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INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 
PREDIAIS
PROF. LUÃ MARIANI SOARES
PROFA. LUZIA MARA MENDES FERRER AMORIM
Presidente da Mantenedora
Ricardo Benedito Oliveira
Reitor: 
Dr. Roberto Cezar de Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Gisele Colombari Gomes
Diretora de Ensino
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Edson Dias Vieira
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Camila Cristiane Moreschi
Danielly de Oliveira Nascimento
Fernando Sachetti Bomfim
Luana Luciano de Oliveira
Patrícia Garcia Costa
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Cristiane Alves© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................5
1 DEFINIÇÕES DE PROJETO ........................................................................................................................................6
1.1 CONCEITOS BÁSICOS .............................................................................................................................................6
1.2 NORMATIZAÇÃO APLICADA ..................................................................................................................................6
2 SISTEMAS DE SUPRIMENTO E DISPOSIÇÃO DE ÁGUA ........................................................................................ 7
2.1 FONTE DE ABASTECIMENTO ................................................................................................................................ 7
2.2 TIPOS DE SISTEMAS DE SUPRIMENTO E DISPOSIÇÃO DE ÁGUA ...................................................................8
2.2.1 SISTEMA PARTICULAR .......................................................................................................................................9
2.2.2 SISTEMA MISTO ................................................................................................................................................ 10
2.2.3 SISTEMA PÚBLICO ............................................................................................................................................ 11
3 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA ................................................................................................................ 11
ABASTECIMENTO PREDIAL
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
3.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DIRETO............................................................................................................. 12
3.2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO INDIRETO ........................................................................................................ 12
3.2.1 SEM BOMBEAMENTO ........................................................................................................................................ 13
3.2.2 COM BOMBEAMENTO ...................................................................................................................................... 13
4 COMPONENTES DO SISTEMA ................................................................................................................................ 14
4.1 SUBSISTEMA DE ALIMENTAÇÃO PREDIAL ........................................................................................................ 15
4.1.1 DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DIÁRIO .......................................................................................................... 16
4.1.2 DIMENSIONAMENTO DO ALIMENTADOR OU RAMAL PREDIAL ................................................................... 17
4.1.3 DIMENSIONAMENTO DO HIDRÔMETRO ......................................................................................................... 18
4.2 SUBSISTEMA DE RESERVAÇÃO DE ÁGUA ......................................................................................................... 19
4.2.1 DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO ..................................................................................................... 21
4.2.2 DIMENSIONAMENTO DO EXTRAVASOR E LIMPEZA ..................................................................................... 21
4.3 CONJUNTO ELEVATÓRIO......................................................................................................................................24
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................27
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INTRODUÇÃO
Prezado aluno, seja bem-vindo ao módulo de Instalações Hidráulicas Prediais, cujo 
objetivo consiste na preparação do aluno para entender o funcionamento das instalações 
hidráulicas e desenvolver um projeto eficiente.
Toda edificação, por mais simples que seja, deve possuir um sistema de abastecimento de 
água que atenda aos critérios mínimos de higiene necessários para a saúde do usuário.
Nessa primeira etapa, será estudado o fornecimento da água às edificações, retratando o 
consumo de água da rede de abastecimento segundo às necessidades e finalidades da edificação. 
Iremos conhecer alguns conceitos como o Sistema de Abastecimento Direto e o Sistema de 
Abastecimento Indireto, além de explorar as atividades de um hidrômetro, de uma cisterna e de 
outros elementos que compõem esses sistemas.
É fundamental que o aluno aproveite cada momento da disciplina e concentre-se no 
conteúdo que lhe é transmitido. Separe o tempo da melhor maneira para estudar e lembre-se 
que a apostila contém indicações de leituras externas e exercícios de fixação para que você possa 
elevar o seu conhecimento e testá-lo ou colocar em prática.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1 DEFINIÇÕES DE PROJETO
1.1 Conceitos Básicos
O artigo 3º da Lei Federal 11.445/07 define o saneamento básico urbano em um sistema 
de serviços, instalações operacionais e infraestruturas, subdividido em recolhimento de resíduos, 
drenagem de águas pluviais, esgoto sanitário e abastecimento de água potável.
Importante destacar que o termo água fria, comumente utilizado na área, pode ser 
entendido como “[...] a água tal como se encontra para uso na alimentação e na higiene das 
pessoas e fornecida pela rede de abastecimento local” (MACINTYRE, 1990, p.1).
As instalações prediais de água fria são o conjunto de tubulações, conexões, peças, 
aparelhos sanitários e acessórios existentes a partir do ramal predial, que permitem levar a água 
da rede pública até os pontos de consumo ou utilização dentro da edificação.
As instalações prediais de água fria se constituem em subsistema do sistema de 
abastecimento de água. É considerada como a “extremidade” última do sistema público de 
abastecimento em que concretamente se estabelece o elo de ligação com o usuário final.
Em outras palavras, o abastecimento de água potável se trata do caminho que a água 
percorre entre a rede de abastecimento ou fonte de água até o ponto de consumo, sendo esse 
caminho geralmente composto por hidrômetro, reservatórios, tubulações ou ramais, até completar 
a sua devida finalidade.
1.2 Normatização Aplicada
A normatização adequada aos projetos hidrossanitários nas edificações estabelece 
critérios e condições relacionados à higiene, conforto, economia e, principalmente, à segurança 
das instalações. Seu conjunto de orientações pode variar dependendo do local de aplicação 
do conhecimento, já que leva em consideração diversos fatores presentes no espaço e tempo 
pretendidos, como condições climáticas, topografia etc.
A NBR 5626/20, da ABNT, deliberaassim como nos aquecedores, é de 40,0 mca, ou seja, 400 kPa.
A tabela a seguir apresenta, para os diâmetros comerciais, os valores máximos para a 
velocidade encontrada, a partir da seguinte expressão:
Nesta expressão V é a velocidade em m/s e D é o diâmetro da tubulação em metros.
Tabela 2 – Diâmetros comerciais e velocidades máximas para o sistema de água quente.
Fonte: Adaptado de Borges (1992).
A velocidade da água nas tubulações não deve ser superior a 3 m/s. Nos locais onde o nível 
de ruído possa perturbar o repouso ou o desenvolvimento das atividades normais, a velocidade 
da água deve ser limitada a valores compatíveis com o isolamento acústico.
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Imagine um banheiro masculino de um hipotético estádio de futebol. Sabendo que 
no banheiro há quatro colunas ou prumadas de distribuição de água, dispostas 
e exemplificadas adiante, qual é a melhor forma de dimensionar a tubulação: 
método do máximo provável ou método do máximo possível?
I. AF 01: prumada de água fria para alimentar 3 mictórios com válvula de descarga.
II. AF 02: prumada de água fria para alimentar 3 bacias sanitárias, com válvula de 
descarga.
III. AF 03: prumada de água fria para alimentar 6 lavatórios.
IV. AF 04: prumada de água fria para alimentar os misturadores dos 6 chuveiros.
Por se tratar de um local onde geralmente as pessoas utilizam os aparelhos 
sanitários simultaneamente, o Método do Máximo Possível estabelecido pela 
NBR 5626 de 1998 é o mais adequado para o dimensionamento da tubulação.
A seguir, por meio de um traçado esquemático da distribuição de tubulações no 
banheiro exemplificado, vamos calcular qual seria o diâmetro dos trechos dos 
sub-ramais e ramais de cada uma das colunas.
Tabela 3 - Método do máximo possível para AF 01
TRECHOS Trecho 01 AB BC
Ø MIN 32 mm 32mm 32 mm
Equivalência em Ø 15mm 10,9 10,9 10,9
Soma da equivalência 10,9 21,8 32,7
Ø do trecho 32 mm 50 mm 50 mm
Fonte: NBR 5626 de 1998.
O diâmetro mínimo para o mictório é de 32 mm e sua equivalência em diâmetros 
de 15 mm é de 10,9. A partir do ponto A, o ramal abastece dois mictórios, sendo 
assim, considera-se o somatório da equivalência de 21,8 e chega-se ao valor do 
diâmetro de 50 mm. Para os três mictórios, então, a equivalência somada é de 
32,7 e o diâmetro de 50 mm ainda suporta essa configuração.
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Tabela 4 - Método do máximo possível para AF 02
TRECHOS Trecho 01 AB BC
Ø MIN 50 mm 50mm 350mm
Equivalência em Ø 15mm 37,8 37,8 37,8
Soma da equivalência 37,8 75,6 113,40
Ø do trecho 50 mm 75 mm 100 mm
Fonte: NBR 5626 de 1998.
O diâmetro mínimo para a bacia sanitária é de 50 mm e sua equivalência em 
diâmetros de 15 mm é de 37,8. A partir do ponto A, o ramal abastece duas bacias 
sanitárias, sendo assim, considera-se o somatório da equivalência de 75,6 e chega-
se ao valor do diâmetro de 75 mm. No entando, para as três bacias sanitárias, a 
equivalência somada é de 113,4 e o diâmetro da tubulação deverá ser de pelo 
menos 100 mm.
Tabela 5 - Método do máximo possível para AF 03
TRECHOS Trecho 01 AB BC CD DE EF
Ø MIN 20 mm 20 mm 20 mm 20 mm 20mm 20mm
Equivalência em
Ø 15mm 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90
Soma da equivalência 2,90 5,80 8,70 11,60 14,50 17,40
Ø do trecho 20 mm 25 mm 32 mm 40 mm 50 mm 50 mm
Fonte: NBR 5626 de 1998.
O diâmetro mínimo para o lavatório é de 20 mm e sua equivalência em diâmetros 
de 15 mm é de 2,9. A partir do ponto A, o ramal abastece dois lavatórios, sendo 
assim, considera-se o somatório da equivalência de 5,80 e chega-se ao valor do 
diâmetro de 25 mm. O processo é repetido em cada um dos trechos até a tubulação 
final do ramal que abastece os seis lavatórios, com o diâmetro calculado de 50 
mm e um somatório de 17,40 para as equivalências.
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Tabela 6 - Método do máximo possivel para AF 04 
TRECHOS Trecho 01 AB BC CD DE EF FG
Ø MIN 25 mm 20 mm 20 mm 20 mm 20mm 20mm 20mm
Equivalência 
em Ø 15mm 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90
Soma da 
equivalência 2,90 5,80 8,70 11,60 14,50 17,40 20,30
Ø do trecho 20 mm 25 mm 32 mm 40 mm 50 mm 50 mm 50 mm
Fonte: NBR 5626 de 1998.
O diâmetro mínimo para o chuveiro também é de 20 mm e sua equivalência em 
diâmetros de 15 mm é de 2,9. A partir do ponto A, o ramal abastece dois chuveiros, 
sendo assim, considera-se o somatório da equivalência de 5,80 e chega-se ao 
valor do diâmetro de 25 mm. O processo é repetido em cada um dos trechos 
até a tubulação final do ramal que abastece os seis lavatórios, com o diâmetro 
calculado de 50 mm e um somatório de 20,30 para as equivalências.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme visto e apresentado nesta unidade, compete ao projetista a entrega de um projeto 
bem dimensionado, em cumprimento com as normas vigentes, com segurança e conforto para os 
usuários. A ele são encarregados a construção, o acompanhamento, a análise e a interpretação do 
projeto, além de suas decisões que devem ser baseadas nas orientações das normas.
Ambos, o projetista e o construtor, devem executar seus serviços com zelo e competência 
para evitar transtornos e prejuízos ao usuário. O projeto gráfico deve ser acompanhado de um 
manual de instalações em que o projetista e o executor definem como devem ser utilizados os 
equipamentos, qual a melhor forma de manutenção. Dessa forma, garantido o uso adequado, 
com economia e longevidade das instalações.
Nessa Unidade 2, determinamos a etapa final do abastecimento: onde a água do reservatório 
abastece os pontos de utilização ou aparelhos sanitários da edificação, além de apresentar alguns 
dos sistemas de aquecimento de água, importante para garantir parâmetros de conforto e higiene 
aos usuários.
Na próxima unidade vamos conhecer o que acontece depois que a água potável é utilizada 
e como o rejeito é recolhido em uma edificação, ou seja, vamos aprender a dimensionar e traçar 
o sistema de esgoto sanitário.
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03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................58
1 DEFINIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................................59
1.1 TERMINOLOGIA......................................................................................................................................................59
1.2 SISTEMAS DE COLETA DE ESGOTO .....................................................................................................................60
1.3 PRINCIPAIS ELEMENTOS.....................................................................................................................................62
1.3.1 CAIXAS E RALOS SIFONADOS ...........................................................................................................................63
1.3.2 ESGOTO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO ................................................................................................................64
1.3.3 SISTEMA DE VENTILAÇÃO ................................................................................................................................65
1.3.4 COMPONENTES DO PROJETO ..........................................................................................................................66
2 DIMENSIONAMENTO ..............................................................................................................................................68
2.1 RAMAIS DE DESCARGA ........................................................................................................................................68ESGOTO SANITÁRIO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
2.2 RAMAIS DE ESGOTO .............................................................................................................................................69
2.3 TUBO DE QUEDA ...................................................................................................................................................70
2.4 RAMAIS E COLUNA DE VENTILAÇÃO.................................................................................................................. 73
2.5 SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL ..............................................................................................................75
2.6 CAIXAS DE GORDURA, INSPEÇÃO E PASSAGEM ..............................................................................................76
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................83
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INTRODUÇÃO
Nas unidades precedentes foi apresentada a parte hidráulica do projeto hidrossanitário, 
ou seja, o caminho que a água percorre desde o seu abastecimento na fonte ou rede até a sua 
distribuição ou uso que ocorre nas edificações, mapeando todos os elementos constituídos nesse 
processo e levando em consideração os tipos de ocupação a que são destinadas.
É importante que o projetista tenha sempre em mente as questões relevantes como 
funcionalidade e objetivos de seu projeto em sua elaboração, para que assim, a eficiência do 
mesmo seja ainda mais notável.
Depois de chegar ao ponto de utilização e ser, finalmente, aproveitada, o resíduo da água 
– dessa vez misturado com outros resíduos e sujeira – precisa ser coletado e enviado para algum 
lugar. Essa premissa é o que integra a parte sanitária do projeto hidrossanitário, juntamente com 
o recolhimento das águas pluviais provindas dos telhados da edificação, que veremos na próxima 
unidade.
Sendo assim, nessa terceira etapa de nosso estudo será retratado o dimensionamento 
e o traçado das tubulações de esgoto de uma edificação, de acordo com as recomendações das 
normas vigentes.
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1 DEFINIÇÕES GERAIS
Os sistemas de tubulações e peças que constituem os esgotos sanitários de uma edificação 
têm a finalidade de transportar todo efluente das peças de utilização até a rede pública, atendendo 
a requisitos mínimos de higiene, segurança, conforto e economia, e encaminhando para um 
destino conveniente todos os despejos, sejam eles domésticos ou industriais.
Ou seja, uma instalação de esgoto sanitário possui como objetivo “a coleta 
ou encaminhamento do despejo líquido das edificações ao sistema público de esgoto 
sanitário”(AZEVEDO NETTO, 1998, p. 581).
A normatização que orienta as instalações e projetos de esgoto nas edificações é a NBR 
8160: Sistemas prediais de esgoto sanitário.
As exigências mínimas para este tipo de projeto contam com a garantia da higiene, 
segurança, economia e conforto aos usuários, permitindo o rápido escoamento do esgoto, 
impedindo passagem de gases ou animais para dentro da edificação, além de não admitir 
vazamento do esgoto ou acúmulo de sedimentos nas tubulações e permitir fácil acesso à inspeção 
e manutenção das tubulações internas ou de coletores prediais (AZEVEDO NETTO, 1998).
Logo, para serem considerados eficientes, as instalações e o projeto de esgoto sanitário 
devem obrigatoriamente coletar os esgotos das residências e afastar de forma eficiente os dejetos, 
impedindo a contaminação do interior das edificações por gases provenientes do esgoto, a entrada 
de insetos, ratos e outros animais e a contaminação da água potável.
1.1 Terminologia
Macintyre (1990) classifica as águas residuais como os líquidos efluentes dos esgotos, 
que podem ser domésticos, industriais ou de infiltração. As águas residuais domésticas são os 
despejos líquidos provenientes de habitações residenciais e podem ser servidas ou imundas, 
sendo as primeiras determinadas através das operações de lavagem e limpeza, e as outras são 
as que contêm dejetos ou material fecal, com alta quantidade de microorganismos e matéria 
orgânica.
As águas de infiltração penetram na tubulação pelo subsolo, e as águas residuais industriais 
podem ser orgânicas, tóxicas ou inertes.
Águas residuárias: líquidos residuais, efluentes de esgotos e águas de inflitração. Podem 
ser divididas em águas imundas e águas servidas.
Águas imundas: águas residuárias contendo elevada quantidade de matéria fecal;
Águas servidas: águas resultantes da operação de lavagem e limpeza de cozinhas, banheiros 
e tanques.
Esgoto doméstico: é o resíduo da água utilizada no banho, nos lavatórios, nas máquinas 
de lavar roupa, na descarga da bacia sanitária etc., ou seja, o resíduo de água domiciliar.
Esgoto industrial: é o resíduo da água utilizada nos processos de produção industrial.
Esgoto pluvial: as águas das chuvas, após serem recolhidas dos telhados, coberturas e 
ruas, são consideradas esgoto pluvial. Veremos mais detalhes na próxima unidade.
Altura de fecho hídrico: é a profundidade da camada líquida, medida entre o nível da saída 
e o ponto mais baixo da parede ou colo inferior do desconector, que separa os compartimentos ou 
ramos de entrada e saída desse dispositivo:
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Figura 1 – Posicão do fecho hídrico em situações diversas. Fonte: Os autores.
1.2 Sistemas de Coleta de Esgoto
O sistema público de esgoto sanitário pode ser inexistente, dependendo do local de estudo. 
Quando existem, podem ser segundo o sistema unitário, em que as águas pluviais e residuais são 
canalizadas em uma mesma tubulação, ou pelo sistema separador absoluto. Este consiste em 
duas redes coletoras inteiramente independentes e apresenta inúmeras vantagens em relação ao 
anterior (MACINTYRE, 1990).
Dessa forma, podemos afirmar que os esgotos prediais são ou deveriam ser lançados na 
rede de esgotos da cidade. Pode ser realizada segundo um dos seguintes sistemas:
Sistema unitário: em que as águas pluviais e águas residuárias de esgoto são conduzidas 
numa mesma canalização para um mesmo destino.
Sistema separador absoluto: composto por duas redes públicas inteiramente independentes; 
uma para águas pluviais e outra para águas residuárias de esgoto (utilizado na maior parte do 
Brasil).
Sistema misto: nesse sistema as águas de esgoto têm canalizações próprias, mas são 
instalados dentro das galerias de águas pluviais.
Figura 2 – Ligação de coleta de esgoto público e privado. Fonte: Desentupidora Moraes (2021).
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Além dessa divisão, ainda existem basicamente dois outros tipos de soluções ou destinação 
para esgotamento de determinada área:
1. Solução coletiva: geralmente projetada para centros urbanos ou cidades. Esses sistemas 
consistem em canalizações que recebem o esgoto de várias unidades, transportando-os até 
o seu destino final (como Estações de Tratamento de Efluentes), de forma sanitariamente 
adequada.
2. Solução individual: sistema adotado para o atendimento unifamiliar, constitúido de fossas 
sépticas ou sumidoros.
Figura 3 – Exemplos da destinação do efluente ou esgoto. Fonte: Adaptado de Sperling (2015).
Figura 4 – Exemplos da destinação do efluente ou esgoto. Fonte: Sabesp (2020).
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1.3 Principais Elementos
Para o início de um projeto sanitário, é necessário que se tenha a definição completa 
dos elementos do projeto de arquiteturado edifício (planta, corte, fachada), além dos projetos 
de estruturas, fundações – essenciais para o traçado das tubulações de esgoto da edificação – e 
instalações hidráulicas e elétricas. Também é importante ter ciência das possibilidades de ligação 
da instalação em coletor público.
Segundo Azevedo Netto (1998), a instalação de esgoto pode ser dividida em primária e 
secundária, que representa o conjunto de tubulações e dispositivos nos quais há acesso de gases 
ou não, respectivamente.
O desconector é o dispositivo provido de fecho hídrico que veda a passagem dos gases 
à montante da tubulação, ou seja, evita a penetração no ambiente interno da edificação de gases 
emanados das instalações primárias ou secundárias de esgoto. Todos aparelhos sanitários devem 
estar protegidos dessa forma, exceto aqueles que possuem a característica de serem autossifonados, 
como o vaso sanitário.
Figura 5 – Funcionamento da tubulação de esgoto do vaso sanitário. Fonte: Os autores.
Então, todos os aparelhos sanitários das áreas da edificação devem possuir desconectores, 
mas eles podem atender a um aparelho ou a um conjunto de aparelhos de um mesmo ambiente. 
Por exemplo, a caixa sifonada pode servir como desconector de um lavatório e de uma banheira.
Figura 6 – Representação da caixa sifonada. Fonte: Adaptado de Manual Técnico da Tigre (2013).
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Da montante à jusante, a instalação consiste do aparelho sanitário, que recebe os dejetos 
ou água servida em fins higiênicos, ou ralo, uma caixa dotada de grelha na parte superior que 
recebe água de lavagem de chuveiros. A tubulação que recebe os efluentes dos ralos ou aparelhos 
sanitários é denominada de ramal de descarga, e a caixa ou ralo sifonado é dotado do fecho 
hídrico e reúne os ramais de descarga dos aparelhos próximos, exceto do vaso sanitário. Por sua 
vez, o ramal de esgoto recebe os efluentes das caixas sifonadas ou de ramais de descarga e destina 
à tubulação vertical conhecida como tubo de queda.
A tubulação de ventilação empregada é ascendente e ligada às tubulações de esgoto, 
contendo sua parte superior aberta à atmosfera que permite a livre circulação do ar nas tubulações 
e garante escoamento livre nos condutos para impedir a ruptura dos fechos hídricos dos 
desconectores. A ventilação de um desconector é dada pela inserção de um ramal de ventilação 
na parte superior do ramal de descarga ou de esgoto, ligando este ponto à coluna de ventilação.
O subcoletor predial designa a tubulação que recebe os despejos de um ou mais tubo de 
queda, e é ligado até o coletor predial, onde há a concentração de todos os efluentes da edificação, 
compreendido até o coletor público. As caixas de inspeção devem ser colocadas com a finalidade 
de inspecionar, limpar e até mesmo desobstruir um coletor ou subcoletor predial (AZEVEDO 
NETTO, 1998).
1.3.1 Caixas e ralos sifonados
Conforme vimos, é obrigatória a colocação de dispositivos desconectores, destinados à 
proteção do ambiente interno contra a ação dos gases emanados das canalizações, e separam o 
esgoto primário do esgoto secundário.
Geralmente, podem ser utilizados até três tipos de desconectores: sifões, ralos sifonados 
e caixas sifonadas. De acordo com a NBR 8160, todo desconector deve:
a) ter fecho hídrico com altura mínima de 0,05m;
b) apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao ramal de descarga a ele 
conectado.
As caixas sifonadas são peças que recebem as águas servidas de lavatórios, box, tanques, 
pias e banheiras, assim como as águas provenientes de lavagem de pisos, devendo as mesmas, 
neste caso, ser providas de grelhas. As caixas sifonadas devem ter as seguintes dimensões mínimas:
a) DN 100, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 6 UHC;
b) DN 125, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 10 UHC;
c) DN 150, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 15 UHC.
Já os ralos sifonados devem ter fecho hídrico mínimo superior a 50mm. São recipientes 
dotados de desconector, com grelha na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de 
pisos ou de chuveiro.
Se o aparelho for apenas um ralo seco, ou seja, não possui fecho hídrico, apenas impede a 
entrada de sólidos relativamente grandes para dentro da tubulação.
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Figura 7 – Representação dos ralos secos e sifonados. Fonte: Adaptado de Manual Técnico da Tigre (2013).
1.3.2 Esgoto primário e secundário
O Esgoto Primário é definido como aquele que emana gases, como no caso dos esgotos 
de águas imundas. Sua tubulação é designada pela parte da instalação à qual tem acesso os 
gases provenientes do coletor público ou de dispositivos de tratamento, compreendida após 
os desconectores até o coletor público. Os ramais provenientes das bacias sanitárias ou pias de 
despejo serão sempre canalizações primárias.
Já o Esgoto Secundário é representado pelo esgoto tipicamente de água servida, que 
não libera gases. É a parte da instalação que não tem contato com os gases formados, pois está 
protegida por desconectores, representada pela canalização que vem antes dos desconectores.
Além da colocação dos desconectores, deve-se garantir que a pressão interna do tubo seja 
igual à pressão atmosférica. Se a pressão interna não for igual à pressão atmosférica, o escoamento 
deixa de ser livre e passa a ser forçado. Se existir sucção, a montante do escoamento do esgoto, 
pode haver o que chamamos de quebra do selo hídrico. A pressão do escoamento faz a sucção da 
água do desconector permitindo a entrada dos gases no ambiente:
Figura 8 – Esquema de pressões no escoamento do esgoto. Fonte: Os autores.
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1.3.3 Sistema de ventilação
O sistema de ventilação do esgoto sanitário se refere ao conjunto de tubulações que 
protege os desconectores, impedindo o rompimento do fecho hídrico, além de permitir a saída 
dos gases do esgoto para a atmosfera.
Para evitar a sucção da água do desconector devemos garantir que a pressão interna do 
tubo seja sempre igual à pressão atmosférica, logo, mantém-se a pressão interna igual à pressão 
atmosférica acoplando ao tubo de escoamento um tubo ventilador, aberto à atmosfera.
Figura 9 – Esquema de pressões no escoamento do esgoto com ventilação. Fonte: Os autores.
Toda a canalização de ventilação deverá ser instalada de modo que qualquer líquido que, 
porventura, nele venha a ter ingresso possa escoar-se completamente por gravidade, para dentro 
do tubo de queda, ramal de descarga ou desconector em que o ventilador tenha origem.
A ventilação do esgoto é composta pelos seguintes elementos:
Ramal de ventilação: trecho de tubulação que interliga o desconector, ou ramal de 
descarga, a uma coluna de ventilação.
Coluna de ventilação: a extremidade superior da coluna ou do tubo ventilador deve estar 
sempre aberta à atmosfera, ultrapassando o telhado em, no mínimo, 30 cm.
Figura 10 – Esquema do sistema predial de ventilação. Fonte: Adaptado de Sperling (2015).
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Em prédios de um só pavimento, a ventilação da instalação predial de esgoto é feita pelo 
menos por um tubo ventilador primário ligado diretamente à caixa de inspeção ou em junção 
ao coletor predial, subcoletor ou ramal de descarga de um vaso sanitário e prolongado acima da 
cobertura desse prédio.
Já em prédios de dois ou mais pavimentos, os tubos de queda serão prolongados até acima 
da cobertura, e todos os vasos sanitários sifonados, sifões e ralos sifonados serão providos de 
ventiladores individuais ligados à coluna de ventilação.
1.3.4 Componentes do projeto
Um bom projeto de esgotodeve permitir um fácil acesso às suas tubulações e desobstrução 
em uma futura manutenção. As tubulações de esgoto não podem passar por dentro de elementos 
estruturais, tais como: lajes, pilares e vigas, pois inviabiliza a sua manutenção.
O projeto pode ser traçado de forma unifilar. Em um esquema unifilar, as linhas contínuas 
representam uma tubulação primária, as linhas tracejadas são as tubulações secundárias e as 
linhas pontilhadas são da tubulação de ventilação, conforme o exemplo a seguir:
Figura 11 – Esquema unifilar de esgoto. Fonte: Os autores.
Em edifícios residenciais as águas residuárias dos ramais de esgoto, que são tubulações 
horizontais, são direcionadas para uma tubulação vertical, chamada de tubo de queda (TQ). 
Ao lado do tubo de queda existe um tubo (TV) responsável pela ventilação do ramal da caixa 
sifonada. O prolongamento do tubo de queda (TQ) acima do último andar também é responsável 
pela ventilação da tubulação primária.
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Figura 12 – Esquema do projeto sanitário. Fonte: Os autores.
Dessa forma, os principais elementos que compõem o projeto sanitário de esgoto são 
apresentados a seguir, e o dimensionamento de cada um deles será mostrado no próximo item.
a) aparelho sanitário;
b) ramal de descarga;
c) ramal de esgoto;
d) ramal de ventilação;
e) tubo de queda;
f) coluna de ventilação;
g) dispositivos de inspeção;
h) subcoletor;
i) coletor predial.
Figura 13 – Registro fotográfico da execução do projeto sanitário. Fonte: Os autores.
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2 DIMENSIONAMENTO
Antes de iniciar o dimensionamento das tubulações de esgoto sanitário, é necessário 
definir o principal conceito utilizado como parâmetro para determinar as características do 
sistema, como diâmetro da tubulação, peças, inclinações etc.
O dimensionamento das tubulações está associado ao número UHC – Unidade Hunter de 
Contribuição – ou unidade de descarga, correspondente ao aparelho sanitário ligado ao esgoto. 
Azevedo Netto (1998, p. 582) o define como “um fator probabilístico numérico 
representando a frequência habitual de utilização, vazão típica e a simultaneidade de 
funcionamento de aparelhos sanitários em hora de maior contribuição do hidrograma diário”. 
O autor ainda reafirma a condição que a tubulação de jusante não pode possuir diâmetro menor 
que qualquer tubulação da montante.
2.1 Ramais de Descarga
Conforme visto anteriormente, os ramais de descarga são tubulações que recebem o 
esgoto de um único aparelho sanitário. O diâmetro mínimo e a estimativa de Unidade Hunter de 
Contribuição para cada um deles é fornecido pela NBR 8160, conforme o quadro apresentado a 
seguir:
Aparelho Sanitário Nº de UHC DN mínimo do ramal 
de descarga (mm) 
Bacia sanitária 6 100 
Banheira de residência 2 40 
Bebedouro 0,5 40 
Bidê 1 40 
Chuveiro de residência 2 40 
Chuveiro coletivo 4 40 
Lavatório de residência 1 40 
Lavatório de uso geral 2 40 
Mictório com válvula de descarga 6 75 
Mictório com caixa de descarga 5 50 
Mictório com descarga automática 2 40 
Mictório de calha 2/m de calha 50 
Pia de cozinha residencial 3 50 
Pia de cozinha industrial – preparação 3 50 
Pia de cozinha industrial – lavagem de 
panelas 4 50 
Tanque de lavar roupas 3 40 
Máquina de lavar louças 2 50 
Máquina de lavar roupa 3 50 
Quadro 1 – Unidades Hunter de Contribuição e diâmetros mínimos dos ramais de descarga
dos aparelhos relacionados. Fonte: Adaptado da NBR 8160 (1999).
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Para aparelhos sanitários não relacionados na tabela da NBR 8160, a normativa orienta 
que seja estimada a contribuição em UHC do aparelho sanitário e que seu dimensionamento siga 
os limites propostos adiante: 
Tabela 1 – Unidades Hunter de Contribuição para aparelhos não relacionados 
anteriormente.
Fonte: NBR 8160 (1999). 
2.2 Ramais de Esgoto
As tubulações que recebem o esgoto dos ramais de descarga, apresentados no item 
anterior, são chamadas de ramais de esgoto, e o dimensionamento dessa tubulação também é 
feito considerando a soma das UHC dos ramais de descarga recebidos:
Tabela 2 – Dimensionamento dos ramais de esgoto.
Fonte: NBR 8160 (1999).
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2.3 Tubo de Queda
O tubo de queda é a tubulação vertical que recebe o esgoto dos ramais de esgoto das áreas 
sanitárias. A NBR 8160 orienta que ele tenha diâmetro constante em todo seu comprimento e 
que, de preferência, não tenha desvios – se necessário, executar o desvio com duas curvas de 45° 
ao invés de 90°. 
Figura 14 – Esquema de ligação do tubo de queda com o ramal de esgoto. Fonte: Os autores.
É dimensionado através do somatório das UHC dos ramais de esgoto e de descarga aos 
quais é ligado:
Tabela 3 – Dimensionamento dos tubos de queda
Fonte: NBR 8160 (1999).
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Para os edifícios de dois ou mais andares, nos tubos de queda que recebam efluentes 
de aparelhos sanitários, tais como: pias, tanques, máquinas de lavar e outros similares, onde 
são utilizados detergentes que provoquem a formação de espuma, devem ser adotadas soluções 
no sentido de evitar o retorno de espuma para os ambientes sanitários, a exemplo: não efetuar 
ligações de tubulações de esgoto ou de ventilação nas regiões de ocorrência de sobrepressão.
A NBR 8160 define as zonas de sobrepressão os trechos:
a) o trecho, de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente à montante do desvio 
para horizontal;
b) o trecho de comprimento igual a 10 diâmetros, imediatamente à jusante do mesmo desvio;
c) o trecho horizontal de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente à montante do 
próximo desvio;
d) de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente à montante da base do tubo de 
queda, e o trecho do coletor ou subcoletor imediatamente à jusante da mesma base;
e) a montante e a jusante do primeiro desvio na horizontal do coletor com comprimento 
igual a 40 diâmetros ou subcoletor com comprimento igual a 10 diâmetros;
f) o trecho da coluna de ventilação, para o caso de sistemas com ventilação secundária, com 
comprimento igual a 40 diâmetros, a partir da ligação da base da coluna com o tubo de 
queda ou ramal de esgoto.
Figura 15 – Zonas de sobrepressão na tubulação de esgoto. Fonte: NBR 8160 (1999).
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Geralmente, essa situação se verifica nos primeiros pavimentos da edificação. A melhor 
forma de solucionar esse problema é a utilização de colunas independentes:
Figura 16 – Esquema de solução dos problemas da zona de sobrepressão num edificío de múltiplos
pavimentos. Fonte: Adaptado de Sperling (2015).
O problema com a espuma nas zonas de sobrepressão do sistema 
de esgoto predial é muito comum de acontecer, e é por isso que 
sempre se recomenda seguir a NBR 8160 à risca e evitar esse tipo 
de patologia. No vídeo a seguir, há uma demonstração de como 
o fenômeno acontece para que seja dada a atenção adequada e 
garantir o bom funcionamento do seu projeto.
MUNDO DA HIDRÁULICA. Funcionamento das Bombas D’água (Hidráulica). 2018. 
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=yQwWAhaJHt0&t=14s.
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2.4 Ramais e Coluna de Ventilação
Conforme apresentado, as tubulações de esgoto predial necessitam de tubos de ventilação, 
cuja finalidade principal é encaminhar o mau cheiro provindo do esgoto para a área externa da 
edificação, garantindo segurança e confortoaos usuários. 
O ramal de ventilação é o um tubo interligado ao desconector ou ramal de um ou mais 
aparelhos até uma coluna de ventilação. A NBR 8160 estabelece que essa ligação deve ser feita a 
uma distância máxima determinada pela tabela a seguir:
Tabela 4 – Distância máxima de ligação entre o ramal de ventilação e o desconector.
Fonte: NBR 8160 (1999).
Já o dimensionamento do ramal de ventilação, segundo a NBR, também é feito 
considerando as UHC dos aparelhos aos quais ele vai atender:
Tabela 5 – Dimensionamento dos ramais de ventilação
Fonte: NBR 8160 (1999).
A coluna de ventilação é dimensionada a partir do somatório das UHC dos ramais aos 
quais ela atende. Porém, é necessário atentar-se que o seu comprimento, ou seja, o trecho do 
tubo ventilador primário entre o ponto de inserção da coluna e a extremidade aberta do tubo 
ventilador, é limitado. É aconselhável que tanto a tubulação da coluna de ventilação quanto a do 
tubo de queda sejam prolongadas acima da cobertura por, pelo menos, 30 cm.
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A NBR 8160 relaciona essas características na tabela a seguir:
Tabela 6 – Dimensionamento das colunas de ventilação
Fonte: NBR 8160 (1999).
Para a visualização do quadro anterior na íntegra, além de observar algumas 
outras notações e orientações recomendadas, é muito importante que o projetista 
consulte a NBR 8160 de 1999, para verificar as situações específicas de seu projeto, 
já que cada caso possui suas determinadas particularidades. Sendo assim, é 
aconselhada a norma citada como recomendação de leitura para essa unidade.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8160: Sistemas prediais 
de esgoto sanitário. Rio de Janeiro, 1999.
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2.5 Subcoletores e Coletor Predial
Os subcoletores são as tubulações que recebem a contribuição de esgoto de um ou mais 
tubos de queda ou ramais de esgoto. O comprimento máximo dos subcoletores, de acordo com a 
NBR 8160, é de 25 metros, espaçados em caixas de inspeção, para permitir desobstruções.
O coletor predial, então, se refere ao trecho de tubulação compreendido entre a última 
inserção de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga e o coletor público ou particular.
As instalações sanitárias de um pavimento térreo podem ser ligadas diretamente a 
uma caixa de inspeção como em uma junção a um subcoletor. Os condutores e subcoletores 
preferencialmente devem ser construídos em áreas não edificadas devido à facilidade na limpeza 
e manutenção, necessárias para a preservação e cuidado com o esgoto.
Figura 17 – Esquema de ligação dos subcoletores e coletor predial. Fonte: Os autores.
O dimensionamento dos subcoletores e do coletor predial também se baseia nas UHC das 
tubulações às quais atende, sendo que o diâmetro mínimo da tubulação deverá ser de 100 mm.
Tabela 7 – Dimensionamento dos subcoletores e coletor predial 
Fonte: NBR 8160 (1999). 
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2.6 Caixas de Gordura, Inspeção e Passagem
São dispositivos complementares que visam atender às tubulações de esgoto da edificação, 
para inspecionar e garantir a segurança e eficiência do sistema e conforto ao usuário.
Os esgotos domésticos que possuem gordura, como os esgotos de cozinhas e copas, 
devem ser conduzidos às caixas de gordura, com instalação e finalidade semelhante às caixas de 
inspeção. Não é preconizada a instalação dessas caixas nas próprias cozinhas ou copas de sua 
localização, devido à falta de higiene que é proporcionada (MACINTYRE, 1990).
Logo, as caixas de gordura são caixas destinadas a reter óleos e graxas provenientes de 
pias de cozinha, postos de lavagem de veículos etc. Elas devem possuir:
a) a capacidade de acumulação da gordura entre cada operação de limpeza;
b) dispositivos de entrada e de saída convenientemente projetados para possibilitar que o 
afluente e o efluente escoem normalmente;
c) altura entre a entrada e a saída suficiente para reter a gordura, evitando-se o arraste do 
material juntamente com o efluente;
d) vedação adequada para evitar a penetração de insetos, pequenos animais, águas de 
lavagem de pisos ou de águas pluviais etc.
A NBR 8160 classifica as caixas de gordura em quatro aspectos: Caixa de Gordura Pequena 
(CGP), Caixa de Gordura Simples (CGS), Caixa de Gordura Dupla (CGD) e Caixa de Gordura 
Especial (CGE), cujas características são apresentadas adiante:
Caixa de Gordura Pequena (CGP): são cilíndricas, com as seguintes dimensões mínimas: 
diâmetro interno de 0,30 m, parte submersa do septo de 0,20 m, capacidade de retenção de 18 L, 
e diâmetro nominal da tubulação de saída de DN 75;
Caixa de Gordura Simples (CGS): também são cilíndricas, com as seguintes dimensões 
mínimas: diâmetro interno de 0,40 m, parte submersa do septo de 0,20 m, capacidade de retenção 
de 31 L, e diâmetro nominal da tubulação de saída de DN 75;
Caixa de Gordura Dupla (CGD): são cilíndricas, com as seguintes dimensões mínimas: 
diâmetro interno de 0,60 m, parte submersa do septo de 0,35 m, capacidade de retenção de120 L, 
e diâmetro nominal da tubulação de saída de DN 100;
Caixa de Gordura Especial (CGE): são prismáticas de base retangular, com as seguintes 
dimensões mínimas: distância mínima entre o septo e a saída de 0,20 m, parte submersa do septo 
de 0,40 m, altura mínima molhada de 0,60 m, diâmetro nominal da tubulação de saída de DN 
100 no mínimo, e o volume da câmara de retenção de gordura (em litros) obtido pela fórmula:
V = 2xN + 20
Em que N é o número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a Caixa 
de Gordura.
Coleta de: Tipo de caixa de gordura
1 cozinha caixa de gordura pequena ou caixa de gordura simples
2 cozinhas caixa de gordura simples ou caixa de gordura dupla
de 3 a 12 cozinhas caixa de gordura dupla
mais de 12 cozinhas ou 
cozinhas de restaurantes, 
escolas, hospitais, quartéis etc.
caixas de gorduras especiais
Quadro 2 - Definição e escolha do tipo de caixa de gordura. Fonte: Os autores.
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Figura 18 – Corte esquematizado das ligações da caixa de gordura. Fonte: Sperling (2015).
Já as caixas de inspeção, portanto, são destinadas a garantir a acessibilidade aos elementos 
do sistema no geral. A distância entre 2 dispositivos de inspeção não deve ser superior a 25,00 
m e a distância entre a ligação do coletor predial com o público e o dispositivo de inspeção mais 
próximo de, no máximo, 15,00 m.
Os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias sanitárias, 
caixas de gordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos de inspeção são 
de 10,00 m.
Os desvios, as mudanças de declividade e a junção de tubulações enterradas devem ser 
feitos mediante o emprego de caixas de inspeção ou poços de visita. Em prédios com mais de dois 
pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser instaladas a menos de 2,00 m de distância dos 
tubos de queda que contribuem para elas.
Devem ter as seguintes características:
• abertura suficiente para permitir as desobstruções com a utilização de equipamentos 
mecânicos de limpeza;
• tampa hermética removível;
• quando embutidos em paredes no interior de residências,escritórios, áreas públicas etc., 
não devem ser instalados com as tampas salientes.
A partir da planta baixa de um banheiro, conforme apresentado a seguir, como 
seria uma solução de traçado ideal para as suas tubulações de esgoto? Quais 
seriam as suas dimensões? Que tubos de esgoto o banheiro deveria possuir? Se 
esse banheiro se repetisse em mais pavimentos, qual deveria ser o diâmetro do 
tubo de queda? 
Pode-se observar que o banheiro do esquema é simples: possui um lavatório, 
um vaso sanitário e um chuveiro,este último dotado de um ralo linear. Além dos 
aparelhos citados, é importante colocar um ralo seco no banheiro (na área externa 
do boxe do chuveiro), que pode ser acoplado diretamente na caixa sifonada – 
desconector fundamental do sistema.
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Figura 19 – Planta baixa de um banheiro. Fonte: Os autores.
Além disso, primeiramente o projetista deve escolher em qual ponto ele pode 
descer o tubo de queda. Para o exemplo, vamos supor que o canto superior direito 
seja adequado para o posicionamento deste. Como o trecho mais crítico do 
sistema é a ligação do vaso sanitário, a melhor forma de iniciar o traçado é então 
ligando o vaso diretamente ao tubo de queda
As outras ligações são todas feitas a partir dessa, sempre levando em consideração 
os ângulos de 45° às conexões e pensando sempre em facilitar o escoamento do 
esgoto dos aparelhos sanitários.
É importante também fazer a ligação da tubulação de ventilação do sistema, essa 
posicionada entre o principal desconector (o ralo sifonado), que vai receber os 
esgotos do ralo do chuveiro e também do lavatório, antes de se juntar ao tubo que 
encaminha o esgoto do vaso sanitário ao tubo de queda.
O posicionamento do ralo sifonado é arbitrário, mas geralmente se encontra em 
locais “mais escondidos” para evitar que se caminhe sobre ele, por exemplo.
Sendo assim, basta agora determinar o diâmetro dos tubos dos aparelhos 
sanitários, de acordo com as tabelas da NBR 8160:
Aparelho Sanitário Nº de UHC DN mínimo do ramal de descarga (mm) 
Bacia sanitária 6 100 
Chuveiro de residência 2 40 
Lavatório de residência 1 40 
Quadro 3 – Tabelas da NBD 8160. Fonte: Os autores.
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Para determinarmos a contribuição do ralo seco da caixa sifonada, vamos adotar 
o valor de 2 UHC para o seu dimensionamento.
Tabela 8 – Caixa Sanfonada.
Fonte: Os autores.
O ramal de esgoto, que liga o ralo sifonado com a tubulação de esgoto do vaso 
sanitário é dimensionado de acordo com a tabela a seguir, lembrando que agora 
tem-se a quantidade de 5 UHC (lavatório, ralo seco e ralo do chuveiro):
Tabela 9 – Ralo Sifonado com a tubulação de esgoto do vaso sanitário.
 
Fonte: Os autores.
A tubulação de esgoto que recebe o vaso sanitário e o esgoto da caixa sifonada, 
ou seja, que de forma indireta recebe a contribuição de todos os aparelhos do 
banheiro, deve ser de, no mínimo, 100. No entanto, o banheiro em sua totalidade 
possui 11 UHC de contribuição dos aparelhos e, segundo a tabela anterior, até 
esse limite é possível a utilização de um tubo de 75.
O que acontece é que não se pode diminuir o tamanho do diâmetro de um tubo 
de acordo com o sentido que o esgoto está sendo encaminhado. Logo, o que vale 
como limitante para o caso é a tubulação do vaso sanitário que não pode assumir 
diâmetro inferior ao de 100.
O tubo de queda, por consequência, assume no mínimo esse mesmo valor. E para 
um edifício de múltiplos pavimentos, o tubo de 100 aguentaria até mesmo 240 
UHC de contribuição se fossem três pavimentos e 500 se fossem mais de três 
pavimentos, equivalente a 21 e 45 banheiros iguais a esse:
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Tabela 10 – Tubo de queda
Fonte: Os autores.
Vale lembrar que é fundamental que exista a tubulação de ventilação do banheiro. 
A distância máxima de ligação entre o ramal de ventilação e o desconector, por 
exemplo, deve ser de, no mínimo, 1,20 metros para o diâmetro de 50 do ramal do 
esgoto, conforme vimos anteriormente. Já o ramal de ventilação dessa ligação, 
por possuir bacia sanitária, deve ser no mínimo 50:
Tabela 11 – Ramal de ventilação.
Fonte: Os autores.
A coluna de ventilação é dimensionada a partir do somatório das UHC dos ramais 
aos quais ela atende. Porém, é necessário atentar-se que o seu comprimento, ou 
seja, o trecho do tubo ventilador primário entre o ponto de inserção da coluna e a 
extremidade aberta do tubo ventilador é limitado.
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Tabela 12 – Coluna de ventilação.
Fonte: Os autores.
Importante ressaltar que tanto a tubulação da coluna de ventilação quanto a do 
tubo de queda sejam prolongadas acima da cobertura por, pelo menos, 30 cm. 
O detalhe de esgoto do banheiro dessa exemplificação seria:
Figura 20 - Detalhe de esgoto do banheiro. Fonte: Os autores.
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Para complementação do assunto de esgoto nas cozinhas, é importante fazer a 
menção que em cozinhas que recebem um grande número de pessoas devem ser 
observados outros fatores durante a elaboração do Projeto Hidrossanitário. Essas 
cozinhas, também chamadas de cozinhas industriais, precisam apresentar certos 
cuidados hidráulicos para garantir a higiene, conforto e saúde dos seus usuários 
e servidores.
É comum que seja exigido, por exemplo, água quente nas tubulações para auxiliar 
no processo de lavagem de pratos e panelas. Além disso, o sistema de esgoto 
deve ser adequado para impedir a ploriferação de insetos ou larvas, além de outros 
cuidados.
Pensando nisso, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o MDS 
(Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e o Sebrae (Serviço 
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequena Empresas) desenvolveram alguns manuais 
e cartilhas com orientações técnicas que complementam as normativas da ABNT 
para as cozinhas industriais.
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha sobre Boas Práticas 
para Serviços de Alimentação – Resolução-RDC Nº 216. Brasília/DF, 2004
MDS - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Roteiro de 
Implantação para Cozinhas Comunitárias. Brasília/DF.
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Ficha Técnica 
– Cozinha Industrial. Campo Grande/MS.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema de esgoto predial trata da destinação do efluente gerado a partir da utilização 
dos aparelhos sanitários, que chegam ao ponto de utilização através do sistema de abastecimento, 
visto nas unidades anteriores.
Nessa unidade foi possível observar que o sistema de esgoto sanitário, apesar da facilidade 
no dimensionamento acompanhado exclusivamente das tabelas, deve ser elaborado com atenção 
e a rigor das orientações técnicas da respectiva norma. Dessa forma, o projeto será eficiente e 
garantirá o cumprimento dos seus objetivos e finalidades.
Foi determinado que o trajeto do esgoto sanitário é o contrário do sistema de abastecimento 
de água: enquanto o segundo vem da rede pública e vai para os aparelhos sanitários, o sistema de 
esgoto predial faz justamente o caminho inverso.
Na última unidade dessa apostila será apresentado o sistema de recolhimento das águas 
pluviais de uma edificação. Após o estudo dessa unidade, há a possibilidade de traçar um paralelo 
entre as informações já que são projetos similares, apesar de suas distinções.
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04
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................86
1 DEFINIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................................87
1.1 TERMINOLOGIA......................................................................................................................................................87
1.2 COMPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS .........................................................................................................................892 DIMENSIONAMENTO ..............................................................................................................................................90
2.1 PERÍODO DE RETORNO (T) E INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA (I)..................................................................90
2.2 ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO .................................................................................................................................... 91
2.3 VAZÃO DE PROJETO ..............................................................................................................................................92
2.4 CALHAS ..................................................................................................................................................................93
2.5 CONDUTORES VERTICAIS E HORIZONTAIS ......................................................................................................93
3 APROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS .............................................................................................................95
ÁGUAS PLUVIAIS
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
3.1 COMPONENTES DO SISTEMA .............................................................................................................................95
3.1.1 REMOÇÃO DOS MATERIAIS GROSSEIROS ......................................................................................................96
3.1.2 DESCARTE DA PRIMEIRA ÁGUA .......................................................................................................................97
3.1.3 TRATAMENTO DA ÁGUA CAPTADA ...................................................................................................................98
3.1.4 RESERVATÓRIO ..................................................................................................................................................98
3.2 DIMENSIONAMENTO ...........................................................................................................................................99
3.2.1 COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL .............................................................................................99
3.2.2 DEMANDA DE UTILIZAÇÃO .............................................................................................................................. 100
3.2.3 VOLUME DE ÁGUA ............................................................................................................................................ 100
3.3 METODOLOGIAS SUGERIDAS PELA NBR 15.527 .............................................................................................. 101
3.3.1 MÉTODO RIPPL ................................................................................................................................................. 101
3.3.2 MÉTODO AZEVEDO NETTO .............................................................................................................................. 101
3.3.3 MÉTODO PRÁTICO INGLÊS .............................................................................................................................. 101
3.3.4 MÉTODO PRÁTICO ALEMÃO............................................................................................................................ 102
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................................... 105
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INTRODUÇÃO
O estudo das unidades anteriores foi baseado na utilização direta de água nas edificações 
pelo ser humano. Vimos como a água chega aos pontos de utilização no projeto hidráulico e 
também como é que a sobra de seu uso é encaminhada para fora da edificação, na primeira parte 
do projeto sanitário.
Além das tubulações que atendem o esgoto da edificação, a parte sanitária do projeto 
hidrossanitário engloba também um outro item importante, que é a captação das águas pluviais. 
Assim como o esgoto, as águas pluviais também devem ser atendidas na edificação, recolhidas 
para o encaminhamento à rede urbana ou então para outros fins mais específicos e comuns 
atualmente, como o reaproveitamento da água de chuva.
Esse recurso de reaproveitamento das águas pluviais hoje em dia é também uma medida 
de sustentabilidade e pode significar ganhos de proporções econômicas ao usuário da edificação. 
Por exemplo, a água de chuva reaproveitada pode ser utilizada na lavagem de calçadas, regar 
plantas, entre outros fins, vistos nas unidades precedentes como objetivos menos nobres de sua 
utilização, ou seja, não são para o consumo direto humano.
Existem estudos relevantes que consideram a utilização da água da chuva, após um 
tratamento eficiente, para a utilização nos vasos sanitários e até mesmo para o banho. Reutilizando 
a água da chuva, então, contribui para a preservação da água em todo o planeta, foco das principais 
discussões ambientais desse século.
Na última unidade do nosso estudo veremos como captar as águas pluviais de uma 
edificação e também observar alguns parâmetros correspondentes ao reaproveitamento das 
águas de chuva.
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1 DEFINIÇÕES GERAIS
O estudo das águas pluviais é de extrema importância, pois é sabido que a água de chuva 
é um dos fatores mais prejudiciais à durabilidade das edificações, seja em relação às estruturas, 
revestimentos, e até mesmo à sua aparência.
A instalação de águas pluviais numa edificação possui como objetivo principal a coleta e 
encaminhamento das águas de chuva de coberturas, telhados, terraços, pátios, quintais e outras 
áreas associadas ao edifício, ao sistema público de drenagem urbana através da descarga direta na 
via pública (AZEVEDO NETTO, 1998).
Sendo assim, o projeto de instalações de captação de águas pluviais deve levar em 
consideração o escoamento pelo caminho mais curto no menor tempo possível, conduzindo as 
águas da chuva por tubulações adequadas. É importante também que o sistema seja completamente 
isolado do sistema de esgoto sanitário.
A norma brasileira que fixa as exigências pelas quais devem ser projetadas e executadas 
as instalações prediais de águas pluviais, atendendo às condições técnicas mínimas de higiene, 
segurança, durabilidade, economia e conforto dos usuários é a NBR 10.844 de 1989.
Os objetivos específicos que se pretende atingir com o projeto de instalações de águas 
pluviais são os seguintes:
a) permitir recolher e conduzir as águas da chuva até um local adequado e permitido;
b) conseguir uma instalação perfeitamente estanque;
c) permitir facilmente a limpeza e desobstrução da instalação;
d) ser resistente a intempéries e a agressividade do meio;
e) escoar a água sem provocar ruídos excessivos;
f) resistir aos esforços mecânicos atuantes na tubulação;
g) garantir indeformabilidade através de uma boa fixação da tubulação.
1.1 Terminologia
Azevedo Netto (1998) lista que o projeto de águas pluviais deve se apossar de funcionalidade, 
higiene, segurança, durabilidade, economia e conforto ao usuário, a fim de garantir a coleta e 
condução na vazão indicada, garantir estanqueidade, permitir limpeza e desobstrução de calhas 
ou condutores, evitar ruídos excessivos e utilizar materiais adequados para fixação e proteção.
Para tanto, é necessário definir alguns termos utilizados, de acordo com a NBR 10.844, 
no projeto de águas pluviais:
Altura Pluviométrica: altura de água de chuva que se acumula após um certo tempo, sobre 
uma superfície horizontal impermeável e confinada lateralmente, desconsiderando a evaporação.
Intensidade Pluviométrica: é a altura pluviométrica por unidade de tempo, comumente 
apresentada, por exemplo, em mm/h.
Duração de precipitação: intervalode tempo de referência para a determinação de 
intensidades pluviométricas.
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Período de retorno: número médio estatístico de anos, em que para a mesma duração de 
precipitação uma determinada intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma 
vez.
Área de contribuição: somatório das áreas das superfícies que, interceptando chuva, 
conduzem as águas para determinado ponto da instalação.
Tempo de concentração: intervalo de tempo decorrido entre o início da chuva e o momento 
em que toda a área de contribuição passa a contribuir para determinada seção transversal de um 
condutor ou calha.
Calha: canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz a um ponto 
de destino.
Área molhada: Área útil de escoamento em uma seção transversal de um condutor ou 
calha.
Perímetro molhado: linha que limita a seção molhada junto às paredes e ao fundo do 
condutor ou calha.
Condutor vertical: Tubulação vertical destinada a recolher águas de calhas, coberturas, 
terraços e similares e conduzí-las até a parte inferior do edifício.
Condutor horizontal: canal ou tubulação horizontal destinada a recolher e conduzir águas 
pluviais até locais permitidos pelos dispositivos legais.
Raio hidráulico: É a relação entra a área e o perímetro molhado.
Vazão de projeto: vazão de referência para o dimensionamento de condutores e calhas.
Coeficiente de deflúvio superficial: quantidade de chuva que escoa superficialmente.
Figura 1 – Esquema da captação de águas pluvias de uma residência. Fonte: Verol (2013).
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1.2 Composição dos Elementos
A instalação pluvial é simples e voltada para a condução da chuva. A superfície coletora 
é constituída pelos telhados ou terraços que interceptam a água da chuva e enviam a água 
coletada às calhas, por água furtada, de beiral ou platibanda. Os rufos são elementos embutidos 
na argamassa que conduzem a água para as calhas, a fim de evitar infiltrações. A água coletada 
converge para uma saída nas calhas ou então para um ralo no caso de pisos ou laje de cobertura, 
sendo recolhidas por tubulações verticais e horizontais, denominadas condutores, até um ponto 
de descarga (AZEVEDO NETTO,1998).
Segundo a NBR 10.844, as calhas podem ser feitas de aço galvanizado ou inoxidável, 
cobre, fibrocimento, pvc rígido, fibra de vidro e até mesmo concreto ou alvenaria. A sua seção 
pode assumir diversos formatos, como semicircular, quadrada, retangular, em “u” ou em “v”.
Figura 2 – Formatos diversos de calhas. Fonte: Os autores.
Já os condutores verticais podem ter em sua composição ferro fundido, fibrocimento, pvc 
rídigo, cobre, aço galvanizado e inoxidável, alumínio e fibra de vidro. Os condutores horizontais 
geralmente são encontrados em ferro fundido, fibrocimento, pvc rídigo, cobre, cerâmica de vidro 
e, além disso, é comum encontrar canais de concreto ou alvenaria.
As canalizações enterradas, geralmente os condutores horizontais, devem ser assentadas 
em terreno resistente ou sobre base apropriada, livre de detritos ou materiais pontiagudos. O 
recobrimento mínimo deve ser de 30 cm.
Caso não seja possível executar esse recobrimento mínimo de 30 cm, ou onde a canalização 
estiver sujeita a carga de rodas, fortes compressões, ou ainda, situada em área edificada, deverá 
existir uma proteção adequada com uso de lajes ou canaletas que impeçam a ação desses esforços 
sobre a canalização.
Segundo Azevedo Netto (1998), as calhas são moldadas em chapas galvanizadas ou em 
cobre, de acordo com a configuração da edificação e a existência de beirais e platibandas. Porém, 
é observada cada vez mais a utilização de seções semicirculares de PVC, devido seu baixo custo e 
durabilidade. Já os condutores verticais possuem seção circular, geralmente, e são projetados para 
uma única prumada, previstos peças de inspeção quando necessárias.
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2 DIMENSIONAMENTO
A NBR 10.844 orienta que o sistema de esgotamento das águas pluviais deve ser 
completamente separado da rede de esgotos sanitários, rede de água fria e de quaisquer outras 
instalações prediais. É importante, também, a previsão de dispositivo de proteção contra o acesso 
de gases no interior da tubulação de águas pluviais, quando houver o risco de penetração.
Entre as recomendações gerais da normativa, podemos destacar, no geral, que deve haver 
uma caixa de inspeção, assim como no sistema de esgoto predial, no máximo a cada 20 metros 
e também nas junções de condutores. Além disso, quando houver risco de obstrução, deve-se 
prever mais de uma saída nas caixas.
Para garantir e facilitar o escoamento, as lajes impermeabilizadas devem ter declividade 
mínima de 0,5% e as calhas de beiral e platibanda também devem ter declividade mínima de 0,5%. 
Sempre que possível, utilizar declividade maior que 0,5% inclusive nos condutores horizontais.
Para se determinar a intensidade pluviométrica (I) para fins de projeto, deve ser fixada a 
duração da precipitação e do período de retorno adequado, com base em dados pluviométricos 
locais.
Normalmente, as chuvas de grande intensidade têm curta duração e, ao contrário, as 
chuvas prolongadas são de menor intensidade. Como ralos, calhas e condutores recebem esta 
precipitação, esses elementos devem ser dimensionados para essas chuvas intensas, de modo 
que as águas sejam drenadas integralmente e em espaço de tempo muito pequeno, evitando-se a 
ocorrência de alagamentos, transbordamentos e infiltrações.
2.1 Período de Retorno (T) e Intensidade Pluviométrica (I)
Em termos de projeto, a duração de precipitação deve ser fixada em cinco minutos. O 
Período de Retorno do projeto deve ser fixado segundo as características da área a ser drenada, 
obedecendo ao estabelecido a seguir:
T = 1 ano, para áreas pavimentadas, em que empoçamentos possam ser tolerados;
T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços;
T = 25 anos, para coberturas e áreas em que empoçamento ou extravasamento não possa 
ser tolerado.
Para construção de até 100 m² de área, em projeção horizontal, exceto em casos especiais, 
admite-se a adoção da Intensidade Pluviométrica I = 150 mm/h. Para as demais construções, a 
NBR 10.844 recomenda a utilização da Tabela 5 em seu Anexo A, que elenca os principais valores 
de I para algumas cidades brasileiras.
Macintyre (1990, p.136) destaca que “normalmente, as chuvas de grande intensidade 
têm curta duração e, ao contrário, as chuvas prolongadas são de mesma intensidade”. Assim, os 
elementos do projeto devem ser dimensionados levando em consideração essas chuvas intensas, 
de modo que as águas sejam drenadas integralmente e em espaço de tempo pequeno, a fim de se 
evitar alagamentos, infiltrações ou ainda transbordamentos.
Na cidade de Maringá, é comum a utilização da fórmula a seguir para a determinação 
da Intensidade Pluviométrica, que para um período de retorno T = 5 anos e uma duração de 5 
minutos, temos I = 153,48 mm/h.
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2.2 Área de Contribuição
Conforme visto anteriormente, a área de contribuição é a delimitação de uma superfície 
que contribui para o escoamento de água. O vento deve ser considerado na direção que ocasionar 
maior quantidade de chuva interceptada pelas superfícies consideradas.
A área de contribuição deve ser tomada na horizontal e receber um incremento devido à 
inclinação da chuva. Estes incrementos são calculados de acordo com a NBR 10.844:
Figura 3 – Cálculo da área de contribuição de superfícies planas horizontais e inclinadas.
Fonte: NBR 10.844 (1989).
Figura 4 – Cálculo da área de contribuição de superfícies planas verticais únicas e opostas.
Fonte: NBR 10.844 (1989).
O Grupode Pesquisa de Recursos Hídricos (GRPH), da Universidade 
Federal de Viçosa (MG), desenvolveu um software muito 
interessante cujo foco é nas chuvas intensas de todo o Brasil. Em 
sua base de dados conta os valores e coeficientes utilizados para a 
determinação da intensidade pluviométrica de acordo com a região 
e localidade de pesquisa, que são atualizados corriqueiramente. 
No link a seguir você pode baixar o software gratuitamente, chamado PLUVIO, o 
que pode te ajudar na determinação dos parâmetros de seus projetos.
PLUVIO – Chuvas intensas para todo Brasil. Software. Grupo de Pesquisa de 
Recursos Hídricos, Universidade Federal de Viçosa. Minas Gerais. 
Disponível em:
http://www.gprh.ufv.br/?area=softwares.
http://www.gprh.ufv.br/?area=softwares
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Figura 5 – Cálculo da área de contribuição de superfícies planas verticais opostas, adjacentes e perpendiculares. 
Fonte: NBR 10.844 (1989).
Figura 6 – Cálculo da área de contribuição de três e quatro superfícies planas verticais, em casos diversos.
Fonte: NBR 10.844 (1989).
2.3 Vazão de Projeto
A estimativa da vazão do projeto é feita pelo método racional, que leva em conta a 
intensidade da chuva, o coeficiente de infiltração do solo e a área de contribuição para as vazões.
Como vimos, essa área é a soma de todas as áreas que contribuem para o elemento de 
condução e devem ser corrigidas através de incrementos determinados em norma, e a intensidade 
da chuva é determinada em função da duração e recorrência da precipitação, variando de local 
para local.
A vazão de projeto é determinada pela fórmula:
Em que I é a intensidade pluviométrica (em mm/h) e A é a área de contribuição (em m²).
Em calhas de beiral ou platibanda, quando a saída estiver a menos de 4 metros de uma 
mudança de direção à vazão de projeto deve ser multiplicada pelos seguintes fatores de acordo 
com a Tabela 1 da NBR 10844:
Curva de Canto Reto: a menos de 2 metros da saída, o coeficiente de multiplicação para 
correção da vazão é 1,20, e para distância entre 2 e 4 metros da saída, o coeficiente é 1,10.
Curva de Canto Arredondado: a menos de 2 metros da saída, o coeficiente de multiplicação 
para correção da vazão é 1,10, e para distância entre 2 e 4 metros da saída, o coeficiente é 1,05.
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2.4 Calhas
A NBR 10.844 sugere que o dimensionamento das calhas possa ser feito através da fórmula 
de Manning-Strickler, indicada a seguir, ou de qualquer outra fórmula equivalente:
Em que S é definida como área da superfície molhada (em m²), Rh é o raio hidráulico, ou 
razão entre a área e o perímetro da superfície molhada (em m), i é a inclinação ou declividade da 
calha (em m/m) e n é o coeficiente de rugosidade (veja o quadro a seguir).
Na seção semicircular, o raio hidráulico é o valor da metade do raio da seção, e o perímetro 
molhado da seção retangular é a base da seção somada a duas vezes da altura.
A vazão, nessa fórmula, é expressa em litros por minuto, e é importante dizer que ela se 
refere à vazão da calha, e não à vazão total de projeto. O K da fórmula é igual a 60.000 e serve para 
a conversão das unidades da equação.
Quadro 1 – Coeficientes de rugosidade do material da calha. Fonte: NBR 10.844 (1989). 
2.5 Condutores Verticais e Horizontais
Os condutores verticais do projeto de águas pluviais devem ser projetados, segundo as 
recomendações da NBR 10.844, em uma só prumada, e tal como os tubos de queda de esgoto 
devem ser evitadas a utilização de curvas de 90° caso sejam necessários desvios, optando sempre 
por curvas de 45° ao longo de sua distribuição.
Podem ser colocados tanto dentro quanto fora do edifício, porém, nunca podem assumir 
uma seção com diâmetro DN inferior a 75 mm. A NBR 10.844 sugere o seu dimensionamento 
através de um ábaco, utilizado a partir de três parâmetros importantes da tubulação: comprimento 
do condutor vertical (em m), altura da lâmina d’água na calha à qual atende (em mm), e a vazão 
de cálculo recebida (em L/min).
A partir dos dados indicados, deve-se consultar os ábacos da NBR 10.844, da seguinte 
maneira: levantar uma reta vertical por Q até interceptar as curvas de H e L correspondentes. 
No caso de não haver curvas dos valores de H e L, é permitida a interpolação entre as curvas 
existentes. Após isso, deve ser transportada a interseção mais alta até o eixo D. Deve-se adotar um 
diâmetro nominal interno superior ou igual ao valor encontrado no ábaco.
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Em relação aos condutores horizontais, já foi dito que devem ser projetados com 
declividade uniforme e de, no mínimo, 0,5%. O dimensionamento dos condutores horizontais 
de seção circular deve ser feito para escoamento com lâmina de altura igual a 2/3 do diâmetro 
interno (D) do tubo.
A NBR 10.844 recomenda que nas tubulações aparentes e enterradas devem ser previstas 
inspeções sempre que houver conexões com outra tubulação, mudança de declividade, mudança 
de direção e ainda a cada trecho de 20 metros nos percursos retilíneos.
A ligação entre os condutores verticais e horizontais é sempre feita por curva de raio 
longo, com inspeção ou caixa de areia, estando o condutor horizontal aparente ou enterrado.
Tabela 1 – Capacidade de vazão dos condutores horizontais de acordo com sua inclinação 
e rugosidade.
Fonte: NBR 10.844 (1989). 
Para melhor visualização dos ábacos de dimensionamento dos condutores verticais 
do projeto sanitário de águas pluviais, além de observar algumas outras notações 
e orientações recomendadas, é muito importante que o projetista consulte a NBR 
10.844 de 1989, para verificar as situações específicas de seu projeto, já que cada 
caso possui suas determinadas particularidades. Sendo assim, é aconselhada a 
norma citada como recomendação de leitura para essa unidade.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.844: Instalações 
prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro, 1989.
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3 APROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS
Atualmente, conceitos sobre o gerenciamento da água de chuva são constantemente 
debatidos em todas as regiões do mundo, com o objetivo maior de minorar os impactos causados 
pelas ações do homem. É nesse contexto que se insere o aproveitamento das águas pluviais.
A escassez, a perda da qualidade dos mananciais pela crescente poluição, associadas a 
serviços de abastecimento públicos ineficientes, são fatores que têm despertado diversos setores 
da sociedade para a necessidade da conservação da água.
É comum que em centros urbanos haja legislação específica sobre o reuso das águas pluviais 
nas grandes edificações e o seu aproveitamento, disponibilizando inclusive guias ou materiais à 
sociedade, garantindo o incentivo necessário, apoiado pelos próprios orgãos administrativos.
Em algumas cidades é obrigatória a instalação do sistema para diminuir alguns problemas 
urbanos como as enchentes ou erosão do solo. Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo se destacam 
na legislação por esse motivo. Mas o aproveitamento da água de chuva é rentável em muitos 
setores econômicos, como em indústrias, centros ou instituições de ensino, supermercados, e 
estabelecimentos comerciais de lavagem de veículos, por exemplo.
A utilização da água da chuva requer o controle de sua qualidade e a verificação da 
necessidade de tratamento, com a finalidade de propiciar segurança à saúde do usuário e o não 
comprometimento da vida útil dos componentes do sistema de aproveitamento. A NBR 15.527 
de 2007 esclarece alguns termos em relação ao aproveitamento das águas pluviais captadas pela 
cobertura, além de solicitar alguns requisitos quanto à qualidade da água entre outras informações 
técnicas,como também o dimensionamento do sistema, como veremos a seguir.
3.1 Componentes do Sistema
Conforme vimos, a utilização dos sistemas de aproveitamento de água de chuva, além de 
propiciar a conservação do recurso, possibilita a redução do escoamento superficial diminuindo 
a carga nos sistemas de coleta pluviais que, consequentemente, diminui o risco de inundações. 
Para isso, é necessário que estes sistemas sejam bem elaborados e executados de forma prática e 
simples para que o seu funcionamento ocorra de forma eficiente.
Para a coleta da água de chuva são necessários calhas, condutores verticais e horizontais, 
dispositivo para descarte da água de lavagem do telhado e a cisterna para sua reservação.
Figura 7 – Componentes do sistema de aproveitamento de águas pluviais. Fonte: Verol (2013).
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Para a utilização da água de chuva, é necessário que as edificações sejam dotadas de 
calhas coletoras e condutores verticais para o direcionamento da água da chuva do telhado ao 
reservatório. O dimensionamento adequado das calhas e condutores verticais, bem com sua 
instalação, são elementos importantes para o funcionamento de todo o sistema, visto nos itens 
anteriores.
De acordo com o manual da ANA/FIESP & SindusCon-SP (2005), a metodologia básica 
para projeto de sistemas de coleta, tratamento e uso de água de chuva envolve as seguintes etapas:
1. Determinação da precipitação média local (mm/mês);
2. Determinação da área de coleta;
3. Determinação do coeficiente de escoamento;
4. Projeto dos sistemas complementares (grades, filtros, tubulações etc.);
5. Projeto do reservatório de descarte;
6. Escolha do sistema de tratamento necessário;
7. Projeto da cisterna;
8. Caracterização da qualidade da água pluvial;
9. Identificação dos usos da água (demanda e qualidade).
3.1.1 Remoção dos materiais grosseiros
Independente do sistema adotado para a coleta da água da chuva, deve-se evitar a entrada 
de folhas, gravetos ou outros materiais grosseiros no interior do reservatório de armazenamento 
final, uma vez que estes poderão se decompor prejudicando a qualidade da água armazenada.
A maneira mais simples de evitar que a qualidade da água seja alterada por conta dessas 
partículas é a utilização de telas e grades que impedem a entrada do material e facilita a sua 
remoção.
Figura 8 – Instalação de grelhas ou grades no sistema de captação de águas pluviais. Fonte: Verol (2013).
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3.1.2 Descarte da primeira água
Diversos estudos na literatura técnica sobre o aproveitamento da água de chuva têm 
evidenciado que a primeira chuva ou chuva inicial é a mais poluída, por lavar a atmosfera e a 
superfície de captação, como os telhados e superfícies do solo. Dessa forma, é recomendado que 
essa água da chuva inicial possa ser desviada do reservatório de forma manual através do uso de 
tubulações ou ainda de forma automática através de dispositivos de autolimpeza.
Os reservatórios de autolimpeza com torneira boia funcionam de forma que, ao chegar 
a um nível pré-estabelecido, a boia fecha o condutor encaminhando a água de chuva captada 
para uma cisterna e retendo a primeira água de chuva em outro reservatório. Após o término da 
precipitação, o registro deste reservatório deverá ser aberto para que retorne às condições iniciais 
de funcionamento.
Para o dimensionamento do sistema de descarte utiliza-se uma regra prática. Por exemplo, 
na Flórida (EUA), para cada 100 m² de área de telhado, descarta-se 40 litros, ou seja, 0,4 l/m², 
entretanto, no Brasil, é comum utilizar a taxa de 1,0 l/m² ou 1 mm de chuva por metro quadrado. 
A NBR 15.527 orienta que seja utilizada a taxa de 2 mm de chuva por metro quadrado do telhado 
de captação.
Figura 9 – Fluxograma das instalações hidráulicas inerentes ao sistema de captação, armazenamento
e descarte de águas pluviais Fonte: Ecocasa (2020).
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3.1.3 Tratamento da água captada
Ainda após o descarte da primeira água da chuva, é possível encontrar algumas partículas 
e substâncias na água, e dependendo da utilização à qual se destina o reuso, pode ser necessária a 
aplicação de dispositivos para o seu tratamento.
Quadro 2 – Relação entre o uso da água do aproveitamento e o tratamento necessário. Fonte: Os autores.
3.1.4 Reservatório
Os reservatórios de água de chuva, assim como os demais, também podem estar apoiados 
no solo, enterrados, semienterrados ou elevados; ser construídos de diferentes materiais, como 
concreto armado, alvenaria, fibra de vidro, aço, polietileno entre outros e ter diversas formas.
A escolha do local de instalação do reservatório, do modelo e do material a ser utilizado 
deve levar em consideração as condições do terreno e da disponibilidade de área. Os reservatórios 
superficiais devem ser instalados em locais que disponham de área livre, apresentando a vantagem 
de possibilitar alguns usos sem a necessidade de bombeamento, como para a lavagem de áreas 
impermeáveis e a rega de jardins.
Conforme o apresentado nas unidades precedentes, deve-se tomar algumas precauções em 
relação ao reservatório de armazenamento, visando a sua manutenção e a garantia da qualidade 
da água, conforme segue:
a) as paredes e a cobertura do reservatório devem ser impermeáveis;
b) deve-se evitar a entrada de luz no reservatório para evitar a proliferação de algas;
c) a entrada da água no reservatório e o extravasor devem ser protegidos por telas para 
evitar a entrada de insetos e pequenos animais;
d) o reservatório deve ser dotado de uma abertura, também chamada de visita, para inspeção 
e limpeza;
e) a água deve entrar no reservatório de maneira a não provocar turbulência, evitando a 
resuspensão dos sólidos depositados no fundo do mesmo;
f) o reservatório deve ser limpo uma vez por ano para a retirada do lodo depositado no 
fundo do mesmo.
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O armazenamento proporciona a sedimentação dos sólidos presentes na água da chuva, 
melhorando a qualidade da mesma em termos físicos, ou seja, o armazenamento da água da 
chuva por alguns dias proporciona uma separação de fases sólido-líquido, fazendo com que o 
reservatório funcione como um decantador.
Entretanto, em termos químicos e microbiológicos, não se observou grande alteração 
na qualidade da água da chuva com o armazenamento. Desta forma, é importante a utilização 
de “freios-d’água” na entrada do reservatório, com o objetivo de evitar a suspensão dos sólidos 
sedimentados no fundo do mesmo.
3.2 Dimensionamento
De maneira geral, pode-se dizer que o sucesso ou fracasso de um sistema de aproveitamento 
de água de chuva depende, em grande parte, da quantidade de água captável do sistema. Essa 
quantidade varia dependendo de diferentes fatores como a área de captação e o volume de 
armazenamento de água de chuva, sendo influenciada ainda pelo índice pluviométrico da região 
e pelo coeficiente de escoamento superficial (C).
Geralmente, a cisterna/reservatório é o componente mais dispendioso do sistema, por 
isso seu dimensionamento requer cuidados para não tornar sua implantação inviável. Alguns 
métodos são utilizados para o dimensionamento do volume de reservação, que levam em conta o 
regime de precipitação local, como os dias de estiagem e a série histórica de chuvas na região, e a 
demanda específica que se deseja atender.
3.2.1 Coeficiente de escoamento superficial
Nem todo volume de água de chuva precipitado é aproveitado devido às perdas, por 
exemplo, o descarte da primeira água, a evaporação e a limpeza do telhado. Para justificar estas 
perdas utiliza-se um valor a partir do quociente entre a água que escoa superficialmentesobre o fornecimento de água potável para a 
edificação. Estabelece padrões técnicos mínimos relativos ao projeto, à execução e à manutenção 
da instalação predial de água fria, visando sempre o bom desempenho da instalação.
A NBR 5626 estabelece, ainda, que as instalações prediais de água fria devem ser projetadas 
de modo que, durante a vida útil do edifício que as contêm, atendam aos seguintes requisitos:
a) preservar a potabilidade da água;
b) garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade adequada e com 
pressões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos 
sanitários, peças de utilização e demais componentes;
c) promover economia de água e de energia;
d) possibilitar manutenção fácil e econômica;
e) evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente;
f) proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente 
localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e atendendo às demais exigências 
do usuário.
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A Sanepar (2013) ressalta a importância da elaboração do projeto sob supervisão de uma 
equipe técnica formada por profissionais de áreas afins, considerando os sistemas e subsistemas 
que interferem no empreendimento, tais como: redes de abastecimento de água, rede de coleta de 
esgoto sanitários, galerias pluviais, energia, comunicação etc.
Os projetos hidrossanitários são exigidos, de acordo com a Sanepar, em condomínios 
horizontais com ligação condominial ou individual, loteamentos, conjuntos habitacionais, 
edificações de área construída maior de 600 m², edificações de dois ou mais pavimentos, edificações 
com mais de três economias, edificações com mais de 20 aparelhos sanitários, edificações de 
serviços da saúde e de comércio de graxo ou alimentos, supermercados, indústrias, matadouros 
etc.
Portanto, um projeto deve se adequar a essas condições específicas para garantir um bom 
funcionamento das instalações. Cabe ao profissional, então, a execução de um projeto que atenda 
a essas razões e projete, execute e se responsabilize para que sejam cumpridos os requisitos de 
funcionamento do sistema.
2 SISTEMAS DE SUPRIMENTO E DISPOSIÇÃO DE ÁGUA
2.1 Fonte de Abastecimento
O abastecimento das instalações prediais de água fria deve, preferencialmente, ser feito 
pela rede pública, é o que orienta a NBR 5626. A água tratada pela concessionária chega no 
alimentador predial potável.
Há casos em que o abastecimento é feito por um sistema misto, utilizando a água da 
rede pública e uma outra fonte complementar como água da chuva ou poço profundo de água 
subterrânea. Ou quando não se tem acesso à água tratada, usa-se apenas a água de fontes 
particulares, como poços e aproveitamento de água da chuva.
Quando mais de uma opção está disponível dentre as possibilidades de uso na edificação, 
o estudo preliminar das fontes de abastecimento é uma ferramenta interessante para usar com 
mais racionalidade a água, diminuindo assim o custo com a mesma na edificação.
Segundo o item 5.1.4, da NBR 5626:1998, as seguintes informações devem ser previamente 
levantadas pelo responsável pelo projeto:
a) características do consumo da edificação (volume, vazões máximas e médias, características 
da água etc.);
b) características das fontes de água disponível na região (disponibilidade de vazão, faixa de 
variação das pressões, constância do abastecimento, característica da água etc.);
c) necessidade de reservação, inclusive no combate ao incêndio;
d) no caso de captação local da água, as características da água, o nível do lençol freático e a 
previsão do nível de contaminação do aquífero.
A seguir, dois exemplos de como este tipo de estudo é interessante, pois associando várias 
fontes de abastecimento, por exemplo, o custo da água cai, e não se usa água potável para fins 
menos nobres. Isso é o uso sustentável dos recursos hídricos.
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Exemplo 1: um projeto de uma residência ou mesmo um prédio residencial, separa-se 
a água a ser utilizada em duas instalações: a primeira instalação de água potável usada para os 
equipamentos de uso direto ou contato humano, como pia de cozinha, tanque de lavar roupas, 
lavatório, chuveiro etc., enquanto a segunda instalação de água de aproveitamento de águas 
pluviais que pode ser utilizada em descarga de bacias sanitárias, lavagem de pisos e rega de jardins.
Exemplo 2: um projeto de lavador de veículos, ou seja, de muita utilização de água, em que 
não é necessário o uso da água potável, e então, pode se usar água de poço profundo associada 
à água da chuva. Essa água depois de usada será contaminada com óleo, shampoo e particulas 
sólidas como poeira etc., provenientes do processo de lavagem. O resíduo agora denominado de 
“efluente”, que pode passar por um tratamento particular simplificado e retornar para lavagem de 
veículos novamente.
2.2 Tipos de Sistemas de Suprimento e Disposição de Água
A escolha do sistema de suprimento de água deve ser feita após um estudo preliminar de 
quais são as fontes disponÍveis na região, qual a natureza do uso, qual a viabildade econômica de 
cada fonte. Com esse estudo, a definição do sistema de suprimento será mais objetiva e inteligente 
econômica e ambientalmente, ou seja, uma escolha mais sustentável.
A Figura 1, apresentada a seguir, é um resumo bem claro do que quer expor este estudo, 
observa-se o comportamento da água da fonte de abastecimento até o ponto de consumo. Deve-
se observar que a água, quando para o consumo humano, deve ser obrigatoriamente tratada, mas 
quando para usos menos nobres (lavagem de piso, hidratação de plantas) não é necessário um 
tratamento tão caro, e acaba sendo um custo desnecessário.
A água da chuva é uma ótima fonte alternativa de água limpa e barata. Quando a 
atividade gera efluente líquido, o tratamento desse efluente e o reuso dessa água é uma alternativa 
ambientalmente correta, já que os mananciais não recebem essa carga poluidora.
Figura 1 - Sistema de suprimento e disposição de água. Fonte: Os autores.
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2.2.1 Sistema particular
A alimentação é feita por meio de fontes dentro da uma propriedade particular, sendo 
que esse tipo de fonte não tem supervisão da concessionária. No caso de as fontes se localizarem 
dentro da zona urbana e a cidade tiver rede pública administrada por uma concessionária, a 
concessionária poderá exigir alguns parâmetros ou requisitos de uso dessa água e também que 
seja medida a quantidade da água retirada da fonte para que possa ser efetuado o cálculo do custo 
do uso da rede de esgoto.
Essas fontes alternativas são principalmente de uso de aquíferos livres (rios, ribeirões, 
córregos e poços caçambas, poços profundos) e aquíferos de águas subterrâneas confinadas 
(poços artesianos).
A seguir, trazemos algumas ilustrações dos tipos de fontes alternativas que podem ser 
utilizadas em pequenos municípios ou em áreas rurais.
Figura 2 – Tipos de aquíferos e poços. Fonte: Synege (2018).
Figura 3 – Tipos de básicos de poços. Fonte: Mérito Comercial (2018).
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Figura 4 – Exemplo de bomba submersa. Fonte: Canal Agrícola (2019).
2.2.2 Sistema misto
Nada mais é que a combinação entre o sistema de abastecimento público e particular 
de uso simultâneo. Importante observar que essas instalações devem ser totalmente separadas 
quando as suas fontes forem de águas potáveis e não potáveis.
O sistema misto é o mais utilizado nos grandes centros, quando o usuário quer fazer uso 
de uma fonte alternativa, mas mesmo assim quer utilizar a rede pública para lançamento dos 
dejetos da edificação.
Figura 5 – Usospelo 
total de água precipitada, chamado de Coeficiente de Escoamento Superficial, e o seu símbolo é 
representado pela letra C.
Este coeficiente varia com a inclinação do telhado e com o material da superfície de 
captação. O quadro a seguir mostra alguns valores que o Coeficiente de Escoamento Superficial 
C pode assumir, de acordo com os autores:
Antes de iniciarmos o dimensionamento do sistema de 
reaproveitamento de águas, o vídeo a seguir exemplifica na prática 
o que foi dito nessa unidade sobre os cuidados de manutenção e 
operação do reuso de águas em uma edificação, o que atualmente 
vem ganhando bastante notoriedade para garantir sustentabilidade 
em uma residência, por exemplo.
BENTO, B. Como funciona um Sistema de Reuso de Água? 2019.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=EmVkJRNJ-zs.
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Quadro 3 – Exemplos de valores do Coeficiente de Escoamento Superficial. Fonte: Os autores.
3.2.2 Demanda de utilização
Além disso, outro fator importante no dimensionamento de um sistema de aproveitamento 
da água da chuva é a demanda que se pretende atender. A relação direta entre o volume do 
reservatório e a demanda a ser atendida implica na necessidade de se estimar o consumo de 
forma mais precisa.
Existem atualmente diversos estudos que apontam para valores de consumo de água 
numa residência, podendo ser atendidos com água de chuva.
 
Quadro 4 – Demanda residencial da utilização de água não potável. Fonte: Os autores.
3.2.3 Volume de água
O volume de água de chuva aproveitável depende do coeficiente de escoamento superficial 
da cobertura, bem como da eficiência do sistema de descarte do escoamento inicial, sendo 
calculado pela seguinte equação:
V = P x A x C X ƞfator de captação
Em que:
V é o volume anual, mensal ou diário de água de chuva aproveitável; 
P é a precipitação média anual, mensal ou diária;
A é a área de coleta; 
C é o coeficiente de escoamento superficial da cobertura; 
ƞfator de captação é a eficiência do sistema de captação, levando em conta o dispositivo de 
descarte de sólidos e desvio de escoamento inicial, caso este último seja utilizado.
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Considerando que nem sempre haverá chuva suficiente para atender toda a demanda, e 
que também, nem sempre será possível armazenar toda a chuva precipitada (por questões físicas 
e econômicas), os estudos de dimensionamento de reservatórios devem compatibilizar produção 
e demanda, identificando o percentual de demanda possível de ser atendida em cada sistema, de 
maneira a tornar o mesmo mais eficiente e com menor gasto possível.
3.3 Metodologias Sugeridas pela NBR 15.527
3.3.1 Método Rippl
É um método de cálculo de volume de armazenamento necessário, fornecido pela NBR 
15.527, para garantir uma vazão regularizada constante durante o período mais crítico de estiagem 
observado.
Vt = S(Qt – Vi,t + Lt )
Em que:
Vt é o volume de armazenamento no tempo t (m³);
Qt é a demanda de água no tempo t (m³);
Vi,t é o volume de chuva que entra no sistema no tempo t (m³);
Lt são as perdas do sistema durante o intervalo de tempo t (m³).
3.3.2 Método Azevedo Netto
Também fornecido pela NBR 15.527, é a metodologia de cálculo de volume da água de 
chuva pela equação:
v = 0,042 x P x A xT
Em que:
P é o valor numérico da precipitação média anual, expresso em milímetros (mm); 
T é o valor numérico do número de meses de pouca chuva ou seca; 
A é o valor numérico da área de coleta em projeção, expresso em metros quadrados (m²)
v é o valor numérico do volume de água aproveitável e o volume de água do reservatório, 
expresso em litros (L).
3.3.3 Método Prático Inglês
Nesse método, o volume de chuva é obtido pela seguinte equação:
V = 0,05x PxA
Em que: 
P é o valor numérico da precipitação média anual, expresso em milímetros (mm); 
A é o valor numérico da área de coleta em projeção, expresso em metros quadrados (m²); 
V é o valor numérico do volume de água aproveitável e o volume de água da cisterna, 
expresso em litros (L). 
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3.3.4 Método Prático Alemão
Trata-se de um método empírico em que se toma o menor valor do volume do reservatório; 
6% do volume anual de consumo ou 6% do volume anual de precipitação aproveitável.
Vadotado = mínimo de (volume anual precipitado aproveitável e volume anual de consumo) 
x 0,06 (6%);
Vadotado = mín (V; D) x 0,06 
Em que: 
V é o valor numérico do volume aproveitável de água de chuva anual, expresso em litros (L); 
D é o valor numérico da demanda anual da água não potável, expresso em litros (L); 
Vadotado é o valor numérico do volume de água do reservatório, expresso em litros (L). 
A partir da apresentação dos métodos de cálculo do volume de aproveitamento 
das águas pluviais, qual metodologia seria adotada em um projeto de reuso em 
uma edificação de lavador de veículos em que teríamos uma área A de 450 m² 
para captação e uma demanda de 8 veículos por dia. Considere que o coeficiente 
de escoamento superficial é de 0,80 e que são trabalhados 20 dias por mês.
Cálculo do consumo diário ou demanda
Para a lavagem de um veículo leve, é comum adotar o valor entre 200 a 500 litros 
de água. Nesse exemplo, vamos usar 300. Porém, para lavar caminhões, esse 
valor pode chegar a 1 m³, mas usaremos o dobro dos veículos, de 600. Com a 
finalidade de desenvolver o cálculo nesse exercício, vamos considerar que das 8 
lavagens diárias, 75% são veículos leves e 25% são caminhões.
 CD: 0,75x8 x 300 + 0,25x8 x 600 = 3.000 litros ou 3 m³
 Mensal: D = 3 x 20 = 60.000 litros ou 60 m³
Cálculo do descarte da primeira chuva
O descarte da primeira chuva é essencial para remover algumas substâncias que 
podem prejudicar a utilização da água do reuso. A NBR 15.527 orienta que seja 
descartado um volume seguindo a taxa de 2 mm para cada metro quadrado da 
área de captação:
 Descarte: L = 450 m² x 2 mm = 0,9 m³ ou então 900 litros.
Aplicação do Método Rippl
Na tabela a seguir, foram listados os valores mensais médios da precipitação P 
(mm) da cidade em que se encontra a edificação, e a partir da determinação do 
volume de chuva V (obtido entre a multiplicação da precipitação média mensal, área 
de contribuição e coeficiente de escoamento superficial), foi possível encontrar o 
valor de S que é a capacidade que o reservatório deve ter para armazenar a água. 
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Conforme indica o método, os valores positivos de S são acumulados para assim 
determinar qual deve ser o tamanho do reservatório da edificação, para que possa 
armazenar água suficiente nos meses mais secos. Nos meses em que os valores 
de S são negativos, significa que vai chover muito mais que será utilizado na 
edificação.
Tabela 2 - Valores mensais médios da precipitação
MÊS P (mm) D (m³) A (m²) V (m³) L (m³) S (m³) S acum
JAN 267,3 60 450 96,228 0,9 -35,3 0,0
FEV 315,2 60 450 113,472 0,9 -52,6 0,0
MAR 231,5 60 450 83,34 0,9 -22,4 0,0
ABR 190,4 60 450 68,544 0,9 -7,6 0,0
MAI 165,3 60 450 59,508 0,9 1,4 1,4
JUN 130,2 60 450 46,872 0,9 14,0 15,4
JUL 100,1 60 450 36,036 0,9 24,9 40,3
AGO 150,4 60 450 54,144 0,9 6,8 47,0
SET 160,6 60 450 57,816 0,9 3,1 50,1
OUT 213,7 60 450 76,932 0,9 -16,0 50,1
NOV 240,2 60 450 86,472 0,9 -25,6 50,1
DEZ 286,1 60 450 102,996 0,9 -42,1 50,1
Fonte: Método Rippl (2021).
Adota-se um valor de aproximadamente 50 m³ para o reservatório.
 
Aplicação do Método Azevedo Netto
O Método Azevedo Netto para a determinação do volume de armazenamento é 
um pouco mais simples já que consiste na aplicação da fórmula:
 v = 0,042 x P x A x T
Em que a partir dos dados anteriores, a precipitação média anual da cidade é de 
2.451mm (somatório dos valores de precipitação mensal), e podemos considerar 
que na cidade em questão a possibilidade onde os meses que podem ser 
considerados secos são muito pequenas, então utilizaremos T = 1.
 v = 0,042 x 2.451 x 450 x 1 = 46.324 L ou 46,324 m³
Aplicação do Método Prático Inglês
O Método Prático Inglês para a determinação do volume de armazenamento é 
também simples já que consiste na aplicação da fórmula:
 v = 0,05 x P x A
Em que a partir dos dados anteriores, temos que:
 v = 0,05 x 2.451 x 450 = 55.148 L ou 55,148 m³
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Aplicação do Método Prático Alemão
O Método Prático Alemão é totalmente empírico e baseia-se no maior valor obtido 
entre a comparação do valor do volume de chuva aproveitável anual e do valor 
anual do volume da demanda de água. 
Temos que, analisando a tabela da aplicação do Método de Rippl, que o volume de 
chuva aproveitável anual é de 871,56 m³ e o volume anual da demanda de água é 
de 720 m³.
A metodologia pede que o reservatório tenha 6% do valor mínimo resultado da 
comparação entre os dois, ou seja, para a situação temos que o reservatório 
deverá possuir 43,20 m³.
Conclusão
Cabe ao projetista analisar qual dos métodos melhor se encaixa com o observado 
na localização da edificação, levando sempre em consideração as variáveis 
em relação à quantidade precipitada e também a demanda requerida no 
estabelecimento.
Foi possível observar que todas as metodologias deram resultados próximos, em 
torno dos 50 m³, então, é importante que as considerações feitas sejam analisadas 
com o que se tem no local da edificação antes de tomar alguma decisão.
É importante ter em mente que todas as variáveis são estimadas, desde a 
precipitação mensal média até a demanda requerida para o uso da água do 
aproveitamento. Unindo essa premissa às condições locais da edificação, deve-
se chegar à decisão que sintetize e supra as necessidades do problema. 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na última unidade de nossa apostila, observamos o comportamento da água de chuva nas 
edificações e quais são os deveres do projetista para com ela: como captar, onde esgotar, soluções 
de descarte ou reutilização etc.
As águas pluviais podem ocasionar alguns problemas como erosão e enchentes em 
grandes centros urbanos, por exemplo, e é por isso que o projeto hidrossanitário tem o dever de 
se atentar às suas especialidades.
Conforme o estudado nessa apostila, foi possível determinar no total o que consta um 
projeto hidrossanitário e agora você tem as diretrizes necessárias para poder elaborar o seu 
próprio projeto.
Cabe agora começar a colocar em prática e no papel tudo o que foi estudado e apresentado 
sobre o tema, juntamente com as ideias próprias do projetista e as suas particulares tomadas 
de decisões, já que um bom projeto além de levar em consideração as legislações e orientações 
técnicas, conta também com o bom senso do profissional.
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ENSINO A DISTÂNCIA
REFERÊNCIAS
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de Alimentação – Resolução-RDC Nº 216. Brasília/DF, 2004.
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instalações prediais de água quente. Rio de Janeiro, 1993.
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Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis - Requisitos. Rio de 
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PINI,1992.
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tubos plásticos. 4. ed. São Paulo: Blucher, 2014.
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https://www.canalagricola.com.br/bomba-submersa-schneider-sub2510ny4e6-230v-1cv. Acesso 
em: 20 set.2020.
CARVALHO JUNIOR, R. Instalações Prediais Hidráulico-Sanitárias: Princípios básicos para 
elaboração de projetos. São Paulo: Blucher, 2014.
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privado. Minas Gerais, 2012.
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MÉRITO COMERCIAL. Entenda os tipos de poços e as suas instalações. 2018. Disponível 
em: https://blog.meritocomercial.com.br/tipos-de-pocos-e-as-suas-instalacoes/. Acesso em: 10 
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SYNEGE. Hidrogeologia. Portugal, 2018. Disponível em: http://synege.pt/geologia/. Acesso em: 
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TIGRE. Manual Técnico Tigre – Orientações técnicas sobre instalações hidráulicas prediais. 
Tigre S.A. Tubos e conexões. Joinville, 2013.
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Disponível em: https://www.tigre.com.br Acesso em: 10 out.2020.
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2.2.3 Sistema público
Ocorre quando a alimentação da edificação é feita através de água de uma concessionária. 
Por exemplo, no Paraná a Sanepar é encarregada do abastecimento público, enquanto que, em 
São Paulo é a Sabesp.
O local onde o abastecimento é feito pela rede pública, as exigências das concessionárias 
devem ser atendidas, e isso se aplica a todas as edificações, sejam elas novas ou existentes. 
Quem utiliza a água da concessionária tem o privilégio de uma água tratada com parâmetros 
normatizados de potabilidade, evitando doenças por contaminação do aquífero, por exemplo, 
entre outras vantagens.
Figura 6 – Componentes do sistema público de abastecimento de água. Fonte: Copasa (2012).
3 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
As instalações prediais de água fria podem ser elaboradas em até quatro formas diferentes. 
De acordo com Azevedo Netto (1998), pode ser distribuição direta, distribuição indireta, misto 
ou hidropneumático.
A segunda se difere da primeira na existência de um reservatório superior que alimenta 
os aparelhos e torneiras de um edifício, enquanto na primeira esses pontos são alimentados 
diretamente pela rede pública de abastecimento.
A distribuição mista, portanto, envolve esses dois tipos de distribuição citados. A última 
consiste na alimentação dos aparelhos através de um conjunto hidropneumático que assegura a 
pressão desejável no sistema, sem a necessidade de um reservatório superior.
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3.1 Sistema de Abastecimento Direto
O sistema de distribuição direta supõe um abastecimento público de continuidade, 
abundância e pressão suficiente, como se a rede interna fosse extensão da rede pública: a água vem 
diretamente da rede pública de abastecimento para o sistema predial e, por isso, deve ser utilizado 
apenas onde a concessionária garanta o abastecimento contínuo, e uma pressão adequada.
Nesse tipo de distribuição, a edificação corre o risco de ficar sem água em eventuais faltas 
de abastecimento público, pois não é utilizado um reservatório de acúmulo de água na edificação 
(caixa d’água).
Sendo assim, a implantação do sistema é mais barata, já que além de não utilizar a rede 
de alimentação da caixa d’água, também deixa de lado os equipamentos necessários em sua 
instalação, controle e operação. No entanto, a economia acaba se tornando irrelevante se em 
consideração analisar o custo total da obra e os transtornos que podem ocorrer através de uma 
possível falta de reservação particular.
Figura 7 – Sistema de abastecimento direto. Fonte: Projeto Civil (2017).
3.2 Sistema de Abastecimento Indireto
Uma instalação de distribuição indireta é mais complexa, e seu sistema pode ser 
constituído das seguintes partes: ramal e alimentador predial, reservatório inferior, instalações de 
recalque, reservatório superior, barrilete, colunas de distribuição, ramais, subrramais ou ligações 
com os aparelhos, e aparelhos.
O uso de reservatório de acúmulo de água na edificação garante maior conforto e 
segurança para a edificação, pois, por qualquer motivo, se tiver descontinuidade ou interrupção 
no abastecimento de água pela concessionária, o usuário tem água potável armazenada por algum 
tempo.
Figura 8 – Sistema de abastecimento indireto. Fonte: Projeto Civil (2017).
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3.2.1 Sem bombeamento
O sistema indireto de abastecimento leva em conta os fatores de intermitência, 
irregularidade e variações de pressão no abastecimento de água da rede pública. Pode ser feita sem 
bombeamento desde que a pressão da rede pública seja suficiente para abastecer um reservatório 
superior (MACINTYRE, 1990).
Dessa forma, utiliza-se um reservatório superior para alimentar o sistema predial quando 
a concessionária atende à pressão necessária para a água chegar à caixa d’água.
Por exemplo, na cidade de Maringá, a Sanepar garante que a rede de abastecimento possui 
a pressão disponível de 10 mca na entrada da edificação. Por consequência, o ponto de entrada de 
água no reservatório superior pode estar até a 10 metros de diferença do nível de entrada da água 
no alimentador predial. A Figura 9 ilustra esse tipo de abastecimento.
Figura 9 – Sistema de abastecimento indireto sem bombeamento. Fonte: Projeto Civil (2017).
3.2.2 Com bombeamento
Em alguns lugares e em algumas edificações, a pressão disponível na ligação predial não 
é suficiente para levar água até o reservatório superior. Nesse caso, faz-se necessário o uso de um 
sistema de bombeamento.
Utiliza-se um reservatório inferior que recebe a água da rede pública de onde a água 
é elevada por meio de um conjunto moto-bomba de recalque até o reservatório superior. 
Normalmente, é utilizado em prédios com mais de três pavimentos.
Figura 10 – Sistema de abastecimento indireto com bombeamento. Fonte: Projeto Civil (2017).
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Figura 11 – Esquema vertical de abastecimento de água. Fonte: Macintyre (1990).
4 COMPONENTES DO SISTEMA
O sistema de instalação hidráulico predial é dividido em subsistemas para melhor 
entendimento e, principalmente, para modelagem de cálculo de cada subsistema. São eles: 
subsistema de alimentação; subsistema de reservação e subsistema de distribuição interna – esse 
último será aprofundado na próxima unidade.
Subsistema de Alimentação Predial
• Ramal predial;
• Cavalete/hidrômetro;
• Alimentador predial.
Subsistema de Reservação de Água
• Reservatório inferior ou cisterna;
• Estação elevatória;
• Reservatório superior.
Subsistema de Distribuição Interna
• Barrilete;
• Coluna;
• Ramal;
• Sub-ramal;
• Ponto de utilização/aparelho.
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4.1 Subsistema de Alimentação Predial
O abastecimento de água às edificações é feito a partir da tubulação do distribuidor 
público por meio de um ramal predial que compreende:
a) Ramal predial ou ramal externo: é o trecho do encanamento compreendido entre o 
distribuidor público de água e a instalação predial caracterizada pelo aparelho medidor 
(hidrômetro).
b) Alimentador predial ou ramal interno: é o trecho do encanamento que se estende a partir 
do aparelho medidor até a primeira derivação ou até a torneira de boia, localizada na 
entrada do reservatório.
Figura 12 – Partes constituintes do sistema de distribuição de água. Fonte: Projeto E/UBC-7 (2016).
A água é conduzida da canalização pública para um imóvel por meio de um ramal predial, 
cujo diâmetro depende principalmente do consumo diário. Macintyre (1990) indica que essa 
tubulação deve ser feita com cobre, PVC rígido ou ferro fundido para melhor desempenho.
Deve haver um hidrômetro (aparelho que mede o consumo de água), instalado dentro 
de uma caixa para sua preservação, em um local de fácil acesso e, geralmente, esses itens são 
dimensionados ou fornecidos pela empresa concessionária da água, mas a instalação deve estar 
preparada para sua conexão.
Figura 13 – Hidrômetro. Fonte: Sanepar/PR (2021).
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4.1.1 Determinação do consumo diário
Para se estimar o consumo diário de água é necessário que se conheça a quantidade de 
pessoas que ocupará a edificação. Considerando o setor residencial, Creder (1995) recomenda 
que se considere cada quarto social ocupado por duas pessoas e cada quarto de serviço, por uma 
pessoa.
CD = q . P
Em que:
CD = consumo diário total (L/dia)
q = consumo diário “per capita” (L/dia) 
P = população do edifício (pessoas)Quando a população ocupante da edificação não é conhecida, recomenda-se o uso de 
tabelas ou quadros para determinar a taxa de ocupação de acordo com a natureza da edificação. 
Algumas recomendações usuais:
Setor residencial: 200 litros por pessoa/dia.
Para edifícios de escritórios, prestação de serviços e comércio: 50 litros por pessoa/dia. 
Quadro 1 – Taxa de ocupação de acordo com a natureza da edificação. Fonte: Adaptado de Carvalho Júnior (2014).
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Quadro 2 – Consumo de água por pessoa. Fonte: Adaptado de Carvalho Júnior (2014).
4.1.2 Dimensionamento do alimentador ou ramal predial
Admitindo-se o sistema de distribuição indireto, ou seja, com abastecimento da rede 
contínua, em que a vazão que abastece o reservatório seja suficiente para atender o consumo 
diário no período de 24 horas, podemos utilizar as equações da Figura 14 a seguir para determinar 
o diâmetro mínimo do ramal predial:
Figura 14 – Equações para o dimensionamento do ramal predial. Fonte: NBR 5626 (2020).
Vale salientar que muitas das concessionárias de saneamento requerem o diâmetro 
mínimo padrão adotado de 3/4” (ou 25 mm) para o ramal predial da edificação.
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4.1.3 Dimensionamento do hidrômetro
Por se tratar de um equipamento de medição de vazão colocado pela concessionária para 
calcular o custo da água consumida pelo usuário, cada concessionária tem a sua própria tabela. 
A seguir, segue a tabela usada pela Sanepar/PR, para o dimensionamento do hidrômetro nas 
cidades paranaenses abastecidas por ela.
Tabela 1 - Tabela de determinação do hidrômetro.
Fonte: Sanepar (2017).
Veja algumas outras anotações importantes sobre a aprovação 
do projeto hidrossanitário e outras orientações que a 
concessionária Sanepar fornece aos projetistas no Manual de 
Projetos Hidrossanitários.
PARANÁ. Governo do Estado do Paraná. SANEPAR. Manual de 
Projetos Hidrossanitários. 2019.
Disponível em:
https://site.sanepar.com.br/sites/site.sanepar.com.br/files/informacoes-
tecnicas/projeto-hidrossanitario/manual_de_projeto_hidrossanitario_
marco-2019.pdf.
https://site.sanepar.com.br/sites/site.sanepar.com.br/files/informacoes-tecnicas/projeto-hidrossanitario/manual_de_projeto_hidrossanitario_marco-2019.pdf
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4.2 Subsistema de Reservação de Água
A estimativa para o tamanho do reservatório leva em conta os dados de taxa per capita 
da região. Como demonstrado anteriormente, quando a pressão disponível na rede pública 
não for suficiente para o abastecimento total da edificação, será obrigatória a existência de um 
reservatório inferior ou cisterna, que recalque a água para o reservatório superior distribuir aos 
aparelhos.
Os reservatórios de água potável são uma parte crítica das instalações prediais, no que 
diz respeito à conservação da potabilidade da água. Por esse motivo, alguns cuidados devem ser 
tomados no projeto e execução dos reservatórios:
a) Sejam perfeitamente estanques;
b) Possuam paredes lisas, executadas em material que não altere a qualidade da água e que 
resistam ao ataque da mesma;
c) Impeçam sua contaminação por agentes externos;
d) Possuam abertura para inspeção, limpeza e reparos quando se fizer necessário;
e) Sejam dotados de extravasor, para evitar o transbordamento e prejuízo à edificação – o 
extravasor pode ser tubulado em cima do telhado ou ligado na rede de águas pluviais;
f) Tenham canalização de esgotamento para limpeza e reparos internos, e a superfície 
do fundo do reservatório deve ter uma ligeira declividade no sentido da entrada da 
tubulação de limpeza, de modo a facilitar o escoamento da água e a remoção de detritos 
remanescentes.
g) O reservatório deve ser instalado sobre uma base estável, capaz de resistir aos esforços 
sobre ela atuantes.
h) Toda a tubulação que abastece o reservatório deve ser equipada com torneira de boia. 
Para facilitar as operações de manutenção, recomenda-se que seja instalado na tubulação 
de alimentação, externamente ao reservatório, um registro de fechamento.
i) A NBR 5626 estabelece que o volume de água reservado para uso doméstico deve ser, 
no mínimo, o necessário para atender 24 horas de consumo normal do edifício, sem 
considerar o volume de água para combate ao incêndio.
j) A divisão dos reservatórios em dois se dá por legislação municipal. Em geral, quando 
o reservatório tiver capacidade superior de 4.000 litros, deve ser dividido em dois, que 
serão interligados pelo barrilete.
k) O Brasil apresenta deficiências no abastecimento de água praticamente em quase todas 
as localidades.
l) Em virtude das deficiências no abastecimento público de água, alguns autores recomendam 
que se adotem reservatórios com capacidade suficiente para até dois dias de consumo.
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Figura 15 – Principais elementos do reservatório. Fonte: Souza (2009).
Figura 16 – Detalhes de corte de um reservatório. Fonte: Jrrio (2019).
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4.2.1 Dimensionamento do reservatório 
No caso da utilização do sistema de distribuição indireta sem recalque, o volume total 
de água estimada ficará armazenada no reservatório superior. No caso de distribuição indireta 
com recalque, a recomendação é que o reservatório inferior armazene 60% e o superior 40% do 
consumo. Ainda assim, questões econômicas e estruturais devem ser analisadas em conjunto 
com os proprietários e projetistas.
Além do consumo predial, vale lembrar que deverá ser previsto também a reserva de 
incêndio, conforme as normas pertinentes. Portanto, as equações de dimensionamento são:
VRI = 0,6 X VR (Volume do Reservatório Inferior)
VRS = 0,4 X VR (Volume do Reservatório Superior)
Em que VR representa o volume mínimo de reservação, ou seja, a capacidade de reservação 
de no mínimo 1 dia e no máximo 3 dias, para que a água não perca as suas características de 
potabilidade.
4.2.2 Dimensionamento do extravasor e limpeza
Em todos os reservatórios devem ser instaladas tubulações que atendam às seguintes 
necessidades:
a) extravasão do volume de água em excesso no interior do reservatório, para que não 
ocorra transbordamento, devido a falhas na torneira boia ou em outro dispositivo de 
interrupção do abastecimento.
b) limpeza do reservatório, para permitir o esvaziamento completo, quando necessário.
O diâmetro do extravasor e da limpeza é determinado adotando-se uma bitola comercial 
imediatamente acima da bitola do alimentador predial ou da tubulação de recalque.
Para saber um pouco mais sobre a reserva de água mínima 
utilizada para o combate e prevenção de incêndios, consulte 
o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de 
Bombeiros do Paraná:
PARANÁ. Polícia Militar do Paraná. Comando do Corpo de 
Bombeiros. Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 
2018.
Disponível em:
http://www.bombeiros.pr.gov.br/sites/bombeiros/arquivos_restritos/files/
documento/2018-12/cscip_-_codigo_de_seguranca_contra_incendio_e_
panico_-_dez_2018.pdf.
http://www.bombeiros.pr.gov.br/sites/bombeiros/arquivos_restritos/files/documento/2018-12/cscip_-_codigo_de_seguranca_contra_incendio_e_panico_-_dez_2018.pdf
http://www.bombeiros.pr.gov.br/sites/bombeiros/arquivos_restritos/files/documento/2018-12/cscip_-_codigo_de_seguranca_contra_incendio_e_panico_-_dez_2018.pdfhttp://www.bombeiros.pr.gov.br/sites/bombeiros/arquivos_restritos/files/documento/2018-12/cscip_-_codigo_de_seguranca_contra_incendio_e_panico_-_dez_2018.pdf
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Imagine uma edificação residencial com dez pavimentos, em que cada pavimento 
possui dois apartamentos com três quartos cada um. Qual seria o dimensionamento 
adequado do alimentador predial e de um sistema de reservação para essa 
edificação?
Baseados nos quadros 1 e 2, é possivel estimar a população que ocupará a 
edificação e o consumo “per capita” diário para essa população:
 População (P) = 2 pessoas por quarto 
 P = 10 pavimentos x 2(apartamentos) x 3(quartos) x 2(pessoas)
 P = 120 pessoas ocupam o edifício.
 Consumo “per capita”, em litros/dia (q) para apartamento residêncial - 
200litros/dia
CD = P x q
CD = 120 x 200
CD = 24.000 litros
Prevendo o volume de reservação para um dia e meio tem-se:
VR = capacidade de reservação
VR = CD x 1,5 
VR = 24.000 x 1,5
VR = 36.000 litros
Como o edifício possui 10 pavimentos, o sistema de distribuição adotado será 
indireto com bombeamento, sendo necessário para isso dois reservatórios, um 
superior com capacidade de armazenamento de 40% e um inferior com capacidade 
de armazenamento de 60%:
VR (superior) = 36.000 litros x 40%
VR (superior) = 14.400 litros
VR (superior) = 14,40 m3
VR (inferior) = 36.000 litros x 60%
VR (inferior) = 21.600 litros 
VR (inferior) = 21,60 m3
Estes reservatórios podem ser executados no local da edificação, em concreto 
armado, com o volume total dividido em dois reservatórios, superior e inferior, 
assim como o demonstrado. Como o reservatório superior é maior que 4.000 
litros, deverá ser executado em 2 celulas interligadas pelo barrilete.
VRS = 14,40 m3 
VRI = 21,60 m3
Cálculo do diâmetro do alimentador predial e do ramal predial:
Qmin = _ CD___
 86400
Qmin = 0,028 l/s
DAP ≥ 0,66 m
DAP ≥ 66 mm
Como o diâmetro da tubulação é padronizado por um diâmetro comercial, é 
necessário verificar quais são os diâmetros no catálogo do fabricante.
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Tabela 2 - Dimensões dos tubos
BITOLA DC ESPESSURA
POLEGADA mm mm
1/2 20 1,5
3/4 25 1,7
1 32 2,1
1.1/4 40 2,4
1.1/2 50 3,0
2 60 3,3
2.1/2 75 4,2
3 85 4,7
4 110 6,1
Fonte: Catálogo do Fabricante (2021).
O diâmentro do ramal predial (DRP) é igual ao diâmentro do alimentador predial:
DAP = 75 mm
Cálculo do hidrômetro:
CD = 1350 litros = 1,35m3
CM (consumo mensal) = 1,35 x 30 (dias)
CM = 40,5 m3
Com os dados anteriores, chega-se à conclusão que o hidrômetro da edificação 
será o de 1”, tipo C, multijato.
Tabela 3 – Pré-dimensionamento de hidromêtros 2017
Fonte: Sanepar (2017).
Como o calculado, o diâmetro do alimentador predial é de 75 mm. 
Sendo assim, o diâmetro do extravasor e da limpeza é um diâmetro comercial 
imediatamente acima deste, portanto, 85 mm.
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4.3 Conjunto Elevatório
O conjunto elevatório é constituído de tubulação e peças cuja finalidade é enviar a água 
do reservatório inferior ou cisterna para o reservatório superior, quando necessário.
A tubulação de recalque é a tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e 
o ponto de descarga no reservatório de distribuição. A tubulação de sucção, então, é a tubulação 
compreendida entre o ponto de tomada no reservatório inferior e o orifício de entrada da bomba.
As bombas são máquinas que transformam o trabalho mecânico de um motor em energia 
hidráulica sob as formas que o líquido é capaz de absorver. Pela ação das pás da bomba, o líquido 
recebe energia em forma de energia de pressão e energia cinética. A energia é expressa em metros 
de coluna líquida de peso específico e chama-se genericamente de altura de elevação.
Figura 17 – Componentes do conjunto elevatório do abastecimento de água. Fonte: Projeto E/UBC-7 (2016).
A vazão de recalque (Qr) deverá ser, no mínimo, igual a 15% do Consumo Diário, expressa 
em m³/h. Por exemplo, para o CD igual a 100 m³, Qr deverá ser, no mínimo, igual a 15 m³/h.
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O Período de Funcionamento da Bomba (t), para o abastecimento do reservatório 
superior, durante o dia, será a função da vazão horária. No caso em que Qr é igual a 15% do 
Consumo Diário, t resulta a aproximadamente igual a 6,7 horas, sendo esse valor, de acordo com 
a norma, o máximo período de funcionamento diário da bomba.
Para dimensionar a canalização de recalque (Dr) emprega-se a seguinte equação, de 
acordo com a NBR 5626:
Em que:
Dr é o diâmetro da tubulação de recalque, em metros;
Qr é a vazão de recalque, em m³/h;
X é a razão entre o número de horas de funcionamento por dia e a duração total em horas 
de um dia.
Para a tubulação de sucção do sistema elevatório (Ds) é comum utilizar um diâmetro 
comercial acima do encontrado para a tubulação de recalque (ou, no mínimo, igual).
Dessa forma, calcula-se a Altura Manométrica do sistema, que consiste na determinação 
das perdas de carga das tubulações de recalque e de sucção, somado ao desnível geométrico do 
sistema (diferença das alturas dos níveis ou cotas da sucção da bomba até a entrada do reservatório 
superior).
Com os valores da vazão e altura manométrica determinados, basta escolher a bomba 
hidráulica que melhor represente o sistema e que seja eficiente.
Figura 18 – Catálogo de bombas centrífugas hidráulicas. Fonte: KSB (2013).
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O sistema de recalque do abastecimento de água é um ponto muito 
importante no projeto hidrossanitário. Uma revisão interessante 
sobre os conceitos de operação e funcionamento das bombas 
hidráulicas e o sistema de recalque pode ser vista no vídeo a seguir: 
LEIAUT CARIELO. Funcionamento das Bombas D’água (Hidráulica). 
2018. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=yQwWAhaJHt0.
https://www.youtube.com/watch?v=yQwWAhaJHt0
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme o visto e apresentado nesta unidade, é de extrema importância que o profissional 
estude detalhadamente as características da edificação antes de estabelecer os parâmetros de 
seu projeto, já que o dimensionamento dos componentes do sistema (a escolha do sistema de 
abastecimento, o diâmetro do ramal predial e a capacidade de reservação da edificação, por 
exemplo) interferem totalmente no custo-benefício da obra.
Sendo assim, um bom projeto precisa, além de respeitar os requisitos das normativas e 
dos órgãos competentes a sua análise, apresentar funcionalidade e adequação à edificação como 
um todo – levando em consideração as razões econômicas, sustentáveis, de segurança e utilização.
Nessa primeira unidade, determinamos as etapas iniciais de abastecimento de água, 
vinda da rede ou fonte até o reservatório. Foram trabalhados diversos sistemas existentes desse 
processo, abordando seus componentes e dimensionando as peças através de seus objetivos.
Na próxima unidade, veremos a etapa final do abastecimento: onde a água, do reservatório, 
abastece os pontos de utilização ou aparelhos sanitários da edificação. E, claro, vamos estudar 
alguns sistemas de aquecimento de água, importante para garantir parâmetros de conforto e 
higiene aos usuários.
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02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................30
1 SUBSISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA ...........................................................................................................31
1.1 PRINCIPAIS ELEMENTOS ..................................................................................................................................... 31
1.2 BARRILETE DE DISTRIBUIÇÃO ............................................................................................................................32
1.2.1 COLUNAS DE DISTRIBUIÇÃO OU PRUMADAS .................................................................................................32
1.2.2 RAMAIS E SUB-RAMAIS ....................................................................................................................................33
1.3 DIMENSIONAMENTO ............................................................................................................................................34
1.3.1 DIMESIONAMENTO DOS SUB-RAMAIS ...........................................................................................................34
1.3.2 DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS E COLUNAS............................................................................................35
1.3.3 CRITÉRIO DO CONSUMO MÁXIMO POSSÍVEL ...............................................................................................35
1.3.4 CRITÉRIO DO CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL ..............................................................................................36
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1.4 PRESSÃO E VELOCIDADE NA TUBULAÇÃO ........................................................................................................37
1.4.1 PRESSÃO ESTÁTICA ...........................................................................................................................................37
1.4.2 PRESSÃO DINÂMICA .........................................................................................................................................38
1.4.3 PRESSÃO DE SERVIÇO ......................................................................................................................................38
1.4.4 PRESSÃO MÍNIMA .............................................................................................................................................39
1.4.5 PRESSÃO MÁXIMA ............................................................................................................................................39
1.4.6 VELOCIDADE .......................................................................................................................................................40
1.5 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ................................................................................................................................40
2 SISTEMAS DE AQUECIMENTO DE ÁGUA ...............................................................................................................42
2.1 SISTEMA INDIVIDUAL OU LOCAL ........................................................................................................................42
2.2 SISTEMA PRIVADO CENTRAL DOMICILIAR.......................................................................................................43
2.3 SISTEMA COLETIVO CENTRAL ............................................................................................................................44
2.4 TIPOS DE AQUECEDORES ....................................................................................................................................44
2.4.1 AQUECIMENTO A GÁS DE PASSAGEM ............................................................................................................45
2.4.2 AQUECIMENTO A GÁS DE ACUMULAÇÃO .......................................................................................................46
2.4.3 AQUECIMENTO ELÉTRICO DE PASSAGEM .....................................................................................................47
2.4.4 AQUECIMENTO ELÉTRICO DE ACUMULAÇÃO ...............................................................................................47
2.4.5 AQUECIMENTO SOLAR .....................................................................................................................................48
2.5 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA ....................................................................................................................49
2.5.1 VAZÃO DAS PEÇAS DE UTILIZAÇÃO .................................................................................................................50
2.5.2 FUNCIONAMENTO DAS PEÇAS DE UTILIZAÇÃO ............................................................................................ 51
2.5.3 PRESSÕES E VELOCIDADES ............................................................................................................................. 51
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................55
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INTRODUÇÃO
Depois de armazenada em um reservatório, como a água chega aos pontos de utilização 
ou aparelhos sanitários?
Na segunda etapa do nosso estudo, vamos retratar o sistema de distribuição da água 
na edificação, destacando seus principais componentes como os aparelhos sanitários, pontos de 
utilização, sub-ramais, ramais, colunas ou prumadas e barrilete.
Além disso, serão apresentadas algumas informações referentes aos projetos dos sistemas 
prediais de água quente, cujo objetivo é conduzir a água aquecida por meio de uma canalização 
até os pontos necessários de utilização.
O projeto dessa condução precisa estar alinhado com o profissional da área como forma 
de promover a correta instalação deste sistema, proporcionando o conforto térmico do usuário.
O fornecimento de água quente representa uma necessidade nas instalações de 
determinados aparelhos e equipamentos ou uma conveniência para melhorar as condições de 
conforto e higiene em aparelhos sanitários de uso comum.
Nesta unidade, abordaremos os sistemas de distribuição de água e aquecimento predial, 
os tipos de aquecedores, bem como, o dimensionamento do consumo, da vazão, as perdas de 
carga, o cálculo da velocidade e da pressão desses sistemas.
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1 SUBSISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
1.1 Principais Elementos
A distribuição de água para um prédio ocorre de um reservatório superior de acumulação, 
dimensionado na unidade anterior, e é feita por meio de um sistema de distribuição que 
compreende:
a) barrilete de distribuição;
b) colunas de alimentação ou prumadas de alimentação;
c) ramais;
d) sub-ramais.
Uma das características muito importantes do projeto hidráulico são os pontos 
de utilização ou aparelhos sanitários e a altura da conexão da água fria para o equipamento, 
apresentados no Quadro 1 a seguir:
Quadro 1 – Pontos de utilização. Fonte: Adaptado da NBR 5626 (2020).
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1.2 Barrilete de distribuição
O barrilete é a tubulação de distribuição que interliga as duas seções do reservatório 
superior e alimentam as colunas de distribuição, vide a Figura 1:
Figura 1 – Esquema do barrilete de distribuição. Fonte: Adaptado da NBR 5626 (2020).
1.2.1 Colunas de distribuição ou prumadas
A coluna de distribuição, também chamada de prumada, se refere à canalização vertical 
destinada a alimentar os ramais da instalação predial. Tem sua origem no barrilete:
Figura 2 – Esquema de colunas de distribuição ou prumadas. Fonte: Adaptado da NBR 5626 (2020).
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Figura 3 – Registro fotográficode colunas de distribuição ou prumadas. Fonte: Os autores.
1.2.2 Ramais e sub-ramais
Os ramais hidráulicos são as tubulações que derivam da coluna de distribuição, que 
possuem a finalidade de encaminhar a água aos sub-ramais: tubulação que liga o ramal à peça de 
utilização ou à ligação do aparelho sanitário.
Figura 4 – Esquema de sistema hidráulico de distribuição. Fonte: Adaptado de Carvalho Júnior (2014).
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1.3 Dimensionamento
O dimensionamento de uma rede de distribuição é feito inversamente ao caminho que 
a água percorre do reservatório ao aparelho sanitário, ou seja, seguindo a seguinte ordem: sub-
ramais, ramais, colunas de alimentação e barrilete.
1.3.1 Dimesionamento dos sub-ramais
Conforme o exposto, cada sub-ramal serve a uma peça de utilização ou aparelho sanitário 
e é dimensionado segundo tabelas que foram elaboradas por meio de resultados obtidos em 
ensaios realizados com os mesmos.
Em geral, os fabricantes dos aparelhos fornecem em seus catálogos os diâmetros que 
recomendam para os seus sub-ramais.
Pode-se usar os dados apresentados no Quadro 2 a seguir para a escolha do diâmetro dos 
sub-ramais. Os valores apresentados são os mínimos aconselháveis. Convém notar que, em se 
tratando de tubo em aço galvanizado, o diâmetro mínimo usado é de 20 mm.
Quadro 2 – Pontos de utilização. Fonte: Adaptado da NBR 5626 (1998).
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1.3.2 Dimensionamento dos ramais e colunas
A NBR 5626 trata dos sistemas de abastecimento e distribuição de água. Até o ano de 
2020, a normatização utilizada era uma versão elaborada no ano de 1998. No entanto, em junho 
de 2020, a referida norma teve uma atualização e passou a trabalhar nas orientações para os 
projetos que envolvem a distribuição de água quente, também, em substituição da NBR 7198 de 
1993.
Entre as alterações previstas, a NBR 5626/20 deixa ao projetista a liberdade em adotar os 
critérios de utilização e consumo em seu projeto, respeitando sempre as condições de garantir o 
mínimo de pressão disponível nos aparelhos sanitários.
Com a finalidade de desenvolver o aprendizado, de acordo com a NBR 5626 de 1998, o 
dimensionamento de um ramal poderá ser feito, conforme se faça alguma das suposições a seguir:
a) Admitir que há consumo simultâneo de todos aparelhos (Critério do consumo máximo 
possível).
b) Considerar o consumo simultâneo máximo provável dos aparelhos. (Critério do consumo 
máximo provável).
1.3.3 Critério do consumo máximo possível
Neste caso, admite-se que todos os aparelhos estejam sendo usados ao mesmo tempo, 
principalmente chuveiros e lavatórios. Esta hipótese deve ser considerada naquelas situações 
em que há um horário rigoroso para o uso das instalações sanitárias (como quartéis, fábricas, 
escolas e estabelecimentos de ensino, etc.), principalmente de chuveiros e lavatórios. Para o 
dimensionamento dos ramais, somam-se as vazões de cada sub-ramal ou ramal anterior.
Para fácil escolha dos diâmetros, toma-se como base ou unidade o tubo de 15 mm (1/2”) 
ao qual se referem os diâmetros dos demais trechos, de tal modo que a seção do ramal em cada 
trecho seja equivalente, sob o ponto de vista de escoamento hidráulico, a soma das seções dos 
sub-ramais por ele alimentados.
É importantíssimo que um projetista saiba os principais pontos que diferem as 
duas versões da NBR 5626, de 1998 e de 2020. Sendo assim, totalmente pertinente 
ao que está sendo discutido nesta unidade, como recomendação de leitura ficam 
as duas versões da NBR 5626 e também da NBR 7198.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626: Instalação predial 
de água fria. Rio de Janeiro, 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626: Sistemas prediais 
de água fria e quente. Rio de Janeiro, 2020.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7198: Instalação predial 
de água quente. Rio de Janeiro, 1993.
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A tabela a seguir dá, para os diversos diâmetros, o número de tubulações de 15mm (1/2”) 
que seriam necessárias para permitir a mesma descarga.
Tabela 1 – Diâmetro das tubulações no consumo máximo possível.
Fonte: Adaptado da NBR 5626 (1998).
1.3.4 Critério do consumo máximo provável
Em uma edificação, é pouco provável o uso simultâneo de todos os aparelhos de um 
mesmo ramal, e essa probabilidade diminui com o aumento do número de aparelhos.
Roy Runter fez um estudo de probabilidade de ocorrência de uso simultâneo das peças 
e atribuiu pesos às mesmas, aplicado na NBR 5626 de 1998, estabelecendo então a dependência 
entre as descargas nos aparelhos e a soma dos pesos de todos aparelhos.
Esses pesos são estabelecidos por comparação dos efeitos relativos produzidos por 
diferentes tipos de aparelhos. O critério conduz, portanto, a diâmetros menores do que pelo 
critério do sistema máximo possível.
O método recomendado pela NBR 5626 de 1998, e que atende ao critério do consumo 
máximo provável, é o Método da Soma dos Pesos, de fácil aplicação, para o dimensionamento 
de ramais e colunas de alimentação, baseado na probabilidade de uso simultâneo dos aparelhos 
e peças.
A vazão da tubulação, então, pode ser calculada pela seguinte fórmula, em que é 
considerada uma taxa de 30% da raiz quadrada do somátorio dos pesos das tubulações:
 
O valor dos pesos é atribuído a cada subrramal que atende aos aparelhos sanitários e pode 
ser conferido na NBR 5626 de 1998.
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1.4 Pressão e Velocidade na Tubulação
Em condições dinâmicas, ou seja, com a água em movimento (escoamento), a pressão da 
água nos pontos de utilização deve ser adotada de modo a garantir a vazão de projeto e o bom 
funcionamento do aparelho de utilização. Em qualquer caso a pressão não pode ser inferior a 1 
mca (metro de coluna d’água), principalmente nos chuveiros.
São consideradas três tipos de pressão nas Instalações Prediais:
a) Pressão estática: pressão nos tubos com a água parada;
b) Pressão dinâmica: pressão com a água em movimento;
c) Pressão de serviço: pressão máxima que se pode aplicar a um tubo, conexão, válvula ou 
outro dispositivo, quando em uso normal.
1.4.1 Pressão estática
A pressão estática pode ser definida como a diferença entre a altura do reservatório 
superior e um ponto qualquer no sistema de distribuição de água. A diferença desse ponto ao 
ponto mais baixo da instalação predial (h), segundo a NBR 5626, não deve ultrapassar 40 mca 
(metros de coluna d´água) em qualquer ponto.
Figura 5 – Pressão estática. Fonte: Adaptado de Borges (1992).
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1.4.2 Pressão dinâmica
A NBR 5626 recomenda que a pressão da água na tubulação, em regime de escoamento, 
não seja inferior a 0,5 mca em nenhum dos pontos. O valor da pressão estática menos as perdas 
de carga distribuídas e localizadas corresponde ao valor da pressão dinâmica.
Figura 6 – Pressão dinâmica em escoamento. Fonte: Adaptado de Borges (1992).
1.4.3 Pressão de serviço
Com relação à pressão de serviço, a NBR 5626 recomenda que o fechamento de qualquer 
peça de utilização não pode provocar sobrepressão em qualquer ponto da instalação maior que 
20 mca. Isso significa que a pressão de serviço não deve ultrapassar a 60 mca, ou seja:
Pressão estática máxima (40 mca) + máxima sobrepressão (20 mca).
Importante ressaltar que a utilização de tubos metálicos em substituição aos de PVC, 
nesse caso, não resolve o problema uma vez que a norma não faz distinção quanto ao tipo do 
material. A substituição de material só altera o valor da perda de carga.
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1.4.4 Pressão mínima
Necessária para que as peças de utilização funcionem adequadamente, conforme a 
sua finalidade. Esta pressão varia de 1 mca a 20 mca a depender do equipamento e manual do 
fabricante. Para que as peças tenham um funcionamento adequado, deve-se lembrar que a pressão 
dinâmica nos pontos de utilização não deve ser inferior a 1 mca:
Quadro 3 – Pressão estática e dinâmica mínima nos pontos de utilização. Fonte: Adaptado da NBR 5626 (1998).
1.4.5 Pressão máxima
Segundo a NBR 5626, admite-se uma pressão estática máxima de serviço de no máximo 
40 mca (metros de coluna d’água). Em edificações onde a pressão de serviço ultrapasse esse valor, 
devem ser utilizados reservatórios intermediários ou válvulas redutoras de pressão. Pressões 
acima do recomendado podem ocasionar em problemas na tubulação como ruídos, golpe de 
aríete e manutenção constante nas instalações.
Para que os aparelhos da instalação hidráulica predial sejam capazes de operar com as 
vazões, é necessário que lhes sejam asseguradas pressões mínimas a montante. Essas pressões 
deverão estar disponíveis, portanto, nos pontos de utilização.
São denominadas pressões dinâmicas porque elas deverão prevalecer quando o sistema 
hidráulico estiver em operação. Isto significa que a pressão estática do sistema menos as perdas de 
carga que ocorrerão entre o reservatório e o ponto de utilização deverá ter um resultado positivo 
e igual a, no mínimo, a pressão dinâmica mínima recomendada.
Por outro lado, os aparelhos são construídos de modo a suportarem pressões limitadas. 
Existe, portanto, uma pressão máxima a que podem ser submetidos esses aparelhos. Essa pressão 
máxima limita a altura existente entre os pontos de utilização e, é claro, ocorrerá em condições 
estáticas, tendo em vista que, não havendo escoamento, não há perda de carga.
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1.4.6 Velocidade
A NBR 5626 recomenda que as tubulações sejam dimensionadas de modo que a velocidade 
de escoamento da água em qualquer trecho da tubulação não ultrapasse 3,0 m/s. Valores acima 
do recomendado provocam ruídos desagradáveis na tubulação podendo, além disso, ocasionar o 
golpe de aríete.
Conhecendo o diâmetro do tubo e a vazão em escoamento, a velocidade pode ser 
determinada pela equação a seguir:
Em que:
V é a velocidade da água (m/s); 
Q é a vazão em m³/s ;
A e a área da seção transversal da tubulação (m²).
1.5 Perspectiva Isométrica
A perspectiva isométrica é o processo de representação tridimensional em que objeto se 
situa num sistema de três eixos coordenados, muito usada para mostrar e executar as instalações 
hidráulicas.
As plantas isométricas de tubulação são desenhos feitos em escala, contendo todas as 
tubulações de uma determinada área, destacando suas características, representada em projeção 
horizontal, conforme os exemplos a seguir:
Figura 7 – Detalhe isométrico de um banheiro acessível. Fonte: Os autores.
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Figura 8 – Detalhe isométrico de chuveiros num banheiro coletivo. Fonte: Os autores.
O livro Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias, publicado 
em 1990, no Rio de Janeiro, é um dos principais livros técnicos 
e científicos quando o assunto é Instalações Prediais, seja 
de abastecimento de água, distribuição ou esgotamento. 
Archibald Joseph Macintyre foi membro da Associação 
Nacional de Engenharia e publicou vários livros sobre 
instalações prediais, utilizados até hoje pelos profissionais da 
engenharia e também da arquitetura.
MACINTYRE, A. J. Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Rio de Janeiro: 
LTC – Livros Técnicos e científicos, 1990.
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2 SISTEMAS DE AQUECIMENTO DE ÁGUA
A temperatura com que a água deve ser fornecida depende do uso a que se destina. Quando 
uma mesma instalação deve fornecer água em temperaturas diferentes nos diversos pontos de 
consumo, faz-se o resfriamento com um aparelho misturador de água fria ou o aquecimento com 
um aquecedor individual no local de utilização.
O fornecimento de água quente serve para melhorar as condições de conforto e 
higiene nos aparelhos ou representa a necessidade nas instalações de determinados aparelhos e 
equipamentos. Dessa forma, Macintyre (1990) descreve como imprescindível a utilização de água 
quente em hospitais, hotéis, restaurantes, lavanderias, laboratórios e indústrias.
Quadro 4 – Temperatura de água para determinadas funções. Fonte: Adaptado da NBR 7198 (1993).
Dependendo do fim a que se destina sua utilização, é possível usar um misturador de 
água fria para que a temperatura esteja de acordo com o local de utilização. Por exemplo, a água 
em uma cozinha varia entre os 70°C, em uma lavanderia chega aos 80°C e para fins higiênicos 
não excede os 50°C (MACINTYRE, 1990).
Para as instalações de água quente, em que a água fria passa por um aquecedor elétrico 
de acumulação ou de passagem, por exemplo, são obedecidos os mesmos critérios e condições 
estabelecidos ou normatizados para a água fria.
Azevedo Netto (1998) recomenda não utilizar PVC (alto coeficiente de dilatação linear) 
ou aço galvanizado (baixa resistência à corrosão) para esse tipo de instalação, sendo mais eficiente 
e viável o emprego de tubos de aço inoxidável, latão ou cobre, auxiliados por isolante térmico.
As novas tecnologias, atualmente, desenvolveram novos materiais que permitem a eficácia 
nessas instalações quanto à regulamentação da temperatura, como o CPVC Aquatherm, derivado 
do PVC para as tubulações quentes.
O abastecimento de água quente é feito em encanamentos separados dos de água fria, 
com tubulações apropriadas para isso, e pode ser de três tipos: sistema individual ou local, sistema 
privado central domiciliar ou sistema coletivo central.
2.1 Sistema Individual ou Local
Nesta modalidade se produz água quente para um único aparelho ou, no máximo, para 
aparelhos do mesmo ambiente. São aparelhos localizados no próprio banheiro ou na área de 
serviço.
Como exemplo, pode-se citar o chuveiro elétrico. Para este sistema não existe a 
necessidade de uma rede de tubulações para água quente, visto que os aparelhos estão geralmente 
nos ambientes em que são utilizados.
Os aquecedores são instantâneos (de passagem). Este sistema é mais utilizado em 
edificações de baixa renda, pois o investimento inicial é baixo.
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2.2 Sistema Privado Central Domiciliar
Neste sistema se produz água quente para todos os aparelhos de uma unidade residencial. 
O sistema central privado utiliza basicamente os seguintes tipos de fontes de energia: eletricidade, 
óleo combustível, gás combustível, lenha e energia solar.
Os aparelhos de aquecimento para este sistema podem ser instantâneos (ou de passagem), 
onde a água vai sendo aquecida à medida que passa pelo aparelho (sem reservação) ou de 
acumulação, onde a água é reservada e aquecida para posterior uso.
Para este sistema de aquecimento, deve haver uma prumada de água fria exclusiva, com 
dispositivo que evite o retorno da água do interior do aquecedor em direção à coluna de água, tal 
como o sifão térmico.
A distribuição de água quente para este sistema constitui-se basicamente de ramais que 
conduzem a água do aparelho de aquecimento até os pontos de utilização. Este caminhamento 
deverá ser o mais curto possível para se evitar perda de temperatura na tubulação ao longo do 
trecho.
A adequação dos ambientes também deverá ser levada em consideração, visto que os 
ambientes necessitam de ventilação permanente e espaço físico adequado, principalmente no 
caso de se adotar aquecedores de acumulação, o que demanda espaçopara sua instalação.
Figura 9 – Sistema privado central domiciliar. Fonte: Adaptado da NBR 7198 (1993).
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2.3 Sistema Coletivo Central
É análogo ao sistema anterior, ou seja, segue os mesmos parâmetros do sistema domiciliar 
central ou privado, porém, é um pouco mais complexo e mais amplo já que possui a finalidade de 
abastecer várias peças de utilização de vários domicílios.
2.4 Tipos de Aquecedores
Para o aquecimento da água dispõe-se basicamente de três fontes: energia solar, combustão 
de sólidos, líquidos e gases (madeira, carvão, óleo, álcool, gás natural, GLP etc.) e eletricidade. 
Veja a seguir a ilustração desses tipos de aquecimento:
Figura 10 – Sistema de aquecimento por energia solar. Fonte: Joule (2019).
Figura 11 – Sistema de aquecimento por combustão. Fonte: Lorenzetti (2019).
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Figura 12 – Sistema de aquecimento por eletricidade. Fonte: Leroy Merlin (2019).
Na prática, estas fontes podem ser associadas, sendo uma a fonte principal e a outra a 
fonte suporte (o que comumente é chamado de backup). Numa eventual falta ou deficiência da 
fonte principal a fonte suporte a substitui ou complementa o fornecimento. É o caso da energia 
solar que tem como suporte a eletricidade ou GLP, para longos períodos nublados.
2.4.1 Aquecimento a gás de passagem
A água percorre um tubo em forma de espiral que sofre o aquecimento de uma chama 
central resultado da queima de gás combustível (Gás liquefeito de petróleo - GLP ou gás natural 
- GN).
Não pode ser instalado em locais fechados (com exceção dos modelos de fluxo balanceado 
que são herméticos). Exige, no mínimo, o ponto de saída para os gases resultantes da queima 
e uma área bem ventilada, pois para haver queima, além do gás é necessário oxigênio. Em 
edificações antigas é comum encontrar o aquecedor de passagem dentro dos banheiros, o que 
hoje é terminantemente proibido.
Figura 13 – Aquecedor a gás de passagem. Fonte: Lorenzetti (2019).
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A perda de carga no aparelho também é muito grande devido ao próprio traçado em 
espiral da tubulação. Alguns modelos exigem de 5 a 13 mca de pressão dinâmica para funcionar 
com a vazão nominal do equipamento.
Figura 14 – Aquecedor a gás de passagem. Fonte: Gerola - AU (2005).
2.4.2 Aquecimento a gás de acumulação
O aquecimento da água é feito através da chama resultante da queima de gás combustível 
(GLP ou GN) em um tubo no centro do cilindro. Ocupa bastante espaço e o cilíndro é vertical e 
deve ser instalado em local bem ventilado e com a exaustão dos gases feita de forma adequada.
Figura 15 – Aquecedor a gás de acumulação. Fonte: Lorenzetti (2019).
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2.4.3 Aquecimento elétrico de passagem
São os chuveiros elétricos comuns ou as torneiras elétricas de lavatórios e de pias de 
cozinha. Apesar da fácil instalação e baixo custo, são pouco eficientes e consomem muita energia 
elétrica.
Figura 16 – Aquecedor elétrico de passagem. Fonte: Lorenzetti (2019).
2.4.4 Aquecimento elétrico de acumulação
Conhecidos também como boilers elétricos, são cilindros que podem ser horizontais ou 
verticais com uma ou mais resistências elétricas que fazem o aquecimento da água.
Os cilindros possuem um revestimento térmico para evitar a perda de calor e um 
termostato mantém a temperatura automaticamente dentro dos limites estabelecidos. O custo de 
operação hoje também é alto devido ao preço da energia elétrica.
Figura 17 – Aquecedor elétrico de acumulação. Fonte: Cumulus (2019).
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2.4.5 Aquecimento solar
O aproveitamento da energia solar no aquecimento de água exige um investimento inicial 
elevado que normalmente é compensado pela gratuidade da energia solar.
Figura 18 – Aquecimento Solar. Fonte: Joule (2019).
O sistema de aquecimento solar possui inúmeras vantagens, pois não é poluidor, além de 
ser autossuficiente, é completamente silencioso. É uma fonte alternativa de energia, geralmente 
disponível no próprio local do consumo. Um bom aquecedor consegue elevar a temperatura da 
água acima de 80°C.
Porém, como desvantagens, podemos citar que possui algumas limitações do ponto de 
vista arquitetônico e também de espaço nas coberturas das edificações. Ainda, ele se apresenta 
na forma disseminada, não concentrada, portanto, de difícil captação, e tem a disponibilidade 
descontínua, já que a posição do sol muda de acordo com as estações do ano e horas do dia, além 
das variações climáticas.
Com a utilização do sistema de aquecimento solar, pode haver necessidade de um 
aquecedor auxiliar combinado que utilize energia convencional para suprir os períodos ou 
momentos de carência.
O sistema de geração de água quente à base de energia solar se compõe de:
a) coletores de energia (placas coletoras), que absorvem energia dos raios solares aquecendo-
se e transferindo o calor para a água contida em um conjunto de tubos que constituem 
uma espécie de serpentina;
b) acumulador de energia (reservatório de água quente com revestimento térmico, boiler, 
storage);
c) rede de distribuição (tubulações e acessórios);
d) bomba de circulação, quando a circulação por convecção for suficiente para alcançar a 
temperatura desejada.
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2.5 Dimensionamento do Sistema
No Brasil, o consumo de água quente é orientado conforme a NBR-7198/93 de Instalações 
prediais de água quente.
Podemos utilizar os valores do quadro a seguir para fazer uma estimativa de consumo de 
água quente e, a partir desses valores, dimensionar o aquecedor e o reservatório de acumulação 
de água quente.
Quadro 5 – Consumo de água quente. Fonte: Adaptado de Borges (1992).
O sistema de aquecimento solar é muito comum atualmente. 
Existem vários modelos de diferentes complexidades. O estudo de 
sua aplicação é essencial para definir o projeto que será utilizado na 
edificação. No vídeo a seguir, é possível observar o quanto pode ser 
fácil projetar e executar um aquecedor solar para sua residência, 
por exemplo. 
Profissional da Casa. Aquecedor solar caseiro barato! 2020.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=nUbetJoqoiU.
https://www.youtube.com/watch?v=nUbetJoqoiU
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A norma propõe vazões de consumo de água quente indicadas no quadro a seguir, e vem 
como a porcentagem de consumo máximo provável e da capacidade do reservatório.
Quadro 6 – Consumo de água quente nas edificações. Fonte: Adaptado de Borges (1992).
2.5.1 Vazão das peças de utilização
Para que se faça o dimensionamento da água fria para a água quente é necessário o 
conhecimento da vazão das peças de utilização para dimensionar os encanamentos. Pode-se utilizar 
o quadro a seguir como base, pois ele fornece a descarga de cada peça e o peso correspondente.
Quadro 7 – Vazão das peças de utilização. Fonte: Adaptado de Borges (1992).
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2.5.2 Funcionamento das peças de utilização
O dimensionamento do sistema pode ser feito analogamente ao sistema de distribuição 
de água fria, ou seja, considerando o critério de consumo do máximo provável.
2.5.3 Pressões e velocidades
As pressões mínimas de serviço nas torneiras e nos chuveiros devem ser de 1,0 mca, ou 
seja, 10 kPa. Conforme visto anteriormente, a pressão estática máxima nas peças de utilização,

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