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DOR ABDOMINAL DEFINICOES Abdome agudo é um quadro de dor abdominal aguda, intensa e progressiva, que necessita de uma abordagem (clínica ou cirúrgica) de urgência Dor visceral Dor mal definida, acompanhada de sintomas autonômicos (taquicardia, cefaleia, vômitos, tontura) . Dor do início do quadro, mais leve e inespecífica. Mal localizada, paciente espalma a mão sobre abdome. Sempre na linha medial do corpo. Causada por distensão do órgão. Dor parietal (somática) Causada pela inflamação que alcança o peritônio parietal (ricamente inervado). Dor da progressão do quadro. Localizada, paciente aponta com o dedo. Apresenta defesa abdominal involuntária. Peritônio Camada serosa que reveste a parede abdominal e vísceras (2 camadas = peritônio visceral e peritônio parietal) Dor referida Dor longe do local primário da doença (mesma raiz nervosa). Ex. vesícula e dor no ombro direito. Coração e ombro esquerdo Intestino anterior Dá origem a boca até 1ª porção do duodeno. Ex. Colecistite Intestino médio Dá origem a 2ª porção do duodeno até 2/3 do transverso. Ex. Apendicite Intestino posterior Da origem a 1/3 final do transverso até o ânus. Ex = Diverticulite no sigmoide Caracterização da dor Inicio, Duração, Tipo, Intensidade, Localização, Irradiação, Migração, Sintomas associados, Fatores de melhora e piora Inspeção Cicatrizes (McBurney, Kocher, Lap Exploradora, Cesárea), formato (Globoso, ascítico, escavado), abaulamentos (massa, hérnia), retrações, circulação colateral, peristalse visível (ondas de Kussmaul Ausculta 1 min por quadrante, 5-30 RHA/min em cada quadrante Ex. Obstrução > Início = Peristalse de luta = RHA aumentado em timbre metálico > Final = RHA abolidos Palpação Palpar durante inspiração (dor, massas, aumento de vísceras). Iniciar longe da dor. Percussão Dígito-percussão. Abdome deve ser timpânico, exceto pelo fígado=maciço. Sinal Macicez Móvel = ascite/ Sinal de Jobert = timpanismo pré-hepático = pneumoperitônio (perfuração víscer oca) / Sinal de Chilaiditi = alça intestinal sobrepondo o fígado. Sinais de peritonite 1- Dor a descompressão brusca em qualquer local do abdome 2- Defesa abdominal involuntária Exames Comp. Lab = Hemograma, PCR, Função renal, TGO/TGP, canaliculares, bilirrubina, amilase , lipase, EAS Rotina do abdome agudo Raio X Tórax PA Raio X Abdome AP ortostase e decúbito Opcional = USG Abdome para vias viliares USG Pelve para anexos ginecológicos TC com contraste EV Abdome Agudo Tipo de dor abdominal Inflamatório Dor migratória = visceral (mal definida) para dor parietal (localizada). Peritonite tardia localizada Obstrutivo Dor inicial em cólica (peristalse de luta) que evolui tardia para difusa (distensão de alças) Perfurativo Dor súbita, intensa e difusa, associada a sinais precoces de Peritonite e Sepse Hemorrágico Dor súbita, intensa e difusa, com sinais de Peritonite tardia, associada a sinais de choque hemorrágico Vascular Dor aguda que paciente refere desproporcional ao exame físico (Fatores de risco + Hiperlactemia) 1º Apendicite 2º Colecistite 3º Pancreatite 4º Diverticulite INFLAMATÓRIO - Apendicite INFLAMATÓRIO - Diverticulite Epidemiologia 8% pop. Mundial Mais comum = 20-40 anos 1º tipo de abdome agudo inflamatório mais comum Diverticulose = 10% 80 anos 1-4% Diverticulite = pop. Mundial Local mais comum = cólon esquerdo descendente e sigmoide (fezes + ressecadas) Etiologia 90% fecálitos 5% cálculo biliar migrado 5% Corpo estranho Neoplasia Diverticulose/Doença diverticular = presença saculações no cólon Principal fator de risco constipação-> fezes endurecidas = pressão intraluminal gera protrusão da mucosa, principalmente em áreas de fragilidade da parede intestinal (locais de penetração arterial) Diverticulite = inflamação dos divertículos (Principal causa = fecálitos) Fisiopatologia Obstrução da luz do apêndice > Secreções acumuladas> Aumento da pressão intraluminal > Distensão > DOR VISCERAL EM MESOGÁSTRIO > Proliferação bacteriana > Inflamação transmural > Atinge peritônio parietal> DOR PARIETAL EM FID > Alterações vasculares > Isquemia > Hipóxia > Necrose > Favorece perfuração (15% de chance em idosos) Obstrução da luz do divertículo > Secreções acumuladas> Aumento da pressão intraluminal > Distensão > DOR VISCERAL EM HIPOGÁSTRIO > Proliferação bacteriana > Inflamação transmural > Atinge peritônio parietal> DOR PARIETAL EM FIE > Alterações vasculares > Isquemia > Hipóxia > Necrose > Favorece perfuração (15% de chance em idosos) Diferente do apêndice, divertículo é maior, fecálito pode sair, gerando uma inflamação intermitente Sintomas Critérios Diagnóstico 4h Dor visceral em mesogástrio 4-12h náuseas anorexia (TNF = caquexina) febre 12h-24h dor parietal localizada em FID (Cronologia de Murphy) Sinais: Psoas, Obturador, Rovsing, Blumberg no ponto de McBurney SCORE ALVARADO >=8 PROVÁVEL (MÁXIMO = 10) SINTOMAS: Migração dor (1), Anorexia (1), Náusea (1) SINAIS: Dor palpação FID (2), Febre aferida (1), Sinais peritonite (1) LAB: Leucocitose (2), desvio a esquerda (1) Dor visceral em hipogástrio náuseas anorexia (TNF = caquexina) febre Evolui com dor parietal localizada em FIE Conhecido como “apendicite do idoso” do lado esquerdo Diagnóstico por Tomografia com contraste (durante crise) CLASSIFICACAO DE HINCHEY – complicações I = Abscesso pequeno 4cm (Tto: ATB + Punção) III = peritonite purulenta difusa (Tto: ATB + cirurgia urgência = limpeza) IV = peritonite fecal difusa (Tto: ATB + cirurgia urgência = colostomia) OBS: contraindicados na fase aguda = Colonoscopia (deve ser feita após 8 semanas, confirma diverticulose, e exclui neoplasia) e enema opaco Complicações Perfuração, Abscesso, Fístula, Choque Séptico Sangramento (cólon direito), Perfuração, Abscesso, Fístula, Choque Séptico Conduta Jejum, hidratação EV, Sintomáticos, ATB profilático E.Coli (Cetriaxona+Metronidazol), Cirurgia urgência (VLP = padrão ouro. Contraindicado apenas quando paciente está chocado) Jejum/Dieta Leve, hidratação EV, Sintomáticos, ATB terapêutico ou profilático para E. Coli (Cetriaxona+Metronidazol), Cirurgia urgência Limpeza/Colostomia Hartmann (VLP, Lap Exploradora) 2 OBSTRUTIVO Epidemiologia 80% no intestino delgado 2º tipo de abome agudo mais comum Etiologia Intestino delgado (alta) - Mecânica (intra-luminal ou extrínseco) 60% Bridas / 30% Hérnias encarceirada / 20% Neoplasias (metastáticas_ - Funcional: Íleo pós-op, peritonite, íleo metabólico, megacólon Intestino grosso (baixa) 44% Neoplasia (primária) / 30% Fecaloma / 5% Volvo de Sigmoide Fisiopatologia Obstrução > acumulo de alimento e secreções > distensão das alças intestinais > edema da parede intestinal > isquemia > necrose e translocação de bactérias > perda da função absortiva > paciente não consegue se alimentar/hidratar associado a vômitos > choque hipovolêmico Sintomas A baulamento inguinal/ventral (hérnias) B lood– sangue nas fezes ou no vômito C irurgias abdominais prévias (aderências) D or em cólica ou difusa E liminacao de fezes e flatos F ebre Critérios Diagnóstico Parada de eliminação de fezes e flatos Vômitos (Alta = volume maior e conteúdo gástrico/entérico, Baixa = volume menor e conteúdo fecaloide) + sinais de hipovolemia Dor abdominal inicial em cólica (peristalse de luta) que evolui tardia para difusa (distensão de todas alças intestinais) - Inspeção = Distensão abdominal, cicatrizes, hérnias, ondas de Kussmaul (incluir sempre região inguinal) - Ausculta = Inicio Aumento de RHA com timbre metálico (peristalse de luta) e depois RHA diminuídos/ausentes. - Percussão = Hipertimpanismo - Palpação = massas abdominais, dor - Toque retal obrigatório = tumor, fecaloma, sangue - Lab = Alcalose metabólica (vômitos) hipocloremica (HCl) e hipocalemica (K na urina = compensação renal. Leucocitose se sofrimento de alça (isquemia) - Exames Imagem (Rotina abdome agudo) = Empilhamento de moedas (obstrução delgado),Grao de café (Volvo de Sigmoide) Complicações Isquemia mesentérica Necrose > Perfuração > Sepse > Choque séptico Choque hipovolêmico (vômitos) Conduta 80% cínico = dieta zero, sonda nasogástrica aberta para drenar, hidratação EV + correção distúrbios eletrolíticos, sonda vesical, ATB –profilaxia (Cef+Metro) 20% cirúrgico = Sem melhora em 72h, Obstrução completa Perfuração, Necrose 3 4 PERFURATIVO Úlcera Péptica Neoplasia gástrica Neoplasia Colorretal Corpo estranho Epidemiologia 3º tipo de abdome agudo mais comum Etiologia AINES (Nimesulida, AAS, Ibuprofeno) H. Pylori Fatores de risco: tabagismo, álcool, estresse Fisiopatologia Quebra de mucosa + submucosa Péptica = relacionada a acidez Sintomas Critérios Diagnóstico Diagnóstico endoscópico EDA + Biópsia + Histopatológico Conduta - Antes de perfurar: Reduzir acidez (omeprazol) + tratar causa (AINES, H.Pylori) - Perfuração = cirurgia de emergência - Sangramento =Endoscópico (Clip), cirurgia dese refratário - Obstrução Antral = clínico ou cirúrgico Epidemiologia 70% acima dos 50 anos Maior parte esporádica Mais comum = Cardia e Antro Etiologia Fatores de risco: tabagismo, obesidade, anemia perniciosa, pólipos adenomatosos, gastrite atrófica, H. Pylori Sintomas Critérios Diagnóstico Plenitude pós-prandial, perda de peso não intencional, anemia ferropriva Diagnóstico endoscópico EDA + Biópsia + Histopatológico Classificação Bormann = macroscópica via EDA Microscópica “Cél. Em anel de sinete” 95% Adenocarcinoma - Lauren tipo intestinal = esporádico, >50 anos - Lauren tipo difuso = genético, em jovens, sexo F Linfoma = causado H.Pylori Conduta: Tratamento cirúrgico + neoadjuvancia/ adjuvancia Epidemiologia 4ª causa de morte em homens, 3ª em mulheres Rastreio > 45 anos Etiologia Fatores de risco: tabagismo, constipação crônica, historia familiar Sintomas Critérios Diagnóstico Fadiga, cólicas, Tenesmo, perda de peso não intencional, , mudança hábitos intestinais Sangue nas fezes (Melena = alto, Hematoquezia = baixo) Diagnóstico endoscópico Colonoscopia + Biópsia + Histopatológico Conduta: Tratamento cirúrgico + neoadjuvancia/ adjuvancia Etiologia 90% é eliminado Fisiopatologia TGI tem constrições fisiológicas onde ocorre impactação do corpo estranho Complicações Esôfago > mediastinite Conduta: Tratamento cirúrgico Etiologia Mais comum = Processos inflamatórios perfurados (Úlcera péptica, DII, Diverticulite), Infecciosos (Salmonella, CMV, TB intestinal), e Neoplasias Menos comuns = Corpo estranho, Iatrogenias (Ex. Colono em paciente com diverticulite aguda) Fisiopatologia Vazamento de suco gástrico, fezes, secreções intestinais Sintomas Critérios Diagnóstico Dor abdominal súbita, intensa e difusa Peritonite intensa e precoce (≠ apendicite migra em 12h) com sinais de sepse precoce Sinais associados ao processo inflamatório = náuseas, vômitos, anorexia - Palpação = Abdome em tábua (defesa abdominal involuntária intensa e difusa) (≠ apendicite é localizado) - Percussão = Sinal de Jobert (Pneumoperitônio por perfuração de víscera oca) Exames imagem (Rotina de Abdome Agudo+TC+EDA) RX Tórax PA = radiotransparência sub-diafragmática RX Abdome = Sinal de Rigler (dupla parede intestinal) e Sinal de ligamento falciforme do fígado +TC de abdome = pode sugerir etiologia +Endoscopia = reservar para corpo estranho Iatrogenia Etiologia Perfuração em Colono por diverticulite aguda Ulceração medicamentosa Fisiopatologia Perfuração causada por qualquer tratamento de saúde Diagnóstico Exame de Imagem: TC ou RX Conduta: Tratamento cirúrgico Complicações Sepse > Choque séptico Conduta 100% cirurgia de emergência = rafia do orifício + lavagem de cavidade 5 Hemorrágico Gravidez Ectópica Rota Epidemiologia 4º tipo de abdome agudo mais comum Epidemiologia 95% na tuba uterina 5% outros (ovário, cavidade abdominal, cicatriz cesárea) Principal causa de morte materna no 1º semestre Fisiopatologia Saco gestacional se implanta fora da topografia correta > Tuba não se distende como útero> Criscimento embrionário >. Ruptura vascular Sintomas Critérios Diagnóstico Beta-HCG quantitativo > 1500 UI + USG transvaginal sem saco gestacional no útero, identificando em outro local Conduta - Conservador = 3 critérios (saco gestacional íntegro Irrita peritônio parietal > não há exteriorização do sangue ≠ Hemorragia digestiva (dentro do TGI, sangue não entra em contato com cavidade, depois é eliminado/exteriorizado. Não tem sinais de peritonite nem dor abdominal. Ambos tem sinais de hipovolemia) Sintomas Critérios Diagnóstico Dor abdominal intensa Sinais de peritonite tardia ~12h Sinais de perda volêmica (hipetensao, taquicardia, pele pegajosa, extremidades frias) Sinais de hemorragia (anemia, fadiga) Devida a irritação do diafragma (nervo frênico): Sinal de Kehr – dor referida em embro E Sinal de Lafond – dor referia em ombro D Exames de imagem: USG ou TC Aneurisma de Aorta Abdominal Rota Etiologia Dilatação maior que 50% diâmetro arterial Fatores de risco: Idade > 50ª, tabagismo, HAS, Aterosclerose Fisiopatologia Artéria perde sua elasticidade > Não volta a forma original > Elastina é destruída > parede arterial perde espessura e fica mais frágil > Ruptura pode formar hematoma ou espalhar pela cavidade abdominal Sintomas Critérios Diagnóstico Antes de romper = assintomático/ oligossintomático (Lombalgia, dor abdominal pulsante) Exames: TC ou USG Conduta - Sem ruptura = Proced. endovascular com prótese vascular + AAS, controle fatores de risco - Com ruptura = Cirurgia laparotomica: Rafia orifício com a prótese + AAS, controle fatores de risco Complicações Hemorragia grave Choque hemorrágico Conduta Em caso de roto = Tratamento cirúrgico 6 Vascular / Isquêmico Epidemiologia 3º tipo de abdome agudo mais comum 75% = Mais comum na Artéria mesentérica superior (50% êmbolo, 25% trombo) 5% Veia mesentérica superior (trombo) 20% Isquemia não oclusiva (Vasoespasmo) Raro = Artéria mesentérica inferior (+Arco de Riolan AMSup>AMInf) Etiologia Oclusão arterial (êmbolo ou trombo) =OBS: embolo é mais agudo Oclusão venosa (trombo) Vasoespasmo arterial (constricao vigorosa) Fatores de risco: HAS, Tabagismo, DVP, Cardiopatia, Ateroesclerose, Uso de ACO Fisiopatologia Isquemia mesentérica - Oclusão = Obstrução dos vasos que irrigam o intestino > isquemia (quando acomete maiores ramos, pois nos menores, há circulação colateral) > hipóxia > Dor resulta de um fornecimento inadequado O2 - Vasoespasmo = vasoconctricao (hipovolemia ou drogas vasoativas) > tentativa de preservar coração e cérebro - 2 zonas de isquemia do cólon = zona de Sudeck (transição reto-sigmoide), zona de Griffins (ângulo esplênico) = em colectomia, não anastomosar nessa área, pois tembaixa irragacao e portanto risco de necrose 2 Causas de Lesão intestinal (sofrimento tecidual) - Hipoperfusao com hipóxia (redução de >50% do fluxo) - Reperfusão = quando aumenta perfusão novamente, estresse oxidativo Sintomas Critérios Diagnóstico Difícil diagnóstico Dor abdominal aguda, extremamente intensa, desproporcional ao exame físico (=pode estar normal). Primeira reação 1ª hipóxia é o peristaltismo. Com progressão da isquemia, diminui energia, peristalse e RHA Se tiver dor abdominal + fatores de risco = investigar isquemia mesentérica Gasometria: Hiperlactemia (metabolismo anaeróbio) Lab: leucocitose Exame de imagem: Angiografia (padrão ouro = radioscopia = RX em tempo real com contraste) ou Angiotomografia (comum na prática) Complicações Necrose > Perfuração > Choque séptico Conduta Clínico = Anticoagulante, Sintomáticos, Antibiótico-profilaxia, reposição hidroeletrolítica + tratamento específico: - Vasoespasmo = Vasodilatação intra-arterial,durante Angiografia (=diagnóstico e terapêutico) - Arterial Embolo = Embolectomia - Arterial Trombo = Angioplastia (Stent) ou revascularização (shunt) - Venosa Trombo = Trombolíticos Cirúrgico = se perfuração ou se infarto/necrose 7 Diarreia Exames do Fígado Icterícia Epidemiologia • 2ª causa de morte em reaproveitada pelo organismo • heme -> ferro + protoporfirina • Ferro -> volta para medula para eritropoese • Protoporfirina > biliverdina -> bilirrubina não conjugada (indireta, insolúvel) +liga-se à albumina 2. FÍGADO CONJUGA A BILIRRUBINA • Conjugação via Glucuroniltransferase* • Excreção canalículos biliares -> Primeira fase a ser alterada, lesões hepatocelulares aumento = DIRETA! 3. INTESTINO ELIMINA BILIRRUBINA NA BILE • A bilirrubina conjugada excretada com a bile chega ao intestino delgado, segue até o íleo terminal e cólon. > bilirrubina em urobilinogênio. -> estercobilina nas fezes e urobilina na urina). Etiologia • Infecciosas = patógeno causa • Não Infecciosas = sem patógeno (celíaco, intolerância a lactose) Fisiopatologia • Transmissão: via fecal-oral (água e alimentos contaminados). MARCADORES DE INJÚRA HEPATOCELULAR TGP (ALT) • fica no citosol do hepatócito, parênquima hepático • mais específica Lesão por vírus/gordura= TGP 2x > TGO TGO (AST) • mitocondrial e citosol do hepatócito • Menos específico • Primeiro que inicia o aumento • pode estar localizada em outros tecidos = fígado, músculo, rins, cérebro, pâncreas, pulmões TGO alterado? TGP confirmar que é fígado!!! Lesão por bebida = TGO 3x > TGP Valores > 500 Obstrução, hepatite viral Valores > 1000 Hepatite autoimune, trauma, drogas Células estreladas > injúria cronica e persistente > liberam TGO/TGP > remodelamento, fibrose, cirrose Classificação • *Agudos* = autolimitada até 30d • Alta - delgado = ⬇️Freq⬆️Qtde sem dor, sem tenesmo, com restos alimento • Baixa – cólon ⬆️Freq⬇️Qtde podendo haver tenesmo, dor, sangue, muco Diarreia secretora = ñ melhora em jejum Diarreia Osmótica = melhora jejum (alimentar) Diarreia inflamatória = componente infeccioso Sintomas • Frequência = aumento do numero de evacuações > 3x ao dia • Consistência = fezes liquidas/pastosas • Quantidade = 200g/dia AUMENTO DE BILIRRUBINA INDIRETA Hemólise (Falciforme, AHAI), Medicamentosa, Jejum prolongado, Imaturidade (RN), Síndrome de Gilbert (falha na Glucuroniltransferase) Complicações Idade>70, Imunossuprimido, Uso recente ATB, Febre > 38,5ºC, +6 evac/dia, Sangue AUMENTO SÍNDROME ICTÉRICA-FEBRIL Malária, Leptospirose, Hepatite Viral, Febre Amarela Conduta Anamneses +. Exames lab (Hg, Eletrolitos, PSOF, Calprotectina, EPF -> Dieta, Hidratação , Eletrólitos, Probióticos + ATB opcional (Cipro/Levo ou Vancomicina oral para Colite Pseudomembran.) MARCADORES DE COLESTASE (FA E GAMA GT) FOSFATASE ALCALINA • Isoformas: hepática e óssea. • Elevação fisiológica: gravidez, estirão • Patológica: doenças ósseas, colestase hepática. • > 6 meses -> investigar: colangite biliar primária GAMA-GT • Sempre pedir junto com GGT para confirmar origem hepática. AUMENTO DE BILIRRUBINA DIRETA Lesão hepatocelular ou Colestase = (Hepatite aguda), Doença de Wilson, Cirrose biliar, Coledocolitíase OBS PATÓGENOS Clostridium difficile = Colite Pseudomembran. “Esporos” = HIV E.Coli enterotóxica = Diarreia Viajante E.Coli O157H57 = Sínd. Hemolítica-Urêmica Campylobacter = Guillan Barre DISTÚRBIOS METABÓLICOS GENÉTICOS INDIRETA: Síndrome de Crigler-Najjar, **Síndrome Gilbert (Def. parcial GUT, benigna, icterícia isolada)**, Anemias autoimunes DIRETA: Síndrome Dublin-Johnson, Doença Wilson TGO = 35 TGP = 25 GGT = 50 FA = 44-300 TGO = 0,8 TGP = 0,2 8 Agudas Hepatite A Hepatite E Epidemiologia Surtos epidêmicos Transmissao fecal-oral (alimentos, agua contaminada) Surtos epidêmicos Transmissao fecal-oral (alimentos, agua contaminada) Etiologia Vírus HAV = Fita única de RNA Vírus HEV = Fita única de RNA Fisiopatologia Classificação Agudos = autolimitadas até colúria > icterícia > convalescência 1% Forma fulminante (BT >30, TGO/TGO >1000 com queda abrupta = necrose) Forma Prolongada = máximo 5 meses Forma Colestática = predomínio FA e GGT, confunde com doença colestática 70% Forma Assintomática ou Oligossintomática (sintomas leves, porém transmite) = sintomas inespecíficos > colúria > icterícia > convalescência 3% Forma fulminante população geral 20% Forma fulminante Gestantes Exames Lab TGO/TGP x10 Bilirrubinas infecção aguda/recente ( contato prévio > 6 meses ou vacina (não tem como diferenciar). •Anti-HAV total (–) -> Ausência contato / imunidade. Susceptível e indicar vacina • Anti-HEV IgM -> fase aguda ( contato prévio (não existe vacina, IgG + = teve doença!!). •Anti-HAV total (–) -> Ausência contato / imunidade. Susceptível. Tratamento •Não existe antiviral específico. •Suporte clínico = repouso relativo, medidas higiênico-dietéticas, evitar álcool e hepatotóxicos por 6 meses. •Fulminante = transplante hepático (fila SUS nacional). •Não existe antiviral específico. •Suporte clínico = repouso relativo, medidas higiênico-dietéticas, evitar álcool e hepatotóxicos por 6 meses. •Fulminante = transplante hepático (fila SUS nacional). OBS Temos vacina HepA SUS (15meses) Não tem vacina no Brasil Toda vez que der negativo para Hepatite A = pensar na Hepatite E! 9 Hepatite B Hepatite C Epidemiologia Transmissão = sexual IST, vertical, Horizontal (Alicates, giletes) Transmissão = parenteral (seringas, esterilização) Etiologia Vírus HBV = Fita dupla de DNA Sobrevive 7 dias em ambiente externo Vírus HCV = Fita simples de RNA 6 Genótipos = imunidade soroespecífica Fisiopatologia Crônica = > 6 meses Classificação Hepatite B aguda = câncer •sintomático = câncer de fígado (direto) - somente essa HepB causa isso!!! Hepatite C aguda = 6 meses Só existe a Anti-HCV = atual/prévia = permanece positivo para sempre Por isso preciso sempre fazer carga viral HCV-RNA DEFINIÇÃO CRÔNICO = Anti-HCV + e HCV-RNA + por > 6 meses Tratamento Critérios: Carga viral HBV-DNA >2.000 e TGP > 1,5x VR Tenofovir = 1ª linha Entecavir Afa-peg-interferon Critérios: TODOS os pacientes Diagnóstico 95% de chance de cura Lembrando que quando cura, é somente 1 genótipo Cuidado para reinfecção com os outros 5 genótipos OBS Vacina SUS - BcG Não tem vacina 10 image1.emf