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DA LIBERDADE PROVISÓRIA COM OU SEM FIANÇA REFORMADA PELA LEI 12.403 DE MAIO DE 2011

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 DA LIBERDADE PROVISÓRIA
I- CONCEITO: É um instituto que substitui a prisão decorrente de flagrante legal.É uma medida intermediária entre a prisão provisória e a liberdade completa. É uma situação em que o réu ou indiciado não fica preso nem desfruta de plena liberdade
II- FINALIDADE: Aplica-se para atenuar tanto a prisão já decretada (atual) quanto aquela que poderia ser decretada (iminente). Visa-se garantir o comparecimento do acusado ou indiciado beneficiado ao processo, sem que se lhe imponha o pesado ônus do encarceramento
III – EXISTE DE QUE FORMA?
1. Com a imposição da fiança, caracterizando-se por ser limitada -pois se impõe condições para a sua manutenção e precária, pois é passível de revogação, em caso de descumprimento das obrigações impostas com sua concessão
2. Sem a imposição de fiança.
 A liberdade provisória deve ser entendida como uma verdadeira medida contra cautelar, já que a prisão em flagrante, com o advento da nova lei, é uma medida pré-cautelar, e que pode ser convertida em prisão preventiva,alternativa à decretação da prisão preventiva, justamente visando impedir que o acusado
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preso em flagrante, tenha sua detenção convertida em prisão preventiva.
IV- FUNDAMENTO DA LIBERDADE PROVISÓRIA: É o artigo 5º, LXVI, da CF, segundo o qual “ ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória , com ou sem fiança”, combinado com o princípio da presunção de não culpabilidade, positivado no art. 5º, LVII, da Lei Maior.
V- DURAÇÃO: Perdura até que ocorra uma causa de extinção (como a cassação ou quebramento da fiança) ou até que transite em julgado a sentença. Se condenatória, dar-se-á início à execução da pena, se absolutória, tornará a liberdade definitiva.
VI- HIPÓTESE DE CABIMENTO: A doutrina costuma referir a existência de três espécies de liberdade provisória, quais sejam:
Liberdade provisória permitida- Quando essa medida for simplesmente autorizada em lei, preenchidos os requisitos legais.
Liberdade provisória obrigatória- Nas hipóteses em que a lei determina que o réu deva livrar-se solto, independentemente de fiança, em razão de circunstâncias objetivas (isto é, independente da condição pessoal do acusado ou investigado).
 Insta salientar que o art. 321 foi modificado pela Lei 12.403/11, que suprimiu seus incisos anteriores e passou a prever que a liberdade provisória deverá ser
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ser decretada sempre que não estiverem presentes os requisitos para a
decretação da prisão preventiva ( arts. 312 e 313 do CPP), impondo, se for o 
caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP. Portanto, pode-se 
dizer que a liberdade provisória terá cabimento quando não se verificarem os 
requisitos previstos para a decretação da prisão preventiva.
3. Liberdade provisória proibida: Ocorre nos casos em que se verificarem os
requisitos previstos para a decretação da prisão preventiva. Em sendo assim, 
não será concedida a liberdade provisória aos agentes a quem sejam
imputados:
A) Intensa e efetiva participação na organização criminosa, no caso de ilícitos vinculados ao crime organizado.(Lei nº 9034/95)
B) Nos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Lei 9.613/98
C) Nos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes (art. 44 da Lei nº 11.343/06)
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 O STF,por meio da Súmula 697, fixou entendimento no sentido de que a proibição de liberdade provisória nos processos por crimes hediondos não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo. Importante ressaltar que a Lei 11.464/07, alterou o art.2º, II, da Lei 8072/90, suprimindo a vedação à liberdade provisória em crimes hediondo e assemelhados.
 Cumpre ressaltar que o STF entendeu ser inconstitucional a vedação da concessão de liberdade provisória ex lege, diante dos princípios da presunção de inocência e da obrigatoriedade de fundamentação dos mandados de prisão pela autoridade competente. Para tanto, decretou a inconstitucionalidade do art. 21 da Lei 10.826/03 (Lei das Armas). Que prevê a vedação da liberdade provisória quanto as delitos elencados nos arts. 16,17, e 18 do mesmo Diploma Legal.
 Tal entendimento, porém não vem sendo aplicável à vedação, constante no art. 44 da Lei 11.343/06 (Lei de Entorpecentes), haja vista, que a vedação quanto à liberdade provisória muito embora também seja ex lege, encontra fundamento no próprio art. 5º, XLII, da CF.
 Não obstante, tal interpretação está longe de ser pacificada nas Cortes Superiores, havendo inclusive entendimento monocrático no sentido que a proibição advinda da Lei de Drogas, no seu art. 44, apenas reafirmava o disposto no art. 2º, II a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8072/90) Assim, sendo afastada pela Lei nº 11.454/07, a impossibilidade de concessão da liberdade provisória nos crimes hediondos, o referido artigo restou derrogado nesse aspecto, permitindo-se, portanto, a concessão da liberdade provisória.
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VII- CLASSIFICAÇÕES:
 A liberdade provisória pode ser concedida, a depender da existência de scertos requisitos:
Com fiança
Sem a fiança. Esta pode ser:
Vinculada
Não Vinculada, dependendo de haver ou não a imposição de deveres a serem cumpridos como condição para que se mantenha em vigência o benefício da liberdade.
 A liberdade provisória mediante fiança será sempre vinculada
VIII – LIBERDAE PROVISÓRIA VINCULADA SEM FIANÇA
Por vezes, poderá ser concedida a liberdade provisória sem que seja necessário prestar fiança. Essa possibilidade permitirá a concessão da liberdade provisória até mesmo nas hipótese de crime inafiançável- o que não admite, nesses casos, a concessão de liberdade mediante fiança, não se vedando o benefício em si quando este não depender da fiança.
Como será concedida? Mediante termo de comparecimento firmado pelo indiciado ou réu de comparecer a todos os atos do processo, sob pena de revogação. Poderão ainda ser fixadas outras condições, como a obrigatoriedade
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De comunicação de mudança de endereço ou da ausência da comarca por determinado período.
3. Quando cabe a liberdade provisória vinculada sem fiança?
Se o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente praticou o fato sob o manto de causa excludente de ilicitude (art. 310, parágrafo único do CPP, com redação dada pela Lei 12.403/11
Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, a inocorrência de qualquer das hipóteses que autorizam a prisão preventiva, prevista nos arts. 311 e 312 do CPP (art. 310,III, do CPP- redação dada pela Lei 12403/11
Nos casos em que couber fiança, o juiz verificar a impossibilidade de o réu prestá-la, por motivo de pobreza, sujeitando-o às obrigações previstas nos arts 327 e 328 do CPP (art. 350 do CPP – redação dada pela Lei 12.403/11.
 A doutrina entende que, diante dessas hipóteses, estará o juiz obrigado a conceder a liberdade provisória ao indiciado ou réu.
4. A lei prevê, ainda situações em que não será o agente preso em flagrante, nem será exigida a fiança:
A) Ao condutor de veículo, no caso de acidente de trânsito de que resulte vítima, se lhe prestar pronto e integral socorro 
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B) Ao autor de infração penal de menor potencial ofensivo que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao Juizado Especial ou assumir o compromisso de a ele comparecer (Lei 9099/95)
 A FIANÇA
I – HISTÓRICO:
1. No Direito Romano os interditos eram institutos garantidores de propriedade e de posses de pessoas, também serviam para garantirem, às vezes, a liberdade. Este instituto foi muitas vezes confundido com o habeas corpus preventivo. 
2. Na Idade Média determinadas pessoas que eram proprietárias de terra também tinham o poder sobre a propriedade de certas pessoas. Então se essa pessoa era presa, este proprietário, com seu mérito,
seu prestígio, poderia garantir, assegurar a liberdade de seu vassalo até a decisão final da causa- Juizo de Carta de Seguro.
3. Os próprios carcereiros, por conhecerem aqueles que se encontrava preso e 
respondendo a processo se responsabilizavam pela presença daquele sobre quem 
pesava uma acusação quando este se encontrasse em gozo da liberdade. Se o 
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acusado não aparecesse quem respondia pelo crime seria aquele que garantiu a sua liberdade
4. Menagem- É uma deferência à função que o indivíduo ocupava. Assim, a condição econômica, social, prestígio político, a patente militar que o acusado portava ou exercia, permitia-lhe ficar livre até que sua causa fosse decidida em instância final.
 Hoje a menagem é adstrita, apenas, ao posto militar que a pessoa ocupa.
5. A última forma de liberdade provisória que existiu e vigora ainda hoje é aquela em que a liberdade é trocada por dinheiro ou por um bem e chamada de Fiança
.II- CONCEITO DE FIANÇA: É o pagamento efetuado pelo indiciado ou um terceiro por ele em troca da liberdade deste até a prolatação da sentença terminativa.
III – O instituto da fiança penal é semelhante ao da fiança civil. O fiador no processo civil é aquele que garante com seu patrimônio, com o seu dinheiro as responsabilidades e obrigações de seu afiançado. No processo penal, como a relação ocorre entre o estado e o próprio indivíduo que praticou a infração, a fiança é paga ao Estado, pela própria pessoa ou por terceira pessoa em nome dela, obrigando o afiançado a assumir e a cumprir determinados compromissos
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IV – FINALIDADE DA FIANÇA E DE OUTRAS FORMAS DE LIBERDADES PROVISÓRIAS:
1. Impedir que quem pratica uma infração pela primeira vez seja confinado no cárcere e sofra a influência perniciosa de uma população carcerária
2. Em casos de infrações puníveis com multas (penas pecuniárias) com o pagamento desta caução ou desta fiança, garantir, de logo, em caso de condenação, o pagamento da multa e, portanto, da sanção penal.
3.No caso de ilícito penal que provocasse um ilícito civil implicando em uma reparação de dano esta fiança seria o início do pagamento da indenização pelo fato ilícito praticado.
V- É VEDADA A CONCESSÃO DA FIANÇA:
Nos crimes de racismo
Nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e os crimes hediondos
Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democrático 
4. Os crimes contra o sistema financeiro punidos com reclusão
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5. Os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores
6. Ao agente que tiver intensa e efetiva participação na organização criminosa.
7. Aos que no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringindo, sem motivo justo, qualquer das obrigações previstas nos art.327 e 328.
8. Em caso de prisão por mandado do juiz cível, de prisão disciplinar, administrativa ou militar
9. Quando presentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva.
 A Lei 12403/11 excluiu a hipótese prevista no inciso III, do art. 324, que vedava a concessão da fiança ao acusado que estivesse em gozo de suspensão condicional da pena ou de livramento condicional, salvo se processado por crime culposo ou contravenção que admita fiança.
VI – OBJETO DA FIANÇA: A fiança consistirá no depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual, municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar ( art. 330 CPP)
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VII- CONCESSÃO DA FIANÇA:
 A fiança será concedida, independentemente de requerimento:
Pela autoridade policial, durante o inquérito policial nos casos de infração punida com a pena privativa de liberdade que não ultrapasse 4 anos. Caso haja recusa ou demora da autoridade policial, o preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la por simples petição dirigida ao juiz competente, que decidirá em 48 horas.
 Note-se que o rol de amplitude dos crimes passíveis de imposição de fiança diretamente pela autoridade policial foi substancialmente ampliado, porquanto a antiga previsão limitava-se aos crimes punidos com detenção ou prisão simples, ao passo que, com a alteração da lei, a autoridade poderá estipular fiança nos crimes cuja pena privativa de liberdade máxima não ultrapasse 4 anos de prisão.
2. Pelo juiz, dentro em 24 horas do requerimento, não sendo necessária, nesse caso, a prévia manifestação do Ministério Público, que somente será cientificado depois de concedida(art.333)
VIII – PRAZO: A fiança poderá ser prestada a qualquer tempo, enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória (art. 334)
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IX – VALOR:
1. O art. 325 que estabelece os limites do valor da fiança, foi modificado pela Lei 
12.403/11 e prevê os valores em salário mínimo vigente
De 1 a 100 salários mínimos quando a infração for punida com pena privativa de liberdade, no grau máximo , não superior a 4 anos (Inciso I).
B) De 10 a 200 salários mínimos, quando a infração for punida com pena privativa 
de liberdade superior a 4 anos (inciso II)
Esses valore poderão se dispensados, na forma do art. 350 do CPP, reduzidos 
em até 2/3 ou aumentados até 1000 vezes dependendo da situação econômica d 
réu ou indiciado. Nos crimes contra a economia popular ou de sonegação fiscal, o 
valor da fiança poderá ser reduzido até 9 décimos ou aumentado até o décuplo.
2. Critérios de fixação do valor da fiança:
Natureza da infração
Condições pessoais de fortuna e do indiciado ou réu
Sua vida pregressa
Circunstâncias indicativas de sua periculosidade
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X – A fiança não implica apenas no pagamento em dinheiro, pode ser oferecido qualquer objeto que corresponda ao valor arbitrado para a concessão do benefício da fiança.
XI – O acusado completamente pobre é isento do pagamento da fiança. A liberdade provisória lhe é concedida com as mesmas obrigações de como se ele estivesse afiançado.
XII – OBRIGAÇÕES DO AFIANÇADO:
Conceito: São os compromissos e sujeições a que o afiançado se submete para poder gozar do benefício da fiança.
Obrigações do afiançado:
A. Comparecer perante à autoridade todas às vezes que for intimado para os atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamento.
B. Não pode mudar de residência sem prévia permissão da autoridade processante.
C. Não pode ausentar-se por mais de oito dias de sua residência sem comunicar à autoridade processante o lugar onde pode ser encontrado
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XIII – QUEBRA DA FIANÇA:
Conceito: É o não cumprimento por parte do afiançado das obrigações a que tinha se comprometido.
Casos em que ocorrem a quebra da fiança:
Quando o afiançado não comparece aos atos do inquérito e da instrução e julgamento para os quais foi intimado, sem provar, incontinenti, motivo justo
Deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo. Quando o réu atuar de modo a procrastinar o feito, seja por meio da coação as testemunhas, da mudança de endereço sem comunicar o juizo ou até mesmo por meio de pedidos infindáveis de diligências absolutamente desnecessárias 
Descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança.
Resistir injustificadamente a ordem judicial. Quando o réu devidamente intimado, descumprir ordem judicial. Ex. o réu afiançado que não comparece ao interrogatório designado terá o benefício cassado.
Praticar nova infração penal dolosa
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3. Quem pode julgar a quebra da fiança? Só o juiz. Que, sendo favorável à quebra da fiança, expede o mandado de prisão. O acusado não pode ser mais afiançado.
4. Efeitos da quebra da fiança: A quebra da fiança terá por efeitos:
A perda da metade do valor da fiança, que será recolhida ao Fundo Penitenciário. A perda é definitiva não se restituindo a porção perdida em caso de posterior absolvição. Dedução de custas e de encargos a que estiver o réu obrigado serão feitas da parte não perdida.
B) O juiz deverá decidir sobre a imposição
de medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da prisão preventiva.
c) A impossibilidade da concessão de nova fiança no mesmo processo
XIV – CASSAÇÃO DA FIANÇA:
1. Conceito: É tornar sem efeito os benefícios da fiança pelo não cabimento na espécie.
 Será cassada a liberdade provisória – e não propriamente, a fiança, diversamente do que diz a letra da lei, em qualquer fase do processo , 
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restituindo-se integralmente o valor da fiança prestada, a quem quer que a 
tenha prestada.
2. Casos de cassação da fiança:
Um autoridade judicial, reconhecer que não poderia ter sido , concedida a fiança por se tratar de crime inafiançável. O reconhecimento da concessão indevida ode ser motivado por reapreciação da prova dos autos ou por surgimento de prova acerca de circunstância ainda não conhecida(Ex. notícia de condenação anterior por crime doloso)
2. Quando se concedeu a fiança para um crime inafiançável no caso de inovação na classificação do delito
3. Seja determinado reforço da fiança, sem que o réu cumpra a determinação
XV – REFORÇO DA FIANÇA: É o acréscimo feito ao valor da fiança inicialmente arbitrada. O acusado que se recusa a reforçar a fiança terá a fiança cassada e será submetido a uma medida cautelar ou conforme o caso será preso.
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XVI – QUEM ARBITRA O VALOR A FIANÇA? É a autoridade que prendeu o acusado. Se foi o delegado será este a conceder a fiança, se foi o juiz quem mandou prender será esta a autoridade a conceder a fiança.
XVII – COMO SE FIXA O VALOR DA FIANÇA? O valor da fiança é fixado em função do quantum da pena. Na prisão em flagrante é pelo máximo da pena in abstrato. Se for com base na sentença condenatória será com base na pena, efetivamente, aplicada pelo juiz
XVIII- DESTINAÇÃO DA FIANÇA:
Condenado definitivamente o réu, a fiança servirá para o pagamento das custas processuais, 
2. Para eventual indenização obtida em ação civil ex delicto da prestação pecuniária
3. Pagamento da pena de multa se esta tiver sido a pena imposta
 A ocorrência da prescrição da pretensão executória não impede que o valor da 
fiança seja destinado ao pagamento das custas processuais e da indenização 
devida ao ofendido. Entretanto, eventual pena de multa imposta não será paga com 
o valor da fiança, uma vez que o Estado não mais poderá executá-la (Art. 336 do 
CPP com redação dada pela Lei 12403/11)
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XIX – LIQUIDAÇÃO DA FIANÇA:
Se o acusado compareceu a todos os atos do processo e cumpriu todas as obrigações a que se submeteu e no final é absolvido, ele recebe, integralmente, o valor da fiança.
Se no decorrer do processo ele quebrou a fiança, ele deixou de cumprir quaisquer das obrigações a que se submeteu, e ao final é absolvido, ele só recebe metade do valor da fiança paga.
Se julgado e condenado não se apresentou à prisão ele perde, integralmente, o valor da fiança paga. A apresentação não precisa ser espontânea, bastando que o réu não se oculte e não resista nem dificulte a prisão. A sanção não ocorrerá, por óbvio, se a pena a cumprir não implicar recolhimento à prisão.
 Frise-se que, perdida a fiança e deduzido o valor relativo às custas processuais e à indenização obtida pela vítima em ação civil ex delicto e o montante correspondente à pena de multa, o saldo remanescente será recolhido, após o advento da Lei 12.403/11 ao Fundo Penitenciário.

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