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resumo POLITICAS PUBLICAS E ORGANIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

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POLITICAS PUBLICAS E ORGANIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Aula 1: A crise do Estado de Bem-Estar Social 
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo capitalista produziu duas tendências importantes. Por um lado, verificamos a expansão dos mercados, especialmente o mercado mundial de mercadorias, sob hegemonia e a pressão do mercado norte-americano. Por outro lado, foi o período de crescimento do Estado, de forma diferenciada, na Europa e no restante do mundo. A isto, na Europa Ocidental e na América do Norte, damos o nome de Estado de bem-estar social.
O Estado de Bem-Estar Social
Estado de bem-estar Social é um tipo de organização política e econômica que cloca o Estado como principal agente regulador de toda vida e saúde social, política e econômica do país, em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes.
O Estado de bem-estar social foi uma politica do capitalismo no pós-guerra, ela teve como objetivo recuperar a Europa devastada pela segunda guerra mundial.
Seu desenvolvimento está intimamente relacionado ao processo de industrialização e aos problemas gerados a partir dele. A construção do Estado de bem-estar social teve seu início marcado com a aprovação, em 1942, de uma série de providências nas áreas da saúde e escolarização. Ocorreu também uma ampliação dos serviços assistenciais públicos, abarcando as áreas de renda, habitação e previdência social, entre outras. Paralelamente à prestação de serviços sociais, o Estado de bem-estar social passou a intervir fortemente na área econômica, de modo regulamentar praticamente em todas atividades produtivas com a proposta de geração de riquezas materiais para atender ao lucro capitalista e também a diminuição das desigualdades sociais com o objetivo de desmobilizar a classe trabalhadora.
Um desequilíbrio perigoso
Talvez você ainda não tenha percebido, mas o que ocorreu a partir da mudança de modelo foi um desequilíbrio nas relações entre Estados, entre mercado e Estado e, consequentemente, entre Estado e indivíduo. Vamos ver por outra perspectiva:
Embora a produção industrial tenha reduzido em 10% nos países centrais do capitalismo, o crescimento econômico, mesmo que, em menor proporção, permaneceu. Inclusive, o comércio internacional de produtos industrializados, apresentou um crescimento nos anos de 1980. No fim do século xx, os países do mundo capitalista desenvolvido se achavam, tomados como todo mundo, mais ricos e mais produtivos do que no início da década de 1970, e a economia global estava mais dinâmica. Esse caso não era o caso da África, da Ásia Ocidental e da América Latina, que se viram as voltas com aumento da pobreza e da queda da produção da mesma forma dos países socialistas da Europa, apesar de apresentarem um pequeno crescimento econômico nos anos de 1980, não resistiram ao processo de desindustrialização, caracterizados pelas novas formas de produção, pelo desenvolvimento da economia de serviços e pelas novas formas de gerenciamentos empresarial.
A ascensão do neoliberalismo 
	Finalmente na década de 1990, não dava mais para esconder que o modelo de desenvolvimento capitalista da época estava em crise. Crise essa, que já se anunciava em grande parte do mundo, desde meados dos anos de 1970. Isso favoreceu a crítica dos economistas conservadores, neoliberais, que há tempos vinham combatendo o Estado de Bem-estar social.
Os neoliberais afirmavam que a economia e a política do Estado Keynesiano, baseada no pleno emprego, altos salários e nos direitos sociais, impediam o controle da inflação e o corte de custos, tanto no governo quanto nas empresas privadas. Para eles, só o livre mercado seria capaz de fomentar a distribuição da riqueza e da renda. 
A ofensiva neoliberal 
Ao se contrapor ao Estado de bem-estar social, segundo os preceitos do Consenso de Washington, o neoliberalismo defendia a privatização dos serviços públicos, como educação, saúde e previdência, de forma a aliviar o Estado e tornar esses serviços competitivos no mercado. Desta forma, direitos conquistados transformaram-se em mercadorias adquiríveis no mercado. 
Ao longo das duas últimas décadas, a intensificação do processo de internacionalização das economias capitalistas, com ênfase nos mercados financeiros mundiais e a formação de grandes blocos econômicos, têm aumentado a pobreza e aprofundado as desigualdades no mundo capitalista globalizado. 
Sendo assim, a crise do Estado de bem-estar social está relacionada à construção de um novo modelo de capitalismo que, no afã de recuperar a lucratividade, contrapõe direito a investimentos e acumulação de capitais, e é responsável pela condução da reforma do Estado que tem provocado cortes substanciais no orçamento das políticas sociais dos países periféricos em benefício dos países centrais. 
AULA ON LINE
Políticas Públicas
A ação que nasce do contexto social, mas que passa pela esfera estatal como uma decisão de intervenção pública numa realidade social determinada, quer seja ela econômica ou social.
Organização da Educação Básica
O Estado de Bem Estar Social
	O capitalismo é um sistema em que os bens e serviços, inclusive as necessidades mais básicas da vida, são produzidas para fins de troca lucrativa; em que até a capacidade humana de trabalho é uma mercadoria à venda no mercado; e em que todos os agentes econômicos dependem do mercado, os requisitos da competição e da maximização do lucro são as regras fundamentais da vida. (...) Acima de tudo, é um sistema em que o grosso do trabalho da sociedade é feito por trabalhadores sem posses, obrigados a vender sua mão de obra por um salário, a fim de obter acesso aos meios de subsistência”. 
	o Estado, deveria ser o motor propulsor do desenvolvimento e do bem estar social. “O Estado – não poderia ficar paralisado sob a desculpa de que não tinha direito de intervir na economia do país”. O Estado deveria tomar para si a responsabilidade de fazer com que a economia pudesse gerar emprego e renda, e o consequente reaquecimento seria o princípio da retomada econômica. Isso deveria ser conseguido através de “Obras e gastos públicos, de maneira a colocar todos para trabalhar, ganhar, comprar e gastar”.
A Crise em meados dos anos 70
	A crise em meados dos anos 70,estava relacionada à transformação das relações entre mercados e as empresas e entre os Estados e os mercados. Este período passou por um desaquecimento da produção associado ao crescimento do mercado financeiro que é altamente competitivo e passa a interferir diretamente na relação mercado/Estado. 
A proposta Neoliberal.
	Diminuição considerável das conquistas sociais, para acabar com a acomodação dos cidadãos, que muitas vezes preferiam receber polpudos auxílio desempregos à ter que trabalhar. Além disso, o Estado, excessivamente “pesado” com suas empresas deficitárias, acabava servindo muito mais de moeda de troca e cabide de empregos do que propriamente governo voltado para o bem estar social, portanto era urgente “enxugar” a máquina administrativa, diminuindo o auxílio aos desempregados, privatizando as empresas estatais e reduzindo a proteção social dos trabalhadores. Dessa forma, os neoliberais acreditavam que o Estado estaria livre para “Se dedicar ao que de fato seria seu papel: melhorar a educação e saúde”.
A ofensiva neoliberal desqualificou ideologicamente o Estado como espaço de representatividade do público. Neste modelo, a propaganda buscou convencer que a coisa pública era ineficiente e mal gerenciada, enquanto o privado, em função da racionalidade e do bom gerenciamento, se apresentava com qualidade. 
EXERCICIOS ON LINE
O chamado Estado de Bem Estar Social, surgido após a segunda guerra mundial, pôde trazer consequências para a nossa sociedade como: um desequilíbrio nas relações entre Estados, entre mercado e Estado e, consequentemente, entre Estado e indivíduo; 
Ao se contrapor ao Estado de Bem Estar Social, segundo os preceitos do Consenso de Washington, o neoliberalismo: embasou a organização societária sob
a ótica da competição, da segmentação e da seletividade; 
Esse modelo de governo tentou substituir as regras impostas pelo mercado que dominavam a sociedade, compensando suas fraquezas e riscos, fortalecendo os movimentos de trabalhadores, assegurando os direitos sociais e estendendo seus benefícios sociais a todas as áreas de distribuição vital para o bem-estar da sociedade. O fragmento acima representa qual forma de governo? Estado do Bem Estar Social 
No que diz respeito ao conceito de Políticas Públicas, é correta a alternativa: São ações e responsabilidades do Estado a partir das demandas da sociedade que envolvem órgãos públicos, agentes sociais e entidades políticas 
Modelo de estado provedor que organiza a política e a economia de um país, encarregando-se da promoção e garantia de serviços públicos e proteção para toda a população. Estado do Bem Estar Social 
" Há uma tendência maior a administrar os conflitos de distribuição entre as classes por meio do governo e do acordo de interesses entre empresas e trabalhadores". O fragmento de texto acima representa qual tipo de Estado? Bem Estar Social 
Aula 2: Evolução histórica da política educacional e seus reflexos 
Passeio pela história
A Constituição é a lei que estabelece as principais regras e normas jurídicas, políticas, econômicas e sociais de um país, dentre elas as da educação. Através do estudo dos textos constitucionais que o Brasil já viveu, podemos perceber a importância que a educação ocupou em diferentes momentos da nossa história. Você verá, a partir de agora, como cada Constituição que o Brasil conheceu tratou a questão educacional.
Contexto Histórico – A necessidade da constituição nasceu no momento em que o Brasil tornou-se independente de Portugal. Após a disputa entre a elite brasileira e os interesses portugueses, a primeira Carta Magma brasileira foi outorgada pelo Imperador D. Pedro I.
Na letra da lei – A educação é tratada em um dos últimos itens do artigo 179, parte integrante do título que dispunha acerca dos direitos dos cidadãos como se vê a seguir.
Art.179. A inviolabilidade dos Direitos Civis e Políticos dos cidadãos brasileiros, que tem por base a liberdade, a segurança individual e a propriedade é garantida pela Constituição do Império, pela maneira seguinte:(…)
XXXII. A instrução primária é gratuita a todos os cidadãos.
XXXIII. Colégios e universidades onde serão ensinados os elementos das Ciências, Belas-Artes e Letras.
Repara-se a pouca importância reservada à instrução, que se mantém na época restrita a uma pequena parcela da população. A constituição estabelecia a gratuidade do ensino primário, porém não indicava as condições para que essa situação se concretizasse, consequentemente a população mantinha-se afastadas das salas de aulas e as taxas de analfabetismo eram altas.
1891 – A primeira Constituição Republicana
A República proclamada em 1889 mudou o regime político no país, e como decorrência exigiu a elaboração de outro texto constitucional que correspondesse aos novos tempos. Vamos conhecer um pouco mais sobre a Carta Magna de 1891.
Artigos da carta 
Art. 35. Incumbe, outro assim, ao Congresso, mas não privativamente: (…) 2o. Animar, no pais, o desenvolvimento das letras, artes e ciências, bom como imigração, a agricultura, a indústria e o comércio, sem privilégios que tolham a ação dos governos locais: 3o. Criar instituições de ensino superior e secundários nos Estados: 4o. Prover a instrução secundária no Distrito Federal.
A república, debatia durante muitos anos por um setor significativo da sociedade, não trouxe melhoria de condições para a maioria da população, que se manteve em condições de miséria, em grande parte distante do processo de escolarização. Essa situação reflete-se no texto constitucional, que se referia ao poder público unicamente como um incentivador da instrução no pais.
A Constituição de 1934
Longos debates entre educadores e um movimento social crescente começava a invadir a sociedade brasileira, exigindo reformas no país, sobretudo no campo educacional, a partir dos anos de 1920. A criação do Ministério da Educação é um exemplo das mudanças resultantes da pressão do movimento conhecido como Escola Nova. O capítulo II do texto legal abordou a questão educacional incorporando sugestões e ideias levantadas por intelectuais e professores da época, já apresentadas no Manifesto dos Pioneiros, publicado em 1932.
Artigos da carta
Art. 149. A educação é direito de todos, e deve ser ministrada pela família brasileira e pelos poderes públicos, cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e a estrangeiros domiciliados no país de modo que possibilite eficientes fatores da vida moral e econômica da Nação, e desenvolva num espírito brasileiro a consciência da solidariedade humana. Art. 156. A União e os municípios aplicarão nunca menos de 10%, e os Estados eu Distrito Federal nunca menos de 20%, da renda resultante dos impostos, na manutenção e no desenvolvimento dos sistemas educativos.
Dentre várias outras questões, ela estabeleceu o direito de todos à educação, e a obrigatoriedade e gratuidade do ensino primário, além de vincular os recursos a serem aplicados para o desenvolvimento do ensino publico. A Carta de 1934 tratou, ainda, sobre a elaboração de um plano nacional para educação que objetiva a solução que objetiva a solução dos principais problemas acerca do tema. Podemos dizer que, em termos educação, o texto constitucional de 1934, respondia, em grande parte anseios da época.
1937 – A Constituição do Estado Novo
Estado Novo foi o nome dado por Getúlio Vargas à ditadura que instalou no Brasil a partir de 1937, que correspondeu a um longo período de autoritarismo e repressão. Em todas as áreas sociais, particularmente na educação, houve um enorme retrocesso. As conquistas apresentadas na Carta Constitucional anterior (1934), que nem chegaram a ser colocadas em prática, foram totalmente abandonadas na nova lei.
Artigos de carta
Art. 129. À infância e juventude, a que faltarem recursos à instituição particulares, é dever da Nação, dos Estados e dos Municípios assegurar, pela fundação de instituições públicas de ensino em todos os seus graus, a possibilidade de receber uma educação adequada às suas faculdades, aptidões e tendências vocacionais. 
Art. 130. O ensino primário é obrigatório e gratuito. A gratuidade, porém, não exclui o dever da solidariedade dos menos para os mais necessitados; assim, por ocasião da matrícula, será exigida aos que não alegarem, ou notoriamente não puderem alegar escassez de recursos, uma contribuição módica e mensal para a caixa escolar.
A educação deixa de ser considerada um direito de todos, como podemos observar no primeiro artigo que tratava da questão (Art. 129). Manteve-se a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino primário, entretanto sem cair mecanismos para que fossem cumpridas, além de instituir a cobrança de uma taxa, chamada de caixa escolar, para aqueles que não pudessem comprovar a pobreza, que daria direito à gratuidade.
A Constituição de 1946
Em 1945, a longa Era Vargas chega ao fim. Uma nova Carta Constitucional foi redigida para acompanhar os novos tempos. Tempos democráticos que se instalavam na vida brasileira, e que traziam alguns direitos sociais. Quanto à educação, o antigo debate dos Pioneiros de 1932 é recuperado em relação a alguns temas.
Art. 166. A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola. Deve inspirar-se nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana.
Art. 167. O ensino dos diferentes ramos será ministrado pelos poderes públicos e é livre à iniciativa particular, respeitando as leis que o regulem.
Art. 168. A legislação do ensino adotará os seguintes princípios: a) o ensino primário é obrigatório e só será dado a língua nacional; b) o ensino primário oficial é gratuito para todos; o ensino oficial ulterior ao primário sê-lo-á para quantos provarem faltas ou insuficiência de recursos;
]Art. 169. Anualmente, a União aplicará nunca menos de 10%, e os Estados,
o Distrito Federal nunca menos de 20% da renda resultante dos impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino.
O texto constitucional, em seu artigo 166, restabelece o ensino como um direito de todos os brasileiros, livre à iniciativa particular. Estabeleceu, ainda, o ensino primário como obrigatório e gratuito, além de ter reservados recursos do orçamento para sua manutenção. São retomadas as discussões que nas décadas de 1920 e 1930 foram levantadas pelos adeptos do movimento da Escola Nova, e que repercutiu no Brasil através do Manifesto de 1932.
Diretrizes e bases
A constituição de 1946 também determinou que fosse elaborada uma legislação específica que aprofundasse o tema, através do seu artigo 5o, e estabelecesse as diretrizes e as bases da educação brasileira.
AULA ON LINE 2 
A Educação Através das Constituições Brasileiras.
C.F de 1824 à C.F de 1988.
A Constituição é a lei que estabelece as principais regras e normas jurídicas, políticas, econômicas e sociais de um país, dentre elas as da educação. 
Constituição Imperial de 1824.
Não chegou a mencionar a escolaridade obrigatória; limitou-se a estabelecer que a instrução primária era gratuita a todos os cidadãos, não sendo porém reconhecidos como cidadãos os escravos, e havia um silêncio sobre as mulheres o que gerava na prática uma restrição ao acesso a esta instrução. As taxas do analfabetismo apresentavam-se bem elevadas. 
1891 – A primeira Constituição Republicana.
Esta sequer faz referência à gratuidade, quanto mais a obrigatoriedade. A república, debatida durante muitos anos por um setor significativo da sociedade, não trouxe melhoria de condições para grande parte da população, que se manteve em estado de miséria, e em grande parte distante do processo de escolarização. 
Constituição de 1934.
Esta foi à primeira constituição que incluiu o binômio gratuidade e obrigatoriedade para o ensino primário; porém não fez nenhuma referência quanto a faixa etária a quem se destinaria a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário. Determinou a vinculação de percentual de impostos para o financiamento da educação. 
Sinalizou para elaboração de um Plano Nacional de educação.
1937 – A Constituição do Estado Novo
Também garantiu a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário, porém cometendo o mesmo equívoco da anterior não fazendo referência a faixa etária. Retirou a vinculação de impostos e restringiu a liberdade de pensamento.
E instituiu a cobrança de uma taxa, chamada de caixa escolar, para aqueles que não pudessem comprovar a pobreza, que daria direito à gratuidade. 
A Constituição de 1946.
Determinou que o ensino primário seria gratuito e obrigatório para todos, e o ensino ulterior ao primário seria gratuito para todos que comprovassem falta ou insuficiência de recursos. Trouxe de volta a vinculação de impostos para o financiamento da educação.
Tempos democráticos que se instalavam na vida brasileira, e que traziam alguns direitos sociais. Quanto à educação, o antigo debate dos Pioneiros de 1932 é recuperado em relação a alguns temas.
Aponta para elaboração de uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Constituição de 1967.
Foi a primeira a fazer referência explícita a faixa etária, além da gratuidade e obrigatoriedade para o ensino primário nos estabelecimentos oficiais de ensino, a faixa seria dos 7 aos 14 anos, porém não representou uma ampliação da escolaridade obrigatória para oito anos, uma vez que o ensino primário era apenas de quatro anos.
Somente com a promulgação da lei que reformou o ensino de 1º e 2º graus, é que se conseguiu dar tratamento a esta questão, a lei 5692/71 que unificou o primário com o ginásio tornando assim primário/primeiro o ensino de 1º grau, conseguindo a ampliação da escolaridade gratuita e obrigatória para 8 anos.
Constituição de 1988. 
Manteve a gratuidade e obrigatoriedade do ensino de 1º grau agora denominado ensino fundamental(8 anos), entendendo como dever do Estado e extensivo aqueles que não tiveram acesso na idade própria; afirmou a educação como o primeiro dos direitos sociais; consagrou o ensino fundamental como direito público subjetivo; vinculou percentuais de impostos para o financiamento da educação, estabelecendo programas suplementares de educação com destinação de verbas além das vinculadas. 
Estabeleceu o princípio da igualdade e da universalidade no que concerne aos negros, aos índios e aos portadores de necessidades especiais. Para o corpo docente estabeleceu ingresso somente por concurso público e plano de carreira. Estabeleceu o princípio da gestão democrática do ensino nos sistemas públicos. 
Art. Lei 11.274 de 06/02/2006.
. 3o O art. 32 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:........
Art. 5o Os Municípios, os Estados e o Distrito Federal terão prazo até 2010 para implementar a obrigatoriedade para o ensino fundamental.
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 59, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2009. 
"Art. 208. 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (NR)
Art. 6º O disposto no inciso I do art. 208 da Constituição Federal deverá ser implementado progressivamente, até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação, com apoio técnico e financeiro da União. 
EXERCICIOS ON LINE
A concepção da expressão ¿coisa pública¿ deve ser compreendida como o que se refere a todos os cidadãos. Com base nos textos estudados, a opção que define a expressão ¿coisa pública¿ é: Bem comum e direito de todos garantido pelo Estado 
No pensamento neoliberal, a única forma para fomentar a distribuição da riqueza e da renda, está relacionado: Ao livre mercado 
A crise do Estado de bem-estar social está relacionada à construção de um novo modelo de capitalismo que buscava a reforma do Estado. Assinale a alternativa que explica essa reforma do Estado de Bem-Estar Social: A reforma tem provocado cortes substanciais no orçamento das políticas sociais dos países periféricos em benefício dos países centrais 
A Constituição de 1934 expressou o ideário reformista porque: garantiu, legalmente, gratuidade e obrigatoriedade do ensino primário 
República significa "o governo do povo para o povo pelo povo" e, remonta ao mundo da antiguidade grega. No momento de sua instalação no Brasil, o regime republicano deveria representar o acesso democrático de toda a população aos direitos humanos mais básicos, dentre eles a educação. Qual foi o panorama da educação durante esse período histórico? o ensino permanece restrito às camadas mais favorecidas da sociedade
Ao analisar os artigos referentes ao ensino primário no Brasil, nas Constituições de 1934 e 1937, podemos sintetizar que com a ditadura de Getúlio Vargas a legislação retrocede e o ensino primário deixa de ser um direito de todos, obrigatório e gratuito. Isto por que a Constituição de 1937 estabelece: a cobrança de uma taxa mensal para a caixa escolar
Aula 3: O sentido da Lei nº. 4024/61: a elaboração da primeira Lei de Diretrizes e Bases
Nesta aula voltaremos a falar sobre o tema da Constituição de 1946 para que possamos aprofundar o nosso debate sobre o processo que desencadeou a elaboração da Lei 4024/61, que foi a primeira LDB que o Brasil produziu.
Esse momento histórico foi marcado pelo fim do governo de Getúlio Vargas, entre os anos de 1930 e 1945 (caracterizado em seus últimos sete anos pela ditadura do Estado Novo). Instalou-se, em decorrência, um processo de democratização da sociedade, com novos partidos se organizando e a elaboração de uma constituição que representasse essa nova fase política. 
Os resultados
A retomada de práticas democráticas, sobretudo as parlamentares, permitiu um alongado debate sobre a legislação educacional
do país. Nesse texto constitucional ficara determinado, entre outras questões, como já vimos anteriormente, que a educação era entendida como um direito de todos. Vamos ver o trecho da lei?
Art. 5º - Compete à União: (...)
XV - legislar sobre: (...)
d) diretrizes e bases da educação nacional; 
O processo de elaboração
A elaboração da primeira LDB que o Brasil conheceu demorou muitos anos. Na verdade, esse processo pode ser dividido em dois períodos, que corresponderam a discussões e polêmicas bem distintas.
Uma primeira fase caracterizou-se pelo conflito partidário entre dois políticos, cujas trajetórias sempre estiveram vinculadas à educação.
De um lado encontrava-se o Ministro do governo ora no poder, o Sr. Clemente Mariani. Mariani era filiado à UDN (União Democrática Nacional), partido ligado a setores conservadores, articulado às classes média e alta do país e à burguesia internacional, e de oposição às forças de Vargas. 
E do outro lado o ex-Ministro da Educação do Estado Novo, Deputado Gustavo Capanema, filiado ao PSD (Partido Social Democrático), apoiado pelas forças getulistas.
O Ministro Mariani representando os interesses do governo, apresentou um projeto que possuía características descentralizadoras, que se chocou com os argumentos do deputado Gustavo Capanema, que propunha um sistema de ensino centralizador. 
O deputado redigiu um parecer que acabou por levar o projeto ao arquivamento. 
Essa disputa político-partidária adiou por alguns anos a discussão, que foi retomada efetivamente em 1957, quando da apresentação em plenário do projeto de lei conhecido como “Substitutivo Lacerda”. 
Segundo período
Outra fase dessa longa trajetória de elaboração da LDB se iniciou. O debate, naquele momento, girou em torno da questão das verbas públicas. Vamos ver como foi?
O Deputado Carlos Lacerda, que deu nome ao projeto, encampou a proposta dos representantes das escolas particulares, sobre tudo os colégios confessionais, que sob o lema da liberdade do ensino, defendiam os interesses privatistas, reivindicando a aplicação de recursos públicos para a manutenção tanto de escolas públicas quanto de particulares.
Anísio Teixeira de outro lado, em torno da defesa de verbas públicas exclusivamente para escolas públicas, se colocarem educadores e intelectuais, como Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Florestan Fernandes, entre outros. Eles chegaram a articular e publicar um outro Manifesto de Educadores, em 1959, intitulado ``Mais uma vez convocados´´. O famoso documento recuperou em parte as ideias presentes no movimento de 1932, defendendo, destacadamente, a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino primário.
A primeira lei de diretrizes e bases
O texto aprovado pelo Congresso Nacional em 1961, representou em parte a vitória dos setores privatistas, pois a lei permitia a transferência para escolas particulares de recursos públicos, contrariando a proposta da campanha em Defesa da Escola Pública. A lei instituída a educação como um direito de todos e estruturava o ensino em a) pré-escola; b) ensino primário c) ensino médio (este último se subdividida em ginásio e colegial)
Art. 2o A educação é direito de todos e será no lar e na escola
Parágrafo único. À família cabe escolher o gênero de educação que deve dar a seus filhos
Art. 3o O direito à educação é assegurado
I- pela obrigação do poder publico e pela liberdade de iniciativa particular de ministrarem o ensino em todos os graus, na forma da lei em vigor;
II- Pela obrigação do Estado de fornecer recursos indispensáveis para que a família e, na falta destas, os demais membros da sociedade se desobriguem dos encargos da educação, quando provada a insuficiência de meios, de modo que sejam asseguradas iguais oportunidades a todos.
Estrutura e organização
A estrutura do ensino instituída pela Lei no. 4024/61 preservou a organização tradicional da educação brasileira:
ENSINO PRÉ-PRIMARIO – formado por escolas maternais e jardins de infância
ENSINO PRIMÁRIO – de frequência obrigatória, curso de 4 anos, podendo chegar a 6 anos
ENSINO MÉDIO – compunha-se de 2 fases o ginásio em 4 anos, e o colegial em 3 anos, que correspondiam ao ensino secundário e o técnico (agrícola, comercial, industrial e normal)
A LDB tinha como seus principais títulos os seguintes:
1) Dos fins da educação – o desenvolvimento e formação do cidadão para a vida em sociedade, em uma perspectiva democrática de acordo com o momento histórico.
2) Do direito à educação – estabeleceu-a como um direito de todo cidadão cabendo à família a escolha do tipo de educação a ser oferecida.
3) Da liberdade de ensino – todos tinham direito a transmitir seus conhecimentos.
4) Da administração do ensino – afirmou que cabia ao MEC exercer as atribuições do poder público federal, e atribuiu competências ao Conselho Federal.
5) Dos sistemas de ensino – criou os sistemas de ensino federal, estaduais e municipais.
6) Dos recursos para a educação – instituiu que os recursos seriam aplicados preferencialmente nas escolas públicas, abrindo espaço para o setor privado.
On line Aula 03 – A PRIMEIRA LDBEN BRASILEIRA
O Sentido da Lei nº. 4024/61: a Primeira Lei de Diretrizes e Bases
Com o fim do Estado Novo, em 1946 é promulgada uma nova constituição.
Reafirmava, na educação, os princípios de democratização.
A C.F. de 1946, vinculou verbas públicas para educação: 
Art. 156 - A União e os Municípios aplicarão nunca menos de dez por cento, e os Estados e o Distrito Federal nunca menos de vinte por cento, da renda resultante dos impostos, na manutenção e no desenvolvimento dos sistemas educativos. 
Quanto gratuidade e obrigatoriedade:
Art.168-II: “ o ensino primário será gratuito para todos; o ensino oficial ulterior ao primário sê-lo-á para quantos provarem falta ou insuficiência de recursos.”
A carta constitucional de 1946, fixou que a União deveria elaborar as “ diretrizes e bases da educação nacional.”
A LDBEN, reformularia a estrutura educacional do país deixada pelo Estado Novo, através das leis orgânicas de Gustavo Capanema.
Foi instalada em 1947, uma comissão de educadores pelo Ministro da Educação à época, Clementi Mariani, para elaboração do projeto.
As Duas fases da elaboração da LDBEN.
1ª fase: De um lado, encontrava-se o Ministro do governo Clemente Mariani, filiado à UDN (União Democrática Nacional). Do outro lado, o ex-Ministro da Educação do Estado Novo, Deputado Gustavo Capanema, filiado ao PSD (Partido Social Democrático), apoiado pelas forças getulistas. 
Representando os interesses do governo, o Ministro Mariani apresentou um projeto com características descentralizadoras, que se chocou com os argumentos de Gustavo Capanema, que propunha um sistema de ensino centralizador. O Deputado redigiu um parecer que acabou por levar o projeto ao arquivamento. 
2ª fase: A segunda fase dessa longa trajetória de elaboração da LDB se iniciou com debates em torno da questão das verbas públicas. O Deputado Carlos Lacerda, que deu nome ao projeto, encampou a proposta dos representantes das escolas particulares, sobretudo os colégios confessionais, que sob o lema da liberdade do ensino, defendiam os interesses privatistas, reivindicando a aplicação de recursos públicos para a manutenção tanto de escolas públicas quanto de particulares. 
De outro lado, em torno da defesa de verbas públicas exclusivamente para escolas públicas, se colocaram educadores e intelectuais, como Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Florestan Fernandes, entre outros. Eles chegaram a articular e publicar um outro Manifesto de Educadores, em 1959, intitulado “Mais uma vez convocados”. O famoso documento recuperou em parte as ideias presentes no movimento de 1932, defendendo destacadamente, a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino primário.
A Primeira Lei de Diretrizes e Bases
O texto final aprovado pelo Congresso Nacional em 1961, representou em parte a vitória dos setores privatistas, pois a lei, através de alguns mecanismos, permitia a transferência para as escolas particulares de recursos
públicos, contrariando a proposta da “Campanha em defesa da Escola Pública”. A lei instituía a educação como um direito de todos.
Dos fins da educação
O desenvolvimento e formação do cidadão para a vida em sociedade, em uma perspectiva democrática de acordo com o momento histórico.
Direito à Educação, Liberdade de Ensino, Administração do Ensino, Os Sistemas de Ensino, Os Recursos para a Educação.
EXERCICIOS
A retomada de práticas democráticas, sobretudo as parlamentares, permitiu um alongado debate sobre a legislação educacional do país. Nesse texto constitucional ficara determinado, entre outras questões, que a educação era entendida como um direito: De Todos; 
A elaboração da primeira Lei de Diretrizes e Bases que o Brasil conheceu demorou muitos anos. Tal processo pode ser dividido em dois períodos. O segundo período da longa trajetória da primeira LDB girou em torno de _____________________ .
Assinale a opção que aponta o tema do debate em questão da época: Verbas públicas 
A primeira Lei de Diretrizes e Bases foi o resultado dos embates entre setores antagônicos da sociedade brasileira. Marque a alternativa que condiz com o ano de sua criação: 1961
A elaboração da primeira LDB que o Brasil conheceu demorou muitos anos. Uma primeira fase caracterizou-se pelo conflito partidário entre dois políticos, cujas trajetórias sempre estiveram vinculadas à educação. De um lado encontrava-se o Ministro do governo ora no poder - o Sr. Clemente Mariani - filiado à UDN (União Democrática Nacional), partido ligado a _Setores conservadores , articulado às classes média e alta do país, e à burguesia internacional, e de oposição as forças de Getúlio Vargas . E do outro lado o ex-Ministro da Educação do Estado Novo, Deputado Gustavo Capanema, filiado ao PSD (Partido Social Democrático), apoiado pelas forças getulistas. 
A Educação escolar necessita de uma organização para que possa cumprir com os seus princípios formadores atendendo as variadas faixas etárias e níveis. Marque a opção que apresenta como a Lei 4024/61 previa a organização para o ensino no Brasil: Pré-primário, primário e ensino médio 
Aula 4: As reformas educacionais da ditadura militar 
Introdução 
Logo após a promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases, o Brasil mergulhou em um novo momento político quando se instalou, em 1º de abril de 1964, através de um Golpe de Estado, outro governo autoritário, fase conhecida como Ditadura Militar. Foram anos marcados por uma intensa repressão que perseguia opositores, cassando e torturando políticos; e impedia os movimentos sociais, inclusive a organização de estudantes que lutavam contra a ditadura. 
No capítulo sobre educação, o direito de todos a ela é reafirmado, apesar de também ficar expresso que o ensino é livre à ação da iniciativa privada, que continua a ter acesso a incentivos e facilidades financeiras dos cofres públicos, como disposto na Constituição anterior. Conforme escrito na Carta: 
Art. 168. A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola; assegurada a igualdade de oportunidade, deve inspirar-se no princípio da unidade nacional e nos ideais de liberdade e de solidariedade humana.
§1º. O ensino será ministrado nos diferentes graus pelos poderes públicos.
§2º. Respeitadas as disposições legais, o ensino é livre à iniciativa particular, a qual merecerá o amparo técnico e financeiro dos poderes públicos, inclusive bolsas de estudo.
Esse momento histórico exigiu alterações na legislação educacional. Não foi elaborada nova Lei de Diretrizes e Bases, mas sim duas leis que reformaram alguns aspectos da LDB vigente. Uma tratou de modificar os ensinos primário e secundário enquanto outra abordou o superior. As diretrizes básicas, estabelecidas pela lei 4024/61 (os 5 primeiros títulos), não são alteradas, demonstrando a continuidade da ordem socioeconômica mantida pelo golpe. 
A reforma do ensino superior tinha por finalidade a desmobilização dos estudantes universitários. Para tanto, instituiu o sistema de créditos que obrigava os alunos a realizarem a matrícula por disciplinas, o que impedia a formação de grupos nas mesmas turmas, como no tradicional curso seriado, dificultando a organização de grupos de pressão. 
A repressão aos estudantes foi uma ação constante ao longo desse período. 
A lei 5540/68 também determinou que as disciplinas passassem a ser agrupadas por departamentos, deixando de se organizar por cursos, reforçando o caráter da fragmentação. Por fim, estabeleceu o vestibular unificado, desarmando as crescentes demandas, sobretudo dos estudantes secundaristas, por mais vagas nas universidades públicas.
A lei 5692/71 
Esta legislação é frequentemente chamada de lei de diretrizes e bases de forma errônea. Contudo, ela não pode ser confundida, pois se refere exclusivamente a dois segmentos da educação, que correspondem ao que nos dias atuais chamamos de educação básica.
A lei 5692 não tratava, também, dos objetivos gerais e finalidades da educação para o país. Ela era específica para dois segmentos do ensino. 
A referida lei foi criada por um grupo de trabalho instituído pelo Presidente Médici, que tinha por objetivo adequar o ensino ao momento político instaurado pelo Golpe de 1964, e às necessidades sociais e econômicas que o governo militar se empenhava em garantir. 
O ensino profissionalizante tinha o objetivo de atender à formação de mão de obra no sentido de garantir o suporte para a ampliação do parque industrial brasileiro, em reposta aos preceitos liberais de divisão internacional do trabalho. Para isso, foi a primeira legislação educacional que criou um capítulo para tratar do ensino supletivo 
CAPÍTULO IV - Do Ensino Supletivo 
Art. 24. O ensino supletivo terá por finalidade:
a) suprir a escolarização regular para os adolescentes e adultos que não a tenham seguido ou concluído na idade própria;
b) proporcionar, mediante repetida volta à escola, estudos de aperfeiçoamento ou atualização para os que tenham seguido o ensino regular no todo ou em parte.
Parágrafo único. O ensino supletivo abrangerá cursos e exames a serem organizados nos vários sistemas de acordo com as normas baixadas pelos respectivos Conselhos de Educação.
A Lei 5692/71 também introduziu algumas propostas, que contribuíram para o debate pedagógico, a saber 
Integração Horizontal – Previa, também, a integração que buscava eliminar a diferença entre antigos ramos de ensino: agrícola, comercial, industrial e normal, articulando as várias áreas do conhecimento, no interior de cada série.
Integração Vertical – A lei previa entre 2 graus, entre os níveis ( o primeiro e o segundo segmento do 1o grau) e entre todas as séries de ensino das atividades, áreas de estudo e disciplinas, com o propósito de garantir um trabalho de continuidade deste a 1a série do 1o grau até a última série do 2o grau.
Valorização do Magisterio
Aula 04 on line 
Logo após a promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases, o Brasil mergulhou em um novo momento político quando se instalou em 1º de abril de 1964, através de um Golpe de Estado, outro governo autoritário, fase conhecida como Ditadura Militar. 
Foram anos marcados por uma intensa repressão que perseguia opositores, cassando e torturando políticos, e impedia os movimentos sociais, inclusive a organização de estudantes que lutavam contra a ditadura.
Uma nova Constituição foi redigida e outorgada à sociedade pelo governo militar, esta foi a sexta Carta Constitucional do Brasil. Nela, os direitos dos cidadãos foram restringidos, o Executivo Federal concentrava poderes, além de ser eleito de forma indireta pelo Congresso Nacional.
Na nova constituição, o capítulo sobre educação reafirma o direito de todos à educação, apesar de também ficar expresso que o ensino é livre à ação da iniciativa privada, que continua a ter acesso a incentivos e facilidades financeiras dos cofres públicos, como disposto na Constituição anterior. 
Esse momento histórico exigiu alterações na legislação educacional. Não foi elaborada nova Lei de Diretrizes
e Bases, mas sim, duas leis que reformaram alguns aspectos da LDB vigente. Uma tratou de modificar os ensinos primário e secundário, enquanto outra abordou o superior. As diretrizes básicas, estabelecidas pela 4024/61 (os 5 primeiros títulos) não são alteradas, demonstrando a continuidade da ordem socioeconômica mantida pelo golpe. 
LEI 5540/68: A Reforma do Ensino Superior.
Tinha por finalidade a desmobilização dos estudantes universitários. Para tanto, instituiu o sistema de créditos que obrigava os alunos a realizarem a matrícula por disciplinas. Dessa forma, impedia a formação de grupos nas mesmas turmas, como no tradicional curso seriado, dificultando a organização de grupos de pressão.
A Lei 5540/68 também determinou que as disciplinas passassem a ser agrupadas por departamentos, deixando de se organizar por cursos, reforçando o caráter da fragmentação. Por fim, estabeleceu o vestibular unificado, desarmando as crescentes demandas, sobretudo dos estudantes secundaristas, por mais vagas nas universidades públicas.
LEI 5692/71:A Reforma do Ensino de 1º e 2º graus. 
Essa lei foi criada por um grupo de trabalho instituído pelo Presidente Médici, que tinha por objetivo adequar o ensino ao momento político instaurado pelo Golpe de 1964, e às necessidades sociais e econômicas que o governo militar se empenhava em garantir. 
criou a estrutura de ensino que se organizava em 1º e 2º graus. O primeiro grau passou a abranger os antigos ensino primário e ginásio, atendendo às crianças dos 7 aos 14 anos; ampliou a obrigatoriedade escolar de quatro para oito anos.
A lei 5692/71, transformou o antigo curso secundário, que se apresentava como clássico, científico ou normal, em ensino de 2º grau, nivelando todos os cursos, e possibilitando que qualquer concluinte pudesse prestar vestibular para qualquer área universitária. 
O ensino profissionalizante tinha o objetivo de atender à formação de mão de obra no sentido de garantir o suporte para a ampliação do parque industrial brasileiro, em reposta aos preceitos liberais de divisão internacional do trabalho. Para isso, foi a primeira legislação educacional que criou um capítulo para tratar do ensino supletivo. 
O ensino supletivo abrangeria cursos e exames a serem organizados nos vários sistemas de acordo com as normas baixadas pelos respectivos Conselhos de Educação. 
A Lei 5692/71 também introduziu algumas propostas, que contribuíram para o debate pedagógico. 
Integração vertical.
Integração horizontal.
Valorização do magistério.
Reflexos da profissionalização obrigatória no 2º grau. 
Foram enormes as dificuldades financeiras de implantação de laboratórios e de instalação de equipamentos nas escolas, para o atendimento da obrigatoriedade da profissionalização cobrada pela Lei 5692/71. Muitas instituições escolares nunca chegaram a disponibilizar as disciplinas profissionalizantes para os estudantes, gerando uma pressão muito grande para o fim da exigência.
A Lei nº. 7044, que entrou em vigor em 1982, alterou os dispositivos da Lei 5692/71, que estabeleciam a profissionalização do ensino de 2º grau. Essa reforma acarretou algumas mudanças na estrutura curricular vigente, liberando as escolas de segundo grau da obrigatoriedade da profissionalização, retornando a ênfase deste curso à formação geral.
De acordo com essa lei, o 2º grau tornou-se obrigatoriamente profissionalizante. Essa medida se restringiu em grande parte apenas às escolas públicas que submetidas à exigência, procedem às adaptações, no prazo previsto na lei. Entretanto, as escolas particulares, se aproveitando dos prazos para a adequação, e por não sofrerem rigorosas fiscalizações, mantiveram, em sua maioria, o ensino propedêutico, até a revogação da obrigatoriedade do ensino profissionalizante. 
EXERCICIOS ON LINE 4 
Na lei 5692/71, esta legislação é frequentemente chamada de lei de diretrizes e bases de forma errônea. Contudo, ela não pode ser confundida, pois se refere exclusivamente a dois segmentos da educação, que correspondem ao que nos dias atuais chamamos de. Educação Básica; 
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) está prevista na legislação nacional. Neste contexto, assinale o que NÃO está previsto no artigo 37 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN/96). Os sistemas de ensino mantêm parcialmente a gratuidade aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, assim como oportunidades educacionais apropriadas. 
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio. O Fundeb está em vigor desde janeiro de 2007 e se estenderá até 2020. Tem como principais características: I) Financiar todas as etapas da educação básica e reservar recursos para os programas direcionados a jovens e adultos. II) A destinação dos investimentos é feita de acordo com o número de alunos da educação básica, com base em dados do censo escolar do ano anterior. III) O Fundeb tem como principal objetivo promover a redistribuição dos recursos vinculados à educação. IV) O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do programa são feitos em escalas federal, estadual e municipal por conselhos criados especificamente para esse fim. Estão corretas as afirmações D) I, II, III e IV. 
De acordo com a LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em vigor, qual a modalidade de ensino que pode ser realizada simultaneamente com o ensino médio? Ensino Profissionalizante 
Sobre a lei 5692/71, a mesma em linhas gerais criou a estrutura de ensino que se organizava em? 1º e 2º Graus; 
De acordo com o Art. 205 : A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua: qualificação para o trabalho. 
Aula 5: A política educacional brasileira na transição democrática: a carta de 1988 
O papel de cada esfera - A União, estados, distrito federal e municípios devem proporcionar o acesso à cultura, á educação e à ciência, e que todas as esferas têm competência para legislar sobre educação, desde que respeitadas as diretrizes e bases fixadas em seu texto. Apresenta, ainda, como dos municípios, a prioridade quanto à responsabilidade de manter programas para os níveis pré-escolar e ensino fundamental (cabendo à União complementar recursos, em casos de dificuldades dos municípios). 
Art. 211 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino (...).
§ 2º - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.
§ 3º - Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.
§ 4º - Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.
Outras considerações -A Constituição de 1988 assegura ainda o direito à educação dos povos indígenas, garantindo que o ensino se realize em língua materna e na língua portuguesa. Permite, dessa maneira, a integração dos povos à sociedade brasileira, preservando sua cultura. 
Verbas públicas destinadas à educação - Quanto à aplicação das verbas públicas, a Constituição estabelece que cabe à União aplicar no mínimo 18%, enquanto que os municípios e estados devem investir no mínimo 25% cada. Podemos considerar essa vinculação dos recursos como um avanço, pois predetermina uma parcela do orçamento que deve ser aplicada em educação. 
AULA ON LINE 5 
A constituição foi elaborada em um momento político bem característico, pois correspondia a uma grande mobilização popular que, diante do fim de um longo período ditatorial, exigia efetivas transformações na sociedade.
A constituição em seu conteúdo apresentou alguns avanços nas áreas sociais e políticas, como: igualdade de direitos
entre homens e mulheres; voto do analfabeto; voto aos 16 anos; racismo tratado como crime; e fim à censura. 
O texto constitucional estabeleceu, ainda, alguns dispositivos que defendem o cidadão quando seus direitos são negados, contra a arbitrariedade do Estado, em grande parte vem daí o fato dela ser conhecida por muitos políticos, e festejada pela imprensa, como a Constituição Cidadã. 
Direitos conquistados com a constituição. Habeas-corpus; assegura a reparação ou prevenção do direito de ir e vir, constrangido por ilegalidade ou por abuso de poder (as ditaduras assim que instaladas suspendem esse com o propósito de realizar prisões ilegais).
Habeas-data; garante ao cidadão o acesso às informações a seu respeito constantes do registro de banco de dados de qualquer entidade governamental. 
Mandado de Segurança; protege o cidadão quando seus direitos estão prestes a ser desrespeitados por uma instituição. Agora, existe também o mandado de segurança coletivo, isto é, impetrado por sindicatos e associações da sociedade civil.
Mandado de injunção; assegura o exercício de um direito garantido pela Constituição.
Ação popular; tem como objetivo anular ato lesivo ao patrimônio público e punir seus responsáveis.
O texto constitucional estabeleceu a educação como o 1º dos Direitos Sociais(art.6º); e através de instrumentos legais, o poder de cobrança ao Estado, quando for negado. 
Na Constituição, o tema educacional é apresentado no Título VIII, que trata da Ordem Social. No Capítulo III, intitulado Da Educação, da Cultura e do Desporto, especificado na Seção I, chamada Da Educação, que se dispõe em dez artigos entre o 205 e o 214.
Art. 205 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Os princípios do ensino foram especificados no artigo 206, do qual podemos destacar alguns:
garantia de igualdade de acesso e permanência à escola.
liberdade de ensinar e aprender.
gratuidade nas escolas públicas.
gestão democrática nas escolas da rede pública.
valorização dos profissionais da educação
A obrigatoriedade do ensino na C.F. de1988
Art. 208 O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria.
Percebe-se, aqui, a preocupação do poder público em garantir a escolaridade mínima para a população.
O Regime de colaboração entre os entes federados.(compromisso de oferta)
Art. 211 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. (...)
§ 2º - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. 
§ 3º - Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. 
§ 4º - Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.
	A constituição assegura, ainda, o direito à educação dos povos indígenas, garantindo que o ensino se realize em língua materna e na língua portuguesa, permitindo dessa maneira a integração dos povos à sociedade brasileira, preservando sua cultura.
O direito à diferença foi incorporado e explícito não somente aos índios, mas no que concerne aos negros e pessoas com necessidades especiais.
Recursos Públicos Quanto à aplicação das verbas públicas, a Constituição estabelece que cabe à União aplicar no mínimo 18%, enquanto que aos municípios e estados devem investir no mínimo 25% cada. Podemos considerar essa vinculação dos recursos como um avanço, pois predetermina uma parcela do orçamento que deve ser aplicada em educação.
Fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário educação recolhido pelas empresas. Existência de programas suplementares de alimentação e assistência à saúde, financiados com outros recursos adicionais.( Art.212 §4º) Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas ( sem fins lucrativos).(Art.213)
EXERCÍCIOS ON LINE 5
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu que o direito à educação é dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade. A educação, segundo o texto legal, deve realizar o pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para: exercício da cidadania. 
Na Constituição de 1988 o seu Art. 211 parágrafo 3º diz que os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente em que ensino? Médio e Fundamental; 
Do que trata o artigo 26-A, inserido na Lei de Diretrizes e Bases- LDB nº. 9.394, através da lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003 e alterado pela redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008: Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. 
A reforma universitária realizada pelo governo militar teve como um de seus objetivos a desmobilização dos estudantes universitários que questionavam o regime e impeliam á sociedade à organização e à resistência contra a ideologia implementada. Uma das estratégias previstas na legislação com essa finalidade, que inclusive permanece até hoje em nossa sociedade, mas com objetivos diferenciados foi: instituição do regime de créditos 
(ENADE 2005). Após o Golpe de 1964, desencadeou-se uma dura repressão que atingiu, implacavelmente, a educação brasileira. Durante o Governo Costa e Silva foi aprovada e sancionada a Reforma Universitária, Lei 5540, de 28 de novembro de 1968, que atuou no sentido de:
I - promover a liberdade de ensino com a concentração das decisões nas mãos dos reitores;
II - institucionalizar o vestibular, idêntico em seu conteúdo para todos os cursos e áreas de conhecimento e unificado em sua execução;
III - extinguir as atividades de pesquisa, com a desarticulação do sistema de pós-graduação, em especial, nas universidades públicas;
IV - assegurar o controle do ensino superior brasileiro pela política do regime.
São corretos apenas: II e IV 
"A repressão foi a primeira medida tomada pelo governo imposto pelo golpe de 1964. Na direção do sistema educacional, os defensores do ensino público e gratuito foram sendo substituídos pela aliança dos que lutavam pela hegemonia da escola particular subsidiada pelo Estado, com os militares empenhados na repressão às atividades por eles julgadas subversivas" (Cunha, Luiz Antônio e Góis, Moacyr de. O golpe na Educação. Jorge Zahar Ed.:2002, p.36). A alternativa que expressa CORRETAMENTE o momento do Golpe de 64 é: A reforma do ensino superior tinha por finalidade a desmobilização dos estudantes universitários, para tanto foi criado o sistema de créditos 
SIMULADO DE 1 À 5 
A seguir temos várias definições de autores diferentes acerca de um mesmo conceito estudado no curso: Campo dentro do estudo da política que analisa o governo à luz de grandes questões públicas (MEAD, 1995); Conjunto específico de ações do governo que irão produzir efeitos específicos na sociedade (LYNN, 1980); Soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou através de delegação, e que influenciam a vidas dos cidadãos (PETERS, 1986); O que o governo escolhe fazer ou não fazer (DYE. 1984). As definições acima conceituam: Políticas públicas 
Na década de 1990, não dava mais para esconder que o modelo de desenvolvimento capitalista da época estava em crise. Crise essa, que já se anunciava em grande parte do mundo, desde meados dos anos de 1970. Isso favoreceu a crítica dos economistas conservadores, neoliberais, que há tempos vinham combatendo: O Estado de Bem-estar social 
Em meados dos anos de 1970, sobretudo nos anos de 1980, ocorreu uma mudança radical com relação ao modelo de desenvolvimento capitalista. Marque a alternativa que NÃO caracteriza esse
modelo de sociedade: 
	
	Neste regime predomina a propriedade privada.
	
	Os mais qualificados se tornarão empregáveis.
	 Certo
	Os trabalhadores são bem remunerados
	 Errado
	Todos os agentes econômicos dependem do mercado.
	
	A competição e a maximização do lucro são as regras fundamentais da vida
A concepção da expressão ¿coisa pública¿ deve ser compreendida como o que se refere a todos os cidadãos. Com base nos textos estudados, a opção que define a expressão ¿coisa pública¿ é: Bem comum e direito de todos garantido pelo Estado 
A elaboração da primeira Lei de Diretrizes e Bases que o Brasil conheceu demorou muitos anos. Tal processo pode ser dividido em dois períodos. O segundo período da longa trajetória da primeira LDB girou em torno de _____________________ .
Assinale a opção que aponta o tema do debate em questão da época: Verbas públicas 
O processo de elaboração da primeira Lei de Diretrizes e Bases (LDB) pode ser dividido em dois períodos. Julgue verdadeiras (V) ou falsas (F) as alternativas que correspondem à primeira fase de elaboração da LDB e marque a resposta correta:
I. Sr. Clemente Mariani representava os interesses do governo ( )
II A primeira fase de elaboração da primeira LDB caracterizou-se pelo conflito partidário entre dois políticos ( )
III. Mariani era filiado ao PSD (Partido Social Democrático) ( )
V - V - F 
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio. O Fundeb está em vigor desde janeiro de 2007 e se estenderá até 2020. Tem como principais características: I) Financiar todas as etapas da educação básica e reservar recursos para os programas direcionados a jovens e adultos. II) A destinação dos investimentos é feita de acordo com o número de alunos da educação básica, com base em dados do censo escolar do ano anterior. III) O Fundeb tem como principal objetivo promover a redistribuição dos recursos vinculados à educação. IV) O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do programa são feitos em escalas federal, estadual e municipal por conselhos criados especificamente para esse fim. Estão corretas as afirmações: I, II, III e IV. 
A Lei 5692/71 determinou em seu texto que "Para ingresso no ensino de 2º grau, exigir-se-á a conclusão do ensino de 1º grau ou de estudos equivalentes". Analise as informações abaixo e marque em seguida a SEQUENCIA CORRETA de V (VERDADEIRO) e F (FALSO) apresentando-as como determinações ou não da Lei 5692/71:
I. O ensino de 2º grau destina-se à formação da criança em idade de 7 a 14 anos.
II. Para ingresso no ensino de 2º grau, exigir-se-á a conclusão do ensino de 1º grau ou de estudos equivalentes.
III. O ensino de 2º grau terá cinco anos, conforme previsto para cada habilitação, compreendendo, pelo menos, 2.200 ou 2.900 horas de trabalho escolar efetivo, respectivamente.
IV. a conclusão da 3ª série do ensino de 2º grau, ou do correspondente no regime de matrícula por disciplinas, habilitará ao prosseguimento de estudos em grau superior.
V. os estudos correspondentes à 4ª série do ensino de 2° grau poderão, quando equivalentes, ser aproveitados em curso superior da mesma área ou de áreas afins.
F V F V V
A Lei de reforma do ensino do 1º e 2º graus, 5692/71 trouxe algumas contribuições para o debate pedagógico, entre elas estavam presentes:Integração entre os dois graus de ensino e remuneração do magistério de acordo com a formação acadêmica. 
Na Constituição de 1988 o seu Art. 211 parágrafo 2º diz que os Municípios atuarão prioritariamente em que ensino? Fundamental e na Educação Infantil; 
Aula 6: O significado do estatuto da criança e do adolescente 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)  foi o resultado de um longo debate travado na sociedade brasileira, que se iniciou em 1979 com a elaboração do Código de Menores, e que ganhou um novo impulso com a promulgação da atual constituição brasileira (CF/1988). Esse debate envolveu diferentes setores da sociedade, sob a forma de movimentos populares, incluindo-se as Organizações Não Governamentais (ONGs) e representantes dos Três Poderes da República. 
O Estatuto e a Educação
O tema da Educação é tratado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente como um direito de todos e um dever do Estado. Apresenta-se sob a forma de sete artigos (do artigo 53 ao 59), em que estão estabelecidos os objetivos da educação, além de estarem especificados os papéis do Estado quanto aos deveres, a responsabilidade da família, as competências dos gestores escolares, o respeito aos valores culturais, artísticos e históricos da comunidade a qual o estudante pertence.
Aqui foram destacados os artigos do estatuto em que estão explicitados os direitos e os deveres 
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º - O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º - Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola. 
Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
É fundamental, portanto, que todo professor conheça o texto do Estatuto da Criança e do Adolescente para que possa contribuir no cumprimento de suas determinações, além de acompanhar a sua aplicação. Ferreira (2008:109) entende que educação e cidadania são indissociáveis, pois somente a educação assegura o exercício pleno da cidadania. Pela educação, os alunos serão capazes de exigir direitos e de cumprir deveres.
Fazer cumprir significa criar condições de manter todas as crianças nas escolas. Além disso, interessa também ao educador conhecer o Conselho Tutelar, seu funcionamento e atuação. Este é o órgão que recebe as denúncias e assegura o cumprimento dos termos do estatuto. É composto por conselheiros eleitos na comunidade, que tem como objetivo acompanhar os casos de violações.
AULA 6 ON LINE
O Significado do Estatuto da Criança e do Adolescente 
O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, foi o resultado de um longo debate travado na sociedade brasileira, que se iniciou em 1979
com a elaboração do Código de Menores. 
A discussão ganhou um novo impulso com a promulgação da atual constituição brasileira, a Constituição Federal de 1988. No plano internacional a assinatura da Convenção Internacional dos Direitos da Criança das Organizações das Nações Unidas, em 1989 acelerou decisivamente a transformação das políticas públicas voltadas para crianças e jovens. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069/90, é o dispositivo legal que estabelece os direitos e deveres de crianças e adolescentes no Brasil. 
Apresenta os direitos relacionados à educação, à saúde, à vida familiar e à vida em sociedade, além de também dispor sobre os deveres. 
O texto do estatuto compõe-se de 267 artigos, e está organizado em duas partes: a Geral e a Especial, que por sua vez se dividem em Títulos, subdivididos em capítulos, e esses em seções. Os títulos tratam sobre: 
Os Direitos Fundamentais 
A Prevenção 
A Política de Atendimento 
As Medidas de Proteção 
A Prática do Ato Infracional 
As Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável 
O Conselho Tutelar 
O Acesso à Justiça 
Os Crimes e as Infrações Administrativas 
EDUCAÇÃO NO E.C.A
A educação se apresenta em sete artigos, em que estabelece os objetivos da educação, especifica os papéis do Estado quanto aos deveres, a responsabilidade da família, as competências dos gestores escolares, além de garantir o respeito aos valores culturais, artísticos e históricos da comunidade a qual o estudante pertence. 
Para essa lei, as crianças e os jovens adolescentes devem ser vistos como pessoas que estão em processo de desenvolvimento, sujeitos de direitos e passíveis de proteção integral. 
A lei 8069/90 é considerada um dos modelos legais mais avançados no mundo, tanto em termos políticos quanto jurídicos. O texto da lei evidencia o compromisso do Estado, e da sociedade civil de garantir o atendimento dos direitos das crianças e dos jovens. 
Vejamos os destaques para seus artigos 4º e 5º:
Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
Art. 5º. Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. 
A questão principal é a de implementar o conteúdo que o Estatuto apresenta. Não basta que os textos legais se mostrem avançados em suas formulações, o fundamental é que os avanços se apresentem em conquistas sociais. 
É fundamental que todo professor conheça o texto do Estatuto da Criança e do Adolescente para que possa contribuir para o cumprimento de suas determinações, além de acompanhar a sua aplicação. Este deve estimular o conhecimento e a capacidade reflexiva em seus alunos. 
EDUCAÇÃO E CIDADANIA CAMINHAM JUNTAS. “O preparo para o exercício da cidadania, que é apresentado como um dos objetivos da educação visa a assegurar a todas às crianças e aos adolescentes a efetividade de seus direitos (civis, sociais e políticos) e o cumprimento de suas obrigações.”
Fazer cumprir o Estatuto da Criança e do adolescente, significa criar condições de manter todas as crianças nas escolas. 
É necessário que o educador conheça o Conselho Tutelar,seu funcionamento e atuação. Este é o órgão que recebe as denúncias,e assegura o cumprimento dos termos do estatuto. É composto por conselheiros eleitos na comunidade,que tem como objetivo acompanhar os casos de violações.
Aula 7: A política educacional dos anos 90 
O Banco Mundial e a América Latina 
A crise do endividamento, vivida pelos países da América Latina a partir dos anos 80, possibilitou uma maior interferência do Banco na política interna dessas nações. Sob essa perspectiva, o Banco Mundial, no final dos anos 80, formulou um conjunto de reformas a serem aplicadas nos países endividados para atender às necessidades de expansão do capital internacional. Essas reformas, que ficaram conhecidas como “Consenso de Washington”, defendiam principalmente: a) o equilíbrio orçamentário mediante a redução dos gastos públicos; b) a abertura comercial; c) a liberalização financeira; d) a desregulamentação dos mercados internos; e) a privatização das empresas e dos serviços públicos. 
Embora esses países pudessem enfrentar recessão e aumento da pobreza num primeiro momento de implantação das reformas, só assim, afirmava o Banco, seria possível retomar o crescimento econômico. Enfim, retomar o desenvolvimento sustentável, em 16/03/1990.
Economia e política social 
Política social focalizada, tem lugar de destaque nas propostas do Banco Mundial para a América Latina. A Reforma da Educação instituída para priorizar a educação inicial em detrimento dos demais níveis de ensino é um bom exemplo do papel que desempenhamos nessa nova ordem mundial. Ora, se as condicionalidades impostas pelos Organismos Internacionais têm nos conduzido a um processo de recolonização, caracterizado pelo fim do desenvolvimento autônomo e dependência científica e tecnológica.
Funcionamento da reforma educacional 
Nesse sentido, as Reformas Educacionais indicadas pelo Banco Mundial apresentaram basicamente dois eixos. O primeiro voltado para uma educação racional e eficiente, capaz de reduzir os custos, o que implica na divisão de responsabilidades entre o Estado e a sociedade. O segundo, centrado na qualidade do ensino em função do diagnóstico apresentado pelo Banco acerca dos principais problemas da educação.
Tais problemas estão relacionados ao acesso e permanência dos alunos na escola, crescimento acelerado da demanda de educação secundária e superior, alfabetização de adultos e aprofundamento da distância entre países da OCDE (Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e da América Latina e Caribe.
A concepção neoliberal que passou a orientar essa política educacional tratou a educação não mais como um direito do cidadão, mas sim como uma mercadoria. Não seria por outro motivo que, Paulo Renato Souza, um economista que foi ministro da educação nos dois governos de Fernando Henrique, tenha ocupado uma vice-presidência no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A educação ocupou um papel relevante na reforma do Estado brasileiro. Para tanto, o primeiro governo de Fernando Henrique (1995-1998) sofreu uma profunda reformulação, tomando como base o conceito de equidade social da forma que aparece nos estudos produzidos pelos Organismos Internacionais ligados à ONU e promotores da Conferência de Jomtien. 
equidade podemos entender a possibilidade de estender certos benefícios obtidos por alguns grupos sociais à totalidade das populações, sem, contudo, ampliar na mesma proporção às despesas públicas para esse fim 
Descentralização do ensino ou da responsabilidade? 
A “Conferência de Educação para Todos” (Março de 1990, em Jomtien) estabeleceu como orientação priorizar o ensino fundamental em detrimento dos demais níveis de ensino. Ainda, defendeu que a tarefa de assegurar a educação é de todos os setores da sociedade. De acordo com essa postura, o dever do Estado foi relativizado.
Municipalização da educação da educação primária – desresponsabiliza o Estado com esse nivel de ensino e sugere uma privatização do ensino não contemplado na cartilha. 
A teoria na prática							 O eixo descentralização/racionalização tem, na municipalização do ensino e na criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), a principal articulação do governo federal para ampliar o atendimento ao ensino fundamental, sem aumentar os recursos destinados a esse nível de ensino. O governo federal repassa aos municípios, muitas vezes as unidades mais pobres da Federação, a responsabilidade com esse nível de ensino.
AULA ON LINE 7 A Política Educacional Brasileira nos Anos 90 - O Neoliberalismo e Suas Implicações na Educação no Cenário Internacional e Brasileiro.
A política educacional brasileira, dos anos 90, foi implementada através de um conjunto articulado de reformas, com orientação do Banco Mundial. 
A ideologia neoliberal apresentada como única via para enfrentar a crise nacional foi ganhando credibilidade gradativamente junto às elites brasileiras e tornou-se hegemônica a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso.
O Grupo Banco Mundial compreende: 
* O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) 
* A Corporação Financeira Internacional (IFC)
* O Organismo Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA)
*A Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA)
* O Centro Internacional para Resolução de Disputas sobre Investimentos (ICSID)
O poder de decisão dos países no Banco Mundial e no FMI não se dá através do voto individual de cada país, mas sim, em função do capital depositado por cada um deles no Fundo. Sendo assim, desde a fundação até hoje existe uma divisão entre Europa e EUA, de modo que sempre o presidente do Banco Mundial é um americano e o do FMI indicado pela União Européia. 
O financiamento não é o único, nem o mais importante papel desempenhado pelo Banco no setor social, mas sim o caráter estratégico que vem desempenhando no processo de reestruturação neoliberal dos países dependentes.
A crise do endividamento, vivida pelos países da América Latina, a partir dos anos 80, possibilitou uma maior interferência do Banco na política interna desses países. 
Nessa perspectiva, o Banco Mundial, no final dos anos 80, formula um conjunto de reformas a serem aplicadas nos países endividados para atender às necessidades de expansão do capital internacional. 
Embora esses países pudessem, num primeiro momento, enfrentar recessão e aumento da pobreza, só assim, afirmava o Banco, seria possível retomar num futuro próximo ao crescimento econômico, enfim, ao desenvolvimento sustentável. 
Essas reformas ficaram conhecidas como “Consenso de Washington” e defendiam:
Equilíbrio orçamentário, mediante a redução dos gastos públicos;
Abertura comercial;
Liberalização financeira;
Desregulamentação dos mercados internos, e
Privatização das empresas e dos serviços públicos.
Embora esses países pudessem, num primeiro momento, enfrentar recessão e aumento da pobreza, só assim, afirmava o Banco, seria possível retomar num futuro próximo ao crescimento econômico, enfim, ao desenvolvimento sustentável. 
Após todos esses anos, os países periféricos, que sofreram o ajuste neoliberal imposto pelos Organismos Internacionais, aprofundaram cada vez mais sua crise de endividamento, sua dependência ao capital financeiro internacional, o que tem permitido a esses Organismos, total controle da organização interna desses países. 
A reestruturação dos países periféricos, embasadas pelas políticas do Banco Mundial e do FMI, resultou no fim do desenvolvimento autônomo e na forte desestabilização da estrutura interna desses países, que passaram a apresentar índices elevados de desemprego, miséria e violência. 
O sentido de política social focalizada na pobreza, expressa nos documentos do Banco Mundial, reflete uma concepção de atendimento mínimo para aqueles que não podem adquirir esses serviços no mercado. O que vai romper com o princípio da igualdade de direitos, luta histórica do movimento popular. 
Nesse sentido, a educação, como política social focalizada, tem lugar de destaque nas propostas do Banco Mundial para década de 90, na América Latina. A Reforma da Educação instituída para priorizar a educação inicial em detrimento dos demais níveis de ensino, é um bom exemplo do papel que desempenhamos nessa nova ordem mundial.
As condicionalidades impostas pelos Organismos Internacionais têm nos conduzido a um processo de recolonização, caracterizado pelo fim do desenvolvimento autônomo e dependência científica e tecnológica.
Educação para o Banco Mundial
A educação, na nova proposta do Banco, está vinculada ao mercado de trabalho segmentado. Se por um lado, ainda encontramos o mercado moderno, urbano, com empregos protegidos, por outro, encontramos o mercado tradicional, informal, sem proteção trabalhista, onde atua a maior parte da população economicamente ativa. Sendo assim, não há lugar para o desenvolvimento autônomo de todos os países nem para a inclusão de todos os indivíduos, é a isso que o Banco chama de equidade, na verdade, uma distribuição desigual.
Portanto, na ótica do Banco, como a maioria da população está inserida no mercado tradicional, não há motivo, nem necessidade para uma educação de longa duração e custos elevados. Por isso, o Estado deve priorizar o ensino fundamental, também segmentado, ou seja, um nível de ensino desvinculado do outro, para que a maior parte da população possa, o mais rápido possível, se dirigir ao mercado de trabalho tradicional e, portanto, não aspirar os empregos do setor moderno. 
As Reformas Educacionais indicadas pelo Banco Mundial apresentaram basicamente dois eixos: 
Voltado para uma educação racional e eficiente, capaz de reduzir os custos, o que implica na divisão de responsabilidades entre o Estado e a sociedade.
É desse ponto de vista, que a defesa da descentralização deve ser entendida. Tanto a descentralização que induz à privatização do ensino, quanto à descentralização que promove a municipalização da educação primária como forma de tirar a responsabilidade do Estado com esse nível de ensino. 
Voltado para a qualidade do ensino em função do diagnóstico apresentado pelo Banco acerca dos principais problemas da educação. 
Para ele, na América Latina, os problemas estão relacionados ao acesso e permanência dos alunos na escola, crescimento acelerado da demanda de educação secundária e superior, alfabetização de adultos e aprofundamento da distância entre países da OCDE e da América Latina e Caribe.
No Brasil, o Banco Mundial ampliou sua atuação a partir da década de 80, com um maior volume de empréstimos, vinculados à interferência na elaboração dos projetos educacionais, como por exemplo, o Projeto EDURURAL, ou Nordeste I, desenvolvido entre 1980 e 1987. 
Porém, é na década de 90, com a incorporação das recomendações provenientes das Conferências Internacionais, de 1990 na Tailândia e 1993 em Nova Delhi, ao Plano Decenal Brasileiro para a Educação que vamos verificar, de fato, a importância que esse Organismo Internacional assume na política educacional brasileira.
A educação ocupou um papel relevante na reforma do Estado brasileiro. Para tanto, no primeiro governo de Fernando Henrique (1995-1998), sofreu uma profunda reformulação, tomando como base o conceito de equidade social da forma que aparece nos estudos produzidos pelos Organismos Internacionais ligados à ONU e promotores da Conferência de Jomtien. 
Podemos, ainda, identificar que a política educacional do modelo de Estado Capitalista, implantado no Brasil de forma dominante a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso, tem na municipalização da educação e no FUNDEF os elementos fundamentais da atual política econômica. 
Com essa descentralização, o Estado repassa a responsabilidade do investimento na educação para outros setores da sociedade. Porém, a formulação e o controle da aplicação dessa política são altamente centralizados, o que não permitiu a participação da sociedade na sua elaboração. 
Aula 8: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: elaboração, características, avanços e retrocessos 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBN 9394/96 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é considerada a lei maior da educação no país, e está subordinada à Constituição Federal e situa-se logo abaixo dela, definindo de uma maneira geral a nossa educação. Por ter um caráter abrangente, necessita de regulamentação, ou seja, de legislação específica para vários de seus dispositivos. 
A Nova LDB – texto final
O texto final da

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