitalizadas, decidi que largaria a minha formação em Sistemas da Informação para investir em uma graduação com um viés social mais robusto. Então, ingressei no curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie (campus São Paulo). Destacando-se pela minha dedicação acadêmica, fui contemplado com uma bolsa de estudos e realizei um período da minha formação na faculdade de Coimbra, em Portugal. Também sou pós-graduado em Direito Constitucional pela Faculdade Legale e, atualmente, Mestrando pela USP. Comecei a prática profissional no Direito como estagiário na Defensoria Pública da União e realizando atividades jurídicas voluntárias em comunidades carentes pelo Instituto Pro Bono. Depois de formado, atuei em escritórios de advocacia, mas não me sentia alinhado ao viés social que estava procurando desde a transição de carreira para o Direito. Abri mão de empregos tradicionais do ramo para orientar consumidores que estavam sendo violados por empresas. Incomodava-me o fato de pessoas comuns terem seus direitos desrespeitados diariamente. Abri o meu próprio negócio e comecei a atender cada vez mais pessoas pela internet. Após centenas de atendimentos, incluindo ganhos de causa que geraram danos morais, percebi que uma das dúvidas mais comuns dos consumidores é como reunir provas contra as empresas. Levantei as principais respostas para essa questão e elenquei, neste eBook, as 10 melhores formas de provar que os seus direitos foram violados. Espero que esse material possa ser útil e ajudar ainda mais pessoas! SOBRE O AUTOR Vinicius Rocha Moço OAB/SP 457368 ÍNDICE 03 INTRODUÇÃO 04 DOCUMENTOS 07 PROTOCOLOS 13 CONVERSAS POR APLICATIVOS 21 TESTEMUNHAS 23 LOCAIS DE DENÚNCIA Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a norma hierarquicamente superior no direito brasileiro, a defesa do consumidor passou a ser um direito fundamental de todos os cidadãos, conforme exposto em seu artigo 5º, inciso XXXII: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; Por conta disso, foi criada a Lei Federal nº 8.078 de 1990, também conhecida como Código de Defesa do Consumidor (CDC), que passou a ser a principal, embora não a única, norma de proteção ao consumidor vigente no país. O Código possui 119 artigos, nos quais estabelece: os direitos do consumidor e do fornecedor; as responsabilidades em caso de dano e descumprimento de contratos; os mecanismos de atuação de órgãos públicos; as infrações penais; os órgãos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor; entre outros. COMO A NOSSA CONSTITUIÇÃO DEFENDE O CONSUMIDOR? 03 O artigo 2º do Código define como consumidor toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Já fornecedor de produtos e serviços é definido pelo artigo 3º como toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, que desenvolve atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Assim, havendo relação de consumo entre consumidor e fornecedor, ocorrerá obrigatoriamente a aplicação do CDC. Sendo uma norma de ordem pública e interesse social, sua aplicação jamais poderá ser afastada por interesse ou imposição de ninguém. AFINAL, PARA QUE SERVE O CDC? 04 O CDC tem como objetivo regular as relações de consumo, dando especial atenção ao consumidor por ser considerado vulnerável em comparação aos fornecedores de produtos e serviços. COMO POSSO ME PROTEGER? 05 Mesmo com toda proteção fornecida pelo Código, é importante que o consumidor saiba se prevenir de certas situações, principalmente daquelas em que o fornecedor descumpre um contrato ou não presta o serviço adequadamente. Sempre que necessitar recorrer a órgãos de defesa do consumidor ou ao judiciário, tanto o consumidor quanto o fornecedor devem apresentar elementos fidedignos de suas alegações, motivo pelo qual devem ficar atentos aos meios de produção de provas a seu favor. ESTE EBOOK TEM O OBJETIVO DE AJUDÁ-LO A REUNIR PROVAS A SEU FAVOR. ANTES DE QUALQUER COISA, SAIBA QUE É ALTAMENTE RECOMENDADO QUE VOCÊ JUNTE O MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE PROVAS A SEU FAVOR. MAS, AFINAL. . . QUAIS TIPOS DE MATERIAIS POSSO USAR COMO PROVA DA VIOLAÇÃO AO MEU DIREITO DO CONSUMIDOR? 06 A prova documental é a mais simples de ser produzida na maioria das situações, podendo o consumidor se valer de inúmeros tipos de documentos: contratos; notas fiscais; extratos bancários e de cartões de crédito; comprovantes de pagamento; termos de garantia; etc. Os contratos são úteis para demonstrar tanto a contratação do serviço quanto as condições de execução do mesmo e de pagamento, sendo que, conforme estabelecido pelo artigo 47 do CDC, as cláusulas sempre serão interpretadas de forma mais favorável ao consumidor: Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. Destaca-se que uma cópia do contrato sempre deve ser disponibilizada ao consumidor, sendo esta uma obrigação derivada do dever de informação, expresso no artigo 6º, inciso III, do Código: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: (...) III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem. 1-DOCUMENTOS 07 Mesmo que o consumidor venha a perder a cópia do contrato, o fornecedor é obrigado a providenciar uma nova, sendo considerado crime pelo CDC o impedimento de acesso do consumidor às suas informações em bancos de dados, cadastro e registros: Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros: Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa. PERDI O CONTRATO. E AGORA? 08 É importante esclarecer que não são apenas os contratos escritos que possuem valor. O que é dito verbalmente para o consumidor vincula a oferta tanto quanto o que está estabelecido em papel. O contrato é um acordo de vontades e não se resume a um documento escrito. Assim, tudo o que é dito, ofertado ou apresentado ao consumidor passa a fazer parte da oferta e do contrato, devendo ser cumprido, conforme o artigo 30 do CDC: Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. Portanto, tudo o que é prometido verbalmente ao consumidor pelo fornecedor e seus funcionários faz parte da oferta e do contrato e deve ser cumprido. Lembrandoque, sempre que possível, dada a dificuldade em provar esse tipo de acordo, o consumidor deve procurar documentar de algum modo o que é dito, seja solicitando o envio de uma mensagem por Whatsapp ou e-mail daquilo que foi acordado, ou até mesmo gravando a conversa. E SE HOUVE ACORDO VERBAL? 09 A nota fiscal, embora seja importante, não é imprescindível para comprovar a compra de um bem e nem para a sua troca ou envio à assistência técnica quando estiver dentro do prazo de garantia, podendo o consumidor demonstrar a aquisição do produto ou serviço por outros meios: certificado de garantia; fatura do cartão de crédito; tíquetes; etiquetas; ou testemunhas em um processo judicial. Porém, importante mencionar, o consumidor sempre terá direito à nota fiscal, sendo crime contra a ordem tributária negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, nos termos da Lei nº 8.137/90: Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (...) V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação. Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. PRECISO TER A NOTA FISCAL? 10 Caso o consumidor perca a nota fiscal, pode solicitar a segunda via ao estabelecimento onde foi feita a compra ou ao prestador de serviço sem qualquer custo. Embora a emissão de segunda via não esteja prevista em nenhuma lei, a prática é considerada como necessária para se manter o equilíbrio nas relações de consumo e a boa-fé. Além disso, a cobrança pela emissão da segunda via pode ser entendida como uma "vantagem manifestamente excessiva", prevista no artigo 39, inciso V, do CDC. Já o termo de garantia também pode ser útil em diversas situações, sendo o documento onde constam: política de trocas e devoluções de produtos; meios para contatar a assistência técnica; ou orientações em casos de defeitos no produto. De acordo com o artigo 50 do CDC, quando o fornecedor do produto oferecer a garantia contratual, obrigatoriamente deverá ser emitido o termo escrito: E SE PERDI A NOTA FISCAL? 11 TERMO DE GARANTIA Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito. Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações. Além disso, o artigo 74 estabelece como crime a não entrega do termo: Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia adequadamente preenchido e com especificação clara de seu conteúdo; Pena Detenção de um a seis meses ou multa. Por fim, extratos bancários, fatura de cartões de crédito e comprovantes de pagamento também servem como comprovante da compra de produtos ou contratação de serviços, sendo úteis, também, para pedir restituição de valores pagos. Cartas, e-mails e mensagens escritas também podem demonstrar acordos realizados com o fornecedor. 12 Fornecedores de serviços regulados pelo Poder Público Federal (telecomunicações, planos de saúde, companhias aéreas, instituições financeiras) são obrigados a fornecer protocolos de atendimento ao consumidor. Segundo o Decreto nº 6.523, em seu artigo 15, a empresa é obrigada a fornecer o número de protocolo da demanda no início do atendimento: Art. 15. Será permitido o acompanhamento pelo consumidor de todas as suas demandas por meio de registro numérico, que lhe será informado no início do atendimento. Ou seja, é ilegal o repasse do número de protocolo ao final do atendimento ou por e-mail ou SMS. Caso o consumidor perca o número de protocolo posteriormente, poderá entrar em contato com a empresa que será obrigada a repassá-lo, conforme o parágrafo 2º do mesmo artigo: § 2o O registro numérico, com data, hora e objeto da demanda, será informado ao consumidor e, se por este solicitado, enviado por correspondência ou por meio eletrônico, a critério do consumidor. 2- PROTOCOLOS 13 O consumidor tem direito de requisitar a gravação das ligações dos últimos noventa dias (se for uma empresa de telecomunicações esse prazo sobe para cento e oitenta dias, graças ao artigo 5º, inciso VII, da Resolução nº 488 da Anatel): § 3o É obrigatória a manutenção da gravação das chamadas efetuadas para o SAC, pelo prazo mínimo de noventa dias, durante o qual o consumidor poderá requerer acesso ao seu conteúdo. As informações requisitadas devem ser enviadas ao consumidor no prazo máximo de setenta e duas horas, por correspondência ou por meio eletrônico: Art. 16. O consumidor terá direito de acesso ao conteúdo do histórico de suas demandas, que lhe será enviado, quando solicitado, no prazo máximo de setenta e duas horas, por correspondência ou por meio eletrônico, a seu critério. Os protocolos servem como prova em processos judiciais. Além disso, os protocolos podem aumentar o valor de um eventual dano moral. Portanto, nunca deixe de anotar os números de protocolos de atendimento. POSSO TER ACESSO À GRAVAÇÃO DAS LIGAÇÕES? 14 Mensagens de aplicativos como Whatsapp e Telegram podem servir como prova em processos judiciais ou reclamações em órgãos de proteção ao consumidor. Tal meio de prova é útil para comprovar algumas situações: acordos realizados sem contrato escrito, ou após a assinatura deste; tentativas de resolução de conflito; ofensas direcionadas ao consumidor; e confirmação de pagamentos realizados em dinheiro vivo. Em processos mais simples, envolvendo baixos valores e que não necessitem de perícia, basta anexar as mensagens e imagens ao processo. O mais comum é a juntada de prints da tela do celular com o conteúdo das mensagens. Além disso, também é importante o print do contato com o número de telefone e foto se houver. Porém, em processos mais complexos, que envolvam grandes valores ou que demandem perícias judiciais, recomenda-se apresentar as imagens e mensagens em um cartório para que seja produzida uma ata notarial dos arquivos (que será abordada adiante). 3- CONVERSAS POR APLICATIVOS 15 O print screen nada mais é do que um arquivo de imagem que reproduz a tela do celular ou do computador. Pode ser útil para comprovar algumas situações: informações no site do fornecedor de produtos e serviços; conversas ocorridas em chats virtuais ou em redes sociais; posts realizados em redes sociais; ou ofertas e propagandas na internet. Uma vez mais, destaca-se que em processos mais complexos, que envolvam grandes valores ou que demandem perícias judiciais, recomenda-se apresentar as imagens e mensagens em um cartório para que seja produzida uma ata notarial dos arquivos. 4- PRINTS DE TELAS DO CELULAR OU COMPUTADOR 16 A gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro para fins de comprovação de direito não é ilícita e pode ser usada como prova em ação judicial. A prática pode ser útil em casos de acordos feitos verbalmente ou atendimentos que não geram número de protocolo. Porém, importante destacar que não se pode gravar conversas alheias, em que você não está participando diretamente, principalmente se estas estiverem ocorrendo por telefone, já que só podem ser realizadas com expressa autorização judicial por configurar invasão de privacidade. 5- GRAVAÇÃO DE LIGAÇÃO TELEFÔNICA 17 Do mesmo modo que a gravação de uma ligação telefônica é permitida, a gravação do áudio do ambiente também é lícita. O entendimento dominante no judiciário é de que a gravação ambiental, quando realizada por um dos interlocutores sem o consentimento dos outros, é válida como meio deprova. A prática pode ser útil em casos de acordos feitos verbalmente ou em discussões ocorridas no estabelecimento comercial ou diretamente com o fornecedor. 6 – GRAVAÇÃO DE ÁUDIO DO AMBIENTE 18 Fotos e vídeos também podem ser produzidos e utilizados com a finalidade de produzir provas, principalmente em algumas situações: defeitos em produtos ou serviços; danos causados ao consumidor ou ao seu patrimônio; discussões ocorridas junto ao fornecedor; riscos e situações de perigo presentes no estabelecimento comercial ou no local da prestação do serviço. É importante destacar que tais fotos e vídeos devem ser utilizados com o intuito de comprovação de direitos no judiciário ou em órgãos de proteção ao consumidor, não sendo recomendada a sua veiculação em redes sociais. 7- FOTOS E VÍDEOS 19 As reclamações em órgãos de proteção ao consumidor, como Procon e Consumidor.gov, também podem ser usadas como prova em um processo judicial, demonstrando a tentativa de acordo e de fatos ocorridos na relação de consumo. O consumidor pode tirar prints ou gerar um arquivo PDF dos procedimentos abertos de forma online em tais plataformas e juntar ao processo judicial. Além disso, as reclamações em tais órgãos podem ser usadas para aumentar os danos morais em um processo judicial, sob o argumento de tempo gasto pelo consumidor. No final deste eBook, apresentamos uma lista de órgãos onde o consumidor pode buscar a reparação de seus direitos antes de recorrer ao Poder Judiciário. 8 – RECLAMAÇÕES EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR 20 A testemunha é uma pessoa distinta dos integrantes do processo, mas participa deste por ter conhecimento do fato. É aquela pessoa que presenciou a ocorrência do dano sofrido pelo consumidor, que escutou o insulto proferido pelo lojista, que testemunhou os acordos firmados entre as partes, etc. Segundo o artigo 447 do Código de Processo Civil brasileiro, podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes e impedidas. Incapazes seriam: · Os menores de 16 anos; · Os acometidos por enfermidade ou deficiência mental; · O cego e o surdo, quando a ciência do fato depender de tais sentidos. Por sua vez, os impedidos seriam: · O cônjuge, o companheiro, o irmão, o tio, o sobrinho, os pais e os descendentes em qualquer grau de alguma das partes; · Aquele que é parte na causa; · O tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz da causa ou o advogado que nela atua; · O inimigo da parte ou o seu amigo íntimo; · Aquele que tiver interesse no processo. 9 – TESTEMUNHAS 21 A ata notarial é um documento público, lavrado por notário (profissional dotado de fé pública, a quem é delegado o exercício da atividade notarial), por meio do qual este declara algo que tenha presenciado, declarando sua existência e características. A ata notarial está prevista no artigo 384 do Código de Processo Civil da seguinte forma: Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial. Conforme explicado nas páginas anteriores, em alguns casos pode ser necessária a produção de uma ata notarial para que, por exemplo, seja atestada a veracidade de mensagens de Whatsapp ou prints de sites e e-mails. O tabelião analisará as imagens e as mensagens, bem como os aplicativos, e atestará a veracidade dos dados. A ata notarial gera a presunção de veracidade dos fatos alegados, devendo a parte contrária apresentar provas em sentido diverso. 10 – ATA NOTARIAL 22 POR FIM: ONDE REALIZAR DENÚNCIAS E RECLAMAÇÕES? 23 Listo um breve resumo de instituições que podem ajudá-lo na denúncia contra violações aos seus direitos consumeristas: GOSTOU DO CONTEÚDO? SIGA-ME NAS REDES SOCIAIS: 24 OBRIGADO! 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