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Curso Trabalhista 02 2parte Rotinas

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CURSO PRÁTICO DE ROTINAS E ORIENTAÇÕES TRABALHISTAS
UMA ABORDAGEM A PARTIR DA VISÃO 
DA FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO
Giordano Adjuto Teixeira e José Costa Jorge
consultoria de empresas e relações sindicais
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JORNADA DE TRABALHO
Objetivo: abordar os aspectos mais importantes da jornada de trabalho, como limite máximo diário e semanal, escala de revezamento ininterrupto, jornada flexível ou móvel, jornada reduzida, jornada 12 x 36, horário noturno e horas in itineri, além da concessão de intervalo ao empregado durante a jornada como, por exemplo, intrajornada, interjornada (entre duas jornadas) e intervalo para repouso e alimentação.
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1. JORNADAS DE TRABALHO
Jornada de trabalho é a duração diária/semanal das atividades do trabalhador. 
É a quantidade de tempo em que o empregado, por força do contrato de trabalho, fica à disposição do empregador, seja trabalhando ou aguardando ordens. 
Neste período, o trabalhador não pode dispor de seu tempo em proveito próprio.
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1º Passo - Anotar na Ficha ou no Livro Registro de Empregados, o horário de trabalho do empregado, que poderá ser:
diária: 8 h/semanal: 44 h (regra geral);
b) turnos ininterruptos de revezamento: 6 h;
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ATENÇÃO:
Por negociação coletiva, é permitida a prorrogação da jornada de 6h para turnos de revezamento, até o máximo de 2h extras/dia.
A IN SRT/MTE nº 1/88 dispõe que a jornada de 6h para turnos de reveza­mento depende da ocorrência concomitante dos seguintes fatores: 
 - existência de turnos; 
 - que os turnos sejam em revezamento; 
 - que o revezamento seja ininterrupto.
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1º Passo - Anotar na Ficha ou no Livro Registro de Empregados, o horário de trabalho do empregado, que poderá ser:
c) flexível ou móvel;
d) 25 h/semana (regime de tempo parcial);
e) indicada em acordo ou convenção coletiva (ex: 12h de trabalho x 36h de descanso);
f) decorrente de lei específica. (ex: menores, aprendizes, técnicos em radiologia, professores, bancários, etc.);
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1º Passo - Anotar na Ficha ou no Livro Registro de Empregados, o horário de trabalho do empregado, que poderá ser:
g) em horário noturno:
g.1) empregados urbanos (duração de 52min30s / adicional de 20% sobre a hora diurna / entre as 22h de um dia e as 5h do dia seguinte, observada a prorrogação);
g.2) empregados rurais (duração de 60min / adicional de 25% sobre a hora diurna):
g. 2.1) na lavoura entre as 21h de um dia e as 5h do dia seguinte;
 
g.2.2) na pecuária entre as 20h de um dia e as 4h do dia seguinte;
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ATENÇÃO:
O adicional noturno, quando pago com habitualidade, integra o salário para todos os efeitos legais. 
Aos menores de 18 anos, é vedado o trabalho noturno. 
A PEC 66/2013 estendeu aos traba­lhadores domésticos a aplicação das disposições relativas à duração da jornada de trabalho, lhes sendo assegurada remuneração adicional pelo trabalho noturno que realizar. 
O empregado urbano que cumpre horas extraordinárias, no pe­ríodo noturno, faz jus ao adicional de hora extra (50%) e ao adicional noturno (20%).
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OBSERVAÇÃO:
No âmbito da Justiça do Trabalho, é possível suprimir o adicional noturno quando houver transferência do período noturno para o período diurno (Súmula TST nº 265).
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1º Passo - Anotar na Ficha ou no Livro Registro de Empregados, o horário de trabalho do empregado, que poderá ser:
h) em trajeto - horas in itineri (exceção para as microempresas e empresas de pequeno porte que podem fixar o tempo médio despendido pelo empregado, a forma e a natureza da remune­ração, por meio de acordo ou convenção coletiva).
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2. INTERVALOS
2º Passo - Definir o intervalo:
a) Intrajornada - Trabalho contínuo - concessão no tempo intermediário da jornada do trabalho:
a.1) Duração até 4h: não há intervalos, salvo cláusula de acordo ou convenção coletiva;
a.2) Duração de 4h a 6h: intervalo de 15 min;
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a.3) Duração excedente de 6h:
a.1.1) 1h (duração mínima);
a.1.2) superior a 2h (mediante acordo escrito ou contrato coletivo de trabalho);
a.1.3) inferior a 1h (por ato do MTE e quando os empre­gados não estiverem sob o regime de trabalho pror­rogado a horas suplementares);
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Redução do intervalo
O ato do MTE que concede a redução do intervalo tem a vigência máxima de 2 anos e não afasta a competência dos agentes da Inspeção do Trabalho de verificar, a qualquer tempo, in loco, o cumprimento dos requisitos legais, pois o descumprimento destes torna sem efeito a redução, procedendo-se às autuações por descumprimento da CLT (art. 71, caput), bem como das outras infrações que forem constatadas.
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Atenção:
A não concessão do intervalo acarreta o pagamento de adicional de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal.
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Outros períodos de descanso
Períodos de descanso considerados de efetivo trabalho/períodos remunerados que não prejudicam o intervalo de refeição ou descanso: 
 - serviços de mecano­grafia: 10 min a cada período de 90 min de trabalho consecutivo; 
 - trabalho em minas de subsolo: 15 min a cada período de 3 h de trabalho; - câmaras frigorífi­cas: 20 min após 1 h40min de trabalho contínuo; 
 - serviços de telefonia, telegra­fia submarina e subfluvial, radiotelegrafia e radiotelefonia (sujeitos a horários variáveis): 20 min após esforço contínuo de mais de 3 h;
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 - radialista nos setores de cenografia e caracterização: 20 min após esforço contínuo de mais de 3 h; 
 - médico: 10 min a cada 90 min de trabalho; 
 - amamentação: 2 descansos espe­ciais de 30 min cada um para amamentar o próprio filho, até 6 meses de idade; 
 - pagamento de salários por meio de cheque: assegura-se ao empregado horário que permita o desconto imediato de cheque; 
 - atividades de processamento ele­trônico de dados: assegura-se àqueles que desempenham atividades de entrada de dados, uma pausa de 10 min para cada 50 min trabalhado; 
 - mulheres e me­nores: 15 min antes do início do período extraordinário do trabalho.
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2º Passo - Definir o intervalo:
b) interjomada (intervalo entre 2 jornadas de trabalho):
b.1) serviços em geral: mínimo de 11 h consecutivas contadas do término da jornada de um dia ao início da jornada se­guinte;
b.2) serviços específicos: 
- ferroviários cabineiros: 14 h consecutivas; 
- serviços de equipagens de trem em geral: 10 h contínuas;
- serviços de telefonia, tele­grafia submarina e subfluvial, radiotelegrafia e radiotelefonia: 17 h (quando sujeitos a horários variáveis); 
- jornalistas profissionais: 10 h; 
- operadores cine­matográficos: 12 h.
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2º Passo - Definir o intervalo:
c) descanso semanal de 24h consecutivas coincidente com o domingo, no todo ou em parte.
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Atenção:
REPOUSO SEMANAL + INTERVALO INTRAJORNADA 
Não confundir repouso en­tre jornadas, de 11 h, com o repouso semanal, de 24 h, ou seja, após o último dia de trabalho semanal, o empregado faz jus a 35 horas de repouso (11 + 24 = 35 h).
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3. MARCAÇÃO DE PONTO
3º Passo - Escolher a forma de registrar a hora de entrada e de saída dos trabalhadores:
a) obrigatoriedade: só para estabelecimentos com mais de 10 em­pregados;
b) formas de controle: manual, mecânico ou eletrônico (SREP/ REP). 
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Atenção:
A marcação deve ser procedida pelo próprio trabalhador, refletindo a realidade (não deverá haver “marcação britânica”). 
Tais documentos não devem conter emendas, rasuras, borrões ou qualquer outro elemento que coloque em dúvida a sua au­tenticidade. 
Aconselha-se colher a assinatura do trabalhador no livro, cartão ou espelho de ponto, por medida preventiva e de boa prática.
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Observação:
Jornada de trabalho executada integralmente fora do estabelecimento do empre­gador: o horário de trabalho constará, também, de ficha, papeleta ou registro de ponto, que ficará em poder do empregado.
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3.1 Exceções:
a) serviço externo: se a empresa, expressamente, estabelecer essa condição (não subordinação a horário), tendo feito esta anota­ção na CTPS e no registro de empregado;
b) cargos de confiança (gestão): empregados cujos salários do cargo de con­fiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, sejam inferiores ao valor do respectivo salário efetivo, acrescido de 40%.
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4. QUADRO DE HORÁRIO
4º Passo - Afixar quadro de horário de trabalho:
 - obrigatoriedade: somente para empresas que não adotam registros manuais, mecânicos ou eletrônicos individualizados de controle de horário de trabalho, contendo a hora de entrada e de saída e a pré-assinalaçâo do período de repouso ou alimentação,
 - exceção: microempresas (LC n9 123/2006, art. 51, I).
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5. ACORDOS DE COMPENSAÇÃO / PRORROGAÇÃO / BANCO DE HORAS E OUTROS
5º Passo - Observar a existência de:
acordo de compensação de horas: em até 2 h diárias, mediante acordo escrito;
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acordo de prorrogação de horas: em até 2h diárias, com adicional de 50% sobre o valor da hora normal, mediante acordo escrito, para empregados maiores de 18 anos:
b.1) atividades insalubres: deve ser antecedido de licença prévia das autoridades competentes em matéria de medicina do trabalho (CLT, art. 60);
b.2) atividades periculosas: o adicional de periculosidade é cumulativo com outros adicionais (CLT, art. 193, § 1º; Súmula TST ne 264);
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Atenção:
acordo de prorrogação firmado simultaneamente ao de compensação de horas: a jornada diária não pode ultrapassar o limite global de 10 h. 
Às prorrogações do trabalho noturno, aplicam-se as mesmas regras. 
Empregados sob regime de tempo parcial não podem prestar horas extras.
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5º Passo - Observar a existência de:
banco de horas: dispensa de acréscimo de salário se, por acordo ou convenção coletiva, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de 1 ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 h/dia;
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Observação:
Na impossibilidade da compensação integral da jornada extraordinária, o trabalhador fará jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.
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5º Passo - Observar a existência de:
minutos que sucedem e antecedem a jornada normal: não descontar, nem computar como horas extras as variações de horário no registro de ponto não excedentes de 5 min, observado o limite máximo de 10 min/dia;
sobreaviso: as horas devem ser remuneradas à razão de 1/3 do valor do salário/hora normal e, em havendo o chamado ao trabalho efetivo no período de descanso, as horas despendidas devem ser remuneradas como extraordinárias;
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Atenção:
O uso de aparelho de intercomunicação (BIP, Pager, aparelho celular) pelo empregado, por si só, não caracteriza regime de sobreaviso, uma vez que o empregado não permanece em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento chamado para o serviço durante o período de descanso (Súmula TST nº 428).
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5º Passo - Observar a existência de:
início da jornada em dia útil e término em feriado: o início da jornada de trabalho é que comanda a remuneração desse dia;
supressão de hora extra: a supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal (Súmula TST nº 291).
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REPOUSO SEMANAL REMUNERADO
Objetivo: abordar o direito do trabalhador ao repouso semanal remunerado, sua duração, calculo, a possibilidade ou não do desconto diante de faltas injustificadas do empregado, além das hipóteses de trabalho aos domingos e feriados.
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O repouso semanal remunerado é assegurado pela Constituição Federal aos empregados urbanos, rurais e, também, aos domésticos.
Em relação ao RSR, a empresa deve observar:
1. Duração: no mínimo 24h consecutivas.
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Atenção:
Não confundir o RSR de 24h com o intervalo interjornada de 11h. 
Nesse sentido, temos o Precedente Administrativo nº 84 aprovado pelo Ato Declaratório SIT nº 10/2009 que determina a soma dos dois intervalos, ou seja, 11 horas (entre dias) e 24 horas (entre semanas), totalizando 35 horas.
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Em relação ao RSR, a empresa deve observar:
2. Periodicidade:
1 dia de folga a cada 6 dias trabalhados.
Em geral, é vedado o trabalho nos dias de repouso. Contudo, caso haja trabalho nesses dias, a empresa deve observar:
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3. Trabalho aos Domingos e Feriados – Autorização
Se estiver previamente autorizada por enquadrar-se em uma das atividades relacionadas no Quadro Anexo ao Decreto nº 27.048/1949, aplicar as seguintes regras:
organizar escala de revezamento de folgas, de forma que a folga do empregado coincida com domingo, pelo menos 1 vez a cada 7 (sete) semanas. Esta escala deve ficar à disposição da fiscalização;
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Atenção:
Apesar de existir discussão acerta do assunto, o art. 386 da CLT determina que havendo trabalho da mulher aos domingos, será organizada uma escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical.
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a escala deve prever ainda 1 (um) dia de folga por semana ao empregado. Portanto, a cada seis dias trabalhados, no máximo, o sétimo deve ser folga;
caso o empregador não conceda a folga semanal, ou a conceda após o 7º (sétimo) dia de trabalho consecutivo, deverá remunerá-lo em dobro.
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Exemplo:
Empregado com salário mensal de R$1.100,00 e que trabalhou 8 horas no feriado, sem ter folga compensatória.
Nesse caso, teremos:
R$ 1.100,00 : 220 h = R$5,00 (salário hora)
R$ 5,00 x 8 h x 2 = RS 80,00 (valor das 8h trabalhadas no feriado em dobro)
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Atenção:
Nos termos da Súmula nº 146 do TST, a empresa deve remunerar as horas trabalhadas aos domingos e feriados em dobro, independentemente do valor a ser pago a título de repouso semanal remunerado (RSR).
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Se não estiver enquadrada em nenhuma das atividades previamente autorizadas pelo MTE e previstas no Quadro Anexo nº 27.048/1949:
Deverá formular um requerimento ao MTE solicitando permissão para funcionamento aos domingos e feriados.
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O requerimento deverá conter o motivo que enseja o pedido para funcionamento aos domingos e feriados, e deve ser instruído com os seguintes documentos:
 -	laudo técnico elaborado por instituição federal, estadual ou municipal que indique as necessidades de ordem técnica e os setores que exigem a continuidade do trabalho, com validade de 4 anos;
 -	acordo coletivo de trabalho ou anuência expressa de seus empregados, manifestada com a assistência da respectiva entidade sindical; e
 -	escala de revezamento.
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Caso a empresa não se enquadre no item anterior poderá, excepcionalmente, realizar trabalho em dias de repouso:
por motivo de força maior, devendo comunicar o fato à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) no prazo de 10 dias; ou
para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto, mediante autorização prévia da SRTE, onde o período não poderá ser superior a 60 dias.
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Se a empresa for do ramo de comércio em geral, deverá:
verificar se há alguma legislação municipal dispondo sobre trabalho aos domingos e feriados;
Elaborar escala de revezamento de folgas, de forma que uma folga coincida com o domingo, pelo menos uma vez no período máximo de 3 semanas;
Observar que, será permitido o trabalho em feriados, desde que autorizado por convenção coletiva de trabalho e observada sempre a legislação municipal, onde houver.
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Dica:
Deve-se destacar o RSR na folha de pagamento e no recibo de pagamento, exceto para os mensalistas e quinzenalistas para evitar a caracterização de salário complessivo.
Considera-se salário complessivo, o fato de o empregador lançar na folha de pagamento e no recibo de pagamento várias verbas em um único evento, sem a devida discriminação.
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4. Cálculo do RSR 
 - Regra Geral
RSR = 1 dia normal de trabalho.
Dica:
Para encontrar o RSR, basta dividir a jornada semanal do empregado por 6. Assim, para uma jornada de 44 horas semanais, teremos um RSR de 7,33, que corresponde a 7horas e 20 minutos.
Da mesma forma, um empregado com jornada de 36 horas semanais, terá um RSR correspondente a 6 horas.
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 - Regras Específicas:
a)	 semanalistas, diaristas e horistas:
RSR = 1 dia normal de trabalho;
Atenção:
Caso a jornada normal diária de trabalho seja variável, a remuneração corresponderá a 1/6 do total de horas trabalhadas durante a semana.
RSR = jornada semanal total / 6
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 - Regras Específicas:
b)	 mensalistas e quinzenalistas:
O mensalista e o quinzenalista já têm embutido no salário o repouso semanal remunerado. 
Não há necessidade de pagar em separado, exceto em relação à parte variável (adicionais pagos com habitualidade, comissões, horas extras, etc.) situação em que o empregador deverá calcular o reflexo do RSR sobre a parte variável;
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 - Regras Específicas:
c) comissionista:
Para calcular o RSR do comissionista, deve-se somar as comissões percebidas durante a semana e dividir o resultado pelo número de dias úteis da respectiva semana (em geral, 6 dias).
RSR = total das comissões auferidas na semana / 6.
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Atenção:
Para obter o valor mensal do RSR basta dividir o total das comissões pelo número de dias úteis e multiplicar pelo número de domingos e feriados do respectivo mês:
RSR = (total das comissões / nº de dias úteis do mês) x nº de domingos e feriados
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d) tarefeiro ou pecista:
Para calcular o RSR dos empregados contratados por tarefa ou peça, deve-se dividir o salário relativo às tarefas ou peças executadas durante a semana, no horário normal de trabalho, pelo número de dias de serviço efetivamente trabalhados.
RSR = valor total das tarefas ou peças executadas na semana / 6
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e)	trabalho em domicílio:
Para calcular o RSR dos empregados que trabalham em domicílio, deve-se dividir o valor total da produção semanal por 6.
RSR = total da produção semanal / 6
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f) jornada reduzida:
O empregado contratado para trabalhar em jornada reduzida, ainda que sejam apenas alguns dias na semana, também faz jus ao RSR. Para fazer o cálculo, deve-se dividir o ganho semanal por 6.
RSR = ganho semanal / 6
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Escala de revezamento
Exceto os elencos teatrais e congêneres, nos serviços que exijam trabalho aos domingos, será estabelecida escala de revezamento, previamente organizada e constante de quadro sujeito à fiscalização.
O modelo da escala de revezamento é de livre escolha da empresa, organizada de maneira que:
 - a cada 6 dias de trabalho corresponda 1 folga; e 
 - em um período máximo de 7 semanas de trabalho, cada empregado tenha ao menos um domingo de folga.
Em se tratando de comércio varejista, o RSR deverá coincidir com o domingo pelo menos 1 vez, no período máximo de 3 semanas.
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5.	Adicionais
a)	adicional noturno
O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos legais, repercutindo também sobre o RSR (Súmula TST n- 60).
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Dica:
Reflexo do adicional noturno sobre RSR dos empregados mensalistas ou quinzenalistas 
O MTE, por meio do Precedente Administrativo nº 41, aprovado pelo ato Declaratório Defit nº 4/2002, orienta que só cabe repercussão do adicional noturno nos cálculos do adicional noturno nos cálculos do RSR de empregado que tem salário pago por dia ou mensalistas e quinzenalistas cujo trabalho não seja exclusivamente noturno.
Isto porque para os empregados mensalistas ou quinzenalistas que cumprem jornada exclusivamente noturna, o salário acrescido do adicional de 20% já inclui a remuneração do repouso.
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b) adicional de horas extras
No cálculo do RSR são computadas as horas extras habitualmente prestadas;
Dica:
Muito embora o empregador deva calcular o reflexo das horas extras sobre o RSR, nos termos da Súmula TST nº 172, o próprio Tribunal esclareceu, por meio da OJ SDI-I nº 394, que a majoração do valor do RSR, em razão da integração das horas extras habitualmente prestadas, não repercute no cálculo dos valores das férias, 13º salário, aviso prévio e depósitos para o FGTS, sob pena de caracterização de bis in idem.
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c) adicional de periculosidade e insalubridade
Não incide o reflexo desses adicionais sobre o RSR, quando os mesmos forem calculados sobre a remuneração mensal do empregado. 
Isto porque, nesta situação, a base de cálculo do adicional de periculosidade ou de insalubridade considerou todos os dias do mês trabalhado pelo empregado mensalista (inclusive os dias destinados ao RSR e feriados). Sendo assim, não há necessidade de fazer qualquer tipo de cálculo que vise a integração do adicional nos dias de descanso.
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6. Desconto do RSR
O RSR é devido ao empregado que cumpre seu horário de trabalho integralmente sem faltas, atrasos ou saídas injustificadas durante o expediente.
Observa-se,
no entanto, que existem ausências previstas na legislação que são as chamadas “faltas legais”, as quais não prejudicam a remuneração do RSR.
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Relação de faltas justificadas:
até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente (pais, avós, etc.), descendente (filhos, netos, etc.), irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), vivia sob sua dependência econômica;
até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;
por 5 dias, enquanto não for fixado outro prazo em lei, como licença-paternidade;
por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
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Relação de faltas justificadas:
até 2 dias consecutivos ou não, para fins de alistamento eleitoral, nos termos da lei respectiva;
no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na Lei nº 4.375/1964, art. , "c";
nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior;
durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto não criminoso e de adoção ou guarda judicial de criança, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social;
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Relação de faltas justificadas:
por paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não tenha havido trabalho;
justificada pela empresa, assim entendida a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário;
durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido;
no período de férias;
pelo comparecimento para depor como testemunha, quando devidamente arrolado ou convocado;
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Relação de faltas justificadas:
pelo comparecimento como parte à Justiça do Trabalho;
no período de afastamento do serviço em razão de inquérito judicial para apuração de falta grave, julgado improcedente;
pelo afastamento por doença ou acidente do trabalho, nos 15 primeiros dias pagos pela empresa mediante comprovação, observada a legislação previdenciária;
pela convocação para o serviço eleitoral;
18)	 por greve, desde que tenha havido acordo, convenção, laudo arbitrai ou decisão da Justiça do Trabalho que disponha sobre a manutenção dos direitos trabalhistas aos grevistas durante a paralisação das atividades;
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Relação de faltas justificadas:
no período de frequência em curso de aprendizagem;
para o(a) professor(a), por 9 dias, em consequência de casamento ou falecimento de cônjuge, pai, mãe ou filho;
pelo comparecimento como jurado no Tribunal do Júri;
por licença remunerada;
23)	 pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro;
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Relação de faltas justificadas:
por atrasos decorrentes de acidentes de transportes, comprovados mediante atestado da empresa concessionária;
as ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atuações do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS);
as ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores no Conselho Curador do FGTS, decorrentes das atividades desse órgão;
nos períodos de afastamento do representante dos empregados quando convocado para atuar como conciliador nas Comissões de Conciliação Prévia;
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Relação de faltas justificadas:
as ausências ao trabalho dos que exercerem as funções de membro do Conselho Nacional do Desenvolvimento Urbano (CNDU) e dos Comitês Técnicos;
por dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, 6 consultas médicas e demais exames complementares durante a gravidez;
pelo tempo que se fizer necessário quando tiver que comparecer a juízo;
por outros motivos previstos em acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença normativa do sindicato representativo da categoria profissional.
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Ausência por motivo de doença - Atestado médico:
Para não sofrer o desconto do RSR, o empregado que se ausentar do serviço por motivo de doença deverá apresentar atestado médico que observe a ordem preferencial estabelecida em lei (Súmula TST nº 15).
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A Lei nº 605/49 (art. 65, § 2º) estabelece a seguinte ordem:
médico da empresa ou do convênio;
médico do SUS ou avaliação da perícia médica da Previdência Social, quando o afastamento ultrapassar a 15 dias, e outras situações de acordo com a legislação previdenciária;
médico do Sesi ou do Sesc;
médico a serviço de repartição federal, estadual ou municipal incumbido de assuntos de higiene ou de saúde pública;
médico de serviço sindical;
médico particular de livre escolha do próprio empregado no caso de ausência dos anteriores na respectiva localidade onde trabalha.
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Atenção:
Caso a empresa, por liberalidade, tenha o hábito de aceitar ou se passar a aceitar qualquer atestado médico, independentemente da ordem preferencial estabelecida em lei, não mais poderá exigir a sua observância, sob pena de infringir o disposto no art. 468 da CLT, por configurar alteração prejudicial ao empregado.
Recomenda-se que a empresa verifique a existência de alguma cláusula em documento coletivo de trabalho do sindicato que representa a categoria profissional respectiva, dispondo sobre abono de faltas ao serviço ou sobre atestados médicos.
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b) Validade do atestado médico - Requisitos:
O atestado médico apresentado pelo empregado só terá validade se observados os seguintes requisitos (Portaria MPAS nº 3.291/94):
 tempo de dispensa concedida ao segurado, por extenso e numericamente;
 ressalvadas as hipóteses de justa causa e exercício de dever legal, ao médico somente será permitido fazer constar, em espaço apropriado no atestado, o diagnóstico codificado, conforme o Código Internacional de Doenças (CID), se houver solicitação do paciente ou de seu representante legal, mediante expressa concordância consignada no documento;
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 assinatura do médico ou odontólogo sobre carimbo do qual constem nome completo e registro no conselho profissional respectivo. 
As datas de atendimento, início da dispensa e emissão do atestado não poderão ser retroativos e deverão coincidir.
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Atenção:
Desconto do DSR - Mensalista e Quinzenalista
Há grande polêmica quanto à possibilidade de o empregador descontar o RSR do empregado mensalista e quinzenalista em virtude do disposto no § 22 do art. 72 da Lei nº 605/49. Isto porque, nos termos do mencionado dispositivo, "consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do empregado mensalista ou quinzenalista...".
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Em decorrência disso, surgem 2 correntes de entendimento:
I.	 Uma que entende que os empregados mensalistas e quinzenalistas não estão sujeitos à assiduidade para fazer jus ao RSR, vez que já tem embutido em seu salário o repouso. 
Ou seja, ainda que faltem injustificadamente ao trabalho, só sofrerão o desconto do valor correspondente ao dia de falta.
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II. Outra corrente entende que os requisitos para a concessão do RSR, assiduidade e pontualidade se aplicam a todos os empregados,
mensalistas ou não, sob pena de ferir o princípio da igualdade. 
Para os defensores dessa corrente, o empregado sofre o desconto do valor correspondente ao dia de falta mais o RSR.
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Desconto do DSR - Horista, diarista e semanalista
O empregado horista, diarista e semanalista só terá direito ao repouso semanal, desde que trabalhe durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o horário de trabalho.
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