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Resumo sobre a TEORIA DA PENA parte 1

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TEORIA GERAL DA PENA
Art. 32 à 99, CP + Lei de execução penal
Importante a se saber que a prisão pode ser decretada tanto em caráter processual, a exemplo das preventivas e temporárias e pode ser decretada por pena, quando a sentença transita em julgado, não sendo possível evitar seu cumprimento. 
A quem pertence o “ius puniendi”? 
r.: o direito de punir pertence unicamente ao Estado, que somente pode exercê-lo mediante o devido processo legal, assim como o direito do acusado de contraditório e ampla defesa. Sendo confirmada a culpa do acusado, esse submete-se a punição estatal, denominada de sanção penal, ou seja a resposta estatal ao responsável pela pratica de uma infração penal.
A sanção penal é gênero, que se divide em duas espécies:
Penas: reclamam a culpabilidade do agente e destinam-se aosimputaveis e aos semi-imputaveis. 
Medidas de segurança: destinadas a portadores de doenças mental, tendo como pressuposto a periculosidade.
Em termos gerais pode-se considerar o direito penal brasileiro como um sistema de dupla via, já admite tanto penas quanto medidas de segurança. Fala-se em uma terceira via do direito penal brasileiro, consubstanciada nas ocasiões em que embora, tenha sido cometido uma infração penal, não se impõe pena ou medida de segurança, pois a punibilidade estatal cede espaço a reparação do dano causado a vitima, a exemplo da lei nº 9.099/95.
CONCEITO:
Pena é a reação que uma comunidade politicamente organizada opõe a um fato que viola uma das normas fundamentais da sua estrutura e assim, é definido na lei como crime. Ou seja, quando um fato definido no ordenamento jurídico como infração penal, viola uma norma deste a sociedade politicamente estabelecida cominam uma pena para este. Sendo uma consequência natural imposta pelo estado quando o agente pratica um fato típico, ilícito e culpável.
O bem jurídico que o apenado pode ser privado ou sofrer limitações varia:
Liberdade ambulatorial (pena privativa de liberdade)
Patrimônio (multa, prestação pecuniária e perda de bens e valores)
Capital (pena de morte, conforme art. 5º, XLVII, a, CF)
Outros (penas restritivas de direito)
Como surgiu a pena?
r.: se nos atermos aos relatos bíblicos, a primeira pena imposta a humanidade foi quando Deus expulsou adão e Eva do paraíso por infringirem sua norma de não comer do fruto da arvore. Nos atendo a historia da humanidade desde os primórdios das civilizações, desde quando o homem se reuniu em grupos, verifica-se punições, porem primeiramente de forma violenta, com o progresso dos tempos as punições foram sendo transferidas aos chefes dos bandos, aos monarcas, aos governantes, ate adentrarmos nas instituições de Direito, onde o homem com anseio de manutenção da ordem e segurança estatal delegou ao Estado o direito de punir, baseado em leis e normas pré-estabelecidas
PRINCIPIOS INFORMADORES DA PENA:
Alguns princípios são de caráter constitucional-penal e outros somente de previsão penal:
Principio da reserva legal ou da estrita legalidade: preferível que use a terminologia de estrita legalidade, por englobar tanto a legalidade formal, que é aquela que decorre do ato legislativo perfeito e a legalidade material que decorre da consonância com o texto constitucional, a terminologia reserva legal engloba tão somente a legalidade formal.
 Esse principio encontra fundamento legal no brocardo latino “nulla poena sine lege” ou seja somente a lei pode cominar a pena, ou data vênia não a pena sem lei. É um principio constitucional, consagrado como clausula pétrea e tanto um principio penal. Encontrando sua fundamentação legal nos artigos:
Art. 5º, XXXIX, CF/88: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;”
Art. 1º, CP/40: “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.”
Principio da anterioridade: segundo este principio a lei que comina uma pena a um crime deve ser anterior a ele. Baseando-se no brocardo latino “nulla poena sine praevia lege. Principio constitucional e penal, previsto: 
Art. 5º, XXXIX, CF/88: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;”
Art. 1º, CP/40: “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.”
Principio da personalidade, intransmissibilidade, instrancendencia da pena ou da responsabilidade pessoal: principio constitucional que atinge o direito penal, onde a pena em hipotese alguma passara da pessoa do condenado. Vedado alcançar, portanto, familiares do acusado ou terceiros. Assim uma sanção penal é de caráter estritamente pessoal.
E possível porem que a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens, compreendidos como efeitos da condenação, sejam, nos termos da lei, estendidos aos sucessores e executadas ate a força da herança, exceto pena de multa.
Fundamentação legal, conforme:
Art. 5º, XLV, CF - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
O principio da intranscedência da pena tem caráter absoluto ou relativo?
r.: existem dois posicionamentos colidentes:
1- Flavio Monteiro de Barros nos ensina que o principio é relativo uma vez que a exceção é prevista na própria constituição federal, qual seja a perda de bens: “ a magna carta abre uma exceção a esse principio ao estatuir que a pena de perdas de bens pode ser aplicada aos sucessores “inter vivos” por “causa mortis” do condenado até o limite do patrimônio tranferido(...). Visando amenizar esse conflito a nossa legislação consagra o direito de visita ao preso e ao auxilio reclusão aos dependentes do condenado”
2- Luiz Flavio Gomes e Antonio Garcia Pablos de Molina nos ensinam que o principio é absoluto: “a pena não pode passar da pessoa do condenado (CF, art. 5º, XLV.).
 A pena de multa pode ser passada ao sucessor do condenado?
r.: tão pouco passa aos herdeiros a multa, pois apesar de executada como divida ativa, não perdeu seu caráter penal. 
 Quais obrigações então passam aos sucessores?
r.: somente duas passam aos sucessores:
a) obrigação de indenizar (nos limites da herança);
b) obrigação de respeitar o perdimento de bens (confisco).
Possui caráter absoluto, pois todas os tipos de pena são podem transcender a pessoa do condenado, como pena privativa de liberdade, restrição de direitos ou multa. Porem o que pode ser transcendido é a indenização que não possui o caráter repressivo da pena e sim caráter reparador, sendo tão somente uma prestação pecuniária, voltado a reparação de um dano moral ou material causado.
Vide artigo 387, IV, CP.
Ver artigo 5, item 3 convenção americana de direitos humanos.
Principio da inderrogabilidade ou inevitabilidade: principio ligado diretamente ao direito penal, não possuindo previsão constitucional. Segundo qual é inevitável o cumprimento da sentença transitada em julgado, é uma ramificação do principio da estrita legalidade. 
Esse principio é consectário lógico da reserva legal, e sustenta que a pena, se presentes os requisitos para a condenação, não pode deixar de ser aplicada e integralmente cumprida.
Existe exceção ao principio da inderrogabilidade?
r.: sim, são exemplo de institutos que mitigam o principio: 
1- a prescrição;
2- o perdão judicial;
3- o livramento condicional
4- o sursis, que é uma suspensão da execução da p. p. l. imposta sobre algumas condições (arts. 77 a 82, CP).
5- lei 9.099/90
Principio da intervenção mínima: a sanção penal somente é legitima em casos estritamente necessários para a tutela de um bem jurídico penalmente reconhecido. Dele resultam dois outros princípios: fragmentariedade ou caráter fragmentário do Direito Penal e subsidieridade. Principio afeto exclusivamente ao direito penal, já que este cuida somente dos bens juridicamente mais importantes.
Principio da humanidade ou humanização das penas: principioconstitucional afeto ao direito penal, diz que a sanção penal deve respeitar os direitos fundamentais do reeducando enquanto ser humano. Não pode assim violar a sua integridade física ou moral, conforme o artigo 5, XLIX. Da mesma forma o Estado não pode dispensar nenhum tipo de tratamento cruel, degradante ou desumano ao preso. Com esse propósito o artigo 5º, XLVII, CF proíbe as penas de morte, trabalhos forçados, banimento e de caráter cruel, bem como a prisão perpetua.
Principio da proporcionalidade: pode-se dizer que este principio remonta historicamente do livro “dos delitos e das penas” do marques de Beccaria, sendo um principio constitucional afeto ao direito penal, que preceitua que a pena deve ser proporcional ao delito cometido pelo sujeito. Assim a resposta penal deve ser justa e suficiente para reprimir e prevenir as infrações penais. Concretiza-se na atividade legislativa, funcionando como barreira ao legislador, e também ao magistrado, orientando-o na dosimetria da pena. De fato tanto na cominação como na aplicação da pena deve existir correspondência entre o ilícito cometido e o grau da sanção penal imposta, levando ainda em conta o aspecto subjetivo do condenado (art. 5º, XLVI,CF)
Podemos entender o principio sob dois prismas:
Proibição do excesso: evitando a hipertrofia da punição
Exigindo proteção suficiente, imperativo de tutela, proibindo a proteção deficiente.
Principio da individualização da pena: principio constitucional afeto ao direito penal, que preceitua que não deve existir uma padronização de aplicação de pena, deve-se apenas ser respeitado os critérios de aplicação e a pena base estabelecida, cabendo o julgador analisar cada caso em concreto para aplicar efetivamente. Assim como deve o legislador ponderar se a proporcionalidade ao elaborar o preceito secundário da norma condiz com a ação delituosa descrita no preceito primário. A importância desse principio é basicamente esta, fugir da padronização da reprimenda penal. Este está fundamentado no ideal de justiça segundo o qual se deve distribuir a cada individuo, o que lhe cabe como reprimenda, de acordo com as circunstancias do caso.
Em síntese a individualização da pena é uma resposta estatal ao autor da infração penal devendo ser observada em três momentos distintos:
Legislativo: criação/elaboração da norma reguladora. Definição pelo legislador da infração penal e qual será sua pena.
Judiciário: aplicação da norma no caso concreto. Imposição da pena pelo juiz.
Administrativo: execução da decisão imperativa proferida. Na fase de execução da pena, momento em que os reeducandos serão classificados segundo seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal. Vide artigo 5º, Lei de Execução Penal, nº 7.210/84.
TEORIAS E FINALIDADES DA PENA
Teoria absoluta: a pena é retributiva, pune-se simplesmente como retribuição a pratica do ilícito penal. É bem aceita pela sociedade já que essa teoria advoga em favor da pena como um castigo ou vingança.
Teoria relativa: se fundamenta no critério da prevenção, consistindo assim em prevenir a infração penal.
Se biparte em outras subteorias:
Prevenção geral que é destinada ao controle da violência, na medida em que busca diminui-la e evita-la. Destinada a sociedade em geral.
Prevenção geral negativa:tem como objetivo embutir na psique do desviante um contra estimulo para afasta-lo da pratica de crimes, buscando também intimidar a coletividade.
Prevenção geral positiva: consiste em tornar-se evidente bem como reafirmar a existência, a validade e a eficácia do direito penal. Almeja-se demonstrar a vigência da lei penal
Prevenção geral especial é destinada exclusivamente a pessoa do condenado.
Prevenção especial negativa: tem como objetivo intimidar o reeducando, para que o mesmo não venha deflagrar novas infrações penais.
Atenção! Essa subteoria tem o objetivo de evitar a reincidência.
Reincidência: Ocorre a reincidência quando o agente, após ter sido condenado definitivamente por outro crime, comete novo delito, desde que não tenha transcorrido o prazo de cinco anos entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a prática da nova infração. É uma agravante que visa punir com mais severidade aquele que, uma vez condenado, volta a delinquir, demonstrando que a sanção aplicada não foi suficiente para intimidá-lo ou recuperá-lo.
Prevenção especial positiva: preocupa-se com a ressocialização do condenado.
Teoria mista, da união eclética, intermediaria, conciliatória ou unitária: a pena deve, simultaneamente, castigar o condenado pelo mal praticado e evitar a pratica de novos crimes, tanto em relação ao criminoso como no tocante a sociedade. Em síntese, fundem-se as teorias e finalidades anteriores. A pena assume um tríplice aspecto: retribuição, prevenção geral e prevenção especial.
Teoria adotada pelo nosso código penal brasileiro de 1940, prevista no artigo 59, caput:
O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e 
prevenção do crime.
	MOMENTO
	FINALIDADE DA APLICAÇÃO DAS PENAS
	PENA EM ABSTRATO 
(pena cominada)
	Prevenção geral
	Visa a sociedade e atua antes da pratica de infração penal.
	
	Prevenção especial negativa
	Visa o criminoso, buscando impedir reincidência.
	PENA EM CONCRETO
(pena aplicada)
	Retribuição
	Visa restituir com o mal o mal provocado.
	
PENA EM EXECUÇÃO
(pena executada)
	Efetivar as disposições da sentença.
	
Visa o criminoso, mirando ressocializa-lo.
	
	Prevenção especial positiva
	
	TEORIA ABSOLUTA
	FINALIDADE RETRIBUTIVA
(castigo para o condenado)
	FINALIDADE PREVENTIVA
(evitar novas infrações penais)
	TEORIA RELATIVA	
	NEGATIVA 
(contraestimular potenciais criminosos).
	PREVENÇÃO GERAL
(dirigida aos demais membros da sociedade)
	POSITIVA 
(demonstrar a vigência da lei penal)
	NEGATIVA 
(evitar reincidencia)
	PREVENÇAO ESPECIAL 
(pessoa do condenado)
	POSITIVA
(ressocialização)
	TEORIA MISTA
	Pena com finalidade retributiva
+
Pena com finalidade preventiva (geral e especial).
Função social da pena:
Não basta a retribuição pura e simples, pois, nada obstante a finalidade mista adotada pelo código penal, a crise do sistema prisional transforma a pena em castigo e nada mais. A pena deve atender aos anseios da sociedade, consistentes na tutela dos bens jurídicos indispensáveis para a manutenção e o desenvolvimento do individuo e da coletividade, pois so assim será legitima e aceita por todos em um Estado democrático de direito, combatendo a impunidade e recuperando os condenados para o convívio social.
Fundamentos da pena:
Existe(m) diferença(s) entre os fundamentos da pena e as finalidades?
r.: sim, os fundamentos da pena se relacionam com os motivos que justificam a existência dela. Outrossim, as finalidades da pena estão ligadas ao objetivo que se busca alcançar com sua aplicação.
Retribuição: confere-se ao reeducando uma pena proporcional e corresponde a infração penal na qual ele se envolveu. É a forma justa e humana que tem a sociedade para punir os criminosos, com proporção entre ilícito penal e castigo. O mal que a pena transmite ao condenado deve ser equivalente ao mal produzido por ele a coletividade. O crime deve ter a pena que merece (desvalor criminoso), semelhante ao desvalor social da conduta.
Reparação: consiste em conferir algum tipo de recompensa a vitima do delito. Relaciona-se com a vitimologia, notadamente com a assistência a vitima e a reparação do dano, como forma de recompor o mal social causado pela infração penal.
Denuncia: é a reprovação social a pratica do crime ou da contravenção penal. A necessidade de aplicação da pena justifica-se para exercer a prevenção geral por meio de intimidação coletiva, e nãopara desfazer o desequilíbrio causado pelo crime.
Incapacitação: priva-se a liberdade ambulatorial do condenado, retirando-o do convívio social para a proteção das pessoas de bem.
Reabilitação: deve-se recuperar o penalmente condenado. A pena precisa restaurar o criminoso, tornando-o útil a sociedade. Funciona como meio educativo, de reinserção social e não punitivo.
Dissuasão: busca convencer as pessoas em geral que o crime não compensa, é desvantajoso e inadequado. A pena insere-se como atividade destinada a impedir o culpado de tornar-se nocivo a sociedade, bem como instrumento para afastar os demais indivíduos de praticas ilícitas perante o direito penal.
Cominação das penas:
Isoladamente: cuida-se da cominação única de uma pena, prevista com exclusividade pelo preceito secundário do tipo incriminador. 
Exemplo:
 “Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos”.
Cumulativamente: o tipo penal prevê, em conjunto, duas espécies de penas, caracteriza-se o tipo penal secundário pela conjunção “e”.
Exemplo: 
“Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.”
Paralelamente: cominam-se, alternativamente, duas modalidades da mesma pena. Cominação mais rara de ser encontrada.
Exemplo:
“Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:.
§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos.”
Alternativamente: a lei coloca a disposição do magistrado a aplicaçao de duas espécies de pena. Há duas opções, mas o julgador somente pode aplicar uma delas.
Exemplo:
“Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.”
Classificação das penas
Quanto ao bem jurídico sentenciado pela pena:
Pena privativa de liberdade: retira do reeducando o seu direito de locomoção, sua liberdade de ir, vir e permanecer, em razao da prisão por determinado tempo.
Não se admite a privação perpetua de liberdade, mas somente a de natureza temporária, pelo período máximo de 30 anos para crimes e 5 anos para contravenção penal, conforme:
Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. 
Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum, ser superior a cinco anos, nem a importância das multas ultrapassarem cinquenta contos.
Pena restritiva de direitos: limita um ou mais direitos do reeducando, em substituição a pena privativa de liberdade. Conforme previsão legal:
Art. 43. As penas restritivas de direitos são: 
I - prestação pecuniária; 
II - perda de bens e valores; 
III - limitação de fim de semana. 
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
V - interdição temporária de direitos; 
VI - limitação de fim de semana. 
Pena de multa: incide sobre o patrimônio do reeducando.
A pena de multa é regulada nos artigos 49, 50, 51 e 52 do CP, sendo conceituada de maneira clara conforme:
Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. 
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. 
§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária. 
Pena restritiva de liberdade: não se confunde com a pena privativa de liberdade, uma vez que o reeducando não é submetido ao cárcere. O reeducando tem apenas restringido o seu direito de locomoção, mas a liberdade não é privada. Ou seja, a pena restritiva de liberdade restringe o direito de locomoção sem privá-lo da liberdade, isto é, sem submete-lo a prisão.
Tal pena é prevista na constituição no artigo 5º, XLVI:
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; c) multa; e) suspensão ou interdição de direitos; d) prestação social alternativa;
exemplo: proibir o condenado de crime sexual de se aproximar da vitima, sendo estabelecido uma metragem de limitação.
Pena corporal: viola a integridade física do condenado, tal como ocorre nas penas de açoite, mutilação e de marcas a ferro quente. Esses tipos de pena foram vedados expressamente pela constituição federal em face da crueldade que se revestem. Salutar dizer que admite-se a pena de morte, excepcionalmente em caso de guerra declarada contra agressão estrangeira.
XLVII: Não haverá penas:
e) cruéis.
QUANRO AO CRITERIO CONSTITUCIONAL:
A classificação constitucional das penas esta definida pelo artigo 5º, XLVI, CF:
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
c) multa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
d) prestação social alternativa;
Assim sendo, é como se as alíneas fossem gêneros que comportam espécies, sendo entao esse rol de caráter EXEMPLIFICATIVO. Importante ressaltar as que não são permitidas:
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
A classificação das penas previstas na constituição federal de 1988, apresenta-se em rol taxativo ou exemplificativo?
r.: exemplificativo, pois conforme própria redação do caput do artigo, admite dentre outas.
Quanto ao critério do código penal:
As penas previstas no código penal, conforme artigo 32, são:
Art. 32 - As penas são: 
I - privativas de liberdade;
II - restritivas de direitos;
III - de multa.
	SANÇÃO PENAL
	 PENAS
 Destinada a todos os imputáveis.
	
	MEDIDAS DE SEGURANÇA
destinada a todos os inimputáveis.
	Privativas de liberdade:
- reclusão
-detenção
-prisão simples
	Detentiva
(internação em hospital de custodia e tratamento psiquiatrico)
	Restritiva
(sujeição a tratamento ambulatorial)
	Restritivas de direito:
-prestação pecuniária.
-perda de bens e valores.
-prestação de serviços a comunidade.
-interdição temporária de direitos.
-limitação de final de semana.
	Multa 
Obs: o menor esta sujeito a medida sócio-educativa.
ABOLICIONISMO PENAL:
Propõe a descriminalização de determinada conduta (a infração penal deixa de existir), temos como exemplo o crime de adultério, que era tipificado no artigo 240, CP:
Art. 240 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
O abolicionismo penal propõe também a despenalização de determinada conduta (a infração penal ainda existe, mas desaparece a pena [privativa de liberdade]), a exemplo do artigo 28, da lei nº 11.343/06, intitulada lei de drogas:
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Sabemos que somente uma nova lei penal, pode revogar outra lei penal, mas por conta do principio da especialidade contido no artigo 12 do código penal, essa lei especial sobressaiu ao código revogando-a.
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Esse conceito se funda basicamente na restauração do mal provocado pela infração penal. Parte da seguinte premissa: o crime e a contravenção penal não necessariamente lesam os interesses do Esrado, difusose indisponíveis. Tutela-se com maior intensidade a figura da vitima, historicamente relegada a um segundo plano no direito penal. Dessa forma, relativizam-se os interesses advindos com a pratica da infração penal, que de difusos passam a ser tratados como individuais e disponíveis. Importante salientar que a justiça restaurativa tem como foco principal a assistência a vitima.
	JUSTIÇA RETRIBUTIVA
	JUSTIÇA RESTAURATIVA
	A infração penal é ato contra a sociedade representada 
pelo Estado (vitima formal e constante)
	A infração penal é ato que afeta autor, vitima e sociedade.
	A responsabilidade do agente é individual
	Sugere responsabilidade social pelo ocorrido, incitando, por isso, a sociedade para participar da solução para a infração penal.
	O interesse na punição é publico.
	A maior importância é reparar o dano, envolvendo para tanto, os personagens da infração penal.
	Impera a indisponibilidade da ação
	Prevalece a disponibilidade da ação penal.
	O escopo é punir o infrator.
	O escopo é a reparação do dano.
	Como resposta estatal, sobressaem as penas privativas de liberdade.
	Prevalece a reparação do dano e das penas alternativas a privativa de liberdade.
	Campo fértil para penas cruéis e desumanas.
	As penas, quando imperiosas, são proporcionais e humanizadas.
	Percebe-se pouca assistência a vitima.
	Finalidade é assistir a vitima.
TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS (BROKEN WINDOWS TEORY)
Teoria criada nos EUA por um grupo de psicólogos, psiquiatras que buscavam entender o comportamente das pessoas. Deixaram automóveis iguais em zonas da cidade diferente, uma pobre e outra rica.
Concluiu-se primeiramente que a pobreza é um fator determinante da criminalidade. Em segundo que a sensação de impunidade também é fator contribuinte.

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