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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO JANICLEIDE LIMA DE ARAÚJO Salvador -BA 2025 ANÁLISE ORGANIZACIONAL JANICLEIDE LIMA DE ARAÚJO Trabalho Final de Trabalho apresentado ao curso de Bacharelado em Administração da Faculdade UNIJORGE, como requisito parcial para avaliação na disciplina de Gestão Estratégica de Pessoas, sob orientação da Prof.ª Debora Carla Pereira Guimarães. Salvador - BA 2025 ANÁLISE ORGANIZACIONAL 2 Introdução O relatório aponta que a Spartaccus vive um momento decisivo após assumir o contrato para construção de 110 escolas, o qual revela tanto potencial de crescimento quanto fragilidades estruturais relacionadas ao modelo de gestão familiar. A ausência de processos formalizados e os conflitos geracionais evidenciam a necessidade de mudanças profundas. Nesse contexto, o documento apresenta diagnóstico detalhado e recomendações estratégicas voltadas à reestruturação da gestão de pessoas, à profissionalização administrativa e à mitigação dos principais riscos organizacionais. 1. Subsistemas de RH Selecionados e Ações Propostas Para organizar a empresa Spartaccus e prepará-la para o novo contrato, foram selecionados os subsistemas de Recrutamento e Seleção e Treinamento e Desenvolvimento. a) Recrutamento e Seleção: • Definir claramente os perfis dos cargos: mestre de obras, eletricista e encanadores. • Estabelecer critérios técnicos e comportamentais. • Utilizar entrevistas estruturadas e testes práticos. • Implantar processo formal de admissão. • Criar um banco de talentos para futuras demandas. b) Treinamento e Desenvolvimento: • Desenvolver programa de integração para novos colaboradores. • Treinar a equipe em normas de segurança e boas práticas de construção. • Orientar José Augusto e familiares sobre liderança e comunicação. • Implantar reuniões semanais para acompanhamento das obras. • Criar trilhas de desenvolvimento contínuo. 2. Provisão de Pessoas A empresa necessita realizar contratações imediatas e estruturar, pela primeira vez, um processo seletivo profissionalizado. Recomenda-se definir perfis de competência, utilizar múltiplas fontes de recrutamento e implementar seleção em etapas (triagem, testes práticos e entrevistas por competência). Os mestres de obras devem ter perfis complementares: um orientado à liderança 3 participativa, para balancear o estilo autoritário do proprietário, e outro especializado em planejamento e controle de múltiplas frentes de obra. Para funções técnicas, sugere-se parceria com o SENAI para garantir mão de obra certificada. A contratação de um Coordenador de RH externo é apontada como medida essencial para institucionalizar práticas, mediar conflitos familiares e implementar meritocracia. 3. Desenvolvimento de Pessoas O relatório evidencia ausência de cultura de capacitação e falta de alinhamento entre gerações. Propõe-se a criação de um programa de integração de 5 dias, com foco em cultura organizacional, normas de segurança e padrões de obras públicas. Recomenda-se treinamento em gestão de conflitos e liderança situacional para toda a família envolvida, bem como cronograma contínuo de capacitações técnicas trimestrais. A implantação de mentoria reversa é sugerida para favorecer troca de conhecimentos entre o fundador e a nova geração. Além disso, a adoção de avaliação de desempenho 360°, com indicadores objetivos, é considerada fundamental para orientar desenvolvimento, decisões de carreira e futura remuneração variável. 4. Gestão de Riscos Cinco riscos críticos são identificados e analisados com probabilidade e impacto: • Conflito geracional: risco alto, decorrente de choque entre estilos de gestão; recomenda-se acordo familiar, reuniões estruturadas, coach executivo e criação de conselho consultivo. • Ausência de gestão profissional da obra: risco crítico devido a sobrecarga do proprietário e baixa dedicação familiar; propõe-se contratação administrativa urgente, implantação de ERP e auditorias internas. • Rotatividade da mão de obra especializada: risco que ameaça prazos e qualidade; sugere-se pacote de benefícios competitivo, plano de carreira estruturado e banco de talentos. 4 • Não conformidade trabalhista e de segurança: risco crítico para obras públicas; recomenda-se consultoria jurídica, SESMT, DDS diário, inspeções semanais e criação de CIPA. • Indefinição de papéis e baixa produtividade familiar: risco de impacto médio; propõe-se definição formal de responsabilidades, metas semanais, controle de ponto e vinculação de pró-labore à produtividade. 5. Considerações Finais O relatório conclui que a Spartaccus precisa avançar rapidamente na profissionalização da gestão de pessoas para garantir a execução bem- sucedida do contrato das 110 escolas. Destaca que o crescimento sustentável dependerá da disposição do proprietário em delegar, adotar governança, aceitar mudanças culturais e equilibrar autoridade com participação. Com a implementação das propostas, a empresa poderá não apenas entregar o contrato com eficiência, mas também posicionar-se como referência no setor de obras públicas e construir bases sólidas para expansão futura. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2016. MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Empresa Familiar: como fortalecer o empreendimento e otimizar o processo sucessório. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. MOTTA, Fernando C. Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria das Organizações. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.