Buscar

eBook Periodontia II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2014 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
Estudante de Odontologia 
26/08/2014 
Periodontia II 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 1 
Sumário 
A 
Plano de tratamento, 2 
Fatores Sistêmicos relacionados à Doença Periodontal, 12 
Oclusão e Periodontia, 20 
Interrelação entre Periodontia e Endodontia, 23 
Exercícios concurso, 29 
B 
Princípios da Cirurgia Periodontal 
Cirurgia a Retalho 
Interrelação Periodontia, Dentística e Prótese. 
Cirurgias de aumento de coroa 
Cirurgias plásticas periodontais 
Regeneração Periodontal 
Interrelação Periodontia e Implantodontia 
Tratamento cirúrgico das bifurcações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 2 
PARTE A 
(Aula I) Plano de tratamento 
Plano de tratamento global 
• Periodontia 
• Cirurgia 
• Endodontia 
• Dentistica 
• Prótese 
Objetivos: 
1. Eliminação dos fatores etiológicos (Biofilme, excesso de restauração, má higiene) 
2. Fechamento biológico das bolsas periodontais (doença) 
3. Redução da mobilidade dentária (muita perda de suporte) 
4. Retorno dos aspectos de saúde gengival 
5. Cessar a perda de inserção conjuntiva 
6. Cessar perda óssea 
7. Regeneração periodontal 
8. Oclusão estável não traumatizante 
Terapia inicial 
• Instrução de higiene oral 
• Remoção de dentes comprometidos 
• Fechamento de cavidades 
• Raspagem supragengival do arco superior 
• Raspagem supragengival do arco inferior 
• Motivação do paciente 
• Raspagem e alisamento radicular 
• Controle do biofilme bacteriano 
• Eliminação dos fatores irritantes 
• Remoção de caries 
Mobilidade grau I=> 1 mm vestíbulo lingual (mobilidade horizontal) 
Mobilidade grau II => até 2 mm vestíbulo lingual (mobilidade horizontal) 
Mobilidade grau III => acima de 2 mm vestíbulo lingual e intrusão (mobilidade 
horizontal e vertical) 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES DE FURCA 
F1=> Perda de até 1/3 horizontal 
F2=> Perda de até 2/3 horizontal 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 3 
F3=> Perda de até 3/3 horizontal 
Observe: A sonda ideal para avaliar lesões de furca é a sonda de Nabers. 
Raspagem e Alisamento Radicular 
Foice 00 = interproximais de dentes anteriores, apenas supra. 
Curetas 5/6 = só para região anterior todas as faces 
Curetas 7/8 = só para vestibular ou lingual de dentes posteriores 
Curetas 11/12 = só para a face mesial de dentes posteriores 
Curetas 13/14 = só para a face distal de dentes posteriores 
Obs. Profundidade de sondagem acima de 5mm o dente será radiografado para 
analisarmos a extensão da lesão óssea. 
No plano de tratamento devemos avaliar: dente girovertido, dente fraturado, dente com 
desgaste, mordida cruzada, assimetria facial. 
• Fator etiológico que esta causando a doença 
• Reavaliar o paciente depois de 15 dias 
• Índice de placa 
• Sondar os sítios que sangravam 
Material que todo aluno deve ter 
• Carbono (o dente possui sobrecarga e mobilidade) 
• Brocas de acabamentos de resina (ultra fina) para remover excesso de 
restauração. 
Observe: O paciente que tem periodontite de moderada a grave com certeza precisará de 
reabilitação. 
IP= Índice de placa=> Tem a finalidade de avaliar se o paciente possui um bom 
controle de higienização ou não. 
IP = 
�ú����	��		
���	���	
�
�
	�	���
�ú����	��		
���	���
�	(�����	��)
 
Observe: Na sondagem do 1º sextante começamos pela distal dos 18 ou 17. Já nos 
de 21 a 28 sempre pela mesial. 
IS = 
�ú����	��		
���	�
���
����	�	���
�ú����	��		
���	���
�	(�����	��)
 
Índice de placa 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 4 
• De 15 % a 25 % o paciente é considerado um bom higienizador 
Índice de Sangramento 
• Até 20 % também é considerado um bom higienizador 
Observe: Em casos de drenagem e secreção purulenta a doença está em fase de 
agudização, neste caso, além da raspagem gengival devemos receitar medicação. 
Quando sondar será feito: 
• Índice de sangramento 
• Profundidade de sondagem 
• Recessão gengival (Lindhe, 2011) e Resseção gengival (Carranza, 2007) 
• Excesso de tecido 
Vestíbulo Mesial Vestíbulo Medial Vestíbulo distal 
Línguo Mesial Línguo Medial Línguo distal 
A normalidade na profundidade de sondagem vai até 3mm. 
Importante: Quando medimos e a medida der um número quebrado na sondagem, 
por exemplo, 2,5; 3,5; 4,5 etc. Arredondamos sempre para o maior. Fazemos isto 
justamente pelo tipo de sonda, examinador e tipo de tecido. 
A sondagem em tecido normal causa uma pequena isquemia, em um tecido com 
inflamação a sonda vai muito mais fácil. 
É importante observarmos a margem gengival e a forma da papila (triangular), porque a 
crista óssea tem a forma piramidal. 
Recessão gengival (RC)=> É a margem gengival deslocada para apical, então, 
medimos da junção cemento esmalte até a borda da margem gengival sem ocorrer 
penetração da sonda. 
Profundidade de sondagem (PS)=> É da margem gengival até onde penetrar a 
sonda. 
Nível de Inserção Clínica (NIC)=> Em um paciente normal que não teve perda 
óssea o NIC é na junção cemento esmalte. (PS=NIC), já quando há perda óssea ou 
excesso de tecido gengival o NIC= PS+RC. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 5 
Pseudobolsa = Sulco Profundo=> Este tipo de bolsa é formada pelo aumento 
gengival sem destruição dos tecidos periodontais de suporte. O sulco está 
aprofundo por causa do aumento em volume da gengiva. (Carranza, 2012) 
A média do sulco gengival é de 0,5 mm a 1 mm. 
A Junção cemento esmalte dos incisivos centrais e dos caninos não é no centro do 
dente, ela é mais distalizada. Nos laterais é no centro do dente. 
Gengivite=> Caracterizada pela presença de 25% ou mais de sítios com sangramento à 
sondagem e nenhum sítio com perda de inserção clinica (NIC) > 2 mm. 
Periodontite=> Sangramento a sondagem, indivíduos com baixas médias de 
porcentagem de sangramento a sondagem (< 10 % das superfícies) podem ser 
considerados pacientes de baixo risco para a recorrência de doença periodontal, 
enquanto pacientes com média de porcentagem de sangramento a sondagem (> 25%) 
devem ser de alto risco. 
PERIODONTITE CRÔNICA 
É a forma mais prevalente de periodontite, ela é considerada, geralmente, uma 
doença de progressão lenta. Embora a periodontite crônica seja observada com 
maior frequência em adultos, ela pode ocorrer em crianças e adolescentes em 
resposta ao acumulo crônico de biofilme dental. (Carranza, 2007) 
Considera-se que a periodontite crônica inicia-se como uma gengivite induzida por 
biofilme dental, uma condição reversível que, sem tratamento, pode progredir 
para periodontite crônica. As lesões da periodontite crônica incluem: perda de 
inserção e perda óssea, e são consideradas como irreversíveis. (Lindhe, 2010) 
Periodontite Localizada: A periodontite é considerada localizada quando menos de 
30% dos locais avaliados na boca apresentam perda de inserção e perda óssea. 
(Carranza, 2007) 
Periodontite Generalizada: A periodontite é considerada generalizada quando mais de 
30% dos locais avaliados na boca apresentam perda de inserção e perda óssea. 
(Carranza, 2007) 
Severidade da Doença 
A severidade de destruição do periodonto, que acontece como resultado da periodontite 
crônica, geralmente é considerada um papel do tempo. Com o aumento da idade, as 
perdas ósseas e de inserção tornam-se mais prevalentes e mais severas devido a um 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 6 
acúmulo de destruição. (Carranza, 2007) A severidade da doença pode ser descrita 
como leve, moderada e severa. Estes termos podem ser usados para descrever a 
severidade da doença de toda a boca, uma parte da boca, como um quadrante ou 
sextante, ou o estado da doença de apenas um dente. (Carranza, 2007) 
Nível de Inserção Clínica (NIC) 
Periodontite Leve: 1 a 2 mm de perda do NIC 
Periodontite Moderada:3 a 4 mm de perda do NIC 
Periodontite Grave: acima de ou igual a 5 mm de perda do NIC 
Observe: Cada dente tem 6 sítios para serem avaliado 
Tratamento 
Motivação do paciente 
Raspagem + enxaguante bucal 
Observação: Digluconato de clorexidina 0,12% 15 ml durante 1 minuto 2 vezes ao 
dia (12/12 horas); 30 minutos após a escovação dos dentes. 
Periodontite Agressiva 
Compreende um grupo de formas de periodontite de progressão rápida, raras e 
frequentemente graves, muitas vezes caracterizadas pela idade precoce da 
manifestação clínica e uma tendência distinta dos casos a se desenvolver em uma 
mesma família. (Lindhe, 2010) 
No simpósio de classificação de 1999, a periodontite agressiva foi caracterizada 
pelos seguintes aspectos mais comuns (Lang et al, 1999) 
• História médica não significativa 
• Rápida perda de inserção e destruição óssea 
• Agregação familiar dos casos. 
Periodontite agressiva Localizada: quanto atinge o primeiro molar e incisivo e mais 
dois dentes permanentes que não estes 
Periodontite agressiva Generalizada: quando atinge o primeiro molar e incisivos e 
mais de dois dentes 
Tratamento 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 7 
Raspagem periodontal + Amoxilina 500 mg e Metronidazol 400 mg 3 vezes ao dia 
durante 7 dias. 
Retração do tecido marginal => O deslocamento da margem gengival apical à junção 
cemento esmalte, com exposição da superfície radicular, é uma característica comum 
em população com altos padrões de higiene oral, bem como em populações de higiene 
oral precária. 
Índices Periodontais 
• Índice de Placa (Avalia a condição de higiene dos pacientes) 
• Índice de gengivite 
• Índice de doença periodontal 
Parâmetros Periodontais 
• Inflamação Gengival 
• Profundidade de sondagem 
• Nível clínico de inserção 
• Nível da crista óssea alveolar 
Para que haja sucesso no tratamento periodontal, tenho que preencher a anamnese, para 
poder dar o correto diagnóstico desse paciente e assim realizar o plano de tratamento. 
Portanto, é preciso coletar os dados, e a partir disso vou analisar a situação clínica do 
paciente, situação do periodonto, situação sistêmica do paciente. Vou analisar tudo, 
sintetizar e fazer o plano de tratamento. 
Nesse plano de tratamento, eu vou ter que conversar com o paciente, detalhar esse plano 
para o paciente e fazê-lo entender o plano. Vou explicar para ele todas as indicações, 
vantagens e desvantagens, prognóstico do dente para que o paciente venha a consentir 
ou não com o tratamento e assim dar início a ele. 
Eu tenho que diagnosticar esse paciente, tenho que explicar a situação periodontal para 
ele, o que aconteceu, porque ele está nessa situação. O paciente também vai dar uma 
resposta no sentido de informar se já teve alguma doença periodontal, se já realizou 
algum tratamento, bem como qual o tipo de tratamento que ele está fazendo. 
O tratamento odontológico não pode ser visto de uma forma individual, mas como uma 
questão integrada. Não se pode sugerir algo para o paciente e ter uma boa resposta 
biológica, se nos vemos diante de um fator iatrogênico, como por exemplo, uma 
restauração que está invadindo o espaço biológico, com subcontorno que vai sempre 
causar um problema no periodonto. Por mais que o paciente seja um bom higienizador, 
que possua um periodonto espesso, ele vai ter uma reação de inflamação nessa área. 
Diagnóstico - tenho que saber qual é o fator que está levando esse acúmulo de biofilme, 
se está gerando uma inflamação e também se já evoluiu para uma bolsa periodontal; se 
esta questão esta associada a outro fator local, como trauma, uma sobrecarga naquele 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 8 
dente, uma direção de força errada que está ajudando as sequelas ao periodonto junto 
com a inflamação. Tenho que saber o porquê desse acumulo de biofilme, se há uma 
deficiência de mineralização desse paciente, ou se ele possui algum fator retentivo para 
esse biofilme e eliminá-lo. Tenho que associar a condição local com a sistêmica. 
Classificar o paciente, analisar se ele é suscetível para alguma doença, pois dentro da 
odontologia nós teremos pacientes que são susceptíveis à cárie, a doença periodontal, e 
aquele que tem tendência aos dois. Haverá casos de paciente que não faz uma correta 
higienização, vai ter uma dieta extremamente calórica, que não vão ter nem cárie, nem 
doença periodontal. Portanto, é preciso identificar o perfil do paciente. 
Tenho que ver a questão da virulência da bactéria. Todos nós temos bactérias 
periodonto-patogênicas e nós vamos desenvolver ou não a doença dependendo de 
algumas situações: 
� Meio (higienização); 
� Emocional (estresse, depressão); 
Tenho que observar se há desgaste no dente, se há hipersensibilidade (qual é a causa 
dela, se ele já perdeu o suporte periodontal e está tendo exposição de raiz), se ele tem 
mobilidade (se ela está ou não relacionada à doença periodontal), se tem sensibilidade à 
percussão (se está com processo agudo ou não causado por uma bolsa periodontal ou se 
está relacionada a problemas pulpares), como estão os contatos prematuros (vai ter 
alterações no periodonto, é uma forma de perda óssea, pois haverá uma sobrecarga 
naquele dente), se o desalinhamento dentário é causado por doença periodontal ou se é 
genético, ele tem um arco curto para dentes grandes e a oclusão, se a doença periodontal 
realizou alterações patológicas que causou a modificação da oclusão do paciente. 
O diagnóstico precoce, de preferência, é fundamental para o sucesso do tratamento do 
paciente. Por que devemos raspar os dentes do paciente? Para desorganizar o biofilme, 
se não vai perpetuar a doença. Temos que identificar a condição sistêmica do paciente, a 
condição periodontal e o que seria ideal era só fazer medidas preventivas para isso, o 
que não é a realidade. 
Conjunto de fatores que precisa ser visto: 
� Extensão da doença; 
� Tipo da doença; 
� O que causa a doença; 
� Se há alguma fator ambiental que está alterando essa doença; 
� Quais são os hábitos desses pacientes; 
� Oclusão (dentes remanescentes, situação destes) 
� Idade (parâmetro, resposta biológica ao tratamento) 
Colaboração do paciente. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 9 
Tenho que ver mobilidade, altura do osso remanescente, pois paciente que tem 
periodonto reduzido entra no prognóstico considerado duvidoso, então, temos que 
passar isso para o paciente e exigir dele a manutenção. Se você esta de frente a uma 
situação se tem dentes adjacentes ou não (se eu tenho um dente com doença periodontal 
que está do lado de uma área edêntula, esse dente vai receber uma carga a mais, o que já 
é um fator agravante). Dentes com envolvimento de furca significa que o periodonto 
está comprometido e também entram na classificação de prognóstico duvidoso; a 
relação com a bolsa periodontal, se eu vou conseguir inativa-la ou controla-la, mudando 
o perfil de manutenção do paciente, pois quando ele mantém bolsa periodontal, mesmo 
reduzida, ele é um paciente que fica em controle. Quando elimino bolsa através de 
técnica cirúrgica, eu curo o paciente, porém essa cura é temporária, pois a doença 
periodontal é recidivante. Logo, se o paciente não muda hábitos, ou se ele tem um 
componente sistêmico que pode alterar a extensão ou evolução da doença, eu tenho que 
controlar se não recidiva. 
Finalidade do tratamento- eliminação de uma infecção, dar condições para o 
periodonto responder e para o paciente poder executar bem o controle do biofilme. 
Cálculo é fator retentivo da doença, é preciso elimina-lo. Ele é a calcificação do 
Biofilme dentário e sempre onde há cálculo, vai ocorrer a retenção de alimentos, 
favorecer a agregação bacteriana e sempre vai haver uma placa na superfície do dente 
em atividade. 
Tenho que resolver ou diminuir a gengivite, e também eu tenho que saber se essa 
gengivite é só causadapelo biofilme ou se o paciente possui uma alteração hormonal, se 
toma medicação, se está estressado. 
Redução de profundidade de bolsa: tenho que ver se vai ser só com o tratamento não 
cirúrgico ou se já tenho que passar para o tratamento cirúrgico, a questão de eliminar 
furca através de cirurgia ou extração dentaria. Se esse paciente tem dor, tenho que ver o 
quadro de agudização da doença, logo eu tenho que intervir para esse paciente ficar com 
ausência de dor. 
Dentro do tratamento periodontal, no qual tenho uma doença que é sequelante, o meu 
paciente e a gente quer no sucesso do tratamento duas coisas- função e estética. 
Plano de tratamento – segue uma sequência lógica de procedimentos, eu avaliarei 
sistemicamente, e se ele tem algum problema, pois tenho que encaminhá-lo para o 
médico. Chega um paciente diabético no consultório, devo logo perguntá-lo se realiza 
tratamento, se ele o faz de uma maneira rotineira e a partir disso eu irei também saber se 
ele está falando a verdade ou mentindo. 
Depois que eu fizer essa fase inicial que é o tratamento não cirúrgico periodontal, vou 
observar a necessidade, vou retificar a necessidade ou não do paciente para a outra fase, 
que é a fase corretiva, que geralmente eu tenho a associação do tratamento periodontal 
cirúrgica com as outras especialidades da odontologia. Depois vem a fase mais difícil de 
manter o paciente, que é o tratamento de suporte periodontal ou a terapia de 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 10 
manutenção, a qual você vai pegar cada um dos seus pacientes, de acordo com o perfil 
do paciente, de acordo com as condições dele e vai elaborar o plano de terapia de 
suporte daquele paciente. 
Portanto, eu irei avaliar essa condição sistêmica, vou identificar fatores de risco que 
estão levando essa situação e tomar as devidas providências para eu poder executar o 
plano de tratamento nesse paciente. 
Relacionado a cálculo, tenho o objetivo de eliminar e prevenir ao mesmo tempo, então 
eu irei motivá-lo, vou identificar as condições de escovação dele, vou informá-lo porque 
que ele tem que escovar os dentes. Depois disso você vai identificar se ele tem cálculos 
e vai raspar esse paciente, sub ou supragengivalmente, condicionar o meio para que haja 
recuperação do periodonto e que o paciente possa ter controle desse biofilme, pois a 
partir do momento em que você interveio para que ele não tenha mais acumulo de 
biofilme e formação de cálculo, ele tem que higienizar bem. 
Se além do cálculo estiverem presentes fatores irritantes, eles terão que ser removidos, 
por isso, foi pedido para termos sempre um kit de acabamento de resina na aula de 
periodontia, pois quando nós identificamos esses fatores irritantes que estão ligados a 
uma restauração que estão com supra ou subcontorno, nós damos um jeito na hora, não 
como na dentística, apenas para dar uma condição para o periodonto responder nós 
podermos raspar algumas vezes também. Também iremos descontaminar, remover a 
cárie, colocar uma restauração provisória, um curativo para poder condicionar esse 
meio. 
Quando se fala de condicionar o meio, significa eliminar infecção, eliminar agentes 
infecciosos, então têm bactérias no periodonto, e nas bactérias da carie, logo, para 
iniciar o tratamento desse paciente em relação às outras disciplinas também. Então 
temos a sequência lógica, que é o plano global, temos que ver as necessidades do 
paciente e eliminando por etapas os focos de infecção, por isso, a perio é básica. 
Pequenos movimentos ortodônticos também se fazem, pois às vezes é necessário fazer 
uma contenção nesse paciente, para ter condições de raspar e após o condicionamento 
em que eu dei condições do periodonto responder, vou viabilizar se aquele dente vai 
ficar ou não. 
Se o dente está com mobilidade, tenho que ter um carbono para ver se há algum contato 
prematuro, que às vezes, pode vir a causar dor. As exodontias nos dentes que já estão 
condenados já são realizadas. Depois disso, irei reavaliar o paciente, que aqui na clínica 
da graduação nós fazemos quinzenalmente, para poder liberar o paciente para outra 
disciplina. Em nível de consultório, é feito mensal ou quinzenal. 
A fase corretiva é depois que eu fiz toda essa parte básica, aí depois que eu reavaliar o 
paciente, aí é algo que eu já tinha mais ou menos em mente quando eu fiz o plano de 
tratamento, eu vou só me certificar. Então, aqueles dentes que estão precisando fazer 
movimentação ortodôntica, tem mobilidade, você só vai poder ter condição de ver se 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 11 
esses dentes vão ter condição de permanecer depois que você remover os cálculos. Ai 
sim vai ter momentos em que aquele dente que no primeiro momento você não extraiu, 
ele vai estar agora na extração como um dos tratamentos, porque você viu que ele não 
se recuperou, não vai ter a capacidade de exercer função. Em seguida, você vai ver os 
dentes que precisam ir para a ortodontia, precisa ser restaurado através da dentística, um 
tratamento reabilitador, o que vai precisar de endodontia, o que vai precisar de implante. 
Depois você vai para a fase que é a mais complicada que tem é a de manutenção do 
paciente, que possui a finalidade de garantir tudo àquilo que você fez, porque no 
tratamento é necessário ter o controle do paciente, ter a manutenção. Então, você vai 
reavaliar esse paciente, ver se tem áreas em que houve uma reinfecção, uma 
reincidência da doença. Se você deixou o paciente com bolsas residuais, essas áreas são 
aquelas que você já sabe que vai ter uma reinfecção, provavelmente. Então, aquele 
paciente com bolsas residuais tem que ser extremamente disciplinado e consciente da 
parte dele, se não você terá problemas. 
Através das radiografias você irá fazer uma comparação, pegar as radiografias iniciais, a 
radiografia que você fez logo após o tratamento e quando ele voltou para ver se ele teve 
ganho de osso, se ele manteve estável aquele sítio já tratado ou se aquele sítio recidivou, 
porque você vai ter que mudar aquele plano de tratamento. 
Se o paciente chegou e não tem mais nada, você vai fazer índice de placa, ver aqueles 
sítios que eram mais, dentro do periograma dele, tinha mais perda de inserção, vai 
resondar, vai ver se ele tem necessidade de raspagem. Se tiver necessidade de 
intervenção cirúrgica, você vai checar de novo todo o paciente, reavaliar índice placa, 
de sangramento, profundidade de sondagem, nível de inserção, que isso é garantia de 
sucesso periodontal ou não, vai checar a oclusão, pois esta não é estática, o jeito que nós 
mordemos hoje não será o mesmo daqui a um ano, vai ter provavelmente algumas 
alterações. Tenho que ver também questão de parafunção do paciente, quando ele veio, 
ele não apertava, e hoje ele aperta. Você vai checar os dados da anamnese desse 
paciente, ou melhor, avaliar aqueles dentes que já tinham o periodonto reduzido, para 
ver se eles permanecem numa boa relação de estabilidade, ou se tem mobilidade, áreas 
de lesão de furca tem que ser reavaliadas constantemente. Ou seja, aquelas áreas mais 
críticas a gente também faz uma reavaliação radiográfica. Se for um paciente de uma 
periodontite moderada ou grave, a gente solicita outra vez uma periapical boca inteira, 
pois talvez aquele sítio que não tinha nada, pode estar começando um processo de 
doença e a partir disso vou programar a manutenção que é individualizada para cada 
paciente, sob aspectos sistêmicos, comportamentais e locais. 
No ponto de vista da professora, sucesso de tratamento é quando depois que se faz tudo 
naquele paciente e eles são remarcados para a manutenção, ele vai, ou seja, o paciente 
que é colaborador e entendeu o tratamento. 
A doença periodontal é uma doença sítio-específica, então meu prognóstico também 
precisa ser por áreas, e eu vou anotar isso no periograma. Então, eu tenho que passar 
 
Helinaldo Corrêada Conceição 12 
tudo para o paciente, se eu tenho um sítio que tinha boa inserção, que não tinha bolsa ou 
estava com uma bolsa rasa a qual eu eliminei, aquela que tinha só uma gengivite, é um 
dente que vai ter um prognóstico bom. Aquele sítio que tinha uma periodontite, que já 
foi operado, que ficaram com bolsas reduzidas, mas residuais, dentes que tem lesão de 
furca, são dentes que tem o prognostico duvidoso, eu tenho que observar depois na 
manutenção. Vale a pena tratar um dente desse? Hoje em dia, prognostico duvidoso, 
dentro de uma resposta biológica que a gente já sabe, geralmente é exodontia. Você tem 
que observar o papel daquele dente em relação ao sistema estomatognático, se aquele 
dente é hígido, se tem só uma restauração, então, de repente aquele dente que tem um 
prognostico duvidoso pode ser mantido e ficar só sob manutenção. Aquele dente de 
prognostico duvidoso, que vai precisar de uma reabilitação, eu tenho que pensar se vale 
a pena manter, pois eu vou estar pondo em risco toda uma reabilitação do paciente. 
Então, o prognóstico de um dente é todo de acordo com a condição dele num sítio em 
relação aos dentes adjacentes e o papel daquele dente na boca. 
Então, fase corretiva, você vai avaliar seu paciente de novo e onde houver permanência 
de bolsas, você vai sugerir cirurgias, para eliminá-las ou reduzi-las, essas são as 
finalidades das cirurgias periodontais além da estética. Pacientes com periodontite, as 
cirurgias são com finalidade de eliminação ou redução de bolsa periodontal, ou seja, 
eliminar a doença ou deixar em condições de o paciente controlar sob a nossa 
supervisão, e aí você cria a TPS (terapia periodontal de suporte) independente para cada 
paciente, de acordo com a necessidade. Então, preciso sempre ter uma tríade e passá-la 
para o paciente: diagnóstico + plano de tratamento + prognóstico. 
(Aula II) Fatores Sistêmicos relacionados à Doença Periodontal 
Muitas desordens sistêmicas são implicadas como indicadores ou fatores de risco para 
condições periodontais adversas. Pesquisas básicas e clínicas nas últimas décadas 
revelaram um melhor entendimento da complexidade e patogênese das doenças 
periodontais. Existe claramente uma causa bacteriana essencial, e há bactérias 
especificas (patógenos periodontais) associada com a doença periodontal destrutiva. 
(Carranza, 2007). 
Doença periodontal: 
� Multifatorial 
� Biofilme (determinante) 
� Fatores de risco 
� Resposta do hospedeiro 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 13 
 
Figura 1- Mostrando a inflamação e perda da crista óssea (Lindhe, 2011) 
Fator Determinante 
• Biofilme Dental 
• Papel específico da Microbiota 
Fatores Predisponentes 
• Trauma Oclusal 
• Iatrogenia (o que mais causa doença periodontal pela restauração mal 
adaptadas, sem ponto de contato). 
• Fatores Genéticos (às vezes existe paciente que a mãe já tem certa informação e 
observa isso nos filhos e encaminha logo para fazer um tratamento com o 
especialista para evitar que o paciente desenvolva a doença). 
Fatores Moduladores/Modificadores ou sistêmicos 
• Diabetes Mellitus e Tabagismo (são fatores de risco sistêmicos comprovado 
cientificamente) 
• Alterações Hormonais 
• Estresse Psicológico 
• Pacientes Soropositivos (precisa de vários trabalhos científicos para 
comprovar) 
Nem todo fator sistêmico é um fator de risco 
Transição de gengivite para periodontite: saber identificar a diferença entre os dois, para 
saber entender o que é um paciente saudável, paciente com gengivite ou um paciente 
com periodontite, que a periodontite envolve perda de osso, mas principalmente perda 
de inserção. A base do epitélio juncional é inserida em um paciente saudável na JCE, só 
que às vezes pode ocorrer uma refração. Então, o que ocorre na doença periodontal- 
pela presença do biofilme que é o fator determinante? Ocorre uma migração do epitélio 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 14 
juncional e formação de bolsa periodontal, aí se inicia o processo que, na gengivite só 
esta localizado no periodonto de proteção, ele migra porque ocorre a liberação de várias 
enzimas pelo processo inflamatório e ocorre destruição óssea e destruição do ligamento 
periodontal. O macrófago migra para o sulco gengival e ele é extremamente importante 
para a defesa local, porque constantemente nosso organismo esta sendo atacado por 
bactérias, todos devem ter Porphyromonas gengivalis, mas o quê que difere é o fator 
sistêmico, as pessoas diabéticas vão ter uma alteração quantitativa e qualitativa dessas 
células os macrófagos. 
Modelo de patogênese da doença periodontal (os fatores que influenciam a doença 
periodontal) 
 
Figura 2 – DP (doença periodontal) 
Desafio microbiano, desafio sistêmico e ambiental (desafio ambiental esta relacionado 
ao fumo porque ele muda o ambiente, a microbiota bucal), desafio genético. Todos 
esses fatores vão influenciar na resposta inflamatória, os Leucócitos Polimorfonucleares 
PMN (neutrófilos) têm função reduzida e defeitos na quimiotaxia, na quantidade e na 
qualidade, os anticorpos, as citocinas, ou seja, são substâncias que durante a resposta 
inflamatória o organismo libera só que dependendo da quantidade dessas substâncias 
elas irão ser prejudiciais ao organismo. A resposta inflamatória exacerbada pode 
desenvolver a doença periodontal porque ela vai destruir tecido conjuntivo que é o 
ligamento periodontal e osso alveolar. 
Diabetes Mellitus (DM): 
Patologia complexa, incapacidade metabólica da glicose. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 15 
Tipo 1 – É uma doença causada por destruição autoimune, mediada por células, das 
células ᵝ do pâncreas produtoras de insulina. O diabetes tipo 1 acomete 5 a 10% dos 
casos de diabetes e mais frequentemente ocorre em crianças e adolescentes. Este tipo de 
diabetes resulta da falta da produção de insulina e é muito instável e difícil de controlar. 
(Carranza, 2012). 
Tipo 2 – É causado por resistência periférica à ação da insulina, prejudicando a 
secreção de insulina e aumentando a produção de glicose no fígado. As células ᵝ 
produtoras de insulina no pâncreas não são destruídas por uma reação autoimune 
mediada por células. O diabetes tipo 2 é a forma mais comum do diabetes, acometendo 
90 a 95% de todos os casos. Esta forma da doença mais frequentemente tem inicio em 
idade adulta. Esta normalmente ocorre em indivíduos obesos e pode frequentemente ser 
controlada por dieta e/ou agentes hipoglicemiantes bucais. (Carranza, 2012). 
Sintomas clínicos: poliúria, polifagia, hiperglicemia. 
Complicações: retinopatia, nefropatia, doenças vasculares, neuropatia, deficiência em 
cicatrização de feridas e doença periodontal. 
Sintomas e sinais clínicos bucais: diminuição do fluxo salivar, queimação na boca ou 
língua, candidíase, hálito cetônico. 
Sintomas e sinais periodontais: evidencias conclusivas da associação entre doença 
periodontal e diabetes, perda de inserção mais associada. O diabetes tipo 1 tem mais 
susceptibilidade a ter doença periodontal porque tem a diabetes desde a infância, por 
isso, está mais exposto a doença por muito mais tempo. 
Controle do diabetes e progressão da doença periodontal: 
Existe uma relação bidirecional da diabetes com a doença periodontal. 
 
Figura 3 (Lindhe, 2005) 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 16 
Abcessos periodontais múltiplos 
Controle metabólico deficiente da diabetes o diabético não utiliza glicose, vai utilizar 
como primeira fonte de energia os ácidos graxos, então, com isso ele vai ter um resíduo 
metabólico no organismo. Lembrando-se da histologia da gengiva: o epitélio basal, 
estratificado e córneo, embaixo tem a membrana basal e o tecido conjuntivo, a 
membrana basal do diabetes é mais espessa do que um paciente normal, mesmo ele 
sendo controlado, por causa desse controle metabólico deficiente. Há um acumulo de 
ácidosgraxos na membrana basal então isso faz com que a vascularização do diabético, 
ou seja, os vasos são mais calibrosos, o fluxo sanguíneo demora de uma maneira mais 
lenta e isso faz com que os nutrientes não cheguem, por isso, o diabético corre o risco 
de amputar o pé, tem abcessos múltiplos periodontais por causa do espessamento da 
membrana basal. Então, o controle metabólico deficiente vai levar a complicações para 
o diabético e também a progressão da doença periodontal. Só que se o paciente tem a 
doença periodontal e ele não trata essa infecção vai aumentar, irá ser um fator 
contemplador do controle metabólico, ou seja, já existem estudos que comprovam que a 
nossa raspagem tem uma ação hipoglicemiante, ele diminui a bacteremia. O paciente 
que tem doença periodontal tem bactérias circulando pelo sangue, já é comprovado que 
as bactérias que estão dentro da bolsa, há o risco dessa bactéria de cair na corrente 
sanguínea e aí elas fazem a bacteremia, elas ficam circulando. Então quando você 
remove o agente etiológico você vai diminuir a infecção que vai ajudar a controlar o 
diabetes é uma reação que se chama de bidirecional 
Relação bidirecional: a resistência à insulina desenvolve uma resposta à infecção 
bacteriana crônica. 
 A DP não tratada exacerba o controle metabólico do diabético, ou seja, o paciente pode 
esta fazendo a dieta, pode esta tomando o hipoglicemiante, a insulina, mas se ele tem a 
DP (lógico que não é todo paciente diabético que vai ter obrigatoriamente a DP) 
moderada a grave, essa DP não tratada vai exacerbar o controle do diabetes, ele pode 
não conseguir baixar a glicemia, fica alta porque tem um processo infeccioso silencioso 
na boca, essas bactérias estão na corrente sanguínea e estão exacerbando o controle 
metabólico.(controle metabólico = controle da glicemia) 
Microbiota (patógenos putativos são aquele que ainda não se tem comprovação 
total no meio cientifico que eles causam DP) 
• Diabetes tipo 1- Capnocytophaga ( 24%) 
• Diabetes tipo 2 – Prevotella intermedius (mais relacionada com a gengivite), 
prorphyromonas gengivalis (relação com a periodontite é comprovado) 
Função neutrofílica diminuída 
Diminuição da síntese de colágeno: colagenase => o colágeno tem a capacidade de 
renovar e na diabetes ocorre a quebra desse equilíbrio 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 17 
Citocinas IL-1B e prostaglandinas E2 (PG2) aumentadas no liquido gengival que vão 
destruir mais o tecido gengival. 
Hiperglicemia crônica- produtos finais da glicação avançada (AGE) mais macrófagos e 
monócitos = excessiva liberação de Citocinas. São os produtos finais da glicação 
aumentada, ou seja, os resíduos metabólicos que são liberados na corrente sanguínea, aí 
ele se junta com os macrófagos (no tecido) e monócitos (no sangue), e essa junção 
desses resíduos no sangue com essas células aumentam a liberação de citocinas, por 
isso, ocorre mais destruição periodontal no diabético. 
 
Figura 4 
Puberdade, gravidez e menopausa: 
A gengiva é um tecido alvo para os hormônios esteroidais (receptores). 
Estrogênio: efeito estimulador sobre o metabolismo do colágeno reduz as peroxidases 
salivares (enzimas que fazem a defesa do organismo). Ocorre, no caso da gravidez, uma 
diminuição do estrogênio e aumento da progesterona. Por isso que a grávida tem uma 
propensão maior a cárie se ela não tiver uma boa higienização por causa da redução das 
peroxidases 
Progesterona: aumenta a permeabilidade vascular. Muitas vezes a paciente não está 
grávida, tem uma higienização mais ou menos, não usa fio dental, não tem sangramento, 
quando ela engravida aquele biofilme que ela conseguia antes viver harmonicamente o 
organismo agora passa a ver então aquele biofilme como uma coisa mais estranha que o 
normal, justamente pelo aumento da progesterona e diminuição do estrogênio. 
Gravidez: progesterona+ estrogênios alterados 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 18 
-Aumento da permeabilidade vascular. 
-Aumento do exsudato. 
-Aumento da síntese de prostaglandinas. 
-Alteração do sistema imune 
-Diminuição de células T e quimiotaxia dos neutrófilos 
Granuloma gravídico- não é nada grave, é somente ação do hormônio sobre o tecido 
(o tecido estava sofrendo uma agressão aí veio o fator sistêmico e agravou a situação), e 
ação da higiene. 
Tratamento: raspagem e alisamento radicular já resolvem isso, muitas vezes ocorre à 
remissão desse quadro clinico. Orientar a higiene da paciente, fazer consultas com 
frequência de raspagem e quando ela ganha o bebê esse granuloma vai desaparecer. Se 
incomodar muito para a paciente ou sangrar pode fazer a excisão, mas depende muito da 
orientação médica. 
 
Figura 5 – granuloma gravídico (Lindhe, 2011) 
Menopausa: possui uma gengivite diferente, a gengiva fica rosa-pálida e descama toda 
(Gengivite descamativa) diminuição do estrogênio. 
Osteoporose - curso da doença periodontal. Às vezes paciente tem osteoporose, mas 
não tem na mandíbula e maxila. 
Estresse emocional: cortisol (hormônios produzidos todos os dias pela suprarrenal) 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 19 
As pessoas estão sujeitas a estar com o cortisol acima do normal, isso associado com a 
higiene oral ruim a pessoa pode desenvolver a doença periodontal com mais facilidade, 
porque o cortisol vai afetar a quimiotaxia dos neutrófilos. 
Quimiotaxia dos neutrófilos- afetada pela ação do cortisol 
Tabagismo (fator de risco): 
Pindborg (1947) revelou que fumantes tem mais calculo do que não fumantes, e isso foi 
confirmado por vários outros estudos como os de Ainamo (1971) e Sheiham (1971), que 
também descobriram que depósitos de placa foram maiores em fumantes. 
Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) – ocorre principalmente necrose das papilas. 
Único caso de doença periodontal que se encontrou bactéria dentro do tecido 
periodontal, nos outros os patógenos só fazem estragos a distancia. 
Sondagem mais profunda e muitas bolsas profundas 
Maior perda de inserção (migração do epitélio juncional em direção apical), mais 
retração gengival. 
Maior perda de osso alveolar 
Maior perda dentária 
Menos gengivite e sangramento à sondagem- o tabaco contrai a microcirculação 
Mais dentes com envolvimento de furca 
Fumantes: prevalência maior dos patógenos periodontais, porque ocorre uma 
diminuição da resistência do organismo. 
Porphyromonas gingivalis, Aggregatibacter actinomycetemcomitans. 
Efeito profundo sobre o sistema imune e inflamatório 
PMNs (neutrófilos) – migração no sulco gengival, passagem do tecido conjuntivo e 
epitélio juncional. 
Aspecto da gengiva: rosa muito pálido quase esbranquiçado 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 20 
Paciente soro positivo: mais relacionados também a PUN ou GUN. Hoje em dia é 
muito raro a GUN e PUN, então se a gente atender pacientes com esses problemas 
vamos encaminhar para fazer um teste de HIV, porque já existem estudos comprovando 
a relação dessas doenças com o HIV. 
Resistência imune alterado- supressão das células T. 
Produção de anticorpos alterados 
Infecções oportunistas como candidíase, sarcoma de kaposi. 
Má higiene oral 
Tratamento dos pacientes de modo geral: raspagem supragengival e subgengival 
Controle do biofilme (ensinar paciente a higienizar) 
Excisão do granuloma (se necessário) 
Cirurgias periodontais em casos mais severos porque nem sempre com a raspagem vai 
ser conseguida a eliminação de todos os cálculos. 
Manutenção do paciente: paciente gestante que já iniciou o tratamento da gengivite tem 
que pedir para ela voltar para ser avaliada, pode ser a cada mês. 
Conclusão: fatores sistêmicos ou moduladores podem influenciar diretamente na 
progressão e evolução da doença periodontal. A diminuição dos fatores determinantes 
(calculo e biofilme) eles são indispensáveis para a devolução da saúde bucal.No caso 
do diabetes há relação bidirecional, um influencia o outro. A prevenção, no caso das 
gestantes, e o seu tratamento é imprescindível para evitar exacerbação do quadro clínico 
periodontal e complicações durante o pré-natal. 
 (Aula III) Oclusão e Periodontia 
Doença Periodontal 
Objetivos 
� Definir trauma de oclusão e suas classificações. 
� Abordar o trauma de oclusão e sua associação com a doença periodontal. 
� Abordar o tratamento periodontal em pacientes apresentando oclusão traumática. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 21 
A doença periodontal tem o fator determinante que é o Biofilme (O termo Biofilme 
descreve uma comunidade microbiana relativamente indefinida associada à superfície 
do dente ou a qualquer outro material duro não descamativo) (Lindhe, 2005), e os 
fatores predisponentes que são: o trauma oclusal, também tem os fatores iatrogênicos e 
os genéticos. 
O trauma oclusal é um fator predisponente para a doença periodontal e também um 
cofator, para que a doença periodontal aconteça ela precisa de biofilme, de uma 
microbiota especifica isso faz parte da cadeia etiológica. 
Definição – são alterações patológicas ou mudanças adaptativas, que ocorre no 
periodonto em consequência da força oclusal excessiva. 
O trauma oclusal é classificado em lesão primária que compromete o periodonto 
na altura normal. (trauma oclusal primário). 
Lesão secundária que compromete o periodonto na altura reduzida (trauma 
oclusal secundário). 
Glickman (1965, 1967) fez um trabalho de biópsia onde foi observado: 
• Zona de irritação (periodonto de proteção) 
• Zona de co – destruição (periodonto de sustentação) 
 
Figura 6 
Os estudos comprovam que quando o paciente sofre doença periodontal e trauma 
oclusal ao mesmo tempo, o trauma oclusal faz com que a perda óssea incida na direção 
da seta preta, ou seja, o paciente terá defeito ósseo angular. O trauma de oclusão não 
afeta a gengiva. Portanto, o paciente não desenvolverá bolsa periodontal. Quem 
desenvolve bolsa periodontal é Biofilme, mas o paciente que já tem bolsa periodontal 
pode fazer mudar o curso da doença e ter mais mobilidade. Porém paciente sem trauma 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 22 
teria um periodonto de altura normal, já o paciente com trauma teria um periodonto com 
altura reduzida. 
O trauma oclusal não causa a doença periodontal, não causa a migração do epitélio 
juncional, porém a periodontite é a migração do epitélio juncional, e inicio de uma 
perda de ligamento, perda de cemento e de tecido ósseo, a doença periodontal sempre 
vai iniciar no sulco gengival, e sempre vai vir originada de uma gengivite, mas às vezes 
a gengivite é muito rápida não da nem tempo para o paciente perceber que esta com 
alguma coisa, e essa área de co - destruição que é o ligamento de sustentação. 
Quando o paciente estiver na presença de biofilme e doença periodontal e trauma de 
oclusão, a lesão óssea se da de forma obliqua ou angular, e também por perda de 
ligamento periodontal, com isso, o paciente apresentava logo mobilidade dental e 
radiograficamente era demostrada pelo espessamento do ligamento periodontal. 
Vocês virão pacientes com bastante osso, paciente com pouca profundidade de 
sondagem, mas com mobilidade esse paciente pode está sofrendo trauma de oclusão, 
por isso é importante observar na radiografia a espessura do ligamento Periodontal que 
quer dizer que aquele dente está com trauma. 
Então foi observado que o trauma não causa doença periodontal, o que causa a doença 
periodontal é a presença do biofilme. 
Trauma ortodôntico – se você pode fazer movimentação ortodôntica é graças ao 
periodonto, o trauma do tipo ortodôntico tem que ser leve, não pode ser um trauma 
muito forte porque você pode levar ao rompimento do ligamento Periodontal e vir a ter 
uma necrose do dente, tudo isso tem que levar em consideração, 
O trauma oclusal não pode induzir a alterações patológicas no tecido conjuntivo supra 
alveolar, e nem agravar uma lesão gengival associada ao biofilme, não pode levar a 
migração do epitélio juncional e nem a formação de bolsa periodontal. 
Características clínica do trauma oclusal 
 Recessões que estão associadas a duas coisas, trauma oclusal e trauma de escovação, 
facetas de desgaste, a gente também encontra na oclusal. 
Lesão de abfração é quando o trauma oclusal é tão grande que vai fazendo microfraturas 
e forma tipo uma classe v, um degrau. 
Fatores associados ao trauma de oclusão 
• Bruxismo cêntrico (é quando a pessoa só aperta em uma determinada hora do 
sono) 
• Bruxismo excêntrico (acomete o paciente durante o dia e durante a noite) 
Isso leva a ter recessões, a ter mobilidade dentaria, o trauma pode ser uma coisa 
temporária, porque as vezes o dente esta com uma mobilidade considerável e não é o 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 23 
caso de extração, então tem que avaliar profundidade de sondagem, na radiografia o 
espessamento do lig. Periodontal, 
Características radiográficas 
• Aumento da espessura do ligamento periodontal 
• Defeitos ósseos angulares/oblíquos (bolsa infra-óssea) 
Obs: Radiografia pela técnica do paralelismo e com posicionador. 
Terapia associada – é a fusão das disciplinas que vocês estão tendo, 
• Terapia inicial – que é a raspagem 
• Diagnostico – você que tipo de doença periodontal, que grau esta essa doença, 
quantos sítios tem essa doença periodontal, 
• Terapia cirúrgica quando necessário 
• Terapia de manutenção – que são as visitas que o paciente tem que fazer depois 
que vc termina a etapa toda. Ela pode variar muito de paciente para paciente, 
Trauma oclusal 
• Ajuste oclusal, 
• Placas Miorrelaxantes – nos casos de paciente que apertam os dentes dormindo 
• Tratamento Ortodôntico 
• Reabilitação Oral – às vezes o dente esta com trauma porque perdeu dente e 
estruiu o outro dente, 
As vezes a gente ver muita recessão em pré-molar, porque as vezes a lateralidade da 
interferência em um dente só, a protrusiva também, pacientes com a mordida aberta ele 
não libera os molares durante a mastigação, e só incide a força oclusal só dos molares, 
podendo ter recessões, furca aparecendo podendo levar acumulo de biofilme e aí ter as 
duas coisas associadas. 
O tratamento ortodôntico tem suas limitações, e depois do tratamento o paciente tem 
que fazer preenchimento de resina nos dentes, uso de plaquinhas. 
E também pode levar a exposição de quase todos os dentes pela escovação traumática. 
O que acontece com o trauma de oclusão que é a força coincidindo de maneira errada, 
vai acontecer microfraturas imperceptível no dente, e também microfraturas na tabua 
óssea. 
A placa miorrelaxante vai proteger os dentes, o paciente vai continuar rangendo os 
dentes, ela vai proteger de uma certa forma. 
Conclusão 
� O trauma oclusal não pode induzir à destruição periodontal. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 24 
� Resulta em uma reabsorção óssea alveolar com mobilidade transitória ou 
permanente. 
� A terapia associada é fundamental para o sucesso do tratamento. 
� A mobilidade dentária deve ser sempre avaliada se há uma inter-relação da 
oclusão e periodontia. 
Então você tem que observar a quantidade de osso, porque as vezes tem mobilidade 
porque perdeu muito osso, se vocês encontrarem mobilidade com 50% de osso e um 
espessamento do ligamento periodontal, comprovadamente esse dente esta em trauma. 
 (Aula IV) Inter-relação entre Periodontia e Endodontia 
 Relações entre doenças periodontais e pulpares 
Dor de origem endodôntica 
Dor espontânea aguda 
Se intensifica quando a inflamação se espalha para o ligamento periodontal para 
estrutura óssea. 
Dor de origem periodontal 
 Dor crônica 
Suave ou moderada 
Surto agudo (abscesso periodontal) – dor pode ser severa 
Diagnóstico 
1 Dor; 2 inchaço – edema; 3 sondagemperiodontal; 4 mobilidade; 5 percussão; 6 testes 
pulpares, 7 térmicos e elétricos; 8 radiografia. 
Edema endodôntico 
Geralmente ocorre no fundo de saco e se espalho pelos planos faciais. 
 
Figura 5 (Peterson, 2009) 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 25 
Abscesso em fase aguda com ponto de drenagem extra bucal 
Edema periodontal 
A nível gengival 
Raramente se espalha acima da linha mucogengival 
Sem observar inchaço facial 
Sondagem – Cone de Guta Percha 
Ápice do dente – fístula de origem endodôntica 
Metade da raiz, furca ou outra porção do dente. 
Canal lateral – origem periodontal 
Sondagem – sonda periodontal 
Mobilidade 
Dente isolado=> geralmente endodôntico. 
Mobilidade generalizada – provavelmente periodontal 
Testes 
Percussão Lateral – processos inflamatórios no periodonto lateral – pouco eficiente 
Percussão vertical - Processo inflamatório periodontal apical – É o mais eficiente 
Diferença de abscesso periodontal e periapical (periodontal há mais sensibilidade a 
horizontal, por conta de sua localização) 
Vertical – processos inflamatórios apicais 
Percussão vertical positiva 
Sugestiva de: 
Lesão nos tecidos periapicais 
Fase final da pulpite irreversível 
 
Palpação 
Pouco eficiente 
Exame explorador apenas 
Calos ósseos 
Frio 
Polpa normal ou pulpite reversível – dor aguda e reversível assim que se remove o 
estímulo 
Polpa necrótica ou com pulpite irreversível – ausência de sintomatologia ou dor 
demorada 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 26 
 Endo-ice 
Calor 
Dentes vitais respondem ao calor 
Dentes necrosados também podem reagir 
Radiografia 
Problemas periodontais e endodônticos podem ser semelhantes entre si 
Testes pulpares e de sondagem periodontais devem ser usados em conjunto com a 
radiografia. 
Não faz diagnóstico. É um exame complementar, feito depois de algum tipo de teste, 
deve-se ter opinião pré-formada e ele complementa. 
Existem casos que a radiografia apresenta característica de um único tipo de lesão (por 
exemplo, abscesso crônico – lesão enorme no ápice dental, sendo óbvio que o paciente 
tem uma lesão periapical). 
Não evidencia alterações pulpares 
Formação de fístula 
Fístula é a via natural que permite que o exsudato inflamatório escape mostrando a 
presença do problema apical crônico ou periodontite lateral. 
Fistulação do ligamento periodontal 
Fistulação extra óssea. 
Canais colaterais 
 
Principal, colateral, secundário, acessória, interconduto, etc. 
Classificação 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 27 
1 – Lesão endodôntica primária 
É aquela que se manifesta na polpa necrótica com periodontite apical óssea e drenagem 
por fístula 
Ponto de drenagem intra- bucal – abscesso odontogênico 
Diagnóstico 
Teste de vitalidade pulpar (endo – ice) 
Sondagem do sulco gengival 
Elétrico 
Tratamento 
Terapia convencional ou conservadora do canal radicular 
Múltiplas consultas 
Reavaliação e instrumentação do canal radicular 
Obturação 
2 – Lesão endodôntica primária com envolvimento periodontal secundário 
 
Figura7 (Caminhos da polpa, 2012) 
Testes 
Vitalidade pulpar negativo 
Sem resposta para testes elétricos, térmicos ou de cavidades. 
Sondagem da fístula 
Tratamento 
Endodontia boa e conservadora 
Terapia periodontal 
Alisamento radicular não deve ser realizado antes do tratamento endodôntico 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 28 
3 – Lesão periodontal primária 
Periodontal – outros dentes, bordas mais larga na margem gengival 
Estende-se até o ápice da raiz 
Dór mínima e inexistente 
São feitos sondagens periodontais 
Testes pulpares elétricos e térmicos - + 
Tratamento 
Terapia periodontal 
4 – Lesão periodontal primária com envolvimento endodôntico secundário 
 
Figura 8 (Caminhos da polpa, 2012) 
Envolvimento periodontal chegando ao ápice do dente = infecção pulpar = forte dor 
Sondagem positiva, teste de vitalidade às vezes confusa. 
Polpa necrótica sem resposta de testes de vitalidade 
Tratamento 
Terapia conservadora do canal radicular 
Terapia periodontal 
Prognóstico 
Depende da terapia 
Diagnóstico endodôntico é obtido apenas em ambiente fechado e protegido. 
5 – Lesões combinadas verdadeiras 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 29 
 
Figura 9 (Caminhos da polpa, 2012) 
Pulpar � Lesão � Periodontal 
Abscesso 
Os abscessos odontogênicos abrangem um grande grupo de infecções agudas que se 
originam do dente e/ou do periodonto. Tais abscessos estão associados a uma gama de 
sintomas, incluindo uma infecção purulenta localizada no tecido periodontal, que causa 
dor e tumefação. (Lindhe, 2010) 
Classificação 
Uma classificação proposta por Meng (1999) inclui: 
1. Abscesso gengival=> Em sítios sadios, causado por impactação de corpo 
estranho. 
2. Abscesso Periodontal (agudo ou crônico)=> Relacionado a bolsa periodontal. 
3. Abscesso Pericoronário=> Em dentes não completamente erupcionados 
Exercícios concurso 
1) O que é espaço biológico? Descreva 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 30 
 
2) Diferencie sulco gengival clinico e sulco gengival histológico. 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
3) Descreva a técnica de retalho de Widman modificado. 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
4) O que ocorre quando há invasão do espaço biológico? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
5) A classificação de Miller (1985) para recessão gengival é de acordo com o tipo de 
defeito. Quais dessas classes de classificação tem melhor previsibilidade de 
recobrimento radicular? Justifique. 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
6) A previsibilidade das técnicas de cirurgia plástica estão relacionadas a que 
fatores? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
7) Quais as indicações da cirurgia plástica periodontal? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________8) Enumere quatro indicações da cirurgia de aumento de coroa clínica. 
� Cáries subgengivais 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 31 
� Elementos dentários com invasão do espaço periodontal 
� Fraturas 
� Perfurações subgengivais 
� Reabsorção radicular 
� Dentes curtos devido à erupção parcial da coroa anatômica 
� Exigência protética, ortodôntica, estética, endodôntica 
9) Quais os critérios para a escolha de uma membrana para a cirurgia de RTG? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
10) Quais os procedimentos cirúrgicos para aumento de coroa clínica? 
� Gengivectomia => é uma cirurgia que trabalha em áreas em que já há uma perda 
óssea e que essa perda óssea será supra (supra óssea) e deve haver uma média de 
bolsas da mesma medida, porque não se mexe em estrutura óssea, apenas remove-se 
a reação de granulação e recompõe-se novamente esse tecido; e, removido o tecido 
de granulação, o tecido irá se reposicionar de uma maneira mais apical. 
� Gengivoplastia => É indicada quando há uma estrutura óssea normal, havendo apenas 
excesso de tecido mole. 
11) (Apucarana, 2014) Mulher, 31 anos de idade, ao exame clínico, apresentou 
extensa cárie e bolsa periodontal de 10 mm na distal do dente 25. Respondeu 
negativamente ao teste de vitalidade, porém relata dor nesse dente. No exame 
radiográfico, verificou-se perda óssea da crista ao ápice e do ápice à crista. Com 
relação ao diagnóstico e ao tratamento desse caso clínico, assinale a alternativa 
correta. 
a) Lesão endodôntica e periodontal combinadas, sendo indicado o tratamento 
periodontal primeiro e, na sequência, o tratamento endodôntico. 
b) Lesão endodôntica e periodontal combinadas, sendo indicado o tratamento 
endodôntico primeiro; observar o resultado dessa terapia e instituir a terapia periodontal 
depois. 
c) Lesão endodôntica, sendo indicado tratamento endodôntico. 
d) Lesão periodontal, sendo indicado tratamento periodontal. 
e) Lesão periodontal, sendo indicado tratamento periodontal e endodôntico. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 32 
12) (Apucarana, 2014) Quanto ao periodonto de sustentação, assinale a alternativa 
correta. 
a) O grupo de fibras principais do ligamento periodontal denominado oblíquo previne a 
extrusão do dente e oferece resistência aos movimentos laterais do elemento dental. 
b) O periodonto de sustentação é composto pela gengiva, cemento radicular, ligamento 
periodontal e osso alveolar. 
c) O cemento é um tecido mesenquimal calcificado e vascularizado que forma a camada 
mais externa da raiz anatômica. 
d) O cemento radicular desempenha diferentes funções: insere as fibras do ligamento 
periodontal na raiz e contribui para o processo de reparo após danos à superfície 
radicular. 
e) O cemento celular é o primeiro a ser formado e recobre o terço cervical, ou 
aproximadamente metade da raiz. As fibras de Sharpey constituem a maior parte desse 
cemento. 
 
13) (Apucarana, 2014) Paciente, sexo feminino, 40 anos, compareceu ao pronto-
socorro odontológico com febre, mau hálito e linfadenopatia. Ao exame clínico, 
observou-se necrose e ulceração da porção coronal da papila interdental e da 
margem gengival, com uma gengiva marginal de coloração vermelho-brilhante, 
dolorosa, que sangrava facilmente. Ao exame radiográfico, foram observadas 
profundas crateras ósseas interproximais. 
Em relação ao diagnóstico desse caso clínico, assinale a alternativa correta. 
a) Gengivite ulcerativa necrosante. 
b) Granulomatose de Wegener. 
c) Línquen plano. 
d) Penfigoide bolhoso. 
e) Peridontite ulcerativa necrosante. 
 
14) (Apucarana, 2014) Paciente, sexo masculino, 65 anos de idade, apresentou no 
exame clínico periodontal margem gengival do dente 33 localizada apicalmente à 
junção amelocementária, com profundidade de sondagem de 4 mm e perda de 
inserção de 7 mm. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a medida da 
recessão desse caso clínico. 
a) 02 mm 
b) 03 mm 
c) 07 mm 
d) 08 mm 
e) 12 mm 
15) (Apucarana, 2014) Os procedimentos cirúrgicos de aumento de coroa são 
executados para fornecer uma forma de retenção a fim de permitir um preparo 
dentário apropriado, procedimentos de moldagem e posicionamento das margens 
restauradoras e para ajustar os níveis gengivais visando à estética. É importante 
que a cirurgia de aumento de coroa seja feita de maneira que o espaço biológico 
seja preservado. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta. 
a) A redução do tecido mole, isoladamente, é indicada se houver quantidade de gengiva 
inserida adequada e com mais de 3 mm de tecido coronal à crista óssea. 
b) Em casos de cárie ou fratura dentária, para assegurar o posicionamento da margem 
em uma estrutura dentária sadia e uma forma de retenção, a cirurgia deve fornecer pelo 
menos 1 mm de extensão apical da cárie ou fratura até a crista óssea. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 33 
c) O aumento cirúrgico de coroa está indicado quando a cárie ou fratura profunda 
requeira uma remoção excessiva de osso. 
d) O espaço biológico é definido como dimensão biológica do epitélio juncional e das 
fibras do ligamento periodontal. 
e) Uma quantidade de gengiva inserida inadequada e com menos de 3 mm de tecido 
mole entre o osso e a 
margem gengival requer um procedimento a retalho sem um recontorno ósseo. 
16) (Apucarana, 2014) Alguns parâmetros são importantes para o exame de 
pacientes com doenças periodontais. 
Em relação a esses parâmetros, assinale a alternativa correta. 
a) A recessão gengival é a distância da margem gengival até a base da bolsa periodontal. 
b) A profundidade biológica da bolsa é a distância entre a margem gengival e a 
extremidade apical do epitélio juncional. 
c) Quando a margem gengival está localizada apicalmente à junção amelocementária, a 
perda de inserção é maior que a profundidade da bolsa e, por essa razão, a distância 
entre a junção amelocementária e a margem gengival deve ser somada à profundidade 
da bolsa. 
d) O aumento na mobilidade dentária pode ser classificado, de acordo com Miller 
(1950), em grau 1, quando ocorre aumento visível da mobilidade da coroa excedendo 1 
mm na direção horizontal. 
e) O tamanho da gengiva inserida frequentemente corresponde ao tamanho da gengiva 
queratinizada. 
17) (Apucarana, 2014) Durante os estágios de cicatrização da bolsa periodontal, a 
área é invadida por células de quatro origens diferentes: epitélio oral, tecido 
conjuntivo gengival, osso e ligamento periodontal. O resultado final da cicatrização 
da bolsa periodontal depende da sequência de eventos durante os estágios de 
reparo. Sobre a cicatrização da bolsa periodontal, considere as afirmativas a 
seguir. 
I. Se as células ósseas chegarem primeiro, a formação de cemento pode ocorrer. 
II. Se as células do tecido conjuntivo gengival forem as primeiras a povoar a área, 
o resultado será fibras paralelas à superfície do dente e remodelamento do osso 
alveolar sem inserção ao cemento. 
III. Se o epitélio proliferar ao longo da superfície radicular da raiz antes de outros 
tecidos alcançarem a área, o resultado será um epitélio juncional longo. 
IV. Quando somente as células do tecido do ligamento periodontal proliferarem 
coronalmente, há nova formação de cemento e de ligamento periodontal. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somenteas afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
18) (Apucarana, 2014) O aumento do tamanho da gengiva é uma característica 
comum das doenças gengivais. A terminologia atualmente aceita para essa situação 
clínica é aumento gengival ou crescimento gengival. Em relação ao aumento 
gengival, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 34 
( ) A gengivite e o aumento gengival são frequentemente observados em 
respiradores bucais. 
( ) Na gestação, o aumento gengival pode ocorrer devido a mudanças hormonais 
que induzem maior reposta inflamatória à placa dentária, porém o aumento 
gengival pode ser prevenido pela remoção de cálculo e placa e pela instituição de 
higiene oral ostensiva. 
( ) O abscesso gengival é um aumento inflamatório agudo causado por bactérias 
transportadas para o interior dos tecidos, quando uma substância estranha é 
incrustada forçosamente na gengiva com 
envolvimento dos tecidos periodontais de suporte. 
( ) O aumento gengival medicamentoso é uma consequência bem conhecida da 
administração de alguns antibióticos. 
( ) O aumento gengival tumoral, denominado tumor gravídico, não é uma 
neoplasia. É uma resposta inflamatória à placa bacteriana, sendo modificado pela 
condição da paciente. 
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. 
a) V, V, F, F, V. 
b) V, F, V, V, F. 
c) V, F, F, V, F. 
d) F, V, F, F, V. 
e) F, F, V, V, V. 
19) (Apucarana, 2014) O abscesso periodontal é um acúmulo de pus intimamente 
localizado na parede gengival da bolsa periodontal. Com relação a esse tema, 
atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. 
( ) Em alguns pacientes, a ocorrência do abscesso periodontal pode estar associada 
a elevação da temperatura corporal, mal-estar e linfadenopatia regional. 
( ) O diagnóstico do abscesso periodontal é determinado pela queixa principal do 
paciente. 
( ) O exame radiográfico revela tecido ósseo interdental normal e sem perda óssea. 
( ) O sintoma mais evidente do abscesso periodontal é a presença de uma elevação 
ovoide ao longo da parte lateral da raiz. 
( ) Os sinais clínicos geralmente incluem dor, fragilidade da gengiva, tumefação e 
sensibilidade à percussão do dente afetado. 
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. 
a) V, V, F, F, F. 
b) V, F, V, V, F. 
c) V, F, F, V, V. 
d) F, V, V, F, V. 
e) F, F, V, V, F. 
 
20) ( Anápolis- 2011) São alguns dos principais sintomas do diabete: 
a) polidipsia e poliúria. 
b) ganho de peso e gastrite. 
c) extremidades azuladas e diminuição doapetite. 
d) aumento do volume labial e da língua. 
e) aumento do fluxo salivar e do tártaro bucal. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 35 
21) ( Anápolis- 2011) O periodonto compreende os seguintes tecidos: 
 
a) gengiva, ligamento periodontal, cemento radicular e osso alveolar. 
b) gengiva inserida, ligamento periodontal, mucosa alveolar e osso alveolar. 
c) gengiva livre, ligamento periodontal, mucosa alveolar e cemento radicular. 
d) gengiva, restos epiteliais de malassez, mucosa alveolar e dentina radicular. 
e) papila dentária, folículo dentário e epitélio dentário. 
 
22) ( Anápolis- 2011) O epitélio oral é um tecido do tipo: 
 
a) cuboide e não ceratinizado. 
b) pavimentoso, estratificado e ceratinizado. 
c) pavimentoso, cuboide e ceratinizado. 
d) estriado, pavimentoso e não ceratinizado. 
e) liso e cuboide. 
 
23) (Caipimes – 2014) Em relação às lesões endo-perio verdadeiras, o prognóstico 
mais desfavorável ocorre quando: 
 
a) o dente está necrosado. 
b) houver imagem radiográfica de lesão apical. 
c) a lesão destruiu o periodonto de proteção. 
d) houver um canal lateral. 
24) (Caipimes – 2014) O periodonto é formado pelos seguintes componentes: 
 
a) processo alveolar, fibra ligamentar e osso alveolar. 
b) esmalte, dentina e cemento. 
c) ligamento periodontal, osso alveolar, gengiva e periósteo. 
d) ligamento periodontal, dentina, osso alveolar e gengiva. 
25) (Ceará - 2014) Pessoas portadoras do HIV podem apresentar condições bucais 
definidas como preditores da progressão para AIDS. Essas condições são 
(a) a leucoplasia pilosa oral e a candidose bucal. 
(b) o sarcoma de kaposi e o eritema linear. 
(c) o sarcoma de kaposi e a perda óssea horizontal. 
(d) a hipossalivação e a leucoplasia pilosa oral. 
(e) o herpes zoster e a candidose bucal. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 36 
26) (Ceará - 2014) Um abscesso periapical crônico pode ser confundido com uma 
periodontite apical assintomática. São características de um abscesso periapical 
crônico EXCETO: 
(a) ausência de resposta aos testes de vitalidade pulpar. 
(b) radiolucidez apical. 
(c) sensibilidade à mastigação sempre presente. 
(d) relato de sensibilidade diferente à percussão. 
(e) drenagem intermitente através de uma fístula associada. 
 
 
GABARITO: 1- DC ; 2- DC ; 3- DC ;4- DC ;5- DC ;6- DC ;7- DC ;8- DC ;9- DC ; 10- 
DC ; 11-B; 12-D; 13-E; 14-B; 15-A; 16-C; 17-E; 18-A; 19-C; 20- A; 21-A; 22-B; 23- 
C; 24-C; 25-A, 26 –C. 
 
Obs. DC= Questões Discursivas 
 
PARTE B 
(Aula V) Princípios da Cirurgia Periodontal 
(Aula VI) Cirurgia a Retalho 
(Aula VII) Interrelação Periodontia, Dentística e Prótese. 
(Aula VIII) Cirurgias de aumento de coroa 
(Aula IX) Cirurgias plásticas periodontais 
(Aula X) Regeneração Periodontal 
(Aula XI) Interrelação Periodontia e Implantodontia 
(Aula XII) Tratamento cirúrgico das bifurcações 
 
 
 
 
 
 
 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 37 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. GENCO, Robert J.; GOLDMAN, Henry M.; COHEN, D. Walter. Periodontia 
contemporânea. 3. ed. São Paulo, Santos, 1999. 726 p 
2.GLICKMAN, Irving; CARRANZA JR., Fermin A. Periodontia clínica de Glickman 
– Prevenção, diagnóstico e tratamento da doença periodontal na prática da 
odontologia geral. 9 ed. Rio de Janeiro- Interamericana, 2004. 968 p. 
 3.LASCALA, N. T., et al. Compêndio terapêutico periodontal. 1 ed. São Paulo – 
Artes médicas, 1994. 
 4.LINDHE, Jan.; KARRING, Thorkild; LANG, Niklaus P. Tratado de periodontia 
clínica e implantologia oral. 3. ed. Rio de Janeiro – Guanabara Koogan, 1999. 720 p. 
5.ARMITAGE,G.C.Bases Biológicas da Terapia Periodontal.2 ed Livraria Santos-
São Paulo,1993 
 6.Duarte,Cesário Antônio. Cirurgia periodontal pré-protética e estética. Livraria 
Santos- São Paulo,2003. 
 7.MANSON, J. D., ELEY, B. M. Manual de periodontia. 3 ed. São Paulo – 
Santos,1999. 310 p. 
8.PRICHARD, J. F. Diagnóstico e tratamento das doenças periodontais na prática 
odontológica geral. São Paulo – Pan-americana, 1982.

Outros materiais