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Fisiologia da DOr

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“Fisiologia da DOR”
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CONCEITUAÇÃO
Sensação desagradável, variável em
intensidade, extensão e em localização,
produzida pela estimulação de terminações
nervosas especializadas em sua recepção.
Sofrimento moral, mágoa, pesar, aflição.
			(Aurélio Buarque de Holanda)
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DEFINIÇÃO
A International Association for the Study
of Pain (IASP) define a dor como uma experiência
emocional, sensitiva, de caráter desagradável,
provocada ou não por lesão real ou em potencial
dos tecidos do organismo (American Psychiatric
Association, 1994).
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Nessa definição fica contemplado
“A percepção da dor é considerada um fenômeno multidimensional”
o componente sensitivo (lesão visceral, somática visceral, somática músculo-esquelética e neuropatias, 
componente emocional (raiva, tristeza, medo, frustração, ansiedade, depressão, etc.)
componente cognitivo e avaliativo (pensamento, memória, atenção, raciocínio, tomada de decisão, etc.).
Todos esses componentes fazem parte ou contribuem para a experiência subjetiva da dor.
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Os aspectos envolvidos com a compreensão da dor englobam
Fisiologia humana, 
Constituição genética do indivíduo, 
história e estilo de vida, 
tipos de aprendizagens, 
ambiente social e cultural da pessoa.
Uma mesma lesão tecidual pode causar muito mais dor se for de causa desconhecida ou considerada pelo indivíduo como significativa, 
do que se for de causa conhecida ou tida por pouco perigosa.
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As características multidimensionais relacionadas com a dor, os aspectos psicológicos podem ter um papel de destaque:
1- no início, na gravidade, 
2- no exacerbamento ou mesmo na manutenção da dor (ver Transtornos Dolorosos no Manual de Estatística e Diagnostico Mental, DSM-IV).
Torna-se necessário e, em alguns casos, indispensável a avaliação psicológica da dor no processo de investigação dos aspectos psicológico presentes em quadros álgicos.
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Classificação da Dor
Quanto à duração:
Dor aguda (minutos, horas e dias)
Dor Cronica (mais de 4 a 6 meses)
Dor episódica (recorrente)
 Quanto a origem:
Dor por nocicpeção (somática, visceral e músculo-esquelética)
Dor por desaferentação (neuropáticas)
Dor mista (nocicepção + deaferentação)
Dor Psicogenica é definida como uma sensação dolorosa que não tem base orgânica. É qualquer dor de origem totalmente mental, e que se fixa numa parte da anatomia. 
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Dor Aguda/Rápida
Minutos, horas ou dias
Tem função de alerta, segue-se à lesão tecidual e geralmente, desaparece com a resolução do processo patológico. 
Apresenta-se bem delineada temporalmente e associa-se a alterações neurovegetativas tais como: taquicardia, hipertensão arterial, sudorese, palidez expressão facial de intenso desconforto.
Sua fisiopatologia é bem compreendida.
O diagnóstico etiológico não é difícil
Seu controle é adequado.
fibras Ad (delta) – Via Neoespinotalamica
Dor Crônica/Lenta (mais de 4 a 6 meses)
 É aquela que persiste além do tempo razoável para a cura de uma lesão ou está associada a processos patológicos crônicos, que causam dor contínua ou recorrente em intervalos de meses ou anos.
 Em geral, não ocorrem as respostas neurovegetativas presentes na dor aguda.
 Não tem função biológica de alerta, cauda danos psicológicos, físicos e economicos.
 É de diagnóstico e tratamento mais difíceis. 
Fibra C – Via Paleoespinotalamica
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Térmicos. faixa de 5 a 45°C. Suas fibras nervosas tem pequeno diâmetro e são mielinizadas. Conduzem o estímulo em alta velocidade e também de dor lenta.
Mecânicos. pressão intensa sobre a pele. Suas fibras são semelhantes a do receptores térmicos.
Polimodais. São ativados por estímulos mecânicos, térmicos e químicos de alta intensidade. Suas fibras são finas amielínicas tipo C que conduzem o estímulo a baixas velocidades.
Receptores silenciosos (dor inflamatória)
maior número nos tecidos superficiais e em menor número nos tecidos mais profundos.
Não sofrem adaptação
 Facilitação e aumento da sensibilidade qd estimulados continuamente
COMPONENTE SENSORIAL DA DOR
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Vias nociceptivas ascendentes (condução da Nocicepção)
1- Trato espinotalâmico: caracterização sensorial da dor. Córtex parietal posterior – Percepção da dor (interpretação da dor)
2- Trato espinohipotâlamico: resposta de estresse à dor, ativando o eixo hipotálamo-pituitário-adreno cortical.
3- Trato espinorreticular: desempenha um papel originando a dimensão emocional da dor envia projeções NA para regiões do sistema límbico, hipotálamo e cerebelo. 
	produzindo um estado de hipervigilância bem como ansiedade e ameaça (SARA). 
4- Trato espino-mesencefálico: Estruturas que contribuem para a modulação descendente, cuja ativação resulta na atenuação do tráfego nociceptivo (fecha o portal da dor) 
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Substancias Analgésicas Naturais do Cerebro
As áreas cinzentas periaquedutais (Mesencefalo) enviam axônios que secretam NA
Núcleos Magno da Rafe e Reticular e enviam os seus para as colunas dorsolaterais da medula espinhal, onde liberam serotonina.
Núcleos de interneurônios na medula espinhal dorsal encefalinas.
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Vias Descendentes da DOR / Sistema Supressor da Dor / Sistema Analgésico Endógeno (SAE) – Mecanismos Centrais
Os principais processos envolvidos na experiência sensorial da dor são dois: a percepção da dor e a reação à dor.
A excitação excessiva da via da dor induz um aumento dos sinais analgésicos a nível talâmico reduzindo a intensidade percebida da dor. 
Sistema límbico, que faz o controle emocional, também estão envolvidas em estimular ou inibir as vias analgésicas naturais. 
Os núcleos paraventriculares estimulam as áreas periaquedutais através da liberação de β-endorfinas. 
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Em pacientes excessivamente apreensivos apenas a aplicação da anestesia local pode ser inadequada?
O limiar depende em grande parte da atitude do paciente frente ao procedimento do operador e ao ambiente. Em regra geral, pacientes emocionalmente instáveis têm baixos limiares. 
Devido ao medo e à ansiedade os Sistemas centrais de integração podem operar de tal maneira que estímulos banais, não-nocivos, sejam interpretados como doloroso. 
Em muitos casos, o controle da percepção da dor pelo uso de anestésicos locais deve estar associado com o emprego de analgésicos e drogas psicoativas para o controle da reação à dor.

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