Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

DIREITO DO TRABALHO – 
JORNADA DE TRABALHO 
 
DEFINIÇÃO: É o tempo dedicado ao 
trabalho, excluído aquele em que o 
empregado não esteja executando ou 
aguardando ordens no centro do trabalho. 
(tempo à disposição): art. 4° da CLT 
 
HORAS DE PERCURSO OU IN ITINERE 
 
Artigo 58, §2o, da CLT - § 2o O tempo despendido 
pelo empregado desde a sua residência até a 
efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu 
retorno, caminhando ou por qualquer meio de 
transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, 
não será computado na jornada de trabalho, por não 
ser tempo à disposição do empregador. 
 
REQUISITOS CUMULATIVOS PARA A 
INCLUSÃO: 
 
 Condução fornecida pelo 
empregador; 
 Local de difícil acesso ou não 
servido por transporte público 
regular. 
 
Parágrafo 2 art. 58 da CLT, ANTES DA REFORMA 
- § 2o O tempo despendido pelo empregado até o 
local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer 
meio de transporte, não será computado na jornada 
de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de 
difícil acesso ou não servido por 
transporte público, o empregador fornecer a 
condução. 
 
A PARTIR DE NOVEMBRO DE 2017, NÃO 
EXISTE MAIS DIREITO À INCLUSÃO 
DAS HORAS IN ITINERE NA JORNADA 
DE TRABALHO 
 
CLASSIFICAÇÃO JORNADA DE 
TRABALHO: 
 
QUANTO À DURAÇÃO: 
 
JORNADA NORMAL: (oito horas diárias e 
44 horas semanais - art. 7°,XIII da CF, 
salvo disposição em contrário); 
 
JORNADA EXTRAODINÁRIA ou 
suplementar: (horas que excederem os 
limites legais ou os limites contratados); 
 
QUANTO AO PERÍODO 
 
DIURNA: compreendida entre 5 e 22h; 
 
NOTURNA: compreendida entre 22 e 5h; 
 
QUANTO À FLEXIBILIDADE 
 
 flexível; 
 inflexível. 
 
Súmula 444 do TST - Jornada de trabalho. NORMA 
COLETIVA. LEI. Escala de 12 por 36. Validade. – É 
valida, em caráter excepcional, a jornada de doze 
horas de trabalho por trinta 
e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada 
exclusivamente mediante acordo coletivo de 
trabalho ou convenção coletiva de trabalho, 
assegurada a remuneração em dobro dos feriados 
trabalhados. O empregado não tem 
direito ao pagamento de adicional referente ao labor 
prestado na décima primeira e décima segunda 
horas. 
 
Possibilidade de instituição ou manutenção 
mediante acordo coletivo ou convenção 
coletiva de trabalho; 
 
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo 
de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, 
entre outros, dispuserem sobre: 
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados 
os limites constitucionais; 
 
Art. 59-A (Lei n° 13.467/2017): possibilidade de 
instituição jornada 12X36. 
 
HORAS EXTRAORDINÁRIAS - ACORDO 
DE PRORROGAÇÃO DE JORNADA 
 
DEFINIÇÃO (Art. 59 caput e §1°) 
 
É o acordo escrito, representando o ajuste 
de vontades entre empregado e 
empregador, tendo por fim legitimar a 
prorrogação da 
jornada normal de trabalho. 
 
Art. 59. A duração diária do trabalho 
poderá ser acrescida de horas extras, em 
número não excedente de duas, por acordo 
individual, 
convenção coletiva ou acordo coletivo de 
trabalho. (Redação dada pela Lei no 
13.467, de 2017) 
§1°. A remuneração da hora extra será, 
pelo menos, 50% (cinquenta por cento) 
superior à da hora normal. 
 
O acordo de horas extras pode ser feito por 
meio de um acordo individual escrito ou 
coletivo. O adicional deve ser pago sobre 
as horas extras trabalhadas, respeitando o 
limite máximo de 2 horas diárias. 
 
A Súmula 376 do TST esclarece que: 
O limite de 2 horas extras diárias não 
impede o empregador de pagar todas as 
horas efetivamente trabalhadas. 
O valor das horas extras habituais deve ser 
incluído no cálculo dos direitos trabalhistas, 
independentemente da limitação prevista 
no artigo 59 da CLT. 
Horas Extras: todas as que passam da 
jornada contratual 
Adicional mínimo: 50% (art. 7o, XVI, CF) 
Supressão de horas extras: 
 
A supressão de horas extras ocorre 
quando o empregador deixa de oferecer ou 
reduz significativamente as horas extras 
que o empregado realizava de forma 
habitual. Se essa supressão acontecer 
após pelo menos um ano de prestação 
contínua de horas extras, a Súmula 291 do 
TST garante ao trabalhador uma 
indenização equivalente a um mês das 
horas suprimidas para cada ano (ou fração 
igual ou superior a seis meses) de trabalho 
extra habitual. O cálculo dessa indenização 
considera a média das horas extras dos 
últimos 12 meses antes da mudança. 
EXCEÇÕES AO ACORDO DE 
PRORROGAÇÃO 
Elas ocorrem quando a jornada pode ser 
prorrogada sem a necessidade de 
acordo, incluindo: 
 Força maior (art. 61, § 1º, CLT) – 
Situações imprevisíveis e inevitáveis 
que exigem trabalho extra, como 
desastres naturais ou emergências 
empresariais. 
 Serviços inadiáveis (art. 61, caput, 
CLT) – Atividades urgentes cuja não 
execução pode causar prejuízo à 
empresa ou comprometer a 
segurança de pessoas e bens. 
 Compensação de horas (art. 59, § 
2º, CLT) – Quando há banco de 
horas, desde que respeitados os 
limites legais. 
 Turnos ininterruptos de 
revezamento (art. 7º, XIV, CF) – Se 
houver negociação coletiva, pode 
haver prorrogação da jornada 
nesses turnos. 
 Categoria diferenciada – Alguns 
profissionais, como bancários e 
médicos, possuem regras 
específicas sobre a prorrogação de 
jornada. 
FORÇA MAIOR 
 
Objetivo: pagamento das horas 
excedentes (diferente da hipótese de 
recuperação em virtude de paralisação); 
 
Independe de acordo ou convenção 
coletiva; 
 
Remuneração da hora excedente não 
inferior à hora normal = obrigatoriedade de 
pagamento do adicional mínimo de 50% 
por derrogação 
art. 7°, XVI CF; 
 
SERVIÇOS INADIÁVEIS 
 
São aqueles que devem ser concluídos na 
mesma jornada, decorrente da natureza do 
próprio serviço e não da vontade do 
empregador. 
 
Limitação - 12 horas 
 
Remuneração da hora excedente não 
inferior à hora normal = obrigatoriedade de 
pagamento do adicional mínimo de 50% 
por derrogação 
art. 7°, XVI CF; 
 
COMPENSAÇÃO DE JORNADA 
 
DEFINIÇÃO: excesso de horas 
compensado com a diminuição em outro 
dia 
FORMA: acordo de compensação escrito 
(individual ou coletivo) ou acordo tácito 
 
 
 
 
 
BANCO DE HORAS: Art. 59, §2° CLT 
 
§ 2° - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário 
se, por força de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho, o 
excesso de horas em um dia for compensado pela 
correspondente diminuição em outro dia, de maneira 
que não exceda, no período máximo de um ano, à 
soma das jornadas semanais de trabalho previstas, 
nem seja 
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 
 
 Obrigatoriedade de norma coletiva 
 Período de 1 ano; 
 Limite máximo 10 horas diárias; 
 
Necessidade de acordo ou convenção 
coletiva. 
 
RECUPERAÇÃO DE PARALISAÇÕES: 
 
Difere da hipótese força maior, pois 
naquela, há excesso de trabalho em 
decorrência de força maior; aqui existe 
paralisação, para depois 
ocorrer a “compensação” das horas 
paralisadas. 
 
 Limite: até 2 horas diárias até 10 
horas; período não superior a 45 
dias; 
 Objetivo: pagamento das horas 
paralisadas; 
 Comunicação à DRT. 
 
Compensação mediante Banco de Horas 
(semestral): acordo individual escrito - 
compensação no período máximo de seis 
meses); 
 
Compensação mediante Banco de Horas 
(mensal): acordo individual - tácito ou 
expresso (compensação mensal); 
 
Antes da Lei 13.467/2017: 
 
Compensação mediante Banco de Horas 
(anual): somente mediante acordo coletivo 
ou convenção coletiva (compensação no 
período máximo de um ano); 
 
Compensação mediante Acordo 
Individual: 
somente compensação dentro da semana; 
 
Após Lei 13.467/2017: 
 
Compensação mediante Banco de Horas 
(anual): somente mediante acordo coletivo 
ou convenção coletiva (compensação no 
período máximo de um ano). 
 
OUTROS COMPONENTES DA JORNADA 
 
 SOBREAVISO 
 PRONTIDÃO 
 CELULARES, PAGERS, BIP, ETC.… 
 
SOBREAVISO - art. 244 da CLT – aplicado 
aos ferroviários; 
 
Art. 244. As estradas de ferro poderão ter 
empregados extranumerários, de sobreaviso e de 
prontidão, para executarem serviços imprevistos ou 
para substituiçõesde outros empregados que faltem 
à escala organizada. 
 
Extensão a outros tipos de empregados, 
não somente aos ferroviários: 
 
Súmula no 229 do TST - SOBREAVISO. 
ELETRICITÁRIOS. Por aplicação analógica do art. 
244, § 2o, da CLT, as horas de sobreaviso dos 
eletricitários são remuneradas à base de 1/3 sobre a 
totalidade das parcelas de natureza salarial. 
 
DEFINIÇÃO: Art. 244, §2o, CLT; 
 
§ 2° Considera-se de "sobreaviso" o empregado 
efetivo, que permanecer em sua própria casa, 
aguardando a qualquer momento o chamado para o 
serviço. Cada escala 
de "sobreaviso" será, no máximo, de vinte e quatro 
horas, As horas de "sobreaviso", para todos os 
efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do 
salário normal. 
 
LIMITES: 
 Jornadas máximas de 24 horas 
 NÃO há trabalho no período de 
sobreaviso 
 Pagamento de 1/3 da hora normal 
de trabalho 
 Pagamento da hora normal ou extra 
em caso de ativação do trabalhador 
 
PRONTIDÃO 
 
DEFINIÇÃO: Art. 244, §3o, da CLT; 
 
§ 3°: Considera-se de "prontidão" o empregado que 
ficar nas dependências da estrada, aguardando 
ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de 
doze horas. As horas de prontidão serão, para todos 
os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do 
salário-hora normal. 
 
 
 
LIMITES: 
 Jornadas máximas de 12 horas 
 NÃO há trabalho no período de 
prontidão 
 Pagamento de 2/3 da hora normal 
de trabalho 
 Pagamento da hora normal ou extra 
em caso de ativação do trabalhador 
 
CELULAR, PAGER; BIP, ETC.... 
 
Não caracterização de regime de 
sobreaviso; 
 
Súmula 428 do TST: SOBREAVISO. O uso de 
aparelho de intercomunicação, a exemplo de BIP, 
pager ou aparelho celular, pelo empregado, por si 
só, não 
caracteriza o regime de sobreaviso, uma vez que o 
empregado não permanece em sua residência 
aguardando, a qualquer momento, convocação para 
o serviço. 
 
Art. 1°: O art. 6° da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei 
n° 5.452, de 1° de maio de 1943, passa a vigorar 
com a seguinte redação: 
 
“Art. 6° Não se distingue entre o trabalho realizado 
no estabelecimento do 
empregador, o executado no domicílio do 
empregado e o realizado a distância, 
desde que estejam caracterizados os pressupostos 
da relação de emprego. 
Parágrafo único. Os meios telemáticos e 
informatizados de comando, controle e supervisão 
se equiparam, para fins de subordinação jurídica, 
aos meios pessoais e diretos de comando, controle 
e supervisão do trabalho alheio.”. 
 
TRABALHO NOTURNO 
 
Trabalho executado no período da noite: 
art. 73, §2° da CLT; 
 
 Área urbana: 22h às 05h; 
 Área rural: (lei n° 5.583/73) - 
Pecuária: 20h às 04h; Lavoura :21h 
às 05h. 
 
Adicional Noturno: remuneração do 
trabalho noturno superior à do diurno (Art. 
7°, IX CF) 
 
 Área urbana: 20% 
 Área rural: 25% 
 
Hora noturna reduzida: Art. 73, §1° da 
CLT; 
- O § 1º do art. 73 da CLT estabelece que a 
hora noturna deve ser computada como 52 
minutos e 30 segundos, em vez de 60 
minutos. 
Essa redução é uma ficção legal que visa 
à saúde e segurança do trabalhador. 
OBS: Não se aplica ao rural, que tem um 
adicional maior para compensar a 
inexistência de hora reduzida. 
 
Súmula 60 do TST: prorrogação do adicional 
noturno 
 
ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO 
SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO 
DIURNO. 
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, 
integra o salário do empregado para todos os 
efeitos. 
II - Cumprida integralmente a jornada no período 
noturno e prorrogada esta, devido 
é também o adicional quanto às horas prorrogadas. 
Exegese do art. 73, § 5o, da CLT. 
 
Súmula 265 do TST: perda do adicional quando é 
transferido do período noturno. 
 
ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO 
DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO 
A transferência para o período diurno de trabalho 
implica a perda do direito ao adicional noturno. 
 
SISTEMA DE TURNOS ININTERRUPTOS 
DE REVEZAMENTO - art. 7°, XIV CF 
 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado 
em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva; 
 
DEFINIÇÃO: Sistema de trabalho que 
coloque o empregado, alternativamente, 
em cada semana, quinzena ou mês, em 
contato com as diversas fases do dia e da 
noite, cobrindo as 24 horas integrantes da 
composição dia/noite. 
 
FINALIDADE: Diminuição da jornada para 
os empregados que trabalham em regime 
de revezamento, devido ao maior desgaste 
em 
sua saúde. 
 
Estabelecida jornada superior a seis horas 
e limitada a oito horas por meio de regular 
negociação coletiva, os empregados 
submetidos a turnos ininterruptos de 
revezamento não têm direito ao pagamento 
da 7 e 8 horas como extras. 
 
 
 
 
 
JORNADA DE 12x 36 
 
Possibilidade mediante acordo individual, 
coletivo ou convenção coletiva; 
 
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta 
Consolidação, é facultado às partes, mediante 
acordo individual escrito, convenção coletiva ou 
acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de 
trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis 
horas ininterruptas de descanso, observados ou 
indenizados os intervalos para repouso e 
alimentação. (Incluído pela Lei no 13.467, de 2017) 
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada 
pelo horário previsto no caput deste artigo abrange 
os pagamentos devidos pelo descanso semanal 
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão 
considerados compensados os feriados e as 
prorrogações de trabalho noturno, quando houver, 
de que tratam o art. 70 e o § 5o do art. 73 desta 
Consolidação. 
 
EMPREGADO EXCLUÍDOS DO 
CONTROLE DE JORNADA 
 
Os empregados excluídos do controle de 
jornada são aqueles que não têm direito 
ao registro de ponto e, 
consequentemente, não recebem horas 
extras. De acordo com o art. 62 da CLT, 
estão incluídos nessa regra: 
 Trabalho externo incompatível 
com controle de jornada (inciso I) 
– Empregados que exercem suas 
atividades fora da empresa, sem 
possibilidade de fiscalização do 
horário, desde que isso esteja 
anotado na carteira de trabalho 
(ex.: vendedores externos). 
 Cargos de confiança (inciso II) – 
Gerentes, diretores e chefes com 
poder de gestão, que tomam 
decisões estratégicas e recebem 
um adicional de no mínimo 40% 
sobre o salário do cargo efetivo. 
 Teletrabalho (home office) – 
Conforme a Reforma Trabalhista 
(Lei 13.467/2017), empregados 
nesse regime sem controle de 
jornada não têm direito a horas 
extras. Porém, se houver controle 
de horário (ex.: login em sistema, 
registro de ponto digital), eles 
podem ter direito ao pagamento 
de horas extras. 
 
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto 
neste capítulo: 
I - os empregados que exercem atividade externa 
incompatível com a fixação de horário de trabalho, 
devendo tal condição ser anotada na Carteira de 
Trabalho e Previdência Social e no registro de 
empregados; 
II - os gerentes, assim considerados os exercentes 
de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para 
efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes 
de departamento ou filial. 
III - os empregados em regime de teletrabalho. 
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo 
será aplicável aos empregados mencionados no 
inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de 
confiança, compreendendo a gratificação de função, 
se houver, for inferior ao valor do respectivo salário 
efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). 
 
CONTROLE DE JORNADA 
 
• Obrigatoriedade de registro da jornada 
para empregadores com mais de 20 
empregados: art. 74, §2o, da CLT 
• Forma de registro da jornada: livro ponto, 
cartões ponto manuais, eletrônicos e 
controles por biometria 
• Controle por geolocalização e por acesso 
em sistema 
• Jornada britânica: invalidade dos cartões 
ponto como prova da jornada de trabalho: 
Súmula 338, TST. 
 
TRABALHADORES EXTERNOS 
 
Empregados que exercem atividade 
externa incompatível com a fixação de 
horário de trabalho; 
 
 Atividade externa; 
 Incompatibilidade com a fixação de 
horário. 
 
Motorista profissional(transporte de 
passageiros e de carga): art. 235-C, § 13° 
da CLT: 
 
EXERCENTES DE CARGO DE 
CONFIANÇA 
 
Empregado que possui amplos poderes de 
direção e gestão, quase que se 
confundindo com a própria figura do dono 
do negócio 
 Poderes de gestão; 
 Remuneração diferenciada 
(gratificação de função). 
 
TELETRABALHADOR 
 
Considera-se teletrabalho a prestação de 
serviços preponderantemente fora das 
dependências do empregador, com a 
utilização de tecnologias de informação e 
de comunicação que, por sua natureza, 
não se constituam como trabalho externo. – 
Art. 75-B 
 
Artigos 75-A à 75-E (Lei n° 13.467/2017); 
 
 Trabalho a Domicílio x Trabalho 
Externo x Teletrabalho; 
 Atividades incompatíveis com a 
fixação da jornada de trabalho (art. 
6°). 
 
INTERVALO INTRAJORNADA 
 
INTERVALOS PARA DESCANSO 
 
DEFINIÇÃO: São períodos de tempo na 
jornada de trabalho, ou entre uma e outra, 
em que o empregado não presta serviços, 
seja para 
alimentar, ou para descansar. 
 
PERÍODO - DURAÇÃO DO INTERVALO 
 
 Até 4 horas - 00:00 minutos 
 
 De 4 a 6 horas - 00:15 minutos 
 
 Acima de 6 horas - 01:00 hora /02:00 horas 
 
 Entre um dia e o outro 11:00 horas 
 
 Entre uma semana e a outra 24:00 horas – 
DSR 
 
São aqueles feitos dentro da própria 
jornada de trabalho. 
 
Os intervalos de descanso não serão 
computados na duração do trabalho. 
 
Aumento do intervalo – acordo escrito ou 
instrumento coletivo (art. 71, caput, CLT) 
 
Art. 71, CLT - Em qualquer trabalho contínuo, cuja 
duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a 
concessão de um intervalo para repouso ou 
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) 
hora e, salvo acordo 
escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá 
exceder de 2 (duas) horas. 
 
Redução do intervalo PÓS-REFORMA: 
possibilidade de negociação coletiva para 
diminuição do intervalo de 1 hora para 30 
minutos (art. 611-A, III, CLT) 
 
A não concessão ou a concessão 
parcial do intervalo intrajornada mínimo, 
para repouso e alimentação, a empregados 
urbanos e rurais, implica o pagamento, de 
natureza indenizatória, apenas do período 
suprimido, com acréscimo de 
50% (cinquenta por cento) sobre o valor da 
remuneração da hora normal de trabalho. 
Art. 71, §4° (Lei 13.467/2017). 
 
INTERVALOS INTRAJORNADA 
ESPECIAIS 
 
 Serviços de Telefonia (art. 229); 
 Mecanografia (art. 72); 
 Minas e Subsolo (art. 298); 
 Mulher com filho em idade de 
amamentação (art. 396); 
 
Serviços de Telefonia (art. 229) – 
Telefonistas e operadores de telemarketing 
têm jornada reduzida de 6 horas diárias, 
com 2 intervalos de 10 minutos cada. 
Mecanografia (art. 72) – Profissionais que 
operam máquinas de mecanografia (ex.: 
digitadores) têm direito a intervalos de 10 
minutos a cada 90 minutos trabalhados. 
Minas e Subsolo (art. 298) – 
Trabalhadores que atuam em minas 
subterrâneas devem iniciar e encerrar a 
jornada na boca da mina, garantindo 
intervalos adequados devido às condições 
insalubres. 
Mulher com filho em idade de 
amamentação (art. 396) – Mães com filhos 
de até 6 meses têm direito a dois 
descansos diários de 30 minutos para 
amamentação, sem prejuízo do salário. 
(Como muitas mães moram longe do 
trabalho/creche, vale acordar para sair 1h 
mais cedo todos os dias). 
 
INTERVALO ENTRE DUAS JORNADAS 
 
Espaço de tempo que deve haver entre 
uma jornada de trabalho e outra, ou seja, o 
intervalo entre jornadas. 
 
Art. 66 CLT - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho 
haverá um período mínimo de 11 
(onze) horas consecutivas para descanso. 
 
Intervalo de 11 (onze) horas, contado a 
partir da última hora trabalhada, inclusive 
se for extra, sem prejuízo do DSR, 
considerando como extra a não 
observância do período mínimo. 
 
DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 
 
DEFINIÇÃO: Lapso temporal de 24 horas 
consecutivas entre os módulos semanais 
de duração do trabalho do empregado, 
coincidindo 
preferencialmente com o domingo, em que 
o obreiro pode sustar a prestação de 
serviços e sua disponibilidade perante o 
empregador, com o objetivo de 
recuperação e implementação de suas 
energias e aperfeiçoamento em sua 
inserção familiar, comunitária e política. 
 
Art. 7°, XV - repouso semanal remunerado, 
preferencialmente aos domingos. 
 
REQUISITOS OU ASPECTOS: 
 
 Horas consecutivas, não podendo 
ser fracionadas (art. 1o); 
 Prazo em horas e não em dias; 
 Sábado não trabalhado: é 
considerado como dia útil não 
trabalhado, e não um segundo 
D.S.R; 
 
OCORRÊNCIA REGULAR AO LONGO 
DAS SEMANAS EM QUE SE CUMPRE O 
CONTRATO 
 
 Periodicidade máxima semanal: ou 
seja, a cada módulo semanal de 
jornada cumprida terá o trabalhador 
direito ao descanso de 24 horas; 
 Não pode a periodicidade máxima 
ser ampliada, por exemplo, para 
cada 12 dias de trabalho; 
 
 
COINCIDÊNCIA PREFERENCIAL COM O 
DOMINGO 
 
A fruição efetiva do DSR é sempre 
devida, podendo ocorrer somente a 
perda do direito à remuneração, jamais 
do descanso. 
 
Requisitos da remuneração: 
 
 Frequência integral na semana 
anterior 
 Faltas Justificadas 
 Pontualidade no comparecimento ao 
trabalho 
 
TRABALHO EM DIA DE DESCANSO 
SEMANAL REMUNERADO 
 
art. 9° da Lei 605/49: pagamento em dobro 
caso haja trabalho nos dias de repouso ou 
nos feriados (exceto se houver folga 
compensatória dentro da própria semana). 
 
FERIADOS 
 
DEFINIÇÃO: lapsos temporais de um dia, 
situados ao longo do ano-calendário, 
eleitos pela legislação em face de datas 
comemorativas cívicas ou religiosas 
específicas, em que o 
empregado pode sustar a prestação de 
serviços e sua disponibilidade perante o 
empregador. 
 
 CIVIS 
 RELIGIOSOS 
 
FERIADOS CIVIS 
 
DEFINIÇÃO: São comemorativos de datas 
relevantes à história pátria ou da 
nacionalidade, ou relevantes à história das 
lutas pela organização e afirmação das 
grandes massas populares no mundo 
contemporâneo, e ainda, dias festivos 
relevantes da cultura ocidental. 
 
LEI N° 9.093 DE 12 DE SETEMBRO DE 1995 
 
Art. 1o São feriados civis: 
 
I - os declarados em lei federal; 
II - a data magna do Estado fixada em lei estadual. 
III - os dias do início e do término do ano do 
centenário de fundação do Município, fixados em lei 
municipal. (Inciso incluído pela Lei no 9.335, de 
10.12.1996) 
 
Lei 9.093/95 - dias declarados em lei federal (Lei n° 
10.607/2002) 
 
1° de janeiro – Dia Mundial da Paz; 
21 de abril - Tiradentes; 
1° de maio – Dia do Trabalho; 
7 de setembro - Independência; 
15 de novembro - República; 
25 de dezembro – embora Natal, feriado religiosos, 
é dia do congraçamento familiar e comunitário); 
Data magna fixada em lei Estadual (09 de julho - Lei 
Estadual 9.497/97); 
OBS: Dia das eleições gerais (Código Eleitoral/Lei 
n° 1266/1950 – Jurisprudência TST) – 
REVOGAÇÃO 
 
FERIADOS RELIGIOSOS 
 
DEFINIÇÃO: São comemorativos de datas 
relevantes à tradição religiosa dominante 
no 
país, ou dominante da comunidade local 
(dias de guarda declarados em lei 
municipal). 
 
Art. 3° Lei 9.093/95: 
I Dias de guarda (Fundação do Município); 
II - 12 de outubro (N.S. Aparecida – Padroeira do 
Brasil), 
IIISexta-feira da Paixão (art. 2°. da Lei n° 9.093/95); 
IV -Finados (Lei n° 10.607/2002); 
V -25 de Dezembro (Natal) (Lei n° 10.607/2002). 
OBS: Corpus Christi não é feriado 
 
TRABALHO EM DIA FERIADO 
 
Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é 
vedado o trabalho em dias feriados nacionais e 
feriados religiosos, nos têrmos da legislação própria. 
 
Art. 9° da Lei 605/49 - pagamento em dobro caso 
haja trabalho nos dias feriados (exceto se houver 
folga compensatória); 
 
No trabalho em feriado, o empregador 
poderá pagar em dobro, sem a concessão 
da folga compensatória. 
 
FÉRIAS 
 
DEFINIÇÃO: São um período de cessação 
do trabalho, sem prejuízo da remuneração, 
após o decurso de doze meses de vigência 
do contrato de trabalho. 
 
AQUISIÇÃO: Período Aquisitivo 
 
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) 
meses de vigência do contrato de trabalho, 
o empregado terá direito a férias, na 
seguinte proporção:período de 12 meses 
de vigência do contrato de trabalho 
(período superior a 14 dias equivale a um 
mês (art. 146, parágrafo único)). 
 
Cômputo do prazo: 
 
Termo inicial: primeiro dia contratual (de 
trabalho), com inclusão do dia do começo; 
 
Perda do direito: 
 
Aquisição das férias está ligada à 
assiduidade do empregado no período 
aquisitivo. 
 
 Faltas injustificadas 
 Estar afastado do trabalho por mais 
de 30 dias, recebendo salário, 
durante o período aquisitivo 
 Estar em gozo de licença, 
recebendo salário, por mais de 30 
dias 
 Deixar de trabalhar, recebendo 
salário, por mais de 30 dias, devido 
a paralisação parcial ou total da 
empresa 
 Receber prestações de acidente de 
trabalho ou de auxílio-doença da 
Previdência Social por mais de 6 
meses, embora descontínuos 
 Sair do emprego e voltar após um 
período maior do que 60 dias 
 
CONCESSÃO: Período Concessivo - art. 
134 da CLT; 
 
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do 
empregador, em um só período, nos 12 (doze) 
meses subsequentes à data em que o empregado 
tiver adquirido o direito. 
 
Período de 12 meses subsequentes ao 
período aquisitivo; 
 
Fracionamento das férias: Art. 134 da 
CLT; As férias serão concedidas por ato do 
empregador, em um só período, nos 12 
(doze) meses subsequentes à data em que 
o empregado tiver adquirido o direito. 
 
Possibilidade de Fracionamento: art. 
134, § 1° CLT - Desde que haja 
concordância do empregado, as férias 
poderão ser usufruídas em até três 
períodos, sendo que um deles não poderá 
ser inferior a quatorze dias corridos e os 
demais não poderão ser inferiores a cinco 
dias corridos, cada um. (Redação dada 
pela Lei 
no 13.467, de 2017) 
 
Direito de coincidência: artigos 136, § 1° 
e 2° CLT - § 1o - Os membros de uma 
família, que trabalharem no mesmo 
estabelecimento ou 
empresa, terão direito a gozar férias no 
mesmo período, se assim o desejarem e se 
disto 
não resultar prejuízo para o serviço. 
§ 2o - O empregado estudante, menor de 
18 (dezoito) anos, terá direito a fazer 
coincidir 
suas férias com as férias escolares. 
 
Início das férias: art. 134, §3° CLT - É 
vedado o início das férias no período de 
dois dias que antecede feriado ou dia de 
repouso semanal remunerado. 
 
Comunicação da férias: art. 135 da CLT - 
A concessão das férias será participada, 
por escrito, ao empregado, com 
antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) 
dias. Dessa participação o interessado dará 
recibo. 
 
Anotação na CTPS: §1° art. 135 CLT; 
§ 1o - O empregado não poderá entrar no 
gozo das férias sem que apresente ao 
empregador sua Carteira de Trabalho e 
Previdência Social, para que nela seja 
anotada a respectiva concessão. 
 
Proibição de trabalho nas férias salvo 
existência de contrato de trabalho: art. 
138 CLT - Durante as férias, o empregado 
não poderá prestar serviços a outro 
empregador, salvo se estiver obrigado a 
fazê-lo em virtude de contrato de trabalho 
regularmente mantido com aquele. 
 
Parte das Férias dentro do período 
concessivo e parte fora: Os dias de férias 
gozados após o período legal de 
concessão deverão ser remunerados em 
dobro. 
 
 
 
 
REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS 
 
A remuneração das férias deve ser paga 
até 2 dias antes do início do período de 
descanso, conforme o art. 145 da CLT. 
Caso o empregado opte pelo abono 
pecuniário (venda de até 1/3 das férias), 
esse valor também deve ser pago nesse 
prazo. 
Além disso, o empregado deve assinar um 
recibo confirmando o pagamento e 
informando as datas de início e término das 
férias. 
Art. 7°,XVII CF : terço constitucional de férias; XVII - 
gozo de férias anuais remuneradas com, pelo 
menos, um terço a mais do que o salário normal; 
Abono de férias: art. 143 CLT; 
Permite que o empregado venda até 1/3 
de suas férias, recebendo o valor 
correspondente aos dias trabalhados. 
📌 Importante: O abono não se confunde 
com o terço constitucional, que é um 
adicional obrigatório sobre as férias. 
Prazo para solicitação: O empregado 
deve requerer o abono até 15 dias antes 
do fim do período aquisitivo (§1º do art. 
143 da CLT). 
 
FÉRIAS VENCIDAS 
São aquelas relativas ao período aquisitivo, 
mas que não foi possível usufruí-las devido 
ao término do contrato. 
Art. 146 da CLT; 
qualquer seja causa da rescisão; 
simples ou em dobro se fora do prazo; 
Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, 
qualquer que seja a sua causa, será devida ao 
empregado a remuneração simples ou em dobro, 
conforme o caso, correspondente ao período de 
férias cujo direito tenha adquirido. 
 
 
 
FÉRIAS PROPORCIONAIS 
As férias proporcionais correspondem 
aos períodos aquisitivos incompletos e 
são devidas quando o contrato de trabalho 
é encerrado antes do empregado completar 
12 meses na empresa. 
Empregados com mais de 1 ano de 
contrato – Têm direito às férias integrais + 
proporcionais (se aplicável) no momento da 
rescisão. 
Empregados com menos de 1 ano de 
contrato – Recebem férias proporcionais 
ao tempo trabalhado, exceto em caso de 
dispensa por justa causa. 
 
FÉRIAS COLETIVAS 
DEFINIÇÃO: São aquelas que são 
concedidas não a um empregado, mas a 
todos os empregados ou a determinados 
estabelecimentos ou setores da empresa. 
Art. 139 CLT 
 Pagamento acrescido do terço 
constitucional; 
 Não é uma obrigação/faculdade: 
geralmente se dá nos finais de ano, 
ou em períodos de crise 
 Fracionamento : §1° art. 139 CLT; 
As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) 
períodos anuais desde que nenhum 
delesseja inferior a 10 (dez) dias corridos. 
 Comunicação ao Ministério do 
Trabalho e ao Sindicato da 
Categoria com 15 dias de 
antecedencia, as datas de início e 
fim das férias, precisando quais os 
estabelecimentos ou setores 
abrangidos pela medida. 
Férias Coletivas e reflexos nas férias 
individuais - Art. 140 da CLT; 
Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 
12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias 
proporcionais, iniciando-se, então, novo período 
aquisitivo. 
Aplicação nos contratos com mais de 12 
meses de vigência. 
EXERCICIO: 
O empregado foi admitido em 02.01.1998. 
Nos meses de janeiro e fevereiro faltou 
injustificadamente 3 dias em cada mês. Em 
1° de março ficou doente, e esteve 
afastado por doença, recebendo auxílio 
previdenciário, até 30 de setembro. Em 1° 
de outubro retornou ao trabalho, e não teve 
mais nenhuma falta até o final do ano. A 
partir daí o empregado não mais usufruiu 
férias, exceto no ano de 2001. No dia 
01.06.2001 recebeu aviso prévio (que foi 
indenizado). Tem direito a férias esse 
empregado? 
✅ Sim, o empregado tem direito a férias. 
Como ele perdeu apenas o primeiro 
período aquisitivo devido ao afastamento, 
mas continuou trabalhando depois, 
acumulou férias que deveriam ser pagas na 
rescisão em 01/06/2001.

Mais conteúdos dessa disciplina