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Noções de Contabilidade de Custos

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www.ResumosConcursos.hpg.com.br 
Apostila: Noções de Contabilidade de Custos – por Dr. Antonio Gustavo da Mota 
 
 
1 
Apostila de Contabilidade de Custos 
 
Assunto: 
 
 
 
CONTABILIDADE 
DE 
CUSTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: 
 
Prof. Dr. António Gustavo da Mota 
 
UNESC – UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE CACOAL 
 
 
MBA EM FINANÇAS, CONTABILIDADE, 
AUDITORIA E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE 
CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.ResumosConcursos.hpg.com.br 
Apostila: Noções de Contabilidade de Custos – por Dr. Antonio Gustavo da Mota 
 
 
2 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. António Gustavo da Mota 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cacoal (RO) 2002. 
 
 
 
 
 
 
 
1. CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
 
 1.1. CONCEITO 
 
Contabilidade de Custos é a parte da ciência contábil que se dedica ao estudo racional dos gastos 
feitos para se obter um bem de venda ou de consumo, quer seja um produto, uma mercadoria ou um 
serviço. 
 
Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta 
os custos dos produtos, dos inventários, dos serviços, dos componentes da organização, dos planos 
operacionais e das atividades de distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para 
auxiliar o administrador no processo de tomada de decisão. 
 
 
 1.2. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A Contabilidade de Custos nasceu com a Revolução Industrial, e tinha como objetivos: 
a) Avaliação de inventários de matérias-primas, de produtos fabricados e de produtos vendidos, 
tudo ao final de um determinado período. 
 Estoques iniciais 
(+) Compras 
(-) Estoques finais 
(=) Custo das Mercadorias Vendidas 
 
b) Verificar os resultados obtidos pelas empresas como consequência da fabricação e venda de 
seus produtos. 
 
 Nessa época, as empresas possuíam processos produtivos basicamente artesanais, e 
conseqüentemente os únicos custos produtivos considerados eram o valor das matérias-primas 
consumidas e da mão-de-obra utilizada. 
 Como consequência do crescimento das organizações, da intensificação da concorrência e da 
crescente escassez de recursos, surgiu a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos de planejamento e 
controle das atividades empresariais. Além disso, as inúmeras possibilidades de utilização dos fatores de 
produção determinam uma variedade quase infinita no comportamento dos custos resultantes. É, então, 
imprescindível, para qualquer empresa ter um sistema de custos, ainda mais numa economia capitalista 
e concorrencial como a nossa. É difícil tomar decisões confiáveis e ter uma margem de segurança 
satisfatória, sem o conhecimento dos custos do modo mais real possível. 
Nesse sentido, as informações relativas aos custos de produção e/ou comercialização, desde que 
apropriadamente organizadas, resumidas e relatadas, constituem uma ferramenta administrativa da mais 
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Apostila: Noções de Contabilidade de Custos – por Dr. Antonio Gustavo da Mota 
 
 
3 
alta relevância. Assim, as informações de custos transformam-se, gradativamente, num verdadeiro 
sistema de informações gerenciais, de vital importância para a administração das organizações 
empresariais. Essas informações constituem um subsídio básico para o processo de tomada de decisões, 
bem como para o planejamento e controle das atividades empresariais. 
 
 
1.3. FINALIDADE DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
 A Contabilidade de Custos ocupa-se da classificação, agrupamento, controle e atribuição dos 
custos, sendo que os custos coletados servem a três finalidades principais: 
 
 a) Fornecer dados de custos para a medição dos lucros e avaliação dos estoques. 
 b) Fornecer informações aos dirigentes para o controle das operações e atividades da empresa. 
 c) Fornecer informações para o planejamento da direção e a tomada de decisões. 
 
 Em resumo, a Contabilidade de custos, fornece informações para: 
1 - A determinação dos custos dos fatores de produção; 
2 - A determinação dos custos de qualquer natureza; 
3 - A determinação dos custos dos setores de uma organização 
4 - A redução dos custos dos fatores de produção, de qualquer atividade da empresa; 
5 - À Administração, quando esta deseja tomar uma decisão, estabelecer planos ou solucionar 
problemas especiais; 
6 - O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo ocioso dos operários, da capacidade 
ociosa do equipamento, dos produtos danificados, do trabalho necessário para conserto, dos 
serviços de garantia dos produtos; 
7 - A determinação da época em que se deve desfazer de um equipamento, isto é, quando as 
despesas de manutenção e reparos ultrapassarem os benefícios advindos da utilização do 
equipamento; 
8 - A determinação dos custos dos inventários com a finalidade de ajustar o cálculo dos estoques 
mínimos, do lote econômico de compra e da época de compra; 
9 - O estabelecimento dos orçamentos; 
10 - A determinação do preço de venda dos produtos ou serviços. 
 
 
1.4. TERMINOLOGIA UTILIZADA 
 
a) Gasto - Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço 
qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos 
(normalmente dinheiro). 
 
b) Investimento - Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a 
futuro(s) período(s). 
 
c) Custo - Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. É 
reconhecido no momento da utilização dos fatores de produção, para a fabricação de um 
produto ou execução de um serviço. Ex.: Matéria prima, energia elétrica. 
 
d) Despesa - Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Ex.: 
Comissão de vendedor. 
 
e) Desembolso - Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. 
 
f) Perda - Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. 
Ex.: Gasto com mão-de-obra durante período de greve. 
 Material deteriorado por um defeito anormal no equipamento. 
 
2. ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
 1º Passo - A separação entre custos e despesas 
 
 2º Passo - A apropriação dos custos diretos 
 
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Apostila: Noções de Contabilidade de Custos – por Dr. Antonio Gustavo da Mota 
 
 
4 
 3º Passo - A apropriação (rateio) dos custos indiretos 
 
 
 
 
 
 
FLUXO DOS CUSTOS E DESPESAS 
 
 
 
CUSTOS DEPESAS
INDIRETOS DIRETOS
RATEIO
PRODUTO A
PRODUTO B
PRODUTO C
ESTOQUES
CUSTO PRODUTOS VENDIDOS
RESULTADO
VENDAS
DESPESAS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Custos e Despesas incorridos num mesmo período só irão para Resultado desse período caso toda 
produção elaborada seja vendida e não haja estoques iniciais e finais. 
 
EXERCÍCIO FIXAÇÃO 01A 
 
A Industrial Canarinho, industrializa os produtos ALFA e BETA, apresentando em Março/200X, os 
seguintes gastos: 
 
Depreciação fábrica .............................. $ 65.000,00 
Salário operários fábrica........................ $ 110.000,00 
Matéria prima consumida....................... $ 530.000,00 
Seguro da fábrica................................. $ 25.000,00 
Seguro prédio administrativo.................. $ 15.000,00 
Honorários da diretoria.......................... $ 50.000,00 
Manutenção fábrica .............................. $ 35.000,00 
Correios e telégrafos.............................$ 5.000,00 
Comissão s/vendas............................... $ 10.000,00 
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Apostila: Noções de Contabilidade de Custos – por Dr. Antonio Gustavo da Mota 
 
 
5 
Juros s/ financiamento .......................... $ 15.000,00 
Despesas c/ veículos vendedores............ $ 12.000,00 
Energia elétrica fábrica.......................... $ 40.000,00 
Material de consumo escritório ............... $ 25.000,00 
Frete venda ........................................ $ 15.000,00 
 ---------- 
 952.000,00 
 
O consumo de matéria prima é controlado através de requisição, estando assim distribuída. 
 
- Produto ALFA - $ 300.000,00 
- Produto BETA - $ 230.000,00 
 
A mão de obra utilizada na fábrica, cujo controle se realiza através de cartões de apontamento, 
determina os seguintes valores neste mês: 
 
- Mão de Obra Indireta - $ 30.000,00 
- Mão de Obra Direta (MOD) - $ 80.000,00, sendo alocado a cada produto os valores: 
ALFA $ 45.000,00 e produto BETA $ 35.000,00. 
 
PEDE-SE: 
 
1) Efetuar a separação entre custos de produção e despesas; 
2) Efetuar a apropriação dos custos Diretos; 
3) Efetuar a apropriação dos custos Indiretos, pelo critério da proporcionalidade do custo direto, aos 
produtos ALFA E BETA. 
4) Efetuar a contabilização dos custos. 
 
EXERCÍCIO FIXAÇÃO 01B 
 
A empresa INDUSTRIAL, apresentou em determinado período os seguintes gastos, para a produção 
dos seus três produtos A, B e C. 
 
Comissão de vendedores ...................... $ 100.000,00 
Salário fábrica .................................... $ 140.000,00 
Matéria prima consumida...................... $ 400.000,00 
Salário da administração ...................... $ 120.000,00 
Depreciação fábrica ............................. $ 85.000,00 
Honorários da diretoria......................... $ 50.000,00 
Manutenção escritório .......................... $ 35.000,00 
Material de expediente .........................$ 5.000,00 
Manutenção fábrica ............................. $ 30.000,00 
Juros s/ financiamento ......................... $ 30.000,00 
Embalagem diversas produção .............. $ 15.000,00 
Energia elétrica fábrica......................... $ 55.000,00 
Uniformes e equipamentos fábrica.......... $ 40.000,00 
Frete de venda ................................... $ 12.000,00 
 -------------- 
 1.117.000,00 
 
O consumo de matéria prima é controlado através de requisição, estando assim distribuída. 
 
- Produto A - $ 180.000,00 
- Produto B - $ 95.000,00 
- Produto C - $ 125.000,00 
 
Quanto a mão de obra, pelos apontamentos da empresa, constatou-se os seguintes valores: 
 
- Mão de Obra Indireta - $ 20.000,00 
- Mão de Obra Direta (MOD) - $ 120.000,00, assim distribuídos: 
produto A $ 48.000,00, produto B $ 27.000,00, e produto C $ 45.000,00. 
 
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6 
Venda de sua produção por $ 1.378.000,00 
 
PEDE-SE: 
 
1) Efetuar a separação entre custos de produção e despesas; 
2) Efetuar a apropriação dos custos Diretos; 
3) Efetuar a apropriação dos custos Indiretos, aos produtos observado os seguintes critérios: 
 a) Proporcional ao custo direto dos produtos; 
 b) Proporcional a mão de obra direta alocada aos produtos. 
4) Efetuar a contabilização dos custos, nos dois critérios de rateio. 
5) Fazer a demonstração de resultado 
 
 
3. DEPARTAMENTALIZAÇÃO E CENTROS DE CUSTOS 
 
Departamento: É a unidade administrativa para a Contabilidade de Custos, representada por 
homens e máquinas desenvolvendo atividades homogêneas. 
 
Centros de Custos: Na maioria das vezes um departamento é um Centro de Custos, ou seja, nele 
são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos produtos ou a outros departamentos. 
Podem receber a classificação de Produtivos, não produtivos/serviços/auxiliares, etc. 
 
Esta técnica de departamentalizar a entidade em centros acumuladores de custos é o que 
denominamos de custeamento ou custos por responsabilidade, que serve para melhor identificar, as 
responsabilidades, autoridade, custos, objetivos e metas dos centros específicos, possibilitando o controle 
dos gastos e realizações pelos próprios responsáveis. 
 
Porque Departamentalizar ? 
 
Para uma racional distribuição dos custos indiretos, pois a simples alocação aos produtos, em 
determinadas empresas, não espelha a correta apropriação dos custos aos produtos. 
 
 
Síntese do Esquema Básico Completo 
 
1º Passo - Separação entre custos e Despesas. 
2º Passo - Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos. 
3º Passo - Apropriação dos Custos Indiretos que pertencem, visivelmente, aos Departamentos, 
agrupando, à parte, os comuns. 
4º Passo - Rateio dos Custos Indiretos comuns e dos da Administração Geral da produção aos 
diversos Departamentos, quer de produção quer de serviços. 
5º Passo - Escolha da seqüência de rateio dos Custos acumulados nos Departamentos de Serviços 
e sua distribuição aos demais Departamentos. 
6º Passo - Atribuição dos Custos Indiretos que agora só estão nos Departamentos de Produção 
aos produtos segundo critérios fixados. 
 
 
FLUXO DOS CUSTOS E DESPESAS EM EMPRESAS POR DEPARTAMENTO 
 
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7 
Depart. 
Serviço D
Custos dos Produtos Vendidos
RESULTADO
R = Rateio
R Produto 
Y
Estoques
Depart. 
Serviço B
Depart. 
Serviço C
R
R Produto 
X
Custos de Produção Despesas de Adm. de 
Vendas e Financeira
Indiretos Diretos
Comuns
Alocáveis 
Diretamente 
aos Depart.
Depart. 
Serviço A
R
R
Vendas
 
 
 
 
 
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8 
EXERCÍCIO 02A 
 
A indústria FLOR Ltda., produz dois produtos: XA, e YB, apresentando como custos diretos, no 
mês 03/0X, os seguintes valores: 
 
Produto XA - $ 400.000,00 
Produto YB - $ 700.000,00 
 ------------- 
 $ 1.100.000,00 
 
Deverão ser alocados, nos produtos, os seguintes custos indiretos: 
Aluguel da Fábrica $ 70.000,00 
Depreciação da Fábrica $ 120.000,00 
Energia Elétrica $ 50.000,00 
Materiais Indiretos $ 40.000,00 
Administração da Fábrica $ 90.000,00 
Seguros $ 60.000,00 
 ------------- 
 $ 430.000,00 
 
A Indústria, adota como critério de rateio dos custos indiretos, o tempo de hora/máquina, que cada 
produto dispende para ser produzido, cujos valores para o mês 03/0X, são 
Produto XA - 300 hm 
Produto YB - 500 hm 
 -------- 
 800 hm 
 
Ao fazer-se uma análise do processo de fabricação, constatou-se que alguns produtos não 
percorriam todos os departamentos de produção, e portanto não deveriam receber a carga de custo 
destes departamentos. Após levantamento efetuado, a distribuição de horas/máquinas, assim se 
apresentou: 
 
PRODUTO BORDAGEM 
H/M 
ALVEJAMENTO 
H/M 
ACABAMENTO 
H/M 
TOTAL 
H/M 
XA 
YB 
180 
120 
- 
240 
120 
140 
300 
500 
TOTAL 300 240 260 800 
 
Após a analise das horas/máquinas, procedeu-se a analise dos custos indiretos, cuja distribuição 
por departamento assim apresenta: 
 
 
CUSTOS 
INDIRETOS 
 
 
BORDAGEM 
 
ALVEJAMENTO 
 
ACABAMENTO 
 
TOTAL 
Aluguel 35.000 20.000 15.000 70.000 
Depreciação 30.000 60.000 30.000 120.000 
Energia elétrica 20.000 15.000 15.000 50.000 
Mat. Indiretos 10.000 20.000 10.000 40.000 
Adm. Fábrica 15.000 25.000 50.000 90.000 
Seguro 20.200 19.840 19.960 60.000 
 
TOTAL 
 
 
130.200 
 
159.840 
 
139.960 
 
430.000 
Custo Médio p/ 
Hora/Máquina 
130.200: 
300 
$ 434,00 
159.840 
: 
240 
$ 666,00 
139.960 
: 
260 
$ 538,308 
430.000 
: 
800 
$ 537,50 
 
PEDE-SE: 
 
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Apostila: Noções de Contabilidade de Custos – por Dr. Antonio Gustavo da Mota 
 
 
9 
1) A distribuição dos custos indiretos, com base nas hora/máquinas, por produto, e o custo total. 
2) Apropriação dos custos indiretos aos produtos, segundo o custo médio por hora/máquina. 
3) Comparação dos custos indiretos, no sistema departamentalizado, e por produto. 
 
 DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS SEM DEPARTAMENTALIZAR 
 
 
CUSTOS INDIRETOS 
 
CUSTOS 
 
CUSTO 
PRODUTOS $ DIRETOS TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
 
 DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS POR DEPARTAMENTO 
 
 
PRODUTOS 
 
CUSTO TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
 
 DIFERENÇA NA DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS 
 
 
CUSTOS INDIRETOS 
 
DIFERENÇA 
PRODUTOS NÃO DEPART DEPARTAMEN $ % 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
EXERCÍCIO 02B 
 
 
Suponhamos que determinada empresa produza os seguintes produtos A, B, e C, e que tenha 
alocado aos mesmos, os seguintes custos diretos: 
 
Produto A - $ 1.500.000,00 
Produto B - $ 1.100.000,00 
Produto C - $ 1.300.000,00 
 --------------- 
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10 
 $ 3.900.000,00 
 
Estão para ser alocados, os seguintes custos indiretos: 
Depreciação da fábrica $ 350.000,00 
Manutenção da fábrica $ 450.000,00 
Energia Elétrica $ 950.000,00 
Supervisão da fábrica $ 150.000,00 
Outros custos indiretos $ 850.000,00 
 ---------------- 
 $ 2.750.000,00 
 
A base de rateio para estes custos indiretos, é com base no tempo hora/máquina, que cada 
produto leva para ser produzido: 
Produto A - 400 hm 
Produto B - 200 hm 
Produto C - 400 hm 
 -------- 
 1.000 hm 
 
Ao fazer-se uma análise no processo de produção, o Contador de Custos, verificou, que, apesar das 
horas/máquinas apontadas serem corretas, verificou-se algumas disparidades visto que alguns produtos 
para a sua produção não necessitavam passar em determinados departamentos. A distribuição, após a 
analise, assim ficou: 
 
 
PRODUTO 
 
CORTE 
 
MONTAGEM 
 
ACABAMENTO 
 
TOTAL 
 
A 100 hm 50 hm 250 hm 400 hm 
B 200 hm - - 200 hm 
C - 250 hm 150 hm 400 hm 
 
TOTAL 
 
 
300 hm 
 
300 hm 
 
400 hm 
 
1.000 hm 
 
 
Após a analise do processo produtivo, a distribuição dos custos indiretos, assim se encontrava: 
 
 
CUSTOS 
INDIRETOS 
 
 
CORTE 
 
MONTAGEM 
 
ACABAMENTO 
 
TOTAL 
Depreciação 150.000 100.000 100.000 350.000 
Manutenção 200.000 60.000 190.000 450.000 
Energia elétrica 300.000 280.000 370.000 950.000 
Supervisão Fábrica 70.000 20.000 60.000 150.000 
Outros CIF 380.100 269.900 200.000 850.000 
 
TOTAL 
 
 
1.100.100 
 
729.900 
 
920.000 
 
2.750.000 
Custo Médio 
p/ Hora máquina 
1.100.100 
: 
300 hm 
$ 3.667 
729.900 
: 
300 hm 
$ 2.433 
920.000 
: 
400 hm 
$ 2.300 
2.750.000 
: 
1000 
$ 2.750,00 
 
 
 
PEDE-SE: 
 
1) Efetuar a distribuição dos custos indiretos, com base nas horas/ máquinas por produto, e o custo total. 
2) Apropriar os custos indiretos aos produtos, segundo o custo médio por hora/máquina, e o custo total. 
3) Comparar os custos indiretos sem a departamentalização com o critério da departamentalização. 
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11 
 
 
 DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS SEM DEPARTAMENTALIZAR 
 
 
CUSTOS INDIRETOS 
 
CUSTOS 
 
CUSTO 
PRODUTOS $ DIRETOS TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
 
 DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS POR DEPARTAMENTO 
 
 
PRODUTOS 
 
CUSTO TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
 
 DIFERENÇA NA DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS 
 
 
CUSTOS INDIRETOS 
 
DIFERENÇA 
PRODUTOS NÃO DEPART. DEPARTAMEN. $ % 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
EXERCÍCIO FIXAÇÃO 03B 
 
A empresa INDUSTRIAL, apresentou em determinado período os seguintes gastos, para a produção 
dos seus três produtos A, B e C. 
 
Comissão de vendedores ...................... $ 100.000,00 
Salário fábrica .................................... $ 140.000,00 
Matéria prima consumida...................... $ 400.000,00 
Salário da administração ...................... $ 120.000,00 
Depreciação fábrica ............................. $ 85.000,00 
Honorários da diretoria......................... $ 50.000,00 
Manutenção escritório .......................... $ 35.000,00 
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Apostila: Noções de Contabilidade de Custos – por Dr. Antonio Gustavo da Mota 
 
 
12 
Material de expediente .........................$ 5.000,00 
Manutenção fábrica ............................. $ 30.000,00 
Juros s/ financiamento ......................... $ 30.000,00 
Embalagem diversas fábrica.................. $ 15.000,00 
Energia elétrica fábrica......................... $ 55.000,00 
Uniformes e equipamentos fábrica.......... $ 40.000,00 
Despesas de entrega ........................... $ 12.000,00 
 --------- --- 
 1.117.000,00 
 
O consumo de matéria prima é controlado através de requisição, estando assim distribuída. 
- Produto A - $ 180.000,00 
- Produto B - $ 95.000,00 
- Produto C - $ 125.000,00 
 
Quanto a mão de obra, pelos apontamentos da empresa, constatou-se os seguintes valores: 
- Mão de Obra Indireta - $ 20.000,00 
- Mão de Obra Direta (MOD) - $ 120.000,00, assim distribuídos: 
produto A $ 48.000,00, produto B $ 27.000,00, e produto C $ 45.000,00. 
 
A base de rateio para estes custos indiretos, é com base no tempo hora/máquina, que cada 
produto leva para ser produzido: 
Produto A - 400 hm 
Produto B - 200 hm 
Produto C - 400 hm 
 ----------- 
 1.000 hm 
 
Ao fazer-se uma análise no processo de produção, o Contador de Custos, verificou, que, apesar das 
horas/máquinas apontadas serem corretas, verificou-se algumas disparidades visto que alguns produtos 
para a sua produção não necessitavam passar em determinados departamentos. A distribuição, após a 
analise, assim ficou: 
 
PRODUTO 
 
 
CORTE 
 
MONTAGEM 
 
ACABAMENTO 
 
TOTAL 
A 100 hm 50 hm 250 hm 400 hm 
B 200 hm - - 200 hm 
C - 250 hm 150 hm 400 hm 
TOTAL 300 hm 300 hm 400 hm 1.000 hm 
Os custos indiretos após esta análise foram distribuídos entre os departamentos na seguinte 
proporção: 
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13 
 
Corte - 23% 
Montagem - 43% 
Acabamento - 34% 
 
PEDE-SE: 
 
1) Efetuar a separação entre custo e despesas. 
2) Efetuar a distribuição dos custos indiretos, com base nas horas/ máquinas por produto, e o custo total. 
3) Calcular o custo médio da hora/máquina dos departamentos. 
4) Apropriar os custos indiretos aos produtos, segundo o custo médio por hora/máquina, e o custo total. 
3) Comparar os custos indiretos sem a departamentalização com o critério da departamentalização. 
 
 
 DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS SEM DEPARTAMENTALIZARCUSTOS INDIRETOS 
 
CUSTOS 
 
CUSTO 
PRODUTOS $ DIRETOS TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
 
 DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS POR DEPARTAMENTO 
 
 
PRODUTOS 
 
CUSTO TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
 
 DIFERENÇA NA DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS 
 
 
CUSTOS INDIRETOS 
 
DIFERENÇA 
PRODUTOS NÃO DEPART. DEPARTAMEN. $ % 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
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14 
 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES 
 
 
4. MATERIAIS DIRETOS 
 
4.1. O QUE INTEGRA O VALOR DOS MATERIAIS 
 
Uma regra fundamental da Contabilidade Financeira é a que estipula a forma de avaliação dos 
ativos. A regra geral do Custo Histórico diz respeito ao critério de avaliação mais específicos que relatam 
quais ítens compõem o ativo em questão; por exemplo, após a aquisição de determinada matéria-prima, 
a empresa incorre em gastos com transportes, segurança, armazenagem, impostos de importação, 
gastos com liberação alfandegária etc. Como tratar contabilmente esses encargos adicionais ao valor 
pago ao fornecedor. 
A regra é teoricamente simples: Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em 
condições de uso (equipamentos, matérias-primas, ferramentas etc.) ou em condições de venda 
(mercadorias etc.) incorporam o valor desse mesmo ativo. 
Se um material foi adquirido para revenda, integram seu valor no ativo todos os gastos suportados 
pela empresa para colocá-lo em condições de venda; se o adquiriu para consumo ou uso, fazem parte do 
montante capitalizado os gastos incorridos até seu consumo ou utilização. 
Cabe aqui um comentário com relação a uma aparente diferença de tratamento entre os critérios 
da empresa comercial e os da industrial. Aquela, ao incorrer em gastos com armazenagem de 
mercadorias destinadas à venda, não os trata como ativos, e sim como despesas. E a indústria, ao 
estocar matéria-prima, não considera os gastos com armazenagem como despesas, e sim como 
acréscimo ao valor dos itens estocados. A diferença reside no fato de a empresa comercial precisar 
realmente estocar sua mercadoria durante um certo tempo para depois vendê-la, mas, ao colocá-la em 
seus mostruários, instalações ou depósitos, já as tem em condições de negociação. Só não a vende 
imediatamente em virtude de sua rotação de estoques, nascida principalmente em função da demanda 
dos seus clientes, enquanto na indústria a armazenagem é uma fase do próprio processo completo da 
produção. E tudo o que diz respeito à fabricação é Custo. 
Um fato precisa ser relembrado: Despesas Financeiras não integram o custo dos materiais; são 
debitados diretamente ao Resultado. 
 
 
4.2. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS MATERIAIS 
 
 
4.2.1. Preço Médio 
 
O critério mais utilizado no Brasil é o do Preço Médio para avaliação dos estoques. Podemos, no 
entanto, fixar pelo menos dois tipos diferentes de Preço Médio: Móvel e Fixo. 
 
Preço Médio Ponderado Móvel: É assim chamado aquele mantido pela empresa com controle 
constante dos seus estoques e que por isso atualiza seu preço médio após cada aquisição. 
Preço Médio Ponderado Fixo: Utilizado quando a empresa calcula o preço médio apenas após o 
encerramento do período ou quando decide apropriar a todos os produtos elaborados no período um 
único preço por unidade. 
A legislação fiscal brasileira não está mais aceitando o preço médio ponderado fixo se for calculado 
com base nas compras de um período maior que o prazo de rotação do estoque. Realmente não faz 
sentido avaliar pelo preço médio das compras do ano os estoques adquiridos nos últimos três meses, por 
exemplo. 
 
4.2.2. Critérios de Avaliação dos Materiais: PEPS (FIFO) 
 
Neste critério é custeado pelos preços mais antigos, permanecendo os mais recentes em estoques. 
O primeiro a entrar é o primeiro a sair (first-in, first-out). 
Com o uso desse método, há uma tendência de o produto ficar avaliado por custo menor do que 
quando do custo médio, tendo-se em vista a situação normal de preços crescentes. Ao se utilizar o PEPS, 
acaba-se por apropriar ao produto, via de regra, o menor valor existente do material nos estoques. Essa 
sub avaliação do custo do produto elaborado acaba por apropriar um resultado contábil maior para o 
exercício em que for vendido. É lógico que o material estocado, avaliado por preços maiores, será 
apropriado no futuro à produção, mas é provável que então o preço de venda também seja maior. 
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15 
 
 4.2.3. Critérios de Avaliação dos Materiais: UEPS (LIFO) 
 
O método de último a entrar primeiro a sair (last-in, first-out) provoca efeitos contrários ao PEPS. 
Com a adoção do UEPS, há tendência de se apropriar custos mais recentes aos produtos feitos, o 
que provoca normalmente redução do lucro contábil. Provavelmente por essa razão, essa forma de 
apropriação, apesar de aceita pelos princípios contábeis, não é admitida pelo Imposto de Renda 
brasileiro. 
 
 
4.3. OS IMPOSTOS NA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS 
 
4.3.1. O IPI 
 
Diversas hipóteses existem quanto da aquisição de materiais para a produção. Primeiramente, se a 
indústria não tem nenhum tipo de isenção ou suspensão do IPI nas matérias-primas mas os tem nos 
produtos acabados, acaba por ter nesses imposto um acréscimo do próprio material adquirido. 
Esse caso é comum em algumas indústrias alimentícias, onde se paga IPI na aquisição das 
embalagens, por exemplo, mas todos os seus produtos estão isentos dele. Não podendo efetuar nenhum 
tipo de recuperação do imposto pago nas embalagens, acaba arcando com eles como sacrifício seu. Por 
isso, esse IPI deve ser simplesmente agregado ao custo das embalagens, como se fizesse parte 
integrante do seu valor, sem necessidade inclusive de sua identificação. 
Em segundo lugar, na situação normal, a empresa paga IPI na compra de seus materiais e também 
tem seus produtos tributados. Nesse caso, funciona ela como simples intermediária entre o pagador final 
do imposto e o Governo Federal. Neste caso a empresa tem o direito a se creditar desse IPI, descontando 
na hora de pagar para o Governo Federal. 
 
4.3.1. O ICMS 
 
O ICMS tem, de fato, as mesmas características que o IPI. Cada valor pago na compra de materiais 
representa um adiantamento feito pela empresa; ao efetuar suas vendas, recebe dos clientes uma 
parcela a título desse imposto, e, após se ressarcir do que havia adiantado, recolhe o excedente ao 
governo estadual. Não é, portanto, nem receita o que recebe nem despesas ou custo o que paga. Deve 
ser contabilizado igualmente ao IPI. 
 
 
EXERCÍCIO 01 
 
 
A Cia. GERAL, apresentava os seguintes dados em agosto/9X, com relação a seus estoques de 
Materiais Diretos: 
 
- Estoque inicial de 20 unidades a $ 30,00 p/unidade, a um custo total de $ 600,00. 
- Ocorreu a seguinte movimentação de materiais, durante o mês 08/9X: 
- 01/08/9X compra de Material Direto - 20 und. a $ 40,00 p/und. 
- 05/08/9X requisição material - 10 und. 
- 10/08/9X requisição material - 20 und. 
- 15/08/9X compra de material - 30 und. a $ 45,00 p/und. 
- 20/08/9X requisição material - 10 und. 
 
 O valor das vendas em 08/9X, foi de $ 2.500,00 
 
 Tanto na compra como na venda incide ICMS de 12%. 
 
PEDE-SE: 
 
a) Avalie os estoques através dos critérios PEPS, UEPS, e CUSTO MÉDIO PONDERADO MÓVEL, 
considerando os créditos de ICMS. 
 
b) Determine o Lucro Bruto através dos três critérios. 
 
 
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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO 
 
 CUSTO MÉDIO 
______________ 
P E P S 
_________ 
U E P S 
_________ 
Receita Bruta 2.500 2.500 2.500 
Impostos (ICMS) 300 300 300 
 ________ _________ _________ 
Receita Líquida 2.200 2.200 2.200 
Custo Prod. Vendidos 1.356 1.304 1.400 
 ________ _________ _________ 
Lucro Bruto 844 896 800 
 
 
 
 
CUSTO PONDERADO MÉDIO MÓVEL 
DATA ENTRADA SAÍDA SALDO 
 Quant. P.unit. Vlr. Total Quant. P. 
unit. 
Vlr. Total Quant. P. 
unit. 
Vlr. Total 
S. I. 20 30,00 600,00 
01/08 20 35,20 704 40 32,60 1.304,00 
05/08 10 32,60 326,00 30 32,60 978,00 
10/08 20 32,60 652,00 10 32,60 326,00 
15/08 30 39,60 1.188 40 37,85 1.514,00 
20/08 10 37,85 378,50 30 37,85 1.135,50 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 50 1.892 40 1.356,50 30 1.135,5 
 
PRIMEIRO A ENTRAR PRIMEIRO A SAIR (PEPS) 
DATA ENTRADA SAÍDA SALDO 
 Quant. P.unit. Vlr. Total Quant. P. 
unit. 
Vlr. Total Quant. P. 
unit. 
Vlr. Total 
S. I. 20 30,00 600,00 
01/08 20 35,20 704 20 
20 
30,00 
35,20 
600,00 
704,00 
05/08 10 30,00 300,00 10 
20 
30,00 
35,20 
300,00 
704,00 
10/08 10 
10 
30,00 
35,20 
300,00 
352,00 
 
10 
 
35,20 
 
352,00 
15/08 30 39,60 1.188 10 
30 
35,20 
39,60 
352,00 
1.188,00 
20/08 10 35,20 352,00 30 39,60 1.188,00 
 
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17 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 30 1.892 40 1.304,00 30 1.188,00 
 
 
 
ÚLTIMO A ENTRAR PRIMEIRO A SAIR (UEPS) 
DATA ENTRADA SAÍDA SALDO 
 Quant. P.unit. Vlr. Total Quant. P. 
unit. 
Vlr. Total Quant. P. 
unit. 
Vlr. Total 
S. I. 20 30,00 600,00 
01/08 20 35,20 704 20 
20 
30,00 
35,20 
600,00 
704,00 
05/08 10 35,20 352,00 20 
10 
30,00 
35,20 
600,00 
352,00 
10/08 10 
10 
35,20 
30,00 
352,00 
300,00 
 
10 
 
30,00 
 
30,00 
15/08 30 39,60 1.188,00 10 
30 
30,00 
39,60 
300,00 
1.188,00 
20/08 10 39,00 396,00 10 
20 
30,00 
39,60 
300,00 
792,00 
 
 
 
 
 
TOTAL 50 1.892 40 1.400 30 1.092 
 
 
EXERCÍCIO 02 
 
 
A Cia. Bandeirantes, apresentava os seguintes dados, referente ao mês de setembro/9X: 
 
1 - Estoque inicial, consistia de 5000 unidades a $ 32,00 p/unidade. 
 
2 - Incide sobre as compras e venda ICMS de 12%. 
 
3 - As compras e vendas durante o período foram as seguintes: 
 
 
 Data Compras Preço Unit. Vendas Preço Unit. 
--------- ------------- ---------------- ----------- ---------------- 
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18 
 Dia 01 20.000 45,00 - - 
 Dia 08 - - 22.000 55,00 
 Dia 09 30.000 65,00 - - 
 Dia 10 - - 25.000 89,00 
 Dia 15 40.000 78,00 - - 
 Dia 17 - - 45.000 112,00 
 Dia 24 60.000 89,00 - - 
 Dia 30 - - 58.000 120,00 
 
 
Determinar o lucro bruto, utilizando o método do CUSTO MÉDIO PONDERADO MÓVEL, PEPS, UEPS, 
levando em conta os créditos de ICMS, e indicar qual dos métodos oferece o maior valor para o lucro 
bruto. 
 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO 
 
 CUSTO MÉDIO 
______________ 
P E P S 
_________ 
U E P S 
_________ 
Receita Bruta 15.435.000 15.435.000 15.435.000 
Impostos (ICMS) 1.852.000 1.852.000 1.852.000 
 ________ _________ _________ 
Receita Líquida 13.582.800 13.582.800 13.582.800 
Custo Prod. Vendidos 9.724.028 9.721.200 9.860.160 
 ________ _________ _________ 
Lucro Bruto 3.858.772 3.861.600 3.722.640 
 
 
 
EXERCÍCIO 03 
 
A Cia. VARGAS, é uma empresa comercial, que compra e vende determinada mercadoria. Durante 
o mês de abril/9X, a movimentação do estoque deste produto, foi a seguinte: 
 
 Unidades Vlr. Unit. 
 -------------- ------------- 
Dia 01/04 Saldo inicial 800 10,00 
Dia 05/04 compras 400 12,00 
Dia 09/04 vendas 800 18,00 
Dia 13/04 compras 1.000 15,00 
Dia 16/04 compras 700 16,00 
Dia 20/04 vendas 900 19,00 
Dia 22/04 vendas 800 20,00 
Dia 23/04 compras 1.200 17,00 
Dia 26/04 compras 500 18,00 
Dia 27/04 vendas 1.000 22,00 
Dia 29/04 vendas 500 25,00 
 
 
- Sobre as compras e vendas incide ICMS de 12% 
 
- Determine o valor dos estoques e Lucro Bruto, utilizando-se dos critérios CUSTO MÉDIO PONDERADO 
MÓVEL, PEPS e UEPS. 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO 
 
 CUSTO MÉDIO 
______________ 
P E P S 
_________ 
U E P S 
_________ 
Receita Bruta 82.000 82.000 82.000 
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19 
Impostos (ICMS) 9.840 9.840 9.840 
 ________ _________ _________ 
Receita Líquida 72.160 72.160 72.160 
Custo Prod. Vendidos 52.283 51.736 54.160 
 ________ _________ _________ 
Lucro Bruto 19.877 20.424 18.000 
 
 
EXERCÍCIO 04 
 
A Comercial Eldorado, compra e vende aparelhos telefónicos. Durante o mês de maio/0X, a 
movimentação do estoque deste produto, foi a seguinte: 
 
 Unidades Vlr. Unit. 
 --------------- ------------- 
Dia 01/05 Saldo inicial 500 10,00 
Dia 05/05 compras 800 15,00 
Dia 09/05 vendas 250 22,00 
Dia 13/03 compras 600 18,00 
Dia 16/05 compras 450 22,00 
Dia 20/05 vendas 950 29,00 
Dia 22/05 vendas 400 32,00 
Dia 23/05 compras 750 25,00 
Dia 26/05 compras 900 28,00 
Dia 27/05 vendas 850 35,00 
Dia 29/05 vendas 750 37,00 
 
- Sobre as compras incide ICMS de 12% e sobre as vendas ICMS de 17%. 
 
Determine o valor dos estoques e Lucro Bruto, utilizando-se dos critérios CUSTO MÉDIO PONDERADO 
MÓVEL, PEPS e UEPS. 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO 
 
 CUSTO MÉDIO 
______________ 
P E P S 
_________ 
U E P S 
_________ 
Receita Bruta 103.350 103.350 103.350 
Impostos (ICMS) 17.569 17.569 17.569 
 ________ _________ _________ 
Receita Líquida 85.781 85.781 85.781 
Custo Prod. Vendidos 55.895 52.750 63.052 
 ________ _________ _________ 
Lucro Bruto 29.886 33.031 22.729 
 
 
 
 5. MÉTODOS DE CUSTEIO 
 
 
 Existem diversos conceitos de sistemas de custeio, cada um com uma metodologia própria, com 
suas vantagens e desvantagens de aplicação, nos vamos estudar basicamente os Sistemas de Custeio 
por Absorção (fiscal) e Sistema de Custeio Direto ou Variável (gerencial). 
 Por sistema de custeio, podemos entender como sendo as formas de apuração de custos de um 
determinado produto. Dependendo do sistema de custeio adotado, teremos diferentes custos para um 
mesmo produto. Para melhor trabalhar com os métodos de custeio, é necessário que os custos sejam 
classificados conforme a seguir. 
 
 
5.1. CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS 
 
 Quanto a alocação dos Custos aos Produtos 
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20 
 
a) Custos Diretos - São aqueles que são facilmente atribuíveis a um determinado bem ou serviço. 
Ex.: Matéria prima, mão de obra direta. 
 
b) Custos Indiretos - São aqueles custos que beneficiam toda a produção de um bem ou serviço. 
São todos os custos de produção, exceto os materiais diretos e mão-de-obra direta. 
Ex.: Aluguel, depreciação, salário da supervisão. 
 
 
 Quanto a sua dependência com o Volume de Produção ou de Venda 
 
a) Custos variáveis - São aqueles que estão diretamente relacionados com o volume de produção 
ou venda. ex.: Matéria prima, MOD. 
 Características: - Em termos de custos totais, quanto maior for o volume de produção, 
maiores serão os custos totais. 
 - Em termos unitários, oscustos permanecem constantes. 
 
b) Custos fixos - São aqueles que independem do volume de produção ou venda. Representam a 
capacidade instalada que a empresa possui para produzir e vender bens ou serviços. 
Ex.: depreciação, aluguel. 
 Características: - Em termos de custos unitários, quanto maior for o volume de produção ou 
venda, menores serão os custos por unidade. 
 - Em termos de custos totais, independem das quantidades produzidas ou vendidas. 
 
 
 
CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS (CDV) 
TOTAIS 
 
 
 
$ 200,00
$ 100,00
$ 300,00
1u 2u 3u
( y)
(x)
 
VOLUME 
 
 
 
 
 
CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS (CDV) 
POR UNIDADE 
 
 
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21 
1u 2u 3u
$ 100,00
( y)
(x)
 
VOLUME 
 
 
 
 
CUSTOS E DESPESAS FIXAS 
POR UNIDADE 
 
 
1u 2u 3u
( y)
$ 333,33
$ 500,00
$1.000,00
(x)
 
VOLUME 
 
 
 
CUSTOS E DESPESAS FIXAS 
TOTAIS 
 
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22 
$ 1.000,00
(x)1u 2u 3u
(y)
 
VOLUME 
 
 
 
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23 
DIFERENÇA BÁSICA ENTRE O SISTEMA DE CUSTOS DIRETO E POR ABSORÇÃO 
 
 
A diferença do sistema de custeio direto para o sistema de absorção, pode ser indicada em três 
aspectos: 
 
a) A classificação dos gastos gerais de fabricação entre fixos e variáveis; 
 
b) Uso de demonstrativos para refletir as relações de custo-volume-lucro; 
 
c) O reconhecimento dos custos fixos como custo do período. 
 
A diferença existe, basicamente, devido ao fato de que o sistema de absorção é primeiramente 
voltado para o aspecto contábil da medida dos custos, enquanto o custeio direto é mais utilizado para 
análise do comportamento dos custos. 
 
 
 
 5.2. SISTEMA DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
 
 
Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados de forma direta e 
indireta, obtidos através de rateios. 
O método combina custos fixos e variáveis em uma mesma taxa composta. Ao mesmo tempo se 
decide a respeito da capacidade, volume e ao nível de atividade afim de recuperar todos os custos e 
despesas de um certo período de tempo. 
O método é falho em muitas circunstâncias, como instrumento gerencial de tomada de decisão, 
porque tem como premissa básica os rateios dos chamados custos fixos, que, apesar de se apresentarem 
de forma lógica, poderão levar a alocações arbitrárias e até enganosas. 
 
 
Conceito Fiscal: - Dec. lei 1598/77 - art. 13, a,b,c,d,e. 
Define o custo de produção a ser considerado pelas empresas industriais. 
A legislação deixa clara a sua opção pelo sistema de custeio integral ou absorção, na 
medida em que, relaciona como integrantes dos produtos, além dos custos diretos 
também os indiretos. 
 
 
5.2.1. Vantagens custeio por absorção 
 
a) Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente aceitos, principalmente 
aos fundamentos do regime de competência. 
 
b) É aceito para fins de relatórios externos. 
 
c) Alocação de todos os custos pode melhorar a utilização dos recursos escassos de uma empresa 
reduzindo consumos excessivos. 
 
 5.2.2. Desvantagens custos por absorção 
 
a) Nos processos de rateios é possível perder de vista determinados custos controláveis do período e as 
áreas funcionais às quais eles se aplicam. 
 
b) Lucros dependem não somente do volume de vendas, variando de acordo com o volume de produção 
do período e com as quantidades de produtos elaborados no período anterior. 
 
c) Alocações dos custos fixos indiretos podem distorcer análises para fins gerenciais. 
 
 
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24 
CUSTOS DE 
PRODUÇÃO
DESPESAS 
ADMINISTRA-
TIVAS E DE 
VENDAS
Mão-de-obra Indireta 
Depreciação, Energia 
Elétrica (parcela fixa 
variável)
Custos Fixos
(=) Resultado 
Líquido
Despesas Administrativas
Despesas de Vendas
Despesas de Vendas
 Fixas e Variáveis
 Variáveis
 Fixas 
Despesas do Período
Matéria-Prima 
Mão-de-Obra Direta 
Energia Elétrica 
(parcela variável)
Custos Variáveis
Demonstração 
de Resultados
Vendas
(-) Custos dos 
Prod. Vendidos
(=) Resultado 
Bruto
(-) Despesas 
Administrativas
(-) Desp. Fixas 
de Vendas
Processo 
de 
Produção
Estoque de 
Produtos 
Acabados
Custo de
Produção
FLUXO DO MÉTODO DE CUSTEAMENTO POR ABSORÇÃO
 
 
 
 
 
 
 
 
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25 
 
5.3. SISTEMA DE CUSTEIO DIRETO, VARIÁVEL OU MARGINAL 
 
 
Sistema de custeio direto que é utilizado pelas empresas no auxílio a tomada de decisões, tem 
como premissa básica, conhecer qual é margem de contribuição que cada produto contribui para cobrir 
os gastos fixos da empresa e gerar lucro. 
 
 
5.3.1 Margem de Contribuição 
 
Margem de Contribuição pode ser definida como sendo a diferença entre a Receita e o Custo e 
despesa variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra 
entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro. 
Outras denominações: Contribuição para o lucro; Contribuição para o custos fixo; Saldo Marginal; 
Receita Marginal; Lucro Marginal, etc. 
 
MC = PREÇO DE VENDA - CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS 
 
Objetivos: 
 
- Ajuda a Administração na decisão que produtos merecem maior esforço de venda; 
 
- Auxilia os Administradores a decidir sobre linha de produção a ser abandonada, ou recuperação do 
produto; 
 
- Auxilia na avaliação de alternativas que se criam em relação à redução de preços, descontos, 
campanhas publicitárias, prêmios sobre vendas, etc. 
 
- Identifica o valor com o qual cada produto contribui na amortização dos gastos fixos e formação do 
lucro. 
 
Este método só admite na determinação do custo dos produtos a apropriação dos custos variáveis, 
isto é, inclui os custos primários e os custos indiretos variáveis, sendo os custos indiretos fixos são 
registrados como gastos do período em que o produto é fabricado. 
 
 
5.3.2. Vantagens do Sistema de Custeio Direto 
 
a) O impacto dos custos fixos nos resultados é salientado porque o total dos custos aparece no 
demonstrativo de resultados 
 
b) O sistema de custeio direto constitui o conceito dos gastos pelo regime de caixa, necessário para 
produzir os bens. Pelo regime de caixa, as despesas são reconhecidas como resultado quando 
ocorrem. 
 
c) Os custos de manufatura e os demonstrativos de resultados pelo sistema de custeio direto, refletem 
uma melhor apresentação do que pelo sistema de absorção. 
 
d) O sistema de custeio direto adapta-se melhor aos instrumentos de controle da organização, tais como, 
o custo-padrão e os orçamentos; 
 
e) As informações para análise das relações entre custo-volume-lucro são obtidas mais facilmente do que 
no sistema de custo por absorção. 
 
 
5.3.3. Desvantagens do Sistema de Custeio Direto 
 
a) Dificuldade serão encontradas na separação entre custos fixos e custos variáveis; 
 
b) Os custos de manufatura não são determinados no processo de custo de produção, requerendo 
alocações suplementares quando estudos de preço a longo prazo são realizados; 
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26 
 
c) A legislação brasileira do imposto de rendanão permite a sua utilização. 
 
Em resumo a principal vantagem do custeio direto é que ele é uma ferramenta importante para 
análise de custos apesar de ser algo desvantajoso para a elaboração de relatórios dirigidos a terceiros 
como, por exemplo, acionistas. 
 
 
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27 
(-) Custos Fixos 
de Produção
(-) Despesas 
Fixas de Vendas
Despesas Administrativas
DESPESAS 
ADMINISTRA-
TIVAS E DE 
VENDAS
Despesas de Vendas
Despesas de Vendas
 Fixas e Variáveis
 Variáveis
 Fixas 
Custos e Despesas do Período
(=) Resultado 
Líquido
(-) Despesas 
Administrativas
CUSTOS DE 
PRODUÇÃO
Matéria-Prima 
Mão-de-Obra Direta 
Energia Elétrica 
(parcela variável)
Mão-de-obra Indireta 
Depreciação, Energia 
Elétrica (parcela fixa 
variável)
Custos Variáveis
Custos Fixos
Vendas
(-) Desp. 
Variáveis de 
Vendas
(-) Custos dos 
Prod. Vendidos
(=) Margem de 
Contribuição
Processo 
de 
Produção
Estoque de 
Produtos 
Acabados
Custo de
Produção
Demonstração 
de Resultados
FLUXO DO MÉTODO DE CUSTEAMENTO DIRETO
 
 
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28 
Exemplo de utilização da Margem de Contribuição 
 
Analise das informações evidenciadas pelo cálculo da margem de contribuição numa empresa brasileira 
que passa a trabalhar com exportação de seu produto: 
- Capacidade total de produção ............................................. 1.000.000 ton/ano 
- Vendas no mercado interno ................................................ 600.000 ton/ano 
- Custos fixos de produção ................................................... $ 40.000.000 ano 
- Custos variáveis de produção unit. ...................................... $ 120 ton 
- Despesas fixas ............................................................... $ 25.000.000 ton/ano 
- Despesas Variáveis: 
 Comissões .................................................... $ 25 ton 
 Impostos...................................................... $ 15 ton 
- PREÇO DE VENDA ............................................................. $ 250 ton 
 
 
 
RESULTADO 
 
Vendas ( ) ............. $_______________ 
(-) C.P.V. 
Custos Fixos ............................ $ __________________ 
Custos variáveis ....................... $ __________________ $ __________________ 
( ) 
(=) LUCRO BRUTO .............................................................. $ __________________ 
 
(-) Despesas: 
Fixas ................................ $ __________________ 
Variáveis........................... $ __________________ $ __________________ 
 
(=) LUCRO/PREJUÍZO .......................................................... $ __________________ 
 
A empresa recebeu do exterior uma proposta de venda pelo preço de $ 200/ton, de 400.000 ton/ano, 
que a capacidade instalada permite produzir e vender sem prejuízo ao mercado interno. Considere que 
sobre os produtos exportados não incidirão impostos. 
 
Cálculo inicial realizado pela empresa: 
 
Custos total............................ $ _______________________ $ 
Despesas Totais ...................... $ _______________________ $ __________________ 
Custo total unitário.............................................................. $ __________________ 
(-) Despesas de impostos ..................................................... $ __________________ 
(=) Custo unitário exportação ............................................... $ _________________ 
 
Com o cálculo feito a empresa certamente não aceitaria a proposta, pois entenderia que o preço ofertado 
de $ 200/ton estaria abaixo do custo de produção. A empresa estaria ainda desconhecendo a redução do 
custo fixo por unidade com o aumento da produção de 600.000 ton. para 1.000.000 toneladas. 
 
Novo cálculo realizado pela empresa baseado na Margem de Contribuição 
 
Preço de venda (exportação)...................... $ _____________ 
(-) Custo variável ..................................... $ _____________ 
(-) Despesas variáveis .............................. $ _____________ 
(=) Margem de contribuição....................... $ _____________ 
A empresa receberá uma margem de contribuição adicional de $_________ /ton 
 
 
 
RESULTADO 
 
VENDAS 
600.000 ton ............................................ $ 
400.000 ton ............................................ $ _______________ $ ________________ 
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29 
(-) CUSTO PRODUTOS VENDIDOS: 
 Fixos ................................................ $ 
 Variáveis ( ) $ _______________ $ ________________ 
 
(=) LUCRO BRUTO ...................................................................$ ________________ 
 
(-) Despesas: 
Fixas ................................ $ _____________________ 
Variáveis........................... $ ____________________ $ ________________ 
 
(=) LUCRO LÍQUIDO.................................................................$ ________________ 
 
 
A empresa poderia aceitar a venda ao exterior da forma proposta. As vendas adicionais, mesmo a preço 
mais baixo, cobririam os custos fixos e a empresa passaria de um prejuízo de $ _______________, para 
um lucro de $_______________. Tal percepção foi possível através do cálculo da Margem de 
Contribuição. 
 
 
 
 
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30 
EXERCÍCIO 01 
 
 
A Autopeças Magnífica Ltda., fabrica 4 produtos: rodas, pára-lamas, pára-choques e grades. 
Seu Departamento de Niquelação não trabalha para rodas e pára-lamas e o Depto de Pintura não 
trabalha para a fabricação de pará-choques e de grades, sendo que os demais departamentos são 
necessários para a produção de todos os produtos. 
 
Os custos variáveis são os seguintes: 
RODA .................. $ 150,00 p/und. 
PARA-LAMA .......... $ 200,00 p/und. 
PARA-CHOQUE ...... $ 150,00 p/und. 
GRADES............... $ 300,00 p/und. 
 
Os custos fixos departamentais identificados são: 
Niquelação........$ 3.000.000,00/mês 
Estamparia .......$ 1.500.000,00/mês 
Tornos ............ $ 900.000,00/mês 
Furadeiras ....... $ 500.000,00/mês 
Esmeril ........... $ 300.000,00/mês 
Montagem ........$ 1.600.000,00/mês 
Pintura.............$ 2.200.000,00/mês 
 
Os preços de venda dos quatro produtos são: 
RODA .................. $ 280,00 p/und. 
PARA-LAMA .......... $ 480,00 p/und. 
PARA-CHOQUE ...... $ 400,00 p/und. 
GRADES............... $ 500,00 p/und. 
 
A capacidade de produção mensal da empresa é de 20.000 und. de Rodas, 20.000 und. de Pára-
lamas, 10.000 und. de Pará-choques e 10.000 und. de Grades, toda produção e vendida. 
 
 
 
PEDE-SE: 
 
1- É vantajoso à empresa fechar o Departamento de Pintura e a Niquelação e mandar fazer as operações 
desses departamentos fora, quando então teria um acréscimo nos custos variáveis de $ 100,00 p/und. 
nas grades e nos pará-choques, e de $ 70,00 p/und. nas rodas e pára-lamas? O que você faria? 
Justifique. 
 
 
6. ANÁLISE DE CUSTO - VOLUME LUCRO 
 
6.1. PONTO DE EQUILÍBRIO 
 
 
CONCEITO 
 
É o ponto onde ocorre a igualdade entre as receitas totais e o somatório das despesas e custos de 
natureza fixa e variável. 
Para obter o ponto de equilíbrio é indispensável que a margem de contribuição atinja um valor 
suficiente para dar cobertura aos custos e despesas fixas. 
 
MC mínima= Custos + Despesas Fixas 
 
 
OBJETIVOS 
 
O cálculo do ponto de equilíbrio (receita = despesas), tem, de certa forma, atendido 
satisfatoriamente às decisões empresariais relativas a: 
 
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31 
a) alteração do mix de vendas, tendo em vista o comportamento do mercado; 
b) alteração de políticas de vendas com relação ao lançamento de novos produtos; 
c) definição do mix de produtos, do nível de produção e preço de produto; 
d) dar solução a muitas perguntas que exigem respostas rápidas, tais como: 
- Quantas unidades de produto devem ser vendidas para obter determinado montante de lucro? 
- O que acontecerá com o lucro se o preço aumentar ou diminuir? 
- O que acontecerá com o ponto de equilíbrio se determinada matéria-prima aumentar 20% e 
não tiver condições de ser repassada aos preços dos produtos? 
e) avaliação de desempenho através da análise da margem de contribuição de cada produto; 
f) planejamento e controle de vendas e de resultados. 
 
 
FORMAS PARA A DETERMINAÇÃO DO PONTO DE EQUILÍBRIO 
 
O Ponto de equilíbrio pode ser apurado em unidades físicas, que representa a quantidade a ser 
produzida e vendida, bem como em termos monetários que representará quantos reais a empresa deverá 
vender para não ter prejuízo. 
Para facilitar a análise do resultado do ponto de equilíbrio, é muito importante que esse indicador 
seja determinado sob ponto de vista contábil, econômico e financeiro. 
 
a) Ponto de equilíbrio contábil: são levados em conta todos os custos e despesas fixas contábeis 
relacionadas com o funcionamento da empresa. 
 
b) Ponto de equilíbrio econômico: adiciona-se aos custos e despesas fixas anteriormente citados, 
todos os custos de oportunidade, como por exemplo aqueles referente ao uso do capital próprio, 
ao possível aluguel das edificações (caso a empresa seja proprietária). 
 
c) Ponto de equilíbrio financeiro: os únicos custos e despesas fixos a serem considerados são 
aqueles que serão efetivamente desembolsados no período de análise, isto é, aqueles que 
onerarão financeiramente a empresa. 
 
 
ANÁLISE DOS PONTOS DE EQUILÍBRIO E TOMADA DE DECISÃO 
 
Os três pontos de equilíbrio fornecem importantes subsídios para um bom gerenciamento da 
empresa. Assim, tem-se que: 
 
a) O ponto de equilíbrio financeiro: informa o quanto a empresa terá que vender para não ficar 
sem dinheiro e, conseqüentemente, ter que tomar empréstimos, prejudicando ainda mais sua 
lucratividade. Se a empresa estiver operando abaixo do ponto de equilíbrio financeiro, ela 
poderá até mesmo cogitar uma interrupção temporária de suas atividades. 
 
b) O ponto de equilíbrio econômico, por sua vez, mostra a quantidade mínima que a empresa terá 
que vender para assegurar a rentabilidade real dada pela taxa de mínima remuneração do 
capital investido. 
A empresa que os utiliza deve ter sempre em mente que eles são apenas um instrumento 
gerencial de apoio a tomada de decisão, não representado os custos reais da empresa. 
 
c) Finalmente, o ponto de equilíbrio contábil, utilizando-se para seu cálculo os custos reais da 
empresa (os custos contábeis), representa o referencial da quantidade mínima a ser vendida. 
 
 
SIMBOLOGIA UTILIZADA PARA O PONTO DE EQUILÍBRIO 
 
P = Preço de Venda 
CV = Custos e despesas variáveis; 
CVu = Custos e despesas variáveis unitários; 
CF = Custos e despesas fixos; 
Q = Quantidade produzida e vendida do produto; 
MC = Margem de contribuição; 
MCu = Margem de contribuição unitária; 
CT = Custo total; 
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32 
RT = Receita total; 
Ro = Receita de equilíbrio; 
PE = Ponto de equilíbrio. 
 
 
 
 
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33 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS PONTOS DE EQUILÍBRIO 
 
 
 
 
ÁREA 
PREJUÍZO
ÁREA DE 
LUCRO
CV
PE
RT
CTY
CF
CT
PE em 
volume
PE em 
valor
X
 
 
FORMULAÇÕES 
 
a) Ponto de equilíbrio em unidades físicas 
 
PE contábil 
 
Q (c) = Custos Fixos + Despesas Fixas 
 Preço de venda - Custos e despesas variáveis 
 
 OU 
 
Q (c) = CF + DF 
 MCu 
 
PE econômico 
 
Q (e) = Custos Fixos + Desp. Fixas + Retorno mínimo s/ PL 
 Preço de Venda - Custos e despesas variáveis 
 
 
 
 
PE financeiro 
 
Q (f) = Custos Fixos + Desp. Fixas - Deprec. + Amort. Financ. 
 Preço de Venda - Custos e despesas variáveis 
 
 
b) Ponto de Equilíbrio Monetário 
 
PE contábil 
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34 
 
Ro (c) = Custos Fixos + Despesas Fixas 
 1 - Custos e despesas variáveis 
 Preço Venda Unitário 
 
PE econômico 
 
Ro (e) = Custos Fixos + Despesas Fixas + Retorno s/ PL 
 1 - Custos e despesas variáveis 
 Preço Venda Unitário 
 
PE financeiro 
 
Ro (e) = Custos Fixos + Desp. Fixas - Deprec. + Amort. Financ. 
 1- Custos e despesas variáveis 
 Preço Venda Unitário 
 
 
6.2. MARGEM DE SEGURANÇA 
 
 
A Margem de Segurança significa um risco para o Negócio / Empresa; este risco é tanto maior 
quanto mais próximo se encontre o volume de vendas do Ponto de Equilíbrio. 
Este risco pode ser calculado e expresso pela Margem de Segurança, que tem a seguinte fórmula: 
 
 Q.V. - Q.E. 
MS = 
____________ 
 
 Q.V. 
 
Nesta fórmula, os símbolos representam: 
 
Q.V. = Quantidade Vendida 
Q.E. = Quantidade de Equilíbrio 
 
Sempre que o Negócio estiver operando acima do seu Ponto de Equilíbrio, o numerador será 
positivo e menor que o denominador. Logo: 
 
0 < MS > 1 
 
Quanto mais próximo de zero estiver a Margem de Segurança, maior o risco de o Negócio entrar 
em prejuízo caso não consiga o seu volume de vendas. Quanto mais próximo de 1 a Margem de 
Segurança, menor este risco. 
 
No exemplo do negócio A, o Ponto de Equilíbrio é 5.000 unidades. Portanto, se o Negócio estiver 
vendendo 10.000 unidades, a sua Margem de Segurança será: 
 
 10.000 - 5.000 
MS = 
_______________ 
= 0,50 
 10.000 
 
 
A Margem de Segurança, ainda na hipótese simplificada que admite os gastos variáveis 
diretamente proporcionais ao volume de vendas e os gastos fixos constantes embora o volume altere, 
pode assumir uma outra forma: 
 
 Margem Operacional 
MS = 
_____________________ 
 Margem de Contribuição 
 
 
 
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35 
No exemplo do Negócio A, esta fórmula daria: 
 
 0,30 
MS = 
_______ 
= 0,50 
 0,60 
 
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36 
 
EXERCÍCIO 01 
 
Suponhamos que a empresa " COROA " comercialize um produto denominado disquete, e 
tenha projetado para o mês os seguintes dados hipotéticos: 
 
 
- Preço de venda unitário = $ 1.500,00; 
- Despesas variáveis = 60% do Preço de Venda 
- Despesas fixas do mês = $ 30.000,00 
 
 
Pede-se: 
 
1 - Cálculo do ponto de equilíbrio em unidade e valor. 
2 - Representação Gráfica do ponto de equilíbrio. 
 
EXERCÍCIO 02 
 
 
A empresa de uva comercializa o vinho tipo A e fezas seguintes projeções hipotéticas, para os 
últimos meses do ano; 
 
 
- Preço de venda por UND = $ 50,00 
- Margem de contribuição = 50% 
- Custos fixos do período = $ 2.500,00 
- Retorno desejado de lucro de 15% 
 s/ o capital empregado de = $ 20.000,00 
- Previsão de venda = 250 und. 
 
Pede-se: 
 
- O cálculo do ponto de equilíbrio contábil e econômico em unidades e valor. 
- Justificação do ponto de equilíbrio econômico. 
- Qual a Margem se Segurança Operacional. 
- Qual o Grau de Alavancagem se as vendas previstas aumentarem 10%. 
 
 
EXERCÍCIO 03 
 
 
A indústria de Pneus Carecas S.A. apresentou, no mês os seguintes dados: 
 
Custos e Despesas Variáveis 
 
- Material Direto $ 70,00/unid. 
- Mão-de-obra $ 50,00/unid. 
- Comissões s/ vendas $ 20,00/unid. 
 
Custos e Despesas Fixas 
 
- Material Indireto $ 250.000,00 
- Mão-de-obra indireta $ 550.000,00 
- Outros custos e despesas $ 500.000,00 
 
Preço de venda $ 240,00/unid. 
Patrimônio Líquido $ 1.800.000,00 
 
Previsão de Vendas 15.000 und 
 
 
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37 
Utilizando as informações acima, pede-se: 
 
a) O ponto de equilíbrio contábil em quantidade e valor. 
b) Faça a demonstração gráfica. 
c) Qual a Margem de Segurança com este ponto de equilíbrio. 
d) O volume de vendas que a empresa consiga um lucro real de 8% sobre o patrimônio líquido. 
Teste seu cálculo. 
e) Qual GAO se as vendas aumentarem 20% além da quantidade prevista. 
 
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38 
EXERCÍCIO 04 
 
 
A Empresa Paulista de Amortecedores S/A através de um levantamento em sua Contabilidade 
de Custos, chegou a seguinte conclusão com referência aos seus custos e despesas: 
 
CUSTOS E DESPESAS FIXAS 
 
Depreciação de Máquinas Industriais $ 100.000/ano 
Mão-de-obra indireta $ 40.000/ano 
Alugueis de edifícios $ 20.000/ano 
Seguros de máquinas industriais $ 18.000/ano 
Total $ 178.000/ano 
 
 
CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS 
 
Matérias primas $ 300/unidade 
Embalagem $ 40/unidade 
Mão-de-obra direta $ 40/unidade 
Comissão dos vendedores $ 20/unidade 
Total $ 400/unidade 
 
Previsão de vendas 200 und/ano 
 
Sabendo-se que o preço de venda é de $ 2.000 por unidade do produto "amortecedor", 
pergunta-se: 
 
a) Quantos amortecedores deverão ser produzidos e vendidos por ano, para atingir o ponto de 
equilíbrio? 
 
b) Qual é o valor da receita nesse ponto? Fazer a demonstração gráfica. 
 
c) Qual a Margem de Segurança neste ponto. 
 
d) Se a empresa pretende um lucro de 30% sobre as receitas totais, quantas unidades deverá 
produzir e vender durante o ano? 
 
e) De quanto será este lucro? 
 
f) Qual o GAO neste ponto se as vendas prevista aumentarem 10%. 
 
g) Sabendo que a empresa deseja um retorno mínimo de 10% ao ano sobre o seu patrimônio 
líquido de $ 840.000, e que ela tem compromissos fixos para o ano de $ 6.000, mensais, a 
título de amortização de dívidas assumidas, pede-se: 
 
01 - O ponto de equilíbrio econômico; 
 
02 - O ponto de equilíbrio financeiro. 
 
 
 
 
 
7. CUSTO REPOSIÇÃO OU GERENCIAL 
 
7.1. Formação do Preço de Venda 
 
 
Métodos de Formação do Preço de Venda 
 
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39 
Em economia sujeita a inflação, a venda a preço superior aos custos de aquisição e/ou fabricação 
pode determinar a ilusão monetária de lucro; na formação do preço, como se deve partir de 
considerações de custo, devem ser tomadas precauções especiais visando à atualização dos custos de 
compras e/ou produção. 
São adotados pelas empresas os seguintes métodos para a formação de preços. 
 
 - Método baseado no custo da mercadoria. 
 - Método baseado nas decisões das empresas concorrentes. 
 - Método baseado nas características do mercado. 
 - Método misto. 
 
 
Método Baseado no custo da mercadoria. 
 
O método baseado no custo da mercadoria é o mais comum na pratica dos negócios. Se a base for 
o custo total, a margem adicionada deve ser suficiente para cobrir os lucros desejados pela empresa. 
Se a base for os custos e despesas variáveis, a margem adicionada deve cobrir, além dos lucros, 
os custos fixos. 
O processo de adicionar margem fixa a um custo-base é geralmente conhecido pela expressão 
mark-up. Esse método é muito usado no comércio atacadista e varejista. O método é simples, mas pode 
levar a administração a tomar decisões que muitas vezes não condizem com a realidade dos negócios. 
Quando o processo mark-up é adotado pela indústria, é calculado em função do custo de produção; a 
margem fixa serviria para cobrir os lucros e demais gastos. 
 
 
Método baseado nas decisões das empresas concorrentes. 
 
Qualquer método de determinação de preços deve ser comparado com os preços das empresas 
concorrentes, que porventura existam no mercado. Esse método pode ser desdobrado em: 
 
a) Método do preço corrente: São adotado para os casos de produtos vendidos a um preço por todos 
os concorrentes. Essa homogeneidade no preço pode decorrer de questões de costume, ou de 
características econômicas do ramo (oligopólio, convênio de preços etc.) 
 
b) Método de imitação de preços: Esse método prevê que os mesmos sejam adotados por uma 
empresa concorrente selecionada no mercado. Isso ocorre muitas vezes em razão da falta de 
conhecimento técnico para a sua determinação ou custo da informação. 
 
c) Método de preços agressivos: O método de preços agressivos ocorre quando um grupo de 
empresas concorrentes estabelece a tendência de uma redução drástica de preços até serem 
atingidos, em certos casos, níveis economicamente injustificáveis abaixo do custo das mercadorias. 
 
d) Método de preços promocionais: O método de preços promocionais caracteriza a situação em que 
as empresas oferecem certas mercadorias (caso típico de supermercados) a preços tentadores com o 
intuito de atrair para o local de venda; dessa forma intensificando o tráfego de clientes potenciais, em 
função do que estimulam as vendas de outros artigos a preços normais. 
 
 
Método Baseado nas Características do Mercado 
 
O método baseado nas características do mercado exige conhecimento profundo do mercado por 
parte da empresa. O conhecimento do mercado permite ao administrador decidir se venderá o seu 
produto a um preço mais alto, de modo que possa atrair as classes economicamente mais elevadas, ou a 
um preço popular para que possa atrair a atenção das camadas mais pobres. 
 
 
Método Misto 
 
O método misto para a formação de preços deve observar a combinação dos seguintes fatores: 
- Custos envolvidos; 
- Decisões de concorrência; 
- Características do mercado. 
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Seria bastante temeroso para a administração de uma empresa estabelecer preços sem a 
combinação desses fatores. Cedo ou tarde ela teria de arcar com as consequências de sérios erros que 
poderiam deixar de ser cometidos. 
 
Aspectos Gerais para a Formação do Preço de Venda 
 
O problema da formação dos preços está ligado às condições de mercado, às exigências 
governamentais, aos custos, ao nível de atividade e à remuneração do capital investido (lucro). 
 
O cálculo do preço de venda deve levar a um valor: 
 
- que traga à empresa a maximização dos lucros; 
- que seja possível manter a qualidade, atender aos anseios do mercado àquele preço 
determinado; 
- que melhor aproveite os níveis de produção etc. 
 
Condições que devem ser observadas na formação dopreço venda: 
 
- forma-se um preço base; 
- critica-se o preço-base à luz das características existentes do mercado, como preço dos 
concorrentes, volume de vendas, prazo, condições de entrega, qualidade, aspectos 
promocionais etc.; 
- testa-se o preço às condições do mercado, levando-se em consideração as relações 
custo/volume/lucro e demais aspectos econômicos e financeiros da empresa; 
- fixa-se o preço mais apropriado com condições diferenciadas para atender: 
 - volumes diferentes; 
 - prazos diferentes de financiamento de vendas; 
 - descontos para prazos mais curtos; 
 - comissões s/venda para cada condições. 
Fatores que Interferem na Formação do Preço de Venda 
 
Na missão de formar o preço de venda, devem ser levados em conta os seguintes fatores: 
 
- a qualidade do produto em relação às necessidades do mercado consumidor 
- a exigência de produtos substitutos a preços mais competitivos; 
- a demanda esperada do produto; 
- o mercado de atuação do produto 
- o controle de preços impostos pelo CIP - Conselho Interministerial de Preços; 
- os níveis de produção e de vendas que se pretende ou que se pode operar; 
- os custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar o produto; 
- os níveis de produção e de venda desejados etc. 
 
Formação do Mark-up e do Preço de Venda a vista 
 
O Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de 
venda. 
O confeiteiro, por exemplo, aplica o índice 2 sobre o custo de produção de um quilo de bolo para a 
formação do preço de venda. 
O dono de um bar aplica o índice 1,5 sobre o preço de compra de determinado litro de bebida, 
também para formar o preço de venda. 
Esses dois casos servem para caracterizar objetivamente o que vem a ser o mark-up. 
 
 
Finalidade do mark-up 
 
O mark-up tem por finalidade cobrir as seguintes contas: 
 
- impostos sobre vendas; 
- taxas variáveis sobre vendas; 
- despesas administrativas fixas; 
- despesas de vendas fixas; 
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- custos indiretos de produção fixos; 
- lucro. 
 
 
Formação do mark-up para venda a vista 
 
Vamos admitir que determinada empresa tenha incorrido nos seguintes gastos para produzir e 
vender determinado produto: 
 
- Matéria-prima $ 700,00 
- Outros custos (MOD + CIP variável) $ 300,00 $ 1.000,00 
 
Devem ser levadas em consideração as seguintes taxas hipotéticas, para a formação do mark-up 
do produto exemplificado. 
 
ICMS 17,00 % 25,55 % Impostos e 
PIS 0,65 % Taxas de 
COFINS 3,00 % Vendas (ITV) 
Comissão s/vendas 4,90 % 
 
Despesas administ.fixas 2,00 % Margem de 
Despesas de vendas fixas 5,00 % Contribuição 
Custos ind. prod. fixos 5,00 % ( MC ) de 27% 
Lucro 15,00 % 
 
TOTAL 52,55 % 
PEDE-SE: 
1º) Mark-up divisor. 
2º) Mark-up multiplicador. 
3º) Preço de venda com base no mark-up multiplicador e pelo mark-up divisor. 
4º) Comprovação da margem de contribuição de 27%. 
 
 
 
SOLUÇÃO: 
 
CONTAS COMPOSIÇÃO DAS CONTAS 
Preço de venda 100,00 % 
(-) ICMS 17,00 % 
(-) PIS 0,65 % 
(-) COFINS 3,00 % 
(-) Comissão s/vendas 4,90 % 
(-) Despesas Administrativas fixas 2,00 % 
(-) Despesas de vendas fixas 5,00 % 
(-) Custos indiretos de produção fixos 5,00 % 
(-) Lucro 15,00 % 
 
1º) Mark-up divisor 47,45 % 
2º) Mark-up multiplicador 
 (100% / 47,45%) = 2,11 
 
 
3º) Preço de venda com base no: 
 
 Mark-up multiplicador 
 
 Matéria-prima $ 700,00 
(+) Outros custos diretos $ 300,00 
 
 TOTAL $ 1.000,00 
(x) Mark-up multiplicador 2,11 
 
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(=) Preço de venda a vista $ 2.110,00 
 
 Mark-up divisor 
 
 Matéria-prima $ 700,00 
(+) Outros custos diretos $ 300,00 
 
 TOTAL $ 1.000,00 
(/) Mark-up divisor 47,45% 
 
(=) Preço de venda a vista $ 2.110,00 
 
4º) Comprovação da margem de contribuição de 27%: 
 
 Demonstração de resultado ( por unidade) 
 
Preço de venda $ 2.110,00 100,00 % 
(-) ICMS $ 358,70 17,00 % 
(-) PIS $ 13,72 0,65 % 
(-) COFINS $ 63,30 3,00 % 
(=) Preço líquido de venda $ 1.674,28 79,35 % 
(-) Total custos diretos $ 1.000,00 47,45 % 
(-) Comissão s/ vendas $ 103,39 4,90 % 
(=) Margem de contribuição $ 570,89 27,00 % 
 
 
EXERCÍCIO 01 
 
A empresa PINHO S/A, produz carteiras escolar. O diretor da empresa solicitou ao 
Departamento de Custos para calcular o preço de venda reposição, a vista e 30 dias. 
 
Dados Auxiliares: 
Para produzir cada carteira utiliza-se 0,7 metro de compensado e 1 Kg de cano de ferro. 
Preço de compra das matérias primas: 
- Compensado $ 1.500 p/mt a vista 
- Ferro $ 3.000 p.kg a vista 
- O preço das matérias primas contém 12% de ICMS. 
- Demais custos variáveis de produção 300,00 p/und. 
 
Outros dados 
- Frete sobre venda $ 15,00 por unidade 
- ICMS 17,00% 
- PIS 0,65% 
- COFINS 3,00% 
- Comissão s/ venda 3,00% 
- Despesas Adm. 2,00% 
- Despesas venda fixas 4,00% 
- Margem de Lucro 10,00% 
- Despesas financeiras 10,00% ao mês. 
 
O prazo médio de recolhimento do ICMS 30 dias. 
 
PEDE-SE: 
 
- Calcular o Mark-up divisor; 
- Calcular o Mark-up multiplicador; 
- Margem de contribuição; 
- Preço de venda a vista e 30 dias. 
- Lucro com a venda de 4.000 und. 
 
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EXERCÍCIO 02 
 
A BRAZ FERRO, produz e comercializa grades de ferro, no mês de outubro, ela produziu e 
vendeu 1.500 grades, ocorrendo os seguintes gastos: 
 
Matéria Prima: 
Consumo de Ferro 2.500 Kgs 
Consumo de tinta 25 latas 
Consumo de solda 1 lata 
 
Custos Ind. Produção Fixo $ 450.000,00 
Despesas fixas com venda $ 250.000,00 
Despesas Administrativas $ 50.000,00 
Encargos diretos com venda dos produtos: 
ICMS 17,00% 
PIS/COFINS 3,65% 
Comissão 3,00% 
 
Dados Complementares: 
Preço compra Ferro $ 3.000 p/Kg prazo pagto 60 dias 
Preço compra tinta $ 4.500 p/lata prazo pagto 30 dias 
Preço compra solda $ 8.000 p/lata pagto a vista. 
 
ICMS o preço de compra é de 12%. 
Financeira do prazo 20% ao mes. 
Prazo de recuperação do ICMS 30 dias. 
 
 
PEDE-SE: 
 
Calcular o Mark-up multiplicador e divisor 
Calcular o preço de venda a vista e 30 dias com uma margem de lucro de 15% sobre o preço de 
venda a vista. 
Lucro com a venda das 1.500 grades. 
 
EXERCÍCIO 03 
 
Uma indústria de sapatos apresentava os seguintes custos unitários de produção de seus 
produtos: 
Preço compra mat. prima Produto A - $ 150,00 p/und pagto 45 dias. 
Preço compra mat. prima Produto B - $ 180,00 p/und pagto 60 dias. 
Outros custos variáveis de produção por unidades: 
Produto A - $ 45,00 p/und 
Produto B - $ 75,00 p/und 
 
Com base nas informações abaixo, calcule os preços de venda dos produtos A e B: 
 
- Despesas Administrativas - $ 65.000,00 
- Despesas com Vendas fixas - $ 50.000,00 
- As despesas Adm e com vendas são distribuídas aos produtos em função do custo total da 
Matéria prima. 
 
Número de unidades produzidas: 
- Produto A - 11.000 und 
- Produto B - 12.500 und 
 
Margem de Lucro desejada sobre o preço de venda a vista: 
- Produto A 25% 
- Produto B 20% 
 
Encargos diretos com a venda dos produtos: 
- ICMS - 12,00% 
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