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RESUMO DA TEORIA DO ESTADO DALMO

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Teoria Geral do Estado
Trabalho enviado por: Daniel B. Oliveira
Data: 23/06/2003
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Teoria Geral do Estado
Neste resumo abordaremos os principais fatos dessa matéria. Conta com o auxilio do livro de Teoria geral do Estado de Dalmo de Abreu Dallari e de explicações feitas em sala de aula pelo professor Manoel Rocha.
Poder – é a possibilidade de mudança do comportamento humano.
Poder social – é aquele formado a partir do homem com o homem. Os instrumentos do poder variam entre: instrumentos econômicos (aquele referente da produção, da riqueza); instrumento ideológicos ou culturais (aquele poder com base nas idéias); e o instrumento de poder político (gerando a força do poder político e a expectativa do uso da força).
Política – é a capacidade de condicionamento do comportamento humano por atos de força ou de consentimento garantido pelo Direito.
Sociedade – é o conjunto de indivíduos reunidos por um fim comum e subordinados a uma organização destinada à realização deste fim.
Sociedade de fins gerais – são genéricos nas relações políticas, tem vários fins.
Sociedade Governativa – são aquelas que não tomam decisões para o Estado, são identificados com um fim comum.
Sociedade de Fins Particulares – aquelas que tem um fim específico, identificado.
Sociedade Privada – são as famílias, a igreja, o poder político.
Sociedade civil – é o conjunto de sociedades privadas, de fins gerais ou particulares.
Estado – é uma sociedade governativa de fins gerais. É uma relação de poder, porque o Estado é uma sociedade ativa. É uma reação governativa, porque o Estado toma decisões úteis para a sociedade. É uma relação de ordem de princípios.
Autoridade – é o poder consentido, legitimado.
Liberdade – é a capacidade de discernimento do individuo. Existem duas formas de liberdade: 1º - é a ausência de restrição (poder fazer o que quiser); a 2º - é aquela de poder fazer o que pode ser feito, sendo sem dúvida a mais coerente.
Capítulo I
Origem da sociedade
Santo Tomás de Aquino – seguidor de Aristóteles, ele afirmava na época medieval que: "o homem é, por natureza, animal social político, vivendo em multidão, ainda mais que todos os outros animais, o que se evidencia pela natural necessidade". Afirmava ainda que a vida solitária é exceção, que pode ser enquadrada numa de três hipóteses: excellentia naturae, corruptio naturae e mala fortuna.
Excellentia naturae – quando se tratar de individuo notavelmente virtuoso, que vive em comunhão com a própria divindade – ex: os eremitas.
Corruptio naturae – referente ao caso de anomalia mental.
Mala fortuna – quando só por acidente o individuo passara a viver isolado – ex: em um naufrágio, ou perdido numa floresta.
Sociedade – é o produto da conjugação de um simples impulso associativo natural e da cooperação da vontade humana.
Autores Contratualistas – sustem que a sociedade é o produto de um acordo de vontades, ou seja, de um contrato hipotético celebrado entre os homens.
"Guerra de Todos contra Um" – é a expressão utilizada por Hobbes afirmando que há esta guerra porque os homens, no estado de natureza, são egoístas, luxuriosos, inclinados a agredir os outros e insaciáveis, condenando-se por si mesmo, a uma vida solitária, pobre, repulsiva, animalesca e breve.
Hobbes formula duas leis fundamentais da natureza:
1º - cada homem deve esforçar-se pela paz enquanto tiver a esperança de alcança-la, e quando não puder obtê-la deve buscar e utilizar todas as ajudas e vantagens da guerra;
2º - cada um deve consentir, se os demais também concordam, e enquanto se considere necessário para a paz e a defesa de si mesmo, em renunciar ao seu direito de todas as coisas, e a satisfazer-se em relação aos demais homens, com a mesma liberdade que lhe foi concedida com respeito a si próprio.
Estado – uma pessoa de cujos atos se constitui em autora uma grande multidão, mediante pactos recíprocos de seus membros, com o fim de que essa pessoa possa empregar a força e os meios de todos, como julgar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comuns.
Montesquieu – as leis naturais que levam o homem a viver em sociedade – o desejo de paz; o sentimento das necessidades, a atração natural entre os sexos opostos, o desejo de viver em sociedade.
Sociedade – é a resultante de uma necessidade natural do homem, sem excluir a participação da consciência e da vontade humana. É inegável, que o contratualismo exerceu e exerce grande influencia prática, devendo-se mesmo reconhecer sua presença marcante na idéia contemporânea de democracia.
Quais os três elementos necessários para que um agrupamento humano possa ser reconhecido como uma sociedade? – 1º - uma finalidade ou valor social; 2º a manifestação de conjunto ordenado e a 3º que é o poder social.
Quais os requisitos para que as manifestações de conjunto conduzam ao bem comum? – a reiteração, a ordem e a adequação.
Características gerais do Poder Social – a sociedade (significando que o poder é um fenômeno social); e a bilateralidade (o poder é sempre uma correlação de duas ou mais vontades).
Anarquistas – autores e teorias que negam a necessidade do poder social.
Qual o critério para a aferição da legitimidade? Quais são as três hipóteses do Poder Legítimo. – 1º - o poder tradicional, 2º - o poder carismático e o 3º - o poder racional.
Qual o fator determinante dessa multiplicação de sociedades? – os homens que buscam os mesmos fins tendem a agrupar-se para consegui-los mais facilmente.
Quais as três categorias dos grupos sociais? – 1º - as sociedades que perseguem fins não-determinados e difusos – ex: família, Estado, cidade; 2º - as sociedades que perseguem fins determinados e são voluntárias e a 3º - as sociedades que perseguem fins determinados e são involuntárias.
Quais as duas espécies de sociedades? – sociedades de fins particulares (quando têm finalidade definida, escolhida por seus membros); sociedade de fins gerais (cujo objetivo é criar as condições necessárias para que os indivíduos e as demais sociedades que vivem nela consigam atingir seus fins particulares).
Sociedade Política – todas aquelas que visando a criar condições para a consecução dos fins particulares de seus membros, ocupam-se da totalidade das ações humanas, coordenando-as em função de um fim comum. Determina todas as ações humanas.
O Poder e a Política
Autor: Manoel Ilson C. Rocha.
Poder – "poder fazer algo" ou "não ter restrições a um comportamento". A ação do poder é sobre um ser com ou sem discernimento, basta que este ser se modifique impulsionado pela ação de outro, seja com uma mudança de estado ou de comportamento.
Poder – é a capacidade de condicionamento do comportamento humano. É a possibilidade de mudança do comportamento humano.
Poder atual – quando um ser age sobre outro. Quando há um ato intencional que visa modificar o comportamento de terceiro e há a correspondência desse terceiro modificando o seu comportamento com um nexo entre os dois, que é o conhecimento, pelo sujeito passivo, de manifestação do sujeito ativo.
Poder Potencial – não há uma relação entre o sujeito ativo e o passivo, mas um acumulo ou uma quantidade de condições em um ser que o possibilita a ação do poder. Ou seja, quando se refere à capacidade do sujeito ativo de condicionar o comportamento do outro sem que esteja efetivamente condicionado.
Poder Social – é aquele formado a partir do homem com o homem. Formado à medida que os seres humanos fazem o uso de recursos disponíveis nas relações sociais de condicionar outros seres humanos.
No Poder Social, quais os recursos que podem ser utilizados nas relações sociais capazes de condicionar outros seres humanos. Cite exemplos? – Estes recursos podem ser de: natureza econômica (uso dos meios de produção para condicionar o comportamento – ex: a técnica de produzir alimentos); podem ser recursos ideológicos ou culturais (uso de conhecimento e do artifício de produção
de conhecimento – ex: o professor e o religioso); podem ser recursos da natureza política (uso da força e da perspectiva de uso da força gerando consentimento – ex: a policia).
Como é garantida o Poder nas sociedades humanas? – com a manutenção de padrões – ex: a Constituição; com a adaptação ao seu ambiente – ex: no desenvolvimento de novas técnicas de produção de alimentos; com a realização de objetivos – ex: na produção de arte ou na prática de esportes; e com a integração desses três fatores.
Política – é a relação de Poder decorrente da organização da força ou de consentimentos garantido pelo direito.
Qual o instrumento que as sociedades estabelecem com as relações políticas no sentido da sua durabilidade? – seu instrumento é o estabelecimento de um governo dotado da condição de controle. Este é garantido por uma estrutura que se torna complexa à medida que se aprofundam e se evoluem as relações sociais.
Quais são os mecanismos que indicam o grau de evolução de uma sociedade política? –a realização da democracia, a construção da sociedade predominante do futuro, entre outros.
A origem e a justificação da Sociedade e do Estado
Autor: Manoel Ilson C. Rocha.
Porque o homem vivendo em sociedade aceita a submissão ao Estado? – quanto à origem da sociedade é possível agrupar duas tendências: 1º - os que entendem que a sociedade é uma condição natural do homem, os naturalistas; 2º - os que defendem a formação da sociedade a partir de um contrato social, os contratualistas.
Entre os Naturalistas – está Aristóteles (ele entende o homem como um ser social, não há um momento da existência humana que a espécie opta pela sociedade, desde que existe o homem existe a sociedade humana); São Tomás de Aquino, o homem, como um ser social por natureza, somente em três hipóteses viveria fora da sociedade: quando se encontra no estado de loucura, quando é um eremita virtuoso ou por acidente – onde fica isolado da sociedade.
Entre os Contratualistas – está Hobbes, Rousseau, Montesquieu (para eles a espécie humana originariamente vivia numa condição de isolamento, de alheamento, em relação aos seus pares, denominado "Estado de Natureza"; - uma condição insuficiente para a satisfação de anseios fundamentais da espécie, quando então formula o contrato social como pacto criador da sociedade. Neste pacto o homem cede parte da sua liberdade autorizando a organização da sociedade o arbítrio de ações que interferiram no seu comportamento).
Para o Contratualista Rousseau, porque o homem passou a viver em comunidade com o contrato social, já que para ele o homem é um ser bom e pacífico? – porque suas limitações pessoais impediam de satisfazer necessidades elementares de sobrevivência e progresso. O fim social último é o progresso.
"Numa sociedade em constante conflito o fim social último é a Paz, noutra sociedade pobre o progresso move a convivência social, numa sociedade oprimida a liberdade vai nortear a sua organização. E assim não há um único fim, mas vários fins ou uma combinação entre eles: paz e progresso; liberdade e progresso, etc.".
Qual a justificativa para a existência da sociedade? - não são os motivos pessoais de cada um, mas um fim último que move e anima o convívio social. É um fim comum acima da consciência individual para estabelecer um vínculo ético, quanto maior o grau de realização deste fim numa sociedade, maior é o desenvolvimento e a segurança desta sociedade.
Mas qual a finalidade da sociedade? – Aristóteles dizia: a finalidade do homem em sociedade é o bem comum.
O que é o bem comum? – pode ser definido por uma assembléia, assim como a assembléia, num erro de avaliação, pode decidir de forma prejudicial a aquele coletivo. O bem comum não é uma vontade absoluta, é uma idéia que paira acima da consciência humana e esta se esforça para identifica-la ou encontrar uma tradução, na medida do possível, mais próxima.
O Estado e a sociedade Civil
Autor: Manoel Ilson C. Rocha.
Sociedade Civil – é o conjunto social que, no plano formal do Estado contemporâneo, não ocupa uma função oficial da estrutura pública. É também o conjunto social que completa, como sujeito passivo, a relação de poder político interno do Estado – ex: a igreja, a empresa, a família, o partido político, a mídia, o profissional liberal, etc. Sociedade Civil é o conjunto de sociedades privadas de fins gerais ou particulares.
Sociedade – é o conjunto de indivíduos reunidos por um fim comum e subordinados a uma organização destinada à realização deste fim.
Como se divide a sociedade? – quanto ao alcance das sociedades elas podem se dividir em: sociedades de fins gerais e de fins particulares.
Sociedades de Fins Gerais – os seus fins são genéricos, não são individualizados e de uma forma ou de outra vão interagir nas relações políticas (aquelas destinadas à organização da sociedade como todo – ex: a política).
Sociedade de Fins Particulares – são constituídas pelas pessoas para a realização de um fim especifico – ex: uma empresa, uma associação, um time de futebol.
Quanto à natureza do poder político elas podem dividir em: governativas e privadas.
Sociedades Governativas – têm por essência a função de tomar as decisões, orientam os rumos da vida em sociedades – ex: o Estado.
Sociedades Privadas – assumem funções que não são decisórias, de governo – ex; a família, a igreja, a empresa.
Estado – é uma sociedade governativa de fins gerais, que se propõe a um comportamento político e a promover o governo.
Ordenamento jurídico – é o todo coeso e hierárquico que distribui competências e deveres na sociedade.
Direito Positivo – é a lei escrita.
Direito Natural – divino ou racional.
Quais os conjuntos de relações mais preponderantes para a política e o Direito entre o Estado e a sociedade Civil? – 1º é a de Poder. O Estado é o sujeito ativo e a sociedade civil é o sujeito passivo de uma relação de poder político, ou seja, o Estado é o sujeito com condições para modificar o comportamento da sociedade civil; 2º - é a relação de Governo. Vai além da possibilidade de mando, destinada a tomar decisões úteis para a sociedade; 3º - é a relação de Ordem. Não é a ordem como uma imposição, mas a ordem como seqüência lógica, coerente de normas. Garantem maior estabilidade e durabilidade à sociedade; 4º - entre o Estado e a Sociedade Civil encontra-se a relação de autoridade e liberdade.
Autoridade – é o poder legítimo, aquele que o sujeito passivo consente com a relação de poder, conscientemente aceita subordinar o seu comportamento à decisão da autoridade.
Relação de Poder – quando a relação de poder político consegue a obediência do individuo apenas pela força e este obedece contrariado, discordante. Isso é uma relação de Poder e não de autoridade.
Individualismo – quando o sujeito nega o poder político, alcançando o individuo no seu comportamento isolado, revoltando-se contra o poder quando este atinge suas pretensões individuais.
Anarquismo – quando o sujeito nega o poder político discordando de suas idéias de poder.
Revolucionário – quando o sujeito nega um poder específico, propondo a sua substituição por outro.
Autoritarismo – quando o sujeito nega a autoridade do poder dispensando o consentimento do sujeito passivo, praticando os atos de poder fazendo uso apenas da força ignorando a aceitação da outra parte.
Liberdade – é a possibilidade de poder fazer o que quiser. É a capacidade de discernimento do individuo.
Relação de Autoridade – é uma relação de Poder, um de seus sujeitos terá uma restrição de comportamento. Neste sentido a autoridade é sempre uma condição oposta à idéia de liberdade – fazer o que quiser.
Quais as relações entre autoridade e liberdade? – 1º - é uma relação de Poder (um de seus sujeitos terá uma restrição de comportamento); 2º - é uma relação entre Estado e Sociedade Civil (porque o Estado é a instituição competente para promover a autoridade e a sociedade civil é o conjunto de instituições que reivindicam do Estado
a promoção da liberdade através da autoridade); 3º - a sociedade civil e o Estado se interagem numa relação de autoridade e liberdade, numa relação de ordem, de governo e também numa relação de poder.
Capítulo II
Origem do Estado
Estado – é uma sociedade governativa de fins gerais. Não existe Estado sem território.
Teorias Não-Contratualistas nas causas determinantes do aparecimento do Estado – Estado tem origem familial ou patrimonial (cada família primitiva se ampliou dando origem a um Estado, segundo Robert Filmer); o Estado teve origem em atos de força, de violência ou de conquista (o Estado foi criado para regular as relações entre vencedores e vencidos, segundo Oppenheimer); o Estado teve origem em causas econômicas ou patrimoniais (o Estado seria formado para se aproveitarem os benefícios da divisão de trabalho); o Estado teve origem no desenvolvimento interno da sociedade.
Processo típico de Constituição de novos Estados – é o fracionamento e a União de Estados.
Quais são as cinco evoluções do Estado? – Estado Antigo, Grego, Romano, Medieval e Moderno.
Soberania – é o Poder absoluto e perpétuo de uma república. Palavra que se usa tanto em relação aos particulares quanto aos que manipulam todos os negócios de Estado de uma república. É quando o Estado dá a última palavra.
Autarquia – é auto-suficiente, capaz de suprir às próprias necessidades.
Teoria Geral do Estado
Neste resumo abordaremos os principais fatos dessa matéria. Conta com o auxilio do livro de Teoria geral do Estado de Dalmo de Abreu Dallari e de explicações feitas em sala de aula pelo professor Manoel Rocha.
Poder – é a possibilidade de mudança do comportamento humano.
Poder social – é aquele formado a partir do homem com o homem. Os instrumentos do poder variam entre: instrumentos econômicos (aquele referente da produção, da riqueza); instrumento ideológicos ou culturais (aquele poder com base nas idéias); e o instrumento de poder político (gerando a força do poder político e a expectativa do uso da força).
Política – é a capacidade de condicionamento do comportamento humano por atos de força ou de consentimento garantido pelo Direito.
Sociedade – é o conjunto de indivíduos reunidos por um fim comum e subordinados a uma organização destinada à realização deste fim.
Sociedade de fins gerais – são genéricos nas relações políticas, tem vários fins.
Sociedade Governativa – são aquelas que não tomam decisões para o Estado, são identificados com um fim comum.
Sociedade de Fins Particulares – aquelas que tem um fim específico, identificado.
Sociedade Privada – são as famílias, a igreja, o poder político.
Sociedade civil – é o conjunto de sociedades privadas, de...

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