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Assistência no puerpério

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Assistência de 
enfermagem no puerpério 
Enfª Priscila S Delpintor 
07/2015 
 
—Puerpério é o período que vai 
desde a dequitação da placenta 
até a volta do organismo 
materno às condições pré-
gravídicas, quando ocorrem 
processos involutivos 
anatômicos e fisiológicos. 
Classificação 
Podemos citar aqui duas classificações 
Rezende : 
Imediato – até 10º dia. 
Tardio – 11º ao 45º dia. 
Remoto – Após 45º dia. 
Hentschel : 
Orgânico- até 90 dias. 
Social – 4 a 6 meses. 
Psicológico – sem término preciso. 
 
Modificações no estado geral 
— Exaustão 
— Calafrios 
— Aumento da temperatura 
— Aumento brusco do retorno venoso 
— Sudorese 
Modificações no trato urinário 
— Voltam ao normal o fluxo plasmático 
renal, filtração glomerual e taxas de uréia 
e creatinina. 
— Atonia vesical favorece o acúmulo de 
urina residual. 
— Edema do meato urinário. 
— Perda da sensibilidade pela anestesia. 
— Aumento da diurese 
— Esvaziamento incompleto da bexiga. 
 
Modificações no sistema digestivo 
— Aumento do ácido clorídrico 
— Regressão dos edemas da gengiva 
— Flacidez da musculatura abdominal 
— Normalização da topografia gástrica 
— Diminuição da obstipação devido ao 
retorno das vísceras abdominais ao sítio 
anatômico e diminuição da ação 
progesterônica na musculatura lisa do 
tubo digestivo. 
 
 
Modificações cardiovasculares 
— Retorno brusco do retorno venoso 
— Hipotensão 
— Descolamento do ictus para linha mamilar 
— Progressivamente desaparecem os sopros 
— Volume sanguíneo retorna ao normal 
— Queda da pressão venosa 
 
Modificações no sistema 
tegumentar 
— Hiperpigmentação da face, das mamas e 
abdome tendem a regredir rapidamente 
podendo deixar alterações definitivas na 
coloração da pele. 
— Estrias avermelhadas tornam-se brancas 
— Unhas quebradiças 
— Pele seca 
— Queda de cabelo 
Modificações hematopoiéticas 
— Diminuição do volume sanguíneo 
— Coagulabilidade aumentada até 15 dias 
— Elevação das plaquetas nos primeiros 3 – 
5 dias 
— Leucocitose 15.000 a 20.000 (neutrófilos) 
por 4 – 5 dias / sem desvio para esquerda 
Modificações do trato respiratório 
— Descompressão diafragmática 
— Taquipnéia relaciona-se com hipotensão e 
hipertermia 
 
 
 
— Perda da lordose 
— Retorno parcial da flacidez e frouxidão 
articular da sínfise púbica 
Modificações osteoarticular 
Modificações do organismo 
— Com a dequitação da placenta a mulher 
perde sua fonte de produtora de 
estrógenos. 
— Por conta do hipoestrogenismo a puérpera 
passará por um período de atrofia genital, 
denominado “crise genital” até os ovários 
retornaram a sua função endócrina, já 
que durante o período gravídico eles tem 
a função bloqueada. 
Modificações uterinas 
— Redução de tamanho do útero após o 
parto 
 
— Após o parto o fundo uterino está 
aproximadamente 2 cm abaixo da cicatriz 
umbilical, apresenta consistência 
endurecida em função das contrações 
 
— A altura do útero diminui 
aproximadamente 1 cm por dia, por volta 
do 12º dia de puerpério o fundo uterino 
encontra-se logo acima da sínfise púbica 
— No parto vaginal a dilatação cervical que 
era de 10 cm passa para 3 – 4 cm nas 
primeiras horas e em 7 dias está nas 
condições pré-gestacionais. 
Lóquios 
— Consiste em secreções e sangue 
provenientes da cavidade uterina, colo e 
vagina 
 
— Lóquios rubros: quando a secreção é de 
cor vermelho vivo, consistindo de grande 
quantidade de sangue, persistindo de 3 – 
4 dias. 
— Lóquios serossanguíneos (fusca): 
predominante secreção serosa de cor 
rosada, persiste de 1 – 2 dias 
 
— Lóquios flava e alba: lóquios serosos e 
evoluem para amarelados e 
esbranquiçados entre o 20º e 60º dias de 
puerpério 
Modificações na vagina e vulva 
— Devido a dilatação para passagem do feto 
podem apresentar pequenas lacerações, 
equimoses e edema. 
— A cicatrização é rápida pela grande 
vascularização. 
— O edema é absorvido rapidamente. 
— O anel himenal – porções irregulares de 
tecido conhecido por carúnculo 
mirtiforme. 
Modificação perineal 
— A musculatura pode sofrer distensões e 
lacerações que, num futuro próximo darão 
origem a distopias genitais, ocorrência 
evitada com exercícios pré e pós-natal 
desses grupos de músculos, e com 
adequada assistência obstétrica ao parto. 
Assistência de enfermagem 
— Observar contração uterina 
— Observar sangramento vaginal 
— Observar condições da episiorrafia ou 
incisão de cesárea 
— Acesso venoso 
— Controle dos sinais vitais 
— Observar coloração de mucosas 
— Registrar alterações 
— Proporcionar ambiente tranquilo 
— Controlar SSVV 
— Auxiliar no banho 
— Avaliar involução uterina 
— Anotar características dos lóquios 
— Avaliar cicatrização da incisão 
— Avaliar condição do períneo 
— Avaliar função intestinal 
— Avaliar condições das mamas 
— Examinar MMII 
—Observar aspecto psicológico e 
relação materno-fetal 
 
Visita domiciliar no puerpério 
— A visita visa acolher e garantir a 
assistência de enfermagem. 
— Identificar o tipo de parto e possíveis 
intercorrências. 
— Ouvir e orientar a parturiente em relação 
às suas dúvidas e dificuldades. 
— Identificar durante o exame físico sinais 
de infecção puerperal, aspecto das 
mamas e incisão cirúrgica, características 
dos lóquios. 
Consulta de enfermagem 
— Identificar a pega correta e aceitação do 
RN 
— Avaliar situação vacinal e encaminhar a 
parturiente, se necessário, para receber a 
dupla viral e 3ª dose de dT 
— Programar a consulta médica de puerpério 
para 40 dias 
— Avaliar involução uterina, coloração da 
mucosa, função intestinal e urinária, 
presença de dor abdominal e cólica. 
Alojamento conjunto 
— É um sistema hospitalar em que o recém 
nascido sadio, logo após o nascimento, 
permanece ao lado da mãe, 24h por dia, 
num mesmo ambiente, até a alta 
hospitalar. 
Vantagens do alojamento conjunto 
— Fortalecer os laços afetivos entre mãe e 
filho 
— Permitir a observação constante do RN 
pela mãe 
— Favorecer a precocidade, intensidade, 
assiduidade do aleitamento materno 
— Estimular e motivar o aleitamento 
materno 
— Promover o treinamento materno 
 
Cuidados com RN 
— Verificar a Tº e aspecto geral 
— Fazer curativo no coto umbilical com 
álcool a 70% 
— Verificar as medidas antropométricas 
(Peso, estatura, perímetro cefálico, 
torácico e abdominal) 
— Auxiliar no aleitamento 
— Observar coloração da pele e mucosa 
podendo diagnosticar precocemente 
icterícia 
— Realizar dextro pelo pé 
— Observar cianose, hiperemia, palidez, 
petéquias e edemas 
— Anotar anormalidades 
— Incentivar vínculo afetivo 
— Retirar o clamp umbilical quando o coto 
estiver seco (alta) 
— Orientar sobre vacinação (Hep B e BCG) 
— Orientar sobre registro civil 
Aleitamento materno 
Vantagens para mãe: 
 
— Promover involução uterina após o parto 
— Auxilia na recuperação do peso e das 
formas após o parto 
— Reduz o risco de câncer de mama e ovário 
Vantagens para o bebê: 
— Alimento ideal e completo do ponto de 
vista nutricional 
— Promove crescimento e desenvolvimento 
adequado 
— Promove melhor desenvolvimento 
neurológico 
— Reduz morbimortalidade 
— Reduz doenças crônicas e autoimunes 
— Promove vínculo afetivo 
Tipos de mamilo 
Ingurgitamento mamário 
— Com edema 
— Com hiperemia 
— Com áreas de encaroçamento 
— Presença de dor 
— Região areolar distendida 
— Presença de brilho no tecido 
— Com aumento da temperatura local 
Como prevenir o ingurgitamento? 
— Amamentação precoce 
— Esquema de livre demanda 
—Massagem e ordenha da região 
ampolar 
—Compressas frias 
Tratamento 
— Avaliar a flexibilidade areolar 
— Ordenhar se aréola estiver tensa 
— Massagear pontos de encaroçamento 
— Colocar bebê para mamar, após mamada 
avaliar, se dor persistir, aplicar compressa 
fria 
— Uso de analgésicos e anti-inflamatórios 
sob orientação médica 
Transtornos mentais no puerpério 
— Estudos recentes revelaram que 
transtornos psiquiátricos 
subdiagnosticados e não tratados em 
gestantes podem levar a graves 
consequências maternofetais, até 
mesmo durante o trabalho de parto. 
 
— Os principais transtornos psiquiátricos 
puerperais são disforia do pós parto 
(puerperal blues), depressão pós parto e 
psicose puerperal. 
 
— Na tabela 1 vemos os principais fatores de 
risco para o desenvolvimento da 
depressão na gestação. 
 
Blues puerperal 
 
— Acomete as mulheres nos primeiros dias 
após o nascimento do bebê, atingindo um 
pico no quarto ou quinto dia após o parto 
e remitindo de maneira espontânea, no 
máximo, em duas semanas. Inclui choro 
fácil, labilidade do humor, irritabilidade e 
comportamento hostil para com familiares 
e acompanhantes. Geralmente é realizado 
suporte emocional sem necessidade de 
intervenção farmacológica. 
 
Segundo Zinga, Phillips e Born (2005), 
oito de cada 10 mulheres podem 
apresentar a melancolia da maternidade, 
um transtorno transitório do humor 
tipicamente marcado por labilidade do 
humor, momentos de choro, irritabilidade 
e transtorno do sono, que perdura cerca 
de duas semanas após o parto. Em 
algumas mulheres, os sintomas 
depressivos não se resolvem e persistem, 
levando à depressão pós-parto. 
Depressão puerperal 
 
— As pacientes apresentam humor 
deprimido, choro fácil, labilidade afetiva, 
irritabilidade, perda de interesse pelas 
atividades habituais, sentimentos de culpa 
e capacidade de concentração 
prejudicada. Sintomas neurovegetativos 
como insônia e perda do apetite. 
— Faz-se necessário a atuação do enfermeiro 
para o rastreamento precoce da depressão 
pós-parto por meio da identificação dos seus 
fatores de risco, de ações preventivas e do 
encaminhamento precoce de puérperas com 
indicativo. 
 
— A equipe de enfermagem deve estar atenta a 
esses fatores de risco, de forma a identificá-
los precocemente e implementar medidas 
que auxiliem na promoção de um puerpério 
emocionalmente sadio à nova mãe e, assim, 
garantir a formação do vínculo e do afeto, 
tão fundamentais para o desenvolvimento do 
bebê. 
Psicose puerperal 
 
— Quadro com presença de delírios, alucinações 
e estado confusional que parece ser peculiar 
aos quadros de psicose puerperal. Pode haver 
sintomas depressivos, maníacos ou mistos 
associados. No entanto as pacientes 
costumam apresentar comportamento 
desorganizado e delírios que envolvem seus 
filhos, com pensamentos de provocar-lhes 
algum dano. Apesar de o suicídio ser raro no 
período puerperal, a incidência deste nas 
pacientes com transtorno psicótico nesse 
período é alta. 
Infecção puerperal 
— Definição 
 
 É um processo infeccioso que se 
instala nos 2 primeiros dias de 
puerpério, excluindo-se o primeiro 
dia, podendo atingir até o 10° dia 
pós-parto. 
Etiologia da infecção puerperal 
— Cirurgia cesariana 
— Más condições de assepsia 
— Exame de toque vaginal repetido 
— Aminiorrexe prematura 
— Instrumental contaminado 
— Paciente desnutrida 
— Curetagem pós-parto 
— Trabalho de parto prolongado 
Infecções localizadas 
— Endometrite 
— Parametrite 
— Pelviperitonite 
— Peritonite 
— Incisão da cicatriz cesariana 
— Incisão do local da episiotomia 
Tratamento 
— Antibióticoterapia 
— Hidratação 
— Correção da anemia 
— Cultura de secreções 
— Anti-inflamatórios 
 
 
— Clínica, exames laboratoriais, USG 
Diagnóstico 
Assistência de enfermagem 
— Controle de SSVV 
— Usar técnicas assépticas no parto e 
puerpério 
— Cultura de lóquio da puérpera com 
hipertermia após as primeiras 24h após o 
parto 
— Isolamento das puérperas febris para 
evitar contaminação das outras pacientes 
 
— Acompanhamento dos exames 
laboratoriais 
— Curativos na incisão 
— Hidratação 
— Avaliar possibilidade de amamentação 
— Suprimir os focos de infecção

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