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Aula 07 A norma juridica processual

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A norma jurídica processual: 
Norma processual: Objeto e Natureza
Normas materiais (substanciais): estabelecem direitos e obrigações, definindo qual o interesse deve prevalecer no caso concreto em caso de conflito. Orienta critérios de julgamento
Normas processuais (adjetivas): Criação e atuação de regras destinadas a regular a resolução de conflitos, estabelecendo, por exemplo, meios de defesa de direitos.
Disciplina o modo processual de resolver conflitos e controvérsias, conferindo poderes aos Juiz, faculdades às partes, bem como estabelecem regras de organização judiciária, além de ritos procedimentais. 
As normas processuais integram o direito público, visto que regulam, basicamente, a atuação do Estado no exercício da jurisdição. Não são, todavia, necessariamente cogentes, visto que, em certas hipóteses, as partes podem dela dispor, ou seja, apesar de regular a atuação do Estado elas podem ser dispensadas pelas partes. Exemplo: Negócio Jurídico processual, competência territorial ou mesmo a distribuição do ônus da prova. 
Unidade do Direito Processual
Discute-se na doutrina se haveria ou não unidade entre Direito Processual Civil e Direito Processual Penal. Aqueles que entendem que há unidade retratam que (a) ambos têm a mesma finalidade (atuação do Poder Jurisdicional); (b) em ambos a intervenção do Poder Judiciário é condicionada ao exercício da ação; e (c) ambos se iniciam, desenvolvem-se e concluem-se com a participação de três atores: Autor, réu e Juiz. Já aqueles que entendem pela dualidade enfatizam i fato de que no Processo Penal, a instauração de um processo é imprescindível para resolução da lide, o que não ocorre no processo Civil. Todavia, quanto a essa crítica, deve-se rechaça-la, visto que unidade não significa necessariamente identidade�.
Distinção entre processo e procedimento. 
Processo: Instrumento de atuação da jurisdição, Método de trabalho, em que há organização da forma de atuar dos órgãos jurisdicionais, Relação Jurídica.
O processo como “relação jurídica” autônoma 
Marco temporal: 1868 (Bülow – Obra: Teoria dos pressupostos processuais e das exceções dilatórias).
Distinção da relação jurídica processual da relação de direito material. Assim, o processo é uma relação jurídica processual entre as partes e o Estado-Juiz. É teoria seguida pela maioria dos processualistas brasileiros.
Procedimento: A forma pela qual (modus operandi) se instaura, desenvolve e termina o processo; Puramente formal - coordenação de atos que se sucedem.
Fontes do Direito Processual: meios para a produção da norma. 
Fontes Diretas - Lei.
CF: princípios e garantias, jurisdição constitucional das liberdades, organização dos poderes, remédios processuais;
CEst: tribunais estaduais e sua competência (art. 125, §1º)
LC: Art. 93, 121 e 128, §5º da CF. Exemplo: Estatuto da magistratura
LO: CPC, Lei 9.099/95, etc
Lei delegada: Art. 68, §1º, I, exceto organização do Poder Judiciário e do MP
Vedação a utilização de Medida Provisória
Convenções e tratados internacionais com força de Lei Ordinária: Art. 5º, §2º e Decreto 678/92 – Pacto de San Jose da Costa Rica.
Regimentos Internos dos tribunais: Questões interna corporis segundo art. 96, I,”a” da CF;
Lei estadual: Art. 24, X e XI da CF
Fontes Supletivas: Importantes, principalmente, em caso de lacuna da lei.
Indiretas:
Costume;
Jurisprudência;
Princípios gerais de direito.
Secundárias;
Doutrina;
Direito histórico;
Direito estrangeiro.
Interpretação da norma processual: Acertar e precisar a vontade da norma jurídica. 
Orientação geral: Art.5º da Lei de Introdução as Normas do Direito brasileiro e artigo 8º do NCPC�, artigo 489, §2º do CPC�.
Influência do processo constitucional e a distinção entre regras e princípios. 
A importância da leitura da exposição de motivos do anteprojeto de CPC e de qualquer outro ato normativo. 
Regras específicas: em regra, são utilizadas as mesmas regras da interpretação dos demais ramos do direito;
Objetivo: Gramatical, teleológica, sistemática, histórica;
Subjetivo: Autêntica, doutrinária e judicial;
Resultados: Restritiva e extensiva. 
Peculiaridade: Intepretação constitucional tem terminologia e regras próprias. 
Integração da norma processual: 
Caráter subsidiário do CPC: Art. 15. Art. 15.  Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.
Previsão legal: Art. 4o.  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Art. 3º do Código de Processo Penal.
Ubi eadem legis ratio, ibi eadem legis dispositio
Da mihi factum, dabo tibi ius
Ad impossibilita Nemo tenetur
Neminem laedere
Eficácia no espaço ou normas processuais no espaço
Territorialidade (Lex fori): manifestação da soberania do Estado e que não pode ser tratada por lei estrangeira. As peculiaridades do direito estrangeiro podem não ser aplicáveis no Brasil, como o Júri para definição de indenizações;
Princípio absoluto da territorialidade em matéria processual (impedimento de aplicação de normas processuais estrangeiras).
Art. 13.  A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte.
Natureza Jurídica dos tratados.
Jurisdição exercida pelos juízes em todo o território nacional (arts. 1º do CPC e CPP) e CPC (2015), art. 13.
Nada impede, contudo, que se aplique norma material estrangeira, como a definição da capacidade. CPC 1973, art. 337 e CPC 2015, art. 376. 
Eficácia no tempo ou normas processuais no tempo.
Art. 1º e §§ 3º e 4º da Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro Código Civil (Decreto-lei 4.657/1942 com redação da Lei 12376/2010;
Art. 14 do NCPC: Art. 14.  A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada
Lei Nova: A lei nova tem efeito imediato e geral, respeitado o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e coisa julgada;
No tocante aos processos findos – Impossibilidade.
No tocante aos processos em curso:
Unidade processual: somente poderia ser regulado por uma única lei, sendo a norma anterior
Fases processuais: Postulatória, ordinatória, instrutória, decisória e recursal. Cada uma deveria ser regulada por lei. Exemplo: Art. 90 da Lei 9.099. a nova lei não se aplicou a processos com a instrução já iniciada. 
Isolamento dos atos processuais: Não atinge os atos processuais já praticados. Aplica-se aos atos processuais a praticar. (art. 1211 do CPC e art. 2º do CPP).
Regras: A recorribilidade regula-se pela lei da data da sentença/julgamento, ou seja, se a lei nova concedeu direito a recurso, a decisão permanece irrecorrível, já se suprimiu, permanece recorrível. O processamento regula-se pela lei da data de interposição, ou seja, para recurso mantido, aplica-se o novo procedimento da data de interposição.
A propósito da vigência do Novo código de Processo Civil: 15, 17 ou 18.03? 
Com efeito, se o dia de publicação da nova lei no Diário Oficial tem de ser incluído na contagem da vacatio legis, é inviável aplicar as disposições do art. 1º da Lei n.º 810, de 1949, e do § 3º do art. 132 do Código Civil de 2002[9], que, como visto, tem marco inicial diverso, pois pressupõem a exclusão do dia do começo. Esses dispositivos (art. 1º da Lei n.º 810, de 1949, e caput e § 3º do art. 132 do Código Civil de 2002) regulam a contagem de prazo para negócios jurídicos em geral e não se aplicam à contagem de prazo da vacatio legis, que tem disciplina própria e diferenciada (§ 1º do art. 8º da Lei Complementar n.º 95, de 1998)[10], que prevê a inclusão do dia da publicação no Diário Oficial.
(...)
A forma de contagemdo prazo prevista no § 1º do art. 8º da Lei Complementar n.º 95, de 1998, é idêntica à forma de contagem prevista no art. 10 do Código Penal, que diz que “O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.”
Enfrentando a forma de contagem com a inclusão do dia do começo à luz do art. 10 do Código Penal, o Superior Tribunal de Justiça[11] já decidiu que o prazo tem “início em determinado dia e termina na véspera do mesmo dia do mês subsequente”. É a mesma lógica que deve ser aplicada na contagem do prazo com observância à regra do § 1º do art. 8º da Lei Complementar n.º 95, de 1998.
Pois bem, se a Lei Federal 13.105/2015 foi publicada no Diário Oficial do dia 17-03-2015 (dies a quo) e se este dia tem de ser incluído na contagem do prazo de um ano. Significa que o prazo de um ano se completa em 16-03-2016 (dies ad quem), já que este se completa na véspera do mesmo dia, do mesmo mês, do ano seguinte.
Comparando com o ano inteiro do calendário é como se o dia 17-03-2015 equivalesse ao dia 01-01-2015 e o dia 16-03-2016 correspondesse ao dia 31-12-2015.
Sucede disso tudo que se a consumação integral do prazo da vacância se dá no dia 16-03-2016 e se o art. 1.045 do CPC/2015 diz que o “Código entra em vigor após decorrido 1 (um) ano da data de sua publicação oficial”, é de se concluir que o primeiro dia de vigência do CPC/2015 será o dia 17-03-2016 (quinta-feira), inclusive�.
A propósito da alteração constante da Lei 13257/2016 – novas hipóteses de prisão domiciliar
V.2 NOVAS HIPÓTESES DE PRISÃO DOMICILIAR
Prisão domiciliar
O CPP, ao tratar da prisão domiciliar, prevê a possibilidade de o réu, em vez de ficar em prisão preventiva, permanecer recolhido em sua residência. Trata-se de uma medida cautelar que substitui a prisão preventiva pelo recolhimento da pessoa em sua residência.
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
As hipóteses em que a prisão domiciliar é permitida estão elencadas no art. 318 do CPP. A Lei nº 13.257/2016 promoveu importantíssimas alterações neste rol. Veja:
Inciso IV - prisão domiciliar para GESTANTE independente do tempo de gestação e de sua situação de saúde
	CPP
	ANTES
	ATUALMENTE
	Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
(...)
IV - gestante a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco.
	Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
(...)
IV - gestante;
Desse modo, agora basta que a investigada ou ré esteja grávida para ter direito à prisão domiciliar. Não mais se exige tempo mínimo de gravidez nem que haja risco à saúde da mulher ou do feto.
Inciso V - prisão domiciliar para MULHER que tenha filho menor de 12 anos
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
(...)
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
Esta hipótese não existia e foi incluída pela Lei nº 13.257/2016.
Inciso VI - prisão domiciliar para HOMEM que seja o único responsável pelos cuidados do filho menor de 12 anos
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
(...)
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
Esta hipótese não existia e foi incluída pela Lei nº 13.257/2016.
Ponto polêmico.
As hipóteses de prisão domiciliar previstas nos incisos do art. 318 do CPP são sempre obrigatórias? Em outras palavras, se alguma delas estiver presente, o juiz terá que, automaticamente, conceder a prisão domiciliar sem analisar qualquer outra circunstância?
Renato Brasileiro entende que não. Para o referido autor,
"(...) a presença de um dos pressupostos indicados no art. 318, isoladamente considerado, não assegura ao acusado, automaticamente, o direito à substituição da prisão preventiva pela domiciliar.
O princípio da adequação também deve ser aplicado à substituição (CPP, art. 282, II), de modo que a prisão preventiva somente pode ser substituída pela domiciliar se se mostrar adequada à situação concreta. Do contrário, bastaria que o acusado atingisse a idade de 80 (oitenta) anos par que tivesse direito automático à prisão domiciliar, com o que não se pode concordar. Portanto, a presença de um dos pressupostos do art. 318 do CPP funciona como requisito mínimo, mas não suficiente, de per si, para a substituição, cabendo ao magistrado verificar se, no caso concreto, a prisão domiciliar seria suficiente para neutralizar o periculum libertatis que deu ensejo à decretação da prisão preventiva do acusado." (Manual de Direito Processual Penal. Salvador: Juspodivm, 2015, p. 998).
Esta é a posição também de Eugênio Pacelli e Douglas Fischer (Comentários ao Código de Processo Penal e sua jurisprudência. 4ª ed., São Paulo: Atlas, 2012, p. 645-646) e de Norberto Avena (Processo Penal. 7ª ed., São Paulo: Método, p. 487) para quem é necessário analisar as circunstâncias do caso concreto para saber se a prisão domiciliar será suficiente.
Desse modo, segundo o entendimento doutrinário acima exposto, não basta, por exemplo, que a investigada ou ré esteja grávida (inciso IV) para ter direito,obrigatoriamente, à prisão domiciliar. Ela estando grávida será permitida a sua prisão domiciliar, mas para tanto é necessário que a concessão desta medida substitutiva não acarrete perigo à garantia da ordem pública, à conveniência da instrução criminal ou implique risco à aplicação da lei penal. Assim, além da presença de um dos pressuposto listados nos incisos do art. 318 do CPP, exige-se que, analisando o caso concreto, não seja indispensável a manutenção da prisão no cárcere.
De igual modo, no caso do inciso V, não basta que a mulher presa tenha um filho menor de 12 anos de idade para que receba, obrigatoriamente, a prisão domiciliar. Será necessário examinar as demais circunstâncias do caso concreto e, principalmente, se a prisão domiciliar será suficiente ou se ela, ao receber esta medida cautelar, ainda colocará em risco os bens jurídicos protegidos pelo art. 312 do CPP.
  
As novas hipóteses dos incisos V, VI e VII do art. 318 do CPP aplicam-se às pessoas acusadas por crimes praticados antes da vigência da Lei nº 13.257/2016?
SIM. A Lei nº 13.257/2016, no ponto que altera o CPP, é uma norma de caráter processual, de forma que se aplica imediatamente aos processos em curso. Além disso, como reforço de argumentação, ela é mais benéfica, de sorte que pode ser aplicada às pessoas atualmente presas mesmo que por delitos perpetrados antes da sua vigência.
� TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. Saraiva. 2005, p. 20. 
� Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
� Art. 489. § 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé.
� Disponível em � HYPERLINK "http://jota.uol.com.br/pela-ordem-a-polemica-sobre-o-inicio-da-vigencia-do-cpc2015" �http://jota.uol.com.br/pela-ordem-a-polemica-sobre-o-inicio-da-vigencia-do-cpc2015�

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