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Legislacao Social resumo aulas 1 e 2

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LEGISLAÇÃO SOCIAL
Aula 1: Aspectos introdutórios de Legislação Social
O Direito e a Sociologia como fenômenos sociais
Sociologia é a ciência que estuda a formação e a transformação das sociedades humanas.
Direito é a ciência que estabelece um conjunto de regras definidas e necessárias para o equilíbrio da função 
social. Percebido como poder, emana do Estado, e sua concretização ocorre por meio de leis.
O Direito regulamenta a conduta humana:
- antes de nascer: quando confere ao nascituro o direito à vida;
- durante a vida: quando considera uma pessoa habilitada ou não a praticar determinados atos da vida civil;
- após sua morte: quando regula as manifestações da vontade do homem, como ocorre nos testamentos, inventários ...
A legislação busca trazer a lume os aspectos sociais básicos da nação, tendo como diretrizes a proteção dos 
direitos fundamentais do ser humano:
a vida
a integridade física
a liberdade
Enfim, seus direitos sociais.
A demanda por tal legislação passa a existir em função das necessidades sociais, a partir de uma realidade social 
concreta. A legislação social busca abranger as exigências e adequações de toda sociedade. A lei tem capital importância 
no controle da sociedade.
Abrindo a Constituição
A Constituição da República Federativa do Brasil, traz em seu bojo, muitas normas de caráter social, como no 
artigo 1º: que garante o direito democrático à cidadania, à dignidade da pessoa humana, aos valores sociais do trabalho e 
à livre iniciativa.
Conceito de Legislação Social: conjunto de princípios e regras jurídicas que objetivam o 
estudo dos Direitos Sociais (que constituem uma das vertentes dos Direitos Fundamentais).
Os Direitos Fundamentais são assim listados na Carta da República (Constituição Federal):
a) Direitos Civis - se referem à liberdade doo indivíduo.
b) Direitos Políticos - dizem respeito à participação do indivíduo como eleito ou eleitor no exercício do poder 
político.
c) Direitos Sociais - referem-se à igualdade entre as pessoas. Direito Social: é a ciência dos princípios e leis cujo 
objetivo imediato é auxiliar as pessoas físicas. Podem ser classificados em:
-Direitos Sociais relativos aos trabalhadores (individuais e coletivos)
-Direitos Sociais relativos aos seres humanos (referente à seguridade, à educação e à cultura, ao meio ambiente, às 
crianças e idosos, aos índios).
Explorando outras fontes
As fontes da Legislação Social são os meios (normais) pelos quais se manifestam os Direitos Sociais. Além da 
Constituição Federal, podem ser apontadas várias espécies de Leis (mencionadas no artigo 59), os Atos Administrativos 
(Decretos, Portarias e outros), as Súmulas do TST, as Sentenças Coletivas, as Convenções Coletivas e os Acordos 
Coletivos).
Direitos Individuais dos Trabalhadores (Artigo 7º da CRFB/88)
Quais trabalhadores são amparados pela lei? Os urbanos, os rurais, os domésticos, os Servidores Públicos Civis e 
os Militares.
Obs.: muitas empresas terceirizam o serviço de faxina, por exemplo, usando cooperativas para ter a prestação de serviço 
sem encargos sociais.
Os direitos consolidados no artigo 7º da C.F. podem ser classificados tomando-se como referência:
a- a garantia de emprego
b- a proteção do trabalhador
c- o salário
d- as condições que se apresentam para o trabalho
e- o repouso e a inatividade
f- os dependentes
Os direitos sociais são direitos humanos, as pessoas não proprietárias de capital - e que, portanto, dependem de 
seu trabalho para viver e sustentar dependentes - são amparadas pelo Direito para que não tenham de trabalhar até a 
exaustão, para que não sejam obrigadas a trabalhar sob risco, em condições perigosas para sua saúde, ou por 
remuneração inferior ao mínimo necessário para a satisfação de suas necessidades vitais básicas.
Aula 2: O surgimento do Direito do Trabalho e seus fundamentos
A: Revolução Industrial do século XVIII
Formação do proletariado
Indiferença do Estado quanto à questão social
fizeram com que o Direito do Trabalho passasse a exercer a função social de proteção ao trabalhador, uma vez que este 
se encontrava impossibilitado de defender-se diante do poder econômico e das imposições do "patrão". Era comum no 
século XVIII: a jornada de trabalho de 16 horas, exploração do trabalho infantil, salários reduzidos para mulheres, além 
da falta de um programa de previdência social que amparasse o trabalhador numa necessidade de afastamento por 
doença ou acidente. As condições de trabalho eram precárias.
Revolução Industrial: conjunto das transformações técnicas, sociais e econômicas que surgiram com a sociedade 
industrial nos séculos XVIII e XIX na Inglaterra e, posteriormente, ma Europa e nos Estados Unidos.
Tornava-se clara a necessidade de alterações na ordem econômica e social, através de um relativo equilíbrio de 
forças. Mas como? Com a intervenção jurídica do Estado em favor do proletariado, buscando:
Os homens têm revelado que não sabem lidar de forma igualitária com seus semelhantes. Isso se evidencia na 
relação de Trabalho, quando aquele que detém o poder econômico (empregador) controla a mão de obra (trabalhador). 
Nessa relação, faz-se necessária a intervenção do Estado, que disciplina seu regramento, a fim de resgatar os interesses 
de toda a coletividade. É exatamente a legislação trabalhista que equilibra o desnivelamento econômico, implementando 
regras de proteção ao trabalhador para que:
-> os interesses coletivos fiquem mais bem protegidos e 
-> sejam evitados novos casos de exploração da mulher, do menor ou do homem.
O surgimento do Direito do Trabalho
Os trabalhadores, carentes de melhores condições, já no final do século XVIII e início do XIX mobilizaram-se em 
associações (mais tarde, sindicatos), a fim de alcançar as tão almejadas proteções laborais.
O Estado teve de intervir nas relações trabalhistas ao perceber que, tratando deste ramo do Direito, o homem, 
como patrão, subjuga economicamente aquele que está na condição de trabalhador. "O homem é o lobo do (próprio) 
homem.
Alguns Estados foram pioneiros na proteção dos interesses trabalhistas: México, Alemanha e Itália. No Brasil, 
somente na Era Vargas o Direito do Trabalho ganhou força: em 1º de maio de 1943 entrou em vigor o Decreto-Lei nº 
5.452, conhecido como Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, que unificou e estendeu a todos, os direitos 
trabalhistas.
O empregado: adequação da atividade aos requisitos legais
Como o empregado é definido no art. 3º da CLT: Empregado é a pessoa física que presta serviços de natureza 
não eventual a um empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Neste artigo, cinco requisitos legais determinam a relação de trabalho:
1- pessoa física: o empregado
2- habitualidade: trabalhador não-eventual é aquele que exerce uma atividade de natureza contínua (permanente)
3- subordinação jurídica: o empregado deve prestar obediência ao empregador no que se refere à sua função, sendo 
dirigido e fiscalizado, fato que o subordina
4- onerosidade: sem salário não há empregado
5- pessoalidade: o empregado não pode se fazer substituir por outra pessoa.
Tipos de Trabalhadores
O trabalhador rural
A Lei 5.889 admite o contrato de safra como aquele que tem duração de acordo com as variações estacionais da 
atividade agrária. O nome deste trabalhador é safrista.
Contrato de parcerias ou meação, são aqueles em que o dono da terra arrenda sua propriedade ao lavrador e 
Limitar o poder do 
empregador Garantir direitos ao trabalhador
este, após a colheita, o remunera com os frutos colhidos.
Ainda que haja um contrato de parceria ou meação assinado, se os requisitos da relação de emprego estiverem 
presentes, a relação de parceria ou meação não passará de "disfarce", e deste modo, o Direito do Trabalho poderá 
assegurar os direitos que cabem ao trabalhador.O trabalhador doméstico
Toda pessoa física que presta serviços de natureza contínua, a pessoa ou a família é considerado empregado 
doméstico. Pode ser o jardineiro habitual, o caseiro de um sítio que não exerça atividade econômica, o motorista 
particular. Até mesmo um piloto de avião ou helicóptero pode ser enquadrado como empregado doméstico, desde que 
preste serviço a uma pessoa ou família, havendo:
habitualidade
subordinação direta
pessoalidade
recebimento de salário
e desde que não haja: atividade econômica a seu serviço.
Outra situação: uma doceira que exerce essa atividade na residência (e esse núcleo vive dos doces que faz e 
comercializa) não pode ser considerada uma empregada doméstica. Ela é uma empregada comum, regida pela CLT, 
porque a família exerce atividade econômica (venda de doces).
O trabalhador autônomo
A pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com ou sem fins 
lucrativos. Ex: profissional liberal (advogado, médico, contador, ...)
O trabalhador temporário
A pessoa física contratada por empresa de trabalho temporário. Ex: lojas em período de Natal. Este contrato não 
pode exceder 3 meses.
O trabalhador avulso
É aquele que presta serviço sem vínculo empregatício, de natureza urbana e rural, a diversas empresas, sendo 
sindicalizado ou não, mas com intervenção obrigatória do sindicato da categoria.
O trabalhador eventual
Aquele que presta serviços de natureza urbana ou rural em caráter eventual, a uma ou mais empresas ou 
pessoas, sem relação de emprego. Ex: diarista, boia-fria, chapa.

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