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APOSTILA Direito Processual do Trabalho

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Direito Processual do Trabalho
1 - Conceito: Ramo do direito processual destinado a resolver conflitos na área trabalhista. O direito processual civil e do trabalho são afins, tanto que o direito processual civil é aplicado subsidiariamente nas omissões do direito processual do trabalho. Entretanto, tais ramos do direito processual diferenciam-se em alguns aspectos, senão vejamos: 
Denominação das partes: cível (autor e réu), trabalhista (reclamante e reclamado, pois a ação é denominada reclamatória trabalhista). 
Denominação dos recursos: o recurso correspondente à Apelação (cível) é o recurso ordinário (trabalhista), quanto ao recurso especial (cível), tem-se o recurso de revista (trabalhista). O agravo de petição e o recurso de revisão (trabalhistas) não possuem correspondentes na seara civilista. Os remanescentes possuem a mesma denominação comparados aos cíveis, como é o caso do recurso extraordinário. 
Gratuidade: diz respeito apenas à distribuição da ação. Na justiça do trabalho só há pagamento de custas depois de proferida sentença. Impende destacar a diferença entre as terminologias despesas e custas, as despesas têm o sentido amplo (honorários periciais, de intérpretes, condução coercitiva de testemunhas, etc.) Já custas englobam as despesas recolhidas aos cofres públicos, fixadas legalmente, via de arrecadação de custas judiciárias. 
Possibilidade de julgamento extra-petita: em caso de pedidos de reintegração de empregados, a CLT autoriza o juiz a converter o pedido de reintegração em indenização, se este entender que a medida demandada é desaconselhável, como em razão da animosidade das partes.
Jurisdição normativa: poder próprio e específico dos tribunais do trabalho. Destaca-se que as ações trabalhistas se classificam em: individuais (sumaríssimas – valor da causa não excede 40 s. m; ordinário – o valor da causa excede 40 s.m.); e coletivas (jurídicas – busca-se a interpretação de uma norma já existente; econômicas – que visam a criação de novas condições de trabalho). É nestas ações coletivas econômicas que a Justiça do Trabalho exerce sua função normativa, por intermédio de um poder legiferante, que regula e cria novas condições de trabalho. As ações coletivas são denominas de dissídios coletivos, que ensejam sentenças normativas. 
Impulso oficial: é a chave do princípio da demanda, possui duas posições que se antagonizam: a) inquisitiva (onde toda a iniciativa, inclusive para instaurar a demanda está nas mãos do juiz) e b) dispositiva (na qual o juiz se comporta como mero expectador, ou seja, toda a iniciativa processual fica nas mãos das partes). O Brasil adota o sistema mesclado, com absoluta preponderância do dispositivo. A iniciativa, em regra, é das partes. Em determinadas situações o magistrado pode chamar a inciativa para ele. No processo do trabalho, o inquisitivo é mais aplicado, exemplo disso é a condução da execução trabalhista, onde o impulso compete todo ao juiz. 
2– Princípios: preposição que se coloca na base das ciências, informando-as. 
Demanda: possui duas posições que se antagonizam: a) inquisitiva (onde toda a iniciativa, inclusive para instaurar a demanda está nas mãos do juiz) e b) dispositiva (na qual o juiz se comporta como mero expectador, ou seja, toda a iniciativa processual fica nas mãos das partes). O Brasil adota o sistema mesclado, com absoluta preponderância do dispositivo. A iniciativa, em regra, é das partes. Em determinadas situações o magistrado pode chamar a inciativa para ele. No processo do trabalho, o inquisitivo é mais aplicado, exemplo disso é a condução da execução trabalhista, onde o impulso compete todo ao juiz. 
Concentração: aquele que diz respeito à prática de um maior número de atos num menor espaço de tempo. Em regra, os atos processuais devem se realizar em audiência. A audiência é una, não perdendo este caráter nas hipóteses em que não é realizada na sua integralidade em apenas uma oportunidade. Pois, há determinados atos que não podem ser realizados no mesmo dia. 
 Imediatidade: é o mesmo que identidade física do juiz. É a mediação do juiz com a prova. Antes de 1999, as ações trabalhistas eram julgadas por uma junta de conciliação e julgamento formada de um juiz togado e dois classistas, por isso, alguns entendiam que não havia aplicação da imediatidade na justiça do trabalho. (“A junta de conciliação e julgamento será composta de um juiz do trabalho, que a presidirá, e dois juizes classistas temporários, representantes dos empregados e dos empregadores.” (redação antiga do art. 116 da CF)). Com a Emenda Constitucional 24 de 1999, a figura do juiz classista foi extinta, a partir daí, como o juiz do trabalho passou a ser monocrático, o princípio da identidade física do juiz, segundo entendimento majoritário, passou a valer na seara trabalhista. Ou seja, o juiz que colhe a prova decide a demanda. 
Oralidade: a lei impõe aos juízes e às partes a prática de atos de forma oral. Assim é que, aberta a audiência há a leitura da petição inicial. A defesa trabalhista também é oral, com prazo de 20 minutos. As provas são produzidas de forma oral. As razões finais são orais. 
Eventualidade: todos os argumentos de ataque e defesa devem ser lançados de uma só vez, no momento processual oportuno, ainda que possa parecer contraditório, sob pena de preclusão. Exemplo: num pedido de equiparação salarial, o causídico deverá demonstrar o porque da existência de um ou de alguns requisitos, ou seja, todas as hipóteses possíveis para comprovar o seu direito, ainda que afirme e negue algum deles. 
Contraditório: é um princípio absoluto, não admite exceções, conduz a algumas consequências: 1 – não haverá processo sem a citação da reclamada; 2 – nenhum ato processual será praticado sem que se dê ciência às partes; 3 – não haverá decisão sem que as partes sejam ouvidas, etc. 
Conciliação: é o mais peculiar dos princípios, no que tange ao direito processual do trabalho. Todas as demandas individuais ou coletivas são submetidas à conciliação. Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. § 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos. § 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita neste Título. § 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório. Nas audiências trabalhistas o juiz do trabalho deve tentar a conciliação no mínimo 02 vezes (inicio e final), sob pena de nulidade do processo (pressuposto processual). Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. Art. 848. Não havendo acordo, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex-officio ou a requerimento de qualquer vogal, interrogar os litigantes. Art. 848 - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. § 1º - Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução com o seu representante. § 2º - Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver. Art. 849 - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação. Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a soluçãodo dissídio, tomará os votos dos vogais e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social. Art. 851 - Os tramites de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos em ata, de que constará, na íntegra, a decisão. § 1º - Nos processos de exclusiva alçada das Juntas, será dispensável, a juízo do presidente, o resumo dos depoimentos, devendo constar da ata a conclusão do Tribunal quanto à matéria de fato. § 2º - A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao processo, devidamente assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da audiência de julgamento, e assinada pelos juízes classistas presentes à mesma audiência. Art. 852 - Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841.
Instrumentalidade das formas: o conteúdo prevalece sobre a forma. Ou seja, não se anulará um ato que embora não tenha observado a forma adequada, não tenha causado prejuízo aos interessados e tenha atingido sua finalidade. Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. Regras sobre a nulidade: 1 – não será declarada se for arguida por quem lhe deu causa; 2 – não pode ser declarada de ofício, salvo se baseada em incompetência absoluta; 3 – só será declarada se do ato inquinado nulo, resultar manifesto prejuízo às partes; 4 – só será declarada se a parte a quem aproveita, argui-la na primeira vez que se manifestar no processo (também são admitidos os protestos, apesar de não estarem previstos na CLT). Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. § 2º - O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão. Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende. Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência. 
Ius postulandi: característica que diferencia o cível do trabalhista. É a capacidade de se postular em juízo sem a presença de advogado, em todas as varas, em qualquer rito. À exceção dos recursos destinados aos tribunais superiores. 
Outros princípios aplicáveis ao Direito Processual do Trabalho: lealdade; boa-fé, duplo grau d e jurisdição; preclusão (que é a perda da faculdade processual, por inércia da parte ou prática de ato incompatível (preclusão lógica), há também a suma preclusão, quando ocorre a perda de prazo recursal; a soberana preclusão, na hipótese de perda do prazo para interpor ação rescisória; preclusão pro judicato, pois dada a sentença o juiz não pode modifica-la, salvo por meio de embargos declaratórios, pro sanale, quando há erro material ou de cálculo na sentença). 
3 – Competência: 
	É a medida da jurisdição. É a quantidade de jurisdição atribuída ao juiz. A competência é dividida desde a Constituição até as normas de caráter ordinário. Por tratar-se de justiça de origem material federal, as leis de organização judiciária não alcançam a Justiça do Trabalho. Apenas observa a CLT e a CF/88. Ou seja, a competência da justiça do trabalho só pode ser alterada por lei federal. 
	O legislador federal fez uma divisão tripartite da competência, conforme segue:
Em razão da pessoa: não há exceções, ou seja, todas as pessoas abarcadas por esta modalidade de competência. Inclusive os organismos de direito público externo. É competência absoluta, portanto, improrrogável. Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.Parágúnico-Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Em razão do lugar: a competência em razão do lugar é relativa. Em regra, o empregado proporá a ação no local da prestação do serviço, independente de ter sido contratado em outra localidade. Art. 112 da CF. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. As exceções estão nos parágrafos do art. 651 da CLT: Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
*§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. O viajante ou agente comercial, deverá propor a ação trabalhista no local onde esta a empresa, ou, onde reside o empregado. 
*§ 2º - A competência das Varas do Trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. Mesmo a empresa sendo estrangeira, o empregado poderá demanda-la no Brasil, desde que o empregado seja brasileiro. 
*§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 
c) Em razão da matéria: também é competência de natureza absoluta, não admitindo prorrogação. Originariamente a Justiça do Trabalho foi criada para resolver demandas entre trabalhadores e empregadores (este conceitudo como aquele que contrata, assalaria e dirige a prestação de serviços - Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço), incluindo o pequeno empreiteiro-artista. Entretanto, com a edição da Emenda 45 de 2004, a competência da Justiça do Trabalho foi definida para dirimir conflitos relacionados à relação de trabalho. Daí, surgiu a discussão do que seria relação de trabalho (Justiça do Trabalho) e relação de consumo (Justiça Comum Cível). A relação de trabalho foi conceituada como um ofício de meios (profissionais liberais, como médicos, advogados e dentistas), já a relação de consumo como ofício de fim, finalidade. Com isso, todas as demandas envolvendoprofissionais liberais afogaram a Justiça do Trabalho, enquanto a Justiça Civil contestava esta atribuição. Ao resolver o conflito de competência, o STJ entendeu que quando a Constituição Federal menciona relação de trabalho, ela quer dizer relação celetizada. Portanto, finalmente os litígios envolvendo profissionais liberais passaram a ser julgados na justiça comum cível. 
Art. 114 da CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; impende destacar que quem resolve o conflito de competência, em regra, é o STJ;
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. § 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente. § 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. § 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
4 – Inicial Trabalhista:
	Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
 § 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter: 
-a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, o juiz competente;
-a qualificação do reclamante e do reclamado, qualificação das partes;
-uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, é a causa de pedir. No Código de Processo Civil constam fatos e fundamentos do pedido. A causa de pedir pode ser: Próxima: que consiste no motivo do pedido. Por isso, a causa de pedir próxima vai depender do pedido a ser formulado, ou seja, se for pleitear horas extras, deverá ser descrita a jornada de trabalho; assim como na equiparação salarial descrever-se-á a igualdade de funções, etc. Já a causa de pedir Remota consiste na origem do pedido. Sendo que numa inicial trabalhista, a causa de pedir remota, sempre será a mesma, qual seja, a existência do contrato de trabalho. 
-o pedido, o pedido, por sua vez, pode ser: Imediato, consistindo no tipo de prestação jurisdicional que se pretende, ou seja, se pleiteia condenação, declaração ou constituição. Já o pedido Mediato é o tipo de utilidade que se pretende, se a pretensão consiste em condenação em pagamento de horas extras, adicional de insalubridade, etc. Ademais, o pedido deve ser certo e determinado. Certo e determinado não são sinônimos, quer dizer, constituem, respectivamente, qualificar e quantificar. 
	O pedido de citação (notificação) do reclamado não é requisito da exordial trabalhista, pois, o legislador quis simplifica-la, bem como tal ato não da competência do juiz e sim deve ser praticado de ofício pela secretaria. A notificação mencionada na CLT é termo genérico utilizado no CPC de 1939, do qual são espécies a citação e a intimação. Por isso, a CLT adota o termo notificação. Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. § 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo. § 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior. Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado; Enquanto no cível é a citação que estabiliza o processo, no processo do trabalho, só esta estabilização com a entrega da defesa ao juiz em audiência. 
	Também não é requisito da inicial a identificação das provas que se pretende produzir, ou seja, a sua ausência não gera a inépcia da inicial. 
-a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
-valor da causa: quanto ao valor da causa, embora não seja exigência do art. 840 da CLT, desde a criação do rito sumaríssimo, o valor da causa passou a ser obrigatório. O rito sumaríssimo abrange as causas cujo valor não excede a 40 salários mínimos, possuindo pauta de audiência separada. Por isso, já no momento da distribuição o servidor tem que saber para que pauta ele deve inscrever a ação proposta, no tocante ao rito. No processo do trabalho não há citação para apresentar defesa, e sim notificação para comparecer em audiência, oportunidade na qual será apresentada a defesa. 
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
5 – Defesa Trabalhista: 
A defesa é um direito público, subjetivo, autônomo e abstrato. Público porque a defesa é dirigida ao Estado. Subjetivo porque é um direito individual. Autônomo porque é desvinculada do direito material, ou seja, não precisa ter razão para se defender, todos têm direito a defesa. Abstrato porque não é necessário invocar em seu favor um direito que se sobreponha àquele postulado na inicial, isto quer dizer, basta negar genericamente. 
	A defesa deve ser feita de 02 formas:
Contra o processo: ataca-se os pressupostos processuais e as condições da ação. Na justiça do trabalho não há exceções, pois constituem preliminares, dispensando-se sua apreciação em autos apartados como no processo civil. Os pressupostos processuaissão elementos indispensáveis à validade da relação processual. Art. 267 do CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
 Podem ser:
-subjetivos: 
1º: dizem respeito aos juízes: ataca-se a jurisdição (que o juiz tenha sido ingressado na magistratura com observância dos requisitos legais); competência e a imparcialidade (são as hipóteses de impedimento e suspeição listados no CPC: Seção II - Dos Impedimentos e da Suspeição: Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário: I - de que for parte; II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha; III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão; IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau; V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau; VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa. Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz. Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando: I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau; III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes; IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio; V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo. Art. 136. Quando dois ou mais juízes forem parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta e no segundo grau na linha colateral, o primeiro, que conhecer da causa no tribunal, impede que o outro participe do julgamento; caso em que o segundo se escusará, remetendo o processo ao seu substituto legal. Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeição aos juízes de todos os tribunais. O juiz que violar o dever de abstenção, ou não se declarar suspeito, poderá ser recusado por qualquer das partes (art. 304). Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição: I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo parte, nos casos previstos nos ns. I a IV do art. 135; II - ao serventuário de justiça; 
III - ao perito; (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992). IV - ao intérprete. § 1o A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos; o juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão da causa, ouvindo o argüido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando a prova quando necessária e julgando o pedido. § 2o Nos tribunais caberá ao relator processar e julgar o incidente. 
2º diz respeito às partes: capacidade postulatória (Ius postulandi: característica que diferencia o cível do trabalhista. É a capacidade de se postular em juízo sem a presença de advogado, em todas as varas, em qualquer rito. À exceção dos recursos destinados aos tribunais superiores); capacidade processual (capacidade p exercer os atos da vida civil, todo aquele q é capaz civilmente tem capacidade processual). 
-objetivos: 
1º: ausência de impedimentos legais, quais sejam: coisa julgada* (repetição de ação idêntica em que a primeira ação já tenha sido definitivamente julgada, neste caso, a segunda ação será extinta sem resolução do mérito); litispendência* (é a repetição de ação, sendo que a primeira ainda está por julgar) e perempção trabalhista* ( é diferente da perempção cível. Pois, na cível, a perempção ocorre quando a parte da causa à extinção do processo, por abandono, durante 03 vezes, perdendo definitivamente o direito de ação Art. 267 do CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; Já a perempção trabalhista é sempre temporária, e se dá de duas formas: Art. 731 da CLT - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho. Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844. Tentativa conciliatória*: no processo do trabalho, a tentativa conciliatória é pressuposto de validade da relação processual.Se o juiz,em audiência,não tentar a conciliação pelo menos 02 vezes,o processo será nulo. 
2º: submissão do procedimento às normas legais: petição inicial*: com os requisitos da Lei (Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante), a petição inicial que não atende aos requisitos constantes na lei é considerada inepta, gerando a extinção do processo. Antes da declaração da inépcia, o juiz abrirá prazo de 10 dias para a emenda da inicial, se não for corrigida, será julgada inepta. Art. 267 do CPC. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: I - quando o juiz indeferir a petição inicial; Citação regular*: no processo do trabalho este ato também é tratado como notificação. Instrumento de mandato*: quando há postulação de reclamatória por intermédio de advogado. 
		Condições da ação: superados os pressupostos processuais, passa-se á analise das condições da ação, sem as quais ocorrerá a carência de ação, ensejando a extinção do processo sem resolução do mérito: 
-legitimidade das partes: aquele que se diz titular de um direito possui legitimidade processual. Ex: aquele que se diz ser empregado é legitimo para propor a reclamatória, caso na verdade não seja, a questão constitui análise de mérito. Isso quer dizer que o processo só admite que se postule direito em nome próprio. Essa regra comporta a exceção da legitimação anômala, desde que haja expressa autorização legal, se admite, portanto, que se postule em nome próprio direito de terceiros: Art. 6º do CPC Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei. Exemplo: sindicato em nome dos empregados da categoria, substituição processual. 
-interesse de agir: aquele que tem contra si uma pretensão resistida, ou seja, lide, disputa, desacerto. 
-possibilidade jurídica do pedido: é aquele que está previsto no ordenamento jurídico ou não está proibido. Ex: reconhecimento do vinculo de emprego daquele q trabalha no jogo do bicho ou em casa d prostituição. 
Contra o mérito: esgotados os ataques ao processo, na defesa deverá passar-se a análise do mérito: 
1º: indireta: prejudiciais de mérito* (prescrição, decadência e compensação, exceção do contrato não cumprido – o contrato de trabalho é sinalagmático) geram a extinção do processo com resolução do mérito. 
2º: direta: negar o fato* ou admitir o fato e negar as consequências*. Pelo princípio da eventualidade, as duas podem ser arguidas simultaneamente. 
6 – Dissídio Individual:Após a EC n.º 45, várias ações oriundas da justiça cível foram atribuídas à competência da justiça do trabalho. Para que não houvesse dúvidas, o TST em 2005 editou a resolução 129,q resumidamente diz que: 
Todos os processos ajuizados na Justiça do Trabalho, independente da causa de pedir estarão submetidos aos ritos ordinário e sumaríssimo previstos na CLT;
O sistema recursal da CLT se aplica a todos os processos;
Toda vez que houver condenação será exigido o depósito recursal;
O sistema de custas é o da CLT;
Salvo nos processos onde presente discussão quanto à relação de emprego não serão devidos honorários do advogado. Há apenas uma hipótese em que os honorários são devidos na Justiça do Trabalho (Lei 5584/70, Da Assistência Judiciária: Art 14. 
Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador. § 1º A assistência é devida a todo aquêle que perceber salário igual ou inferior ao dôbro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. § 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas. § 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde resida o empregado. Art 15. Para auxiliar no patrocínio das causas, observados os arts. 50 e 72 da Lei nº 4.215, de 27 de abril de 1963, poderão ser designados pelas Diretorias dos Sindicatos Acadêmicos, de Direito, a partir da 4º Série, comprovadamente, matriculados em estabelecimento de ensino oficial ou sob fiscalização do Govêrno Federal. Art 16. Os honorários do advogado pagos pelo vencido reverterão em favor do Sindicato assistente. Art 17. Quando, nas respectivas comarcas, não houver Juntas de Conciliação e Julgamento ou não existir Sindicato da categoria profissional do trabalhador, é atribuído aos Promotores Públicos ou Defensores Públicos o encargo de prestar assistência judiciária prevista nesta lei. Parágrafo único. Na hipótese prevista neste artigo, a importância proveniente da condenação nas despesas processuais será recolhida ao Tesouro do respectivo Estado. Art 18. A assistência judiciária, nos têrmos da presente lei, será prestada ao trabalhador ainda que não seja associado do respectivo Sindicato. Art 19. Os diretores de Sindicatos que, sem comprovado motivo de ordem financeira, deixarem de dar cumprimento às disposições desta lei ficarão sujeitos à penalidade prevista no art. 553, alínea a da Consolidação das Leis do Trabalho). TST Enunciado nº 219 - Res. 14/1985, DJ 19.09.1985 - Incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 27 da SBDI-2 - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005. Justiça do Trabalho - Condenação em Honorários Advocatícios: I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (ex-Súmula nº 219 - Res. 14/1985, DJ 26.09.1985). II - É incabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista, salvo se preenchidos os requisitos da Lei nº 5.584/70. (ex-OJ nº 27 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000). São denominados honorários do advogado, assistenciais ou sindicais. O empregado deve estar assistido pelo seu sindicato e de ser pobre no sentido legal. Neste caso, serão devidos honorários, no percentual de 15%, que serão revertidos ao sindicato assistente;
Salvo nos casos em que se discute relação de emprego, será aplicado o regime de sucumbência parcial em relação às custas. 
-Ritos Processuais Trabalhistas: os dissídios individuais estão submetidos, para alguns doutrinadores, a 04 ritos processuais, para outros, são apenas 03, desconsiderando o rito prévio. 
Prévio é constituído de duas modalidades:
*Comissões Intersindicais de Conciliação: DA COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA:
Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. Foram criadas no ano de 2.000, com a alteração do artigo 625 pela Lei 9958 de 12 de janeiro de 2.000. Elas foram criadas em lei para serem de representação paritária, com metade dos membros eleitos pelos sindicatos e a outra metade pelos empregadores. Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). I - a metade de seus membros será indicada pelo empregador e outra metade eleita pelos empregados, em escrutínio,secreeto, fiscalizado pelo sindicato de categoria profissional; II - haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes títulares; III - o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma recondução. § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta, nos termos da lei. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). § 2º O representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na empresa afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). Elas podem ter existência intersindical. Podem, também, existir no âmbito de 01 sindicato ou, ainda, de uma única empresa. A criação das comissões intersindicais de conciliação depende de convenção (sindicato profissional ou econômico) ou acordo coletivo de trabalho (empresa e sindicato profissional). Art. 625-C. A Comissão instituída no âmbito do sindicato terá sua constituição e normas de funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo. Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. § 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais emprêsas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho. § 2º As Federações e, na falta desta, as Confederações representativas de categorias econômicas ou profissionais poderão celebrar convenções coletivas de trabalho para reger as relações das categorias a elas vinculadas, inorganizadas em Sindicatos, no âmbito de suas representações. A lei não impõe a criação das comissões, mas apenas autoriza a sua criação, portanto, são facultativas. O acordo feito o âmbito dessas comissões vali como Título Executivo Extrajudicial (art. 625-E, § único). Asseverava a lei que nos locais em que existiam tais comissões, a sua apreciação, antes de acionar a justiça do trabalho, era obrigatória. Posteriormente, por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, o STF declarou inconstitucional tal obrigatoriedade deixando,porquanto, a apreciação pela CIC de ser uma das condições do dissídio individual. Hoje, sem dúvidas, a apreciação pela CIC é facultativa. Em razão do principio do livre acesso ao judiciário, o STF acabou com esta condição. Decisões do STF nesse sentido: *ADI 2139 MC / DF - DISTRITO FEDERAL - MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - Relator(a): Min. OCTAVIO GALLOTTI - Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO - Julgamento: 13/05/2009 Órgão Julgador: Tribunal Pleno – Publicação: DJe-200 DIVULG 22-10-2009 PUBLIC 23-10-2009 - PROCESSO OBJETIVO - PETIÇÃO INICIAL. A petição inicial do processo objetivo deve ser explícita no tocante à causa de pedir. JURISDIÇÃO TRABALHISTA - FASE ADMINISTRATIVA. A Constituição Federal em vigor, ao contrário da pretérita, é exaustiva quanto às situações jurídicas passíveis de ensejar, antes do ingresso em juízo, o esgotamento da fase administrativa, alcançando, na jurisdição cível-trabalhista, apenas o dissídio coletivo. *ADI 2160 MC / DF - DISTRITO FEDERAL - MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - Relator(a): Min. OCTAVIO GALLOTTI - Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO - Julgamento: 13/05/2009 Órgão Julgador: Tribunal Pleno: Publicação: DJe-200 DIVULG 22-10-2009 PUBLIC 23-10-2009 – Ementa: JUDICIÁRIO - ACESSO - FASE ADMINISTRATIVA - CRIAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA - IMPROPRIEDADE. Ao contrário da Constituição Federal de 1967, a atual esgota as situações concretas que condicionam o ingresso em juízo à fase administrativa, não estando alcançados os conflitos subjetivos de interesse. Suspensão cautelar de preceito legal em sentido diverso. Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). § 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a tempo por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). § 2º Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração da tentativa conciliatória frustada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da Comissão, que devera ser juntada à eventual reclamação trabalhista. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). § 3º Em caso de motivo relevante que impossibilite a observância do procedimento previsto no caput deste artigo, será a circunstância declarada na petição da ação intentada perante a Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). § 4º Caso exista, na mesma localidade e para a mesma categoria, Comissão de empresa e Comissão sindical, o interessado optará por uma delas submeter a sua demanda, sendo competente aquela que primeiro conhecer do pedido. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu proposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a realização da sessão, será fornecida, no último dia do prazo, a declaração a que se refere o § 2º do art. 625-D. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). Art. 625-H. Aplicam-se aos Núcleos Intersindicais de Conciliação Trabalhista em funcionamento ou que vierem a ser criados, no que couber, as disposições previstas neste Título, desde que observados os princípios da paridade e da negociação coletiva na sua constituição. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000). 
* Reclamação Junto ao Ministério do Trabalho por ausência de anotação da CTPS: Art. 38 - Comparecendo o empregador e recusando-se a fazer as anotações reclamadas, será lavrado um termo de comparecimento, que deverá conter, entre outras indicações, o lugar, o dia e hora de sua lavratura, o nome e a residência do empregador, assegurando-se-lhe o prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a contar do termo, para apresentar defesa. Parágrafo único - Findo o prazo para a defesa, subirá o processo à autoridade administrativa de primeira instância, para se ordenarem diligências, que completem a instrução do feito, ou para julgamento, se o caso estiver suficientemente esclarecido. 
	b) Ritos Especiais: são aqueles que por imposição legal têm procedimento especial. São eles: mandado de segurança, habeas corpus, habeas data, as ações cautelares nominadas e inominadas, a consignação em pagamento, a declaratória incidental, a prestação de contas, a ação monitória, os embargos de terceiro, a restauração de autos e a ação anulatória de multa fiscal. 
	c) Ritos Sumaríssimo e Ordinário:
*Sumaríssimo: todos as ações que possuem valor de causa até 40 s.m. deverão seguir o rito sumaríssimo. Do Procedimento Sumaríssimo: Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
		*Ordinário: as ações com valor de causa acima de 40 s.m. seguirão o rito ordinário. 
		Semelhanças entre os ritos Sumaríssimo e Ordinário:
			-ambos não são optativos, a lei é expressa nesse sentido;
			-em ambos a notificação/citação é dirigida ao reclamado para que ele compareça a uma audiência onde a defesa será apresentada. Essa audiência deve obedecer a um espaçamento mínimo entre a notificação/citação e a realização da audiência de 05 dias, esse é denominado quinquídio legal (que não possui natureza jurídica de prazo para defesa, é apenas um prazo mínimo a ser observado entre dois atos processuais). O prazo para apresentação de defesa em audiência é de 20 minutos. 
			-em ambos os ritos a audiência é una, assim como em qualquer outro procedimento. Embora seja uma, por necessidade ela pode ser fragmentada. Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.
			-em ambos os ritos, os requisitos na petição inicial são, em geral, os mesmos*. Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
			-Rito Sumaríssimo: Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio,em qualquer fase da audiência. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). § 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). § 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). § 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). § 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). § 5º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). § 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). § 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). § 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). § 2º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). § 3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova testemunhal. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). 
			-Rito Ordinário: Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Art. 819 - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente. § 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever. § 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas correrão por conta da parte a que interessar o depoimento. Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados. Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis). Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. Art. 823 - Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada. Art. 824 - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo. Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação. Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação. Art. 826 - É facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou técnico. Art. 827 - O juiz ou presidente poderá argüir os peritos compromissados ou os técnicos, e rubricará, para ser junto ao processo, o laudo que os primeiros tiverem apresentado. Art. 828 - Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis penais. Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da audiência, pelo secretário da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes. Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. (Redação dada pela Lei nº 11.925, de 2009). Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos.Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. 
		Diferenças entre os ritos sumaríssimo e ordinário: 
		-no rito ordinário não há espaçamento máximo fixado em lei, para designação da audiência, em regra, o juiz marca para a próxima data desimpedida. Já no rito sumaríssimo, a audiência deve ocorrer na primeira data desimpedida, contada dos cinco dias após a notificação/citação até, no máximo, 15 dias. Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento.
			-a continuação da audiência fragmentada (suspensa) no rito ordinário não tem prazo máximo designado em lei, já no rito sumaríssimo, a continuação da audiência deve ocorrer no máximo em 30 dias. Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. § 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa.
			-no rito sumaríssimo, a petição inicial tem um requisito expresso a mais, qual seja, os pedidos devem ser líquidos (indicar o valor). Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; Já no rito ordinário basta pedir. A ausência de indicação do valor dos pedidos no rito sumaríssimo gera o arquivamento do feito. 
			-no rito sumaríssimo, exige-se destacadamente (pois, é exigido em todos os procedimentos) a descrição do nome e endereço do reclamado, a fim de realizar a sua notificação/citação, tendo em vista que nesta modalidade de procedimento não é permitida a citação/notificação por edital. Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). II - não se fará citação por edital, incumbindoao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado. Discute-se a constitucionalidade desta limitação. Entretanto, para esta finalidade, poderá haver a conversão do rito sumaríssimo para o rito ordinário, segundo alguns doutrinadores. 
			-prova testemunhal: no rito ordinário poderão ser ouvidas até 03 testemunhas (Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis)). já no rito sumaríssimo, inquirir-se-ão o máximo de 02 testemunhas (art. 582 – H: § 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação). Embora a lei seja expressa nesse sentido, o tratamento jurisprudencial é totalmente divergente: Rito Ordinário: Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação. Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação. Rito sumaríssimo: Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). § 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000). Os dispositivos demonstram que não existe rol de testemunhas no processo do trabalho, em regra, as testemunhas comparecerão independente de intimação, as que não comparecerem serão intimadas, as quais serão conduzidas coercitivamente, em caso de reiterarem a ausência. A diferença de tratamento está no entendimento jurisprudencial, pelo qual, aceita-se o rol de testemunhas no rito ordinário, conforme as disposições do CPC, mas, do contrário, não admite a apresentação do rol de testemunhas no rito sumaríssimo. 
		Rito Sumaríssimo – Petição Inicial:
	Na inicial do rito sumaríssimo deverá haver a liquidação dos pedidos, de forma obrigatória. 
	A maioria dos cálculos referentes a parcelas trabalhistas estão previstas em lei. Exemplo: a) adicional de insalubridade: Art . 192 da CLT - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. Sendo assim o adicional de insalubridade corresponde ao percentual de 10, 20 ou 40 sobre o salário mínimo do empregado. b) adicional de periculosidade: Art . 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Já o adicional de periculosidade será calculado com base no salário mensal do empregado, com percentual de 40%. 
 		-Diferença entre remuneração e salário: 
		Há três correntes: 
1ª: salário é a parte fixa que o empregado recebe. Já a remuneração corresponde às parcelas adicionais. 
2ª: salário e remuneração são sinônimos, ou seja, correspondem ao que é percebido pelo empregado. 
3ª: legalista: a definição de ambos está prevista em lei. Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado. § 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que fôr cobrada pela emprêsa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados. Sendo assim, salário é tudo que o empregador paga, com habitualidade. Já a remuneração é o restante, pago por terceiros ao empregado, independente da fonte. 
		As três correntes são aceitas. 
		-Calculo de Hora Extra: 
1º passo: divide-se a remuneração do empregado pela jornada mensal do mesmo, para descobrir o valor da hora trabalhada pelo empregado: exemplo: R$ 510,00 / 220: 2,31. Se o adicional foi haver reflexo de adicional de periculosidade ou insalubridade, deve-se dividir a soma do salário mínimo ou salario mensal, mais o percentual correspondente, pela jornada mensal. Exemplo: adicional de periculosidade: R$ 510,00 x 30% = R$ 153,00. Após, R$ 510,00 + 153,00 = R$ 663,00. Agora sim, divide-se R$ 663,00 por 220= 3,01. Impende destacar q há jornadas mensais diferenciadas fixadas em lei, como do radialista, do bancário, etc. 
2º passo: multiplica-se o valor da hora comum trabalhada pelo empregado, pelo percentual do adicional de hora extra: em regra é de 50%: ex: R$ 3,01 x (+) 50% ou x 1,5: 4,51. Este é o valor da hora extra unitária. 
3º passo: multiplicar o valor da hora extra unitária pela quantidade de horas extras feitas por dia. Exemplo: se o empregado trabalhava 10 horas por dia, fazia 02 horas extras diárias. Assim: R$ 4,51 x 2= 9,02. Este é o valor da hora extra por dia. 
4º passo: a fim de obter o valor da hora extra mensal, multiplica-se o valor da hora extra por dia por 30. Exemplo: R$ 9,02 x 30 = R$ 270,60. 
5º passo: se o empregado laborou 01 ano fazendo 02 horas extras diárias, deve-se multiplicar o valor da hora extra mensal por 12. Exemplo: R$ 270,60 x 12: R$ 3.247,20. Como ele trabalhava sobre condições perigosas, todo o calculo foi feito após a soma do percentual correspondente ao adicional de 30% sobre o salário mensal. 
	Questão:
	Um empregado é frentista de um posto de gasolina, trabalhou durante 01 ano ganhando um salário mínimo (R$ 510,00), com jornada diária das 8:00 às 19:00 hrs, e intervalo de 01 hora. 
	Este empregado foi dispensado sem receber nada na rescisão. Pergunta-se: o que se deve pedir e qual o valor a ser pedido. 
	Dos Pedidos: 
	A condenação do reclamado ao pagamento de: 
Adicional mensal de periculosidade com reflexos de aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3, FGTS +40%;
02 horas extras diárias, com adicional de 50%, com reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias integrais (indenizadas) + 1/3, FGTS +40% e repouso semanal remunerando. 
Aviso prévio, férias integrais (indenizadas) +1/3, 13º salário integral, liberação do FGTS no código 01, com a multa de 40% e comunicado de dispensa e seguro desemprego. 
CÁLCULOS:
- adicional de periculosidade: R$ 510,00 x 30% = R$ 153,00 (mensal). Para descobrir o valor do adicional por ano, multiplica-se por 12. R$ 153,00 x 12 = R$ 1.836,00. 
 - horas extras com reflexos do adicional de periculosidade: 
soma-se o salário mensal com o valor do adicional de periculosidade mensal: R$ 510,00 + 153,00 = R$ 663,00. Agora sim, divide-se R$ 663,00 por 220 (jornada mensal) = 3,01. Este é o valor da hora comum trabalhada pelo empregado: Impende destacar que há jornadas mensais diferenciadas fixadas em lei, como do radialista,do bancário, etc. 
multiplica-se o valor da hora comum trabalhada pelo empregado, pelo percentual do adicional de hora extra: em regra é de 50%: exemplo: R$ 3,01 x (+) 50% ou x 1,5 = 4,51. Este é o valor da hora extra unitária. 
multiplicar o valor da hora extra unitária pela quantidade de horas extras feitas por dia. Se o empregado trabalhava 10 horas por dia, fazia 02 horas extras diárias. Assim: R$ 4,51 x 2= 9,02. Este é o valor da hora extra por dia. 
a fim de obter o valor da hora extra mensal, multiplica-se o valor da hora extra diária por 30. Exemplo: R$ 9,02 x 30 = R$ 270,60. 
se o empregado laborou 01 ano fazendo 02 horas extras diárias, deve-se multiplicar o valor da hora extra mensal por 12. Exemplo: R$ 270,60 x 12: R$ 3.247,20. Este é o valor da hora extra anual com reflexos do adicional de periculosidade. 
- Aviso Prévio com reflexo do adicional de periculosidade e da hora extra: corresponde ao total que o empregado deveria ter percebido por mês = R$ 510,00 (salário mensal) + R$ 153,00 (adicional de periculosidade) + R$ 270,60 (hora extra mensal) = R$ 933,60. 
 - Décimo Terceiro Salário com reflexo do adicional de periculosidade e da hora extra: também corresponde ao total que o empregado deveria ter percebido por mês = R$ 510,00 (salário mensal) + R$ 153,00 (adicional de periculosidade) + R$ 270,60 (hora extra mensal) = R$ 933,60. 
– Férias + 1/3 com reflexo do adicional de periculosidade e da hora extra: é o valor total mensal que o empregado deveria perceber mais 1/3 constitucional: R$ 510,00 (salário mensal) + R$ 153,00 (adicional de periculosidade) + R$ 270,60 (hora extra mensal) = R$ 933,60 + 1/3 (R$ 311,20) = R$ 1.244,80. 
- FGTS: o valor integral a ser percebido pelo empregado na rescisão, à exceção das férias mais 1/3, por serem indenizadas, multiplicado por 8% (percentual de incidência do FGTS): R$ 1.836,00 (adicional de periculosidade anual) + R$ 3.247,20 (hora extra anual) + R$ 933,60 (aviso prévio – 30 dias) + R$ 933,60 (13º salário – 30 dias) = R$ 6950,40 x 8% = R$ 556,03. 
– Multa de 40% sobre o valor do FGTS: R$ 556,03 x 40% = R$ 222, 41. 
– Total: R$ 1.836,00 + R$ 3.247,20 + R$ 933,60 + R$ 933,60 + R$ 1.244,80 + R$ 556,03 + R$ 222, 41 = 8973,64. 
7 - Audiência:
	1º: pregão:
	2º: 1ª tentativa conciliatória: segue-se ao pregão a primeira tentativa conciliatória;
	3º: defesa: após a defesa é apresentada, em regra, deve ser oral pelo prazo de 20 minutos;
	4º: impugnação aos documentos que acompanhar a defesa: após, apresenta-se a impugnação aos documentos que acompanham a defesa. Destaca-se que não há no processo do trabalho a figura da réplica; 
	5º: Provas: (peritos, partes e testemunhas): por sua vez as provas são produzidas na seguinte ordem: 
se houver, os peritos, sendo que o perito oficial será ouvido primeiro, em seguida os assistentes técnicos do reclamante, e após, os assistentes técnicos do reclamado; 
após, toma-se o depoimento pessoal das partes. Este não pode ser confundido com a inquirição da parte, pois, inquirir a parte é ato do juiz. Ele o faz quantas vezes quiser, e em qualquer momento do processo ou audiência. O depoimento pessoal se dá a requerimento da parte contrária. O depoimento tem momento certo para ocorrer, qual seja, no início da audiência. A finalidade do depoimento pessoal é obter a confissão da parte contrária. A confissão pode ser expressa ou real, ou ficta. Expressa ou real é aquela em que a parte admite a veracidade dos fatos que contra ela militam. A confissão ficta ou presumida depende de alguns fatores. TST Enunciado nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978 - Incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 184 da SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Pena de Confissão Trabalhista I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela comunicação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. Salienta-se que a confissão não é pena e sim meio de prova, a pena é o que decorrerá da confissão, sendo o caso. a) a expressa intimação à parte para que ela compareça à audiência designada com a finalidade de prestar depoimento pessoal; b) nessa intimação deve haver a expressa advertência de que a ausência da parte importará em confissão. Entretanto, no processo do trabalho há duas outras situações que têm como efeito a confissão ficta: a) a alegação de desconhecimento do fato pelo preposto (Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. § 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente); e b) quando aquele que comparece à audiência, devidamente intimado, mas s e recusa a depor. A confissão ficta gera presunção de veracidade Iuris Tantum, relativa, pois admite prova em contrário (sumula 74, I, do TST), mas, só a prova pré-constituída serve para afastar os efeitos da confissão ficta. Destaca-se que as partes são ouvidas individualmente, uma não pode ouvir o depoimento da outra, salvo se já tiver prestado depoimento. 
logo após, ouve-se as testemunhas, no rito sumaríssimo ouve-se até 02 testemunhas, no rito ordinário no máximo 03, e quando tratar-se de Inquérito de Apuração de Falta Gravem até 06 testemunhas. Primeiro são ouvidas as testemunhas do reclamante e depois as do reclamado. Não é uma ordem absoluta, isso quer dizer, pode haver alteração da ordem em proveito da celeridade do processo;
	6º: 2ª tentativa conciliatória: ouvidas as testemunhas, ocorre a segunda tentativa conciliatória (pressuposto de validade da relação trabalhista). 
7º: Razões Finais: após, as razões finais orais em 10 minutos para cada parte;
Art. 813 da CLT - As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 horas, não podendo ultrapassar 5horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
 § 1º - Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 horas.
§ 2º - Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias, observado o prazo do parágrafo anterior.
Art. 814 - Às audiências deverão estar presentes, comparecendo com a necessária antecedência. os escrivães ou secretários.
Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer.Parágrafo único - Se, até 15 minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências.
Art. 816 - O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do recinto os assistentes que a perturbarem.
Art. 817 - O registro das audiências será feito em livro próprio, constando de cada registro os processos apreciados e a respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais.
Parágrafo único - Do registro das audiências poderão ser fornecidas certidões às pessoas que o requererem.
	8º: sentença: por fim, a sentença é proferida em até 10 dias. TST Enunciado nº 197 - Res. 3/1985, DJ 01.04.1985 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Prazo - Recurso Trabalhista - Parte Intimada. O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença, conta-se de sua publicação. No momento em que terminara AIJ, o juiz determina dia e hora para publicação da audiência.
8 – Sentença: 
	É o ato do juiz que põe fim ao processo, resolvendo ou não o mérito da causa. Ou segundo expresso no CPC, é o ato do juiz que incorre em uma das hipóteses previstas nos arts. 267 e 269 do CPC. 
As sentenças são:
- Definitivas ou de mérito. Art. 269. Haverá resolução de mérito: I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; III - quando as partes transigirem; (IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. 
-Terminativas ou processuais. Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: I - quando o juiz indeferir a petição inicial; Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; Vll - pela convenção de arbitragem; Vlll - quando o autor desistir da ação; IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; XI - nos demais casos prescritos neste Código. § 1o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. § 2o No caso do parágrafo anterior, quanto ao no II, as partes pagarão proporcionalmente as custas e, quanto ao no III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado (art. 28). § 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que Ihe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. § 4o Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
O ideal é a sentença de mérito. 
O juiz para analisar o mérito da causa deve antes verificar se os pressupostos processuais foram preenchidos ou as condições da ação foram observadas. 
A verificação da ausência de pressupostos processuais ou condições da ação gera a sentença terminativa de mérito ou meramente processual. 
Requisitos da sentença: 
Relatório (dispensado no rito sumaríssimo);
Fundamentação; 
Conclusão. 
b) Princípio da Congruência: Ao prolatar a sentença o juiz está submetido ao princípio da congruência, segundo o qual o juiz está limitado ao pedido inicial. Quem estabelece os limites de atuação do juiz é o autor. Art. 128 do CPC. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que Ihe foi demandado. Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando decida relação jurídica condicional.
-Exceção: só excepcionalmente é que o réu (reclamado) pode ampliar esses limites de atuação do juiz. Ele amplia esses limites com a reconvenção e com a declaratória incidental. No processo civil o réu amplia através das várias espécies de intervenção de terceiros. Entretanto, no processo do trabalho não é cabível intervenção de terceiros, pois a Justiça do Trabalho não têm competência para dirimir conflitos entre empregadores ou entre apenas empregados (lide paralela). 
	-No que diz respeito ao princípio da congruência há três tipos de vício, quais sejam:
*sentença extra-petita: ocorre quando há julgamento fora do pedido, a parte pede A e o juiz concede D. Este vício desafia Recurso Ordinário e gera a nulidade da sentença. 
*sentença citra-petita: ocorre quando há julgamento aquém do pedido. É a negativa de prestação jurisdicional. A sentença tbm é nula nesta hipótese e desafia Embargos Declaratórios. Não se deve confundir a sentença citra-petita c sucumbência parcial, pois esta se dá quando a parte vence parcialmente. 
*sentença ultra-petita: o juiz vai além do pedido. Também desafia Recurso Ordinário. Entretanto não tem o condão de gerar a nulidade da sentença. 
c) A coisa julgada: a sentença conduz ao instituto da coisa julgada. A coisa julgada pode ter 02 conceitos, ou seja, pode ser mero pressuposto processual ou um instituto de direito processual. Como instituto de direito processual a coisa julgada esta ligada à ideia de segurança jurídica. Está elencada na Constituição Federal como direito fundamental. 
-A coisa julgada será de duas espécies: 
*formal: conceituada como esgotamento dos prazos para recurso. 
*material: é o fenômeno pelo qual o comando emergente da sentença adquire força de lei entre as partes. 
Toda sentença faz coisa julgada formal. Mas se ela contém um comando para ser cumprido, ela faz coisa julgada material. A coisa julgada matéria é a consequência da sentença definitiva de mérito. Sendo assim, nem toda coisa julgada formal, traz coisa julgada material. Mas toda coisa julgada material traz coisa julgada formal. 
-A regra de que a sentença definitiva conduz a uma coisa julgada material comporta exceções:
*as sentenças proferidas em relações continuadas n fazem coisa julgada material.Ex:o contrato d trabalho é uma relação continuada, portanto a sentença dada durante sua vigência não faz coisa julgada material. 
*aquelas sentenças proferidas em ações cautelares. Pois apenas resguardam a possibilidade de se discutir direitos, não resolvendo conflitos, e, por conseguinte não geram coisa julgada material. No processo do trabalho são apenas essas exceções. 
-A coisa julgada tem limites que podem ser objetivos e subjetivos:
*limites objetivos: só faz coisa julgada o que é expressamente decidido pelo juiz. Isso quer dizer que os fundamentos da decisão, ainda que relevantes, não fazem coisa julgada. Ou seja, só faz coisa julgada as conclusões. Podendo-se concluir que aquele que fundamenta e não conclui nada decide. 
*limites subjetivos: a coisa julgada só alcança as partes envolvidas no litigio. Ou seja, a coisa julgada não é lei, portanto, não tem aplicação erga omnes. Está é uma regra que também comporta exceções. São elas: *Os sucessores das partes, porque os sucessores assumem o processo no ponto em que ele está. Se já havia operado a coisa julgada em relação à parte original, os sucessores ao assumirem sofrerão as consequências da coisa julgada ou dela se beneficiarão, ainda que não tenham participado do processo ao tempo da decisão. *Nas hipóteses de substituição processual. Excepcionalmente pode-se demandar em nome próprio direito alheio, é a hipótese do sindicato que ajuíza ação para benefício dos empregados, sendo assim, a coisa julgada ultrapassa o sindicato e atinge os empregados. *Nos casos de solidariedade, que ocorre no grupo econômico, por exemplo, se o pagamento é feito por um dos devedores solidários, a quitação atinge a todos, fazendo assim, coisa julgada. *Nas ações quanto ao estado das pessoas (interdição, separação, etc.), a coisa julgada atinge a todos e não só as partes envolvidas, tendo, portanto, aplicação erga omnes. 
Observações: 
Jurisdição: vem do latim juris dicto. É através da jurisdição que o Estado pacifica a sociedade, solucionando conflitos, dizendo o direito e impondo a sua decisão. A jurisdição para ser exercida exige três pressupostos: legal (porque é exercida através do processo), imparcial (porque é exercida por meio de órgãos imparciais do poder judiciário) e inerte (pois

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