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Exercícios de Álgebra II Curso: Matemática-Licenciatura Questão 1: a) Mostre que se D0 é subdomínio de D, então D e D0 possuem unidade, e unidade de D0 = 1D0 = 1D = unidade de D. Resolução: Pela de nição de unidade 1 e 1 0 são diferentes de 0 e como 12 = 1 e 1 02 = 1 0 , a a rmação segue imediatamente da proposição: As únicas soluções da equação x2 = x em um domínio de integridade são 0 e 1: PortantoD eD0 possuem unidade e unidade deD0 = 1D0 = 1D = D: b) Dê um exemplo de um anel A e um subanel A0 de A, tal que 1A 6= 1A0 . Resolução: Seja A = Mat2(R) e seja A0 = �� a 0 0 0 � : a � R � . Claramente, A0 é um subanel de A. Vamos mostrar agora que, 1 =� 1 0 0 1 � é a unidade de A = Mat2(R) enquanto 10 = � 1 0 0 0 � é a unidade de A0. (Observe que 1 =2 B). De fato,� a b c d � : � 1 0 0 1 � = � 1 0 0 1 � : � a b c d � = � a b c d � para todo a; b; c; d � R e � a 0 0 0 � : � 1 0 0 0 � = � 1 0 0 0 � : � a 0 0 0 � = � a 0 0 0 � para a � R. c) Seja f : A! B homomor smo de anéis (B é o contradomínio de f). Mostre que a unidade de B (1B) não é necessariamente igual a unidade de Im f (1Im f ) : Questão 2: Se K é um corpo onde car(K) = p, então dado a; b � K, mostre que (a+ b)p = ap + bp. Resolução: Vejamos que: (a + b)p = Pp i=0 � p i � aibp�i = ap + bp +Pp�1 i=1 � p i � aibp�i: 1 Temos que p= � p i � = p!(p�1)!(p�i)!i! , para todo i � f1; :::; p� 1g. Como � p i � = pyi , segue que (a+ b)p = Pp i=0 � p i � aibp�i = ap + bp + Pp�1 i=1 � p i � aibp�i = ap+bp+ P p(yi:a ibp�i) = ap+bp:Onde P p(yi:a ibp�i) = 0, pois car(K) = p: Portanto (a+ b)p = ap + bp. Questão 3: Seja A um anel e L um subanel de A. Mostre que car(L) � car(A): Dê um exemplo de um anel A e um subanel L de A para os quais car(L) < car(A): Resolução: A rmação 1: Se ma = 0; 8 a � A então car(A)=m: Com efeito, denotemos car(A) = n. Assim pelo algoritmo da divisão existem q; r � Z tais que m = nq + r onde 0 � r < n. Assim, 8 a � A temos: ma = (nq + r)a ) ma = (nq)a+ ra) 0 = (qn)a+ ra) 0 = q(na) + ra ) 0 = q:0 + ra ) ra = 0 8 a � A:Como ra = 0 8 a � A e 0 � r < n onde n = car(A) segue que r = 0 ou seja m = nq. Daí n=m ou seja car(A)=m. Seja car(A) = n, assim por de nição na = 0 8 a � A: Em particular na = 0 8 a � L. Como na = 0 8 a � L, pela a rmação 1 temos que car(L)=n, ou seja car(L)=car(A): Logo car(L) � car(A): Exemplo: Seja (Z4;�;�): Temos que car(Z4) = 4. Tome L =� 0; 2 ; notemos que L é um subanel de (Z4;+;�). Vejamos que 2:0 = 2:0 = 0 e 2:2 = 2:2 = 0: Assim car(L)=2 ) car(L) = 1 ou car(L) = 2. Como 1:2 = 2 6= 0 segue que car(L) = 2: Portanto car(L) < car(A): Questão 4: Sejam A um anel comutativo e I; J ideais em A. a) Mostre que IJ � I \ J: Em particular, mostre que se I + J = A então IJ = I \ J . Resolução: Tome a � IJ qualquer. Assim 3 xi � J e yi � J tais que a = x1 y1 + x2y2 + ::: + xnyn: Como xi � I (ideal de A) e yi � A, segue que xiyi � I. (1 � i � n): Logo x1 y1 + x2y2 + ::: + xnyn � I ou seja a � I: Analogamente como yi � J e xi � A segue que xi yi � J . Logo x1 y1 + x2y2 + ::: + xnyn � J , ou seja a � J . Portanto concluímos que a � I \ J . Como a � IJ é arbitrário segue que IJ � I \ J . b) Mostre que I [ J é um ideal em A se, e somente se, I � J ou J � I. 2 Resolução: Suponha que I [ J é um ideal de A e J I. De J I, existe x � J tal que x =2 I. Daí x � I [ J . Por outro lado tome y � I qualquer, deste modo y � I [ J . Como I [ J é um ideal de A, segue que x � y � I [ J . Logo x � y � I ou x � y � J . Se x � y = a � I ) x = a+ y: Como a, y � I (ideal de A) segue que x = a+ y � I ou seja x � I (absurdo!). Logo x� y = a � J ) y = x� a. Como x; a � J (ideal de A) segue que x � a � J , ou seja y � J . Como y � J é arbitrário segue que I � J . Questão 5: Um polinômio P (x) deixa resto 4 quando dividido por x+1 e resto 2x+3 quando dividido por x2+1. Obtenha o resto da divisão por (x+ 1)(x2 + 1): Resolução: Temos: � p = q1(x 2 + 1) + (2x+ 3) q1 = q2(x+ 1) + r(x) � : Assim, p = [q2(x+ 1) + r] (x 2 + 1) + (2x + 3) ) p = q2(x + 1)(x2 + 1) + r(x2 + 1) + (2x + 3): Por DAlambert, r(x) = q1(�1): Mas p(x) = q1(x)(x 2 +1)+ (2x+3)) p(�1) = q1(�1):2+ 1) 4 = 2:q1:(�1)+ 1) 2:q1(�1) = 3) q1:(�1) = 32 : Portanto p = q2(x+1)(x2+1)+ 32x 2+2x+ 92 : Logo r(x) = 3 2x 2+2x+ 92 : Questão 6: Mostre que Q[x]<x2�2> �= Q �p2� : Resolução: Seja � = p 2 e : Q [x]! R p(x) 7!p(�) : (x2 � 2) = (p2)2 � 2 = 0; logo é núcleo. Pelo Teorema 1, página 89 do livro de Adilson, temos: i) Im( ) = Q �p 2 � ; Q � Q �p2� � R e N( ) =< x2 � 2 > ii) � é transcendente sobre K , N( ) = f0g ; iii) se � é algébrico sobre K e p(x) = irr(�;K) então N( ) = K[x]:p(x) é um ideal maximal de K[x]: Observe que p(x) = x2�2 é irredutível em Q[x]: Assim pelo Teorema 4 página 76, segue que J = K[x]:p(x) é maximal. Portanto temos que Q[x]<x2�2> �= Q[ p 2]: Questão 7: Se � = �6 + 5�3 � 1, responda se � é algébrico ou transcendente sobre Q: 3 Resolução: Suponha � algébrico sobre Q ) [Q(�) : Q] <1: Seja p(x) = x6 + 5x3 � 1 � � � Q(�)[x] é tal que p(�) = 0: Então irr(�;Q(�)) � 6) [Q(�) : Q(�)] = [Q(�)(�) : Q(�)] � 6: Assim, [Q(�) : Q] <1 e [Q(�) : Q(�)] < 6) [Q(�) : Q] <1) � é algébrico sobre Q, Absurdo! 4
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